Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
net/publication/259840282
CITATIONS READS
0 530
6 authors, including:
Some of the authors of this publication are also working on these related projects:
Influência das características eletromagnéticas do solo nas respostas transitórias que ocorrem em linhas de transmissão de energia elétrica View project
All content following this page was uploaded by Afonso José do Prado on 23 January 2014.
considerado ou não o efeito da frequência e se estas são Na equação (1), os termos R’ e L’ representam os
realmente significativas. parâmetros distribuídos longitudinais da linha, ou seja, a
Para tanto, os parâmetros distribuídos da linha são resistência e indutância, em Ωkm-1 e mHkm-1, respectivamente.
representados de forma aproximada, porém não menos precisa, Na equação (2), os termos G’ e C’ representam a
por um número adequado de circuitos π configurados em condutância e capacitância transversais da linha em µSkm-1 e
cascata. O comportamento variável dos parâmetros ηFkm-1, respectivamente, enquanto d é o comprimento a linha
longitudinais da linha é inserido em cada elemento discreto da e n é a quantidade de circuitos π utilizados para representar a
cascata pelo método descrito por [5] e posteriormente por [6]. mesma.
De acordo com [7], a utilização de parâmetros constantes para Esta modelagem não considera o efeito da frequência sobre
representação de linhas, considerando-se uma ampla faixa de os parâmetros da linha, sendo estes constantes em função da
frequência decorrente de um possível distúrbio frequência.
eletromagnético, pode resultar em sinais transitórios cujas
A. Inserção do efeito da frequência no circuito π
componentes harmônicas de alta frequência possuam
amplitudes maiores do que o real. Para simular transitórios eletromagnéticos resultantes de
As equações diferenciais da linha, que representam as operações de manobras e chaveamento realizadas em linhas de
correntes e tensões ao longo de sua extensão, são transmissão, esta é representada como sendo uma cascata de
representadas no espaço de estado como descrito por [8] e [9]. circuitos π. Nesse modelo, cada segmento é constituído de uma
E, estas por sua vez, são solucionadas utilizando-se o método associação série e paralela de resistores e indutores, que
numérico da integração trapezoidal, largamente utilizada na resultam em uma resistência e uma indutância variáveis em
resolução de equações diferenciais de difícil resolução função da frequência, concordando com o efeito solo e
analítica e em softwares derivados do EMTP (Electromagnetic pelicular. Este modelo, desenvolvido diretamente no domínio
Transients Program) [10]. do tempo, é então implementado em softwares do tipo EMTP.
O efeito corona é modelado utilizando-se o modelo de Os parâmetros longitudinais, de uma linha de transmissão com
Skilling-Umoto para uma linha monofásica [1], [11], [12]. retorno através do solo, são fortemente dependentes da
Este modelo é considerado dinâmico, pois os mesmos levam freqüência. A descrição do efeito solo foi desenvolvida por
em consideração a amplitude da tensão e também a taxa de Carson e por Pollaczek [10]. Ambos modelos apresentam
variação desta. Neste, o efeito corona é representado por uma
resultados iguais quando aplicados em linhas aéreas. No
capacitância denominada capacitância corona e as perdas são
entanto, em se tratando de cabos subterrâneos, as equações de
representadas por meio de uma condutância conectada em
Pollaczek apresentam melhores resultados. A impedância
paralelo a esta capacitância, como descrito por [1] e citado
posteriormente por [3]. interna resulta do efeito do campo eletromagnético no interior
do condutor. Esta impedância própria é constituída de uma
II. MODELAGEM DA LINHA POR MEIO DE CASCATA DE resistência e de uma indutância que podem ser calculadas em
CIRCUITOS π função da frequência através de fórmulas derivadas das
equações de Bessel. Devido ao efeito pelicular, o valor desta
Diversos trabalhos, tais como [13], [14] e [15] descrevem
resistência aumenta à medida que a freqüência aumenta
as correntes e tensões ao longo de uma linha de transmissão
enquanto que a indutância diminui com o aumento da
utilizado cascata de circuitos π. A fig. 1 mostra uma
frequência [16].
representação genérica de uma cascata composta por n
A impedância de uma linha de transmissão, considerando o
elementos. Considerando u(t) uma fonte de alimentação
efeito da frequência, é dada por:
conectada a uma linha monofásica e S uma chave aberta no
instante t inicial. Z ( ω ) = R ( ω) + j ω L ( ω ) (3)
S R L R L R L
Na equação (3), R(ω) e L(ω) são, respectivamente, a
u(t) resistência e a indutância longitudinal do segmento de linha e
G/2 C/2 G C G C G C G/2 C/2 ω é a velocidade angular.
Geralmente não existe uma função que descreva a impedância
Z(ω), pois os parâmetros R(ω) e L(ω) são obtidos por meio de
Fig. 1 – Cascata de circuitos π.
séries numéricas. No entanto, a impedância Z(ω) pode ser
descrita, de maneira aproximada, por meio de uma função
Na fig. 1, os elementos R e L são resistências e indutâncias,
respectivamente, enquanto os elementos G e C são racional F(ω) cujos pólos são todos reais negativos e os
condutâncias e capacitâncias, respectivamente. Estes resíduos são números reais positivos. Deste modo, a
parâmetros são obtidos a partir de: impedância Z(ω) pode ser escrita como sendo [6]:
d d
R = R' ; L = L' (1) m
Ki
n n Z(ω) ≈ F(ω) = Z0 + ∑ jω (4)
i =1 1 + j ω Q i
d d
G = G' ; C = C' (2)
n n
3
Fig 3 - Inserção do efeito da frequência no circuito π. [X]T = [i10 i11 i12 L i1m v1( t )] (15)
As associações RL paralelas mostradas na fig. 2 e 3, são
tantas quantas forem necessárias para representar a variação
dos parâmetros em cada década de frequência que será
considerada [8].
4
aplicada neste trabalho para representação do efeito corona é Sendo assim, a capacitância e a condutância transversais da
baseada neste princípio. linha sobre o ponto P, são alteradas e consequentemente a
A modelagem matemática do efeito corona é feita de forma matriz [A].
similar à analógica, porém procura-se representar de forma
B. Inclusão do Efeito Corona na cascata de circuitos π
aproximada o dado fenômeno através de equações puramente
matemáticas. Diferentemente dos modelos denominados Considerando-se o circuito ilustrado pela fig. 3 e as
físicos, que se baseiam nas equações diferenciais da linha e condições descritas pela equação (27) para ocorrência de
portanto possuem um embasamento nas características físicas e corona, o seguinte circuito é descrito.
funcionais do sistema em questão.
R1 R2 R
Dentre todas as técnicas utilizadas na representação do R0 L0
efeito corona, aplica-se neste trabalho o modelo de Skilling-
Umoto, que utiliza uma capacitância e uma condutância não A B
L1 L2 L
lineares para representar o acúmulo das perdas de cargas na
linha. A capacitância e a condutância, para este modelo, são YG YC YG YC
variáveis em relação à tensão e denominadas capacitância
corona CC e condutância corona GC. Na referência [1], os
elementos CC e GC são obtidos por meio de funções analíticas
conhecidas e, portanto, esta representação para o efeito corona Fig. 4 – Inserção do efeito corona em um circuito π.
é denominada modelo analítico do efeito corona.
Com a inserção de CC e GC no circuito π, como mostra a
A. Modelo de Skilling-Umoto fig. 4, os parâmetros transversais deste elemento são
A capacitâncias corona CC, descrita na modelagem por redefinidos como:
Skilling-Umoto para tensões acima do valor crítico corona VC,
é dada por [11], [12]: C+ C C
YC = (28)
2
V
C C = 2 k C 1 − C (24) G+ GC
v YG = (29)
2
Onde v é a tensão transversal instantânea da linha e KC é Desta forma, considerando que este seja o k-ésimo circuito
uma constante embasada nas características geométricas do da cascata, o elemento matricial [Akk] da matriz [A], dada pela
condutor, como mostra a equação (25). equação (18), pode ser descrito da seguinte forma:
r j= m
kC = σ C10−11
2h
(25) ∑Rj
− j= 0 R1 R2 Rm 1
L −
L0 L0 L0 L0 L0
Sendo σC uma constante de perda por corona, h é a altura R R
1
do condutor em relação ao solo e r é o raio do condutor. − 1 0 L 0 0
L1 L1 (30)
A condutância corona é definida como [1]:
[A kk ] = R 2 0
R
− 2 L 0 0
L2 L2
2
1 − VC (26) M M M O 0 0
G C = kC
v Rm 0 0 L
Rm
0
Lm Lm
2 YG
Na modelagem de Skilling-Umoto, para que ocorra uma 0 0 L 0 −
descarga em algum ponto da linha por corona, é necessário YC YC
que a tensão v seja superior a VC e a taxa de variação de v pelo
Logo, a matriz [A] é redefinida e assim inserida na equação
tempo seja positiva. Deste modo, para que o efeito corona
(13), formando um novo sistema composto pelas equações de
ocorra em um ponto genérico P da linha, a tensão VP neste
estado que representam as correntes e tensões ao longo da
ponto terá simultaneamente as seguintes condições: linha. Portanto é possível verificar a corrente não somente no
ponto P, onde ocorre a descarga por corona, mas em qualquer
dVP outro ponto da linha.
VP > VC e >0 (27)
dt
6
TABELA I
Inicialmente, a fonte V(t) e a chave S representam uma VALORES DOS ELEMENTOS R E L UTILIZADOS NA SÍNTESE DOS PARÂMETROS
descarga elétrica. A fonte V(t) é representada por uma função LONGITUDINAIS DA LINHA
do tipo exponencial:
Resistências (Ω) Indutâncias (mH)
3 −0 , 3 × 10 6 t −0 ,15 ×10 7 t R0 0,02055 L0 1,4
V(t ) = 1950 × 10 (e − e ) (31)
R1 3588,4 L1 0,0433
Através da descarga representada pela equação (31) é
R2 614,3293 L2 0,11804
possível analisar os resultados simulados com os dados
experimentais, uma vez que a descarga elétrica propriamente R3 100,6367 L3 0,15383
dita exibe um comportamento exponencial. A forma de onda R4 13,2296 L4 0,20010
equivalente à equação (31) é demonstrada pela fig. 6. R5 1,4379 L5 0,23387
R6 0,1447 L6 0,21873
R7 0,0112 L7 0,47989
-5
R8 5,9231x10 L8 0,25657
-5
R9 4,5882x10 L9 0,76243
TABELA 2
PARÂMETROS CONSTANTES DA LINHA
R’ 11,35 Ω km-1
L’ 1,73 mH km-1
G’ 0,556 µS km-1
C’ 7,8 nF km-1
Fig. 12 – Tensão a 2185,4 m: (1) dado experimental; (2) modelagem Fig. 14 – Tensão no terminal B em aberto: (1) sem considerar o
com parâmetros constantes; (3) modelagem com parâmetros variáveis efeito da frequência; (2) considerando o efeito da frequência.
em função da frequência.
Devido à incidência e reflexão de ondas de tensão,
B. Análise da influência da frequência sobre os parâmetros decorrente do terminal B da linha em aberto, é possível
longitudinais para modelagem proposta observar o caráter oscilatório durante o transitório descrito
Com o intuito de verificar eventuais disparidades entre o pela fig. 14.
modelo proposto levando em conta a ação da frequência e sem Através da fig. 14 observam-se as disparidades do modelo
a ação desta, esta seção mostra resultados obtidos na proposto quando considerado e desconsiderado o efeito da
simulação dos transitórios decorrentes da energização e corona frequência. Observa-se uma significativa diferença no
da linha monofásica esboçada pela fig. 13. comportamento oscilatório das curvas que ilustram as tensões
transitórias para as duas situações consideradas. Enquanto a
S curva (1) apresenta um comportamento oscilatório mais
A B acentuado, a curva (2) apresenta oscilações suaves sem picos
de tensão isolados.
Uma segunda observação importante está relacionada à
V(t) diferença da amplitude de tensão em alguns pontos das curvas
(1) e (2). Como mostra a fig. 15.
Solo Observando de uma forma mais detalhada o gráfico da fig.
14, é possível observar pontos onde as curvas (1) e (2)
2200 m apresentam grandes diferenças, indicadas pela medida D entre
as curvas, na fig. 15.
Fig. 13 – Esquema da linha monofásica utilizada na análise.
9
Na fig. 15 a diferença indicada por D, entre as duas curvas, longitudinais da linha, mas especificadamente, resistência e
é de aproximadamente 400 kV. A maior amplitude chega a ser indutância longitudinais. Com esta verificação é possível
mais de duas vezes a tensão da menor amplitude, entre as mensurar a precisão do modelo proposto no que diz respeito a
curvas (1) e (2). É possível observar também, de forma mais frequência do sinal elétrico atuante no sistema. Para o devido
detalhada, diversos picos de tensão e um perfil claramente fim, adota-se uma fonte de tensão do tipo degrau para verificar
oscilatório para curva (1) enquanto a curva (2), como já a sensibilidade dos dois procedimentos em relação à
observado, apresenta comportamento amortecido. frequência. A partir deste procedimento, conclui-se que as
discrepâncias são mais ou menos evidentes de acordo com o
sinal elétrico aplicado na linha, conclusão esta obtida a partir
das simulações realizadas aplicando-se os dois sinais elétricos
não-lineares descritos na seção 5.
Porém, é importante advertir que existem distúrbios
eletromagnéticos com uma ampla gama de componentes
harmônicas, como por exemplo, as descargas elétricas de
origem atmosférica. Para eventuais ocorrências o
procedimento no qual o efeito da frequência não é
considerado, por razões obvias, é inadequado. Uma vez que a
grande maioria das frequências, que compõe o distúrbio
citado, não será considerada na síntese da correspondente
modelagem e simulações.
REFERÊNCIAS
[1] M. S. Mamis, “State-space transient analysis of sigle-phase
Fig. 15 – Tensão no terminal B em aberto: (1) sem considerar o transmission lines with corona”, presented at Int. Conf. on Power
efeito da frequência; (2) considerando o efeito da frequência. Systems Transients – IPST´03, New Orleans, USA, 2003.
[2] R. D. Fuchs, Transmissão de Energia Elétrica: Linhas Aéreas; Teoria
A partir dos resultados demonstrados, descritos nas figuras das Linhas em Regime Permanente, Rio de Janeiro: Livros Técnicos e
Cientificos, 1979.
anteriores, foi possível analisar de forma relativamente
[3] M. A. Freitas, S. Kurokawa, J. Pissolato, “Inclusão do Efeito Corona
detalhada as principais disparidades nas simulações utilizando- em Linhas de Transmissão, Considerando o Efeito da Frequência sobre
se o modelo corona, quando incluída a ação da frequência e os Parâmetros Longitudinais”, presented at Simpósio Brasileiro de
quando a mesma é desconsiderada. Sistemas Elétricos -SBSE, Belo Horizonte, Brasil, 2008.
[4] C. F. Wagner and B. L. Lloyd, “Effects of Corona on Traveling
Waves”. Power Apparatus and Systems, Part III. Trans. of the Americ.
VI. CONCLUSÕES Inst. of Electr. Eng., vol. 74, no. 2, Part III-B, pp. 1247-1260, 1954.
[5] B. Gustavsen and A. Semlyen, “Simulation of transmission line
A partir dos dados experimentais obtidos por [4] e dos transients using vector fitting and modal decompositon”. IEEE Trans.
resultados obtidos através de simulações pelo modelo corona on Power Delivery, vol. 13, no. 2, pp. 605-614, 1998.
elaborado, é possível realizar observações sobre a precisão da [6] M. S. Sarto, A. Scarlatti, C. L. Holloway, “On the use of fitting models
for the time-domain analysis on problems with frequency-dependent
metodologia em questão. parameters”, presented at IEEE int. Symp. On Electromagnetic
É importante concluir ressaltando que o modelo proposto Compatibility, Montréal, Canada, 2001.
para o fenômeno corona trata-se de um modelo analógico [7] J. R. Marti, “Accurate modeling of frequency dependent transmission
equivalente, como descrito anteriormente, representado por line in electromagnetic transient simulations”. IEEE Trans. on Power
Apparatus. and Systems., vol. PAS-101, no. 1, pp. 147-155, 1982.
elementos discretos descritos pela bibliografia básica de [8] S. Kurokawa, F. N. R. Yamanaka, A. J. Prado, L. F. Bovolato, J.
circuitos elétricos. Desta forma, o corrente modelo representa Pissolato, “Representação de linhas de transmissão por meio de
com razoável precisão os transitórios eletromagnéticos variáveis de estado levando em consideração o efeito da frequência
sobre os parâmetros longitudinais”. SBA. Sociedade Brasileira de
observados durante o efeito corona em uma linha, uma vez que Automática, vol. 18, pp. 337-346, 2007.
o fenômeno físico em questão é representado através de um [9] F. N. R. Yamanaka, S. Kurokawa, J. A. Prado, J. Pissolato, L. F.
circuito elétrico equivalente, como descrito. Levando em Bovolato, “Análise da distribuição longitudinal e temporal de ondas
eletromagnéticas em linhas de transmissão através do uso de variáveis
consideração as observações preliminares do modelo em de estado”, presented at 6th Latin-American Congress on Electricity,
questão e objetivo pré-estabelecido (apresentar um modelo de Gener. and Transm., Mar Del Plata, Argentina, 2005.
fácil implementação para as simulações computacionais [10] H. W. Dommel, “Electromagnetic Transients Program Reference
Manual”. Dept. of Electrical Engineering, University of British
envolvendo o efeito corona, com precisão aproximada aos
Columbia, Vancouver, Canada.
dados empíricos), consideram-se então satisfatórios os [11] H. H. Skilling, “Distortion of traveling waves by corona”. AIEE Trans.,
resultados obtidos, destacando a aproximada semelhança entre vol. 50, p. 850, 1937.
os dados simulados e experimentais. [12] J. Umoto, T. Hara, “Numerical analysis of surge propagation on single-
conductor systems considering corona losses”. Electr. Eng. Japan, vol.
Uma segunda analise é realizada com o intuito de elucidar 89 (5), pp 21-28, 1969.
disparidades no modelo apresentado considerando e [13] R. M. Nelms, G. B. Sheble, S. R. Newton, L. L. Grigsby, “Using a
desconsiderando o efeito da frequência sobre os parâmetros personal computer to teach power system transients”. IEEE Trans. on
Power Systems, vol. 4, no. 3, pp. 1293-1297, 1989.
10
[14] M. S. Mamis and A. Nacaroglu, “Transient voltage and current [17] A. Morched, B. Gustavsen, M. Tartibi. “A universal model for accurate
distributions on transmission line”. IEE. Proc. Gener. Transm. Distr., calculation of electromagnetic transients on overhead lines and
vol. 149, no. 6, pp 705-712, 2002. underground cables”. IEEE Trans. on Power Delivery, vol. 14, no. 3,
[15] M. S. Mamis and M. E. Meral, “State-space modeling and analysis of pp. 1032-1038, 1999.
fault arcs”. Electric Power Systems Research, vol. 76, no. 1, pp. 46-51, [18] B. Gustavsen and A. Semlyen, “Application of vector fitting to state
2005. equation representation of transformers for simulation of
[16] L. Marti, “Low-order approximation of transmission line parameters electromagnetic transients”. IEEE Trans. on Power Delivery, vol. 13,
for frequency-dependent models”. IEEE Trans. On Power Apparatus no. 3, pp. 834-842, 1998.
and Systems, vol. PAS-102, no. 11, pp 3582-3589, 1983. [19] B. Gustavsen and A. Semlyen, “Rational approximation of frequency
domain response by vector fitting”. IEEE Trans. on Power Delivery,
vol. 14, no. 3, pp. 1052-1061, 1999.