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Parâmetros no repouso – IMC, RCQ, Perimetria, PA e FC

O índice de massa corporal (IMC) é uma medida internacional usada


para calcular se uma pessoa está no peso ideal.

Ele foi desenvolvido pelo polímata Lambert Quételet no fim do século


XIX. Trata-se de um método fácil e rápido para a avaliação indireta do nível de
gordura de cada pessoa, ou seja, é um preditor internacional de obesidade
adotado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

O IMC é determinado pela divisão da massa do indivíduo pelo quadrado


de sua altura, onde a massa está em quilogramas e a altura está em metros.

Medida de massa através da balança

Quando se fala em medir massa, surge a idéia de peso. O peso é uma


das medidas mais utilizadas em E.F. como elemento de controle do esforço e
obesidade. Entretanto, vários autores chamam a atenção para o fato de que
esse dado isoladamente não é adequado para se afirmar se uma pessoa é
obesa ou magra; tão pouco é o elemento de controle de esforço

O peso é medido com uma balança oscilando seus valores entre 100 grs.

Técnica de manejo da balança:

*Travar a balança sempre que ela apresentar trava;


*O indivíduo testado deve subir pisando no centro dela, mantendo-se ereto e
de costas para a escala de medida;
*Movimentar o cilindro maior para encaixar na dezena correspondente;
*Destravar a balança;
*Movimentar o cilindro menor até que ocorra o nivelamento dos ponteiros guia;
*Travar a balança;
*Pedir para o avaliado descer da balança;
*Fazer a leitura;
*Dar o reset na balança.

Obs: antes de iniciar a execução da medida, observar se a balança está


nivelada, se o testado está com mínimo de roupa, se está sempre fazendo a
medida em um mesmo horário, deslocar os cilindros com suavidade e com a
balança travada e ainda não fazer a medida do peso após a atividade física.
Medida da Estatura

Estatura: é a distância do ponto vértex à região plantar. Pode ser tomada com
o avaliado em pé ou deitado. (na falta de uma balança com a trena, encostar o
indivíduo na parede e utilizando de uma fita métrica marcar o ponto mais rente
ao topo da cabeça do indivíduo na parede medindo até o solo-indivíduo sem
sapatos)

Altura Total: é a distância do ponto dactylion até a região plantar, estando o


avaliado com o membro superior direito na vertical elevado a 180 graus, por
sobre a cabeça e com o cotovelo estendido. (com o braço levantado
totalmente, medir da pontinha do dedo médio até o pé tocando o calcanhar no
chão)

Cuidados ao Se Efetuar as Medidas Longitudinais

1.O indivíduo deve estar descalço;

2.O indivíduo deve manter-se de pé, com os pés juntos e voltados para frente,
ombros relaxados e braços ao longo do corpo, estando o plano de frankfurt
(linha imaginária que passa pelo ponto mais baixo do bordo inferior da órgita
direita e pelo ponto mais alto do bordo superior do meato auditivo externo
direito) rigorosamente posicionado;

3.A haste do antropômetro deve estar perpendicular ao solo e os ramos


perpendiculares à haste;

4.Alguns autores recomendam, que o indivíduo faça inspiração, procurando


compensar o achatamento dos discos intervertebrais, ocorridos durante o dia.

Limitações do IMC

Há alguns problemas em usar o IMC para determinar se uma pessoa


está acima do peso. Por exemplo, pessoas musculosas podem ter um Índice
de Massa Corporal alto e não serem gordas.

O IMC também não é aplicável para crianças, sendo que precisa de


gráficos específicos.

Além disso, não é aplicável para idosos, para os quais se aplica


classificação diferenciada. O IMC é o valor de massa corporea, que as
diferenças raciais e étnicas têm sobre o Índice de Massa Corporal. Por
exemplo, um grupo de assessoramento à Organização Mundial de Saúde
concluiu que pessoas de origem asiática poderiam ser consideradas acima do
peso com um IMC de apenas 23.
Método mais preciso

O Índice de Massa Corporal, apesar de conter alguns pontos fracos, é


um método fácil no qual qualquer um pode obter uma indicação, com um bom
grau de acuidade, se está abaixo do peso normal, acima do peso ideal, ou
obeso. Porém, o método mais preciso para determinar se a pessoa está gorda
é a medição do percentual de gordura do corpo.

Avaliando o IMC

O resultado do IMC é comparado com uma tabela que indica o grau de


obesidade do indivíduo.

IMC Classificação

< 18,5 Magreza

18,5 – 24,9 Saudável

25,0 – 29,9 Sobrepeso

30,0 – 34,9 Obesidade Grau I

35,0 – 39,9 Obesidade Grau II (severa)

≥ 40,0 Obesidade Grau III (morbida)

IMC em Crianças e Adolescentes

As crianças naturalmente começam a vida com um alto índice de


gordura corpórea, mas vão ficando mais magras conforme envelhecem. Além
disso, também há diferenças entre a composição corporal de meninos e
meninas. E foi para poder levar todas essas diferenças em consideração que
os cientistas criaram um IMC especialmente para as crianças, chamado de IMC
por idade. Os médicos usam um conjunto de gráficos de crescimento para
seguir o desenvolvimento de crianças e jovens adultos dos dois aos 20 anos de
idade.
O IMC por idade utiliza a altura, peso e idade de uma criança para
determinar quanta gordura corporal ele ou ela tem e compara os resultados
com os de outras crianças da mesma idade e gênero. Ele pode ajudar a prever
se as crianças terão risco de ficar acima do peso quando estiverem mais
velhas.

Cada gráfico contém um conjunto de curvas que indica o percentil da


criança. Por exemplo, se um garoto de 15 anos de idade está no percentil 75,
isso significa que 75% dos garotos da mesma idade têm um IMC mais baixo.

Ele tem o peso normal e, embora seu IMC mude durante seu
crescimento, ele pode se manter nas proximidades do mesmo percentil e
permanecer com um peso normal.

A faixa de IMC normal pode ficar mais alta para as meninas conforme
elas vão amadurecendo, já que as adolescentes normalmente têm mais
gordura corporal do que os adolescentes. Um garoto e uma garota da mesma
idade podem ter o mesmo IMC, mas a garota pode estar no peso normal
enquanto o garoto pode estar correndo risco de ficar acima do peso.

Os médicos dizem ser mais importante acompanhar o IMC das crianças


ao longo do tempo do que olhar um número individual, pois elas podem passar
por estirões de crescimento.

RCQ

A obesidade apresenta algumas características que são importantes


para a repercussão de seus riscos, dependendo do segmento corporal no qual
há predominância da deposição gordurosa, sendo classificada em:

Obesidade Difusa ou Generalizada


Obesidade Andróide ou Troncular (ou Centrípeta), na qual o paciente
apresenta uma forma corporal tendendo a maçã. Está associada com maior
deposição de gordura visceral e se relaciona intensamente com alto risco de
doenças metabólicas e cardiovasculares (Síndrome Plurimetabólica)
Obesidade Ginecóide, na qual a deposição de gordura predomina ao nível do
quadril, fazendo com que o paciente apresente uma forma corporal
semelhante a uma pêra. Está associada a um risco maior de artrose e
varizes.

Essa classificação, por definir alguns riscos, é muito importante e por esse
motivo fez com que se criasse um índice denominado Relação Cintura-Quadril
(RCQ), que é obtido pela divisão da circunferência da cintura abdominal pela
circunferência do quadril do paciente. De uma forma geral se aceita que
existem riscos metabólicos quando a Relação Cintura-Quadril seja maior do
que 0,9 no homem e 0,8 na mulher. A simples medida da circunferência
abdominal também já é considerado um indicador do risco de complicações da
obesidade, sendo definida de acordo com o sexo do paciente:

Portanto, RCQ e não o índice de massa corporal, é a melhor medida de


obesidade para avaliar o risco de um ataque cardíaco (problema metabólico),
segundo estudos publicados.

Foi publicado na revista The Lancet que a relação cintura-quadril é


melhor que o índice de massa corporal (IMC) para prognóstico de risco de
ataques cardíacos para vários grupos étnicos. Se a obesidade for redefinida
segundo a relação cintura-quadril ao invés do uso do IMC, a proporção de
pessoas com risco de um ataque cardíaco triplica, segundo dados do estudo
Interheart.

Baseado no peso e na altura, o IMC não leva em consideração a


localização da gordura do corpo, nem quanto de musculatura a pessoa possui,
diz Arya Sharma, professor de medicina na McMaster University e co-autor do
estudo. Um atleta e um sedentário poderiam apresentar IMC semelhantes.

O estudo Interheart, dirigido por Salim Yusuf da McMaster University em


Hamilton, Ontario, contou com uma população de 27.098 pessoas de 52
países, entre elas, europeus, asiáticos, africanos e americanos, incluindo
12.461 que tinham sofrido ataque cardíaco prévio. Os pesquisadores avaliaram
se outros marcadores de obesidade, principalmente a relação cintura-quadril,
poderiam ser fatores prognósticos de relevância para ataques cardíacos
comparados à medida convencional do IMC para diferentes grupos étnicos.

No novo estudo, o risco de um ataque cardíaco aumentou


progressivamente uma vez que aumentava o índice de relação cintura-quadril.
20% das pessoas no estudo com os índices mais altos tiveram 2,5 vezes maior
risco do que os 20% com os menores índices. Este achado sugere a redução
na circunferência abdominal, aumento da musculatura do quadril ou a
redistribuição de gorduras no organismo.

No geral, os dados encontrados pelos pesquisadores mostraram


medidas de cintura com valor de 90% das medidas do quadril. Os melhores
índices foram encontrados na China (88%), seguidos do Sudeste Asiático
(89%), América do Norte (90%), África (92%), Oriente Médio (93%) e América
do Sul (94%). Cinturas largas refletem a deposição de gordura abdominal e são
perigosas, enquanto quadris largos, os quais podem indicar a quantidade de
músculo nos membros inferiores, são um fator de proteção.

O estudo diz que os mecanismos de proteção ainda não estão claros.


Os autores especulam que fatores hormonais possam influenciar na
circunferência da cintura e do quadril, podendo apresentar diferenças
importantes na composição de gordura nessas duas áreas. Quadris largos
podem ser resultado de massa muscular. Se a dieta leva à perda de massa
muscular, pode agir contra os benefícios da perda de peso, dizem os autores.
O Interheart mostrou que o risco da população atribuível à relação
cintura-quadril é maior que o risco atribuível ao índice de massa corporal. Os
resultados sugerem que as estimativas prévias sobre o efeito da obesidade
como fator de risco cardiovascular foram demasiadamente baixas.

A relação cintura-quadril é calculada dividindo-se a medida da


circunferência da cintura em centímetros pela medida da circunferência do
quadril em centímetros. O índice de corte para risco cardiovascular é menor
que 0,85 para mulheres e 0,90 para homens. Um número mais alto demonstra
maior risco.

Pera ou Maçã?

Pera ou maçã é como alguns endocrinologistas classificavam as


mulheres há mais de 20 anos. Segundo esses especialistas, a mulher de
cintura fina e quadrís largos é pera. Já, aquelas com citura grossa e tronco
robusto, maçãs.

As peras têm menos ataques cardíacos, enquanto as maçãs estão mais


sujeitas, conforme esclarece tecnicamente a nota do News.Med.

Nos homens acontece o mesmo, mas é menos perceptível pela


diferença anatômica da pelve que não tem a morfologia adaptada à procriação.

Hoje, nas boas academias de musculação, o acompanhamento dos


clientes leva muito em consideração a relação cintura/quadril para determinar
seus programas de treinamento.

Perimetria
É um conjunto de medidas de circunferência, realizadas em diferentes
pontos do tronco, dos membros superiores e dos membros inferiores. Consiste
em encontrar o perímetro máximo de um segmento corporal quando medido
em ângulo reto em relação ao seu maior eixo.

Essas medidas nos permitem detectar assimetrias musculares, bem


como, com a seqüência das reavaliações e a associação dos dados da
composição corporal, a variação da massa muscular em resposta ao
treinamento.

Ainda, quando da realização de uma perimetria, deve-se observar os


seguintes fatores:

a) a posição de colocação do instrumento é fundamental para a validação e


confiança do teste:

- marcar corretamente, os pontos dos perímetros utilizando lápis dermográfico


ou caneta;

- medir sempre num ponto fixo, pois a variação aponta erros, isto é:
uniformidade do alinhamento da fita;

- colocação da fita sobre a pele nua;

- não colocar o dedo entre a pele e a fita.

- realizar três medidas e calcular a média;

b) a tensão aplicada à musculatura:

- não comprimir o tecido sub-cutâneo, e nem deixar a fita frouxa;

- nunca utilizar fita elástica ou de baixa flexibilidade;

c) é afetada:

- pela massa magra, massa gorda e tamanho do osso.

- pela medição do avaliado após qualquer tipo de atividade física.

Locais da medida

Sugestões de posições para a fita métrica durante a medida dos


perímetros musculares:

Tórax: mãos na cintura-podendo medir inspirado, expirado e normal

Homens: sobre a linha dos mamilos;

Mulheres: sobre a linha sub-axilar;


Pescoço: abaixo da glote;

Ombros: sobre o terço médio dos deltóides médios;

Braços: pode ser medido de duas formas:

*relaxado -com o braço ao lado do corpo relaxado e um pouco abduzido ou


mão na cintura, ircundar a fita a nível do ponto meso-umeral ou de maior
perímetro;

*contraído - flexionado a 45 graus com os cotovelos à altura dos ombros


contraindo o bíceps, sobre o ponto de maior perímetro.

Antebraço: estendidos ao longo do corpo e palmas das mãos para cima ou


mãos na cintura, sobre o ponto de maior perímetro;

Punho: Braços ao longo do corpo, palma da mão voltada para frente e


relaxada, colocar a fita métrica ao redor do punho nos processos estilóides
radial e ulnar;

Cintura: sobre o ponto de menor perímetro;

Abdômem: sobre a cicatriz umbilical. (alguns indivíduos apresentam um maior


acúmulo de gordura abaixo do umbigo, nestes casos passa-se a fita métrica
imediatamente acima dos espinhas ilíacas antero-superiores);

Quadril: sobre o trocânter maior de cada fêmur;

Culotes (apenas mulheres): abaixo da dobra glútea;

Coxas (contraídas):

homens: 10 e 20 cm -medir a partir da borda superior da patela


Mulheres: 10 e 25 cm - medir a partir da borda superior da patela

Panturrilhas: com os pés ligeiramente afastados, distribuindo o peso do corpo


entre ambas as pernas medir no ponto de maior perímetro.

Pressão Arterial (PA).

A pressão arterial mantém o sangue circulando no organismo. Tem início


com o batimento do coração. A cada vez que bate, o coração joga o sangue
pelos vasos sangüíneos chamados artérias. As paredes dessas artérias são
como bandas elásticas que se esticam e relaxam a fim de manter o sangue
circulando por todas as partes do organismo. O resultado do batimento do
coração é a propulsão de uma certa quantidade de sangue (volume) através da
artéria aorta. Quando este volume de sangue passa através das artérias, elas
se contraem como que se estivessem espremendo o sangue para que ele vá
para a frente. Esta pressão é necessária para que o sangue consiga chegar
aos locais mais distantes, como a ponta dos pés, por exemplo.

Para conhecimento geral, colocamos em destaque alguns dos


componentes do sistema cardio-circulatório:

O coração - é um órgão muscular que fica dentro do peito e que é responsável


por bombear o sangue para os pulmões (para ser oxigenado) e para o corpo
(suprindo as necessidades de oxigênio e nutrientes) depois que o sangue foi
oxigenado nos pulmões. O coração bate em média de 60 a 100 vezes por
minuto em situação de repouso. É composto por duas câmaras superiores
chamadas de átrios, e duas inferiores, os ventrículos. O lado direito bombeia o
sangue para os pulmões e o esquerdo para o restante do corpo.

A
B
A - Visão da região anterior do coração, com parte do pericárdio removido. Observa-se a musculatura ventricular, os
átrios direito e esquerdo, a veia cava superior, a crossa da aorta e a artéria pulmonar. B - Corte longitudinal do coração
mostrando os ventrículos direito e esquerdo (este com a musculatura mais espessa), os átrios direito e esquerdo, as
válvulas tricúspide, mitral, aórtica e pulmonar. Observa-se a representação do fluxo sanguíneo (setas) desde a cava
superior, átrio e ventrículo direitos e artéria pulmonar, até as veias pulmonares, átrio e ventrículo esquerdos e aorta.

As artérias - são os vasos por onde o sangue corre vindo do coração. Elas
estão distribuídas como se fossem uma grande rede de abastecimento por todo
o
corpo, podendo ser palpadas em alguns locais, onde estão mais
superficializadas. Alguns destes locais são: na face interna de seu punho, na
região da virilha e no pescoço. Este movimento ou pulsação, que você sente
quando coloca seu dedo, é quando o sangue está sendo empurrado por um
batimento do coração e que ocasiona uma determinada pressão dentro do
vaso. Em geral as artérias são bem mais profundas, por isso somente em
alguns locais é que elas podem ser palpadas. É nas artérias que ocorre o
processo da doença da hipertensão.

As veias - são os vasos sanguíneos que trazem o sangue, agora cheio de


impurezas, de volta ao coração. Assim como as artérias, elas formam uma
enorme rede. A grande característica que diferencia uma veia de uma artéria, é
que elas estão mais superficiais e podem ser mais facilmente palpadas e
visibilizadas. Além desta diferença, pode-se citar a composição de sua parede,
que é mais fina.
 

O QUE SIGNIFICAM OS NÚMEROS DE UMA MEDIDA DE PRESSÃO


ARTERIAL?

Significam uma medida de pressão calibrada em milímetros de mercúrio


(mmHg). O primeiro número, ou o de maior valor, é chamado de sistólico, e
corresponde à pressão da artéria no momento em que o sangue foi bombeado
pelo coração. O segundo número, ou o de menor valor é chamado de
diastólico, e corresponde à pressão na mesma artéria, no momento em que o
coração está relaxado após uma contração. Não existe uma combinação
precisa de medidas para se dizer qual é a pressão normal, mas em termos
gerais, diz-se que o valor de 120/80 mmHg é o valor considerado ideal. 
Contudo, medidas até 140 mmHg para a pressão sistólica, e 90 mmHg para a
diastólica, podem ser aceitas como normais. O local mais comum de
verificação da pressão arterial é no braço, usando como ponto de ausculta a
artéria braquial. O equipamento usado é o esfigmomanômetro ou tensiômetro,
vulgarmente chamado de manguito, e para auscultar os batimentos, usa-se o
estetoscópio.

Valores de referência para a PA


ADULTOS (MAIORES DE 18 ANOS)
Pressão Arterial (mmHg)
Sistólica Diastólica Categoria

< 130 < 85 Normal


130-139 85-89 Normal Limítrofe
140-159 90-99 Hipertensão Leve (estágio 1)
160-179 100-109 Hipertensão Moderada (estágio 2)
> 180 > 110 Hipertensão Severa (estágio 3)
> ou= 210 > ou=120 Hipertensão Muito Severa (4)
> 140 < 90 Hipertensão Sistólica Isolada

CRIANÇAS E ADOLESCENTES
Pressão Arterial (mmHg)
Os valores dos percentis 90 e 95 da pressão arterial para cada faixa etária
são normalizados para o percentil da estatura da criança e adolescente.
Valores da PA Sistólica e Diastólica Classificação
Menores que o percentil 90 Normal
Entre os percentis 90 e 95 Normal Limítrofe
Maiores que o percentil 95 Hipertensão Arterial

Como Medir

O indivíduo deve estar sentado por pelo menos 5 minutos (testes assentados e
em decúbito dorsal apresentam diferenças nos resultados);

Ele não deve ter tomado café ou álcool antes do teste; Tomar qualquer braço
para o teste;

A braçadeira do esfignomanômetro (aparelho de pressão) deve estar à altura


do coração;

A mangueira deve estar paralela ao braço;

Não prender o estetoscópio embaixo da braçadeira;

Procedimentos:

» Primeiro medir a pulsação sem o estetoscópio (tomar o pulso radial) para


detecção de arritmias (se o indivíduo tiver arritmias os valores não serão reais,
ou seja pode ter pressão normal e parecerá alta);

» Depois colocar a braçadeira a 2 dedos da prega do braço com o antebraço;


» Insuflar até sentir que sumiu a pulsação (teste: este valor servirá de
parâmetro para se estabelecer o máximo na medição seguinte. Ex: se sumiu o
pulso quando o relógio alcançou 120 na próxima medição insuflar até 140);

» Espere um pouco e comece a reinsuflar com o auxílio do estetoscópio


tocando a prega do braço onde sentir melhor o batimento cardíaco, geralmente
na parte interna do braço;

» Eleve o ponteiro até o valor encontrado anteriormente estipulado (teste).

» Comece a liberar o ar e acompanhe os batimentos através do estetoscópio;

» O valor maior (sistólica) será onde o coração começou a bater mais forte;

» O valor menor (diastólica) será quando não mais ouvir os batimentos do


coração;

» Desinsuflar o aparelho.

» Obs: se ficar em dúvida quanto ao valor não deve em hipótese alguma voltar
a insuflar o aparelho para reiniciar o processo. Os valores não serão os
mesmos. Espere mais 10 minutos em repouso e tente novamente no mesmo
braço. Caso tenha pressa utilize o outro braço.

Frequência Cardíaca (FC)

Freqüência cardíaca é o número de vezes em que o coração “bate” por minuto.

Como se mede freqüência cardíaca?

A freqüência cardíaca é medida contando quantas vezes o coração bate em


um determinado tempo. As seguintes fórmulas podem ser usadas:

 Contar por 10 segundos e multiplicar por 6.


 Contar por 15 segundos e multiplicar por 4.
 Contar por 30 segundos e multiplicar por 2.
 Contar por um minuto.

Quanto maior o tempo, mas preciso será o resultado. O total deve ser
sempre referente a um minuto, já que é este o intervalo de tempo usado como
parâmetro. A freqüência é expressa em batimentos por minuto. Exemplo: 75
batimentos por minuto ou 75 bpm.
Pra que saber a freqüência cardíaca?

Durante a prática de exercícios aeróbios, a freqüência cardíaca indica se


a intensidade da atividade é adequada. Controlando a freqüência, você
também evita ultrapassar o nível seguro de esforço para seu organismo.

Além disso, frequências muito baixas (menos de 60 bpm) ou muito altas


(mais de 100 bpm), as bradicardias e taquicardias, indicam possíveis
problemas no coração, sendo necessário procurar um cardiologista para fazer
exames.

Quais as formas de determinar a freqüência cardíaca?

A forma mais simples de determinar a freqüência cardíaca é sentindo o


pulso no pescoço ou no punho. Profissionais da saúde podem usar também o
estetoscópio (aparelho para ouvir o coração e a respiração).

Existem equipamentos específicos para isso, os freqüencímetros ou


medidores de freqüência cardíaca. São compostos por uma faixa que fica
posicionada no tórax, abaixo dos mamilos, e um dispositivo (geralmente em
forma de relógio) que mostra a freqüência instantaneamente.

Há ainda alguns monitores que são parte de aparelhos de ginástica,


como esteiras ou bicicletas, que são colocados na orelha ou na ponta do dedo.

Como medir a freqüência cardíaca no punho?

Primeiro você deve identificar a área onde é mais fácil perceber os


batimentos. Ela se localiza no punho, próxima à mão, abaixo da linha do
polegar e em direção à palma da mão. Nessa região, você irá sentir o pulso da
artéria radial. Com o indicador e o dedo médio da mão esquerda, pressione
suavemente essa área do punho direito, até que perceba o pulsar do fluxo de
sangue. Se for verificar a pulsação de outra pessoa, nunca use seu polegar,
pois você poderá confundir a sua freqüência com a da outra pessoa.

Como medir a freqüência cardíaca no pescoço?

Novamente, localize a área em que vai sentir os batimentos. Ela está na


lateral do pescoço, pouco abaixo do maxilar inferior (mandíbula). Nesse ponto,
você pode perceber o fluxo de sangue na artéria carótida. Pressione
suavemente com dois dedos, até perceber o pulso.

O que é freqüência cardíaca máxima?

Freqüência cardíaca máxima é o maior número de batimentos a que uma


pessoa pode chegar, ou seja, o número máximo de batimentos que seu
coração consegue alcançar. Ela é calculada a partir de uma fórmula simples:
 Para homens: FCmáx = 220 – idade. Exemplo: se você tem 24 anos,
faça a conta FCmáx = 220 – 24, o resultado será que sua freqüência
cardíaca máxima é 196.
 Para mulheres: FCmáx = 226 – idade. Exemplo: se você tem 31 anos,
faça a conta FCmáx = 226 – 31, o resultado será que sua freqüência
cardíaca máxima é 195.

A diferença de valores entre homens e mulheres supre a diferença entre os


sexos. Usualmente, a freqüência cardíaca das mulheres é ligeiramente mais
alta que a dos homens.

Como medir a freqüência cardíaca em repouso?

A freqüência cardíaca em repouso é aquela medida em uma situação sem


atividade física, ou seja, sentado ou deitado, relaxado, com um intervalo após a
última atividade realizada

Alguns fatores podem interferir na medição da FC:

 Posição do corpo: deitado ou imerso na água a FC é mais baixa do


que em pé.
 Temperatura: quanto mais alta a temperatura, mais alta a FC.
 Sexo: as mulheres tem a FC geralmente de 5 a 7 bpm mais
elevada que os homens com o mesmo condicionamento físico.
 Estado de ânimo: quanto mais tensão tiver o indivíduo, mais alta
será a sua FC.
 Quem fuma ou ingere bebida com cafeína tem a FC aumentada.

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