Você está na página 1de 122

CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 1

Módulo III

Aula 01 – Suportes

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 2

SUMÁRIO:

1. Definição: Suportes típicos – Traçados

2. Suportes destinados a suportar os pesos

3. Cargas que atuam sobre os suportes

4. Tipos

5. Referências Bibliográficas

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 3

1. Definição: Suportes Típicos – Traçados

Os suportes de tubulação são os dispositivos destinados a suportar os pesos e os demais esforços


exercidos pelos tubos ou sobre os tubos, transmitindo esses esforços diretamente ao solo das
estruturas vizinhas a equipamentos, ou ainda a outros tubos adjacentes.

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 4

Existe uma grande variedade de tipos e modelos diferentes de suporte de tubulação. De acordo com
a função principal que exercem, os suportes podem ser classificados em:

2. Suportes destinados a suportar os pesos:

• Rígidos Apoiados
• Semi-rígidos Pendurados
• Não rígidos Suporte de Mola
Suporte de contrapeso

3. Cargas que atuam sobre os suportes:

¾ Pesos:
Peso próprio dos tubos, válvulas, e outros acessórios da rede de tubulações.
Peso de fluido contido.
Peso de isolamento térmico, se houver.
Sobrecargas diversas exercidas sobre a tubulação, tais como peso de outros tubos, pessoas,
plataformas, estruturas, etc., apoiadas na tubulação.

¾ Forças de atrito provenientes dos movimentos relativos entre os tubos e os suportes.

¾ Cargas conseqüentes das dilatações térmicas dos tubos.

¾ Cargas devidas as ações dinâmicas diversas, tais como golpes de aríete, acelerações do fluido
circulante, vibrações, ação do vento, etc.

4. Tipos

Suportes rígidos: Chamam-se suportes rígidos os que não permitem nenhuma liberdade de
movimento vertical aos tubos. São os mais comuns de todos os tipos de suportes.
Esses suportes podem ser apoiados ou pendurados, conforme transmitem os pesos para baixo ou
para cima.
Quando se tiver tubos paralelos de diâmetros muito diferentes, procura-se fazer com que os tubos
finos e leves sejam sustentados por suportes intermediários soldados aos tubos grossos.
Os tubos suportantes devem ter no mínimo 4 vezes o diâmetro do maior tubo suportado. Quando se
empregam estes suportes intermediários, deve-se fazer uma verificação das tensões nos tubos
suportantes, sempre que houver solicitações grandes nesses tubos ou quando se tiver dúvidas sobre
a capacidade de suportes dos mesmos.
É importante que os suportes intermediários, quando pendurados em dois tubos, não sejam nunca
rigidamente presos a ambos, para que seja possível o movimento relativo de um dos tubos
suportantes em ralação ao outro.

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 5

Exemplos de suportes rígidos:

Contato entre os tubos e os suportes: Nos suportes de tubulações procura-se geralmente evitar o
contato direto entre os tubos e a superfície de apoio, com a finalidade de permitir a pintura da face
inferior dos tubos e da própria superfície de apoio. Um dos recursos usados para evitar esse contato
direto é a colocação de um vergalhão de aço (geralmente de ¾” de diâmetro), transversalmente aos
tubos, soldados na superfície metálica do suporte.
O vergalhão costuma ter as extremidades com as pontas viradas para cima, de modo a impedir que
os tubos possam cair fora do suporte.
Tratando-se de tubos pesados (mais de 14”), ou de tubos com paredes muito finas, a carga
concentrada resultante do contato com o vergalhão, poderia danificar ou mesmo causar o colapso
do tubo. Adotam-se então chapas de reforço ou berços construídos de chapa, com o objetivo de
melhorar a distribuição da carga concentrada. As chapas de reforço devem ser soldadas na parede
do tubo.

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 6

Em nenhum caso pode-se permitir que os tubos com isolamento térmico descansem diretamente
nos suportes, porque o próprio peso dos tubos e principalmente o movimento de deslizamento sobre
os suportes, em conseqüência da dilatação, danificariam completamente o isolamento.

Suportes Semi-Rígidos, Suportes para Tubos Verticais: Os suportes semi-rígidos (pendurais)


são empregados principalmente para tubos leves, dentro de edifícios ou em áreas de processamento.
Esses suportes dão grande liberdade de movimento lateral aos tubos porque neles não há atrito. Por
essa razão não devem ser empregados para tubos sujeitos às vibrações, choques dinâmicos, golpes
de aríete, etc. Quando for necessário limitar os movimentos laterais de tubo suportados por
pendurais, devem ser colocados contraventos.
Os pendurais costumam ser feitos de vergalhões de aço dobrado, presos ao tubo por meio de
orelhas soldadas ou de braçadeiras, e pendurados em vigas de aço, de concreto, ou em outros tubos.
Os pendurais devem ter um sistema qualquer para a ajustagem do comprimento durante a
montagem, que pode ser um esticador com rosca direita e esquerda, ou simplesmente uma emenda
soldada no campo, de comprimento variável. Para tubos de até 2” de diâmetro os vergalhões de aço
devem ter diâmetro mínimo de ½”; tubos maiores o diâmetro mínimo deve ser de 5/8”.

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 7

Os suportes para tubos verticais consistem geralmente em orelhas soldadas às paredes dos tubos,
descansando em vigas horizontais. Para tubos pesados usam-se saias e reforços abraçando todo o
tubo, para melhor distribuição de cargas. Note-se que para a simples sustentação do peso de um
tubo vertical bastaria um suporte na parte superior do tubo; na prática, frequentemente há
necessidade de maior número de suportes para evitar vibrações e deflexões laterais nos tubos.

Exemplos de suportes semi-rígidos (pendurais)

Exemplos de suportes para tubos verticais

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 8

Suportes Especiais para Tubos Leves: Para o suporte de tubos leves é pouco importante (até
1-1/2” de diâmetro), tanto horizontal como vertical, e frequentemente mais econômico o emprego
de ferragens compradas prontas no comércio, principalmente no caso de tubos que correm
isoladamente.
A maioria dessas peças são fabricadas de ferro maleável, geralmente galvanizadas, embora exista
também de ferro fundido, de aço e de materiais plásticos. Várias dessas ferragens tem chumbadores
integrantes, para fixação direta em concreto ou em alvenaria.

Suportes Não-Rígidos: Os suportes não-rígidos são dispositivos que sustentam o peso das
tubulações dando ao mesmo tempo uma certa liberdade de movimento vertical às mesmas.
Os suportes não-rígidos são empregados apenas em tubulações sujeitas a movimentos verticais e de
certa amplitude; quando esses movimentos causarem tensões excessivas na tubulação, nos
equipamentos a elas ligados, ou nos próprios suportes, caso fossem suportes rígidos.
Os movimentos verticais das tubulações podem se dar para cima ou para baixo, são causados pelas
dilatações de trechos verticais da tubulação, ou por movimentos dos pontos externos,
consequentemente de dilatação de tanques, torres, vasos, ou outros equipamentos ligados à
tubulação.

Existem 3 tipos de mola de tensão de suportes não-rígidos:

¾ Suportes de mola de tensão variável;


¾ Suporte de mola de tensão constante;
¾ Suporte de contrapeso.

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 9

Exemplos de movimento vertical para cima ou para baixo

SM – Suportes móveis
SR – Suportes imóveis

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 10

Suportes de Mola: Os suportes de mola, chamados de “tensão variável”, são os dispositivos rígidos
de uso mais freqüente em tubulação industrial. Consistem em uma mola helicoidal de aço,
geralmente dentro de uma caixa também de aço, de maneira que o peso dos tubos seja suportado
diretamente pela mola, tentando comprimi-la.
Esses suportes são chamados de tensão variável porque a força necessária para comprimir a mola
aumenta à medida que deflexão aumenta, isto é, a cada posição de deflexão da mola corresponde
uma capacidade diferente.

Empregam-se os suportes de tensão constante, para suporte de tubulações sujeitas a movimentos


verticais, nos seguintes casos:

¾ Quando os deslocamentos verticais forem muito grandes (15 cm ou mais)


¾ Quando a carga suportada for muito grande
¾ Quando a tubulação estiver ligada a algum equipamento sensível de modo a não se permitir
transmissões de esforços da tubulação para o equipamento.

Todos os suportes de mola costumam ter um índice, por fora da caixa, dando uma indicação visual
imediata da deflexão da mola. Quando instalados, com a tubulação fria, não dilata, a mola deve
ficar comprimida entre zero e um quarto de curso total.
Os suportes de mola, de qualquer tipo, são sempre aparelhos comprados prontos e completos.
Quando são recebidos da fábrica, as molas costumam vir com a calibragem correta, para darem à
capacidade de suporte e a deflexão que forem pedidas.

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 11

Exemplos de montagem para suportes de molas:

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 12

Suportes de contra-peso:

Apesar de sua simplicidade, estes dispositivos são de uso bastante raro, devido as desvantagens
abaixo:

¾ A carga sustentada pela estrutura é o dobro do peso da tubulação.


¾ Tendências a vibrações
¾ Considerável espaço ocupado e atravancamento, principalmente em locais congestionados.

Suportes que limitam os movimentos dos tubos:

São quatro os tipos gerais mais importantes de suportes que restringem os movimentos dos tubos:
¾ Ancoragem;
¾ Batentes;
¾ Guias;
¾ Contraventos;

As ancoragens são pontos de fixão total, isto é, são suportes que restringem completamente todos
os movimentos dos tubos.
Nas ancoragens em geral é feita a soldagem do tubo na chapa ou na viga de apoio, por intermédio
de barras chatas, perfis ou estruturas especiais. Em algumas ancoragens usam-se chumbadores
presos diretamente ao piso ou a estrutura de concreto.

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 13

Os batentes impedem apenas os deslocamentos axiais, em um ou em ambos os sentidos.

As guias são suportes que permitem apenas deslocamentos axiais dos tubos, restringindo os demais
movimentos.
As guias para os tubos horizontais consistem, na maioria das vezes, em barras chatas, ou em perfis,
solda na chapa de apoio, deixando folga (1,5mm a 3mm) de ambos os lados dos tubos.

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 14

Os contraventos são dispositivos que, a rigor não deveriam estar incluídos entre os suportes de
tubulações, porque não suportam pesos exercidos pelos tubos limitando apenas os movimentos
laterais dos mesmos.
Os contraventos resumem-se frequentemente a vergalhões de aço engastados em braçadeiras ou em
orelhas soldadas aos tubos, trabalhando apenas à tração.

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 15

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 16

Representação de suporte em plantas de tubulações:

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 17

Exemplo de Localização dos Dispositivos de Limitação de Movimentos:

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 18

Lista de Suportes:

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 19

Vão Máximo entre Suportes:

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 20

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 21

Exemplos de emprego de vários tipos de suportes

1 – Pórtico para grupos de tubos elevados


2 – Suporte para tubos elevados
3 – Suporte pedestal
4 – Suporte mão-francesa
5 – Suporte para curva horizontal
6 – Suporte para tubo vertical
7 – Guia para tubo vertical
8 – Suporte de mola apoiado
9 – Suporte de mola pendurado
A - Vaso vertical (torre)
B - Vaso horizontal
C - Trocador de calor
D - Bomba
E - Válvula de controle

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 22

5. Referências Bibliográficas

TELLES, Pedro Carlos Silva, Tubulações Industriais: Materiais, Projetos e Montagens. 6.ed.
São Paulo: LTC, 1982. 252p.

TELLES, Pedro Carlos Silva; BARROS, Darcy G. de Paula, Tabelas e gráficos para Projetos de
tubulações. 6.ed. Rio de Janeiro: Interciência, 1992. 191p.

Sites consultados:

http:// www.selmec.com.br
http://www.dinatecnica.com.br

Nota: Estas referências correspondem as aulas do segundo módulo do curso “Tubulações


Industriais”.

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 1

Módulo III

Aula 02 – Plantas de
Tubulação

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 2

SUMÁRIO:

1. Simbologia dos acessórios e equipamentos para plantas de tubulação

2. Desenhos de tubulações

3. Escalas usuais de desenhos

4. Orientação norte

5. Roteiro para execução de plantas de tubulação – resumo


5.1. Legenda e carimbo do norte
5.2. Limites e elevações
5.3. Identificação de linhas
5.4. Derivações
5.5. Cotas de tubulação
5.5.1. Derivações
5.5.2. Mudança de elevações
5.5.3. Mudança de direção horizontal
5.5.4. Mudança de planos
5.5.5. Dimensões entre faces
5.5.6. Elevações
5.5.7. Tubulações com caimento
5.5.8. Identificação de colunas
5.5.9. Identificação e locação de equipamentos
5.5.10. Bocais
5.6. Locação de ruas, diques e tubovias
5.7. Contornos de vasos e equipamentos
5.8. Cortes em paredes e colunas
5.9. Contorno de bases
5.10. Plataformas
5.11. Bandejas para elétrica e instrumentação
5.12. Conexões e flanges
5.13. Reduções
5.14. Itens especiais
5.15. Acessórios de vasos de equipamentos
5.16. Flange ou placa de orifício
5.17. Estações de controle
5.18. Instrumentos de nível
5.19. Instrumentos de pressão e temperatura

6. Construções em uma instalação industrial

6.1. Listagens das atividades básicas em uma instalação típica de processamento.

7. Referências Bibliográficas

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 3

1. Simbologia dos acessórios e equipamentos para plantas de tubulação:

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 4

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 5

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 6

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 7

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 8

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 9

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 10

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 11

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 12

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 13

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 14

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 15

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 16

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 17

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 18

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 19

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 20

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 21

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 22

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 23

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 24

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 25

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 26

2. Desenhos de Tubulações

¾ Fluxogramas
¾ Plantas de tubulação
¾ Isométricos
¾ Desenhos de detalhes e fabricação
¾ Desenhos de suportes
¾ Folha de dados, etc

Os desenhos de engenharia devem obedecer às normas de desenho técnico conforme NB-8 da


ABNT.
Os fluxogramas e as plantas costumam ser executadas no formato A1 ou A0; os isométricos, em
tamanho A3 e os desenhos de detalhes e folha de dados em A4 ou A3.
As plantas de tubulações são desenhos executados em escala contendo todas as tubulações de uma
determinada área. Em todos os tubos deve ser indicados à sua identificação completa e o se sentido
de fluxo.
Além de todos os tubos, válvulas e acessórios, as plantas de tubulação devem mostrar:

¾ Linhas principais de referência (com suas coordenadas) tais como: limites de áreas, limites de
desenhos, linhas de centro de ruas, contornos de ruas, valas de drenagem, diques, edifícios e
demais construções, bases de concreto etc.
¾ Todos os suportes de tubulação, com numeração, indicação convencional do tipo, posição e
elevação cotadas, inclusive as colunas das estruturas de apoio de tubos elevados, indicadas por
sua numeração. Os suportes estão indicados por siglas dentro de pequenos retângulos (S-10, G-
1, etc).
¾ Todos os vasos, equipamentos e máquinas ligados à rede de tubulações, com desenho do seu
contorno, com identificação, e com posição e elevação cotadas da linha de centro e dos bocais
de onde são conectadas as tubulações.
¾ Plataformas e escadas de acesso, com posição, dimensões, e elevação cotadas.
¾ Todos os instrumentos com identificação, indicação convencional e posição aproximada. Os
conjuntos constituídos pelas válvulas de controle e respectivas tubulações de contorno de
válvulas de bloqueio e de regulagem são representados nas plantas simplesmente por um
pequeno retângulo com a identificação da válvula, de acordo com as siglas do I.S.A.

3. Escalas usuais de desenhos:

Plantas de tubulação em área de processamento: 1: 50e 1:25


Plantas de tubulação em área de processamento: fora de áreas de processamento 1:100 a 1:500
Detalhes em plantas de tubulação 1:10 e 1:25
Plantas de locação geral 1:1000 a 1:5000
Plantas de locação de unidades 1:250 a 1:500

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 27

4. Orientação norte:

Norte de Projeto: para cada projeto é definido as direções ortogonais norte-sul de projeto e leste-
oeste de projeto.
Estas direções são escolhidas arbitrariamente, ou seja, elas não terão as mesmas direções norte-sul e
leste-oeste geográficas, a não ser por uma mera coincidência.
Estas direções são normalmente paralelas ao eixo principal, ou lado mais importante do terreno, ou
ainda paralela ou perpendicular à estrada de acesso.

5. Roteiro para execução de plantas de tubulação – resumo:

5.1. Legenda e carimbo do norte

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 28

5.2. Limites e elevações

5.3. Identificação de linhas

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 29

5.4. Derivações

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 30

5.5. Cotas de tubulação

5.5.1. Derivações

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 31

5.5.2. Mudança de elevações

5.5.3. Mudança de direção horizontal

5.5.4. Mudança de planos

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 32

5.5.5. Dimensões entre faces

5.5.6. Elevações

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 33

5.5.7. Tubulações com caimento

5.5.8. Identificação de colunas

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 34

5.5.9. Identificação e locação de equipamentos

5.5.10. Bocais

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 35

5.6. Locação de ruas, diques e tubovias

5.7. Contornos de vasos e equipamentos

5.8. Cortes em paredes e colunas

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 36

5.9. Contorno de bases

5.10. Plataformas

5.11. Bandejas para elétrica e instrumentação

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 37

5.12. Conexões e flanges

5.13. Reduções

5.14. Itens especiais

5.15. Acessórios de equipamentos

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 38

5.16. Flange ou placa de orifício

5.17. Estações de controle

5.18. Instrumentos de nível

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 39

5.19. Instrumentos de pressão e temperatura

Profº José Aparecido de Almeida


LISTA DE EQUIPAMENTOS
B-31A/B
B-32A/B
B-33A/B
B-34A/B

BOMBAS
V-31
V-32
V-33

VASOS
T-31
T-32

1 2 3 4 5 6 7

TORRES
P-31
P-32
P-33
RUA 7 - N=1060000
P-34
P-35
P-36

PERMUTADORES
F-31
FILTROS

N=1053500 LIMITE NORTE


NOTAS GERAIS

B-31A
B-31B
B-33A
B-33B
B-32A
B-32B
B-34A
B-34B
SUCÇÃO E

E=568000
RECALQUE

E=604000
B
1 2 ACESSO

T-32
N=1045850

A
D

C
AV. "D" - E=611500

A V . "C " - E =560000


LIM ITE OESTE
LIM ITE LESTE

N=1026500 LIMITE SUL

V-33
P-31
P-34
P-32
T-31
P-35
V-31
P-36
V-32

P-33
CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS

A C ES SO
E =578500

RUA 6 - N=1020000

REV. DESCRIÇÃO DATA POR APROV.

TÍTULO
40

Profº José Aparecido de Almeida


PLANTA DE ARRANJO DE UNIDADE
ESC. PROJ. DES. VERIF. APROV.
1:100 ST JAA MSS ECID
DATA NÚMERO REV.
DEZ/06 DES-PLT-LA-001 0

FO R M A T O : A 1
LISTA DE BOCAIS
B-31A/B
B-32A/B
B-33A/B
B-34A/B

B O MB A S
V-31
V-32
V-33

VASOS
LIMITE NORTE N=1053500
T-31
T-32

T O R R ES
P-31
P-32
P-33
P-34

E =568000
B -31A
B -31B
B -33A
P-35
P-36

P E R M UT A D O R ES

C N D D E S -T U B -P L-003
F-31

F I L T R OS

SUCÇÃO E DESCARGA

LIM IT E O E S T E
NOTAS GERAIS

E =586000
B

ACESSO
N=1045850

N=1044500
A
CND-DES-TUB-PL-002

PLANTA DE LOCALIZAÇÃO

1 2 3 4

A
CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS

REV. DESCRIÇÃO DATA POR APROV.

ELEVAÇÃO 3500

TÍTULO
41

Profº José Aparecido de Almeida


PLANTA DE TUBULAÇÃO
ÁREA 31
ESC. PROJ. DES. VERIF. APROV.
1:50 ST JAA MSS ECID
DATA NÚMERO REV.

DEZ/06 DES-TUB-PL-001 0

F O R M A TO : A1
LISTA DE BOCAIS
B-31A/B
B-32A/B
B-33A/B
B-34A/B

BOMBAS
V-31
V-32
V-33

VASOS
T-31
T-32

TORRES
P-31
P-32
P-33
P-34
P-35
P-36

PERMUTADORES
F-31

1 2 3 4 FILTROS

NOTAS GERAIS

N=1044500 CND DES-TUB-PL-001

F-31

E=586700

PLANTA DE LOCALIZAÇÃO

E=568000
LIM ITE O ESTE
V-33
P-34
P-32
T-31
P-35

P-31
N=1032500
C ND DES-TUB-PL-004

LIMITE NORTE
CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS

REV. DESCRIÇÃO DATA POR APROV.

TÍTULO
42

Profº José Aparecido de Almeida


PLANTA DE TUBULAÇÃO
ÁREA 32
ESC. PROJ. DES. VERIF. APROV.
1:50 ST JAA MSS ECID
DATA NÚMERO REV.
DEZ/06 DES-TUB-PL-002 0

FO R M A T O: A1
LISTA DE BOCAIS
BOCAL DIAM. CLASSE ELEV. DESCRIÇÃO

B-32A
B-32B
B-33B
B-34A
LIMITE NORTE N=1053500

B-34B

E=604000

E=586000
B -33B
B -32A
B -32B
B -34A
B -34B
LIM ITE LESTE
SUCÇÃO E DESCARGA

NOTAS GERAIS

C N D D E S-TU B-PL-001
B

ACESSO

N=1045850

A
CND-DES-TUB-PL-004 N=1044500
PLANTA DE LOCALIZAÇÃO

Á R EA 32
Á R EA 34
4 5 6 7

B
CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS

REV. DESCRIÇÃO DATA POR APROV.


ELEVAÇÃO 3500

4 5 6 7
TÍTULO
43

Profº José Aparecido de Almeida


PLANTA DE TUBULAÇÃO
ÁREA 33
ESC. PROJ. DES. VERIF. APROV.
1:50 ST JAA MSS ECID
DATA NÚMERO REV.

DEZ/06 DES-TUB-PL-003 0

F O R M A TO : A 1
LISTA DE BOCAIS
B-31A/B
B-32A/B
B-33A/B
B-34A/B

BOMBAS
V-31
V-32
V-33

VASOS
T-31
T-32

TORRES
P-31
P-32
P-33
P-34
5 6 7 P-35
P-36

PERMUTADORES
F-31
FILTROS

NOTAS GERAIS

CND DES-TUB-PL-003 N=1044500

D
E=604000

PLANTA DE LOCALIZAÇÃO
LIM ITE LES TE

E =586700
B

P -33
P -36

V -31
V -32

C N D D E S -TU B-PL-002
N=1032500 LIMITE NORTE
CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS

1 2

REV. DESCRIÇÃO DATA POR APROV.

TÍTULO
44

Profº José Aparecido de Almeida


PLANTA DE TUBULAÇÃO
ÁREA 34
ESC. PROJ. DES. VERIF. APROV.
1:50 ST JAA MSS ECID
DATA NÚMERO REV.

DEZ/06 DES-TUB-PL-004 0

FO R M A T O : A1
CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 45

Elevação olhando para o norte

Elevação olhando para o leste

Profº José Aparecido de Almeida


S-2 S-3 S-4 DESENHOS DE REFERÊNCIA

NOTAS GERAIS

S-5 S-7 S-10

G-1 G-3 G-4


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS

REV. DESCRIÇÃO DATA POR APROV.

TÍTULO

DETALHES DE SUPORTES
46

Profº José Aparecido de Almeida


PARA TUBULAÇÃO
ESC. PROJ. DES. VERIF. APROV.
1:50 ST JAA MSS ECID
DATA NÚMERO REV.

DEZ/06 DES-TUB-SP-001 0

FO RM ATO : A3
DESENHOS DE REFERÊNCIA

NOTAS GERAIS

4 5 6 7

N=1053500

E = 604000

E =586 000
B -33B
B -32A
B -32B
B -34A
B -34B
LEGENDA:

ACESSO
N=1045850

A
N=1044500
CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS

REV. DESCRIÇÃO DATA POR APROV.

TÍTULO

PLANTA
INSTALAÇÕES SUBTERRÂNEAS
ESC. PROJ. DES. VERIF. APROV.
1:50 ST JAA MSS ECID
DATA NÚMERO REV.

DEZ/06 DES-CIV-PS-001 0

FO R M A T O: A1
47

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 48

6. Construções em uma instalação industrial

6.1. Listagens das atividades básicas em uma instalação típica de processamento.

¾ Unidades de processo
¾ Área de armazenamento de matérias-prima, produtos intermediários e produtos finais.
¾ Utilidades: casa de força, subestações elétricas, tratamento de água e de efluentes, torre de
refrigeração, etc.
¾ Área de recebimento de matéria prima e de despacho de produtos.
¾ Oficinas, almoxarifados, laboratório, casa de controle, etc.
¾ Escritório e outros prédios administrativos.

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 49

7. Referências Bibliográficas

TELLES, Pedro Carlos Silva, Tubulações Industriais: Materiais, Projetos e Montagens. 6.ed.
São Paulo: LTC, 1982. 252p.

TELLES, Pedro Carlos Silva; BARROS, Darcy G. de Paula, Tabelas e gráficos para Projetos de
tubulações. 6.ed. Rio de Janeiro: Interciência, 1992. 191p.

Nota: Estas referências correspondem as aulas do segundo módulo do curso “Tubulações


Industriais”.

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 1

Módulo III

Aula 03 – Arranjos Típicos de


Tubulações

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 2

SUMÁRIO:

1. Disposição Geral das Tubulações


2. By Pass
3. Válvulas de Controle
4. Reduções
5. Posição das Válvulas
6. Drenos e Respiros

7. Válvula de Segurança e Alívio


8. Tomadas
9. Detalhes de Instalações de Instrumentos
10. Arranjos Típicos de Instalações
11. Tubos Verticais Próximos aos Vasos e Torres
12. Espaçamentos entre Tubos Paralelos
13. Tubovias
14. Traçados de Tubulações em Área de Processamento
15. Estações de Serviço
16. Tubulações Aéreas
17. Tubulações Subterrâneas
17.1. Tubulações de Esgotos
18. Referências Bibliográficas

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 3

1. Disposição Geral das Tubulações

O arranjo das tubulações deve ser o mais econômico, levando-se em conta as necessidades de
processo, montagem, operação, segurança e facilidade de manutenção.
Deve ser prevista a possibilidade de ampliação futura nos arranjos de tubulação, reservando-se
espaço para este fim.
O arranjo de tubulação deve ser feito prevendo-se acesso rápido e seguro aos equipamentos,
válvulas e instrumentos, tanto para manutenção como operação.
As tubulações e suportes devem ser locados de forma a permitirem a fácil desmontagem e retirada
de todas as peças que forem desmontáveis.

2. By Pass

Válvulas de controle, válvulas de redução de pressão, filtros, medidores, e alguns outros


equipamentos, onde haja a necessidade de serem removidos temporariamente para manutenção,
devem ter uma tubulação de contorno (by pass) com válvula de regulagem e válvulas de bloqueio,
antes e depois, para que o equipamento possa ser retirado de operação, sem haver a necessidade de
parar todo o sistema.

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 4

3. Válvulas de Controle

As válvulas de controle devem sempre que possível, ficar no nível do piso, em local de fácil acesso.
Quando isso não for possível, podem ser instaladas sobre plataformas elevadas, também de fácil
acesso.
Devem ser previstos suportes adequados nas válvulas de controle, a fim de se evitar, vibrações nas
mesmas.
Existem várias maneiras de se fazer o arranjo de estações de controle. Cada caso será estudado em
função do espaço físico disponível.
Abaixo segue alguns exemplos típicos de instalação:

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 5

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 6

4. Reduções

Nas tubulações horizontais as reduções são geralmente excêntricas, niveladas por baixo, para
manter a mesma elevação de fundo dos tubos, simplificando assim os suportes.
Fazem exceção obrigatória as reduções nas linhas de sucção das bombas, que devem ser
excêntricas, niveladas por cima, para evitar a formação de bolsas de ar, e para tubos verticais as
reduções costumam ser concêntricas.

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 7

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 8

5. Posição das Válvulas

Nunca se devem colocar válvulas com a haste virada para baixo, porque resultaria em acumulação
de detritos no castelo da válvula.
Nas linhas de sucção de bombas é recomendável não haver válvulas com haste para cima, para se
evitar a formação de bolsas de ar no castelo da válvula. Nestes casos a melhor posição para as
válvulas é com a haste horizontal ou inclinada para cima. Porém deve ser observado que as válvulas
com haste horizontal, além de serem geralmente de manobra mais difícil, podem obstruir passagens
e acessos, causando acidentes.

6. Drenos e Respiros

Em todos os pontos baixos de qualquer tubulação, deve haver sempre uma tomada com válvula
para a drenagem dos tubos. Da mesma forma, em todos os pontos altos, deve também haver uma
tomada com válvula para admissão com purga de ar (respiros, “vents”).
O diâmetro mínimo dos drenos de respiro é de ¾”. Para tubulações de 30” e acima, e também para
líquidos viscosos ou que deixem depósitos sólidos, os drenos e respiros devem ter um diâmetro de
até 1.1/2”.

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 9

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 10

7. Válvula de Segurança e Alívio

A descarga de uma válvula de segurança é frequentemente um perigoso e forte jato de gases


quentes, inflamáveis, tóxicos e etc. Quando a descarga se dá para a atmosfera, deve se tomar o
devido cuidado na colocação da válvula, para que a descarga não cause danos a pessoas ou
equipamentos que estejam próximos.
As válvulas de segurança que descarregam para a atmosfera devem ficar a uma altura mínima de 20
metros do solo e no mínimo a 3 metros acima de qualquer piso, situado num raio de 8 metros.
Para qualquer fluído perigoso, é recomendável que a descarga da válvula de segurança seja feita
para uma rede fechada, conduzindo fluido até um local seguro.
Para as válvulas de alívio como a descarga é sempre um jato líquido de reduzidas proporções, a
solução usual é dirigir-se esta descarga para o solo ou para a rede de drenagem.
As descargas de válvulas de segurança devem entrar pelo topo da linha tronco, preferencialmente
inclinada.

Descarga da PSV para atmosfera Descarga da PSV para sistema fechado (tocha)

8. Tomadas

Todas as tomadas de ar, vapor e gases, devem ser feitas pelo topo da linha tronco.

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 11

Todas as tomadas de água de serviço devem ser feitas pelo fundo da linha tronco.

9. Detalhes de Instalações de Instrumentos

Detalhes típicos para manômetros

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 12

Detalhes típicos para termopar flangeado

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 13

10. Arranjos Típicos de Instalações

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 14

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 15

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 16

11. Tubos Verticais Próximos aos Vasos e Torres

Os trechos verticais de tubos devem, sempre que possível, correr junto às torres e outros vasos
verticais, para facilidade de suporte. Esses tubos devem passar por fora da plataforma de acesso.
Tubos horizontais devem de preferência passar por baixo e não por cima da plataforma.

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 17

12. Espaçamentos entre Tubos Paralelos

As distâncias de centro a centro de tubos paralelos são valores dados em diversas tabelas. Estas
distâncias são valores mínimos fixados de forma a permitir a pintura e a inspeção dos tubos e
também, de forma a deixar as folgas necessárias para os flanges no próprio tubo, ou nos tubos
vizinhos.

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 18

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 19

13. Tubovias

Quando houver cruzamentos com ruas, avenidas, ou outras pistas de tráfego de veículos, a solução
mais usual, consiste em colocar um grupo de tubulação abaixo do nível do solo, dentro de uma
trincheira (pipe-way), às vezes denominadas de tubovias.

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 20

14. Traçados de Tubulações em Área de Processamento

¾ Em áreas de processamento a maior parte possível de tubulações devem correr sobre suportes
elevados, ou sobre estruturas de pórtico (pipe-rack), permitindo o livre tráfego de pessoas e de
veículos por baixo.
¾ As linhas pesadas de grande diâmetro devem ficar próximas às colunas de sustentação.
¾ As tubulações de utilidades (vapor, água, condensado, ar comprimido, etc.) devem ficar no
centro dos suportes, e na fileira superior.
¾ Deve ser reservado lugar para passagens dos tubos de instrumentação, também devem ser
previstos espaços para tubulações futuras.
¾ Em áreas de processamento, salvo raras exceções, todas as máquinas (bombas, compressores,
turbinas, etc.) são instaladas próximas ao nível do solo.
¾ A altura ideal para o volante das válvulas de operação manual é de 1,20m acima do piso de
operação. Para as que estiverem acima de 2m de altura, do respectivo piso de operação, devem
ter volante com corrente.
¾ O uso de volante com corrente só deve ser usado para válvulas que não sejam frequentemente
operadas.
¾ O emprego de flanges deve ser evitado sempre que possível, permitindo-se normalmente apenas
para ligações à válvulas, vasos, tanques, bombas ou outros equipamentos. Podem ser flangeadas
as tubulações que necessitem de desmontagem freqüente para limpeza ou inspeção e as
tubulações com revestimento interno.
¾ O traçado das tubulações de sucção deve ser o mais curto e direto possível, sem pontos altos ou
baixos, levando-se em conta, a necessária flexibilidade térmica para as linhas.
¾ Nunca se deve ter nenhum elemento da tubulação a menos de 150mm do solo, inclusive os
drenos e purgadores nos pontos mais baixo.
¾ A distância mínima recomendada entre duas soldas é de 50mm.

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 21

15. Estações de Serviço

Estações de serviços são tomadas com engate rápido, para vapor, água e ar comprimido e
normalmente são de diâmetro de ¾”. Tem por finalidade, auxiliar a manutenção, a limpeza e a
extinção de princípios de incêndios.

¾ Engates rápidos
São conexões destinadas às interligações entre tubos rígidos, máquinas e equipamentos por
meio de condutos flexíveis onde se deseja facilidade e rapidez na ligação e desmontagem com
operações freqüentes.
Essas conexões são fabricadas por meio de forjaria, fundição ou usinagem e os materiais
freqüentemente empregados são o aço carbono, aço inox, ferro fundido, bronze, latão e o
alumínio, mas ainda podem ser empregados outros materiais.
A vedação interna entre a conexão macho e a fêmea é proporcionada pelo aperto de um anel de
vedação fabricado de elastômero, que pode ser buna-n, neoprene, viton, teflon ou silicone. Esse
tipo de vedação é estanque.
São fabricados nos diâmetros de ½” a 6”.

¾ Tipos de Engate rápido

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 22

¾ Arranjos Típicos de Estação de Serviços

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 23

16. Tubulações Aéreas

Dentro dos limites de uma instalação industrial, quase todas as tubulações costumam ser aéreas,
pelos seguintes motivos:

¾ São mais seguras e de confiabilidade.


¾ Facilmente inspecionáveis e reparáveis quando necessárias.
¾ Mais econômicas.
¾ Construção e manutenção mais fáceis.

17. Tubulações Subterrâneas

Dentro de uma instalação industrial, são raras as tubulações subterrâneas. As linhas de esgotos
(pluvial, sanitário, industrial, etc.) que normalmente funcionam por gravidade, costumam ser deste
tipo.
Este processo algumas vezes é utilizado em linhas de distribuição de água potável e de ar
comprimido.
É usual colocar enterradas, todas as tubulações de incêndio para evitar a possibilidade de colisões e
outros acidentes.
Este tipo de construção é praticamente inviável em tubulações com isolamento térmico ou com
aquecimento.
Todas as tubulações subterrâneas que sejam de materiais sujeitos a corrosão pelo solo, devem
receber um revestimento ou um tratamento externo protetor (pintura com tintas betuminosas e
envolvimento com fita impermeável).
Nas tubulações subterrâneas de pressão, em que se empreguem ligações de ponta e bolsa, devem
haver blocos de concreto e de ancoragem em todos os pontos de mudanças de direção, defronte das
derivações importantes, e de espaço em espaço nos trechos retos, para impedir um possível
desengate, dos tubos por efeito da pressão interna.

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 24

17.1. Tubulações de Esgotos

Como as tubulações de esgoto sempre carregam uma certa quantidade de sólidos, devem ter
em determinados pontos caixas de decantação, denominadas “caixas de visita”.
Na presença de gases inflamáveis, explosivos ou tóxicos na tubulação, as caixas de visita
devem ter:
¾ Tampa fechando hermeticamente.
¾ Tubo de respiro levando os gases até local seguro.
¾ Septo dentro da caixa, formando um selo de água, para evitar a passagem dos gases
perigosos através da mesma.

Todas as derivações em tubulações de esgotos, devem ser feitas à 45º no sentido do fluxo.
Para ramais pequenos usam-se tês ou cruzetas e para ramais grandes usam-se caixas de
visita.
Em quaisquer tubulações de esgoto, devem ser colocadas caixas de visita nos seguintes
pontos:
¾ Pontos de derivações importantes.
¾ Ponto de mudança de direção.
¾ Todos os pontos de mudança de elevação.
¾ Todos os pontos extremos.
¾ Em determinados pontos, ao longo de trechos retos e compridos.

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 25

Nos sistemas de esgoto pluviais e em alguns esgotos industriais em que os líquidos são
coletados no piso, usam-se caixas de coleta com tampa gradeada, que servem também como
caixas de decantação.
Quando houver presença de gases inflamáveis, explosivos ou tóxicos, as caixas de coletas no
piso devem ter selo de água.

Em instalações industriais, os sistemas de esgotos pluvial, industrial e sanitário são quase


sempre independentes e projetados de forma a não permitirem a contaminação entre si.
Em respeito ao meio ambiente os efluentes de esgoto industrial e sanitário, devem em geral,
receber algum tratamento antes de serem lançados fora.

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 26

18. Referências Bibliográficas

TELLES, Pedro Carlos Silva, Tubulações Industriais: Materiais, Projetos e Montagens. 6.ed.
São Paulo: LTC, 1982. 252p.

TELLES, Pedro Carlos Silva; BARROS, Darcy G. de Paula, Tabelas e gráficos para Projetos de
tubulações. 6.ed. Rio de Janeiro: Interciência, 1992. 191p.

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 27

Nota: Estas referências correspondem as aulas do segundo módulo do curso “Tubulações


Industriais”.

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 1

Módulo III

Aula 04 – Isométricos

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 2

SUMÁRIO:

1. Isométricos

2. Pré-Montagem de Peças de Tubulação (Spool)

3. Emprego de Cores para Identificação de Tubulações – NR 6493

4. Limpeza nas Tubulações

5. Pressão de Teste

6. Inspeção de Soldas

7. Tratamentos Térmicos

8. Limpeza das Tubulações

9. Referências Bibliográficas

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 3

1. Isométricos

Os isométricos são desenhos feitos em perspectivas isométricas, sem escala; faz-se geralmente um
desenho para cada tubulação individual ou grupo de tubulações próximas. No caso de uma tubulação
muito longa, pode ser necessário subdividir a tubulação em vários desenhos e isométricos sucessivos.
Nos desenhos isométricos, os tubos verticais são representados por traços verticais e os tubos
horizontais, nas direções ortogonais, são representados por traços inclinados com ângulos de 30º sobre
a horizontal para a direita ou para a esquerda.

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 4

Os tubos fora de qualquer uma das quatro direções ortogonais, são representados por traços inclinados
com ângulos diferentes de 30º, devendo ser inclinados nos desenhos e ângulo verdadeiro de inclinação
do tubo com uma qualquer das quatro direções ortogonais básicas. Para facilitar o entendimento,
costuma-se desenhar em traços finos (como linhas de chamada) o retângulo ou o paralelogramo do qual
a direção inclinada dos tubos seja uma diagonal.
Todos os tubos, qualquer que seja o diâmetro, são representados por um traço único, na posição da sua
linha de centro.

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 5

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 6

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 7

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 8

Nos desenhos isométricos devem aparecer também todas as válvulas e todos os acessórios de tubulação
(flanges, conexões, etc.), com suas descrições e especificações completas, também como a localização
de todas as emendas (soldadas, rosqueadas, etc.) dos tubos e acessórios.
Nesses desenhos devem figurar detalhadamente, inclusive os acessórios pequenos e secundários que
haja nas tubulações, tais como válvulas de dreno e de respiro, bocais para instrumentos, tomadas para
retirada de amostras, etc.
Os desenhos isométricos devem conter todas as cotas e dimensões necessárias para a fabricação e
montagem das tubulações tais como: dimensões dos trechos retos de tubo, ângulos, raios de curvaturas,
elevações de todos os tubos, dimensões de válvulas e acessórios, localização e orientação de todos os
bocais de vasos e equipamentos, posição das hastes e volantes das válvulas, etc. As elevações dos
tubos, a menos que esteja expressamente indicado em contrário, costumam ser referidas à linha de
centro dos mesmos.
Qualquer tubo que passe de uma folha de isométrico para outra, é representado como interrompido,
devendo haver sempre indicações do número da folha de isométrico na qual o mesmo continue. Todos
os tubos devem ser designados por sua identificação completa, tal como nas plantas de tubulação.

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 9

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 10

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 11

Exemplos de representação dos volantes das válvulas

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 12

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 13

Cotas

Na prática usa-se como regra geral, o distanciamento da solda entre tubos e acessórios de 3mm. Porém
em algumas tabelas encontra-se distância de 2mm.

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 14

Exemplos de Cotas

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 15

Exemplos de Cotas com Válvulas e Juntas

Essas são as três maneiras de se representar às dimensões de válvulas e juntas, nos isométricos. Nestes
exemplos a espessura das juntas é de 1,5mm.

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 16

Exemplos Típicos de Cotas

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 17

Obs: A espessura da junta é de 4,4 mm, conforme a especificação B, para arredondamento vamos
considerar as espessuras das juntas de 4mm.

Vista Lateral

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 18

Resolução:

Lista de Material (Conforme especificação “B” – módulo III aula 4)

2-FPE DN 6” 300# RF SCH 40 AFO ASTM A-105 ASME B16.5

1-VGA DN 6” 300# RF AFU ASTM A216 Gr WCB obtur e sede de AISI 410
HARE, CA, ISO 10434 , API 600

2-Junta DN 6” 300# RF 4,4mm espiralada AISI 304. enchimento grafite flexível


anel externo em AC ASME B16.20

24- PAE 3/4”x5” – AL ASTM A-193 Gr B7, porcas sex. ASTM A194 2H série pesada, ASME B16.5

2-CV 90° DN 8” RL SCH 20 AC ASTM A234 Gr WPB ASME B16.9

1-RED EXC DN 8”x6” SCH 40x20 AC ASTM A234 Gr WPB ASME B16.9

258mm-Tubo DN 8” SCH 20 AC ASTM API 5L Gr B ASME B36.10

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 19

Apresentação de Isométricos

Os diversos tipos usuais de válvulas e de acessórios, tem convenções especiais de desenho, que devem
ser obedecidas. Costuma-se fazer em cada folha de isométrico, a lista do material necessário para as
tubulações representadas na mesma.
Cada folha de desenho deve ter também a relação das tubulações que figuram na referida folha, como
indicações da temperatura e pressão do projeto e do tipo de isolamento térmico e de sistema de
aquecimento, se houverem.
Em todos os desenhos deve haver sempre a indicação da orientação (Norte do projeto) para se poder
obter a localização dos tubos no terreno.
A numeração dos desenhos isométricos deve ser feita em combinação com a numeração das plantas, de
maneira que seja fácil identificar-se em que planta está representada uma linha que aparece em
determinado isométrico e vice-versa.

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 20

2. Pré-Montagem de Peças de Tubulação (Spool)

Em montagem de tubulações industriais é usual fazer-se o que se denomina de “pré-montagem de


peças de tubulação” que consiste na submontagem prévia de trechos de uma tubulação. Esses trechos
pré-montados chamam-se peças (spools).
Cada spool é um conjunto incluindo um certo número de acessórios e de pedaços de tubos. Os pontos
marcados “SC” são as soldas de campo feitas no local da obra.
A escolha do tamanho e das peças pré-montadas depende essencialmente das possibilidades que se
tenha de transporte e de elevação de cargas no local da obra (entre a oficina e a obra). As peças grandes
e pesadas diminuem o número de soldas no campo, porém sua montagem torna-se mais difícil.
Para escolha dos locais da solda de campo, deve-se procurar que todas elas fiquem em locais de fácil
acesso, a uma distância mínima de 30 cm de quaisquer obstáculos (paredes, pisos, colunas, bases de
concreto, equipamentos, etc.).
Para a pré-montagem de peças de aços liga ou de aços inoxidáveis é indispensável que todas as
dimensões sejam cuidadosamente conferidas no local, para evitar a necessidade de qualquer ajuste
posterior.

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 21

3. Emprego de Cores para Identificação de Tubulações – NR 6493

As cores apresentadas abaixo são cores básicas de acordo com a norma NBR 6493 da ABNT. Para se
fazer a diferenciação entre dois ou mais fluidos iguais, porém sob condições diferentes pode-se fazer
uso de faixas coloridas na tubulação, por exemplo, para se diferenciar a tubulação de água potável,
água de refrigeração e de água bruta pode-se colocar uma faixa branca na tubulação de água de
refrigeração e duas faixas na tubulação de água bruta.

Cor, fluído ou serviço:


¾ verde - água
¾ branco - vapor
¾ azul - ar comprimido
¾ amarelo - gases em geral
¾ laranja - ácidos
¾ lilás - álcali
¾ alumínio - combustíveis gasosos ou líquidos de baixa viscosidade
¾ preto - combustíveis e inflamáveis de alta viscosidade
¾ vermelho - sistemas de combate ao incêndio
¾ cinza claro - vácuo
¾ castanho - outros fluidos não especificados

4. Limpeza nas Tubulações

Após a montagem e antes de entrar em operação toda a tubulação deverá ser limpa. Essa limpeza é
geralmente realizada com água e todas as bombas, válvulas com anéis de vedação resilientes,
medidores e outros equipamentos sujeitos a danos com materiais sólidos deverão ser protegidos por
meio de filtros provisórios.
As válvulas de retenção, as de controle, as de segurança e alívio e as placas de orifício deverão ser
retiradas para se realizar a limpeza.
As tubulações destinadas a condução de água potável devem, além da limpeza, serem desinfetadas com
uma solução de água e cloro.

5. Pressão de Teste

O teste de pressão é chamado de “teste hidrostático” porque é normalmente realizado com água. O teste
com ar comprimido só deverá ser realizado em tubulações de grandes diâmetros para a condução de
gases onde o peso da água poderia causar danos na tubulação e na suportação. A pressão de teste com
ar comprimido deverá ser de apenas 10% acima da pressão de projeto e deverá ser realizada em etapas,
a primeira com 25% da pressão de trabalho, a segunda com 50%, a terceira com 75% e por fim com
100% da pressão de teste. Em cada uma das etapas deverá ser verificada a existência de vazamentos
nas juntas por meio de espuma. Entre as etapas, a pressão deve subir vagarosamente até a pressão da
etapa seguinte.
Toda a área envolvida deverá ser evacuada e os testes deverão ser acompanhados de longe e orientado
por pessoas experientes.
Pressão de teste

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 22

¾ Para temperatura de projeto inferior a 340ºC

¾ Para temperatura de projeto superior a 340 ºC

Onde:
Pt - Pressão mínima para o teste hidrostático (Pt≥1.0kgf/cm²)
P - Pressão de projeto.
- Tensão admissível do material a 340 ºC.
- Tensão admissível do material na temperatura de projeto.

Qualquer que seja o tipo de teste de pressão ele só poderá ser realizado:
¾ Pelo menos 48 horas depois de efetuada a última soldagem.
¾ Depois de todos os tratamentos térmicos.
¾ Antes da pintura ou da aplicação de qualquer revestimento

6. Inspeção de Soldas

Todas as soldas de tubulação depois de completadas devem ser submetidas a uma inspeção para a
verificação de qualidade. Em ordem crescente de confiabilidade são os seguintes os métodos de
inspeção empregados na prática:

¾ Inspeção visual (sem o auxílio de aparelhos óticos ou de iluminação especial).


¾ Inspeção com líquidos penetrantes (dye-check).
¾ Inspeção com partículas magnéticas (magna-flux).
¾ Inspeção radiográfica: parcial (por amostragem) ou total.
¾ Inspeção por ultra-som.

7. Tratamentos Térmicos

Dois tipos de tratamento térmico costumam ser feitos nas soldas, conforme recomendações usuais e
exigências mínimas da Norma ANSI.B.31

¾ Pré-aquecimento.
¾ Alívio de Tensões.

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 23

8. Limpeza das Tubulações

Depois de terminada a montagem, deve-se fazer a limpeza completa das tubulações para remover
depósitos de ferrugem, pontas de eletrodos, poeiras, rebarbas e outros detritos, antes da entrada de
operação do sistema.
Esta limpeza é geralmente feita pelo bombeamento contínuo de água até que a mesma saia
completamente limpa.
Nas tubulações ligadas a compressores, depois da limpeza usual com água, deve-se fazer uma segunda
limpeza com ar comprimido, para remover o resto de água ou de umidade.
Para casos especiais em que o material ou serviço não possa ter presença ou vestígio de água, a limpeza
deverá ser feita apenas com ar comprimido.
Para casos onde haja uma necessidade de uma limpeza mais perfeita, pode-se recorrer a uma limpeza
mecânica ou uma limpeza química.

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 24

9. Referências Bibliográficas

TELLES, Pedro Carlos Silva, Tubulações Industriais: Materiais, Projetos e Montagens. 6.ed.
São Paulo: LTC, 1982. 252p.

TELLES, Pedro Carlos Silva; BARROS, Darcy G. de Paula, Tabelas e gráficos para Projetos de
tubulações. 6.ed. Rio de Janeiro: Interciência, 1992. 191p.

Nota: Estas referências correspondem as aulas do segundo módulo do curso “Tubulações


Industriais”.

Profº José Aparecido de Almeida

Você também pode gostar