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Teoria Das Filas
Teoria Das Filas
Definições
Rede de filas - Conjunto de entidades interligadas que oferecem serviços (centros de serviço) e
de usuários (clientes).
Centro de serviço - Representa os recursos do sistema,
compreendendo um ou mais servidores e um conjunto de
clientes que esperam pelo serviço.
Fila - Representa os clientes que estão esperando pelo
serviço, juntamente com os que estão sendo atendidos pelos Um centro de serviço
servidores.
Fila de espera - Somente os clientes que estão aguardando
pelo serviço.
Sistema de filas
Uma fila ocorre sempre que a procura por um determinado serviço é maior que a capacidade do
sistema de prover este serviço.
Um sistema de filas pode ser definido como clientes chegando, esperando pelo serviço (se não forem
atendidos imediatamente) e saindo do sistema após terem sido atendidos. "Cliente", em teoria das
filas, é um termo genérico, aplicando-se não somente a seres humanos. O conceito pode abranger, por
exemplo, processos esperando para receber a CPU; pacotes que chegam a um roteador para serem
encaminhados; pessoas
esperando no caixa do supermercado, etc.
Aplicações
Existem diversas aplicações da teoria das filas, que podem ser encontradas na literatura de
probabilidade, pesquisa operacional e engenharia industrial. Entre elas destacam-se:
Processo de chegada
O processo de chegada indica qual o padrão de chegada dos clientes no sistema. Apresenta
comportamento estocástico, ou seja, as chegadas ocorrem no tempo e no espaço de acordo com as leis
da probabilidade; assim, é preciso conhecer qual a distribuição de probabilidade que descreve os
tempos entre as chegadas dos clientes.
Clientes podem chegar simultaneamente (chegada em batch). Se for possível, é necessário também
saber a distribuição de probabilidade do tamanho do batch. A reação do cliente na fila pode variar. Ele
pode esperar independentemente do tamanho da fila, também pode decidir não entrar no sistema
caso a fila esteja muito grande (cliente decepcionado), ele pode esperar na fila mas depois de um
tempo desistir e sair do sistema, e também pode mudar de uma fila para outra em sistemas com
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servidores paralelos.
O padrão de chegada de clientes em função do tempo pode ser permanente; nesse caso o padrão não
muda no tempo, ou seja, a distribuição de probabilidade que descreve as chegadas é independente do
tempo. Também pode não ser permanente, isto é, o padrão de chegada muda com o tempo. Por
exemplo, a chegada de clientes diminui no horário de almoço.
O estado pode ser independente: o processo de atendimento não depende do número de clientes
esperando pelo serviço. Em contrapartida, em um estado dependente, o processo de atendimento
muda de acordo com o número de clientes na fila. Por exemplo, um servidor pode trabalhar mais
rápido quando a fila aumenta ou, ao contrário, ficar confuso e então mais lento.
Da mesma forma que no processo de chegada, o padrão de serviço pode variar de acordo com o
tempo. Por exemplo, a experiência adquirida com o serviço pode aumentar a produtividade; o
cansaço, por outro lado, pode diminuí-la. Caso não haja variação o padrão é estacionário.
Um centro de atraso
Servidor paralelo
Capacidade do sistema
Representa o número máximo de clientes que o sistema suporta, incluindo os que estão em espera e
os que estão sendo atendidos. A capacidade pode ser infinita (mais fácil de analisar) ou finita (por
exemplo, número limitado de buffers em um roteador). Se a capacidade for finita, quando o sistema
estiver lotado nenhum cliente pode entrar até que um cliente saia do sistema, liberando espaço.
População de usuários
Esse componente indica o número potencial de clientes que podem chegar a um sistema. Pode ser
finita ou infinita.
Disciplina de atendimento
Notação
As seis características apresentadas acima descrevem um sistema de filas. Para simplificar, utiliza-se a
notação de Kendall, proposta em 1953, composta por uma série de símbolos da seguinte forma:
A/S/m/K/N/Q
Em que:
D/M/1/ / /RR
Processo de chegada determinístico
Distribuição dos tempos de serviço exponencial (Markoviano) ou de Poisson
Um servidor
Capacidade ilimitada
População infinita
Disciplina de atendimento Round-robin
Muitas vezes, os três últimos símbolos são omitidos. Nestes casos, assume-se capacidade ilimitada,
população infinita e disciplina de atendimento FCFS.
Exemplo:
M/M/1
Distribuições de probabilidade
Exponencial (M)
Uniforme (U)
Arbitrária ou Geral (G)
Erlang ( )
Hiperexponencial ( )
Leis operacionais
São relações simples que não necessitam de nenhuma hipótese sobre as distribuições dos tempos de
serviço ou dos intervalos entre chegadas. Foram identificadas inicialmente por Buzen em 1976 e
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posteriormente estendidas por Denning e Buzen em 1978.
Quantidades operacionais
São quantidades que podem ser medidas diretamente durante um período finito de observação.
Período de observação:
Número de chegadas (arrivals):
Número de términos (completions):
Tempo ocupado (busy time):
Taxa de chegada:
Vazão (throughput):
Utilização:
Essas quantidades são variáveis que podem mudar de um período de observação para outro. As
relações, porém, continuam válidas.
Lei da Utilização
Lei de Little
Desenvolvida por John Little no início dos anos 60, A Lei de Little relaciona o número de clientes no
sistema com o tempo médio despendido no sistema.
A Lei de Little se aplica sempre que o número de chegadas é igual ao número de saídas (denominado
sistema em equilíbrio). Pode ser aplicada também em subsistemas (caixa preta).
Seja o número médio de visitas ao recurso i por uma tarefa. Cada pedido que termina precisa
passar, em média, vezes pelo recurso i. Se X pedidos forem concluídos por unidade de tempo, então
pedidos terão passado pelo recurso i:
Esta lei é aplicável sempre qua a hipótese do sistema em equilíbrio for verdadeira.
ou
O dispositivo com a maior demanda de serviço tem a maior utilização, podendo tornar-se um gargalo
no sistema.
Sistemas de tempo compartilhado podem ser divididos em dois subsistemas: subsistema de terminais
e subsistema de central de processamento. Dados os comprimentos individuais das filas de cada
terminal, pode-se determinar :
ou
Em um sistema interativo, usuários geram pedidos que são processados por um subsistema central e
os resultados são devolvidos ao terminal. Entre cada pedido de um usuário, há um tempo ocioso Z.
Referências
1. «Introduction to Queuing» (http://staff.um.edu.mt/jskl1/simweb/intro.htm). staff.um.edu.mt.
Consultado em 22 de agosto de 2019
2. «Queue Structure» (https://businessjargons.com/queue-structure.html). Business Jargons (em
inglês). 30 de dezembro de 2015. Consultado em 22 de agosto de 2019
Bibliografia
Professores da Universidade Federal do Maranhão:
Ver também
Processos estocásticos
Simulação estocástica
Distribuição Erlang
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