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1 DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
1.1 FINALIDADE
Esta AIC aplica-se a todos aqueles que, no desempenho de suas funções, venham
a utilizar os procedimentos de Chegada Padrão por Instrumentos (STAR), Saídas Padrão por
Instrumentos (SID) e de Aproximação por Instrumentos (IAC), RNAV ou convencionais, da
TMA São Paulo, bem como as rotas que saem e/ou chegam a esta TMA.
1.3 CONCEITOS E ABREVIATURAS
2.1 Objetivando preparar a estrutura do espaço aéreo da maior terminal do país para absorver
com eficiência a crescente demanda de tráfego aéreo dos próximos anos, e considerando a
maturidade alcançada no processo de tomada de decisão colaborativa e a existência de
oportunidades de melhoria, o DECEA deu início a um projeto de modernização e de
reestruturação completa da TMA-SP, no intuito de otimizar o conceito de espaço aéreo de uma
das principais TMA da América Latina.
2.2 OBJETIVOS OPERACIONAIS DO PROJETO TMA-SP NEO:
a) Garantir capacidade ao menos 10% superior à demanda prevista no decorrer dos
próximos 10 anos a partir da implantação do projeto;
b) Diminuir a carga de trabalho dos controladores e pilotos;
c) Reduzir as esperas devido à capacidade do espaço aéreo;
d) Reduzir os atrasos relacionados à capacidade do espaço aéreo;
e) Criar procedimentos com perfis de chegadas e saídas com menor complexidade
possível;
f) Utilização das melhores práticas de gerenciamento de tráfego aéreos da comunidade
ATM internacional;
g) Reduzir cruzamentos com potencial para eventos de airprox; e
h) Manutenção dos elevados índices de segurança operacional.
2.3 PREMISSAS PARA A REESTRUTURAÇÃO DA CIRCULAÇÃO AÉREA DA TMA-SP:
a) A prioridade da construção da circulação foi dos aeroportos que possuem maior
movimento (Guarulhos, Congonhas, Campinas e São José dos Campos
respectivamente);
b) Desenvolvimento de uma circulação independente da rede de rotas;
c) Melhorar a distribuição das chegadas para SBGR entre os setores da TMA-SP;
d) Permitir saídas o mais desimpedidas possível; e
e) Corrigir os óbices encontrados na circulação atual verificados na análise da TMA-SP,
como suavizar os gradientes de subida e descida.
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3.1 Como a elaboração da nova circulação baseou-se no conceito in-out uma vez que a TMA-
SP é o principal hub do país, buscou-se, inicialmente, a definição das melhores trajetórias dentro
da TMA e, posteriormente, ajustando-se a rede de rotas no entorno para mantê-las as mais diretas
possíveis.
3.2 FIR-CW
3.2.1 Desta forma, foi necessária uma grande reformulação da FIR-CW para abarcar uma das
principais alterações da nova TMA-SP, qual seja o redirecionamento do fluxo de chegadas para
SBGR da posição ANISE para BUXUK (próximo à Sorocaba). Essa alteração, além de permitir
um melhor balanceamento dos fluxos de chegada para SBGR, ainda permite que as saídas para o
setor E e NE da TMA-SP sejam desimpedidas.
3.2.2 A nova estrutura de rotas da FIR-CW permitiu que a distância voadas entre os principais
pares de cidades se mantivesse igual ou inferior à praticada antes da implementação da
circulação da TMA-SP Neo. Nas tabelas 1, 2 e 3 podem ser verificadas as principais rotas de
entrada e saída da TMA-SP pela FIR-CW. Maiores detalhes sobre as rotas completas a serem
empregadas no planejamento do voo devem ser obtidos por meio das publicações aeronáuticas
oficiais.
3.2.3 As rotas da FIR-CW foram concebidas para atender ao novo fluxo da TMA-SP,
priorizando os pares de cidades com maior movimento, de modo que fosse proporcionado a esse
fluxo a rota mais direta possível. Para isso houve ainda a necessidade de atualização das
principais terminais do sul do Brasil, Porto Alegre, Curitiba e Florianópolis, as quais tiveram sua
estrutura readequada às novas rotas, e consequentemente a confecção de novas cartas SID e
STAR.
3.2.4 A FIR-CW será compreendida por 18 setores de controle, cujos limites laterais e verticais
podem ser encontrados na AIP-Brasil. Também foram criados 2 setores dinâmicos (S09F e S06F),
os quais permitirão a transferência de um determinado fluxo de um setor congestionado para
outro setor adjacente com capacidade disponível.
3.2.5 A maior alteração na FIR-CW envolveu a criação de um novo setor (S18) sobre a
Terminal Curitiba e a alteração do fluxo dos setores no entorno da Terminal São Paulo (S05, S09
e S10).
3.2.6 Além disso, houve uma redução da FIR-CW (S11 e S12) na região de interface com a
FIR-BS (porção noroeste da TMA-SP).
3.2.7 Os limites dos demais setores da FIR-CW, com modificações significativas, foram
planejados para atender aos fluxos de chegada e saída das Terminais de Porto Alegre,
Florianópolis e Curitiba.
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3.3 FIR-BS
3.3.1 A FIR-BS também teve que ser adaptada, em menor escala, para a nova estrutura da
TMA-SP. Os limites laterais da FIR BS em seus setores S03, S06 e S08 foram modificados para
possibilitar a inclusão de um novo setor S17, setor este que será responsável pelas aproximações
no setor noroeste da TMA São Paulo Neo.
3.3.2 O novo setor S17 será alimentado por uma malha definida pelo CGNA que visa
minimizar impactos à aviação (trajetórias mais longas de voo) assim como dividir a carga com o
setor S02 de Brasília onde aproximam-se os tráfegos do Nordeste e Europa. Ajustes foram feitos
de modo a prover maior fluidez na circulação aérea na região promovendo um tráfego aéreo mais
seguro e ordenado.
3.3.3 Após a modificação do limite lateral da FIR, foi observado a necessidade de realinhar a
AWY UZ82, para que mantivesse uma distância segura do novo limite da FIR. A AWY UZ82
realinhada, após a posição SINIP, passará pelos pontos LIVIN, OBGUV, ARUSA, PANAM,
UBRAM, TITVO e ANSOK, esta será a rota mais curta para as aeronaves procedentes de SBEG,
SBCY, SBPV, América do Norte, América Central além dos países das regiões norte e noroeste
da América do Sul.
3.3.4 Os procedimentos de chegada (STAR) para os aeródromos de SBKP
(Campinas/Viracopos) e SBSP (São Paulo/Congonhas) iniciar-se-ão no fixo UTLOT, desde que
estejam aproximando pelo setor noroeste da TMA São Paulo; ou no fixo ENTIT, desde que
estejam aproximando pelos setores norte e nordeste da TMA São Paulo.
3.3.5 O procedimento de chegada para o aeródromo de SBGR (São Paulo/Guarulhos –
Governador André Franco Montoro) iniciar-se-á no fixo ZARES, desde que estejam
aproximando pelo setor noroeste da TMA São Paulo; ou ainda por VUNOX se aproximarem
pelas regiões norte ou nordeste dessa TMA. Exceções poderão ser aplicadas em ambos os casos
pelo CGNA para calibração da malha aérea. Os procedimentos de saída não sofrerão
modificações na parte sob responsabilidade da FIR BS.
3.5 TMA-RJ
3.5.1 Devido à criação de novos setores na TMA-SP, foi necessário transferir o setor
responsável pela Ponte Aérea Rio-São Paulo (Tubulão) para o APP-RJ
3.5.2 Durante a etapa de desenho do espaço aéreo, foi avaliada a situação da AWY UZ10 e os
impactos gerados pela sua constante desativação em função da utilização das áreas de ensaio da
Embraer/IPEV. Desta forma, optou-se por realinhá-la para permitir o seu uso contínuo, além de
uma reorganização das demais AWY do Tubulão para diminuir o número de cruzamentos na
TMA-SP.
3.5.3 Sendo assim, o Setor Tubulão ficou com a seguinte configuração:
a) Limite coincidente com as áreas de ensaio SBR 431 e SBR 434;
b) AWY UZ10 realinhada e destinada aos tráfegos com destino a SBGR e SBKP;
c) AWY UZ42 realinhada e destinada aos tráfegos com destino a SBGL e
cruzamentos da TMA-RJ;
d) Criada a AWY UZ171 onde estava a UZ44 e com sentido inverso, destinada
aos tráfegos com destino a SBRJ; e
e) UZ45 mantida para os tráfegos com destino a SBSP e cruzamentos da TMA-SP.
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Figura 5 – Modificações do Setor “Tubulão”
3.5.4 Para atender a nova configuração de aerovias do Tubulão, todas as STAR e SID da TMA-
RJ que se conectam com elas foram adaptadas conforme abaixo:
a) Todas as SID que levam até a posição SIDUR foram mantidas, porém a UZ10
realinhada seguirá para a posição ESORU;
b) As STAR para SBGL terão início na posição VUREP (UZ42);
c) As STAR para SBRJ terão início na posição KEVUN (UZ171); e
d) Foi eliminada a transição UMBAD das SID e mantida somente a transição
NAXOP para a UZ45.
4.1 SETORIZAÇÃO
4.1.1 Os limites da TMA-SP foram planejados para atender aos fluxos de chegada e saída com
maior demanda e permitindo uma melhor distribuição dos tráfegos.
4.1.2 A nova configuração da TMA-SP 1 foi estabelecida conforme Tabela 4 abaixo:
Limites da TMA-SP 1
LIMITE VERTICAL LIMITE HORIZONTAL
LATITUDE LONGITUDE
23 52 59.07 S 045 22 50.97 W
24 04 32.38 S 046 04 18.19 W
24 18 27.07 S 046 10 01.60 W
24 24 24.54 S 046 41 30.07 W
24 19 43.52 S 046 47 46.17 W
23 40 20.20 S 047 40 01.19 W
23 37 19.39 S 047 43 59.03 W
23 15 27.48 S 047 48 06.03 W
22 56 23.40 S 047 41 15.76 W
22 41 41.74 S 047 33 36.68 W
5500FT – FL245
22 38 47.89 S 047 26 26.82 W
22 27 41.06 S 046 59 07.05 W
22 33 28.43 S 046 07 22.49 W
22 49 12.99 S 045 59 57.28 W
22 58 29.96 S 045 55 33.93 W
23 03 08.26 S 045 40 01.59 W
23 02 25.51 S 045 36 48.96 W
23 14 57.63 S 045 33 22.15 W
23 18 38.06 S 045 32 21.42 W
23 42 44.51 S 045 25 41.57 W
Tabela 4 – Novos limites da TMA-SP 1.
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4.1.3 A TMA-SP 2, que tem como limites verticais 3600FT a 5500FT manteve seus limites
inalterados.
4.1.4 Os Setores da TMA-SP foram configurados de forma permitir setores dedicados a
determinados fluxos. Os novos limites e funções estão descritos na Tabela 5.
Setores da TMA-SP
SETOR LIMITES FUNÇÃO
T1 Laterais: CONFORME ARC RJ/SP Dedicado às chegadas da FIR-CW e Tubulão
Verticais: 5500FT ao FL245 para SBSP.
T2 Laterais: CONFORME ARC RJ/SP Dedicado às saídas para a FIR-CW (S05, S09
Verticais: 5500FT ao FL245 e S10) e FIR-BS (S03).
T3 Laterais: CONFORME ARC RJ/SP Setor responsável pelas chegadas e saídas de
Verticais: 5500FT ao FL135 SBKP pelo setor Oeste.
T12 Laterais: CONFORME ARC RJ/SP Setor responsável pela prestação do ATS na
Verticais: GND ao FL105 CTR-SJ.
T13 Laterais: CONFORME ARC RJ/SP Dedicado a receber e sequenciar os tráfegos
Verticais: FL135 ao FL245 provenientes da FIR-CW (S10) e FIR-BS
(S03) com destino a SBGR.
T14 Laterais: CONFORME ARC RJ/SP Setor responsável pela prestação do ATS aos
Verticais: CONFORME REA tráfegos em VFR nas REA controladas.
Tabela 5 – Descritivo dos setores da TMA-SP.
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SAÍDAS
CHEGADAS
SAÍDAS
CHEGADAS
SAÍDAS
CHEGADAS
SAÍDAS
CHEGADAS
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Figura 9 – Circulação de SBSP, RWY 35
4.2.3 SBKP
4.2.3.1 Os procedimentos de chegada para SBKP tiveram os gradientes de descida reduzidos e as
altitudes nos IAF rebaixadas com o objetivo de permitir um melhor gerenciamento e evitando
aproximações não estabilizadas.
4.2.3.2 Os procedimentos de saída tiveram as restrições de nível elevadas em relação à circulação
atual, permitindo subidas mais diretas. Também foram estabelecidas saídas para aeronaves de
baixa performance para os setores onde há maior demanda sempre que praticável.
4.2.3.3 Circulação de SBKP RWY 15
SAÍDAS
CHEGADAS
SAÍDAS
CHEGADAS
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Figura 11 – Circulação de SBKP, RWY 33
4.2.4 SBSJ
4.2.4.1 Os procedimentos de chegada e saída de SBSJ tiveram poucas alterações, sendo
necessário apenas a compatibilização com a nova circulação da TMA-SP. Foi elaborado, também,
um procedimento de aproximação do tipo RNP (AR) para a RWY 16.
5 PROCEDIMENTOS ESPECÍFICOS
5.3.3 As FAVA são estabelecidas para cada cabeceira e somente poderão ser utilizadas para os
procedimentos IFR com rumo de aproximação final divergente no máximo 3° com o rumo da
pista.
5.3.4 A descida para a altitude mínima da FAVA somente poderá ocorrer se a aeronave estiver
estabilizada no curso da aproximação final ou em uma proa de interceptação de 40° ou menos.
Caso a proa de interceptação seja maior que 40°, a descida somente poderá ocorrer para a
altitude mínima prevista na ATCSMAC.
5.3.5 Os critérios para elaboração das FAVA são os constantes na CIRCEA 100-54 -
Padronização da Elaboração de Procedimentos de Navegação Aérea. Já os critérios de publicação
são os constantes no MACAR - Manual de Cartas IFR.
5.3.6 Neste contexto, foram estabelecidas FAVA para os principais aeroportos da TMA-SP. As
principais vantagens operacionais buscadas com a implementação deste novo conceito, são:
a) redução das altitudes mínimas de vetoração, próximas aos segmentos de
aproximação final;
b) redução nas distâncias percorridas na vetoração;
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c) diminuição das descidas desestabilizadas; e
d) otimização no fluxo dos setores finais da Terminal.
6 ENTRADA EM VIGOR
6.1 A reestruturação da circulação aérea da TMA-SP, bem como as demais alterações decor-
rentes do Projeto TMA-SP Neo entrarão em vigor no dia 20 MAIO 2021, às 00:00 UTC.
7 DISPOSIÇÕES FINAIS