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Faculdade São José

Aluna: Cecília Ferreira de Mello.

Turma: Ciências Biológicas 1

Rio de Janeiro, 17 de março de 2011

Quinta-feira, 19:20

Professor: Ricardo

Tsunami

Tsu -;porto, e nami -;onda. O termo foi criado por pescadores que, vindo da pesca,
encontraram o porto desvastado, ainda que não tenham visto nem observado a onda no alto
mar. As expressões -;ondas de maré - ;tidal waves; ou raz de maré -;do francês raz-de-maré;
são de evitar por constituírem, respectivamente, um anglicismo e galicismo desnecessários e
enganadores, dado que os tsunamis nada têm a ver com as marés.

Causas
Um tsunami pode ser gerado por qualquer distúrbio que desloque uma massa grande de
água, tal como um sismo -;movimento no interior da terra, um deslocamento da terra,
uma explosão vulcânica ou um impacto de meteoro. Os tsunamis podem ser gerados
sempre que o fundo do mar sofre uma deformação súbita, deslocando verticalmente a
massa de água. Os sismos tectónicos são um tipo particular de sismo que origina um
deformação da crosta; sempre que os sismos ocorrem em regiões submarinas, a massa
de água localizada sobre a zona deformada vai ser afastada da sua posição de equilíbrio.
As ondas são o resultado da acção da gravidade sobre a perturbação da massa de água.
Os movimentos verticais da crosta são muito importantes nas fronteiras entre as placas
litosféricas. Por exemplo, à volta do Oceano Pacífico existem vários locais onde placas
oceânicas mais densas deslizam sob as placas continentais menos densas, num processo
que se designa por subducção. Estas zonas originam facilmente tsunamis.
Deslizamentos de terra submarinos, que acompanham muitas vezes os grandes tremores
de terra, bem como o colapso de edifícios vulcânicos podem, também, perturbar a
coluna de água, quando grandes volumes de sedimentos e rocha se deslocam e se
redistribuem no fundo do mar. Uma explosão vulcânica submarina violenta pode, do
mesmo modo, levantar a coluna de água e gerar um tsunami. Grandes deslizamentos de
terra e impactos de corpos cósmicos podem perturbar o equilíbrio do oceano, com
transferência de momento destes para o mar. Os tsunamis gerados por estes mecanismos
dissipam-se mais rapidamente que os anteriores, podendo afectar de forma menos
significativa a costa distante.

Características
Os tsunamis têm um comportamento muito diferente das típicas ondas de surf;
propagam-se a altas velocidades e podem percorrer distâncias transoceânicas sem
grande perda de energia. Uma tsunami pode causar estragos a milhares de quilómetros
de distância da sua origem, podendo passar muitas horas entre a sua criação e o seu
impacto na costa, chegando bastante depois da onda sísmica que a originou.
Tipicamente, cerca de dez minutos antes de um tsunami, o mar recua da costa, expondo
parte do leito marinho. Se a inclinação for rasa, este recuo pode exceder 800 metros. As
pessoas inconscientes do perigo podem permanecer na costa, devido à curiosidade, mas
este pode ser um sinal de advertência da vinda de um tsunami. Pode haver diversas
ondas, com intervalos entre dois e quarenta e cinco minutos.
Estas características ocorrem porque as tsunamis possuem períodos extremamente
longos e também grandes comprimentos de onda. Enquanto que as típicas ondas
provocadas pelo vento, que podemos observar numa praia onde se pratica surf - geradas,
por exemplo, por uma tempestade longínqua - sucedem-se de forma ritmada com um
período de 10 segundos e comprimento de onda de 150 metros, as tsunamis podem ter
períodos da ordem de uma hora ou mais, e comprimentos de onda que podem exceder
os cem quilômetros.
Uma onda tem tendência a esbater-se em ondas de água rasa quando a relação entre a
profundidade da água e o seu comprimento de onda se torna muito pequena -;isto é,
quando a profundidade é bastante menor que o comprimento de onda.. Por exemplo, no
Oceano Pacífico, onde a profundidade da água ronda os 4000 m, um tsunami viajará a
200 m/s -;cerca de 712 km/hora; com uma perda mínima de energia, mesmo em grandes
distâncias. Com uma profundidade de 40 metros, a velocidade poderá atingir os 20
m/s ;cerca de 71 km/hora,o que é, efectivamente, muito mais lento mas, ainda assim,
suficientemente rápido para se fugir a tempo.
No mar alto as ondas dos tsunami não são praticamente detectáveis: a sua altura não
excede alguns metros e é muitas vezes inferior a um metro. Viajam a velocidades de
avião a jacto pelo oceano e descem depois para velocidades de auto-estrada ao
aproximarem-se da costa. E é só quando se aproximam da costa que elas crescem a
alturas terrificantes - geralmente de 5 a 20 metros. Por vezes, as ondas ao chegarem à
costa causam apenas uma repentina e enorme inundação, do tipo das que são causadas
pelas marés.
Passados alguns minutos, o primeiro grande vale chega e os sons vão desaparecendo. A
água é sugada da praia como se tivesse começado bruscamente uma fortíssima maré
baixa. A praia fica cheia de peixes e com as rochas do fundo à vista. Depois de alguns
minutos de silêncio, chega a primeira onda à praia, acompanhada muitas vezes por um
silvo parecido com o de um avião a jacto que voasse baixo.
E seguem-se sempre mais ondas, separadas entre si por intervalos que podem ir de
quinze minutos a várias horas. Normalmente, as terceiras ou quartas são as mais altas e
destruidoras.

Sismo e tsunami de Sendai de 2011 foi um sismo de magnitude de 9,0 Mw com


epcentro ao largo da costa do Japão ocorrido às 05:46 UTC (14:46 no horário local) de
11 de març0 de 2011. O epicentro foi a 130 quilômetros da costa leste da Península de
Oshika, na região de Tōhoku, com o hipocentro situado a uma profundidade de 24,4
quilômetros. O sismo atingiu o grau 7 — a magnitude máxima da escala de intensidade
sísmica da Agência Meteorológica do Japão — ao norte da Prefeitura de Miyagi, grau 6
em outras prefeituras e 5 em Tóquio.

O sismo provocou alertas de tsunami e evacuações na linha costeira japonesa do


Pacífico e em pelo menos 20 países, incluindo toda a costa do Pacífico da América do
Norte e América do Sul. Provocou também ondas de tsunami de mais de 10 m de altura,
que atingiram o Japão e diversos outros países. No Japão, as ondas percorreram mais de
10 km de terra.
2414 mortes foram confirmadas, e pelo menos 10 000 pessoas foram declaradas
desaparecidas em seis prefeituras. O sismo causou danos substanciais no Japão,
incluindo a destruição de rodovias e linhas ferroviárias, assim como incêndios em várias
regiões, e o rompimento de uma barragem. Aproximadamente 4,4 milhões de habitantes
no nordeste do Japão ficaram sem energia elétrica, e 1,4 milhão sem água.[8] Muitos
geradores deixaram de funcionar e pelo menos dois reatores nucleares foram
danificados, o que levou à evacuação imediata das regiões atingidas enquanto um estado
de emergência era estabelecido. A Central Nuclear de Fukushima I sofreu uma explosão
aproximadamente 24 horas depois do primeiro sismo, e apesar do colapso da contenção
de concreto da construção, a integridade do núcleo interno não teria sido comprometida.

Estima-se que a magnitude do sismo de Sendai faça deste o maior sismo a atingir o
Japão e um dos cinco maiores do mundo desde que os registros modernos começaram a
ser compilados.

Fonte: www.piave.org

Folha de São Paulo

www.uol.com.br

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