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ATUAÇÃO COMO PREDADOR TOPO DE CADEIA/DESTRUIÇÃO DO

MEIO AMBIENTE

A onça-pintada é o maior felino das Américas. Espécie emblemática das


matas brasileiras, a onça é importante para as ações de conservação.

A onça-pintada também é um superpredador, o que significa que está no topo da


cadeia alimentar, e praticamente, seu maior predador é o ser humano. Entretanto,
filhotes podem ser mortos por outras onças, jacarés e grandes cobras da família
Boidae.

Por estar no topo da cadeia alimentar e necessitar de grandes áreas


preservadas para sobreviver, esse animal o mesmo tempo temido e admirado
que habita o imaginário das pessoas é um indicador de qualidade ambiental.
A ocorrência desses felinos em uma região indica que ele ainda oferece boas
condições que permitam a sua sobrevivência.

As crescentes alterações ambientais provocadas pelo homem, assim como o


desmatamento e a caça às presas silvestres e às próprias onças são as
principais causas da diminuição da população de onças no Brasil.

Grandes predadores, como as onças, desempenham importante papel nos


ecossistemas. Por estarem no nível mais alto da cadeia alimentar, são
também chamados de ‘predadores de topo de cadeia alimentar’ e controlam o
crescimento de populações de herbívoros, como capivaras, veados e
porcos-do-mato, bem como de predadores de menor porte, como jaguatiricas,
raposas e mãos-peladas.

A destruição do meio ambiente causa a perda de habitats e a fragmentação


florestal que, por sua vez, provocam o isolamento de populações de animais,
ameaçando, especialmente, espécies que precisam de grandes áreas para
viver, como é o caso dos predadores de topo. A extinção desses predadores,
essenciais para o equilíbrio dos ecossistemas, romperia as interações entre
eles e suas presas, com efeitos desastrosos ao equilíbrio do meio ambiente.

Alguns predadores de topo estão próximos da extinção por apresentarem


populações pequenas e isoladas. O isolamento é crítico porque favorece
cruzamentos entre indivíduos aparentados, aumentando a consanguinidade e
diminuindo a variabilidade genética, o que torna esses indivíduos menos
férteis e mais vulneráveis a doenças. Na Mata Atlântica, por exemplo, um dos
biomas mais desmatados do Brasil, as populações de onça-pintada vêm
reduzindo drasticamente nas últimas décadas. Estima-se que existam menos
de 250 onças-pintadas, divididas em oito populações isoladas uma das
outras. Provavelmente, a Mata Atlântica será o primeiro bioma a perder o seu
maior predador.

Uma paisagem muito modificada afeta, principalmente, animais especialistas,


como as onças-pintadas, que terão menor oferta das presas que fazem parte
da sua dieta e maior dificuldade de deslocamento pela paisagem
desflorestada. Portanto, as onças-pintadas são muito ameaçadas pela
fragmentação e perda de habitat.

IMPACTOS COM O HOMEM E GADO.

“Onças causam prejuízo à agropecuária. Ameaçado de extinção, animal ataca rebanhos e


preocupa produtores!”

“Produtores rurais de Águia Branca dizem que onças estão matando gado”

“Onças causam prejuízo à agropecuária e preocupam produtores”

Com o avanço da ocupação de reservas ambientais e a menor oferta de alimentos nas


florestas, o número de casos de onças em lavouras e pastagem vem aumentando ano a
ano no país e tem preocupado tanto produtores rurais quanto ambientalistas. Além dos
prejuízos econômicos dos ataques dos felinos às cabeças de gado, a polícia ambiental
teme que os agricultores possam maltratar o animal, que corre risco de extinção e é
protegido por lei.Por outro lado, o apelo, de âmbito internacional, para o desenvolvimento de
práticas agropecuárias sustentáveis quanto ao uso de recursos naturais e à proteção do
meio ambiente é um dos maiores desafios da pecuária. No Brasil, cerca de 75% da
distribuição de onças-pintadas está em terras privadas, que representam 60% do território
nacional. Para efeito de comparação, as Unidades de Conservação configuram uma área
percentual inferior a 10%.

Para lidar com os desafios da convivência entre pecuaristas, gado e onça, especialistas
orientam que produtores agreguem valor às suas produções a partir de certificações que
atestam a preocupação com a conservação animal.

“O pecuarista que tem um abate de bezerros anual pode tentar compensar esta perda por
meio da agregação de valor da carne do boi que conviveu com a onça. Isso é uma tentativa
de compartilhar o custo ambiental de prejuízos na fazenda que a onça proporcionou
juntamente com a sociedade”, explica Caio Penido.

Apesar de tudo isso, é importante ressaltar que apesar de muito temida pelo homem, a
onça-pintada procura evitar o contato com nossa espécie, atacando somente em
casos de legítima defesa, e para a proteção de seus filhotes.
Manejo da Fauna na Agricultura

Os estudos sobre o papel das áreas agrícolas na conservação da fauna


silvestre ainda são escassos. Os manejos empregados nesses sistemas
exerce uma discriminação diferenciada sobre a composição dos
povoamentos faunísticos. Hoje com as novas técnicas agrícolas como o
plantio direto, agricultura orgânica, controle biológico de pragas está
ocorrendo uma ampliação das possibilidades de ganho de espécies silvestres
e aumento da biodiversidade. Esse projeto de pesquisa foi desenvolvido pela
equipe da EMBRAPA Monitoramento por Satélite e pesquisadores
colaboradores especialistas em fauna silvestre e visou detectar e caracterizar
a biodiversidade de vertebrados em território delimitado. A área de estudo
compreende um conjunto de fazendas com 7.868 hectares sob cultivo
orgânico e manejo ecológico, localizadas na região de Ribeirão Preto, SP. A
Usina São Francisco iniciou há quase três décadas processos de restauração
ecológica dos ambientes circunvizinhos das áreas de plantio de
cana-de-açúcar em sistema de produção orgânico, além da preservação dos
remanescentes. O aumento significativo da biodiversidade ao curso dos anos
foi fruto da emergência espacial da flora e da complexidade da vegetação
restaurada nas Áreas de Proteção Permanente. Foram realizadas campanhas
de levantamentos de dados e monitoramento da fauna durante todo o ano e
ao longo dos anos, os resultados confirmaram a eficácia dos métodos
empregados. Foram registradas e identificadas 341 espécies de vertebrados
silvestres no conjunto dos dez ambientes amostrados (sendo que uma delas
era a onça-parda), das quais 49 das espécies são consideradas ou estão sob
algum risco ou ameaça de extinção no estado de São Paulo. O itinerário
metodológico adotado para avaliar a biodiversidade faunística permitiu atingir
os objetivos da pesquisa e revelou-se plenamente adequado. Os resultados
obtidos até o momento indicam que o cultivo em sistemas orgânicos,
associado ao manejo ecológico tem ampliado a biodiversidade faunística

Os estudos sobre o papel das áreas agrícolas na conservação da fauna


silvestre ainda são escassos. Os manejos empregados nesses sistemas
exerce uma discriminação diferenciada sobre a composição dos
povoamentos faunísticos. Hoje com as novas técnicas agrícolas como o
plantio direto, agricultura orgânica, controle biológico de pragas está
ocorrendo uma ampliação das possibilidades de ganho de espécies silvestres
e aumento da biodiversidade. Esse projeto de pesquisa foi desenvolvido pela
equipe da EMBRAPA Monitoramento por Satélite e pesquisadores
colaboradores especialistas em fauna silvestre e visou detectar e caracterizar
a biodiversidade de vertebrados em território delimitado. A área de estudo
compreende um conjunto de fazendas com 7.868 hectares sob cultivo
orgânico e manejo ecológico, localizadas na região de Ribeirão Preto, SP. A
Usina São Francisco iniciou há quase três décadas processos de restauração
ecológica dos ambientes circunvizinhos das áreas de plantio de
cana-de-açúcar em sistema de produção orgânico, além da preservação dos
remanescentes. O aumento significativo da biodiversidade ao curso dos anos
foi fruto da emergência espacial da flora e da complexidade da vegetação
restaurada nas Áreas de Proteção Permanente. Foram realizadas campanhas
de levantamentos de dados e monitoramento da fauna durante todo o ano e
ao longo dos anos, os resultados confirmaram a eficácia dos métodos
empregados. Foram registradas e identificadas 341 espécies de vertebrados
silvestres no conjunto dos dez ambientes amostrados (27 anfíbios, 25 répteis,
246 aves e 43 mamíferos), das quais 49 das espécies são consideradas ou
estão sob algum risco ou ameaça de extinção no estado de São Paulo. O
itinerário metodológico adotado para avaliar a biodiversidade faunística
permitiu atingir os objetivos da pesquisa e revelou-se plenamente adequado.
Os resultados obtidos até o momento indicam que o cultivo em sistemas
orgânicos, associado ao manejo ecológico tem ampliado a biodiversidade faunística

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