Você está na página 1de 120

FERTILIZAÇÃO FLORESTAL

Márcia Toffani Simão Soares


Pesquisadora Embrapa Pantanal
TEMAS ABORDADOS

1. Demanda e fases nutricionais das espécies florestais.

2. Interação planta - solo – nutrientes.

3. Estratégia de fertilização florestal.


COMO AUMENTAR A EFICIÊNCIA DA FERTILIZAÇÃO?

Produção Florestal

&
Sustentabilidade
FERTILIZAÇÃO E NUTRIÇÃO
FLORESTAL
1. CONHECENDO A FASE NUTRICIONAL DA ESPÉCIE
FASES NUTRICIONAIS DO POVOAMENTO
FLORESTAL - EUCALIPTO
Fase inicial e intermediária: Antes do Fase final:
fechamento das copas Após o fechamento das copas

Fonte: Gonçalves et al., 2000


FASES NUTRICIONAIS DO POVOAMENTO FLORESTAL
- INICIAL
I. Assegurar água e nutrientes 1-3 meses pós-plantio
(alocação de
fotoassimilados e
nutrientes p/ síntese de

Foto: Márcia Toffani S. Soares


raízes).
FASES NUTRICIONAIS DO POVOAMENTO FLORESTAL
- INTERMEDIÁRIA
I. Intenso crescimento e acúmulo + 3 meses pós-plantio
de nutrientes;
II. ↑↑absorção de nutrientes;
Expansão copas
III. Produtos da fotossíntese são
alocados para a formação:

Foto: Márcia Toffani S. Soares


I. da copa;
II. sistema radicular
(especialmente raízes finas).

Raízes finas
E. Grandis aos três meses pós-plantio
FASES NUTRICIONAIS DO POVOAMENTO FLORESTAL
– INICIAL E INTERMEDIÁRIA

Fonte: Gonçalves et al., 2000


FASES NUTRICIONAIS DO POVOAMENTO FLORESTAL
– INICIAL E INTERMEDIÁRIA
Maior dependência da
fertilidade do solo como

Fonte: Gonçalves et al., 2000


fonte de nutrientes
FASES NUTRICIONAIS DO POVOAMENTO FLORESTAL
– INICIAL E INTERMEDIÁRIA
Maior dependência da
fertilidade do solo como

Fonte: Gonçalves et al., 2000


fonte de nutrientes
Maior potencial de
resposta à fertilização
FASES NUTRICIONAIS DO POVOAMENTO FLORESTAL
– INICIAL E INTERMEDIÁRIA
Maior dependência da
fertilidade do solo como

Fonte: Gonçalves et al., 2000


fonte de nutrientes
Maior potencial de
resposta à fertilização
Maiores os riscos de perda
de nutrientes (erosão e
lixiviação)
FASES NUTRICIONAIS DO POVOAMENTO FLORESTAL
– INICIAL E INTERMEDIÁRIA
FECHAMENTO COPAS

Fonte: Gonçalves et al., 2000


I. Área foliar tende
para o máximo.
II. Demanda
nutricional muito
elevada.
FASES NUTRICIONAIS DO POVOAMENTO FLORESTAL
– INICIAL E INTERMEDIÁRIA
APÓS FECHAMENTO
COPAS

Fonte: Gonçalves et al., 2000


I. Ciclagem bioquímica
e biogeoquímica.
II. Potencial de
resposta à fertilização
moderado a baixo.
FASES NUTRICIONAIS DO POVOAMENTO FLORESTAL
– INICIAL E INTERMEDIÁRIA
O período de crescimento (do plantio até o tocar nas copas) é o de
maior potencial de resposta à fertilização.
FERTILIZAÇÃO E NUTRIÇÃO
FLORESTAL
2. CONHECENDO A FERTILIDADE DO SOLO
FERTILIDADE DO SOLO

A capacidade de um solo em fornecer nutrientes às plantas, nas


quantidades adequadas e proporções convenientes.
FERTILIDADE DO SOLO: ASPECTOS PEDOLÓGICOS

Relevo
Classe de solo
Textura
Profundidade do perfil
Drenagem
Atributos químicos
...
ANÁLISE QUÍMICA DO SOLO (PARA FINS DE
FERTILIDADE)
Simples, de fácil avaliação, fundamental para a recomendação de
adubação e calagem

Erro na amostragem / coleta de amostras → erro na recomendação


de manejo → prejuízos
AMOSTRAGEM DE SOLO PARA AVALIAÇÃO DA
FERTILIDADE
Quando realizar:
3 a 6 meses do início das atividades de plantio (de acordo com o
planejamento operacional).
Em qualquer estágio nutricional das árvores
Amostragem:
Camada 0-20 cm.
Ocasionalmente, 20-40 e 40-60 cm.
FERTILIZAÇÃO E NUTRIÇÃO
FLORESTAL
3. DEFINIÇÃO DA ADUBAÇÃO FLORESTAL
(estratégias de fertilização)
COM FERTILIDADE DO SOLO + DEMANDA/FASE
NUTRICIONAL

1) A quantidade de nutrientes a ser aplicado no solo.

2) O tipo de fertilizante.

3) A época de aplicação do fertilizante.

4) A forma de aplicação do fertilizante.


DEFINIÇÃO DA ADUBAÇÃO FLORESTAL

Os critérios utilizados para recomendação de fertilizantes variam


(UF, empresa, etc).
Referencial:
Tabelas de interpretação de resultados de análise do solo e de
recomendação de fertilizantes.
Consideram a fertilidade química do solo (0-20 cm).
DEFINIÇÃO DA ADUBAÇÃO FLORESTAL
DEFINIÇÃO DA ADUBAÇÃO FLORESTAL
DEFINIÇÃO DA ADUBAÇÃO FLORESTAL
DEFINIÇÃO DA ADUBAÇÃO FLORESTAL

ETAPAS:
I. Calagem
II. Adubação de estabelecimento
III. Adubação de manutenção.
Definição da Adubação Florestal
I. CALAGEM
CALAGEM: PRINCÍPIO

Diminuição da acidez do solo (H+ + Al+3).


CALAGEM: PRINCÍPIO

Diminuição da acidez do solo (H+ + Al+3); ↑ ↑ H+ + Al+3, ↓ Ca+2, Mg+2


CALAGEM: PRINCÍPIO

Diminuição da acidez do solo (H+ + Al+3); ↑ ↑ H+ + Al+3, ↓ Ca+2, Mg+2

Fenômeno de troca catiônica → CaCO3 = sal que sede ao solo seu


cátion (Ca).
CALAGEM: PRINCÍPIO

Diminuição da acidez do solo (H+ + Al+3); ↑ ↑ H+ + Al+3, ↓ Ca+2, Mg+2

Fenômeno de troca catiônica → CaCO3 = sal que sede ao solo seu


cátion (Ca).
-
HCO3 (ácido fraco ) → receptor de +
H.
DEFINIÇÃO DA ADUBAÇÃO FLORESTAL: CALAGEM

Reação calcário com o solo


DEFINIÇÃO DA ADUBAÇÃO FLORESTAL: CALAGEM

Reação calcário com o solo


sal
umidade

Argila H
(carga -) + CaCO3 + H2O→
H
DEFINIÇÃO DA ADUBAÇÃO FLORESTAL: CALAGEM

Reação calcário com o solo


sal
umidade

Argila H Argila
(carga -) + CaCO3 + H2O→ (carga -) Ca
H
DEFINIÇÃO DA ADUBAÇÃO FLORESTAL: CALAGEM

Reação calcário com o solo


sal
umidade

Argila H Argila
(carga -) + CaCO3 + H2O→ (carga -) Ca + HCO3- + OH-
H
DEFINIÇÃO DA ADUBAÇÃO FLORESTAL: CALAGEM

Reação calcário com o solo


sal
umidade

Argila H Argila
(carga -) + CaCO3 + H2O→ (carga -) Ca + HCO3- + OH-
H

HCO3- + H+ → H2O + CO2


DEFINIÇÃO DA ADUBAÇÃO FLORESTAL: CALAGEM

Reação calcário com o solo


sal
umidade

Argila H Argila
(carga -) + CaCO3 + H2O→ (carga -) Ca + HCO3- + OH-
H

HCO3- + H+ → H2O + CO2


OH - + H + → H2O
DEFINIÇÃO DA ADUBAÇÃO FLORESTAL: CALAGEM

Reação calcário com o solo


sal
umidade

Argila H Argila
(carga -) + CaCO3 + H2O→ (carga -) Ca + HCO3- + OH-
H

HCO3- + H+ → H2O + CO2


OH - + H + → H2O
OH - + Al+3 → Al(OH)3
DEFINIÇÃO DA ADUBAÇÃO FLORESTAL: CALAGEM

Reação calcário com o solo


sal
umidade

Argila H Argila
(carga -) + CaCO3 + H2O→ (carga -) Ca + HCO3- + OH-
H

HCO3- + H+ → H2O + CO2


OH - + H + → H2O
Menor adsorção de P OH - + Al+3 → Al(OH)3
DEFINIÇÃO DA ADUBAÇÃO FLORESTAL: CALAGEM

Figura. Grau de
disponibilidade
de nutrientes
em função do
pH 2+Ca
2+Ca
+H
+H 2+Ca
2+Ca

+K
+K
Argila+MO
2+Ca
2+Ca
2+Mg
2+Mg
3+Al +K 3+Al

CaCO3 + H2O → CO3+ H+ → H2CO3 → H2O + CO2


DEFINIÇÃO DA ADUBAÇÃO FLORESTAL: CALAGEM

Figura. Grau de
disponibilidade
de nutrientes
em função do
pH 2+Ca
2+Ca
+H
+H 2+Ca
2+Ca

+K
+K
Argila+MO
2+Ca
2+Ca
2+Mg
2+Mg
3+Al +K 3+Al

CaCO3 + H2O → CO3+ H+ → H2CO3 → H2O + CO2


DEFINIÇÃO DA ADUBAÇÃO FLORESTAL: CALAGEM

Figura. Grau de
disponibilidade
de nutrientes
em função do
pH 2+Ca
2+Ca
+H
+H 2+Ca
2+Ca

+K
+K
Argila+MO
2+Ca
2+Ca
2+Mg
2+Mg
3+Al +K 3+Al

CaCO3 + H2O → CO3+ H+ → H2CO3 → H2O + CO2


DEFINIÇÃO DA ADUBAÇÃO FLORESTAL: CALAGEM

Agricultura → predomínio de processos físico-químicos


Espécies florestais → tolerantes a solos ácidos e com ↑ Al+++
Calagem → : aumentar a disponibilidade de Ca e Mg do solo.
Solubilização do calcário não precisa ser rápida (PRNT).
Incorporação?
RECOMENDAÇÕES DE CALAGEM PARA
REFLORESTAMENTO MISTO COM ESPÉCIES NATIVAS
(GONÇALVES ET AL., 2005, PREZOTTI ET AL, 2007):
Saturação por bases (quando inferior a 40%).
RECOMENDAÇÕES DE CALAGEM PARA
REFLORESTAMENTO MISTO COM ESPÉCIES NATIVAS
(GONÇALVES ET AL., 2005, PREZOTTI ET AL, 2007):
Saturação por bases (quando inferior a 40%).
↑ V para 50%
RECOMENDAÇÕES DE CALAGEM PARA
REFLORESTAMENTO MISTO COM ESPÉCIES NATIVAS
(GONÇALVES ET AL., 2005, PREZOTTI ET AL, 2007):
Saturação por bases (quando inferior a 40%).
↑ V para 50%
N.C. (t/ha) = T (V2-V1)
PRNT
T = capacidade de troca catiônica (CTC) a pH 7, em cmol dm-3
V2 = saturação por bases no solo desejada (50%)
V1 = saturação por bases encontrada no solo
p = fator de profundidade de incorporação do calcário no solo
p = 0,5 para 0-10 cm; 1,0 para 0-20 cm; 1,5 para 0-30 cm
PRNT = Poder Relativo de Neutralização do Calcário
RECOMENDAÇÕES DE CALAGEM PARA
REFLORESTAMENTO MISTO COM ESPÉCIES NATIVAS
(GONÇALVES ET AL., 2005, PREZOTTI ET AL, 2007):
Saturação por bases (quando inferior a 40%).
↑ V para 50%
N.C. (t/ha) = T (V2-V1)
PRNT
T = capacidade de troca catiônica (CTC) a pH 7, em cmol dm-3
V2 = saturação por bases no solo desejada (50%)
V1 = saturação por bases encontrada no solo
p = fator de profundidade de incorporação do calcário no solo
p = 0,5 para 0-10 cm; 1,0 para 0-20 cm; 1,5 para 0-30 cm
PRNT = Poder Relativo de Neutralização do Calcário
RECOMENDAÇÕES DE CALAGEM PARA
REFLORESTAMENTO MISTO COM ESPÉCIES NATIVAS
(GONÇALVES ET AL., 2005)

N.C. (t/ha) = T (V2-V1)


*p
PRNT
T = capacidade de troca catiônica (CTC) a pH 7, em cmol dm-3
V2 = saturação por bases no solo desejada (50%)
V1 = saturação por bases encontrada no solo
p = fator de profundidade de incorporação do calcário no solo
p = 0,5 para 0-10 cm; 1,0 para 0-20 cm; 1,5 para 0-30 cm
PRNT = Poder Relativo de Neutralização do Calcário
RECOMENDAÇÕES DE CALAGEM PARA
REFLORESTAMENTO MISTO COM ESPÉCIES NATIVAS
(GONÇALVES ET AL., 2005)

N.C. (t/ha) = T (V2-V1)


*p
PRNT
T = capacidade de troca catiônica (CTC) a pH 7, em cmol dm-3
V2 = saturação por bases no solo desejada (50%)
V1 = saturação por bases encontrada no solo
p = fator de profundidade de incorporação do calcário no solo
p = 0,5 para 0-10 cm; 1,0 para 0-20 cm; 1,5 para 0-30 cm
PRNT = Poder Relativo de Neutralização do Calcário
RECOMENDAÇÕES DE CALAGEM PARA
REFLORESTAMENTO MISTO COM ESPÉCIES NATIVAS
(GONÇALVES ET AL., 2005)

N.C. (t/ha) = T (V2-V1)


*p
PRNT
T = capacidade de troca catiônica (CTC) a pH 7, em cmol dm-3
V2 = saturação por bases no solo desejada (50%)
V1 = saturação por bases encontrada no solo
p = fator de profundidade de incorporação do calcário no solo
p = 0,5 para 0-10 cm; 1,0 para 0-20 cm; 1,5 para 0-30 cm
PRNT = Poder Relativo de Neutralização do Calcário
DEFINIÇÃO DA ADUBAÇÃO FLORESTAL: CALAGEM

N.C. (t/ha) = T (V2-V1)


PRNT

Solo Argiloso/↑ M.O.


Maior necessidade de
calcário

Solo Arenoso/ ↓ M.O.


RECOMENDAÇÕES DE CALAGEM PARA ESPÉCIES
DE EUCALYPTUS E PINUS (PREZOTI ET AL., 2005)
Capacidade
Tabela. Níveis críticos de manutenção da cultura do eucalipto, em de produção
condições de campo: Ca e Mg – ES(1) do sítio
Incremento Médio Anual
2 3
Nutriente/Solo (m /ha/ano)
20 30 40 50

2+ 3 (4)
Ca cmolc/dm - 0,45 0,60 0,70 0,80
2+ 3 (4)
Mg cmolc/dm - 0,10 0,13 0,16 0,19
(1) Prezotti et al., 2007;
(2) Amostragem 0-20 cm. (3) Extrator Mehlich-1; (4) Extrator KCl 2 mol/l.
QUANDO REALIZAR A CALAGEM?

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 meses pós -plantio


QUANDO REALIZAR A CALAGEM?
Com incorporação (esp. Nativas):

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 meses pós -plantio


QUANDO REALIZAR A CALAGEM?
Com incorporação (esp. Nativas):
Aproximadamente 30 a 60 dias antes do plantio.

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 meses pós -plantio


QUANDO REALIZAR A CALAGEM?
Com incorporação (esp. Nativas):
Aproximadamente 30 a 60 dias antes do plantio.
Na superfície, sem incorporação.
Admite-se durante ou após o plantio (até 6m. Pós-plantio - Eucalipto).

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 meses pós -plantio


QUANDO REALIZAR A CALAGEM?
Com incorporação (esp. Nativas):
Aproximadamente 30 a 60 dias antes do plantio.
Na superfície, sem incorporação.
Admite-se durante ou após o plantio (até 6m. Pós-plantio - Eucalipto).
Misturado ao solo e a outros adubos (Prezotti et al., 2007):
Adubação
Plantio
Calagem

Pré-plantio
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 meses pós -plantio
DEFINIÇÃO DA ADUBAÇÃO FLORESTAL: CALAGEM

SUPERCALAGEM
Tão prejudicial quanto a acidez elevada.
Muito mais difícil correção.
DEFINIÇÃO DA ADUBAÇÃO FLORESTAL: CALAGEM

SUPERCALAGEM
Precipitação de nutrientes
(P, Zn, Fe, Zu, Mn).

Figura. Grau de disponibilidade


de nutrientes em função do pH
DEFINIÇÃO DA ADUBAÇÃO FLORESTAL: CALAGEM

SUPERCALAGEM
Precipitação de nutrientes
(P, Zn, Fe, Zu, Mn).

Figura. Grau de disponibilidade


de nutrientes em função do pH
DEFINIÇÃO DA ADUBAÇÃO FLORESTAL: CALAGEM

SUPERCALAGEM
Precipitação de nutrientes
(P, Zn, Fe, Zu, Mn).

Figura. Grau de disponibilidade


de nutrientes em função do pH
DEFINIÇÃO DA ADUBAÇÃO FLORESTAL: CALAGEM

SUPERCALAGEM
Maior predisposição a
danos nas propriedades
físicas do solo

Dispersão colóides solo


DEFINIÇÃO DA ADUBAÇÃO
FLORESTAL
II. ADUBAÇÃO DE ESTABELECIMENTO
ADUBAÇÃO DE ESTABELECIMENTO: ETAPAS

Arranque inicial
Plantio;

Rápido Crescimento
Cobertura.
ADUBAÇÃO DE PLANTIO

Fornecimento de P (B, Zn e Cu).


ADUBAÇÃO DE PLANTIO

Fornecimento de P (B, Zn e Cu).


N e K (peq. quantidade nesta fase).
ADUBAÇÃO DE PLANTIO

Fornecimento de P (B, Zn e Cu).


N e K (peq. quantidade nesta fase).
Época: durante ou logo após o plantio.
ADUBAÇÃO DE PLANTIO – OBJETIVOS

Assegurar estabelecimento das mudas no campo:


Mudas mais vigorosas.
Melhores condições para efeito de matocompetição.
Melhor resistência à pragas e doenças.
Especialmente importante em solos de baixa fertilidade.
DEFINIÇÃO DA ADUBAÇÃO FLORESTAL: ADUBAÇÃO
DE PLANTIO
1-3 meses pós-plantio

P = aceleração do processo
de formação das raízes

Foto: Márcia Toffani S. Soares


ADUBAÇÃO DE PLANTIO: FÓSFORO

Modo de Aplicação
Filetes (contínuos ou intermitentes) no sulco de plantio.
Covetas laterais (solos textura argilosa).
Aplicação no fundo da cova.
Misturar o adubo junto com a terra da cova de plantio: (N e K).
ADUBAÇÃO DE PLANTIO: FÓSFORO

Modo de Aplicação
Filetes (contínuos ou intermitentes) no sulco de plantio.
Covetas laterais (solos textura argilosa).
Aplicação no fundo da cova.
Misturar o adubo junto com a terra da cova de plantio: (N e K).
ADUBAÇÃO DE PLANTIO: FÓSFORO

Modo de Aplicação
Filetes (contínuos ou intermitentes) no sulco de plantio.
Covetas laterais (solos textura argilosa).
Aplicação no fundo da cova.
Misturar o adubo junto com a terra da cova de plantio: (N e K).
ADUBAÇÃO DE PLANTIO: FÓSFORO

Modo de Aplicação
Filetes (contínuos ou intermitentes) no sulco de plantio.
Covetas laterais (solos textura argilosa).
Aplicação no fundo da cova.
Misturar o adubo junto com a terra da cova de plantio: (N e K).
ADUBAÇÃO DE PLANTIO: FÓSFORO

Modo de Aplicação
Filetes (contínuos ou intermitentes) no sulco de plantio.
Cuidado: efeito salino dos
Covetas laterais (solos textura argilosa). nutrientes podendo
retardar crescimento das
Aplicação no fundo da cova. mudas (ou morte).

Misturar o adubo junto com a terra da cova de plantio: (N e K).


ADUBAÇÃO DE PLANTIO: FÓSFORO
Covas de plantio

Foto: Márcia Toffani S. Soares Foto: Márcia Toffani S. Soares Foto: Annete Bonnet
ADUBAÇÃO DE PLANTIO: FÓSFORO
Subsolador +
adubador

Foto: Márcia Toffani S. Soares


ADUBAÇÃO DE PLANTIO: FÓSFORO

P2O5 localizado, próximo ao sistema


radicular:
Reduz o problema de adsorção.

Foto: Márcia Toffani S. Soares


Aumento da eficiência de fertilização
(subsolagem):
↑ volume raízes;
↑ movimentação de água no solo.
(subsolagem à 60 cm de profundidade, aplicação P no
sulco de plantio)
ADUBAÇÃO DE PLANTIO: FÓSFORO
ADUBAÇÃO EM COVETAS LATERAIS
10 a 15 cm (solo argiloso) 20 a 25 cm (solo arenoso)

• • • • • • • • • • • •

• • • • • • • •
• • • •

• • • • • • • •
• • • •

• • • • • • • •
• • • •

Fonte: Silva & Angeli, 2008


ADUBAÇÃO DE ESTABELECIMENTO: ETAPAS

Plantio

Rápido Crescimento
Cobertura
ADUBAÇÃO DE COBERTURA - OBJETIVOS:
ADUBAÇÃO DE COBERTURA - OBJETIVOS:
Acelerar crescimento planta.
Atendimento à demanda nutricional das
plantas.
Fornecimento de nutrientes com maior
mobilidade no solo.
(N, K, B;)
Geralmente é realizada de forma
parcelada (2 a 3 aplicações).
E em superfície.
ADUBAÇÃO DE COBERTURA ...

Época: 3-6 meses pós-plantio.


Formas de Aplicação:
Na projeção das copas, em meia-lua ou, de preferência, ao redor de toda a
copa.
Limpeza da área: Deve ser feita antes da adubação.
ADUBAÇÃO DE COBERTURA ...
1a. Cobertura 3o-6o mês pós-
plantio

Foto: Márcia Toffani S. Soares

E. Grandis - 3 m. pós-plantio
ADUBAÇÃO DE COBERTURA ...
Fotos: Márcia Toffani S. Soares

E. Grandis - 7 meses pós-plantio – 2°cobertura


ADUBAÇÃO DE COBERTURA ...

E. Grandis - 12 meses pós-plantio – 3°cobertura


Foto: Márcia Toffani S. Soares
ADUBAÇÃO DE COBERTURA ...
Solo degradado, com aplicação de lodo de Solo degradado, sem aplicação LE
esgoto (LE)

E. Grandis - 12 meses pós-plantio – 3°cobertura


Foto: Márcia Toffani S. Soares
ADUBAÇÃO DE COBERTURA ...
Solo degradado, com aplicação de lodo de Solo degradado, sem aplicação LE
esgoto (LE)

E. Grandis - 12 meses pós-plantio – 3°cobertura


Foto: Márcia Toffani S. Soares
ADUBAÇÃO DE COBERTURA ...
Adubação de
cobertura, na
projeção da
copa

Foto: Márcia Toffani S. Soares


ADUBAÇÃO DE COBERTURA ...

Foto: Márcia Toffani S. Soares


ADUBAÇÃO DE COBERTURA ...

Foto: Márcia Toffani S. Soares Foto: Márcia Toffani S. Soares


FERTILIZAÇÃO DE ESPÉCIES FLORESTAIS

FERTILIZAÇÃO NITROGENADA
(importância do parcelamento)
FERTILIZANTES NITROGENADOS: URÉIA

Aumento pH
CO(NH2)2 + H2O + Urease → → → 2NH4+ + OH- + HCO3-

URÉIA UMIDADE pl.+microorg.


FERTILIZANTES NITROGENADOS: URÉIA

Aumento pH
CO(NH2)2 + H2O + Urease → → → 2NH4+ + OH- + HCO3-

URÉIA UMIDADE pl.+microorg.

pH > 7,0:
FERTILIZANTES NITROGENADOS: URÉIA

Aumento pH
CO(NH2)2 + H2O + Urease → → → 2NH4+ + OH- + HCO3-

URÉIA UMIDADE pl.+microorg.

pH > 7,0:

NH4 + + OH - → → → NH3 + H2O


AMÔNIA
FERTILIZANTES NITROGENADOS: URÉIA

+ Serapilheira
+ atividade urease

Foto: Márcia Toffani S. Soares


(CM C/ BS)
FERTILIZANTES NITROGENADOS: URÉIA

Solo degradado

Fotos: Márcia Toffani S. Soares


FERTILIZANTES NITROGENADOS: URÉIA
CO(NH2)2 + H2O + Urease → → → 2NH4+ + OH- + HCO3

Figura. Temperaturas mínima e máxima do solo (a 5 cm de profundidade) em solo com e sem serapilheira sobre a
superfície do solo (Fonte: Soares, 2003).
FERTILIZANTES NITROGENADOS: URÉIA
CO(NH2)2 + H2O + Urease → → → 2NH4+ + OH- + HCO3

55
20 t ha-1 do biossólido - Solo não-degradado
(cultivo mínimo)
50
Temperatura do solo (oC)

45

40

35

30

25

20

15

10
0 28 56 84 112 140 168 196

Tempo (dias pós-aplicação do biossólido)

Figura. Temperaturas mínima e máxima do solo (a 5 cm de profundidade) em solo com e sem serapilheira sobre a
superfície do solo (Fonte: Soares, 2003).
FERTILIZANTES NITROGENADOS: URÉIA
CO(NH2)2 + H2O + Urease → → → 2NH4+ + OH- + HCO3
↑ ↑ ↑ temperatura
-1

20 t ha do biossólido - Solo não-degradado


-1 20 t ha do biossólido - Solo degradado
55 55
(cultivo mínimo)
50 50

Temperatura do solo ( C)
Temperatura do solo (oC)

45 45

o
40 40
Temp. máxima
35 35 Temp. Mínima

30 30

25 25

20 20

15 15

10 10
0 28 56 84 112 140 168 196
0 28 56 84 112 140 168 196
Tempo (dias pós-aplicação do biossólido)
Tempo (dias pós-aplicação do biossólido)

Figura. Temperaturas mínima e máxima do solo (a 5 cm de profundidade) em solo com e sem serapilheira sobre a
superfície do solo (Fonte: Soares, 2003).
RECOMENDAÇÃO DE ADUBAÇÃO: NITROGÊNIO
RECOMENDAÇÃO DE ADUBAÇÃO: NITROGÊNIO
RECOMENDAÇÃO DE ADUBAÇÃO: NITROGÊNIO
Uréia em solos com:
↓ poder tampão;
↓ resistência ∆ pH; 1-2% argila
↑ perdas por volatilização

Foto: Gustavo R. Curcio


Até 15% argila

Perfil 17: ESPODOSSOLO FERRIHUMILÚVICO


RECOMENDAÇÃO DE ADUBAÇÃO: NITROGÊNIO

 N: incorporação mecânica ou água de


15 a 26% argila
chuva
Importante para todos os solos

 mais frágeis: imprescindível oAcima 35% argila Acima 35% argila


parcelamento do N

Foto: Michele R. Ramos


FERTILIZAÇÃO DE ESPÉCIES FLORESTAIS

FERTILIZAÇÃO POTÁSSICA
(importância do parcelamento)
... POTÁSSIO:

Abertura e fechamento dos estômatos (turgidez)

Participa da fotossíntese e transporte fotoassimilados.

Aumento de resistência à pragas e doenças.

↑ mobilidade no solo e nas plantas.


DEFINIÇÃO DA ADUBAÇÃO FLORESTAL: ADUBAÇÃO
DE COBERTURA
K na planta:
Aumento da resistência
das plantas ao ataque
de pragas e doenças
Figura. Efeito da fertilização potássica
e sódica sobre a ocorrência de
ferrugem (Puccinia pisidii
Winter.) em Eucalyptus grandis , 12
meses pós-plantio (maio/2005). (Fonte:
Almeida, 2009)
DEFINIÇÃO DA ADUBAÇÃO FLORESTAL: ADUBAÇÃO
DE COBERTURA
K na planta:
Aumento da resistência
das plantas ao ataque
de pragas e doenças
Figura. Efeito da fertilização potássica
e sódica sobre a ocorrência de
ferrugem (Puccinia pisidii
Winter.) em Eucalyptus grandis , 12
meses pós-plantio (maio/2005). (Fonte:
Almeida, 2009)
DEFINIÇÃO DA ADUBAÇÃO FLORESTAL: ADUBAÇÃO
DE COBERTURA
K na planta:
Aumento da resistência
das plantas ao ataque
de pragas e doenças
Figura. Efeito da fertilização potássica
e sódica sobre a ocorrência de
ferrugem (Puccinia pisidii
Winter.) em Eucalyptus grandis , 12
meses pós-plantio (maio/2005). (Fonte:
Almeida, 2009)
DEFINIÇÃO DA ADUBAÇÃO FLORESTAL: ADUBAÇÃO
DE COBERTURA
K na planta:
Aumento da
K na planta: resistência das
plantas ao ataque
Aumento da resistência de pragas e
doenças
das plantas ao ataque
de pragas e doenças
Figura. Efeito da fertilização potássica
e sódica sobre a ocorrência de
ferrugem (Puccinia pisidii
Winter.) em Eucalyptus grandis , 12
meses pós-plantio (maio/2005). (Fonte:
Almeida, 2009)
K NO SOLO A.

Figura 1. Concentração de K no lixiviado das


colunas dos três tipos de solo aos 30 (A) e 60
(B) dias após a aplicação de vinhaça, média
de três repetições seguidas de mesma letra,
não difere pelo teste de Tukey a 5% de
probabilidade
NITOSSOLO ARGISSOLO ESPODOSSOLO
K NO SOLO A.

Figura 1. Concentração de K no lixiviado das + argloso


colunas dos três tipos de solo aos 30 (A) e 60
(B) dias após a aplicação de vinhaça, média
de três repetições seguidas de mesma letra,
não difere pelo teste de Tukey a 5% de
probabilidade
NITOSSOLO ARGISSOLO ESPODOSSOLO
K NO SOLO A.

+ arenoso

Figura 1. Concentração de K no lixiviado das


colunas dos três tipos de solo aos 30 (A) e 60
(B) dias após a aplicação de vinhaça, média
de três repetições seguidas de mesma letra,
não difere pelo teste de Tukey a 5% de
probabilidade
NITOSSOLO ARGISSOLO ESPODOSSOLO
K NO SOLO A.
Até 6 x K lixiviado

Foto: Gustavo R. Curcio


Figura 1. Concentração de K no lixiviado das
colunas dos três tipos de solo aos 30 (A) e 60
(B) dias após a aplicação de vinhaça, média
de três repetições seguidas de mesma letra,
não difere pelo teste de Tukey a 5% de
probabilidade
NITOSSOLO ARGISSOLO ESPODOSSOLO
TEMAS ABORDADOS

1. Demanda e fases nutricionais das espécies florestais.


TEMAS ABORDADOS

1. Demanda e fases nutricionais das espécies florestais.

2. Interação planta - solo – nutrientes.


TEMAS ABORDADOS

1. Demanda e fases nutricionais das espécies florestais.

2. Interação planta - solo – nutrientes.

3. Estratégia de fertilização florestal.


TEMAS ABORDADOS

1. Demanda e fases nutricionais das espécies florestais.

2. Interação planta - solo – nutrientes.

3. Estratégia de fertilização florestal.

4. Recomendação de adubação: exemplos.


OBRIGADA!
Márcia Toffani Simão Soares

Você também pode gostar