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#SHARING RETÓRICAS AUDIOVISUAIS 2.1 [Ensino & aprendizagem compartilhada das/nas estéticas digitais] p.

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#SHARING RETÓRICAS AUDIOVISUAIS 2.1


[ENSINO & APRENDIZAGEM COMPARTILHADA DAS/NAS ESTÉTICAS DIGITAIS]

‫א‬
[Prof. Ph.D.] Milena Szafir
profmilena[at]manifesto21.tv
Submitted on November 5th, 2014

[RESUMO EXPANDIDO]
Esta comunicação tem por objetivo debater nossos estudos sobre os modos de fazer [modus operandi] em

distintas realizações audiovisuais que se utilizam de “material de arquivo” ou “found footage” na cultura digital.

Nas culturas digitais, ie pluralidade temporal: num caminhar de métodos, através de metodologias aplicadas-

experenciadas e, ainda, enquanto do surgimento (nos últimos cinco anos) de 'obras-dispositivos' e/ou 'plataformas-

aplicativos' em sintonia aos nossos compartilhamentos sobre as “Retóricas Audiovisuais 2.1 [...]”.

Desde a hipótese-mote de minha tese – dispositivo [obra ou plataforma-aplicativo?] audiovisual de

[re]alfabetizações nas/às formas etimologicamente cinematográficas, escritas críticas-reflexivas a partir do enorme

banco-de-dados na Internet [espaço 'público' de mentes coletivas], participadores se apropriam 'citacionalmente'

daquilo que normalmente de nós se apropria ao moldar nossas memórias afetivas – aos mapeamentos que

realizamos-analisamos o estado-da-arte do vídeo digital online em interativas interfaces e usabilidades (GUI, HCI

etc), similares possibilidades estéticas como multiálogos audiovisuais que se configuram através de habituais

práticas contemporâneas em rede, às quais, finalmente, chamei de “Clouding Audio-Visual Aesthetics”.

Ainda neste percurso, característico de épocas históricas em transformação que guiam a recepção além óptica

[extra-contemplação], denominei as experiências “chaves” como “Estéticas do Remarkable”, políticas e éticas em

atravessamentos no tempo real como fluxos midiáticos de efetiva potência, manifestações hipermidiáticas de

construção de sensações-emoções e acepções-interpretações que existem na [ou para a] Internet. Uma realidade

corporal como forma de cognição através de todos os sentidos possíveis [percepção através dos sentimentos],

‫א‬ Doutoranda* [ABD] em Meios e Processos Audiovisuais. Linha de pesquisa: “História, teoria e crítica”. Orientadora: Esther Império Hamburger.
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onde se atualizam comportamentos habituais, em que um [ex-]espectador é afetado [despertado] e são criados

“engramas de uma experiência apaixonada [que] sobrevivem como patrimônio hereditário gravado na memória”,

e.g. série de live streamings ao redor do mundo e experimentos de ensino-aprendizagem via repositórios online.

No entanto, como parte de uma narrativa de diferente estética do 'formato YouTube', reitero “The Wilderness

Downtown” (2010) que, via HTML5 (interligado a JS, APIs, metadados etc), forma diversas janelas 'em choques',

imagens em movimento dialogam e nos convidam a uma espécie de atenção somatória à(s) retórica(s) proposta(s).

Talvez “não tanto através da atenção” mas desde tarefas que, apresentadas ao aparelho de percepção humana “só

são dominadas gradualmente, pelo hábito, após a aproximação da recepção táctil”.

Do analógico, eletrônico ao digital, são os gestos que dão feição às linguagens audiovisuais. Assim, t angenciais

lógicas de montagem do vídeo-remix e do vj'ing [live cinema, live images] aparecem nas emergentes produções

voltadas a [re]escrituras desde dados em fluxo onde internautas tornam-se agentes de discursos-diálogos em meios

e processos audiovisuais antes restritos a times de especialistas.

Nesta Jornada compartilharei parte dos resultados a que chegamos [work in progress] referentes aos caminhos nas

manifestações audiovisuais contemporâneas – entre formatos híbridos, imersivos e/ou interativos – que, desde o

[ou no] online, trabalham busca, seleção-edição e montagem [randômica, aleatória e/ou cinematografilias etc]. Em

comum, tais formas de escritura em rede trabalham via gestualidades da 'apropriação de arquivos' – dados

aparentemente adormecidos que pululam 'espontâneos' como potentes fantasmagorias de experiências da memória

– nos efeitos do 'tempo real' objetivando sínteses audio-visuais como “instrumentos de conhecimento” das

subliminares referências pelas quais somos cotidianamente bombardeados.

Portanto, nestas distintas dinâmicas existentes na atualidade para construções audiovisuais via a exponencial Big

Data, sugiro distinguirmos estes modos de remix operantes para além da “conversa fiada”. Os modelos que me

instigam metodologicamente são aqueles possibilitadores de empoderamento também a não-especialistas onde

“discursos provocam diálogos e os diálogos alimentam os discursos”. Ou seja, experimentações ensaísticas que se

estabelecem através da coordenação-argumentação reflexiva entre os componentes gráficos, visuais e sonoros à


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disposição, em processos de busca e montagem [in]conscientes no enorme [des]encontro do banco-de-dados

existente online. Como metodologia, Retóricas Audiovisuais; como método, sua versão 2.1. Originaria-se, então,

um modus operandi que consideramos poder ser caracterizado como um Vídeo-Remix Cibernético –

possivelmente [re]ge[ne]rador de potenciais Manifestos YouTubefágicos ou QuantumVideos – que venha(m)

traduzir uma 'tradição' do filme-ensaio em nossa contemporânea cultura digital de segunda [década do século

XXI].

Palavras-chave
database; debord; political; editing; google

Bibliografia
BENJAMIN, W. Obras Escolhidas, vol.1. Brasiliense: São Paulo, 1993.
BUCK-MORSS, S. The Dialectics of Seeing. MIT Press: Cambridge 1991.
DOANE, M. Emergence of Cinematic Time. Harvard Univ: Cambridge, 2002.
DUBOIS, P. Cinema, vídeo, Godard. Cosac Naify: São Paulo, 2004.
FLUSSER. V. Los Gestos. Herder: Barcelona, 1994.
-------Into the Universe of Technical Images. University of Minnesota Press, 2011.
GINZBURG, C. Medo, Reverência, Terror. Cia das Letras: São Paulo, 2014.
JAMESON, F. Marcas do visível. Rio de Janeiro: Graal, 1995.
MANOVICH, L. Visualizing Vertov, 2014. Disponível em: < http://goo.gl/J2riNb >, acesso em fevereiro/2014.
MEEK, A. Trauma and media. New York : Routledge, 2010.
NAVAS, E. Remix Theory: The Aesthetics of Sampling. Springer-Verlag/Wien: New York, 2012.
SZAFIR, M. The 'State of Art' at Online Video Issue. Disponível em: < http://goo.gl/SJ1oMh >, acesso em janeiro/2014

ERRATA:
BUCK-MORSS, S. Aesthetics and Anaesthetics: Walter Benjamin's Artwork Essay Reconsidered. MIT Press:
Cambridge 1992.

Enviado em 05 de novembro de 2014 @ 4a Jornada Discente ECA-USP :: São Paulo – Brasil


< http://www3.eca.usp.br/sites/default/files/form/ata/pos/ppgmpa/cadernos_das_jornadas.pdf >, acesso em 02/02/16

*
Projeto de pesquisa [outubro, 2010]:
RETÓRICAS AUDIOVISUAIS 2.0 [Um online found footage para um filme-ensaio, collage-essay?]

Relatório de Qualificação [maio, 2013]:


RETÓRICAS AUDIOVISUAIS 2.1 [O “filme-ensaio” aliado ao “vídeo-remix” na cultura de “banco-de-
dados” – ou uma prática da apropriação digital e online como fundamento dialógico-discursivo a uma
reflexão e escrita auto-conscientizadora através de imagens e sons]

Tese [depósito 15/03/15]:


RETÓRICAS AUDIOVISUAIS 2.1 [Ensino e Aprendizagem Compartilhada: Passado, Presente, Futuro ou
Por uma Arqueologia-Cartografia da Montagem]

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