Você está na página 1de 7

Sociedade Egípcia:

-A sociedade do Antigo Egipto apresentava uma estrutura fortemente hierarquizada (distribuição dos poderes). Em
termos gerais podem distinguir-se três níveis com uma importância decrescente: o nível composto pelo faraó, nobres e
altos funcionários; o nível constituído por outros funcionários, por escribas , altos sacerdotes e generais; e por último,
o nível composto pelos agricultores, artesãos e sacerdotes onde estava a larga maioria da população.

Homens e mulheres usavam adornos, como pulseiras, anéis e brincos. Estes adornos continham pedras preciosas e
frequentemente amuletos, dado que os Egípcios eram um povo supersticioso

A mulher:

-Apesar de ser praticamente igual ao homem do ponto de vista legal, a mulher no Antigo Egipto estava
relegada a uma posição secundária. Os seus papéis principais eram os de esposa, mãe ou amante.
Encontraram-se em geral excluídas dos cargos de administração e do governo, com excepção de algumas
rainhas que governaram o Egipto como último recurso (enquanto regentes na menoridade do faraó ou em
casos em que o faraó não teve filhos do sexo masculino).

Uma importante esfera de acção da mulher era a religiosa, que era o centro da civilização egípcia. O panteão
egípcio tinha como principal divindade a deusa Ísis (deusa da mitologia Egípcia conhecida como a deusa da
simplicidade e protectora da natureza e da magia).

Durante a Época Baixa o cargo de adoradora divina de Amon em Tebas implicou uma certa dose de poder e
riqueza; porém, as mulheres que ocuparam este cargo foram em geral filhas ou esposas do faraó.

Escravatura:

-A escravatura não teve no Antigo Egipto a dimensão que alcançou em outras civilizações da Antiguidade,
como na Grécia ou em Roma. Foi bastante expressiva no Império Novo, em resultado das campanhas
militares egípcias na Ásia, das quais resultaram muitos prisioneiros. Os escravos poderiam trabalhar no
exército, no palácio real e nos templos. As suas condições de vida não eram muito diferentes das dos
trabalhadores livres; podiam arrendar terras e casar com mulheres livres. Um escravo poderia ser libertado a
qualquer momento, bastando para tal uma declaração do dono perante testemunhas.

Grupos sociais:
Faraó - era um rei todo-poderoso, proprietário de todo o território. Os campos, os desertos, as minas, os
rios, os homens, as mulheres, o gado e todos os animais tudo lhe pertencia. Ele era ao mesmo tempo rei,
juiz, sacerdote, tesoureiro, general. Era ele que decidia e dirigia tudo, mas, não podendo estar em todos os
lugares, distribuía obrigações para centenas de funcionários que o auxiliavam na administração do Egipto. A
sagrada figura do faraó era elemento básico para a unidade de todo o Egipto. O povo via no faraó a sua
própria sobrevivência e a esperança na felicidade.

Sacerdotes - tinham enorme prestígio e poder, tanto espiritual como material, pois administrava as riquezas
e os bens dos grandes e ricos templos. Eram também os sábios do Egipto, guardadores dos segredos das
ciências e dos mistérios religiosos com seus inúmeros deuses.

Altos funcionários – eram os responsáveis e pela administração do império. O mais importante foi oTjati que
controlava a arrecadação de impostos, chefiava a polícia, fiscalizava as construções e as obras públicas, alem de
presidir o mais alto tribunal de justiça e ser o chefe das tropas.

Nomarcas - eram administradores das províncias ou nomos. Assumiam funções importantes em suas
províncias, como as de juízes e chefe político e militar, mas estavam subordinados ao poder de faraó.

Soldados - defendiam o reino e auxiliavam na manutenção de paz. Eram respeitados pelo faraó e pela
sociedade. Tinham direito a vários benefícios, o que lhes garantia prestígio e riquezas.

Escribas - provenientes das famílias ricas e poderosas, aprendiam a ler e a escrever e se dedicavam a
registar, documentar e contabilizar documentos e actividades da vida no Egipto.

Artesãos - Os artesãos trabalhavam especialmente para os reis, para a nobreza e para os templos. Faziam
belas peças de adorno, utensílios, estatuetas, máscaras funerárias. Trabalhavam muito bem com madeira,
cobre, bronze, ferro, ouro e marfim.

Comerciantes - os comerciantes dedicavam-se ao comércio em nome dos reis e nobres ou em nome próprio,
comprando, vendendo ou trocando produtos com outros povos, como cretenses, fenícios, povos da Somália,
da Síria, da Núbia, entre tantos outros. O comércio forçou a construção de grandes barcos cargueiros.

Camponeses - formavam a maior parte da população. Os trabalhos dos campos eram organizados e
controlados pelos funcionários do faraó, pois todas terras eram do governo. As enchentes, os trabalhos de
irrigação, semeada, colheita, armazenamento dos grãos originavam trabalhos pesados e mal remunerados. O
pagamento geralmente era feito com uma pequena parte dos produtos colhidos e era apenas o suficiente para
sobreviverem. Viviam em cabanas humildes e vestiam-se de maneira muito simples. Os camponeses
prestavam serviços também nas terras dos nobres e nos templos.

Escravos - eram, na maioria, perseguidos entre os vencidos nas guerras.

Religião:
O politeísmo egípcio:

-Os Egípcios eram um povo extremamente religioso. Acreditavam na existência de numerosos deuses, isto é,
eram politeístas. Deuses mais importantes e adorados em todo o Egipto (porque haviam os deuses locais e
os nacionais – mais importantes) eram:
-Amon-Ré, o deus-Sol, o mais venerado de todos.
-Osíris, que os egípcios acreditavam ter sido o primeiro rei-deus a governar a Terra egípcia e que presidia ao
julgamento dos mortos.
-Ísis, esposa de Osíris e mãe de Hórus, o deus-falcão, protector dos faraós.
-outras divindades, como Tot, deus da sabedoria, Hathor, deusa da fertilidade, Maet, deusa da justiça.

As representações dos deuses poderiam ser antropomórficas (forma humana), zoomórficas (forma de
animal) ou uma combinação de ambas. Contudo, os Egípcios em momento algum acreditaram, por exemplo,
que o deus Hórus, muitas vezes representado com um homem com cabeça de falcão, tivesse de facto aquele
aspecto. A associação dos deuses com determinados animais relacionava-se com a atribuição ao deus de
uma característica desse animal (no caso de Hórus a rapidez do falcão).

Imortalidade:

-Os Egípcios acreditavam que, depois da morte, existia uma outra vida, isto é, acreditavam na imortalidade
da alma. Após a morte, a alma iria comparecer no tribunal de Osíris, onde seria julgada. Se a sua vida
terrena o merecesse, receberia como recompensa a vida eterna.

Era, todavia, necessário que o corpo se conservasse, incorrupto. Para que a alma pudesse voltar a habitá-lo.
Por isso, os corpos dos mortos eram mumificados. A múmia era metida dentro de um sarcófago e colocada
no túmulo, juntamente com alimentos, utensílios, etc. Nas paredes do túmulo eram representadas cenas da
vida terrena ou da vida eterna, através de pinturas ou de baixos relevos.

Julgamentos dos mortos – Os Egípcios acreditavam que depois da morte, a alma seria julgada no tribunal
de Osíris. O defunto (o morto) fazia uma confissão a Osíris dizendo que era puro e Anúbis pesava o coração
do morto enquanto Tot anota o resultado da passagem. Se o coração pesasse mais do que uma pena é
porque, em vida, o defunto ter sido mau então este seria devorado pelo monstro com cabeça de crocodilo
que esperava junto a balança. Se pelo contrário, fosse bom, viveria para sempre e alma poderia regressar ao
corpo.

-julgamento dos mortos. 5


Agricultura:
O Egipto é um território desértico atravessado por um grande rio, o Nilo, que corre de sul para norte. A terra
fértil limita-se a um estreita faixa de campos verdejantes, nas margens, que por vezes não chega a uma
dezena de quilómetros de largura. Apenas junto à foz, na região do Delta, se alargam as terras cultiváveis.
Todos os anos, em Junho/Julho, as águas do rio começavam a subir lentamente, inundando os campos e
fertilizando-os com um lodo denso e rico. Então para os egípcios a inundação era uma “dádiva dos deuses”.

Quando os primeiros Egípcios chegaram às margens do Nilo, as terras eram pantanosas. Para as tornar
cultiváveis foi necessário fazer obras de drenagem, bem como de regularização e distribuição de águas,
através da construção de diques e canais. Para elevar a água e irrigar os campos, os Egípcios utilizavam a
picota (instrumento que serve para elevar a água dos rios ou dos poços).
Os Egípcios cultivavam cereais, linho, vinha, legumes e árvores de fruto. Colhiam também o papiro que
servia para fazer uma espécie papel; criavam também o gado bovino, os burros, os carneiros, etc. Não
faltava a caça pois a quantidade de peixe no rio Nilo era abundante.

Comércio
O comércio no Egipto funcionava a base de trocas, pois não conhecia o dinheiro naquela época. Essa
prática tornou-se mais intensa no novo Império, quando as importações e exportações se
intensificaram com os contactos comercias com a ilha de Creta, a Palestina, Fenícia e a Síria.

Além disso, desenvolveram uma indústria bastante artesanal, com produção de armas, barcos,
cerâmica, tijolos, tecidos, objectos de vidro, couro e metais. Todos esses produtos que eram
produzidos pelos artesãos eram exportados. Os produtos mais importados pelos egípcios eram o
marfim, peles de animais, perfumes e outros utensílios usados pelos ricos. Os egípcios primitivos
aprenderam a usar o cobre e o ouro. Forjavam ferramentas, armas e jóias. Já no novo Império,
inventaram foles que eram operados com o pé. O metal derretido era despejado em formas.

Arte:
A arte no Egipto, destinava-se, sobretudo, a glorificar os deuses e o faraó. Os monumentos egípcios revelam
gosto pelo grandioso, pelo duradouro, pelo eterno.

Os arquitectos egípcios construíram majestosos templos de pedra. Um dos elementos arquitectónicos mais originais
desses templos, inventado pelos próprios Egípcios, é o sistema de suporte de tectos, através de colunas. Estas colunas
inspiraram-se na Natureza, lembrando palmeiras, papiros e a flor de lótus. As paredes dos templos eram decoradas
com baixos-relevos, representando cenas religiosas da guerra. Os Egípcios construíram também funerários. No 3º
milénio foram edificadas sobretudo pirâmides. As maiores e mais impressionantes pirâmides são as do planalto de
Guiza (Gizé), na margem esquerda do Nilo.

Artesanato:
-No Egipto encontravam-se muito desenvolvidas as actividades artesanais, sobretudo tecelagem, metalurgia,
cerâmica, ourivesaria, fabrico de vidros e de mobiliário. Os produtos artesanais eram geralmente de
excelente qualidade.

2
Características gerais:
Em tempos recuados o Egipto foi uma savana. Quando se inicia o Neolítico, por volta de 6000 a.C., o
território já tinha adquirido as características áridas que o caracterizam actualmente. O Egipto era
essencialmente agrícola, pois não sobrava terra e vegetação suficiente para criar muitos rebanhos. À custa da
pobreza dos camponeses eram cultivados cevada, trigo, lentilhas, árvores frutíferas e videiras. Estes faziam o
pão, a cerveja e o vinho. Então o Nilo era a sua fonte de vida já que viviam da agricultura; oferecendo
também peixes em abundância. Localizado no nordeste africano com um clima semi-árido e chuvas escassas
ao longo do ano, o vale do rio Nilo é um oásis em meio a uma região desértica. Durante a época das cheias,
o rio depositava em suas margens uma lama fértil na qual durante a vazante eram cultivados cereais e
hortaliças

O Egipto passou por várias épocas e dinastias:

Época Tinita - As manifestações artísticas deste período revelam já uma grande perfeição e o culto dos
mortos e a mumificação já eram praticados. O culto da maior parte das divindades egípcias também se
encontrado atestado.

Império Antigo e Primeiro Período Intermediário - O Primeiro Período Intermediário assistiu afirmação
de duas dinastias rivais, a de Heracleópolis Magna (Baixo Egipto) e a de Tebas (Alto Egipto). As mudanças
climáticas a que o território foi sujeito neste período, tornaram o clima mais seco, provocaram fracas
colheitas e a fome.

Império Médio - O Egipto do Império Médio manteve relações diplomáticas com Fenícia e com Creta,
tendo também realizado expedições comerciais ao Punt.

Segundo Período Intermediário - Os Hicsos introduziram elementos novos na civilização egípcia como o
cavalo, os carros de guerra, novos métodos de fiação e tecelagem e novos instrumentos musicais.

Império Novo – decorreu entre a XVII dinastia e a XX, foi marcado pela paz e florescer das artes.

Terceiro Período Intermediário e Época Baixa - O Egipto é governado por algumas dinastias
estrangeiras.

Dinastia ptolomaica - Em 332 a.C., Alexandre, o Grande conquistou o Egipto com pouca resistência por
parte dos Persas e foi saudado pelo egípcios como um libertador. A administração criada pelos sucessores de
Alexandre, a Ptolomaica, foi baseada no modelo egípcio e teve como base a nova cidade de Alexandria. A
cidade foi feita para mostrar o poder e o prestígio do Estado grego, e tornou-se um lugar de aprendizado e
cultura, centrada na famosa Biblioteca de Alexandria.

Época Greco-romana - Em 404 a.C. os Egípcios conseguiram reconquistar o poder, mas os Persas tomam
de novo o país em 343 a.C. .Em 332 a.C. Alexandre Magno conquista o Egipto; quando morre, em 323 a.C.,
Ptolomeu, um dos seus generais, torna-se governador e em 305 a.C. rei. Ptolomeu, de origem macedónia, dá
origem à dinastia dos Lágidas que governa o Egipto nos próximos três séculos. A última representante desta
dinastia foi a famosa rainha Cleópatra VII, derrotada em 31 a.C. pelos Romanos na Batalha de Ácio. Em 30
a.C. o Egipto transformou-se numa província de Roma, administrada por um prefeito de origem equestre.
Enquanto província, o Egipto teve uma importância fundamental para Roma, pois era do seu território que
vinha o cereal do império.

1
Poder Político:
O governante (faraó) era soberano hereditário, absoluto e considerado uma encarnação divina. Era auxiliado
pela burocracia estatal nos negócios de Estado.

Havia uma forte centralização do poder com anulação dos poderes locais devido à necessidade de
conjugação de esforços para as grandes construções.

O governo era proprietário das terras e cobrava impostos das comunidades camponesas (servidão colectiva).
Os impostos podiam ser pagos via trabalho gratuito nas obras públicas ou com parte da produção.

Fim do desenvolvimento

Conclusão:

- O Egipto era um país religioso que acreditava na vida depois da morte, e com um povo dividido em
diversos escalões(faraó,sacerdote,etc.) que vivia a base do rio Nilo tendo por isso uma economia produtora
no geral.
-Olho de Hórus.

Você também pode gostar