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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

CURSO LATO SENSU EM ENGENHARIA GEOTÉCNICA EM PARCERIA COM


A NORSK HYDRO

Aula 13: Compressibilidade dos


solos

Prof. Dr. Adriano Frutuoso da Silva

Matemático, Engenheiro Civil, Mestre e Doutor em Geotecnia


• Presidente do Núcleo Norte do CBDB
• DEC/UFRR; ProfÁgua/UFRR; PEBGA/UFPA

• adriano.silva@ufrr.br
8. Compressibilidade dos Solo
1. Introdução
• Compressibilidade: característica de todos os materiais de,
quando submetidos a forças externas (carregamentos), se
deformarem.
• SOLO ≠ OUTROS MATERIAIS, pois ele é um material natural,
com uma estrutura interna que pode ser alterada, pelo
carregamento, com deslocamento e/ou ruptura de
partículas.
• A estrutura própria do solo (que é multifásica: fase sólida
(grãos) + fase fluída (água) + fase gasosa (ar)) confere-lhe um
comportamento próprio, tensão-deformação, o qual pode
depender do tempo.
8. Compressibilidade dos Solo
1. Introdução
Compressibilidade
8. Compressibilidade dos Solo
1. Introdução
Um elemento de solo saturado submetido a um acréscimo de
tensão, provocado por uma carga que ocasionará uma variação
de volume, o qual pode ser devido:
I. Compressão da fase sólida;
II. Compressão da fase fluída;
III. Drenagem dos fluídos dos vazios do solo;
Entretanto, tanto a compressibilidade da fase sólida como a da
fase fluida são quase desprezíveis.
Portanto, a única razão, para que ocorra uma variação de
volume, será uma redução dos vazios do solo com a
consequente expulsão da água intersticial.
8. Compressibilidade dos Solo
1. Introdução

A saída dessa água dependerá da permeabilidade do solo:


✓Para as areias, em que a permeabilidade é alta, a água poderá
drenar com bastante facilidade e rapidamente;
✓Para as argilas, a expulsão de água dos vazios necessitará de
muito mais tempo, até que o solo atinja um novo estado de
equilíbrio, sob as tensões aplicadas.
Essas variações volumétricas que se processam nos solos finos,
ao longo do tempo, constituem o fenômeno de adensamento, e
são as responsáveis pelos recalques a que estão sujeitas
estruturas apoiadas sobre esses solos.
8. Compressibilidade dos Solo
2. Definições

Compressibilidade • Diminuição do volume sob a ação de cargas


dos solos aplicadas;

• Processo manual ou mecânico de redução do índice


Compactação
de vazios, por expulsão do ar;

• Processo lento e gradual de redução do índice de vazios de


um solo por expulsão do fluido intersticial e transferência
Adensamento da pressão do fluído para a estrutura sólida, devido a cargas
aplicadas ou ao peso próprio das camadas sobrejacentes.
8. Compressibilidade dos Solo
2. Definições

• Recalque (Assentamento): termo utilizado em Engenharia Civil


para designar o fenômeno que ocorre quando uma obra sofre
um rebaixamento devido ao adensamento do solo sob sua
fundação.
• É a principal causa de trincas e rachaduras em edificações,
principalmente quando ocorre o recalque diferencial, ou seja,
uma parte da obra rebaixa mais que outra gerando esforços
estruturais não previstos e podendo até levar a obra à ruína.
8. Compressibilidade dos Solo
2. Definições
Causas de deformação de uma estrutura, segundo Simons e
Menzies:
1. Aplicação de cargas estruturais;
2. Rebaixamento do nível d’água;
3. Colapso da estrutura do solo devido ao encharcarmento;
4 Inchamento de solos expansivos;
.

5. Árvores de crescimento rápido em solos argilosos;


6 Deterioração da fundação ;
..

7. Subsidência devido à exploração de minas;


8. Buracos de escoamento;
9. Vibrações em solos arenosos;
10. Inchamento de solos argilosos após desmatamento;
11. Variações sazonais de umidade;
12. Efeitos de congelamento.
Universidade Federal de Roraima EC0505– Mecânica dos Solos I
8. Compressibilidade dos Solo
Departamento de Engenharia Civil Aula 19

3. Casos de recalque diferencial


Universidade Federal de Roraima EC0505– Mecânica dos Solos I
8. Compressibilidade dos Solo
Departamento de Engenharia Civil Aula 19

3. Casos de recalque diferencial


A Torre de Pisa é um exemplo típico de recalque diferencial, a
qual permanece de pé devido às constantes intervenções de
especialistas em Geotecnia, visando o reforço do solo em sua
base.
8. Compressibilidade dos Solo
3. Casos de recalque diferencial
Construída em diversas etapas entre 1573 e 1813, a Catedral
Metropolitana da Cidade do México e o Sagrário, igreja anexa,
sofriam com recalques diferenciados, chegando a 2,42m entre a
torre Oeste e a região do altar mor.
8. Compressibilidade dos Solo
8. Compressibilidade dos Solo
3. Casos de recalque diferencial
Minimizado o problema de irregularidade, foi feito injeção de
jet grouting para reduzir a compressibilidade do solo. No total,
foram injetados 5,2 mil m³ de cimento na camada superior de
argila.
A solução diminuiu os recalques da edificação, apesar de não
eliminar os efeitos de recalques regionais, comuns na capital
mexicana.
8. Compressibilidade dos Solo
3. Casos de recalque diferencial
Palácio de Belas Artes, na
Cidade do México
Após sua construção,
ocorreu um recalque
diferencial de 2 m, entre a
rua e a área construída; o
recalque geral desta região
da cidade foi de 7 m. Um
visitante, ao invés de subir
alguns degraus para entrar
no prédio, como
estabelecido no projeto
original, hoje tem de descer.
8. Compressibilidade dos Solo
3. Casos de recalque diferencial
8. Compressibilidade dos Solo
3. Casos de recalque diferencial
Outro exemplo bastante citado no Brasil são os prédios na orla
da cidade de Santos.
8. Compressibilidade dos Solo
3. Casos de recalque diferencial
Outro exemplo bastante citado no Brasil são os prédios na orla
da cidade de Santos.
8. Compressibilidade dos Solo
3. Casos de recalque diferencial
8. Compressibilidade dos Solo
3. Casos de recalque diferencial
8. Compressibilidade dos Solo
4. Recalque
• Grande parte das obras de engenharia civil é assentada
diretamente sobre o solo. A transferência dos esforços da
estrutura para o solo é feita através de fundações rasas
(sapatas, radiers) ou profundas (estacas, tubulões).
• No projeto geotécnico de fundações faz-se necessário avaliar
se a resistência do solo é suficiente para suportar os esforços
induzidos pela estrutura e, principalmente, se as deformações
(recalques) estarão dentro dos limites admissíveis.
• Recalques diferenciais ou de magnitude elevada podem causar
trincas na estrutura ou inviabilizar sua utilização. Daí a
necessidade do engenheiro conhecer os temas
COMPRESSIBILIDADE e ADENSAMENTO DE SOLOS.
8. Compressibilidade dos Solo
4. Recalque
Um aumento na tensão causada pela construção de fundações
ou outras cargas comprime as camadas do solo.
A compressão é causada por:
I. Deformação das partículas do solo;
II. Deslocamento de partículas do solo;
III. Expulsão da água ou do ar dos espaços vazios.
8. Compressibilidade dos Solo
4. Recalque
Em geral, o recalque do solo causado por cargas pode ser
dividido em três categorias amplas:

Recalque elástico • Causado pela deformação elástica do solo seco e dos


solos úmidos e saturados sem qualquer alteração no teor
(ou recalque de umidade. Os cálculos do recalque elástico geralmente
têm base nas equações derivadas da teoria da
imediato) elasticidade.

Recalque por • Resultado de uma alteração de volume em solos


adensamento coesivos saturados devido à expulsão da água que ocupa
os vazios do solo.
primário

Recalque por • Presente em solos coesivos saturados, é resultado do


compressão ajuste plástico da estrutura do solo. Esta é outra forma
de compressão que ocorre sob tensão efetiva constante.
secundária
8. Compressibilidade dos Solo
4. Recalque

O recalque total de uma fundação pode, então, ser


determinado por:
ST = Sc + Ss + Se
ST: recalque total;
Sc: consolidação do recalque primário;
Ss: consolidação do recalque secundário;
Se: recalque elástico.
8. Compressibilidade dos Solo
4. Recalque
Tipos de deformações
• Deformações rápidas: observadas em solos arenosos e solos
argilosos não saturados;
• Deformações lentas: observadas em solos argilosos saturados
→ aplicação da Teoria do Adensamento.

Formas de análise
• Cálculo de recalques pela Teoria da Elasticidade;
• Cálculo de recalques pela compressibilidade oedométrica.
8. Compressibilidade dos Solo
5. Recalques pela Teoria da Elasticidade
A Teoria da Elasticidade, utilizada para o cálculo das tensões no interior do solo devido a
carregamentos na superfície, também pode ser usada para a determinação dos
recalques
𝜎0 × 𝐵
𝜌=I× (1 − 𝜐 2 )
𝐸
r = recalques
s0 = pressão uniformemente distribuída na superfície
E e ʋ = parâmetros do solo definidos em ensaio
B = largura (ou diâmetro) da área carregada
I = Coef. que leva em conta a forma da superfície carregada

Placa Rígida Placa Flexível


8. Compressibilidade dos Solo
5. Recalques pela Teoria da Elasticidade
ENSAIO DE COMPRESSÃO AXIAL
8. Compressibilidade dos Solo
5. Recalques pela Teoria da Elasticidade
ENSAIO DE COMPRESSÃO AXIAL
F

𝐹
σ𝑐 =
𝐴𝑐

𝜎𝑐
𝐸= Módulo de Elasticidade
Δℎ 𝜀𝑎
Deformação Axial 𝜀𝑎 = ℎ
Δ𝑅 𝜀𝑟
𝜀
Deformação Radial 𝑟 = 𝜐=− Coef. Poison
𝑅 𝜀𝑎
8. Compressibilidade dos Solo
5. Recalques pela Teoria da Elasticidade
Parâmetros de deformabilidade
Ordem de grandeza de valores para o módulo de elasticidade:
8. Compressibilidade dos Solo
5. Recalques pela Teoria da Elasticidade
Parâmetros de deformabilidade
Ordem de grandeza de valores para o módulo de elasticidade:
8. Compressibilidade dos Solo
5. Recalques pela Teoria da Elasticidade
EXEMPLO
Uma amostra de solo foi submetida a um ensaio de compressão axial e
apresentou curva tensão versus deformação semelhante à da figura
apresentada. Durante o ensaio, para a tensão vertical de 38 kPa, a
deformação axial era de 0,64%.
A razão entre a deformação radial e a deformação axial foi de 0,35. Sobre esse
solo, uma sapata quadrada de concreto armado com 2m de lado aplicará um
tensão de 800kPa. Qual deve ser o recalque esperado?
8. Compressibilidade dos Solo
5. Recalques pela Teoria da Elasticidade
Problemas no uso da Teoria da Elasticidade
- Variação do E com o nível de tensão aplicado e com a tensão
de confinamento (profundidade);
- A aplicação da Teoria da Elasticidade na sua forma mais
simples é limitada a um meio uniforme. Não se adequa a
análise de uma camada compressível (depósito de argila mole
ou areia fofa) em meio a duas camadas menos deformáveis →
análise dos recalques pela compressibilidade oedométrica
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A NORSK HYDRO

Aula 14: Compressibilidade dos


solos

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Matemático, Engenheiro Civil, Mestre e Doutor em Geotecnia


• Presidente do Núcleo Norte do CBDB
• DEC/UFRR; ProfÁgua/UFRR; PEBGA/UFPA

• adriano.silva@ufrr.br
8. Compressibilidade dos Solo
4. Recalque
Um aumento na tensão causada pela construção de fundações
ou outras cargas comprime as camadas do solo.
I. Deformação das partículas do solo;
II. Deslocamento de partículas do solo;
III. Expulsão da água ou do ar dos espaços vazios.
O recalque total de uma fundação pode, então, ser
determinado por:
ST = Sc + Ss + Se
ST: recalque total;
Sc: consolidação do recalque primário;
Ss: consolidação do recalque secundário;
Se: recalque elástico.
8. Compressibilidade dos Solo
4. Recalque
Em geral, o recalque do solo causado por cargas pode ser
dividido em três categorias amplas:
Recalque elástico • Causado pela deformação elástica do solo seco e dos
solos úmidos e saturados sem qualquer alteração no teor
(ou recalque de umidade. Os cálculos do recalque elástico geralmente
têm base nas equações derivadas da teoria da
imediato) elasticidade.

Recalque por • Resultado de uma alteração de volume em solos


adensamento coesivos saturados devido à expulsão da água que ocupa
os vazios do solo.
primário

Recalque por • Presente em solos coesivos saturados, é resultado do


compressão ajuste plástico da estrutura do solo. Esta é outra forma
de compressão que ocorre sob tensão efetiva constante.
secundária
8. Compressibilidade dos Solo
6. Recalques por adensamento
Em situações de terreno onde temos uma camada
compressível, cuja espessura é bem menor que a largura do
carregamento, entre duas outras camadas menos deformáveis
→ aproximação a compressão oedométrica.
Na previsão do recalque aplica-se uma simples relação
proporcional entre recalque e espessura da camada.
8. Compressibilidade dos Solo
6. Recalques por adensamento
Uma situação típica onde a análise de recalques é feita pela
compressibilidade oedométrica → uma camada de argila mole
saturada entre duas camadas de areia permeável.
Nesta situação existe duas condições importantes:
a)Existe uma importante componente de deformação
volumétrica.
É empregado o termo compressibilidade ⇒ propriedade de
certos corpos de mudarem de forma e/ou volume quando lhe
são aplicadas cargas externas.
Os solos diferentemente de outros materiais em engenharia, se
deformam muito, as deformações se dão tanto em forma como
em volume, as relações carga-deformação são relativamente
menos precisas.
8. Compressibilidade dos Solo
6. Recalques por adensamento
Uma situação típica onde a análise de recalques é feita pela
compressibilidade oedométrica → uma camada de argila mole
saturada entre duas camadas de areia permeável.
Nesta situação existe duas condições importantes:
b)No caso de estratos compressíveis pouco permeáveis temos
deformações diferidas no tempo, usando assim, a Teoria do
Adensamento.
8. Compressibilidade dos Solo
6. Recalques por adensamento
Os recalques costumam ser expressos em função da variação do
índice de vazios do solo:
8. Compressibilidade dos Solo
6. Recalques por adensamento
Ensaio de adensamento
• Ensaio Adensamento Unidimensional (NBR 12007/90)
• Standard Test Methods for One-Dimensional Consolidation Properties of Soils Using
Incremental Loading [ASTM D2435 (2011)]
8. Compressibilidade dos Solo
6. Recalques por adensamento
Ensaio de adensamento
8. Compressibilidade dos Solo
6. Recalques por adensamento
Ensaio de adensamento
Procedimento - Ensaio Convencional
Sequência do ensaio:
Carregamento
Leitura das
deformações em
Quando as tempos específicos
Dobra-se o carregamento deformações cessam

Leitura das
deformações em E assim sucessivamente até o
tempos específicos último carregamento
8. Compressibilidade dos Solo
6. Recalques por adensamento
Ensaio de adensamento - convencional
• Cargas: 12,5 – 25 – 50 – 100 – 200 – 400 – 800 kPa.
• Tempos de leituras: 7”-15”-30”-1’-2’-4’-8’-15’-30’-1h-2h-4h-8h-
24 h.
• A altura da amostra e o índice de vazios diminuem com o tempo
e com o aumento do carregamento
Ensaio de Adensamento

https://www.youtube.com/watch?v=i7aulq_209M
UFRGS - Laboratório de Mecânica dos Solos
ADENSAMENTO / COMPRESSÃO CONFINADA

Amostra Bloco 1 Profundidade (m)


Data 18/02/03 Tensão Vertical (kPa) 12,5

DADOS DA AMOSTRA ÍNDICES FÍSICOS INICIAIS


Diâmetro (cm) 5 (S) (kN/m3) 28,59 wm (%) 32,00
Altura (cm) 1,91 (t) (kN/m3) 15,16 ei 1,490
W anel (gf) 71,79 (d) (kN/m3) 11,48 Si (%) 61,42
Área anel (cm2) 19,64
W an.+ solo úm.(gf) 128,64 cte defletômetro 0,00254 mm/div
Para cada carga Alt.reduz.(cm) 0,7672 Leitura Inicial 1500

aplicada:
ENSAIO DE ADENSAMENTO
Tempo (min) Leit. deflet. Alt.amostra (cm) ei leituras
0 1500 1,91000 1,48956 0
0,11666667 1493,2 1,90827 1,48730 -6,8
0,25 1493 1,90822 1,48724 -7
0,5 1492,5 1,90810 1,48707 -7,5
1 1492 1,90797 1,48691 -8
2 1491,5 1,90784 1,48674 -8,5
4 1491,1 1,90774 1,48661 -8,9
8 1490,8 1,90766 1,48651 -9,2
15 1490,1 1,90749 1,48628 -9,9
30 1489,7 1,90738 1,48615 -10,3
60 1488,8 1,90716 1,48585 -11,2
120 1488,2 1,90700 1,48565 -11,8
240 1487,5 1,90683 1,48542 -12,5
480 1486,9 1,90667 1,48522 -13,1
1440 1486,4 1,90655 1,48505 -13,6
8. Compressibilidade dos Solo
6. Recalques por adensamento
Ensaio de adensamento - convencional
Resultados típico Ensaio Adensamento
3,00
2,90
2,80
2,70
2,60
2,50
2,40
2,30
2,20
2,10
2,00
e

1,90
1,80
1,70
1,60
1,50
1,40
1,30
1,20
1,10
1,00
0 200 400 600 800 1000 1200 1400
s'v (kPa)
8. Compressibilidade dos Solo
6. Recalques por adensamento
Ensaio de adensamento - convencional
3,00
2,90
2,80
2,70
2,60
2,50
2,40
2,30
2,20
2,10
2,00
e

1,90
1,80
1,70
1,60
1,50
1,40
1,30
1,20
1,10
1,00
1 10 100 1000 10000
s'v (kPa)
8. Compressibilidade dos Solo
6. Recalques por adensamento
Ensaio de adensamento - convencional
3,00
Ramo Sobreadensado
2,90
2,80
2,70
2,60
2,50 Ramo Virgem ou
2,40
Normalmente Adensado
2,30
2,20
2,10
2,00
e

1,90
1,80
1,70
1,60
1,50
1,40
1,30
1,20
1,10 𝜎′𝑣𝑚
1,00
1 10 s'v100
(kPa) 1000 10000
8. Compressibilidade dos Solo
6. Recalques por adensamento
Tensão de pré-adensamento
s’vm : maior tensão que o solo já esteve submetido no passado

• Solo nunca foi submetido anteriormente a maiores


• s’vm = s’v →
tensões
• Solo normalmente adensado
amostragem

• s’vm > s’v → • Solo esteve, no passado, sujeito a tensões maiores


que as atuais (Ex: camada removida por erosão)
• Solo pré-adensado ou sobre-adensado
𝜎′𝑣𝑚 • Define-se: Razão de Pré-Adensamento (RPA ou OCR)
𝑂𝐶𝑅 = - é a relação entre a tensão de pré-adensamento e a
𝜎′𝑣
tensão efetiva atual
8. Compressibilidade dos Solo
6. Recalques por adensamento
Tensão de pré-adensamento
Razão entre a tensão de pré-adensamento e a tensão efetiva no
campo.

OCR = 1 → solo normalmente adensado - NA


OCR > 1 → solo pré-adensado - PA
OCR < 1 → solo em adensamento
8. Compressibilidade dos Solo
6. Recalques por adensamento
Determinação dos parâmetros
3,00
Ramo Sobreadensado (Cr)
2,90
2,80
2,70
2,60
2,50
2,40 Ramo Virgem ou
2,30 Normalmente Adensado
2,20
(Cc)
2,10
2,00
e

1,90
1,80
1,70
1,60
1,50
1,40
1,30 Cr = Coef. Recompressão
1,20 Cc = Coef. Compressibilidade
1,10 s’vm = Tensão de pré-adensamento
1,00
𝜎′𝑣𝑚
1 10 100 1000 10000
s'v (kPa)
8. Compressibilidade dos Solo
6. Recalques por adensamento
Determinação dos parâmetros

Índice de
vazios
 e1
Cr
 e2

 sv
Cc

s’v (atual) s’vm s ’2


log s’v
8. Compressibilidade dos Solo
6. Recalques por adensamento
Determinação dos parâmetros
8. Compressibilidade dos Solo
6. Recalques por adensamento
Cálculo de Recalques – Compressibilidade edométrica
𝜌 Δ𝑒
𝜀= =
𝐻1 1 + 𝑒1
𝐻1 𝐻1
𝜌= 𝑒1 − 𝑒2 = Δ𝑒
1 + 𝑒1 1 + 𝑒1

𝑒1 − 𝑒2 𝐻1 𝜎′2
PA 𝐶𝑟 = 𝜌= 𝐶 . log
log 𝜎 ′2 − log 𝜎 ′1 1 + 𝑒1 𝑟 𝜎′1

𝑒1 − 𝑒2 𝐻1 𝜎′2
𝐶𝑐 = 𝜌= 𝐶 . log
NA log 𝜎 ′2 − log 𝜎 ′1 1 + 𝑒1 𝑐 𝜎′1

𝐻1 𝜎′𝑣𝑚 𝜎′𝑣𝑓
𝜌= 𝐶𝑟 . log + 𝐶𝑐 . log
1 + 𝑒1 𝜎′𝑣𝑖 𝜎′𝑣𝑚

PA NA
8. Compressibilidade dos Solo
6. Recalques por adensamento
Determinação da tensão pré-adensamento
• Método de Casagrande para s’vm

1 Define-se o ponto de menor raio de


D
curvatura;
A 2 Por esse ponto traçam-se uma
C horizontal (A), uma tangente à curva (B) e a
B bissetriz do ângulo formado entre as duas
retas (C);
3 A interseção da bissetriz com o
prolongamento da reta virgem (D) é o
ponto de pré-adensamento.
8. Compressibilidade dos Solo
6. Recalques por adensamento
Determinação da tensão pré-adensamento
• Método de Eng° Pacheco Silva para s’vm

1 Prolongar a reta virgem até a


horizontal correspondente ao índice de
vazios inicial – e0;
2 No ponto de interseção, abaixar uma
vertical até a curva e deste ponto traça-
se uma horizontal;
3 A interseção desta horizontal com o
prolongamento da reta virgem é o ponto
de pré-adensamento.
8. Compressibilidade dos Solo
6. Recalques por adensamento
Efeito do amolgamento do solo
Amolgamento → perturbação mecânica do solo gerando parcial
ou total destruição de sua estrutura natural.
O solo torna-se mais deformável e o efeito do pré-adensamento
“mascarado”.
A curva log σ’ x e é modificada:
- O valor de σ’vm torna-se mais indefinido;
- Embora o Cc obtido para o solo amolgado possa ser maior que
para o estado indeformado, para um mesmo valor de
carregamento o solo amolgado apresenta menor índice de vazios.
Se processos construtivos amolgarem o solo é recomendada a
obtenção de parâmetros desde amostras amolgadas, sob o risco
de serem subestimados os recalques.
8. Compressibilidade dos Solo
6. Recalques por adensamento
Efeito do amolgamento do solo
8. Compressibilidade dos Solo
6. Recalques por adensamento Exemplo 1:
s = 100 kPa
2m n 14 kN/m3 NA
4m sat= 18 kN/m3 Areia
Vai ser construído um aterro
sat = 19 kN/m3 Argila sobre o perfil geotécnico
4m indicado. Determine o recalque
e=0,8 Cr=0,3 Cc = 1,5
da camada de argila sabendo que
no meio da camada:
1) Argila NA
2) s’vm = 190 kPa
3) s’vm = 150 kPa

𝐻1 𝜎′𝑣𝑚 𝜎′𝑣𝑓
𝜌= 𝐶𝑟 . log + 𝐶𝑐 . log
1 + 𝑒1 𝜎′𝑣𝑖 𝜎′𝑣𝑚
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
CURSO LATO SENSU EM ENGENHARIA GEOTÉCNICA EM PARCERIA COM
A NORSK HYDRO

Aula 15: Compressibilidade dos


solos

Prof. Dr. Adriano Frutuoso da Silva

Matemático, Engenheiro Civil, Mestre e Doutor em Geotecnia


• Presidente do Núcleo Norte do CBDB
• DEC/UFRR; ProfÁgua/UFRR; PEBGA/UFPA

• adriano.silva@ufrr.br
8. Compressibilidade dos Solo
Teoria Do Adensamento Terzaghi

A Teoria do Adensamento, desenvolvida por


Terzaghi, equaciona a forma com que ocorre a
transferência de carga da poro-pressão (u) para
tensão efetiva (’) atuante no esqueleto mineral
do solo, com a consequente redução de volume
dada pelo adensamento.
8. Compressibilidade dos Solo
Teoria Do Adensamento Terzaghi
ANALOGIA AO MODELO DE TERZAGHI

• Carga no pistão  Carregamento vertical


• Cilindro  Confinamento do solo
• Água no cilindro  Água nos vazios do solo
• Mola  Esqueleto mineral (estrutura formada pelos grãos)
• Grau de abertura da válvula  Condutividade Hidráulica dos Solos
• Rigidez da mola  Compressibilidade do solo
8. Compressibilidade dos Solo
Teoria Do Adensamento Terzaghi
ANALOGIA AO MODELO DE TERZAGHI (TAYLOR, 1948)
(sistema pistão/água/mola)

Carga suportada: t=0 t1 t2 t= 


Água: 15 N 10 N 5N 0
Mola: 0 5N 10 N 15 N
8. Compressibilidade dos Solo
Teoria Do Adensamento Terzaghi
Solo saturado ➔ Sistema Água + Mola

Pistão Mola → esqueleto sólido


(área A)
Água → água intersticial
F
Válvula → condutividade hidráulica (k)
H = 

Deslocamento
F = Fmola + Fágua
pistão
Fmola = k mola H

Fágua = u . A
8. Compressibilidade dos Solo
Teoria Do Adensamento Terzaghi
t=0 F = Fmola + Fágua
Válvula fechada:

Fmola = 0 • Mola não se


F deforma (H = 0)

Fágua = u . A • Toda carga suporta


pela água
umáxima

Qualquer variação na tensão


total (ou na força total)
t=0 corresponderá a uma variação na
tensão da água

 = u
8. Compressibilidade dos Solo
Teoria Do Adensamento Terzaghi
F = Fmola + Fágua
t>0
Válvula aberta:
• Quantidade de água expulsa provoca deformação na
mola

Fmola  0 H  0
H =  F
Fágua = u . A

u < umáxima

Ocorrerá transferência de carga


t>0 da água para mola

 = u + '
8. Compressibilidade dos Solo
Teoria Do Adensamento Terzaghi
F = Fmola + Fágua
t= Válvula aberta:
• Expulsão de toda água pelo êmbolo

Fágua = 0 u=0
Hmáx F
• Toda carga suportada pela mola

F = Fmola (máxima) H = H máx


Completa transferência de carga
t= da água para mola (sistema em
equilíbrio)

 = '
8. Compressibilidade dos Solo
Teoria Do Adensamento Terzaghi
Tensão
u = u0
u0+u(t)
 = u
 u0+u ’ = 
u0 ’(t)
’

tempo
t=0 ESTÁGIO I ESTÁGIO II ESTÁGIO III ESTÁGIO IV
Repouso Aplicado  Aberta válvula Restabelecimento
válvula fechada equilíbrio
(u = u0)

V0 tempo
V(t)

Volume
8. Compressibilidade dos Solo
Teoria Do Adensamento Terzaghi
COMPRESSIBILIDADE DO SOLO

Com a drenagem, a variação do volume do solo


se dá com o tempo e é governada pela interação
entre tensão total (), tensão efetiva (’), poro-
pressão (u), condutividade hidráulica (k) e
compressibilidade.
8. Compressibilidade dos Solo
Teoria Do Adensamento Terzaghi
O principio das Tensões Efetivas estabelece que as variações de volume são
devido somente a variações nas tensões efetivas.

Solo Saturado: 2 fases (sólida + líquida)

• Ao aplicar uma pressão de compressão, há redução


de volume decorrente da redução nos vazios;
• A redução de vazios implica no estabelecimento de
um gradiente hidráulico, com isso há fluxo de dentro
para fora do elemento  drenagem
• Esse fluxo é governado pela Lei de Darcy.
• Fluxo será tão mais rápido quanto mais permeável o
solo.
8. Compressibilidade dos Solo
Teoria Do Adensamento Terzaghi
COMPRESSIBILIDADE CONFORME O TIPO DE SOLO

Solos Granulares (areias):

A água flui facilmente devido a alta permeabilidade. O gradiente gerado é


rapidamente dissipado.

Solos finos (argilas):

Devido a baixa permeabilidade a água encontra dificuldades de percolar. Logo, a


água absorve toda a pressão aplicada gerando excesso de poropressão (ue). Este
excesso é dissipado lentamente com a drenagem do elemento. À medida que
dissipa o excesso de poropressão, a pressão aplicada é transmitida aos contato
dos grãos representando o acréscimo de tensão efetiva (’), responsável pela
variação volumétrica do elemento  Fenômeno de Adensamento.
8. Compressibilidade dos Solo
Teoria Do Adensamento Terzaghi
ADENSAMENTO UNIDIMENSIONAL

• Amostra de solo saturada e com k


SOLO baixo (argila).
• Constituída por partículas de solo
envolvidas por água.
• Manômetro permite a medição da
pressão de água.

 = ’ + u
solo água
8. Compressibilidade dos Solo
Teoria Do Adensamento Terzaghi
ADENSAMENTO UNIDIMENSIONAL
SOLO (t = 0)
Toda tensão aplicada é suportada pela água.
(verificada por um aumento no manômetro)

 = u ’ = 0 V = 0

(só variações na ’ provocam deformações)


SOLO (t > 0)
Percolação da água em direção às áreas mais
permeáveis ex. pedra porosa (ensaio); areia (campo).
8. Compressibilidade dos Solo
Teoria Do Adensamento Terzaghi
ADENSAMENTO UNIDIMENSIONAL
SOLO (t > 0)
Saída de água → redução do índice de vazios

Transferência de tensão para o esqueleto sólido
 = ’ + u ’> 0
(ocorrem deformações)
SOLO (t = )
O excesso de poro-pressão gerado pelo carregamento já foi
dissipado.
u = 0  = ’
8. Compressibilidade dos Solo
Teoria Do Adensamento Terzaghi
• Carregamento gera inicialmente acréscimo na tensão de
água (excesso de poropressão);
• Esse acréscimo é dissipado através da expulsão da água
dos vazios do solo e transferência de tensão da água para o
esqueleto sólido;
• A tensão efetiva aumenta e o solo se deforma;
•A tensão efetiva aumenta na mesma magnitude que o
excesso de poropressão diminui.
Fenômeno através do qual as deformações ocorrem com
expulsão da água dos vazios do solo → ADENSAMENTO
8. Compressibilidade dos Solo
Teoria Do Adensamento Terzaghi
TERZAGHI
A teoria clássica de Terzaghi equaciona o fenômeno de adensamento
baseado nas seguintes hipóteses:
Hipóteses:
1. Solo saturado e homogêneo;
2. Compressão e fluxo unidimensionais;
3. Fluxo segundo Lei de Darcy (na vertical);
4. Água e partículas sólidas são incompressíveis;
5. Índice de vazios (e) varia linearmente com o aumento da
tensão (’);
6. Princípio das Tensões Efetivas é válido.
8. Compressibilidade dos Solo
Teoria Do Adensamento Terzaghi
TEORIA DO ADENSAMENTO UNIDIMENSIONAL

Dedução da teoria:
Objetivo da teoria é determinar, para qualquer
instante e em qualquer posição da camada que
está adensando, o grau de adensamento (Uz), ou
seja, as deformações, os índices de vazios, as
tensões efetivas e as pressões neutras
correspondentes.
8. Compressibilidade dos Solo
Teoria Do Adensamento Terzaghi
PORCENTAGEM DE ADENSAMENTO
Relação entre a deformação ocorrida num elemento numa certa
posição (), caracterizada pela sua profundidade z, num
determinado tempo e a deformação deste elemento quando todo
o processo de adensamento tiver ocorrido (f):


Uz =
f

• Deformação final devida ao • Num instante t qualquer, o índice de


acréscimo de tensão: vazios será e e a deformação ocorrida em t:

e1 − e 2 e1 − e
f = =
1 + e1 1 + e1
e1 − e e1 − e
=
 1 + e1
Uz = 1 + e1 e1 − e
f Uz = =
e1 − e 2
e1 − e 2 e1 − e 2
f = 1 + e1
1 + e1

ui
Semelhança dos triângulos ABC e ADE:

e1 − e AB BC '−'1
e1 A u Uz = = = =
e1 − e 2 AD DE '2 −'1
e C
B

E Inclinação da reta → Coeficiente de Compressibilidade


e2
D

e1 − e 2 e 2 − e1
av = =−
’1 ’ ’2 '2 −'1 '2 −'1
de
’2 = ’1 + ’ av = −
d'
8. Compressibilidade dos Solo
Teoria Do Adensamento Terzaghi
EQUAÇÃO DIFERENCIAL DO ADENSAMENTO
A equação do adensamento baseia-se no equilíbrio e nas equações constitutivas
para cada fase do solo.
Equação de equilíbrio
Equilíbrio do fluido e do esqueleto sólido
Equilíbrio da fase fluida
Continuidade da massa de sólidos
Continuidade de fluxo

Relações constitutivas
Relação entre índice de vazios e tensão efetiva
Relação entre índice de vazios e permeabilidade
Relação entre índice de vazios e massa (peso) específica(o)

Equação do fluxo d’água nos solos


Principio das tensões efetivas
8. Compressibilidade dos Solo
Teoria Do Adensamento Terzaghi
EQUAÇÃO DIFERENCIAL DO ADENSAMENTO
Fluxo Bidimensional
Eq. de fluxo num solo saturado
𝑑𝑉 𝑑2ℎ 𝑑2ℎ 𝑑2ℎ
= 𝑘𝑥 2 + 𝑘𝑦 2 + 𝑘𝑧 2 𝑑𝑥𝑑𝑦𝑑𝑧 = 0
𝑑𝑡 𝑑𝑥 𝑑𝑦 𝑑𝑧
Adensamento -> Fluxo Vertical
Variação volume não é nula
𝑑𝑉 𝑑2ℎ
= 𝑘 2 𝑑𝑥𝑑𝑦𝑑𝑧
𝑑𝑡 𝑑𝑧
Coeficiente de Adensamento
k (1 + e ) Reflete as características do solo:
Cv = cond. hidráulica (k); porosidade
av . w (e) e compressibilidade (av)
8. Compressibilidade dos Solo
Teoria Do Adensamento Terzaghi
EQUAÇÃO DIFERENCIAL DO ADENSAMENTO
Fluxo Bidimensional
Eq. de fluxo num solo saturado
𝑑𝑉 𝑑2ℎ 𝑑2ℎ 𝑑2ℎ
= 𝑘𝑥 2 + 𝑘𝑦 2 + 𝑘𝑧 2 𝑑𝑥𝑑𝑦𝑑𝑧 = 0
𝑑𝑡 𝑑𝑥 𝑑𝑦 𝑑𝑧
Adensamento -> Fluxo Vertical
Variação volume não é nula
𝑑𝑉 𝑑2ℎ
= 𝑘 2 𝑑𝑥𝑑𝑦𝑑𝑧 Solução por séries de Fourier:
𝑑𝑡 𝑑𝑧

C v . t Fator Tempo
T= 2
Correlaciona os tempos de recalque às
H d características do solo (Cv) e às
condições de drenagem (Hd)
8. Compressibilidade dos Solo
Teoria Do Adensamento Terzaghi

NT=NA

Camada drenante

t= t=o+ v
z
Hd u ’ 1
Camada
compressível
Hd dz

v’
Camada drenante

Hd: altura drenante


maior distância de percolação da água para fora da camada compressível. No caso de duas
camadas drenantes (drenagem dupla), corresponde a metade da camada compressível H.
8. Compressibilidade dos Solo
Teoria Do Adensamento Terzaghi
PORCENTAGEM DE ADENSAMENTO
Porcentagem de adensamento ou grau de adensamento corresponde a
porcentagem de dissipação do excesso de poropressão em um determinado
tempo t, em um ponto situado a uma profundidade z.

 − u  u 
Uz = . 100 = 1 −  . 100
   
Pela solução encontrada pela Equação Diferencial de Adensamento:

Solução em função da

2  M . z  − M 2T
Uz = 1−   sen  . e porcentagem ou grau
M =1 M  Hd  de adensamento

ue − ue Grau de adensamento ao longo da


Uz =
( inicial )
profundidade ~ grau de dissipação da
ue ( inicial )
ue ( inicial ) = p pressão neutra
Teoria Do Adensamento Terzaghi
EQUAÇÕES USUAIS
ue − ue
Uz =
( inicial )
Uz
ue ( inicial )

Cv . t
T T= 2
Hd
z
Z Z=
Hd

Hd = H Drenagem simples

Hd
H
Hd = Drenagem dupla
2
Solução da equação
de Uz para diversos
tempos após o
carregamento

u e (inicial )
Uz = 1−
u

Isócronas (mesmo fator tempo)


8. Compressibilidade dos Solo
Teoria Do Adensamento Terzaghi
ISÓCRONAS
• Indicam o desenvolvimento do adensamento com a profundidade para certo
fator tempo;
• Mostram como a dissipação da pressão neutra e as deformações ocorrem muito
mais rapidamente nas proximidades das faces de drenagem do que no interior da
camada;
• Exemplo T = 0,3 → no centro da camada (drenagem dupla: Z=1) estará
ocorrendo 40% de adensamento, enquanto que a ¼ de profundidade (Z=0,5), Uz
terá sido de 57% e, a um oitavo da profundidade (Z=0,125), de 77%.
8. Compressibilidade dos Solo
Teoria Do Adensamento Terzaghi
GRAU DE ADENSAMENTO MÉDIO

T
z / Hd  área sombreada 
U = 1 − 
 área total 

Uz

• cada ponto da camada de solo tem um valor de Uz


diferente;
• pode-se definir um grau de adensamento médio, U, para
toda a camada;
 área sombreada  U controla a evolução
U = 1 −  gráfico
 área total 
do recalque com o
tempo
Curva de adensamento
(porcentagem de recalque em função T)

• T = 0 → U = 0%
• T =  → U = 100%

Recalque total:
H (t ) = U . H
H (t )
U=
H
H(t): recalque sofrido até o
instante considerado
> t → > T → > Uz → > U H: recalque correspondente ao
carregamento
8. Compressibilidade dos Solo
Exemplo
P1 - A construção de um aterro com 2,5 m de altura sobre um terreno constituído de uma
camada de 12 m de argila mole, sobre areia, apresentaria um recalque de 50 cm. Para
estudar a evolução dos recalques com o tempo, precisa-se do coeficiente de
adensamento. Sabendo que o coeficiente de compressibilidade é de 0,06 kPa-1 e o
coeficiente de condutividade hidráulica é de 3x10-8 m/s e o índice de vazios igual a 3, qual
é o valor de Cv? P2- Calcular o grau de adensamento, o excesso de poro-pressão e a poro-
pressão nas profundidades de 0, 3, 6, 9 e 12 metros, após 1 e 3 anos da sua construção.
P3- Calcular a tensão efetiva nas profundidades de 0, 3, 6, 9 e 12 metros, após 1 e 3 anos
da sua construção.
Camada Drenante
Aterro 100 kN/m2
+2,5 m

NA
0m
areia
argila mole

-12 m
areia
8. Compressibilidade dos Solo
Exemplo 1
A construção de um aterro com 2,5 m de altura sobre um terreno constituído de
uma camada de 12 m de argila mole, sobre areia, apresentaria um recalque de
50 cm. Para estudar a evolução dos recalques com o tempo, precisa-se do
coeficiente de adensamento. Sabendo que o coeficiente de compressibilidade é
de 0,06 kPa-1 e o coeficiente de condutividade hidráulica é de 3x10-8 m/s e o
índice de vazios igual a 3, qual é o valor de Cv?  = H = 50 cm
Camada Drenante k (1 + e)
av = 0,06 kPa-1 Cv =
+2,5 m
Aterro 100 kN/m2 k = 3x10-8 m/s av . w
e=3
NA
0m
areia
argila mole

-12 m
areia

3x10−8 (1 + 3)
Cv = = 2 x10−7 m 2 / s = 2 x10−3 cm2 / s
0,06 . 10
8. Compressibilidade dos Solo
Exemplo 2
Para esse mesmo aterro (de grande extensão) calcular o
grau de adensamento, o excesso de poro-pressão e a
poro-pressão nas profundidades de 0, 3, 6, 9 e 12
metros, após 1 e 3 anos da sua construção.
Camada Drenante
Aterro 100 kN/m2
+2,5 m

NA
0m
areia
argila mole
Cv = 2 x 10-7 m2/s
sat = 16 kN/m3
-12 m
areia
T=0,17
T=0,17

T=0,52
8. Compressibilidade dos Solo
Exemplo 2
Universidade Federal de Roraima EC0505 – Mecânica dos Solos I
Departamento de Engenharia Civil Aula 21

Exemplo 3
Para esse mesmo aterro (de grande extensão) calcular a
tensão efetiva nas profundidades de 0, 3, 6, 9 e 12
metros, após 1 e 3 anos da sua construção.
Colchão Drenante
Aterro 100 kN/m2
+2,5 m

NA
0m
areia
argila mole

Cv = 2 x 10-7 m2/s
-12 m sat = 16 kN/m3
areia
Exemplo 3
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
CURSO LATO SENSU EM ENGENHARIA GEOTÉCNICA EM PARCERIA COM
A NORSK HYDRO

Aula 16: Compressibilidade dos


solos

Prof. Dr. Adriano Frutuoso da Silva

Matemático, Engenheiro Civil, Mestre e Doutor em Geotecnia


• Presidente do Núcleo Norte do CBDB
• DEC/UFRR; ProfÁgua/UFRR; PEBGA/UFPA

• adriano.silva@ufrr.br
8. Compressibilidade dos Solo
Teoria Do Adensamento Terzaghi

A Teoria do Adensamento, desenvolvida por


Terzaghi, equaciona a forma com que ocorre a
transferência de carga da poro-pressão (u) para
tensão efetiva (’) atuante no esqueleto mineral
do solo, com a consequente redução de volume
dada pelo adensamento.
8. Compressibilidade dos Solo
Teoria Do Adensamento Terzaghi
CONSIDERAÇÕES SOBRE AS HIPÓTESES EMPREGADAS NA TEORIA DO
ADENSAMENTO - VALIDADE E CONSEQUÊNCIAS
a) Deformação unidirecional
Traz como vantagens:
• Envolve apenas um parâmetro de deformabilidade (Eoed, mv ou av),
não envolvendo o coeficiente de Poisson do solo, o que simplifica os
cálculos;
• Implica que em t = 0+ → Δu = Δσv;
• Na realidade o estado de deformação não é estritamente uniaxial,
logo em t = 0+ → Δu = Δσoct = 0,7 a 0,9 . Δσ;
• O fenômeno de adensamento se aplica a 70 a 90% da carga vertical
aplicada.
8. Compressibilidade dos Solo
Teoria Do Adensamento Terzaghi
CONSIDERAÇÕES SOBRE AS HIPÓTESES EMPREGADAS NA TEORIA DO
ADENSAMENTO - VALIDADE E CONSEQUÊNCIAS
b) Saturação e incompressibilidade da água
• De uma maneira geral, não se tem o solo compressível totalmente
saturado;
• Existe a presença de ar retido, determinante de deformação
volumétrica do fluído intersticial. Com isso desenvolvem-se
instantâneos acréscimos de tensão efetiva e, em consequência,
excessos de poropressão inferiores. A parcela do recalque total pelo
adensamento é reduzida.
8. Compressibilidade dos Solo
Teoria Do Adensamento Terzaghi
CONSIDERAÇÕES SOBRE AS HIPÓTESES EMPREGADAS NA TEORIA DO
ADENSAMENTO - VALIDADE E CONSEQUÊNCIAS
c) Homogeneidade e constância nas características dos solos
• Além da raridade em camadas realmente homogêneas, os
parâmetros de compressibilidade e a permeabilidade do solo tende a
variar com a compressão:

• Para valores pequenos de carregamento como a compressibilidade


reduz numa proporção maior que a permeabilidade, o Cv tende a
crescer.
8. Compressibilidade dos Solo
Teoria Do Adensamento Terzaghi
CONSIDERAÇÕES SOBRE AS HIPÓTESES EMPREGADAS NA TEORIA DO
ADENSAMENTO - VALIDADE E CONSEQUÊNCIAS
c) Homogeneidade e constância nas características dos solos
• A variação de Cv não impede a aplicação da teoria a casos correntes;

• Problemas de adensamento que envolvam grandes deformações


são resolvidos por métodos numéricos, onde a variação dos
parâmetros de compressibilidade e permeabilidade são
considerados.
8. Compressibilidade dos Solo
Teoria Do Adensamento Terzaghi
CONSIDERAÇÕES SOBRE AS HIPÓTESES EMPREGADAS NA TEORIA DO
ADENSAMENTO - VALIDADE E CONSEQUÊNCIAS
d) Lei de Darcy
• Permite abordar de maneira simples e aceitável o fluxo d’água e as
consequentes variações volumétricas com o tempo.
e) Relação linear entre tensões e deformações volumétricas
• Hipótese que pode levar a erros importantes. Uma relação linear
entre a deformação volumétrica e o logaritmo da tensão efetiva
aplicada é mais realística. Implica que a dissipação de poropressão e o
consequente acréscimo de tensão efetiva se dá numa taxa diferente
que aquela das deformações volumétricas associadas.
8. Compressibilidade dos Solo
Teoria Do Adensamento Terzaghi
CONSIDERAÇÕES SOBRE AS HIPÓTESES EMPREGADAS NA TEORIA DO
ADENSAMENTO - VALIDADE E CONSEQUÊNCIAS
Condições de campo que influenciam o adensamento
Duas das hipóteses discutidas não são satisfeitas devido a
condições reais de campo bastante comuns:
a) Deformação e fluxo não unidirecionais
A hipótese de compressão oedométrica se adequa na prática a
carregamentos de grande extensão em área. Entretanto, em muitos
outros casos tem-se carregamentos de limitadas dimensões →
importantes deformações laterais decorrentes.
Por outro lado, a teoria não considera fluxo lateral, que ocorre desde
carregamentos de largura finita → maior rapidez na dissipação das
poropressões e consequentemente dos recalques.
8. Compressibilidade dos Solo
Teoria Do Adensamento Terzaghi
CONSIDERAÇÕES SOBRE AS HIPÓTESES EMPREGADAS NA TEORIA DO
ADENSAMENTO - VALIDADE E CONSEQUÊNCIAS
Condições de campo que influenciam o adensamento
Duas das hipóteses discutidas não são satisfeitas devido a
condições reais de campo bastante comuns:
a) Deformação e fluxo não unidirecionais
O afastamento das condições
unidirecionais é tanto maior quanto
mais espessa for a camada e quanto
menor a largura da área carregada, o
que implica no uso de teorias de
adensamento bi ou tridimensionais.
8. Compressibilidade dos Solo
Teoria Do Adensamento Terzaghi
CONSIDERAÇÕES SOBRE AS HIPÓTESES EMPREGADAS NA TEORIA DO
ADENSAMENTO - VALIDADE E CONSEQUÊNCIAS
Condições de campo que influenciam o adensamento
Duas das hipóteses discutidas não são satisfeitas devido a
condições reais de campo bastante comuns:
b) Presença de lentes arenosas
Em depósitos sedimentares são bastante comuns camadas arenosas e
argilosas intercaladas. A presença de camadas arenosas (mesmo de
pequena espessura) em meio a depósitos de argila mole aceleram em
muito os recalques;
8. Compressibilidade dos Solo
Teoria Do Adensamento Terzaghi
CONSIDERAÇÕES SOBRE AS HIPÓTESES EMPREGADAS NA TEORIA DO
ADENSAMENTO - VALIDADE E CONSEQUÊNCIAS
Condições de campo que influenciam o adensamento
Duas das hipóteses discutidas não são satisfeitas devido a
condições reais de campo bastante comuns:
b) Presença de lentes arenosas
8. Compressibilidade dos Solo
Teoria Do Adensamento Terzaghi
EQUAÇÕES USUAIS
ue − ue
Uz =
( inicial )
Uz
ue ( inicial )

Cv . t
T T= 2
Hd
z
Z Z=
Hd

Hd = H Drenagem simples

Hd
H
Hd = Drenagem dupla
2
Solução da equação
de Uz para diversos
tempos após o
carregamento

u e (inicial )
Uz = 1−
u

Isócronas (mesmo fator tempo)


8. Compressibilidade dos Solo
Teoria Do Adensamento Terzaghi
GRAU DE ADENSAMENTO MÉDIO

T
z / Hd  área sombreada 
U = 1 − 
 área total 

Uz

• cada ponto da camada de solo tem um valor de Uz


diferente;
• pode-se definir um grau de adensamento médio, U, para
toda a camada;
 área sombreada  U controla a evolução
U = 1 −  gráfico
 área total 
do recalque com o
tempo
Curva de adensamento
(porcentagem de recalque em função T)

• T = 0 → U = 0%
• T =  → U = 100%

Recalque total:
H (t ) = U . H
H (t )
U=
H
H(t): recalque sofrido até o
instante considerado
> t → > T → > Uz → > U H: recalque correspondente ao
carregamento
8. Compressibilidade dos Solo
Coeficiente de adensamento
Obtenção de Cv a partir das curvas recalque x tempo do ensaio de
adensamento
O Coeficiente de Adensamento (Cv) é dado por:

Para sua quantificação a partir das curvas tempo x recalque de


ensaios são necessários ajustes devido:
- Compressão instantânea pela presença de bolhas de ar na
amostra e desajustes no contato pedra porosa - amostra;
- Ocorrência de compressão secundária, que determina a
continuidade das deformações mesmo após ter encerrado o
processo de adensamento.
8. Compressibilidade dos Solo
Coeficiente de adensamento
Obtenção de Cv a partir das curvas recalque x tempo do ensaio de
adensamento - Método de Casagrande (log t)
8. Compressibilidade dos Solo
Coeficiente de adensamento
Obtenção de Cv a partir das curvas recalque x tempo do ensaio de
adensamento - Método de Casagrande (log t)
Passos:
a) Início do adensamento primário: Como
o trecho inicial é parabólico → para um
tempo t da fase inicial soma-se a
ordenada uma distância correspondente
ao recalque entre t e 4.t;
b) Final do adensamento primário:
intersecção de uma tangente ao trecho
intermediário com a assíntota do trecho
final da curva (adensamento secundário);
8. Compressibilidade dos Solo
Coeficiente de adensamento
Obtenção de Cv a partir das curvas recalque x tempo do ensaio de
adensamento - Método de Casagrande (log t)
Passos:
c) No ponto médio entre o início e o final
do adensamento primário → U = 50%
d) Calcula-se Cv
Curva de adensamento
(porcentagem de recalque em função T)

0,197
8. Compressibilidade dos Solo
Coeficiente de adensamento
Obtenção de Cv a partir das curvas recalque x tempo do ensaio de
adensamento - Método de Taylor (√t)
8. Compressibilidade dos Solo
Coeficiente de adensamento
Obtenção de Cv a partir das curvas recalque x tempo do ensaio de
adensamento - Método de Taylor (√t)
Passos:
a) Início do adensamento primário: Como
o trecho inicial é parabólico → prolonga-
se o trecho inicial retilíneo até interceptar
as ordenadas → o ponto de intersecção
corresponde ao início do adensamento. A
diferença em relação a altura inicial da
amostra corresponde a compressão
instantânea;
b) Definição do tempo para 90% do
adensamento primário: Traça-se uma reta
com abcissas 1,15 x maiores que aquela
ajustada ao trecho retilíneo inicial. A
intersecção desta reta com a curva define
U = 90% (ou seja, 𝑡90 )
8. Compressibilidade dos Solo
Coeficiente de adensamento
Obtenção de Cv a partir das curvas recalque x tempo do ensaio de
adensamento - Método de Taylor (√t)
Passos:
c) Calcula-se Cv
Curva de adensamento
(porcentagem de recalque em função T)

0,848
8. Compressibilidade dos Solo
Coeficiente de adensamento
Obtenção de Cv a partir das curvas recalque x tempo do ensaio de
adensamento - Métodos
OBS: Os dois processos devem dar resultados próximos.
Entretanto:
- Solos que não têm bem definido um trecho retilíneo inicial
plotando-se recalques x √t torna difícil a aplicação do método de
Taylor;
- Solos com acentuado adensamento secundário tornam difícil a
aplicação do método de Casagrande pelo forma assumida da
curva recalque x log t.
O valor de Cv varia e deve ser calculado para cada estágio de
carga → na prática o Cv usado na previsão do tempo dos
recalques deve ser aquele compatível com o nível de tensões do
problema em questão.
8. Compressibilidade dos Solo
Coeficiente de adensamento
Cálculo do recalque com o tempo

Estimativa de Cv a partir de retroanálises


Observa-se que, em geral, os recalques reais ocorrem mais
rápidos que os previstos pela teoria. Possíveis causas:
- Fluxo lateral;
- Presença de lentes drenantes;
- Pré-adensamento por adensamento secundário anterior;
- Mudança na condição de pré-adensamento → indefinição do Cv
a adotar.
Valores mais realísticos de Cv podem ser obtidos a partir da
medição de recalques ao longo do tempo em aterros
experimentais no próprio terreno → retroanálise com o uso dos
mesmos métodos de Casagrande e Taylor.
8. Compressibilidade dos Solo
Exemplo 1
Durante um ensaio de adensamento em laboratório, o tempo e as leituras do
extensômetro obtidos a partir do aumento da pressão do corpo de prova de 50
kN/m² para 100 kN/m² são dados:

Determine cv, usando o método de logaritmo do tempo e o método √t. A altura


média do corpo de prova durante o adensamento era de 2,24 cm e foi drenada na
parte superior e inferior.
8. Compressibilidade dos Solo
Exemplo 1 – Método de Casagrande (log t)
Drenagem dupla:
Hd = 2,24 cm/2= 1,12 cm
8. Compressibilidade dos Solo
Exemplo 1 – Método de Casagrande (log t)
Considerando t1 = 0,1 min -> t2= 4x0,1= 0,4 min -> x= 0,004 -> d0=0,404
d50= (d0+d100)/2 -> d50= 0,462 cm

d0=0,404
x

d100=0,52

t50=19 min
0,4
8. Compressibilidade dos Solo
Exemplo 1 – Método de Casagrande (log t)
0,197 × (1,12 𝑐𝑚)2 0,013𝑐𝑚2 /𝑚𝑖𝑛
𝐶𝑣 = = 𝑜𝑢
19 𝑚𝑖𝑛
2,17 × 10−4 𝑐𝑚2 /𝑠
8. Compressibilidade dos Solo
Exemplo 1 – Método de Taylor (√t)
Drenagem dupla:
Hd = 2,24 cm/2= 1,12 cm

OC= 1,15 x OB
8. Compressibilidade dos Solo
Exemplo 1 – Método de Taylor (√t)
Considerando OC= 1,15 X OB = 10,2 X 1,15 = 11,7

√t90= 7,6 min -> 7,6²= 57,76min

C B
8. Compressibilidade dos Solo
Exemplo 1 – Método de Taylor (√t)
0,848 × (1,12 𝑐𝑚)2 0,018 𝑐𝑚2 /𝑚𝑖𝑛
Cv = = 𝑜𝑢
57,76 𝑚𝑖𝑛
3,15 × 10−4 𝑐𝑚2 /𝑠

√t90= 7,6 min -> 7,6²= 57,76min

B
8. Compressibilidade dos Solo
ESTIMATIVA DA PERMEABILIDADE A PARTIR DOS
DADOS DE ADENSAMENTO

Pode-se estimar a permeabilidade do solo a partir da drenagem


no processo de adensamento. Da definição de Cv:

O valor de Kv obtido desde Cv e mv implica em todas as hipóteses


assumidas no equacionamento do processo de adensamento.
Tende a diferir em muito dos resultados obtidos a partir de
ensaios de permeabilidade em laboratório e in situ.

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