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Operações Imobiliárias - TIL

O EXERCICIO DA PROFISSÃO

OBJETIVO GERAL: Proporcionar ao aluno a conscientização de que o Corretor


de Imóveis é um profissional responsável por sua própria atividade e,
portanto, um profissional liberal, autônomo, capaz de controlar o seu tempo e
dedicação ao trabalho.

FINALIDADE: Desenvolver a capacidade do aluno de identificar as atribuições e


competências de um Corretor de Imóveis.

OBJETIVOS: Identificar e empregar de forma consciente as atribuições e


competências do Corretor de Imóveis;

                       Promover a utilização dos mecanismos de divulgação de tabelas de


comissões e de prestação de serviços;

                       Desenvolver no futuro Corretor o hábito da consulta e do


reconhecimento das leis que regem a profissão.

Compete ao Corretor:
 Proceder a avaliação do imóvel a ser vendido;
 Combinar o preço e as condições de venda;
 Firmar contrato relativo à sua prestação de serviço;
 Examinar toda a documentação do imóvel, bem como apresentá-la aos
possíveis adquirentes; encaminhar ao vendedor as propostas oferecidas
pelos candidatos à compra; emitir recibo de sinal ou de princípio de
pagamento; fornecer toda a documentação do imóvel ao adquirente para
que este a examine antes de ser lavrada a escritura.

O Corretor de Imóveis está habilitado também para exercer funções como gestão
empresarial de imobiliárias e incorporadoras, controle e recebimento de aluguéis e
condomínios, avaliação mercadológica de imóveis, despachante documental,
planejamento de empreendimentos, consultor de financiamentos, gestor de
consórcio imobiliário, marketing imobiliário, estatística do mercado imobiliário,
assessor técnico para implantação e gestão de plantas genéricas de valores e
assessor imobiliário para órgãos públicos.

A Mediação
Para vender um imóvel, o proprietário pode adotar diversos meios, como por
exemplo: anunciar o que quer vender e esperar que o interessado o procure;
encarregar um intermediário, corretor ou empresa imobiliária de fazer essa venda.

A intervenção de um Corretor de Imóveis apresenta inúmeras vantagens. Ele sabe


quais são os melhores dias para anunciar um imóvel em determinado bairro, em
qual jornal e em que página e coluna deve sair o anúncio; tem experiência para
fazer a redação com economia e dizendo tudo o que é preciso dizer de modo a
atrair a atenção dos possíveis compradores.

Contrato de Mediação:

É o documento em que o dono do imóvel autoriza o corretor a promover a venda.


Este documento deve ser feito em duas vias e assinado por ambos, com todos os
campos preenchidos. Ao assinar, o vendedor deve ser alertado, de maneira muito
especial, quanto ao valor e condições da venda, além da porcentagem ajustada ao
estabelecimento do prazo para que o corretor complete a mediação.

Publicidade:
Os corretores sindicalizados têm direito a um preço especial na colocação de
anúncios de publicidade de imóveis e para negócios de seus serviços, devendo
constar, nesses anúncios, o nome por extenso do corretor e seu endereço, além do
número do CRECI.

Honorários: Dizemos que a corretagem é devida quando da conclusão da


intermediação. Essa retribuição é devida ao Corretor de Imóveis com percentual
ajustado com o proprietário sobre o preço da transação.

Tabela de Comissões e Serviços:


O corretor deve contratar, previamente, por escrito e com exclusividade, a
prestação de seus serviços profissionais conforme Lei nº 6.530/78 e resolução
Cofeci 458/95.

A presente tabela deve ser observada nos contratos celebrados, especialmente


quanto aos limites mínimos nela estabelecidos, sendo vedado ao corretor contratar
e trabalhar com índice abaixo dos aqui estabelecidos.

Venda:
1-    Imóveis urbanos................................................................................06 a 08%

2-    Imóveis rurais....................................................................................08 a 10%


3-    Imóveis industriais............................................................................06 a 08%

4-    Venda Judicial.................................................................................. 05%

NOTA 1: Nas permutas, os honorários serão devidos pelos respectivos


proprietários a quem estes contrataram, calculado sob o valor de venda de cada
imóvel.

NOTA 2: Quando a transação envolver diversos imóveis, os honorários devidos


pelos respectivos proprietários a quem estes contrataram, calculados sobre o valor
de venda de cada um dos imóveis.

NOTA 3: Nos casos de vendas com transferência de financiamento os honorários


serão devidos sobre o total da transação realizada.

NOTA 4: Quando a transação imobiliária envolver mais de um corretor, os


honorários serão pagos a todos os participantes, em partes iguais, salvo ajuste em
contrário, firmado entre os interessados, por escrito.

NOTA 5: A mesma comissão será devida quando a proposta e a contraproposta


forem de igual valor e devidamente assinadas ou se as partes realizarem a
transação sem a presença do corretor, tendo feito a aproximação útil das partes.

Compra:
 Autorização expressa da procura de imóveis......................................................06 a 8%

Permuta e dação em pagamento:


Nas permutas e ou dações em pagamento, a Comissão será devida pelos
respectivos proprietários, sobre o valor de cada propriedade envolvida na
transação, observando-se a mesma porcentagem da venda, seja total ou parcial.

Hipotecas:
Sobre o valor do empréstimo................................................................................. 05%

ncorporação de área
I

edificada   (Horizontal ou Vertical)
·         Vendas de empreendimentos imobiliários, incluindo-se Organização e
Planejamento de Vendas.........................................................................................................06 a
08%
·         Vendas de imóveis com financiamento –SHF- carteira hipotecária e outras,
incluindo-se Organização e Planejamento de Vendas e acompanhamento dos
processos dos mutuários finais, até à escritura................................................07 a 09% 

Nota: Não estão incluídas nestas taxas as despesas de promoção e publicidade


geral.

Loteamentos

Estudo, organização de vendas de áreas loteadas (urbanas), já aprovadas e


registradas: ..................................................................................................................... 06 a 08%

Idem, rural ou fora da sede...........................................................................06 a 10%

Administração, controle e recebimento de prestações.................................05 a 10%

Nota: As despesas de promoção e outros atos de administração não estão


incluídas na Tabela acima.

Ativos Imobiliários
Intermediação de cotas de consórcio imobiliário, certificado de recebíveis do SFI e
outros:.....04 a 06%

Locação

De qualquer espécie e sempre equivalente ao valor do 1º aluguel.

Nota: As despesas com reconhecimento de firmas e com registro do contrato não


estão inclusas na comissão pela locação.

Administração de Condomínios                     
Sobre o arrecadamento pelo condomínio mensalmente............................05 a 10%.

Valor mínimo de R$ 850,00

Pareceres

Parecer por escrito quanto à comercialização de imóvel. Sobre o valor apresentado,


até:................ 01%.

Parecer verbal quanto a operações imobiliárias - por hora técnica, a partir do valor
de uma anuidade vigente do CRECI - 2ª região.
Valor mínimo de parecer por escrito: R$ 650,00

Divisão de Comissão entre Corretores e Participantes da Central de Operações


Imobiliárias – COI

Corretor e ou empresa imobiliária do vendedor.............................................50%

Corretor e ou empresa imobiliária do comprador...........................................50%

Corretor em regime de co-participação com Empresa Imobiliária na Venda de


Imóveis de terceiros, somadas as comissões de captação e
venda.................................................30%

Corretores de plantão de incorporação mínimo.............................................25%

Corretagem de participação entre imobiliárias ...............................................50%

Esta tabela foi aprovada na 27ª Reunião da Diretoria do SCIESP em 16/10/1996 e


homologada pelo CRECI 2ª Região na 354ª Reunião Plenária de 17/10/1996.

LEI - nº 6.530/78 - Dá nova regulamentação à profissão de Corretor de


Imóveis, disciplina o funcionamento de seus órgãos de fiscalização e dá outras
providências.

Art. 1º O exercício da profissão de Corretor de Imóveis, no território nacional, é


regido pelo disposto na presente lei.

Art. 2º O exercício da profissão de Corretor de Imóveis será permitido ao possuidor


de título de Técnico em Transações Imobiliárias.

Art. 3º Compete ao Corretor de Imóveis exercer a intermediação na compra, venda,


permuta e locação de imóveis, podendo, ainda, opinar quanto à comercialização
imobiliária.

Parágrafo único. As atribuições constantes deste artigo poderão ser exercidas,


também, por pessoa jurídica inscrita nos termos desta lei.

Art. 4º A inscrição do Corretor de Imóveis e da pessoa jurídica será objeto de


Resolução do Conselho Federal de Corretores de Imóveis.

Art. 5º O Conselho Federal e os Conselhos Regionais são órgãos de disciplina e


fiscalização do exercício da profissão de Corretor de Imóveis, constituídos em
autarquia, dotada de personalidade jurídica de direito público, vinculada ao
Ministério do Trabalho, com autonomia administrativa, operacional e financeira.

Art. 6º As pessoas jurídicas inscritas no Conselho Regional de Corretores de


Imóveis sujeitam-se aos mesmos deveres e têm os mesmos direitos das pessoas
físicas nele inscritas.

§ 1o As pessoas jurídicas a que se refere este artigo deverão ter como sócio gerente
ou diretor um Corretor de Imóveis individualmente inscrito. (Renumerado do
parágrafo único pela Lei nº 13.097, de 2015)

§ 2o O corretor de imóveis pode associar-se a uma ou mais imobiliárias, mantendo


sua autonomia profissional, sem qualquer outro vínculo, inclusive empregatício e
previdenciário, mediante contrato de associação específico, registrado no Sindicato
dos Corretores de Imóveis ou, onde não houver sindicato instalado, registrado nas
delegacias da Federação Nacional de Corretores de Imóveis. (Incluído pela Lei nº
13.097, de 2015)

§ 3o Pelo contrato de que trata o § 2o deste artigo, o corretor de imóveis associado e


a imobiliária coordenam, entre si, o desempenho de funções correlatas à
intermediação imobiliária e ajustam critérios para a partilha dos resultados da
atividade de corretagem, mediante obrigatória assistência da entidade
sindical. (Incluído pela Lei nº 13.097, de 2015)

§ 4o  O contrato de associação não implica troca de serviços, pagamentos ou


remunerações entre a imobiliária e o corretor de imóveis associado, desde que não
configurados os elementos caracterizadores do vínculo empregatício previstos no
art. 3o da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº
5.452, de 1o de maio de 1943. (Incluído pela Lei nº 13.097, de 2015)

Art. 7º Compete ao Conselho Federal e aos Conselhos Regionais representar, em


juízo ou fora dele, os legítimos interesses da categoria profissional, respeitadas as
respectivas áreas de competência.

Art. 8º O Conselho Federal terá sede e foro na Capital da República e jurisdição em
todo o território nacional.

Art. 9º Cada Conselho Regional terá sede e foro na Capital do Estado, ou de um


dos Estados ou Territórios da jurisdição, a critério do Conselho Federal.

Art. 10º O Conselho Federal será composto por dois representantes, efetivos e
suplentes, de cada Conselho Regional, eleitos dentre os seus membros.

Art. 11º Os Conselhos Regionais serão compostos por vinte e sete membros
efetivos e igual número de suplentes, eleitos em chapa pelo sistema de voto
pessoal indelegável, secreto e obrigatório, dos profissionais inscritos, sendo
aplicável ao profissional que deixar de votar, sem causa justificada, multa em valor
máximo equivalente ao da anuidade. (Redação dada pela Lei nº 10.795, de
5.12.2003)

Art. 12º Somente poderão ser membros do Conselho Regional os Corretores de


Imóveis com inscrição principal na jurisdição há mais de dois anos e que não
tenham sido condenados por infração disciplinar.

Art. 13º Os Conselhos Federal e Regionais serão administrados por uma diretoria,
eleita dentre os seus membros.

§ 1º A diretoria será composta de um presidente, dois vice-presidentes, dois


secretários e dois tesoureiros.

§ 2º Junto aos Conselhos Federal e Regionais funcionará um Conselho Fiscal,


composto de três membros, efetivos e suplentes, eleitos dentre os seus membros.

Art. 14º Os membros do Conselho Federal e dos Conselhos Regionais terão


mandato de três anos.

Art. 15º A extinção ou perda de mandato de membro do Conselho Federal e dos


Conselhos Regionais ocorrerá:

I - por renúncia;

Il - por superveniência de causa de que resulte o cancelamento da inscrição;

III - por condenação a pena superior a dois anos, em virtude de sentença transitada
em julgado;

IV - por destituição de cargo, função ou emprego, mencionada à prática de ato de


improbidade na administração pública ou privada, em virtude de sentença
transitada em julgado;

V - por ausência, sem motivo justificado, a três sessões consecutivas ou seis
intercaladas em cada ano.

Art. 16º Compete ao Conselho Federal:

I - eleger sua diretoria;

II - elaborar e alterar seu regimento;

III - aprovar o relatório anual, o balanço e as contas de sua diretoria, bem como a
previsão orçamentária para o exercício seguinte;
IV - criar e extinguir Conselhos Regionais e Sub-regiões, fixando-lhes a sede e
jurisdição;

V - baixar normas de ética profissional;

VI - elaborar contrato padrão para os serviços de corretagem de imóveis, de


observância obrigatória pelos inscritos;

VII - fixar as multas, anuidades e emolumentos devidos aos Conselhos Regionais;

VIII - decidir as dúvidas suscitadas pelos Conselhos Regionais;

IX - julgar os recursos das decisões dos Conselhos Regionais;

X - elaborar o regimento padrão dos Conselhos Regionais;

XI - homologar o regimento dos Conselhos Regionais;

XII - aprovar o relatório anual, o balanço e as contas dos Conselhos Regionais;

XIII - credenciar representante junto aos Conselhos Regionais, para verificação de


irregularidades e pendências acaso existentes;

XIV - intervir temporariamente nos Conselhos Regionais, nomeando diretoria


provisória, até que seja regularizada a situação ou, se isso não ocorrer, até o
término do mandato:

a) se comprovada irregularidade na administração;

b) se tiver havido atraso injustificado no recolhimento da contribuição;

XV - destituir diretor de Conselho Regional, por ato de improbidade no exercício


de suas funções;

XVI - promover diligências, inquéritos ou verificações sobre o funcionamento dos


Conselhos Regionais e adotar medidas para sua eficiência e regularidade;

XVII - baixar resoluções e deliberar sobre os casos omissos.

§ 1º Na fixação do valor das anuidades referidas no inciso VII deste artigo, serão
observados os seguintes limites máximos: (Incluído pela Lei nº 10.795, de
5.12.2003):

I – pessoa física ou firma individual: R$ 285,00 (duzentos e oitenta e cinco


reais); (Incluído pela Lei nº 10.795, de 5.12.2003)
II – pessoa jurídica, segundo o capital social: (Incluído pela Lei nº 10.795, de
5.12.2003)

a) até R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais): R$ 570,00 (quinhentos e setenta


reais); (Incluído pela Lei nº 10.795, de 5.12.2003)

b) de R$ 25.001,00 (vinte e cinco mil e um reais) até R$ 50.000,00 (cinquenta mil


reais): R$ 712,50 (setecentos e doze reais e cinquenta centavos); (Incluído pela Lei
nº 10.795, de 5.12.2003)

c) de R$ 50.001,00 (cinquenta mil e um reais) até R$ 75.000,00 (setenta e cinco mil


reais): R$ 855,00 (oitocentos e cinquenta e cinco reais); (Incluído pela Lei nº 10.795,
de 5.12.2003)

d) de R$ 75.001,00 (setenta e cinco mil e um reais) até R$ 100.000,00 (cem mil


reais): R$ 997,50 (novecentos e noventa e sete reais e cinquenta centavos); (Incluído
pela Lei nº 10.795, de 5.12.2003)

e) acima de R$ 100.000,00 (cem mil reais): R$ 1.140,00 (mil cento e quarenta


reais); (Incluído pela Lei nº 10.795, de 5.12.2003)

§ 2º Os valores correspondentes aos limites máximos estabelecidos no § 1º deste


artigo serão corrigidos anualmente pelo índice oficial de preços ao
consumidor; (Incluído pela Lei nº 10.795, de 5.12.2003)

Art. 17º Compete aos Conselhos Regionais:

I - eleger sua diretoria;

II - aprovar o relatório anual, o balanço e as contas de sua diretoria, bem como a
previsão orçamentária para o exercício seguinte, submetendo essa matéria à
consideração do Conselho Federal;

III - propor a criação de sub-regiões, em divisões territoriais que tenham um


número mínimo de Corretores de Imóveis inscritos, fixado pelo Conselho Federal;

IV - homologar, obedecidas as peculiaridades locais, tabelas de preços de serviços


de corretagem para uso dos inscritos, elaboradas e aprovadas pelos sindicatos
respectivos;

V - decidir sobre os pedidos de inscrição de Corretor de Imóveis e de pessoas


jurídicas;

VI - organizar e manter o registro profissional das pessoas físicas e jurídicas


inscritas;
VII - expedir carteiras profissionais e certificados de inscrição;

VIII - impor as sanções previstas nesta lei;

IX - baixar resoluções, no âmbito de sua competência.

Art. 18º Constituem receitas do Conselho Federal:

I – a percentagem de vinte por cento sobre as anuidades e emolumentos


arrecadados pelos Conselhos Regionais;

II - a renda patrimonial;

III - as contribuições voluntárias;

IV - as subvenções e dotações orçamentárias.

Art. 19º Constituem receitas de cada Conselho Regional:

I - as anuidades, emolumentos e multas;

Il - a renda patrimonial;

III - as contribuições voluntárias;

IV - as subvenções e dotações orçamentárias.

Art. 20º Ao Corretor de Imóveis e à pessoa jurídica inscritos nos órgãos de que
trata a presente lei é vedado:

I - prejudicar, por dolo ou culpa, os interesses que lhe forem confiados;

Il - auxiliar, ou por qualquer meio facilitar, o exercício da profissão aos não
inscritos;

III - anunciar publicamente proposta de transação a que não esteja autorizado


através de documento escrito;

IV - fazer anúncio ou impresso relativo à atividade de profissional sem mencionar o


número de inscritos;

V - anunciar imóvel loteado ou em condomínio sem mencionar o número de


registro do loteamento ou da incorporação no Registro de Imóveis;

VI - violar o sigilo profissional;


VII - negar aos interessados prestação de contas ou recibo de quantias ou
documentos que lhe tenham sido entregues a qualquer título;

VIII - violar obrigação legal concernente ao exercício da profissão;

IX - praticar, no exercício da atividade profissional, ato que a lei defina como crime
ou contravenção;

X - deixar de pagar contribuição ao Conselho Regional.

Art. 21º Compete ao Conselho Regional aplicar aos Corretores de Imóveis e


pessoas jurídicas as seguintes sanções disciplinares;

I - advertência verbal;

II - censura;

III - multa;

IV - suspensão da inscrição, até noventa dias;

V - cancelamento da inscrição, com apreensão da carteira profissional.

§ 1º Na determinação da sanção aplicável, orientar-se-á o Conselho pelas


circunstâncias de cada caso, de modo a considerar leve ou grave a falta.

§ 2º A reincidência na mesma falta determinará a agravação da penalidade.

§ 3º A multa poderá ser acumulada com outra penalidade e, na hipótese de


reincidência na mesma falta, aplicar-se-á em dobro.

§ 4º A pena de suspensão será anotada na carteira profissional do Corretor de


Imóveis ou responsável pela pessoa jurídica e se este não a apresentar para que
seja consignada a penalidade, o Conselho Nacional poderá convertê-la em
cancelamento da inscrição.

Art. 22º Aos servidores dos Conselhos Federal e Regionais de Corretores de


Imóveis aplica-se o regime jurídico das Leis do Trabalho.

Art. 23º Fica assegurado aos Corretores de Imóveis, inscritos nos termos da Lei nº
4.116, de 27 de agosto de 1962, o exercício da profissão, desde que o requeiram
conforme o que for estabelecido na regulamentação desta lei.

Art. 24º Esta lei será regulamentada no prazo de trinta dias a partir da sua vigência.

Art. 25º Esta lei entrará em vigor na data da sua publicação.


Art. 26º Revogam-se as disposições em contrário, especialmente a Lei número
4.116, de 27 de agosto de 1962. 

DECRETO Nº 81.871 DE 29 DE JUNHO DE 1978

A LEI E SUA REGULAMENTAÇÃO

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA , no uso da atribuição que lhe confere o artigo 81,


item III, da Constituição, e tendo em vista o artigo 24 da Lei nº 6.530, de 12 de maio
de 1978, 

DECRETA:

Art. 1º -  O exercício da profissão de Corretor de Imóveis, em todo o território


nacional, somente será permitido:

I - ao possuidor do título de Técnico em Transações Imobiliárias, inscrito no


Conselho Regional de Corretores de Imóveis da jurisdição, ou

II - ao Corretor de Imóveis inscrito nos termos da Lei 4.116 de 27 de agosto de


1962, desde que requeira a revalidação de sua inscrição.

Art. 2º -  Compete ao Corretor de Imóveis exercer a intermediação na compra,


venda, permuta e locação de imóveis e opinar quanto à comercialização imobiliária.

Art. 3º - As atribuições constantes do artigo anterior poderão também ser


exercidas por pessoas jurídicas, devidamente inscritas no Conselho Regional de
Corretores de Imóveis da jurisdição.

Parágrafo único - O atendimento ao público interessado na compra, venda,


permuta ou locação de imóvel, cuja transação esteja sendo patrocinada por pessoa
jurídica, somente poderá ser feito por Corretor de Imóveis inscrito no Conselho
Regional da jurisdição.

Art. 4º - O número da inscrição do Corretor de Imóveis ou da pessoa jurídica


constará obrigatoriamente de toda propaganda, bem como de qualquer impresso
relativo à atividade profissional.

Art. 5º - Somente poderá anunciar publicamente a Corretor de Imóveis pessoa


física ou jurídica, que tiver contrato escrito de mediação ou autorização escrita para
alienação do imóvel anunciado.

Art. 6º - O Conselho Federal e os Conselhos Regionais são órgãos de disciplina e


fiscalização do exercício da profissão de Corretor de Imóveis, constituídos em
autarquias, dotada de personalidade jurídica de direito público, vinculado ao
Ministério do Trabalho, com autonomia administrativa, operacional e financeira.

Art. 7º - O Conselho Federal de Corretores de Imóveis tem por finalidade orientar,
supervisionar e disciplinar o exercício da profissão de Corretor de Imóveis, em todo
o território nacional.

Art. 8º - O Conselho Federal terá sede e foro na capital da República e jurisdição
em todo território nacional.

Art. 9º - O Conselho Federal será composto de 2 (dois) representantes efetivos e


suplentes, de cada Conselho Regional, eleitos dentre os seus membros.

Parágrafo Único - O mandato dos membros a que se refere este artigo será de
3(três) anos.

Art. 10 - Compete ao Conselho Federal:

I - eleger sua diretoria;

II - elaborar e alterar seu regimento;

III - exercer função normativa, baixar resoluções e adotar providências à realização


dos objetivos institucionais;

IV - instituir o modelo das Carteiras de Identidade Profissional e dos certificados de


inscrição;

V - autorizar a sua diretoria a adquirir e onerar bens imóveis;

VI- aprovar o relatório anual, o balanço e as contas de sua diretoria, bem como a
previsão orçamentária para o exercício seguinte;

VII - criar e extinguir Conselhos Regionais e Sub-Regiões, fixando-lhes sede e


jurisdição.

VIII - baixar normas de ética profissional;

IX - Elaborar contrato padrão para os serviços de corretagem de imóveis, de


observância obrigatória pelos inscritos;

X - fixar multas, anuidades e emolumentos devidos aos Conselhos Regionais;

XI - decidir as dúvidas suscitadas pelos Conselhos Regionais;

XII - julgar os recursos das decisões dos Conselhos Regionais;


XIII - elaborar o Regimento padrão dos Conselhos Regionais;

XIV - homologar o Regimento dos Conselhos Regionais;

XV - aprovar o relatório anual, o balanço e as contas dos Conselhos Regionais;

XVI - credenciar representantes junto aos Conselhos Regionais, para verificação de


irregularidade e pendências acaso existentes;

XVII - intervir, temporariamente nos Conselhos Regionais, nomeando Diretoria


provisória, até que seja regularizada a situação ou, se isso não ocorrer, até o
término do mandato:

se comprovada irregularidade na administração;

se tiver havido atraso injustificado no recolhimento das contribuições.

XVIII - destituir Diretor do Conselho Regional, por ato de improbidade no exercício


de suas funções;

XIX - promover diligências, inquéritos ou verificações sobre o funcionamento dos


Conselhos Regionais e adotar medidas para sua eficiência e regularidade;

XX - deliberar sobre casos omissos;

XXI - representar em juízo ou fora dele, em todo território nacional, os legítimos


interessados da categoria profissional.

Art. 11 - O Conselho Federal se reunirá com a presença mínima de metade mais
um de seus membros.

Art.12 - Constituem receitas do Conselho Federal

I - a porcentagem de 20% (vinte por cento) sobre anuidades e emolumentos pelos
Conselhos Regionais;

II - a renda patrimonial;

III - as contribuições voluntárias;

IV - as subvenções e dotações orçamentárias.

Art. 13 - Os Conselhos Regionais de Corretores de Imóveis têm por finalidade


fiscalizar o exercício profissional na área de sua jurisdição, sob supervisão do
Conselho Federal.
Art. 14 - Os Conselhos Regionais terão sede e foro na Capital ou de um dos
Estados a critério do Conselho Federal.

Art. 15 - Os Conselhos Regionais serão compostos por 27(vinte e sete) membros,
efetivos e suplentes, eleitos 2/3 (dois terços) por votação secreta em Assembleia
Geral, especialmente convocada para esse fim, e 1/3 (um terço) integrado por
representantes dos Sindicatos dos Corretores de Imóveis, que funcionarem
regularmente junto ao Conselho Regional.

Parágrafo único - O mandato dos membros a que se refere este artigo será de 3
(três) anos.

Art. 16 - Compete ao Conselho Regional:

I - eleger sua Diretoria;

II - aprovar seu Regimento, de acordo com o Regimento padrão elaborado pelo
Conselho Federal;

III - fiscalizar o exercício profissional na área de sua jurisdição;

IV - cumprir e fazer cumprir as resoluções do Conselho Federal;

V - arrecadar anuidades, multas, e emolumentos e adotar as medidas destinadas à


efetivação da sua receita e a do Conselho Federal;

VI -  aprovar o relatório anual, o balanço e as contas de sua Diretoria, bem como a
previsão orçamentária para o exercício seguinte, submetendo essa matéria à
consideração do Conselho Federal;

VII - propor a criação de sub-regiões, em divisões territoriais que tenham um


número mínimo de Corretores de Imóveis fixado pelo Conselho Federal;

VIII - homologar, obedecidas as peculiaridades locais, tabelas de preços de serviços


de corretagem para uso dos inscritos, elaboradas e aprovadas pelos sindicatos
respectivos;

IX - decidir sobre os pedidos de inscrição de Corretores de Imóveis e de pessoas


Jurídicas;

X - organizar e manter o registro profissional das pessoas físicas e jurídicas


inscritas;

XI - expedir carteiras de Identidade Profissional e Certificado de Inscrição;

XII - impor as sanções previstas pelo regulamento;


XIII -  baixar resoluções, no âmbito de sua competência;

XIV - representar em juízo ou fora dele, na área de sua jurisdição, os legítimos


interesses da categoria profissional;

XV - eleger, dentre seus membros, representantes, efetivos e suplentes, que


comporão o Conselho Federal;

XVI - promover, perante juízo competente, cobrança das importâncias


correspondentes a anuidades, multas e emolumentos, esgotados os meios de
cobrança amigável.

Art. 17 -  O Conselho Regional se reunirá com a presença mínima de metade mais
um de seus membros.

Art. 18 - Constituem receitas de cada Conselho Regional:

I - 80% (oitenta por cento) das anuidades e emolumentos;

II - as multas;

III - a renda patrimonial;

IV - as contribuições voluntárias;

V - as subvenções e dotações orçamentárias.

Art. 19 - 2/3 (dois terços) dos membros dos Conselhos Regionais, efetivos e
respectivos suplentes, serão eleitos pelo sistema de voto pessoal, secreto e
obrigatório dos profissionais inscritos, nos termos em que dispuser o Regimento
dos Conselhos Regionais, considerando-se eleitos efetivos os 18 (dezoito) mais
votados e suplentes os seguintes.

Parágrafo único - Aplicar-se ao profissional inscrito que deixar de votar sem causa
justificada, multa em importância correspondente ao valor da anuidade.

Art. 20 - 1/3 (um terço) dos membros dos Conselhos Regionais efetivos e
respectivos suplentes serão indicados pelos Sindicatos de Corretores de Imóveis,
dentre seus associados diretores ou não.

§1º - Caso haja mais de um Sindicato com base territorial na jurisdição de cada
Conselho Regional, o número de representantes de cada Sindicato será fixado pelo
Conselho Federal.

§2º - Caso não haja Sindicato com base territorial na jurisdição do Conselho
Regional, 1/3(um terço) dos membros que seria destinado à indicação pelo
Sindicato, será eleito na forma do artigo anterior.
§3º - Caso o Sindicato ou os Sindicatos da Categoria com base territorial da
jurisdição de cada Conselho Regional, não indiquem seus representantes, no prazo
estabelecido em Resolução do Conselho Federal, o terço destinado à indicação
pelo Sindicato será eleito na forma do artigo anterior.

Art. 21 - O exercício do mandato de membro do Conselho Federal e Conselhos


Regionais de Corretores de Imóveis, assim como a respectiva eleição, mesmo na
condição de suplente, ficarão subordinados ao preenchimento dos seguintes
requisitos mínimos:

I - inscrição na jurisdição do Conselho Regional respectivo há mais de 2 (dois) anos:

II - pleno gozo dos direitos profissionais, civis e políticos;

III - inexistência de condenação à pena superior de 2 (dois) anos, em virtude de


sentença transitada e julgada.

Art. 22 - A extinção ou perda do mandato de membro do Conselho Regional


ocorrerá:

I - por renúncia;

II - por superveniência de causa de que resulte o cancelamento da inscrição;

III - por condenação à pena superior a 2 (dois) anos, em virtude de sentença


transitada e julgada;

IV - por destituição de cargo, função ou emprego, relacionada à prática de ato de


improbidade na administração pública ou privada, em virtude de sentença
transitada em julgado;

V - por ausência, sem motivo justificado, a 3 (três) sessões consecutivas ou 6 (seis)
intercaladas em cada ano.

Art. 23 - Os membros dos Conselhos Federal e Regionais poderão ser licenciados,
por deliberação do plenário.

Parágrafo único - Concedida a licença de que trata este artigo caberá ao


Presidente do Conselho convocar o respectivo suplente.

Art. 24 - Os Conselhos Federal e Regionais terão cada um, como órgão deliberativo
o Plenário constituído pelos seus membros, e como órgão administrativo a
Diretoria e os que forem criados para a execução dos serviços técnicos ou
especializados, indispensáveis ao cumprimento de suas obrigações.
Art. 25 - As Diretorias dos Conselhos Federal e Regionais serão compostas de um
Presidente, dois vice-presidentes, dois secretários e dois tesoureiros, eleitos pelo
plenário, dentre os seus membros, na primeira reunião ordinária.

Art. 26 - A estrutura dos Conselhos Federal e Regionais e atribuições da Diretoria e


dos demais órgãos, serão fixados no Regimento de cada Conselho.

Art. 27 - Junto aos Conselhos Federal e Regionais funcionará um Conselho Fiscal
composto de três membros, efetivos e suplentes eleitos dentre os seus membros.

Art. 28 - A inscrição do Corretor de Imóveis e da pessoa jurídica será efetuada no


Conselho Regional da jurisdição, de acordo com Resolução do Conselho Federal de
Corretores de Imóveis.

Art. 29 - As pessoas jurídicas inscritas no Conselho Regional de Corretores de


Imóveis sujeitam-se aos mesmos deveres e têm os mesmos direitos das pessoas
físicas nele inscritas.

Parágrafo único - As pessoas jurídicas a que se refere este artigo deverão ter como
sócio-gerente ou diretor, um Corretor de Imóveis individualmente escrito.

Art. 30 - O exercício simultâneo, temporário ou definitivo de profissão em área de


jurisdição diversa do Conselho Regional onde foi efetuada a inscrição originária do
Corretor de Imóveis ou da pessoa jurídica, fica condicionada à inscrição e
averbação profissional nos Conselhos Regionais que jurisdicionarem as áreas em
que exercem as atividades.

Art. 31 - Ao Corretor de Imóveis inscrito será fornecido a Carteira de Identidade


Profissional, numerada em cada Conselho Regional, contendo, no mínimo, os
seguintes elementos:

I - nome por extenso do profissional;

II - filiação;

III - nacionalidade e naturalidade;

IV - data de nascimento;

V - número e data  de inscrição;

VI - natureza da habilitação;

VII  - natureza da inscrição;

VIII - denominação do Conselho Regional que efetuou a inscrição;


IX - fotografia e impressão datiloscópica;

X - assinatura do profissional inscrito, do Presidente e do Secretário do Conselho


Regional.

Art. 32 - À pessoa jurídica inscrita será fornecido Certificado de Inscrição,


numerado em cada Conselho Regional, contendo, no mínimo, os seguintes
elementos:

I - denominação da pessoa jurídica;

II - número e data de inscrição;

III - natureza da inscrição;

IV - nome do sócio-gerente ou diretor, inscrito no Conselho Regional;

V - número e data da inscrição do sócio-gerente ou diretor no Conselho Regional;

VI - denominação do Conselho Regional que efetuou a inscrição;

VII - assinatura do sócio - gerente ou diretor, do Presidente e do Secretário do


Conselho Regional.

Art. 33 - As inscrições do Corretor de Imóveis e da pessoa jurídica, o fornecimento


da Carteira de Identidade Profissional e do Certificado de Inscrição e certidões, bem
como o recebimento de petições, estão sujeitos ao pagamento da anuidade e
emolumentos fixados pelo Conselho Federal.

Art. 34 - O pagamento da anuidade ao Conselho Regional constitui condição para


o exercício da profissão de Corretor de Imóveis e da pessoa jurídica.

Art. 35 - A anuidade será paga até o último dia útil do primeiro trimestre de cada
ano, salvo a primeira, que será devida no ato da inscrição do Corretor de Imóveis,
ou da pessoa jurídica.

Art. 36 - O pagamento da anuidade fora do prazo sujeitará o devedor à multa


fixada pelo Conselho Federal.

Art. 37 - A multa aplicada ao Corretor de Imóveis ou pessoa jurídica, como sanção
disciplinar, será igualmente fixada pelo Conselho Federal.

Art. 38 - Constitui infração disciplinar da parte do Corretor de Imóveis;

I - transgredir normas de ética profissional;

II - prejudicar, por dolo ou culpa, os interesses que lhe forem confiados;
III - exercer a profissão quando impedido de fazê-lo ou facilitar, por qualquer meio,
o seu exercício aos não inscritos ou impedidos;

IV – anunciar publicamente proposta de transação a que não esteja autorizado


através de documento escrito;

V - fazer anúncio ou impresso relativo à atividade profissional sem mencionar o


número de inscrição;

VI - anunciar imóvel loteado ou em condomínio sem mencionar o número do


registro do loteamento ou da incorporação no Registro de Imóveis;

VII - violar o sigilo profissional;

VIII - negar aos interessados, prestação de contas ou recibo de quantia ou


documento que lhe tenham sido entregues a qualquer título;

IX - violar obrigação legal concernente ao exercício da profissão;//

X - praticar, no exercício da atividade profissional, ato que a lei defina como crime
de contravenção;

XI - deixar de pagar contribuição ao Conselho Regional;

XII - recusar ou facilitar a terceiros, transações ilícitas ou que por qualquer forma
prejudiquem interesses de terceiros;

XIII - recusar a apresentação da Carteira de Identidade Profissional, quando couber.

Art. 39 - As sanções disciplinares consistem em:

I - advertência verbal;

II - censura;

III - multa;

IV - suspensão da inscrição até 90 (noventa) dias;

V - cancelamento da inscrição, com apreensão da carteira profissional.

§1º - Na determinação da sanção aplicável, orientar-se-á o Conselho pelas


circunstâncias de cada caso, de modo a considerar leve ou grave a falta.

§2º - a reincidência na mesma falta determinará a agravação da penalidade.


§3º - A multa poderá ser acumulada com outra penalidade, e na hipótese de
reincidência, aplicar-se-á em dobro.

§4º - A pena de suspensão será anotada na Carteira Profissional do Corretor de


Imóveis ou responsável pela pessoa jurídica e se este não a apresentar para que
seja consignada a penalidade, o Conselho Regional poderá convertê-la em
cancelamento de registro.

§5º - As penas de advertência, censura e multa serão comunicadas pelo Conselho


Regional em ofício reservado, não se fazendo constar dos assentamentos do
profissional punido, senão em caso de reincidência.

Art. 40 - Da imposição de qualquer penalidade caberá recurso, com efeito


suspensivo, ao Conselho Federal:

I - voluntário, no prazo de 30 (trinta) dias a contar da ciência da decisão;

II  -ex-ofício, nas hipóteses dos itens IV e V do artigo anterior.

Art. 41 - As denúncias somente serão recebidas quando assinadas, declinada a


qualificação do denunciante e acompanhada da indicação dos elementos
comprobatórios do alegado.

Art. 42 - A suspensão, por falta de pagamento de anuidades, emolumentos ou


multas só cessará com a satisfação da dívida, podendo ser cancelada a inscrição, de
acordo com critérios a serem fixados pelo Conselho Federal.

Art. 43 - As instâncias recorridas poderão reconsiderar suas próprias decisões.

Art. 44 - O Conselho Federal será a última e definitiva instância nos assuntos
relacionados com a profissão e seu exercício.

Art. 45 - Aos servidores do Conselho Federal e Regionais de Corretores de Imóveis


aplica-se o regime jurídico da Consolidação das Leis do Trabalho.

Art. 46 - Em caso de intervenção em Conselho Regional, cabe ao Conselho baixar


instruções sobre cessação da intervenção ou realização de eleições, na hipótese de
término de mandato.

 Art. 47 - O disposto no artigo 15 somente será observado nas eleições para
constituição dos Conselhos Regionais, após o término dos mandatos vigentes em
15 de maio de 1978.

 Art. 48 - Este Decreto entrará em vigor na data da sua publicação, revogadas as
disposições em contrário.
Aula 01 - Amplie seus Conhecimentos
Você sabia que:

1. Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto


ou serviço como destinatário final?

2. A lei define como serviço qualquer atividade fornecida no mercado de


consumo, mediante remuneração?

3. A atividade de intermediação é um serviço e como tal dentro da definição


legal do Código de Defesa do Consumidor?

4. A publicidade enganosa, a má informação ou a ocultação de fatos que


causem danos ao consumidor podem responsabilizar o corretor?

5. É considerada enganosa a publicidade ou informação que oculte defeitos ou


aponte qualidades que o bem não possua?

6. É considerado prática abusiva prevalecer-se da fraqueza ou ignorância do


consumidor, tendo em vista sua idade, conhecimento ou condição social,
para impingir-lhes produtos e serviços?

7. Nos contratos de compra e venda de imóveis mediante pagamento de


prestações, consideram-se nulas as cláusulas que estabeleçam perda total
das prestações pagas em benefício do credor que, em razão do
inadimplemento, pleitear a resolução do contrato e a retomada do imóvel?

8. Define-se como resolução dar por encerrado o contrato com o vencimento


antecipado das obrigações vincendas?
9. Garantias de um Negócio:
10. Como garantia de um negócio seguro e perfeito, deve-se exigir que o
vendedor apresente os seguintes documentos:
11. 1. Título de propriedade devidamente registrado e regularizado;
12. 2. Certidão de filiação de domínio pelo prazo de 20 (vinte) anos;
13. 3. Certidão negativa de ônus pelo prazo de 20 (vinte) anos, repetindo os
nomes dos proprietários, da mesma forma que na certidão de filiação de
domínio;
14. 4. Certidão negativa de ações reais e pessoais reipersecutórias pelo prazo de
10 (dez) anos, em nome do proprietário atual e de seus antecessores
compreendidos neste período;
15. 5. Certidão negativa de protestos de títulos pelo prazo de 5 (cinco) anos, em
nome do atual proprietário ou de seus antecessores dentro deste período;
16. 6. Certidão negativa de ações fiscais pelo prazo de 5 (cinco) anos em nome
do atual proprietário ou de seus antecessores dentro deste período;
17. 7. Certidão negativa de registro de títulos e documentos pelo prazo de 10
(dez) anos, sob a responsabilidade do atual proprietário e/ou dos
antecessores neste mesmo período;
18. 8. Certidões negativas de impostos e taxas expedidas pelas repartições
Federal, Estadual e Municipal, em nome do atual proprietário;
19. 9. Certidão negativa expedida pela Secretaria Municipal de Obras e Serviços
Públicos, atestando se o imóvel está ou não sujeito à área de recuo ou
investidura ou se está sujeito à zona de influência do metrô;
20. 10. Certidão de ações penais referentes ao crime contra o Patrimônio e
contra a Administração Pública, pelo prazo de 10 (dez) anos;
21. 11. Certidão de quitação expedida pela repartição previdenciária, para os
casos a que se obrigam as pessoas físicas e jurídicas;
22. 12. Certidão comprovando que a associação ou sociedade civil se acha
formalizada diante do Cartório de Registro Civil das pessoas Jurídicas;
23. 13. Certidão comprovando e regularizando a firma comercial ou sociedade
anônima perante o Registro do Comércio;
24. 14. Documento legal se o imóvel estiver alugado, provando a desistência do
inquilino quanto à preferência de aquisição;
25. 15. Antes de se lavrar o instrumento, quem o fizer deve verificar da
necessidade ou não, de algumas providências, tais como:
26. ·   averbação da construção
27. ·   averbação da demolição;
28. ·   averbação da alteração do nome de rua, do número e demolição do
imóvel;
29. ·   averbação da reconstrução;
30. ·   averbação de desmembramento;
31. ·   averbação de alteração do nome do vendedor e ou de seu cônjuge;
32. ·   averbação do estado civil do vendedor e/ou de seu cônjuge;
33. ·   reconhecer as firmas dos vendedores e testemunha em títulos de
instrumento particular.

34. Transcrição
35. Estão sujeitos à transcrição, no respectivo Registro, os títulos translativos da
propriedade imóvel, por ato inter vivos.
36. ivros do Registro de Imóveis:
37. São 05 (cinco) os livros de registro:
38. Livro nº. 1 – Protocolo
39. Livro nº. 2 – Registro Geral
40. Livro nº. 3 – Registro Auxiliar
41. Livro nº. 4 – Indicador Real
42. Livro nº. 5 – Indicador Pessoal
43. Livro nº. 1 – Protocolo: serve para apontamento de todos os títulos
apresentados diariamente.
44. Livro nº. 2 – Registro Geral: é destinado à matrícula e ao registro ou
averbação dos atos relacionados no Art. 167 e não atribuídos ao Livro nº. 3.
45. Livro nº. 3 – Registro Auxiliar:  é destinado ao registro dos atos que, sendo
atribuídos ao Registro de Imóveis por disposição legal, não digam respeito
diretamente a imóvel matriculado.
46. Livro nº. 4 – Indicador Real: é o repositório de todos os imóveis que
figurarem nos demais livros e anotações necessárias.
47. Livro nº. 5 – Indicador Pessoal: é dividido alfabeticamente e é o repositório
dos nomes de todas as pessoas que, individual ou coletivamente, ativa ou
passivamente, direta ou indiretamente, figurarem nos demais livros, fazendo-
se referência aos respectivos números de ordem.

48. Principais casos de averbação:


49. A relação dos casos de averbação é encontrada no Artigo 167 da Lei
6.015/73 de Registros Públicos.
50. É o ato acessório que modifica o teor constante do registro, feito por
determinação judicial, com a finalidade de dar publicidade, segurança e
eficácia aos atos jurídicos. É feita na ficha ou folha de matrícula, constitui um
aditivo no intuito de advertir terceiros de determinada circunstância que
afeta o registro. Por exemplo:
51. - A alteração de nome por casamento ou separação judicial;
52. - Pactos antenupciais quando convencionarem regime de bens diversos do
legal;
53. - Restabelecimento da sociedade conjugal;
54. - Cláusulas de inalienabilidade, impenhorabilidade, incomunicabilidade
imposta a imóveis, bem como da constituição de fideicomisso.
55. Matrícula
56. É o ato cartorário que individualiza o imóvel, identificando-o por meio de sua
correta localização e descrição. É na matrícula do imóvel que são lançados
o registro e a averbação, mostrando a real situação jurídica do imóvel.
57. Cancelamento de Matrícula
58. A matrícula será cancelada:
59. - Por decisão judicial;
60. - Quando o imóvel for inteiramente transferido para outro proprietário;
61. - Pela fusão, quando dois ou mais imóveis contínuos pertencerem ao mesmo
proprietário;
62. Averbação:
63. Averbar um imóvel significa atualizar ou fazer constar na matrícula do
cartório de registro de imóveis, alguma mudança ou alteração ocorrida no
imóvel.
64. Cancelamento de Averbação
65. O cancelamento da averbação poderá ser total ou parcial e será feito pelo
oficial qualificado. O motivo que originar o cancelamento deverá ser
declarado, bem como o título em virtude do qual foi realizado.
66. O cancelamento da averbação será feito:
67. –  Em virtude de decisão judicial transitada em julgado;
68. – Em atenção ao requerimento unânime das partes que participarem do ato
registrado, com firmas reconhecidas;
69. – Atendendo ao requerimento do interessado, instruído com documento
hábil.
70. Matrícula
71. É o ato cartorário que individualiza o imóvel, identificando-o por meio de sua
correta localização e descrição. É na matrícula do imóvel que são lançados
o registro e a averbação, mostrando a real situação jurídica do imóvel.
72. Cancelamento de Matrícula
73. A matrícula será cancelada:
74. - Por decisão judicial;
75. - Quando o imóvel for inteiramente transferido para outro proprietário;
76. - Pela fusão, quando dois ou mais imóveis contínuos pertencerem ao mesmo
proprietário;
77. Averbação:
78. Averbar um imóvel significa atualizar ou fazer constar na matrícula do
cartório de registro de imóveis, alguma mudança ou alteração ocorrida no
imóvel.
79. Cancelamento de Averbação
80. O cancelamento da averbação poderá ser total ou parcial e será feito pelo
oficial qualificado. O motivo que originar o cancelamento deverá ser
declarado, bem como o título em virtude do qual foi realizado.
81. O cancelamento da averbação será feito:
82. –  Em virtude de decisão judicial transitada em julgado;
83. – Em atenção ao requerimento unânime das partes que participarem do ato
registrado, com firmas reconhecidas;
84. – Atendendo ao requerimento do interessado, instruído com documento
hábil.

RESUMO

Quanto à AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS (levantamento sistemático do imóvel pela


análise de mercado), o corretor deverá observar os seguintes itens:

1 – Obter autorização ou contrato de prestação de serviços para avaliação de


imóvel;
2 – Analisar a situação legal do imóvel:

 Se a documentação do imóvel está em ordem;


 Se não consta nenhum tipo de ônus sobre o imóvel (certidão do cartório de
registro de imóveis) ou sobre os proprietários;
 Solicitar uma Certidão junto à Prefeitura para verificar se não existem
débitos de IPTU e outras taxas municipais. Em caso de edifícios, solicitar a
declaração de débitos condominiais, que deverá ser assinada pelo síndico.
 Realizar a supervisão jurídica completa na compra do imóvel:

 - Exame técnico do Título de Propriedade do Vendedor antes do pagamento do


sinal;

- Obtenção de certidão atualizada do Imóvel junto ao Registro de Imóveis;


- Exame técnico da situação legal do imóvel antes do pagamento do sinal;

- Elaboração do recibo de sinal e princípio de pagamento por advogado


especializado com a estipulação de todas as obrigações do Vendedor e garantindo
todos os direitos do Comprador;

- Acompanhamento pessoal de Advogado junto ao Comprador no ato do


pagamento do Sinal;

- Obtenção junto aos cartórios municipais, estaduais e federais das certidões


negativas do vendedor;

- Exame técnico de toda a documentação pessoal e das certidões negativas do


vendedor;

- obtenção junto aos cartórios e repartições públicas de toda a documentação do


imóvel;

- Exame técnico de toda a documentação do imóvel a ser adquirido;


- levantamento da situação física do imóvel junto ao departamento de projetos da
prefeitura municipal;

- processamento do imposto de transmissão para assinatura da escritura pública;


- levantamento da situação fiscal do imóvel quanto ao pagamento das despesas de
condomínio, do imposto predial ou territorial e da taxa de incêndio, em nível
extrajudicial e judicial;

- pagamento do Imposto de transmissão junto à prefeitura municipal;


- acompanhamento pessoal de advogado junto ao comprador na assinatura da
escritura pública;
- assinatura da escritura pública na presença de escrevente juramentado do
cartório de notas;

- processamento do registro da Escritura Pública no Registro de Imóveis;

- entrega ao Comprador da Escritura Pública de compra do Imóvel totalmente


legalizada;

- alteração para o nome do Comprador no carnê do IPTU.

3 – conferir plantas e áreas do imóvel;

4 – analisar localização e posição do imóvel:

A localização é o fator mais importante em termos de avaliação do imóvel. É por


meio da localização que se classifica um terreno em urbano ou rural, assim como
outras características que venham valorizar ou desvalorizar o imóvel.

Se o terreno for urbano: verificar o zoneamento de uso do solo a que pertence e  o


que se pode construir nele. A extensão da área urbana é fornecida pela Prefeitura
Municipal. A área urbana poderá englobar não só a sede da municipalidade, mas
também distritos.

Se o terreno for rural: verificar se está localizado em região metropolitana e, em


caso afirmativo, a subdivisão mínima do terreno é de 02 Hectares. Fora da região
metropolitana a subdivisão do terreno é de 03 Hectares.

Aula 02 - Amplie seus Conhecimentos


Você sabia que:

1. A avaliação deve ser feita sempre com o maior critério?

2. Uma avaliação feita em sentido contrário ao sentimento do cliente, cria nele


ou o desinteresse por nosso trabalho, ou uma falsa expectativa que vai
retardar a venda?

3. Valor pode ser uma apreciação adjetiva, quando estabelecido em razão de


méritos?

4. Valor é uma apreciação substantiva como o que se coloca no meio


circulante?
5. Valor é aquele representado pelo preço que se atribui aos bens colocados
no mercado?

6. Um imóvel, na mesma rua e com a mesma metragem, não tem o mesmo


valor e, geralmente, não se vende pelo mesmo preço?

7. Valor de mercado é aquele encontrado por um vendedor desejoso de


vender, mas não forçado, e um comprador desejoso de comprar, mas
também não forçado, tendo ambos pleno conhecimento das condições de
compra e venda e de utilização da propriedade?

8. Valor de reposição refere-se àquele valor de propriedade determinado na


base que ela custaria para ser substituída por outra igualmente satisfatória?

9. Valor rentábil se obtém pela apuração das receitas líquidas presentes e


futuras, tomando como base as receitas e despesas recentes e a tendência
dos negócios?

10. Valor de Taxação é obtido pelo lançamento do valor da propriedade na


determinação do imposto?

11. A avaliação consiste num levantamento sistemático, pela análise do


mercado?

12. O bairro, a presença de terrenos não construídos, a vizinhança, presença de


qualquer forma de poluição, a facilidade de locomoção e a infraestrutura de
comércio e de equipamentos públicos são fatores consideráveis numa boa
avaliação?

13. A consulta em jornais e revistas, aos colegas e empresas especializadas, são


fatores importantes numa boa avaliação?
14. CAPACIDADE PARA COMPRAR E VENDER
15.
16. FINALIDADE: Apresentar as possíveis proibições de venda e a real
necessidade de observá-las para a realização de um negócio seguro e confiável.
17.
18. OBJETIVOS: Identificar a importância da observação da legalidade e
capacidade de venda por parte do vendedor;
19.
20.                       Identificar as diversas formas de aquisição de bens imóveis.
21.  
22. O Código Civil, a partir do Art. 481 até o Art. 532, preconiza sobre a compra e
suas modalidades, inclusive em hasta pública. Verificamos que o Art. 497 dispõe
sobre o que não pode ser comprado, sob pena de nulidade, ainda que em hasta
pública:
23.
24.  I - pelos tutores, curadores, testamenteiros e administradores, os bens confiados
à sua guarda ou administração;
25.
26. II - pelos servidores públicos, em geral, os bens ou direitos da pessoa jurídica a
que servirem, ou que estejam sob sua administração direta ou indireta;
27.
28. III - pelos juízes, secretários de tribunais, arbitradores, peritos e outros
serventuários ou auxiliares da justiça, os bens ou direitos sobre que se litigar em
Tribunal, juízo ou conselho, no lugar onde servirem, ou a que se estender a sua
autoridade;

IV - pelos leiloeiros e seus prepostos, os bens de cuja venda estejam encarregados.

A capacidade do vendedor deve ser objeto de análise, além de provar a posse do


imóvel, isto é, se realmente está apto para vender e para isso, citamos algumas
exigências:

se o vendedor tiver idade superior a 16 anos e inferior a 18 deverá:

 Apresentar documento de emancipação por escritura pública averbada, ou


 Comprovação do exercício de função pública, ou
 Certidão de casamento; ou
 diploma de curso superior (3º grau), se tiver 16 anos;
 Se o vendedor for casado em regime de comunhão, deverá apresentar
autorização do cônjuge;
 Certidão de óbito do cônjuge, se o vendedor for viúvo;
 Certidão de divórcio se for divorciado ou de anulação do casamento;
 Certidão por instrumento público com as formalidades legais de tradução,
se for casado no exterior;
 Título de naturalização, se for naturalizado;
 Alvará judicial comprovador, se o cônjuge estiver ausente em lugar incerto e
não sabido;
 Procuração com poderes legais, se o cônjuge estiver ausente
temporariamente;
 Procuração por instrumento público, submetido ao consulado do país de
outorga, se for residente no exterior;
 Impressão digital, por deficiência física que o impossibilite de assinar, ou
analfabeto;
 Alvará expedido pelo juízo do inventário ou da falência, se o imóvel for um
bem de espólio ou de massa falida.

Notas

1) Código Civil, Artigo 1.647 – Nenhum dos cônjuges pode, sem autorização do
outro, exceto no regime de separação absoluta:
I – Alienar ou gravar de ônus real os bens imóveis.

2) Código Civil, Artigo 1.687 – Estipulado o regime de separação de bens, estes


permanecerão sob a administração exclusiva de cada um dos cônjuges, que os
poderá livremente alienar ou gravar de ônus real.

Aquisição de Imóveis – Artigos 1.238 a 1.259 do Código Civil de 2002.

O Código Civil Brasileiro, distingue em seus Artigos 1.238 a 1.259 os modos de


aquisição dos bens imóveis, respectivamente:

1. pela usucapião ( do Art. 1.238 até o Art. 1.244 )


2. pelo registro do título ( do Art. 1.245 até Art. 1.247 )
3. por acessão ( do Art. 1.248 até Art. 1.259 )

1 - Pela Usucapião

Usucapião é o modo de adquirir propriedade móvel ou imóvel pela posse pacífica e


ininterrupta da coisa durante certo tempo.

A usucapião é comumente invocada como modo de adquirir o domínio, ou seja, é a


posse prolongada da coisa sem qualquer oposição ou interrupção, por um período
mínimo previsto em lei.

A usucapião possui fases: aquisitiva e executiva. A primeira é o modo de adquirir a


propriedade pela posse prolongada e a segunda, o meio pelo qual alguém se libera
de uma obrigação pelo decurso de tempo.

Não são suscetíveis de usucapião os bens de qualquer natureza, patrimoniais ou


dominais, bem como os terrenos da Marinha e terras devolutas. Salvo a hipótese de
usucapião ‘’pro-labore’’, só podem ser usucapidos, os bens de domínio particular.

A nossa legislação reconhece as seguintes formas de usucapião:

Usucapião após 15 ( quinze ) anos. (Art. 1.238 – CC)

Usucapião após 05 ( cinco ) anos – área rural até 50 ( cinquenta ) hectares.

Usucapião após 05 ( cinco ) anos – área urbana até 250 ( duzentos e cinquenta )
metros quadrado.

Usucapião após 10 ( dez ) anos ( Parágrafo único do Art. 1.238 - CC)


2 – Pelo Registro do Título

Não basta um simples acordo de vontades entre o transmitente e o comprador,


para a aquisição de propriedade imóvel. Da mesma forma, para transferir o
domínio, não basta por si só, o contrato de compra e venda. Assim sendo, somente
se opera essa transferência com a transcrição do título no registro imobiliário. A
transcrição no nosso direito é uma tradição solene que gera o direito real para o
comprador, transferindo-lhe, então, o domínio.

Os dois requisitos para aquisição de um imóvel são:

 acordo de vontades entre o transmitente e o adquirente, o qual deve


constar obrigatoriamente de escritura pública.
 registro do título translativo na circunscrição competente.

3- Por Acessão

Aquisição por acessão é o modo originário de adquirir uma propriedade, em


virtude do qual ao proprietário fica pertencendo tudo quanto se une ao seu bem.
Os casos previstos no Art. 1.248 do Código Civil dependem do concurso de dois
pontos importantes:

 a conjunção entre duas coisas que até então estavam separadas;


 caráter o acessório de uma dessas coisas, confrontando com a outra.

O Código Civil explica a acessão de cinco formas em relação à propriedade imóvel,


em seu Art. 1.248:

I - por formação de ilhas.

II - por aluvião.

III - por avulsão.

IV - por abandono de álveo.

V - por plantações ou construções.

Modelos de Procuração
PROCURAÇÃO (Modelo 1)

Pelo presente instrumento particular de Procuração, João da Silva, brasileiro casado,


comerciário, RG n.º x, CPF n.º x, residente e domiciliado nesta cidade, na rua Afonso
Pena, n.º 30, São Paulo, constitui e nomeia seu bastante procurador Manuel Souza,
brasileiro, solteiro, advogado, OAB n.º xxxxx, residente e domiciliado nesta cidade,
conferindo-lhe os poderes da cláusula "AD JUDICIA" e para substabelecer.

São Paulo,

_________________________

João da Silva

PROCURAÇÃO (Modelo 2)

Pelo presente instrumento particular de procuração, Manoel Souza, brasileiro, casado,


motorista, RG nº x, CPF nº x, residente e domiciliado nesta cidade, na rua Afonso Pena,
nº 30, São Paulo, nomeia e constitui seus bastantes procuradores José Carlos Lima,
brasileiro, casado, advogado, OAB nº xxxxx, residente e domiciliado nesta cidade e
José Silva, brasileiro, solteiro, advogado, OAB nº xxxxx, residente e domiciliado nesta
cidade, conferindo-lhes os poderes da cláusula "ad judicia" e especiais para acordar,
discordar, transigir, desistir, dar e receber quitação e substabelecer com ou sem reserva
de poderes, podendo agir conjunta ou separadamente independentemente da ordem de
nomeação.

São Paulo,

_________________________

Manoel Santos

PROCURAÇÃO (Modelo 3)

Pelo presente instrumento particular de procuração, Marieta do Rosário Silva, brasileira,


casada, professora, RG nº x, CPF nº x, residente e domiciliada nesta cidade, na rua
Afonso Pena, nº 30, São Paulo, na qualidade de representante legal da sua filha menor
impúbere, Paula Rosário Silva, nomeia e constitui sua bastante procuradora Marcela
Souza, brasileira, solteira, advogada, OAB nº xxxxxx, residente e domiciliada nesta
cidade, conferindo-lhe poderes da cláusula "ad judicia", para especificamente propor
ação de alimentos contra José Silva, podendo a citada procuradora praticar todos os atos
necessários para o fiel desempenho do presente mandato, inclusive acordar, discordar,
transigir, desistir, dar e receber quitação e substabelecer com ou sem reserva de poderes.

São Paulo,

_________________________________

Marieta do Rosário Silva


 

Observação:

Ad. Judicia – Para fins judiciais

◄ Aula 05 - Parte 2 - Elementos da Procuração

Honorários: Dizemos que a corretagem é devida quando da conclusão da


intermediação. Essa retribuição é devida ao Corretor de Imóveis com percentual
ajustado com o proprietário sobre o preço da transação.

Tabela de Comissões e Serviços:


O corretor deve contratar, previamente, por escrito e com exclusividade, a
prestação de seus serviços profissionais conforme Lei nº 6.530/78 e resolução
Cofeci 458/95.

A presente tabela deve ser observada nos contratos celebrados, especialmente


quanto aos limites mínimos nela estabelecidos, sendo vedado ao corretor contratar
e trabalhar com índice abaixo dos aqui estabelecidos.

Venda:
1-    Imóveis urbanos................................................................................06 a 08%

2-    Imóveis rurais....................................................................................08 a 10%

3-    Imóveis industriais............................................................................06 a 08%

4-    Venda Judicial.................................................................................. 05%

NOTA 1: Nas permutas, os honorários serão devidos pelos respectivos


proprietários a quem estes contrataram, calculado sob o valor de venda de cada
imóvel.

NOTA 2: Quando a transação envolver diversos imóveis, os honorários devidos


pelos respectivos proprietários a quem estes contrataram, calculados sobre o valor
de venda de cada um dos imóveis.

NOTA 3: Nos casos de vendas com transferência de financiamento os honorários


serão devidos sobre o total da transação realizada.
NOTA 4: Quando a transação imobiliária envolver mais de um corretor, os
honorários serão pagos a todos os participantes, em partes iguais, salvo ajuste em
contrário, firmado entre os interessados, por escrito.

NOTA 5: A mesma comissão será devida quando a proposta e a contraproposta


forem de igual valor e devidamente assinadas ou se as partes realizarem a
transação sem a presença do corretor, tendo feito a aproximação útil das partes.

Compra:
 Autorização expressa da procura de imóveis......................................................06 a 8%

Permuta e dação em pagamento:


Nas permutas e ou dações em pagamento, a Comissão será devida pelos
respectivos proprietários, sobre o valor de cada propriedade envolvida na
transação, observando-se a mesma porcentagem da venda, seja total ou parcial.

Hipotecas:
Sobre o valor do empréstimo................................................................................. 05%

ncorporação de área
I

edificada   (Horizontal ou Vertical)
·         Vendas de empreendimentos imobiliários, incluindo-se Organização e
Planejamento de Vendas.........................................................................................................06 a
08%

·         Vendas de imóveis com financiamento –SHF- carteira hipotecária e outras,


incluindo-se Organização e Planejamento de Vendas e acompanhamento dos
processos dos mutuários finais, até à escritura................................................07 a 09% 

Nota: Não estão incluídas nestas taxas as despesas de promoção e publicidade


geral.

Loteamentos

Estudo, organização de vendas de áreas loteadas (urbanas), já aprovadas e


registradas: ..................................................................................................................... 06 a 08%

Idem, rural ou fora da sede...........................................................................06 a 10%


Administração, controle e recebimento de prestações.................................05 a 10%

Nota: As despesas de promoção e outros atos de administração não estão


incluídas na Tabela acima.

Aula 01 - Amplie seus Conhecimentos


Tentativa: 1
Você sabia que:

1. Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto


ou serviço como destinatário final?

2. A lei define como serviço qualquer atividade fornecida no mercado de


consumo, mediante remuneração?

3. A atividade de intermediação é um serviço e como tal dentro da definição


legal do Código de Defesa do Consumidor?

4. A publicidade enganosa, a má informação ou a ocultação de fatos que


causem danos ao consumidor podem responsabilizar o corretor?

5. É considerada enganosa a publicidade ou informação que oculte defeitos ou


aponte qualidades que o bem não possua?

6. É considerado prática abusiva prevalecer-se da fraqueza ou ignorância do


consumidor, tendo em vista sua idade, conhecimento ou condição social,
para impingir-lhes produtos e serviços?

7. Nos contratos de compra e venda de imóveis mediante pagamento de


prestações, consideram-se nulas as cláusulas que estabeleçam perda total
das prestações pagas em benefício do credor que, em razão do
inadimplemento, pleitear a resolução do contrato e a retomada do imóvel?

Define-se como resolução dar por encerrado o contrato com o vencimento


antecipado das obrigações vincendas? AVALIAÇÃO DO IMÓVEL

FINALIDADE: Desenvolver a habilidade do aluno de reconhecer os fatores que, de


fato, devem ser observados para avaliação de um imóvel.

A lei da Oferta e da Procura influencia, em especial, o valor de um imóvel .


Deve se preponderar a comparação de valores de imóveis do mesmo local,
verificando entre outros fatores:

suas proporções: a largura ou a frente do terreno em relação à sua extensão ou


fundos;

seu aproveitamento: o número de metros quadrados de construção que as leis


vigentes permitem no terreno em apreço;

sua localização: a posição do terreno no logradouro, lado da sombra ou do sol,


frente sul e norte, distância das ruas ou logradouros que limitam a quadra, meio
comum de condução ou aproximação destes, vizinhança como fatores de
valorização ou desvalorização, largura e pavimentação do logradouro, serviços
urbanos como luz, água, gás, esgoto, telefones, etc..

Finalidade da Avaliação de um Imóvel

A avaliação tem como finalidade precípua a determinação do valor de um bem ou


de um direito sobre o mesmo, vindo daí a necessidade de se definir um valor. A
ideia de valor está intimamente ligada à de utilidade. A utilidade é a capacidade
que possuem certos entes para satisfazer uma necessidade e para que uma coisa
seja considerada útil, faz-se necessária a ocorrência de 03 (três) condições:

 existência de relação entre as qualidades dessa coisa e a necessidade ou


desejos;
 conhecimento da relação;
 possibilidade de ser utilizada.

Destacamos, em seguida, alguns sentidos mais utilizados em avaliação:

VALOR: é a expressão de uma necessidade, de um desejo ou de um capricho de


possuir um bem.

VALOR DE MERCADO: se refere ao preço que o mercado atribui a um


determinado bem ou serviço. Este valor é o único que pode ser levado em conta,
de modo que determina livremente a força da sociedade representada sob a oferta
e a demanda.

VALOR DE REPOSIÇÃO: O custo de reposição indica ao investidor qual seria o


montante de capital necessário para desenvolver um determinado imóvel
novamente, nas mesmas condições de localização e qualidade construtiva do que
ele está avaliando adquirir.
VALOR ECONÔMICO: é o valor que o bem ou coisa tem em função de sua
capacidade geradora de rendimento.

VALOR RENTÁVEL: é aquele que se obtém de uma propriedade, em função das


suas receitas líquidas presentes e futuras, segundo prognóstico feito com base nas
receitas de despesas recentes e na tendência dos negócios. No caso de imóvel,
quanto ele produziu e quanto poderá produzir, por exemplo, em um regime de
locação.

VALOR VENAL: é o valor fixado pelas autoridades ou agentes para fins de exação
(aplicável na determinação dos impostos a serem pagos) e não serve de base para
o estabelecimento do valor de mercado.

VALOR CONTÁBIL: é o valor constante dos livros contábeis da empresa, atualizado


com aplicação das deduções para depreciação e acréscimos permitidos pela Lei
para a reavaliação consequente da influência inflacionária.

VALOR DE TROCA: é o valor atribuível ao bem ou coisa quando é dado em


pagamento parcial ou total por ocasião de troca por outro bem ou coisa.

VALOR DEPRECIADO: é o valor do bem ou coisa após a dedução de todas as


parcelas atribuíveis à depreciação física, de uso e de obsolescência.

VALOR À VISTA: é o preço efetivamente pago em moeda corrente por um item


específico de propriedade e é aplicável em avaliações somente em casos
específicos.

VALOR DO INVESTIMENTO: é o valor atribuído ao bem ou coisa quando


oferecido para integralizar um investimento.

VALOR DE LOCAÇÃO: é o valor atribuído ao bem ou coisa para fins de


estabelecimento da instituição devido a título de taxa de locação ou utilização
(aluguel).

VALOR EFETIVO ou SENTIMENTAL: é o valor ligado à propriedade na posse das


famílias antigas os quais, em razão de laços pessoais, não desejam partilhar sua
posse. Não serve de base para a determinação de valor de mercado.

VALOR DE MERCADO: é o valor de um imóvel em função de inúmeros fatores,


como:

 suas proporções;
 seu aproveitamento;
 sua localização.
O valor do imóvel costuma ser estabelecido de acordo com 03 (três) critérios
básicos:

 custo;
 mercado;
 rentabilidade.

Valor do Imóvel conforme o custo: é o critério que considera o custo do terreno


e da construção à época de sua  realização ou quanto custaria no momento.

Valor do imóvel conforme o mercado: é o critério que engloba todos os fatores


que, direta ou indiretamente, interferem na valorização do imóvel. Tratando-se de
concorrência pública, verifica-se a oscilação que sofre o preço do imóvel.

Valor do imóvel conforme a rentabilidade: é o critério que considera a renda que


o imóvel poderia proporcionar ao seu proprietário. É feito à base da Matemática
Financeira e leva em conta o fato de que se considera o aluguel de um imóvel
como renda perpétua

. AVALIAÇÃO DO IMÓVEL

FINALIDADE: Desenvolver a habilidade do aluno de reconhecer os fatores que, de


fato, devem ser observados para avaliação de um imóvel.

A lei da Oferta e da Procura influencia, em especial, o valor de um imóvel .

Deve se preponderar a comparação de valores de imóveis do mesmo local,


verificando entre outros fatores:

suas proporções: a largura ou a frente do terreno em relação à sua extensão ou


fundos;

seu aproveitamento: o número de metros quadrados de construção que as leis


vigentes permitem no terreno em apreço;

sua localização: a posição do terreno no logradouro, lado da sombra ou do sol,


frente sul e norte, distância das ruas ou logradouros que limitam a quadra, meio
comum de condução ou aproximação destes, vizinhança como fatores de
valorização ou desvalorização, largura e pavimentação do logradouro, serviços
urbanos como luz, água, gás, esgoto, telefones, etc..

Finalidade da Avaliação de um Imóvel


A avaliação tem como finalidade precípua a determinação do valor de um bem ou
de um direito sobre o mesmo, vindo daí a necessidade de se definir um valor. A
ideia de valor está intimamente ligada à de utilidade. A utilidade é a capacidade
que possuem certos entes para satisfazer uma necessidade e para que uma coisa
seja considerada útil, faz-se necessária a ocorrência de 03 (três) condições:

 existência de relação entre as qualidades dessa coisa e a necessidade ou


desejos;
 conhecimento da relação;
 possibilidade de ser utilizada.

Destacamos, em seguida, alguns sentidos mais utilizados em avaliação:

VALOR: é a expressão de uma necessidade, de um desejo ou de um capricho de


possuir um bem.

VALOR DE MERCADO: se refere ao preço que o mercado atribui a um


determinado bem ou serviço. Este valor é o único que pode ser levado em conta,
de modo que determina livremente a força da sociedade representada sob a oferta
e a demanda.

VALOR DE REPOSIÇÃO: O custo de reposição indica ao investidor qual seria o


montante de capital necessário para desenvolver um determinado imóvel
novamente, nas mesmas condições de localização e qualidade construtiva do que
ele está avaliando adquirir.

VALOR ECONÔMICO: é o valor que o bem ou coisa tem em função de sua


capacidade geradora de rendimento.

VALOR RENTÁVEL: é aquele que se obtém de uma propriedade, em função das


suas receitas líquidas presentes e futuras, segundo prognóstico feito com base nas
receitas de despesas recentes e na tendência dos negócios. No caso de imóvel,
quanto ele produziu e quanto poderá produzir, por exemplo, em um regime de
locação.

VALOR VENAL: é o valor fixado pelas autoridades ou agentes para fins de exação
(aplicável na determinação dos impostos a serem pagos) e não serve de base para
o estabelecimento do valor de mercado.

VALOR CONTÁBIL: é o valor constante dos livros contábeis da empresa, atualizado


com aplicação das deduções para depreciação e acréscimos permitidos pela Lei
para a reavaliação consequente da influência inflacionária.

VALOR DE TROCA: é o valor atribuível ao bem ou coisa quando é dado em


pagamento parcial ou total por ocasião de troca por outro bem ou coisa.
VALOR DEPRECIADO: é o valor do bem ou coisa após a dedução de todas as
parcelas atribuíveis à depreciação física, de uso e de obsolescência.

VALOR À VISTA: é o preço efetivamente pago em moeda corrente por um item


específico de propriedade e é aplicável em avaliações somente em casos
específicos.

VALOR DO INVESTIMENTO: é o valor atribuído ao bem ou coisa quando


oferecido para integralizar um investimento.

VALOR DE LOCAÇÃO: é o valor atribuído ao bem ou coisa para fins de


estabelecimento da instituição devido a título de taxa de locação ou utilização
(aluguel).

VALOR EFETIVO ou SENTIMENTAL: é o valor ligado à propriedade na posse das


famílias antigas os quais, em razão de laços pessoais, não desejam partilhar sua
posse. Não serve de base para a determinação de valor de mercado.

VALOR DE MERCADO: é o valor de um imóvel em função de inúmeros fatores,


como:

 suas proporções;
 seu aproveitamento;
 sua localização.

O valor do imóvel costuma ser estabelecido de acordo com 03 (três) critérios


básicos:

 custo;
 mercado;
 rentabilidade.

Valor do Imóvel conforme o custo: é o critério que considera o custo do terreno


e da construção à época de sua  realização ou quanto custaria no momento.

Valor do imóvel conforme o mercado: é o critério que engloba todos os fatores


que, direta ou indiretamente, interferem na valorização do imóvel. Tratando-se de
concorrência pública, verifica-se a oscilação que sofre o preço do imóvel.

Valor do imóvel conforme a rentabilidade: é o critério que considera a renda que


o imóvel poderia proporcionar ao seu proprietário. É feito à base da Matemática
Financeira e leva em conta o fato de que se considera o aluguel de um imóvel
como renda perpétua. Garantias de um Negócio:

Como garantia de um negócio seguro e perfeito, deve-se exigir que o vendedor


apresente os seguintes documentos:
1. Título de propriedade devidamente registrado e regularizado;

2. Certidão de filiação de domínio pelo prazo de 20 (vinte) anos;

3. Certidão negativa de ônus pelo prazo de 20 (vinte) anos, repetindo os nomes dos
proprietários, da mesma forma que na certidão de filiação de domínio;

4. Certidão negativa de ações reais e pessoais reipersecutórias pelo prazo de 10


(dez) anos, em nome do proprietário atual e de seus antecessores compreendidos
neste período;

5. Certidão negativa de protestos de títulos pelo prazo de 5 (cinco) anos, em nome


do atual proprietário ou de seus antecessores dentro deste período;

6. Certidão negativa de ações fiscais pelo prazo de 5 (cinco) anos em nome do atual
proprietário ou de seus antecessores dentro deste período;

7. Certidão negativa de registro de títulos e documentos pelo prazo de 10 (dez)


anos, sob a responsabilidade do atual proprietário e/ou dos antecessores neste
mesmo período;

8. Certidões negativas de impostos e taxas expedidas pelas repartições Federal,


Estadual e Municipal, em nome do atual proprietário;

9. Certidão negativa expedida pela Secretaria Municipal de Obras e Serviços


Públicos, atestando se o imóvel está ou não sujeito à área de recuo ou investidura
ou se está sujeito à zona de influência do metrô;

10. Certidão de ações penais referentes ao crime contra o Patrimônio e contra a


Administração Pública, pelo prazo de 10 (dez) anos;

11. Certidão de quitação expedida pela repartição previdenciária, para os casos a


que se obrigam as pessoas físicas e jurídicas;

12. Certidão comprovando que a associação ou sociedade civil se acha formalizada


diante do Cartório de Registro Civil das pessoas Jurídicas;

13. Certidão comprovando e regularizando a firma comercial ou sociedade


anônima perante o Registro do Comércio;

14. Documento legal se o imóvel estiver alugado, provando a desistência do


inquilino quanto à preferência de aquisição;

15. Antes de se lavrar o instrumento, quem o fizer deve verificar da necessidade ou


não, de algumas providências, tais como:

·   averbação da construção
·   averbação da demolição;

·   averbação da alteração do nome de rua, do número e demolição do imóvel;

·   averbação da reconstrução;

·   averbação de desmembramento;

·   averbação de alteração do nome do vendedor e ou de seu cônjuge;

·   averbação do estado civil do vendedor e/ou de seu cônjuge;

·   reconhecer as firmas dos vendedores e testemunha em títulos de instrumento


particular.

Transcrição
Estão sujeitos à transcrição, no respectivo Registro, os títulos translativos da
propriedade imóvel, por ato inter vivos.

RESUMO

Quanto à AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS (levantamento sistemático do imóvel pela


análise de mercado), o corretor deverá observar os seguintes itens:

1 – Obter autorização ou contrato de prestação de serviços para avaliação de


imóvel;

2 – Analisar a situação legal do imóvel:

 Se a documentação do imóvel está em ordem;


 Se não consta nenhum tipo de ônus sobre o imóvel (certidão do cartório de
registro de imóveis) ou sobre os proprietários;
 Solicitar uma Certidão junto à Prefeitura para verificar se não existem
débitos de IPTU e outras taxas municipais. Em caso de edifícios, solicitar a
declaração de débitos condominiais, que deverá ser assinada pelo síndico.
 Realizar a supervisão jurídica completa na compra do imóvel:

 - Exame técnico do Título de Propriedade do Vendedor antes do pagamento do


sinal;

- Obtenção de certidão atualizada do Imóvel junto ao Registro de Imóveis;


- Exame técnico da situação legal do imóvel antes do pagamento do sinal;
- Elaboração do recibo de sinal e princípio de pagamento por advogado
especializado com a estipulação de todas as obrigações do Vendedor e garantindo
todos os direitos do Comprador;

- Acompanhamento pessoal de Advogado junto ao Comprador no ato do


pagamento do Sinal;

- Obtenção junto aos cartórios municipais, estaduais e federais das certidões


negativas do vendedor;

- Exame técnico de toda a documentação pessoal e das certidões negativas do


vendedor;

- obtenção junto aos cartórios e repartições públicas de toda a documentação do


imóvel;

- Exame técnico de toda a documentação do imóvel a ser adquirido;


- levantamento da situação física do imóvel junto ao departamento de projetos da
prefeitura municipal;

- processamento do imposto de transmissão para assinatura da escritura pública;


- levantamento da situação fiscal do imóvel quanto ao pagamento das despesas de
condomínio, do imposto predial ou territorial e da taxa de incêndio, em nível
extrajudicial e judicial;

- pagamento do Imposto de transmissão junto à prefeitura municipal;


- acompanhamento pessoal de advogado junto ao comprador na assinatura da
escritura pública;

- assinatura da escritura pública na presença de escrevente juramentado do


cartório de notas;

- processamento do registro da Escritura Pública no Registro de Imóveis;

- entrega ao Comprador da Escritura Pública de compra do Imóvel totalmente


legalizada;

- alteração para o nome do Comprador no carnê do IPTU.

3 – conferir plantas e áreas do imóvel;

4 – analisar localização e posição do imóvel:

A localização é o fator mais importante em termos de avaliação do imóvel. É por


meio da localização que se classifica um terreno em urbano ou rural, assim como
outras características que venham valorizar ou desvalorizar o imóvel.
Se o terreno for urbano: verificar o zoneamento de uso do solo a que pertence e  o
que se pode construir nele. A extensão da área urbana é fornecida pela Prefeitura
Municipal. A área urbana poderá englobar não só a sede da municipalidade, mas
também distritos.

Se o terreno for rural: verificar se está localizado em região metropolitana e, em


caso afirmativo, a subdivisão mínima do terreno é de 02 Hectares. Fora da região
metropolitana a subdivisão do terreno é de 03 Hectares.

Aula 02 - Amplie seus Conhecimentos


Destaque a afirmativa errada:

Valor é o preço que se atribui a um bem para que ele seja negociado no mercado.

Valor é o que determinamos a um ato praticado por alguém.

Valor é o que uma determinada pessoa tem ou que se atribui a um bem.

Valor é aquele que se coloca no dinheiro.

Aula 02 - Amplie seus Conhecimentos


Assinale as afirmativas verdadeiras com (V) e as falsas com (F):

A avaliação é um levantamento sistemático do valor do imóvel pela análise do


mercado.

                                   

A poluição sonora, ambiental e ecológica não influem na determinação do valor de


uma propriedade.

                                   

A infraestrutura do comércio e de serviços públicos são fatores a considerar numa


avaliação.

                                   
A facilidade de locomoção, a presença de vias asfaltadas e de fácil acesso, com um
sistema regular de transportes, nada significam numa avaliação, já que toda a
cidade tem isso.

                                   

Ler anúncios em jornais e revistas, consultar colegas, empresas especializadas,


comparar preços, enfim, fazer pesquisa, é uma boa forma de avaliar. Aula 02 -
Amplie seus Conhecimentos
Gabarito
Gabarito
Questão 1 =  c

Questão 2 =  V,F,V, F,V

Aula 02 - Amplie seus Conhecimentos


Você chegou ao fim desta lição
A sua pontuação é 1 (de 2).

A sua nota atual é 5.0 sobre 10

Aula 02 - Amplie seus Conhecimentos


Tentativa: 1
Você sabia que:
VALOR

1. A avaliação deve ser feita sempre com o maior critério?

2. Uma avaliação feita em sentido contrário ao sentimento do cliente, cria nele


ou o desinteresse por nosso trabalho, ou uma falsa expectativa que vai
retardar a venda?

3. Valor pode ser uma apreciação adjetiva, quando estabelecido em razão de


méritos?

4. Valor é uma apreciação substantiva como o que se coloca no meio


circulante?

5. Valor é aquele representado pelo preço que se atribui aos bens colocados
no mercado?

6. Um imóvel, na mesma rua e com a mesma metragem, não tem o mesmo


valor e, geralmente, não se vende pelo mesmo preço?
7. Valor de mercado é aquele encontrado por um vendedor desejoso de
vender, mas não forçado, e um comprador desejoso de comprar, mas
também não forçado, tendo ambos pleno conhecimento das condições de
compra e venda e de utilização da propriedade?

8. Valor de reposição refere-se àquele valor de propriedade determinado na


base que ela custaria para ser substituída por outra igualmente satisfatória?

9. Valor rentábil se obtém pela apuração das receitas líquidas presentes e


futuras, tomando como base as receitas e despesas recentes e a tendência
dos negócios?

10. Valor de Taxação é obtido pelo lançamento do valor da propriedade na


determinação do imposto?

11. A avaliação consiste num levantamento sistemático, pela análise do


mercado?

12. O bairro, a presença de terrenos não construídos, a vizinhança, presença de


qualquer forma de poluição, a facilidade de locomoção e a infraestrutura de
comércio e de equipamentos públicos são fatores consideráveis numa boa
avaliação?

13. A consulta em jornais e revistas, aos colegas e empresas especializadas, são


fatores importantes numa boa avaliação?

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