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MASTERCLASS #15

Música para Cinema:


Acorde de Empréstimo Modal

O que são os AEM (acordes de empréstimo modal)?

Acordes de empréstimo modal são, como o nome diz, acordes


emprestados de outros modos da mesma tônica em questão. Por
exemplo, se estamos numa música em Dó Maior, os acordes
emprestados podem vir de outros modos como Dó Menor (mais
comum), Dó Lídio, Dó Frígio, etc.

Os acordes de empréstimo modal são utilizados em diversos gêneros e


contextos musicais. Geralmente são acordes que causam surpresa,
trazendo uma cor diferente para a progressão harmônica. São muito
usados para construir uma ambiência atmosférica, já que com o uso
dos AEM’s, a previsibilidade harmônica é quebrada.

Esse recurso harmônico é muito utilizado em trilhas sonoras,


justamente pelo potencial que possuem de criar uma sonoridade
especial.

Diferença para Modulação

Alguns podem confundir AEM com modulação. Na modulação também


encontramos acordes de outra tonalidade, porém eles apontam para
toda uma seção que irá ser construída em cima dessa outra tonalidade.

Uma modulação de tom é portanto caracterizada pela fixação de um


outro centro tonal, enquanto os AEM são uma espécie de inserção
pontual com o intuito de trazer um sabor diferente à progressão.
Diferentemente da modulação, que possui algumas regras gerais para
seu uso, os acordes de empréstimo podem ser usados livremente, de
acordo com a criatividade e bom gosto. Não temos regras fixas para
utilizá-los.

Luis Leite | 2021


Sonoridade e aplicação

É possível encontrar alguns usos mais comuns para os acordes de


empréstimo:

Modo menor natural (eólio): música maior que pega emprestado


acordes do modo menor.

Exemplo:

Temos uma música em Dó Maior, cujo IV grau é o acorde de Fá Maior.


Se pegarmos emprestado o IV grau do modo menor natural de Dó,
temos o acorde de Fá Menor. O IV grau menor é bastante utilizado em
trilhas, sendo uma sonoridade bastante conhecida.

Os próximos acordes são os mais utilizados como empréstimo modal


do modo menor para uma música maior. Cada um desses acordes,
quando emprestado, traz uma sonoridade única e marcante, podendo
evocar climas e sentimentos específicos.

Algumas das aplicações de “construção de atmosferas” exemplificadas


durante a masterclass incluem:

bIII: Sonoridade triunfante


Vm: Nostalgia, melancolia
VI : Surpresa
VII: Traz um colorido mais sutil

bII (frígio) : Acorde Napolitano


Exemplo: Db/F no contexto de Dó Maior

Luis Leite | 2021


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Luis Leite | 2021

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