Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
O primeiro aeronauta português foi Abreu de Oliveira onde no dia 17 de Maio de 1884
elevou-se num balão a gás na tapada da Ajuda acabando por cair no rio Tejo perto do Cais do
Sodré. Apesar de ter sido um voo curto e mal acabado confere a Abreu de Oliveira ter sido o
primeiro português a realizar uma ascensão em aeróstato.
Cipriano Pereira Jardim foi o inventor do balão dirigível, tendo assim construído um dirigível
com fins militares (a hidrogénio com propulsão de um motor eléctrico), no final do século XIX.
Óscar Blank recebeu a licença de piloto aviador no dia 12 de Julho de 1909, tendo sido o
primeiro piloto civil português e um dos primeiros em todo o mundo.
Em 14 de Maio de 1914 foi publicada a lei que instituía a primeira escola de aviação militar a
instalar em Vila Nova da Rainha, tendo sido inaugurada a 1 de Agosto de 1916. Do primeiro
curso efectuado nesta escola saíram pilotos como Sarmento de Beires ou Pinheiro Correia, que
irão protagonizar nos anos seguintes alguns dos feitos mais heróicos da história da Aviação.
Na primeira guerra mundial, Portugal enviou alguns pilotos para a França e para as Colónias.
O piloto Óscar Monteiro Torres é integrado na famosa “esquadrilha das cegonhas”, onde
acabou por falecer no dia 9 de Novembro de 1917, tendo sido o primeiro piloto português
abatido num episódio de luta aérea.
O alferes aviador Jorge de Sousa Gorgulho foi destacado para ir para Moçambique na altura
da primeira guerra mundial tendo sido a 7 de Setembro de 1917 o primeiro piloto português a
voar em África onde no dia seguinte acaba por morrer, sendo o primeiro piloto português a ter
um acidente de avião.
Durante 1919, instala-se na Amadora, nos terrenos da actual Academia Militar, o Grupo de
Esquadrilhas de Aviação da República (GEAR), sede de pioneirismo e desenvolvimento
tecnológico aeronáutico e de onde partiram algumas das mais importantes viagens da Aviação
Militar em Portugal. O GEAR é a primeira unidade operacional de aviação militar em Portugal,
integrando esquadrilhas de combate (caças), de bombardeamento e de observação.
Em 1920, Sarmento de Beires e Brito Pais, pilotos da Aeronáutica Militar, iniciam sem êxito
os Raides Aéreos Portugueses, na sua tentativa de travessia aérea – Lisboa ao Funchal.
Em 1922, Sacadura Cabral e Gago Coutinho realizam aquele que viria ser a mais importante
Feito da Aviação Portuguesa: a Primeira Travessia Aérea do AtlânticGago Coutinhoo Sul. A
viagem foi uma aventura plena de peripécias. Apesar do primeiro avião utilizado, um Fairey III-
D, o “Lusitânia”, não ser o da chegada, um outro Fairey, baptizado de “Santa Cruz”, a viagem
foi um tremendo êxito, nomeadamente pela precisão da navegação aérea demonstrada. Gago
Coutinho utiliza um sextante de marinha a que tinha sido adaptado um horizonte artificial de
sua concepção, e que representou um passo inovador senão mesmo revolucionário para a
época.
Em 1924 Sarmento de Beires realiza, juntamente com Brito Pais e Manuel Gouveia, o Raide
Aéreo a Macau, a bordo de um bi-plano 16 Bn2, baptizado o “Pátria” e, posteriormente, após
destruição do primeiro avião na Índia, voando um DH9, o “Pátria II”.
Três anos depois, em 1927, o mesmo Sarmento de Beires, a bordo do hidroavião Dornier
Wal, o “Argos”, na companhia de Jorge Castilho e Manuel Gouveia cumpre com sucesso a
Travessia Nocturna do Atlântico Sul. Esta travessia efectuada de noite, com ajudas de
navegação rudimentares, é talvez um dos mais extraordinários Feitos da Aviação em Portugal.
Levando nas suas asas a mesma Cruz de Cristo que os navegadores das caravelas e naus
quinhentistas desenharam nas suas velas, imbuídos do espírito de voar mais longe e por
espaços nunca antes voados, os pilotos Portugueses foram verdadeiros pioneiros,
profissionalmente muito capazes e acima de tudo corajosos e bravos.
No inicio da segunda grande guerra, a não participação directa de Portugal não impediu a
preparação das suas forças armadas. Desta forma e com o apoio dos aliados, Portugal reforça
o seu poder aéreo com um apreciável número de aeronaves modernas.
Em 1954 formou-se na BA2 a patrulha acrobática “dragões” com os recem chegados F84G e
em 1958 foi criada a patrulha “são Jorge”.
Em 1961 (guerra do ultramar), Portugal conseguiu dar uma resposta eficaz aos primeiros
ataques inimigos devido ao bom equipamento aéreo existente. Quando em Março, tiveram
lugar no norte de Angola as primeiras operações inimigas, a força aérea portuguesa
rapidamente reagiu dando o apoio aéreo às tropas terrestres.
Em 1963 o conflito estende-se à Guiné e no ano seguinte a Moçambique o que faz com que
a Força aérea portuguesa seja obrigada a alargar o seu dispositivo construindo uma rede de
aeródromos base de manobra e de recurso. Este conflito terminou em 1974 onde a força aérea
portuguesa se acaba por retirar.
Após a guerra do ultramar que foi uma das épocas onde mais se utilizou o equipamento aéreo
da (Força Aérea Portuguesa) já não existe uma grande história, para além da evolução do
equipamento e do performance das aeronaves.