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Circuitos Magnéticos e
Transformadores
Notas de Aula
2020
Capitulo 1. Circuitos Magneticamente
Acoplados
1.1 Princípios Básicos para Conversão de Energia
(a) (b)
Fig. 1 – (a) Experimento de Oersted; (b) Regra da mão direita.
b- Um campo magnético variável no tempo induzirá uma tensão em uma bobina se esse
campo passar através de uma bobina
c- Um fio condutor de corrente, na presença de um campo magnético, tem uma força induzida
nele (Efeito Motor);
d- Um fio movendo-se na presença de um campo magnético tem uma tensão induzida nele
(Efeito Gerador).
Fig. 3 – Efeito Motor - Gerador
A lei fundamental que rege a produção de um campo magnético por uma corrente é a lei
de Ampère:
𝐻 ∙ 𝑑𝑙 = 𝐼 (1)
em que H é a intensidade do campo magnético que é produzido pela corrente líquida Ilíq e
dl é um elemento diferencial de comprimento ao longo do caminho de integração. Em
unidades do SI, I é medida em ampères e H é medida em ampères-espiras por metro. Para
melhor compreender o significado dessa equação, é útil aplicá-la ao exemplo simples da
Figura 4. Essa figura mostra um núcleo retangular com um enrolamento de N espiras de fio
envolvendo uma das pernas do núcleo. Se o núcleo for composto de ferro ou de outros metais
similares (coletivamente denominados materiais ferromagnéticos), então essencialmente
todo o campo magnético produzido pela corrente permanecerá dentro do núcleo, de modo
que na lei de Ampère o caminho de integração é dado pelo comprimento do caminho médio
no núcleo ln. A corrente líquida Ilíq que passa dentro do caminho de integração é então Ni,
porque a bobina cruza o caminho de integração N vezes quando está conduzindo a corrente i.
Assim, a lei de Ampère torna-se:
𝐻𝑙 = 𝑁𝑖 (2)
𝑁𝑖
𝐻= (3)
𝑙
Fig. 4 – Núcleo Magnético simples.
𝜇𝑁𝑖
𝐵 =𝜇∙𝐻 = (6)
𝑙
𝜇𝑁𝑖𝐴
𝜙 =𝐵∙𝐴 = (9)
𝑙𝑛
A corrente em uma bobina de fio enrolado em um núcleo produz um fluxo magnético nesse
núcleo. Isso é análogo a uma tensão que em um circuito elétrico produz o fluxo de corrente. É
possível definir um “circuito magnético” cujo comportamento é regido por equações análogas
as de um circuito elétrico. Frequentemente, no projeto de máquinas elétricas e
transformadores, utiliza-se o modelo de circuito magnético que descreve o comportamento
magnético para simplificar o processo de projeto que, de outro modo, seria bem complexo.
Em um circuito elétrico simples, como o mostrado na Figura 2, a fonte de tensão V alimenta
uma corrente I ao longo do circuito através de uma resistência R. A relação entre essas
grandezas é dada pela lei de Ohm:
𝑉 = 𝐼𝑅 (10)
No circuito elétrico, o fluxo de corrente é acionado por uma tensão ou força eletromotriz.
Por analogia, a grandeza correspondente no circuito magnético é denominada força
magnetomotriz (FMM). A força magnetomotriz do circuito magnético é igual ao fluxo efetivo
de corrente aplicado ao núcleo, ou
F = Ni (11)
No circuito elétrico, a tensão aplicada faz com que circule uma corrente I. De modo similar,
em um circuito magnético
em que
F - força magnetomotriz do circuito;
𝜙 - fluxo do circuito;
R - relutância do circuito
P = 1/R (13)
Desse modo, a relação entre a força magnetomotriz e o fluxo pode ser expressa como:
𝜙 =FP (14)
(15)
(16)
(17)
A Lei de Faraday afirma que “se houver um fluxo magnético passando através de uma espira,
então uma tensão será induzida, sendo diretamente proporcional a variação à taxa de variação do
fluxo magnético em função do tempo”:
Se uma bobina tiver N espiras e se o mesmo fluxo cruzar todas elas, então:
O fluxo magnético total Ø em um indutor linear constituído por uma única bobina, é
proporcional à corrente passando através dele. Pela Lei de Faraday, a tensão sobre o indutor é
igual a taxa de vadiação do fluxo total:
A variação de campo elétrico em uma bobina gera um campo magnético. Sendo o sentido
do fluxo dado pela regra da mão direita.
Distância
Material do núcleo
Uma bobina de N espiras, com fluxo magnético Ø (devido a cada espira) tem fluxo magnético
total ØT =N. Ø. Pela Lei de Faraday, a f.e.m induzida (tensão) na bobina é:
ou ainda
Logo:
A partir dessas relações pode-se definir que o coeficiente de acoplamento K é definido como
a relação entre o fluxo concatenado e o fluxo total:
Fig 9 – Filtro RF
• Óleo Mineral
• Óleo Vegetal
• SF6
• Seco
b) Quanto a finalidade
• transformadores de força;
• transformadores de distribuição;
• transformadores de corrente;
• transformadores de potencial;
• autotransformadores.
• envolvido;
• envolvente.