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FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS

DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO

MATÉRIA: ​Estado Moderno e Capitalismo

GRUPO 3: ​Aline Rocha, Ana Carolina Madeira, Carolina Junqueira, Luicky Nunes,
Maysa Carvalho, Mirlene De Souza, Pedro Fábio, Vitor Coimbra e Vitória Rosa.

Como a participação eleitoral dos partidos socialistas contribuiu para


modificar o perfil e as políticas do estado nos países em que isso ocorreu?

A participação eleitoral se deu como estratégia para os socialistas, por


meio de uma república democrática, chegarem ao poder sob uma forma legítima e
aceitável através da perspectiva burguesa. O intuito e a esperança dos
revolucionários era de que a construção de uma nova realidade através das
eleições seria possível em razão do contingente da classe trabalhadora, que era a
maioria da sociedade. Portanto, o sufrágio universal era enxergado pelos
social-democratas como uma alternativa capaz de se implantar - seja
imediatamente ou por um processo de desenvolvimento e aceitação ao longo do
tempo - a nacionalização dos meios de produção. A grande maioria dos
trabalhadores seria fundamental na vitória do partido socialista.

Diante da falta de desenvolvimento de um plano econômico, o partido


socialista se viu diante de um impasse. Visto que para introduzir o socialismo por
completo na sociedade geraria desemprego e outros déficits, a sua principal
orientação, que era a de implantar o socialismo, teve de ser modificada para se
sustentar no contexto político do Estado. A reorientação estratégica ocorreu porque
a implantação desse novo sistema demandaria um alto desgaste político, desgaste
este que esses “frágeis” partidos não conseguiriam sustentar dado os contextos nos
quais estavam inseridos.

Surge-se uma nova postura, voltada à concentração de esforços para uma


melhoria das condições de trabalho, decidindo-se então uma atuação a curto prazo
para atender seus eleitores. Para alcançar determinado objetivo, os partidos não
poderiam abrir mão do capitalismo, pois precisariam de um investimento privado
que pudesse sustentar suas atuações no cenário da representatividade eleitoral. A
opção tomada pelos partidos socialistas foi a de fazer pequenas reformas no
sistema capitalista então vigente, ao invés de implantar um novo sistema como
pretendido outrora.
O objetivo dos emergentes grupos políticos visavam uma melhoria da
qualidade de vida e direitos dos trabalhadores, bem como oferecer amplo acesso
aos serviços básicos e diminuir a grande desigualdade de renda que existia. Para
isso, houve a regulamentação da economia capitalista, onde se realocavam
recursos públicos no mercado de acordo com as demandas sociais através da
cooperação do capital para também aumento da produtividade. Assim, essa
corrente política socialista, apesar de não revolucionar o sistema, reformou-o
através de políticas sociais e econômicas, para que se conseguisse garantir o
melhor para seu eleitorado e ao mesmo tempo não se desgastasse a ponto de
perder posição e/ou influência na corrida eleitoral.

Em consequência da Grande Depressão, outra alternativa também foi


introduzida em resposta ao controle capitalista. A revolução Keynesiana ajudou os
sociais democratas, dando-lhes um objetivo e uma justificativa governamental.
Dessa maneira, nesses países, o Estado ganhou o poder sobre o mercado
capitalista saindo de sua sombra e intervindo quando era necessário, dando um
papel ativo ao estado. Assim, conseguiram aos poucos introduzir ideias socialistas e
equilibrar a balança e torná-la um pouco menos desigual para as classes operárias.
Alguns países seguiram com o plano de nacionalização de algumas companhias
privadas, entretanto, outras não. Houve de todo modo, a divisão do estado e do
mercado, este ficou responsável por algumas companhias como: energia, carvão,
ferro. E outras empresas - a maioria - eram de domínio do mercado capitalista,
apesar do estado intervir quando necessário. Por fim, o estado vende seus insumos
ao mercado capital, e este vende ao resto da sociedade e assim evita a competição
entre mercado e capital.

BIBLIOGRAFIA:

PRZEWORSKI, Adam. A social democracia como fenômeno histórico. Article in


Lua Nova Revista de Cultura e Política · October 1988.

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