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CENTRO UNIVERSITÁRIO FACULDADE METROPOLITANA DE MANAUS

Acidentes Aéreos

Manaus-AM
2023
CENTRO UNIVERSITÁRIO FACULDADE METROPOLITANA DE MANAUS

CHRISTIAN FAGNER NASCIMENTO DAMASCENO JUNIOR

VALCILAN NERI DA SILVA

Trabalho apresentado ao curso de Engenharia Civil

como requisito para nota parcial da disciplina de

Aeroportos ministrada pelo Prof. Esp. Francis França

Manaus-AM

2023
1 INTRODUÇÃO

Os acidentes aéreos são eventos trágicos que capturam a atenção do mundo


inteiro. Quando ocorrem, suas consequências podem ser devastadoras, resultando
em perdas de vidas humanas, danos materiais significativos e um impacto
duradouro na indústria da aviação. Com o constante crescimento do setor aéreo e o
aumento do número de voos comerciais, a segurança aérea se tornou uma
prioridade crucial para governos, companhias aéreas, organizações regulatórias e,
principalmente, para os passageiros que confiam na segurança de voar de um lugar
para outro.
Diversas organizações internacionais, como a Organização da Aviação Civil
Internacional (OACI) e a Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos
(FAA), coletam e analisam dados estatísticos para monitorar a segurança da aviação
globalmente. Esses dados incluem o número de acidentes, incidentes, fatalidades e
taxas de acidentes em relação ao tempo de voo.
Ao longo deste trabalho, serão examinadas com maior profundidade as
causas, os fatores contribuintes e as consequências dos acidentes aéreos, utilizando
essas estatísticas como base para análises subsequentes. Essa abordagem nos
auxiliará a obter uma compreensão mais aprofundada dos riscos associados à
aviação e a identificar áreas passíveis de aprimoramento, visando proporcionar voos
mais seguros e reduzir ainda mais a incidência de acidentes aéreos em todo o
mundo.

2. DESENVOLVIMENTO

Os acidentes aéreos são ocorrências desafortunadas que ocorrem durante os


voos das aeronaves. Tais eventos podem resultar em danos significativos, lesões ou
perdas de vidas humanas. Esses acidentes são categorizados em dois tipos
principais: aqueles que envolvem voos comerciais, destinados ao transporte de
passageiros e carga, e aqueles que afetam a aviação geral, incluindo aeronaves
privadas, de pequeno porte e aulas de voo.
Acidente aéreo que culminou na morte de Marília Mendonça e outras quatro
pessoas, Minas Gerais, 2021.(Fonte: https://www.sbtnews.com.br/noticia/brasil/)
Dados estatísticos globais sobre acidentes aéreos mostram que, embora a
aviação seja considerada um meio de transporte seguro, incidentes ainda ocorrem
com certa regularidade. Contudo, é válido ressaltar que a taxa de acidentes aéreos
tem diminuído ao longo dos anos devido a melhorias tecnológicas, avanços nos
padrões de segurança e regulamentações mais rigorosas.
Acidente de avião no aeroporto de Orly, em Paris – 1973
(Fonte:https://www.bbc.com/portuguese)
De acordo com o Sumário Estatístisco do Centro de Investigação e
Prevenção de Acidentes Aeronáuticos – Comando da Aeronáutica, nos ultimos 10
anos (2010-2019) foram registrados 1.210 acidentes e 559 incidentes graves quanto
ao tipo de aeronave avião no contexto da aviação civil brasileira.

Fontes:
Centro de
Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos, 2020

2.1 Fatores humanos


Os fatores humanos desempenham um papel crucial nos acidentes aéreos,
sendo responsáveis por uma parcela significativa das ocorrências. Entre esses
fatores, os erros cometidos pelos pilotos desempenham um papel proeminente. Os
pilotos são a peça-chave na operação de uma aeronave e, muitas vezes, são
confrontados com situações complexas e desafiadoras durante o voo. No entanto,
falhas na tomada de decisão, erros de julgamento, falta de comunicação eficaz e
falhas na coordenação entre a tripulação podem levar a consequências
catastróficas.
As estatísticas mostram que os fatores humanos são responsáveis por uma
grande proporção dos acidentes aéreos. De acordo com o Relatório Anual de
Segurança da Aviação Civil de 2020 da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC)
do Brasil, cerca de 67% dos acidentes aéreos ocorridos no país entre 2010 e 2019
tiveram como causa ou contribuição fatores humanos, como erro de pilotos, falta de
treinamento adequado ou problemas de comunicação na tripulação.
Em nível global, a Organização Internacional de Aviação Civil (ICAO) também
aponta os fatores humanos como uma das principais causas de acidentes aéreos,
sendo responsáveis por cerca de 75% das ocorrências. A ICAO destaca que a
maioria desses acidentes envolve falhas na tomada de decisão, coordenação
inadequada da tripulação e falta de comunicação eficaz.
Além disso, um estudo realizado pela Administração Federal de Aviação dos
Estados Unidos (FAA) identificou que a maioria dos acidentes aéreos decorrentes de
fatores humanos ocorre durante a fase de aproximação e pouso da aeronave. Os
erros de julgamento e a falta de atenção dos pilotos durante essas fases críticas do
voo podem levar a acidentes com consequências graves.
A qualidade do treinamento e a seleção adequada da tripulação também são
fatores fundamentais na prevenção de acidentes aéreos relacionados aos aspectos
humanos. É essencial que os pilotos passem por um treinamento rigoroso,
abrangendo procedimentos operacionais padrão, gerenciamento de recursos da
tripulação, tomada de decisão em situações de emergência e práticas de
comunicação eficazes. Além disso, a seleção criteriosa da tripulação, levando em
consideração habilidades técnicas, aptidão psicológica e capacidade de trabalhar
em equipe, contribui para a redução de erros e melhora a segurança das operações
aéreas.
A conscientização sobre os fatores humanos em acidentes aéreos levou a
indústria da aviação a adotar medidas para mitigar esses riscos. Programas de
treinamento contínuo, simuladores de voo avançados e a implementação de
abordagens de gerenciamento de recursos da tripulação têm desempenhado um
papel fundamental na redução de erros humanos. Além disso, o aprimoramento dos
processos de seleção e avaliação de pilotos contribui para a formação de equipes
altamente qualificadas e coesas, capazes de lidar efetivamente com os desafios
encontrados durante o voo.
2.2 Fatores técnicos
Fatores técnicos desempenham um papel significativo nos acidentes aéreos,
contribuindo para uma parcela substancial das ocorrências. Problemas mecânicos,
falhas de equipamentos e manutenção inadequada são alguns dos principais fatores
técnicos que podem levar a acidentes graves.
Segundo estatísticas compiladas pela National Transportation Safety Board
(NTSB) dos Estados Unidos, falhas mecânicas e problemas com os sistemas de
aeronaves foram identificados como fatores contribuintes em aproximadamente 20%
dos acidentes aéreos ocorridos no país. Essas falhas variam desde defeitos de
fabricação até mau funcionamento de componentes críticos durante o voo.
Um estudo conduzido pela Boeing em parceria com a Aviation Safety Network
analisou os acidentes aéreos comerciais ocorridos entre 2008 e 2017 e descobriu
que cerca de 22% desses acidentes foram atribuídos a falhas técnicas ou problemas
de manutenção. Isso incluiu falhas de sistemas, defeitos estruturais, problemas
elétricos e falhas de controle de voo.
A Organização Internacional de Aviação Civil (ICAO) também destaca a
importância dos fatores técnicos nos acidentes aéreos. De acordo com a ICAO,
cerca de 23% dos acidentes aéreos são atribuídos a problemas técnicos, como
falhas de motor, falhas hidráulicas, problemas de controle de voo e sistemas de
navegação inoperantes.
Essas estatísticas ressaltam a necessidade de uma manutenção adequada
das aeronaves, bem como da implementação de protocolos rigorosos de controle de
qualidade e inspeções regulares. Além disso, a constante atualização dos sistemas
e equipamentos das aeronaves é essencial para garantir sua confiabilidade e
desempenho seguro durante o voo.
2.3. Fatores Ambientais
Fatores ambientais, especialmente as condições climáticas adversas,
desempenham um papel significativo nos acidentes aéreos, apresentando um
desafio constante para a segurança de voo. As condições meteorológicas podem
afetar a visibilidade, a estabilidade da aeronave e a capacidade dos pilotos de
realizar as operações de voo com segurança.
De acordo com estatísticas da National Transportation Safety Board (NTSB)
dos Estados Unidos, as condições climáticas adversas são um fator contribuinte em
cerca de 10% dos acidentes aéreos ocorridos no país. Essas condições podem
incluir tempestades, nevoeiros densos, ventos fortes, gelo nas asas e baixa
visibilidade, entre outros desafios meteorológicos.
Um estudo realizado pela Federal Aviation Administration (FAA) dos Estados
Unidos mostrou que aproximadamente 13% dos acidentes aéreos fatais foram
diretamente atribuídos a condições meteorológicas adversas. Esses acidentes foram
causados por perda de controle da aeronave durante o mau tempo, desorientação
espacial dos pilotos e colisões com obstáculos devido à visibilidade reduzida.
Em termos globais, a Organização Internacional de Aviação Civil (ICAO)
também destaca os fatores ambientais como uma causa significativa de acidentes
aéreos. A ICAO estima que as condições meteorológicas adversas contribuam para
aproximadamente 15% dos acidentes aéreos em todo o mundo.
Essas estatísticas reforçam a importância da preparação e da consciência
dos pilotos em relação às condições meteorológicas durante o voo. A obtenção de
informações atualizadas sobre o clima, o planejamento cuidadoso de rotas
alternativas e a comunicação eficaz com os controladores de tráfego aéreo são
aspectos cruciais para minimizar os riscos associados às condições ambientais
adversas.
Além disso, a implementação de tecnologias avançadas, como radares
meteorológicos e sistemas de previsão do tempo, auxilia na detecção e no
monitoramento de condições climáticas adversas, permitindo aos pilotos tomar
decisões informadas e garantir a segurança dos voos.

2.4 Investigação aos acidentes aéreos

A investigação de acidentes aéreos é um processo complexo e minucioso que busca


identificar as causas de um incidente envolvendo uma aeronave. O objetivo é
fornecer informações para a prevenção de futuros acidentes e aprimoramento da
segurança na aviação. A investigação é realizada por uma equipe de especialistas
em diversas áreas, como engenharia, meteorologia, operações aéreas, controle de
tráfego aéreo, entre outras. Eles coletam e analisam dados de diversas fontes, como
gravações de voz e dados de voo, registros de manutenção da aeronave, dados
meteorológicos, entre outros.

O processo de investigação inclui a identificação de fatores contribuintes,


como erros humanos, problemas técnicos, condições meteorológicas adversas,
entre outros. É importante também considerar os aspectos organizacionais e
regulatórios que possam ter contribuído para o acidente. Ao final da investigação, é
produzido um relatório detalhado com as conclusões e recomendações para
prevenção de futuros acidentes.

As recomendações podem envolver mudanças em procedimentos


operacionais, treinamento de tripulações, modificações em equipamentos, entre
outros aspectos relacionados à segurança aérea. Durante uma investigação de
acidente, a equipe de investigação examina todos os aspectos relevantes do
incidente, incluindo registros de voo, comunicações da tripulação, dados do gravador
de voz da cabine e dados do gravador de dados de voo. Eles também entrevistam
testemunhas, analisam os destroços e examinam os procedimentos de manutenção
e treinamento da tripulação.

Depois de coletar todas as informações relevantes, a equipe de investigação


apresenta um relatório final, que inclui uma descrição detalhada do acidente, as
causas prováveis e as recomendações para prevenir futuros incidentes. Esses
relatórios são usados pelas autoridades regulatórias e pelas companhias aéreas
para melhorar a segurança da aviação e prevenir acidentes semelhantes no futuro.

Acidente Aeréo: Chapecoense

O acidente aéreo envolvendo a equipe de futebol da Chapecoense ocorreu


em 28 de novembro de 2016, na Colômbia. A aeronave que transportava a equipe
caiu nas montanhas próximo a cidade de Medellín, resultando na morte de 71 das
77 pessoas a bordo.

Uma investigação foi conduzida pelo governo colombiano, com assistência


técnica de autoridades aeronáuticas da Bolívia, do Brasil e dos Estados Unidos. A
investigação concluiu que a causa do acidente foi a falta de combustível da
aeronave, decorrente de uma série de falhas que incluíram planejamento
inadequado de voo, má gestão de combustível e falta de supervisão adequada por
parte da empresa aérea LaMia.

Além disso, foram identificadas falhas regulatórias e de supervisão por parte


das autoridades de aviação civil da Bolívia, que permitiram que a empresa operasse
voos internacionais sem cumprir requisitos de segurança e sem capacidade
financeira adequada para operar. O relatório final da investigação foi divulgado em
dezembro de 2017 e apresentou uma série de recomendações para melhorias na
segurança da aviação civil na América Latina. Desde então, várias medidas foram
implementadas pelas autoridades para reforçar a segurança na região.

Órgãos Responsáveis A prevenção de acidentes aéreos é uma


responsabilidade compartilhada por diversos órgãos e entidades. Alguns dos
principais são:

Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC): responsável por regular e


fiscalizar o setor de aviação civil no Brasil, incluindo a certificação de empresas e
profissionais, além de garantir a segurança operacional das atividades aéreas.
Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA):
órgão da Força Aérea Brasileira (FAB) responsável por investigar as causas de
acidentes e incidentes aeronáuticos no país, com o objetivo de prevenir que novos
eventos ocorram.

Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA): órgão do Comando da


Aeronáutica que controla o espaço aéreo brasileiro, garantindo a segurança dos
voos e prevenindo colisões entre aeronaves. Empresa Brasileira de Infraestrutura
Aeroportuária (INFRAERO): responsável pela administração e operação da maioria
dos aeroportos brasileiros, incluindo a manutenção das pistas, terminais e demais
infraestruturas necessárias para o funcionamento seguro dos voos.

Ministério da Infraestrutura: responsável por formular políticas e diretrizes


para o setor de transporte, incluindo o transporte aéreo, e por garantir a
coordenação e integração dos órgãos envolvidos.

Ministério da Defesa: responsável por garantir a defesa do espaço aéreo


brasileiro e pela gestão das Forças Armadas, incluindo a FAB, que atua na
prevenção de acidentes aeronáuticos. Além desses órgãos, existem outros que
também atuam na prevenção de acidentes aéreos, como empresas aéreas,
fabricantes de aeronaves, sindicatos de profissionais da aviação, entre outros.
2.5. Prevenção de acidentes Aéreos

Regulamentações

A prevenção de acidentes aéreos é uma das principais preocupações da indústria


da aviação e das autoridades regulatórias em todo o mundo. As regulamentações
para prevenção de acidentes aéreos incluem diversas medidas de segurança que
visam garantir a integridade das aeronaves, a competência dos pilotos e tripulantes,
bem como a segurança das operações de voo. Algumas das principais
regulamentações para prevenção de acidentes aéreos incluem:

Regulamentação de aeronaves: As aeronaves devem ser projetadas e


construídas de acordo com padrões de segurança estabelecidos pelas autoridades
regulatórias. Além disso, a manutenção e inspeção de aeronaves deve ser realizada
de acordo com regulamentações rigorosas.

Regulamentação de pilotos e tripulantes: Os pilotos e tripulantes devem


passar por treinamento e certificação rigorosos para garantir que estejam aptos a
operar aeronaves com segurança. As regulamentações também estabelecem limites
de tempo de voo e descanso para evitar a fadiga dos tripulantes.
Regulamentação de operações de voo: As operações de voo devem seguir
padrões de segurança estabelecidos pelas autoridades regulatórias. Isso inclui
requisitos de comunicação e navegação, procedimentos de emergência e regras de
tráfego aéreo.

Regulamentação de segurança de aeroportos: Os aeroportos devem seguir


normas de segurança rigorosas para garantir a integridade das operações de voo.
Isso inclui medidas de segurança para aeronaves em solo, controle de acesso a
áreas restritas e procedimentos de evacuação em caso de emergência.
Investigação de acidentes aéreos: As autoridades regulatórias são
responsáveis por investigar acidentes aéreos para determinar as causas e identificar
áreas em que as regulamentações de segurança podem ser melhoradas.

Em geral, as regulamentações para prevenção de acidentes aéreos são


essenciais para garantir a segurança das operações de voo. Essas regulamentações
são constantemente atualizadas e revisadas para garantir que continuem a atender
aos padrões de segurança mais recentes e relevantes. Protocolo de segurança A
prevenção de acidentes aéreos é uma questão crítica na aviação. Para garantir a
segurança dos passageiros e tripulação, bem como proteger a integridade das
aeronaves, são adotados protocolos de segurança e sistemas de gerenciamento de
segurança. Os protocolos de segurança envolvem várias etapas, incluindo inspeção
das aeronaves antes e depois do voo, treinamento de pilotos e tripulação, além de
procedimentos de emergência. Também são realizados controles de segurança em
aeroportos, como verificação de bagagens e inspeção de passageiros.

O Sistema de Gerenciamento de Segurança (SGS) é uma abordagem


integrada para gerenciar a segurança operacional em organizações de aviação. O
objetivo do SGS é identificar riscos de segurança, avaliar sua probabilidade e
impacto, e implementar medidas para prevenir acidentes aéreos. O SGS inclui várias
etapas, desde a identificação de perigos até a análise de risco e implementação de
medidas de controle. Além disso, a comunicação e a colaboração são fundamentais
para garantir a segurança aérea. As autoridades de aviação, companhias aéreas,
aeroportos e outras organizações devem trabalhar juntas para garantir a segurança
dos voos.

A cooperação internacional também é importante para manter a segurança


em voos internacionais. Em resumo, a prevenção de acidentes aéreos envolve a
adoção de protocolos de segurança, sistemas de gerenciamento de segurança e
colaboração entre organizações para garantir a segurança operacional e proteger a
vida dos passageiros e tripulação

2.6. Tecnologias avançadas e sua influência na prevenção de acidentes aéreos

A tecnologia avançada tem desempenhado um papel cada vez mais


importante na prevenção de acidentes aéreos. Existem diversas tecnologias que
contribuem para isso, tais como sistemas de alerta e detecção automáticos,
automação e controle de tráfego aéreo. Os sistemas de alerta e detecção
automáticos são projetados para detectar possíveis problemas e alertar os pilotos e
controladores de tráfego aéreo.Por exemplo, um sistema de alerta de colisão usa
radares para detectar a aproximação de outras aeronaves e avisa os pilotos para
tomarem medidas evasivas. A automação e controle de tráfego aéreo também é
uma tecnologia importante na prevenção de acidentes. Os controladores de tráfego
aéreo podem monitorar e controlar várias aeronaves simultaneamente com o uso de
sistemas automatizados, o que reduz as chances de erros humanos. Além disso, os
sistemas de controle de tráfego aéreo também podem ajudar a reduzir o
congestionamento e os atrasos em aeroportos movimentados. Em resumo, a
tecnologia avançada tem sido fundamental para a segurança na aviação, ajudando a
prevenir acidentes aéreos e tornando o transporte aéreo mais seguro e eficiente. A
tecnologia avançada tem tido um grande impacto na prevenção de acidentes aéreos,
com sistemas de alerta e detecção automática e controle de tráfego aéreo sendo
alguns dos principais avanços.
Sistema de Alerta de Proximidade do Solo (GPWS): Este sistema de alerta
automático é projetado para avisar os pilotos quando o avião está em risco de colidir
com o solo. Ele usa informações do radar altímetro e do GPS para detectar a
proximidade do solo e emitir alertas sonoros e visuais para o piloto.
Sistema de Detecção de Colisão (TCAS): O TCAS é um sistema de alerta de
tráfego aéreo que usa informações de radar para detectar outros aviões nas
proximidades. Ele emite alertas aos pilotos para evitar colisões em potencial,
incluindo instruções claras para manobras evasivas.
Sistema de Controle de Tráfego Aéreo Automatizado (ATC): O ATC
automatizado é um sistema de controle de tráfego aéreo que usa tecnologia de
inteligência artificial para gerenciar o tráfego aéreo com mais eficiência e segurança.
Ele pode monitorar as posições dos aviões em tempo real e fornecer informações
atualizadas sobre as condições meteorológicas e do tráfego.

Sistemas de Aviso de Cabine: Esses sistemas usam sensores para detectar


problemas em potencial na cabine do avião, como incêndios, fumaça ou
pressurização insuficiente. Eles emitem alertas sonoros e visuais para os pilotos e a
equipe da cabine para que possam tomar medidas imediatas para corrigir o
problema. Em resumo, a tecnologia avançada tem sido fundamental na prevenção
de acidentes aéreos, com sistemas de alerta e detecção automática e controle de
tráfego aéreo sendo alguns dos principais avanços. Esses sistemas podem ajudar a
garantir que os aviões permaneçam seguros e evitem colisões em potencial,
tornando a aviação mais segura e confiável para todos.

2.7 Impactos de acidentes aéreos na indústria da aviação: consequências


econômicas, regulatórias e de confiança ao público.

Acidentes aéreos têm um impacto significativo na indústria da aviação, tanto em


termos econômicos quanto na confiança do público.
Prejuízos financeiros: Um acidente aéreo pode causar perdas financeiras
significativas para as companhias aéreas envolvidas, bem como para as
seguradoras e outras empresas da cadeia de suprimentos da aviação. Além dos
custos imediatos do acidente, como indenizações às vítimas e seus familiares, há
também custos adicionais, como a perda de receita devido a uma queda na
demanda por voos e o custo de substituir aeronaves danificadas ou destruídas.

Queda na confiança do público: Acidentes aéreos podem abalar a confiança


do público na segurança da aviação comercial. Isso pode levar a uma queda na
demanda por voos e uma redução no número de passageiros. As companhias
aéreas muitas vezes lutam para recuperar a confiança do público após um acidente
aéreo, mesmo que o acidente tenha sido causado por fatores externos ou
imprevisíveis.

Aumento da regulamentação: Acidentes aéreos podem levar a um aumento


na regulamentação da indústria da aviação. Isso pode incluir medidas de segurança
mais rigorosas, como inspeções mais frequentes de aeronaves, treinamento mais
rigoroso para pilotos e tripulação, e requisitos mais rigorosos para o design e
construção de aeronaves.

Impacto na imagem da indústria: Acidentes aéreos podem afetar a imagem da


indústria da aviação como um todo, e não apenas a imagem de uma companhia
aérea específica. Isso pode levar a uma percepção negativa geral sobre a
segurança da aviação comercial, mesmo que os acidentes sejam raros e isolados.
Consequências emocionais: Acidentes aéreos também podem ter
consequências emocionais significativas para as vítimas e seus familiares, bem
como para a tripulação, funcionários da companhia aérea e outros envolvidos. O
impacto emocional pode durar anos ou décadas após o acidente e pode levar a
traumas psicológicos duradouros. Em geral, acidentes aéreos têm um impacto
significativo na indústria da aviação, tanto em termos econômicos quanto na
confiança do público. A resposta adequada à ocorrência de acidentes inclui a
investigação detalhada das causas, a implementação de medidas preventivas e de
segurança mais rigorosas, a prestação de assistência às vítimas e seus familiares, e
a comunicação transparente com o público em geral

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao longo deste trabalho, exploramos diversos aspectos relacionados aos


acidentes aéreos e sua influência na indústria da aviação. Iniciamos com uma
introdução abordando a definição, classificação e estatísticas globais sobre esses
eventos trágicos. Em seguida, analisamos os fatores humanos, destacando os erros
de pilotos, treinamento e seleção de tripulação como elementos críticos para a
segurança aérea.
Os fatores técnicos também foram abordados, evidenciando problemas
mecânicos, falhas de equipamentos e manutenção inadequada como elementos que
podem contribuir para acidentes aéreos. Além disso, discutimos os fatores
ambientais, com foco nas condições climáticas adversas e seu impacto na
segurança de voo.
A investigação de acidentes aéreos foi explorada, contemplando os métodos
utilizados, os órgãos responsáveis e as principais contribuições para a segurança
aérea. Destacamos a importância das tecnologias avançadas na prevenção de
acidentes aéreos, mencionando sistemas de alerta e detecção, automação e
controle de tráfego aéreo como avanços significativos nesse campo.
Exploramos ainda o impacto dos acidentes aéreos na indústria da aviação.
Essas tragédias podem ter um efeito significativo no setor, levando a mudanças nas
políticas, regulamentações mais rigorosas e a necessidade de reconstruir a
confiança dos passageiros.
Por fim, discutimos as perspectivas futuras para a segurança aérea,
considerando avanços tecnológicos, mudanças regulatórias e abordagens
inovadoras que visam reduzir a ocorrência de acidentes aéreos. Essas perspectivas
são fundamentais para promover uma aviação mais segura e confiável, priorizando a
integridade e a proteção dos passageiros.
Em síntese, a compreensão dos diversos aspectos relacionados aos
acidentes aéreos é crucial para garantir a segurança na aviação. Através da
investigação minuciosa, prevenção efetiva, implementação de tecnologias
avançadas e adoção de melhores práticas, é possível avançar rumo a um futuro em
que a segurança aérea seja cada vez mais aprimorada.
4 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

1. BRASIL.ANAC. Agência Nacional de Aviação Civil. Guia para elaboração de


Manual de Gerenciamento da Segurança Operacional (MGSO) Aeródromos
Classe I e II. Brasília, setembro 2014. Versão on line disponível em:
http://www.anac.gov.br/assuntos/paginastematicas/gerenciamento-da-
seguranca-operacional/arquivos/guia_mgso_v-01.pdf. Acesso em 10 de maio
de 2023.
2. MINISTÉRIO DA DEFESA. Departamento de Controle do espaço aéreo.
Força Aérea brasileira. Versão on line. Disponível em:
https://www.decea.gov.br/. Acesso em dia 10 de maio de 2023.
3. INFRAERO. Aspectos Ambientais em Aeroportos (Ano 2017/2018)
Organizado pela Superintendência de Meio Ambiente, DFMA Brasília:
INFRAERO, 2018.
4. FAJER, M; ALMEIDA, I. M; FISCHER, F. M. Fatores contribuintes aos
acidentes aeronáuticos. Revista Saúde Pública, comunicação breve,
ago/2010. Disponível em: . acesso em 10 de maio de 2023.
5. CHANG, Y. C. Influência das regras de propriedade de companhias aéreas
nas políticas de aviação e estratégias das operadoras. Doutorado (Tese em
Segurança da Aviação), Universidade do Estado de São Paulo, São Paulo,
2013
6. AKHURST, D.; VIVIAN, M. Systems management for security and the virtual
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conjunto com o International Air Transport Association 50 "'Seminário Anual
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