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Comissão de Elaboração
Edição e Diagramação
Supervisão
Tenente Coronel BM Altair Francisco Lacowicz
2º Ten BM Maicon Éder Motelievicz
Revisão
SUMÁRIO
PLANO DE ESTUDOS 4
MÓDULO I – NOÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS 6
Unidade Didática 1 Noções Básica de Anatomia e Fisiologia (Corpo Humano) 6
Unidade Didática 2 Princípios Básicos de Biossegurança (Segurança do Socorrista) 18
Unidade Didática 3 Sinais Vitais, Prática e Verificação 20
Unidade Didática 4 Avaliação do Paciente 24
Unidade Didática 5 Parada Respiratória e Oxigenoterapia 30
Unidade Didática 6 Parada Cardíaca e Prática de RCP 39
Unidade Didática 7 Hemorragias e Estado de Choque 47
Unidade Didática 8 Intoxicação e Envenenamento 53
Unidade Didática 9 Ferimentos em Tecido Mole e Uso de Bandagens e Ataduras 58
Unidade Didática 10 Trauma Crânio Encefálico 64
Unidade Didática 11 Traumatismo Raquimedular 60
Unidade Didática 12 Partos em Situação de Emergência 72
Unidade Didática 13 Escala de Trauma e Fichas de APH 77
Unidade Didática 14 Fraturas, Luxações e Entorses 80
Unidade Didática 15 Técnica de Remoção 84
Unidade Didática 16 Limpeza e Desinfecção 86
Unidade Didática 17 Queimaduras e Lesões Ambientais 90
MÓDULO II – NOÇÕES DE COMBATE À INCÊNDIO 96
Unidade Didática 1 Fundamentos Básicos do Combate aos Sinistros 97
Unidade Didática 2 Equipamentos de Proteção Individual 110
Unidade Didática 3 Classes de incêndio 115
Unidade Didática 4 Fundamentos Operacionais 124
Unidade Didática 5 Fundamentos Técnicos 132
Unidade Didática 6 Técnicas e Táticas de Extinção 135
Unidade Didática 7 Operações de Combate a Incêndio 148
Unidade Didática 8 Abastecimentos 152
Unidade Didática 9 Combate Incêndio por Meio de Sistema Gravitacional e de Bombas 155
MÓDULO III – SISTEMAS PREVENTIVOS CONTRA INCÊNDIO 160
Unidade Didática 1 Sistemas Preventivos 161
Unidade Didática 2 Relatórios 200
MÓDULO IV – BRIGADA DE INCÊNDIO 205
Unidade Didática 1 Brigada de Incêndio 206
Unidade Didática 2 Brigadas -Atribuições 209
Unidade Didática 3 Ambientes e Sistemas 216
Unidade Didática 4 Psicologia em Emergências 219
PLANO DE ESTUDOS
Objetivo Geral:
A referida apostila visa orientar os estudos aos candidatos a Brigadista Particular, pessoa
credenciada pelo CBMSC, responsável para prestar serviços de prevenção, combate a princípio
de incêndios e salvamento, exclusivamente no local em que atua a Brigada de Incêndio, com
dedicação exclusiva às atribuições inerentes à sua função, onde, dependendo do tipo de
edificação ou ocupação, pode ser o próprio funcionário da empresa ou contratado;
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
gravitacional
Combate a Incêndio com utilização do sistema de
bombas 05
Verificação Final 02
Carga horária da Área de Combate à Incêndio 50
Sistemas Preventivos 10
SISTEMAS Relatórios 04
PREVENTIVOS
Vistorias 04
CONTRA
INCÊNDIO Verificação Final 02
Carga horária da Área de Sistemas Preventivos 20
Objetivo Geral 01
Aspectos Legais 02
Aspectos Técnicos 02
Composição e organograma 02
Implementação e procedimentos 02
BRIGADA DE
Equipamentos de proteção e uniforme 02
INCÊNDIO
Plano de emergência 03
Funções de brigadista particular 02
Funções de brigadista voluntário 02
Verificação Final 02
Carga horária da Área de Brigada de Incêndio 20
CARGA HORÁRIA CURRICULAR TOTAL 130
Nota: Uma Hora/Aula equivale a 50 minutos.
NOÇÕES DE PRIMEIROS
SOCORROS
Aluno:
_______________________________________________
_______________________________________________
Objetivos:
ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR
Introdução
Mediastino: cavidade torácica que abriga alguns dos principais órgão do corpo
humano (coração, pulmão, grandes vasos) situa-se entre o final do pescoço e o diafragma.
Terminologia comum
Terminologia técnica
Omissão de socorro: “Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco
pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, em desamparo ou
em grave e iminente perigo; não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública”.
Sistema Circulatório
As artérias de grosso calibre no corpo humano, as quais devemos ter conhecimento são a
abdominal, femural e a braquial.
Sistema Respiratório
Conceito de Ossos: Ossos são órgãos esbranquiçados, muito duros, que se unindo aos
outros, por intermédio das junturas ou articulações constituem o esqueleto. É uma forma
especializada de tecido conjuntivo cuja principal característica é a mineralização (cálcio) de sua
matriz óssea (fibras colágenas e proteoglicanas).
Divisão do Esqueleto
O crânio possui duas divisões principais: caixa encefálica (crânio propriamente dito):
composto por 8 (oito) ossos largos e irregulares que se fundem formando a cobertura que
protege o encéfalo. Face: composta por 14 (quatorze) ossos que se fundem para dar sua forma.
Coluna vertebral
A coluna vertebral é uma estrutura óssea central, composta de 33 (trinta e três) vértebras,
dividida em cinco regiões:
Os músculos
São estruturas individualizadas que cruzam uma ou mais articulações e pela sua
contração são capazes de transmitir-lhes movimento. Este é efetuado por células especializadas
denominadas fibras musculares, cuja energia latente é ou pode ser controlada pelo sistema
nervoso. Os músculos são capazes de transformar energia química em energia mecânica.
Sistema reprodutor
Sistema nervoso
Funções
Divisão
Sistema Nervoso Visceral – SNV: O sistema nervoso visceral relaciona o indivíduo com
o meio interno, compreendendo fibras sensitivas (aferente) interoceptores e motoras (eferente) –
músculo liso e gânglios. A este último, está relacionado o sistema nervoso autônomo (SNA), ou
involuntário, constituído apenas da parte motora do SNV.
Meninges: O encéfalo e a medula espinhal são envolvidos e protegidos por lâminas (ou
membranas) de tecido conjuntivo chamado em conjunto, de meninges. Estas lâminas são de fora
para dentro: dura-máter, aracnoide e pia-máter.
O Sistema Nervoso Central – SNC é dividido anatomicamente em:
impulsos elétricos. Da base do crânio, a medula se estende pelo tronco até o nível da primeira ou
segunda vértebra lombar. Na porção final da medula localizam-se nervos espinhais que formam
uma espécie de “cabeleira” nervosa, comparada à cauda equina. Uma possível lesão da medula
espinhal acarretará na paralisia total e irreversível dos membros abaixo da lesão.
Cérebro: Constitui a parte mais importante do encéfalo, localiza-se na caixa craniana, é
centro da consciência. As funções do cérebro normal incluem a percepção de nós mesmos e do
ambiente ao nosso redor, controla nossas reações em relação ao meio ambiente, respostas
emocionais, raciocínio, julgamento e todas as nuances que formam a consciência, as sensações e
origem dos movimentos, compreendendo o telencéfalo e o diencéfalo.
Cerebelo: Possui a função de determinar o equilíbrio do corpo e sua orientação no
espaço, bem como, a regulação do tônus muscular e a coordenação das atividades motoras do
organismo.
Tronco encefálico: Parte do encéfalo que une a medula espinhal aos hemisférios
cerebrais e por onde transitam todas as grandes vias sensitivas e motoras.
Ponte: Localizada na parte mediana do tronco encefálico, é formada por agrupamentos
de fibras e células nervosas. A Ponte possui três pares de nervos responsáveis pela inervação dos
músculos que movimentam os olhos para os lados, dos músculos mímicos da face, das glândulas
salivares e lacrimais, e conduz sensações de paladar captadas na língua.
Bulbo: Porção inferior do tronco encefálico no sentido craniocaudal, sendo que o grande
forame (forame magno) constitui o limite convencional com a medula espinhal. No bulbo,
localizam-se dois centros vitais, encarregados de controlar a respiração e o funcionamento
vasomotor. Um tiro que atinja o bulbo mata instantaneamente. Com a lesão do bulbo, são
cortados os impulsos que controlam o funcionamento dos vasos sanguíneos e dos pulmões.
Sistema digestório
Funções
Fases
Posição anatômica
✔ Cabeça;
✔ Pescoço;
✔ Tronco; e
✔ Membros.
Nos membros empregam-se termos
especiais de posição
✔ Proximal: situado mais
próximo à raiz do membro;
✔ Médio: situado entre proximal
e distal; e
✔ Distal: situado mais distante
da raiz do membro.
Além desta divisão, para identificar
as partes do corpo humano, são definidos
como Planos Anatômicos:
Plano mediano: direito e
esquerdo;
Plano transversal: superior e
inferior;
Plano frontal: anterior
(ventral) e posterior (dorsal).
Quadrantes abdominais
QSD QSE
Maior parte do fígado; Baço;
Vesícula biliar; Maior parte do estômago;
Parte do intestino delgado; Parte do intestino grosso;
Parte do intestino grosso; Parte do intestino delgado;
Parte do pâncreas; Parte do pâncreas;
Parte do estômago. Parte do fígado.
QID QIE
Apêndice; Parte do intestino grosso;
Parte do intestino delgado; Parte do intestino delgado;
Parte do intestino grosso; Parte do ovário (mulher).
Parte do ovário (mulher).
Divide-se o abdômen em quatro para avaliar possíveis lesões internas. Podemos referir a
eles como Quadrante superior esquerdo e direito e quadrante inferior esquerdo e direito. Ou nos
referimos como 1º, 2º, 3º ou 4º quadrante, em sentido horário. Observe a figura:
O corpo humano possui 5 cavidades. As cavidades têm por objetivo alojar e proteger os
órgãos vitais. As cinco cavidades são:
1. Cavidade craniana;
2. Cavidade torácica;
3. Cavidade abdominal;
4. Cavidade pélvica; e
5. Cavidade vertebral.
Pulsos palpáveis
Cabeça e pescoço
Pulsos palpáveis
Objetivos:
1) Conceituar Biossegurança.
2) Conceituar Doenças infectocontagiosas;
3) Listar os principais EPI's utilizados pelos socorristas;
4) Citar e enumerar as principais enfermidades infecciosas a qual o socorrista está
sujeito e os meios de transmissão no ambiente pré-hospitalar;
Biossegurança
Doenças infectocontagiosas
✔ Luvas descartáveis;
✔ Máscaras faciais;
✔ Óculos de proteção;
✔ Colete:
Saiba mais
Em ambiente pré-hospitalar
Meios de Transmissão
Objetivos:
Sinais e sintomas
A avaliação dos sinais e sintomas ajuda o socorrista a definir a suspeita das lesões ou
emergência médica que acomete a vítima.
Sinal: tudo o que é possível verificar, aferir, medir, mesurar.
Ex.: palidez, diaforese, cianose, êmese.
Sintoma: tudo o que é descrito pelo paciente, que não pode ser verificado, medido,
mensurado, aferido.
Ex.: dor, enjoo, tontura, astenia.
Temperatura corporal
A temperatura corporal é de 36,5 à 37ºC para todas as idades. Podemos aferir também a
temperatura relativa da pele, que pode se apresentar fria, normal ou quente. Essa aferição se faz
com o dorso da mão na região frontal da cabeça (testa).
✔ Adulto: 12 a 20 frm;
✔ Criança: 15 a 30 frm;
✔ Lactente: 25 a 50 frm.
Adulto
Sinais diagnósticos são utilizados para ajudar a confirmar alguma suspeita de lesão ou
emergência médica. Os três sinais diagnósticos são:
a) pupila;
b) coloração da pele; e
c) perfusão sanguínea.
Pupilas
✔ Isocoria: iguais;
✔ Anisocoria: desiguais;
✔ Midríase: dilatadas;
✔ Miose: contraídas.
Foto reagentes: quando há atividade cerebral a pupila reage à luz, contraindo na presença
e dilatando na ausência de luz.
Coloração da pele
Perfusão sanguínea
✔ Lanterna pupilar:
✔ Esfigmomanômetro;
✔ Estetoscópio;
✔ Oxímetro de dedo.
Avaliação da lição
Sinais vitais:
Pulso;
Respiração;
Temperatura;
Pressão Arterial.
Sinais diagnósticos:
Perfusão Sanguínea;
Pupilas;
Coloração da Pele.
Atividade prática. Aplicação.
✔ Tenha disponível equipamentos de avaliação do paciente, exceto oxímetro.
✔ Forme duplas.
Pulso
Respiração
Pressão arterial
Perfusão sanguínea
Coloração da pele
Pupilas*
Anisocóricas ou Miótica, midriática ou Fotorreagente ou
isocóricas normal não fotorreagente
Avaliação do Paciente
Objetivos:
Avaliação do paciente
1) Avaliação da cena;
2) Avaliação inicial;
3) Avaliação dirigida;
4) Avaliação detalhada; e
5) Avaliação continuada.
Avaliação da cena
Na avaliação da cena o socorrista deve ter uma visão ampla da cena para poder identificar
características da cena. Essa etapa da avaliação geral geralmente é rápida, e quando não há
gerenciamento de risco, não compromete mais que 30 segundos.
Confirmar a solicitação
Ex.: o SEM é acionado para atender um desmaio, e no local encontra uma PCR.
Gerenciar os riscos:
Colocação de EPI
Avaliação inicial
AVDI
SBV
Oferecer o Suporte básico da vida, através do ABC da vida. Abertura das vias aéreas:
hiperextensão da cervical para casos clínicos e tração mandibular para casos traumáticos. A
colocação do colar cervical adequada garante permeabilidade das VA.
Em caso traumático a colocação do colar se faz nessa fase da avaliação. Em caso clínico
o uso do colar é dispensado.
Oxigenoterapia
Escala CIPE
Avaliação dirigida
Entrevista
1) Nome e idade (se é menor, procure contatar com seus pais ou um adulto conhecido);
2) O que aconteceu? (para identificar a natureza da lesão ou doença)
3) Há quanto tempo isso aconteceu?
4) Isso já ocorreu antes? (emergência clínica)
5) Você tem algum problema de saúde?
6) Você tem tomado algum remédio?
7) Você é alérgico a alguma coisa?
Exame rápido
Ex.: Dor no braço após uma queda: se dirigir ao membro superior referido e avaliar
aspecto físico, motricidade, sensibilidade e realizar o procedimento adequado a suspeita
(imobilização em caso de fratura, curativos em caso de ferimento, etc.).
A avaliação física detalhada da cabeça aos pés deve ser realizada pelo socorrista em cerca
de 2 a 3 minutos. Tem como objetivo a identificação de problemas que não foram relatados pelo
paciente (fraturas, pequenas hemorragias, ferimentos).
O exame completo não precisa ser realizado em todos os pacientes, podendo ser realizado
de forma limitada em pacientes que sofreram pequenos acidentes ou que possuem emergências
médicas evidentes. Em casos onde o paciente é crítico ou instável o exame deve ser realizado
dentro da ambulância, ou se o percurso for pequeno e não der tempo, não há necessidade de fazê-
lo.
Ao realizar o exame padronizado da cabeça aos pés, o socorrista deve:
Avaliação continuada
Avaliação da lição
Objetivos:
Ao final desta lição, os participantes serão capazes de:
1) Revisar as principais partes do sistema respiratório e fisiologia;
2) Descrever o mecanismo da respiração e a importância do O2 no organismo;
3) Definir Parada Respiratória e listar suas causas;
4) Conceituar OVACE e listar suas causas;
5) Listar os sinais e sintomas de uma OVACE;
6) Descrever o uso correto dos equipamentos auxiliares utilizados para reanimação
respiratória;
7) Citar a importância da oxigenoterapia, riscos, uso correto do gás e dos
equipamentos.
Técnicas de SBV
Antes de iniciar o estudo das técnicas para promover o suporte básico da vida, deve-se
lembrar de que, para o serviço pré-hospitalar, teremos no mínimo três tipos de pacientes:
adultos: pessoas maiores que 8 anos;
crianças; pessoas entre 1 ano e 8 anos; e
lactentes: pessoas menores que 1 ano;
Para cada tipo de paciente existe uma técnica diferente. Podemos encontrar também
pacientes obesos e gestantes onde as técnicas sofrem algumas alterações.
Além do tipo de paciente temos outros fatores que influenciam na técnica, como o
número de socorristas e a qualificação (leigo ou treinado). Sendo assim, temos que ficar muito
atentos nas diferenças para aplicar a técnica certa para o paciente certo.
A abertura de vias aéreas deve ser feita conforme o tipo de situação. A manobra de
hiperextensão da cervical só pode ser utilizada em casos clínicos e sem nenhuma suspeita de
lesão na cervical. A manobra de abertura mandibular é utilizada quando o paciente foi vítima de
trauma e em casos clínicos onde há suspeita de lesão na cervical.
Verificação de pulso
O sistema respiratório é composto pelas vias aéreas inferiores e superiores. Sendo estas
compostas basicamente por:
- Vias aéreas superiores: cavidade oral, língua, faringe, laringe e parte da traqueia;
- Vias aéreas inferiores: parte da traqueia, brônquios e bronquíolos.
Fisiologia da respiração
Inspiração
Troca gasosa
Com o pulmão cheio de ar oxigenado ocorre a troca gasosa. É retirado do sangue que está
nos capilares do pulmão o dióxido de carbono e é colocado o oxigênio. Por isso no momento da
inspiração o ar sai com menos oxigênio e mais dióxido de carbono.
Expiração
O oxigênio é o combustível que as células humanas utilizam para gerar energia. Sem ele
elas morreriam. Quando elas utilizam o oxigênio para gerar energia produzem como resíduo o
dióxido de carbono que é liberado na expiração.
O ar atmosférico contém cerca de 21% de oxigênio. Quando respiramos não consumimos
toda essa porcentagem. Inspiramos 21% e expiramos 16% de oxigênio mais dióxido de carbono.
O gás oxigênio é bastante tóxico, embora ele seja essencial para a manutenção da vida,
por ser utilizado pelos organismos que obtêm energia por meio da respiração aeróbica. No
entanto, a vida só é possível se a sua concentração na atmosfera não exceder os atuais 21%. O
oxigênio é altamente reativo e, nos organismos vivos, o seu excesso resulta em radicais livres
que roubam elétrons de outros elementos, causando assim a sua oxidação. Isso provoca
alterações nos componentes celulares e, consequentemente, nos tecidos que constituem esse
organismo, impossibilitando assim o seu funcionamento normal e a sua sobrevivência.
São obstruções de vias aéreas causadas por corpos estranhos. Podem ser totais,
impedindo totalmente o ar de passar, ou podem ser parciais, quando permite uma pequena
entrada e saída de ar.
Causas de obstrução
✔ Pele cianótica;
✔ Em lactente agitação extrema dos braços e cabeça.
Manobra de Heimlich
- Pacientes conscientes - O socorrista deve se apresentar e pedir
permissão para ajudar, se posicionando atrás do paciente, com a perna que
tem menos força para trás e a que tem maior força fica entre as pernas do
socorrista levemente semiflexionada.
Essa posição favorece o socorrista no momento em que o paciente
perder a consciência, pois ele cairá sobre a perna com maior força, tendo o
socorrista base para colocá-lo no chão.
A aplicação das compressões deve ser efetuadas até que o paciente desengasgue perca a
consciência. Em gestantes com gravidez avançada e pacientes obesos as compressões são
realizadas no tórax.
Após as ventilações verifique pulso, se houver, ventile 12x verifique o pulso novamente.
Ventile até que a pessoa retorne ou evolua para uma PCR. Se o paciente entra em PCR, inicie
RCP.
Pacientes conscientes
Pacientes inconscientes
✔ Ambu;
✔ Máscara de para ventilação;
✔ Reanimadores manuais
(Ambu);
✔ Cânulas orofaríngeas;
✔ Aspiradores portáteis;
✔ Cilindros de O2.
oxigênio.
Precauções no uso de oxigênio
Protocolos
1. Abra VA
2. Se não respira realize duas ventilações, se não passa reposicione a cabeça e ventile
novamente.
Se o ar não
Se o ar passa
passa
3. Inicie a
3. Mas o paciente continua não responsivo, verifique pulso.
inicie RCP
Se há pulso Se não há pulso
4. Se há pulso realize 12 ventilações
4. Inicie a inicie RCP
(adulto) ou 20 ventilações (criança ou lactente)
5. Verifique pulso novamente
6. Prossiga com os itens 4 e 5 até o paciente retomar a respiração ou entrar em PCR
7. Se retomar a respiração coloque em posição de recuperação e se entra em PCR realize
RCP
Avaliação da lição
Avaliação prática
- Formação de duplas;
- Realização das técnicas de SBV descritas abaixo;
- Clínico
Abertura de VA Técnicas VOS
- Trauma
Objetivos:
Sinais e sintomas
As regiões mais escuras apresentam maior dor que as regiões claras. Repare que há zona
de dor na região epigástrica (estômago).
Sinais e sintomas
✔ Respiração ofegante e
ruidosa;
✔ Insuficiência respiratória;
✔ Tosse;
✔ Náuseas;
✔ Anorexia;
✔ Fadiga;
✔ Ansiedade e agitação;
✔ Inquietação;
✔ Edema no tornozelo;
✔ Edema no abdômen;
✔ Veias do pescoço distendidas;
✔ Cianose;
✔ O paciente insiste em ficar
sentado ou de pé.
Observação: na insuficiência cardíaca, não é frequente que a vítima apresente dor
torácica.
✔ Tranquilize o paciente;
✔ Coloque-o em posição de repouso, permitindo uma respiração mais confortável;
geralmente, na posição semi-sentada;
✔ Administre oxigênio suplementar;
Causas de PCR
Sinais de PCR
Tratamento de PCR
Identificação de PCR
Adulto e Criança:
Posição da RCP
As mãos devem ser posicionadas ambas de frente para o paciente, uma sobra à outra,
cruzando os dedos. Os dedos da mão de cima puxam o dedos da mão de baixo, evidenciando a
região hipotenar. É a região hipotenar da mão de baixo que irá comprimir o ponto torácico.
Em crianças, utiliza-se somente uma mão, porém a região que deve comprimir o ponto
torácico também é a região hipotenar.
Adulto: mão unidas, dedos entrelaçados, região hipotenar da mão apoiado no ponto
torácico, os braços apoiados perpendicularmente ao corpo do paciente.
É importante ressaltar que a mão que vai fazer a maior força é a mão que estiver em
baixo. A mão de cima tem duas funções, fazer força e puxar os dedos da mão de baixo para cima,
a fim de garantir que somente a região hipotenar atuará na compressão.
Criança: com a região hipotenar de uma mão no ponto de compressão, apoiada
perpendicularmente ao corpo do paciente.
Lactente: dois dedos no ponto de compressão.
Outras orientações
Atenção: para realizar RCP, o paciente deve estar sobre superfície rígida. Um ciclo
de RCP é 30 compressões por duas ventilações.
Nos casos de RCP em criança ou lactente, quando houver dois socorristas, a frequência
deve ser de 10 ciclos de 15x2 (15 compressões por 2 ventilações). Após 2 minutos, reavalie.
Nos pacientes adultos, esta frequência não é alterada, ou seja, tanto com 1 ou 2
Socorristas, a frequência será sempre 30x2 (30 compressões por 2 ventilações).
Os 2 Socorristas devem inverter suas posições ao término dos cinco ciclos.
Protocolos de atendimento
Procedimento
1. Coloque o paciente em posição supina em superfície rígida
2. Abra VA
3. Se não respira, realize duas ventilações. Se o ar não passa reposicione a cabeça e
faça mais duas ventilações
Se o ar não
Se o ar passa
passa
4. inicie
4. Verifique pulso
imediatamente RCP.
Se não há pulso Se há pulso
5. mensure o ponto torácico e sele o 5. realize as ventilações de resgate até o
Ambu retorno da respiração ou PCR
6. Faça 30 compressões torácicas
7. Realize duas ventilações com o Ambu
Caso em 2 socorristas, um comprime e o outro ventila.
8. Realize o procedimento 7 e 8 mais quatro vezes (5 ciclos no total)
9. A cada cinco ciclos realizar VOS e verificar pulso.
Procedimento
1. Coloque o paciente em posição supina em superfície rígida
2. Abra VA
3. Se não respira, realize duas ventilações. Se o ar não passa reposicione a cabeça e
faça mais duas ventilações
Se o ar não
Se o ar passa
passa
4. Inicie RCP
4. Verifique pulso
imediatamente.
Se não há pulso Se há pulso
5. mensure o ponto torácico e sele o 5. realize as ventilações de resgate até o
Ambu retorno da respiração ou PCR
6. Se em 2 socorristas realize 15 compressões por duas ventilações. Se 1 socorrista
realiza 30 compressões por 2 ventilações.
7. Se em 2 socorristas realize o procedimento 7 e 8 mais nove vezes (10 ciclos no
total) e se em 1 socorrista realize mais quatro vezes (5 ciclos no total).
8. a cada fim de 10 ou 5 ciclos realizar voz e verificar pulso, se não retorna.
1. Confirme inconsciência
2. Verifique pulso
3. Se não houver pulso, acione o SEM.
4. Se possuir EPI, coloque-os.
4. mensure o ponto torácico e inicie as compressões sem interrupções, rápidas e
profundas, num ritmo de 100 compressões por minuto.
5. Faça RCP até a chegada do SEM ou a exaustão do socorrista.
Considerações finais
O estudante deve ter em mente que a mudança de paciente implica muitas vezes na
mudança da técnica, mesmo que o procedimento seja o mesmo.
Exemplos:
✔ Ao verificar pulso, o socorrista deve verificar o carotídeo em adultos e crianças e
braquial nos lactentes.
Se você inicia os procedimentos sem acionar o SEM, quem vai socorrer vocês?
Bases tecnológicas
Mensuração ponto de
- adulto e criança
compressão e aplicação
Tapagens, compressões e
- lactente
aplicações.
Mensuração ponto - adulto e criança
compressão RCP - lactente
- adulto
Posição socorrista RCP - criança
- lactente
Posição de recuperação - adulto e criança
Avaliação da lição
a) Qual a primeira atitude que se deve tomar ao se deparar com uma pessoa
inconsciente? E as outras duas seguidas?
R: Abrir vias aéreas, realizar e verificar Pulso.
b) Explique a corrente da sobrevivência, e diga qual o objetivo de sua criação.
R: É uma sequência de passos a serem seguidos em caso de Parada Cardíaca, onde
se forem seguidos rapidamente aumentam a chance de sobrevida do paciente. Seu objetivo é
justamente aumentar a chance de sobrevivência das pessoas que foram acometidas por parada
cardiorrespiratória.
c) Quais são os motivos pelos quais as técnicas podem sofrer variações.
R: Pela idade dos pacientes, por serem obesos ou apresentarem gestação.
d) Qual as técnicas de abertura de VA específicas para casos clínicos e traumáticos?
R: Em casos clínicos aplicamos a técnica da Hiperextensão da cervical, já para casos
traumáticos utilizamos a manobra de tração mandibular.
e) Descreva as diferenças da varredura digital nos adultos, crianças e lactentes.
R: A varredura digital em adultos e crianças é feita com o dedo indicador ou médio
dependendo da necessidade e do tamanho da VA.
f) Onde é o local que mais comumente se verifica o pulso em adultos e crianças em
suspeita de PCR? E em lactentes?
R: A verificação de pulso em adultos e crianças com suspeita de PCR é no ponto
carotídeo, já no lactente é na região braquial.
g) Defina OVACE e cite suas possíveis causas.
R: OVACE é obstrução das vias aéreas por corpos estranhos, pode ser causado pela
epiglote, secreções, ou pequenos objetos que impedem a passagem do ar, como por exemplo,
os alimentos.
h) Quais as duas técnicas apresentadas para o tratamento de OVACE.
R: Manobra de Heimlich para adultos e crianças e tapagens e compressões torácicas
para lactentes.
i) Defina PCR e cite suas possíveis causas.
R: PCR é parada cardiorrespiratória é ocasionada por doenças cardíacas, traumas,
choques elétricos, etc.
j) Qual a técnica em nível de suporte básico apresentada parta o tratamento de PCR.
R: A técnica para tratamento de PCR em nível de suporte básico é a RCP, que
consiste em aplicar compressões torácicas e insuflações no paciente.
k) Descreva a mensuração do ponto de compressão para adultos, crianças e lactentes.
R: Adulto e Crianças: contornando as costelas, ache o processo xifoide, com a outra
mão meça dois dedos acima e, logo acima coloque a região hipotenar da outra mão. Esse ponto
deverá estar em cima do osso esterno do paciente.
Lactentes: trace uma linha imaginária entre os mamilos, faça a compressão no centro do
peito um dedo abaixo dessa linha imaginária.
l) Como deve ser a aplicação das compressões em cada um dos pacientes?
R: As compressões torácicas devem ser rápidas e profundas:
Adulto - Deslocamento de 4 a 5 cm e frequência de aproximadamente 100 por minuto.
Criança - Deslocamento de 2,5 a 4 cm e frequência de no mínimo 100 por minuto.
Lactente - Deslocamento de 1,5 a 2,5cm e frequência de no mínimo 100 por minuto.
Objetivos:
Ao final desta lição, os participantes serão capazes de:
1) Descrever o funcionamento do sistema circulatório, bem como sua importância e
nomenclatura básica.
2) Demonstrar os métodos para o controle de hemorragias.
3) Descrever o procedimento a ser aplicado para hemorragia interna.
4) Definir estado de choque.
5) Descrever os mecanismos fisiopatológicos do choque.
6) Diferenciar os principais tipos de choque.
7) Identificar os principais sinais e sintomas.
8) Executar corretamente o tratamento pré-hospitalar no estado de choque.
Sistema Circulatório
É um sistema fechado, composto pelo sangue,
coração e por uma rede de tubos denominados
artérias, arteríolas, capilares, vênulas e veias.
As principais funções do sistema
circulatório são:
✔ fornecer oxigênio, substâncias
nutritivas e hormônios aos tecidos;
✔ transportar produtos finais do
metabolismo, como CO2 e ureia até os órgãos
responsáveis por sua eliminação; e
✔ termo regulação do organismo.
Sangue
O sangue é um líquido vermelho, viscoso, composto por plasma (parte líquida), glóbulos
vermelhos (hemácias), glóbulos brancos (leucócitos) e plaquetas.
Coração
É um órgão muscular, oco, ímpar e mediano, que
funciona como uma bomba contrátil e propulsora do
sangue.
As camadas musculares do coração são formadas
por três camadas:
- miocárdio: camada média determina a sístole e a
diástole cardíaca;
- endocárdio: camada de revestimento interno;
- epicárdio: camada de revestimento externo.
Vasos sanguíneos
São tubos que formam a complexa rede do sistema cardiovascular, constituída por
artérias e veias que se ramificam em calibres cada vez menores, originando as arteríolas, vênulas
e capilares.
Hemorragia
Hemorragia interna
A hemorragia interna não é visível, por isso geralmente é grave. O socorrista deve estar
atento aos sintomas, pois é de difícil avaliação. Como na hemorragia interna não se consegue
realizar hemostasia, o socorrista deve tomar outros cuidados com o paciente, como posição de
transporte confortável e oxigeno terapia, tudo isso para prevenir o choque hipovolêmico.
✔ Agitação;
✔ Palidez;
✔ Sudorese intensa;
✔ Pele fria e pegajosa;
✔ Taquicardia;
✔ Hipotensão;
✔ Sede;
✔ Fraqueza;
Hemorragia externa
Métodos de hemostasia
Estado de choque
Tipos de choque
Choque hemorrágico: É o choque causado pela perda de sangue e/ou pela perda de
plasma.
Choque cardiogênico: É o choque cardíaco. Este choque é causado pela falha do
coração no bombeamento sanguíneo para todas as partes vitais do corpo.
Choque neurogênico: É o choque do sistema nervoso, em outras palavras, a vítima sofre
um trauma e o sistema nervoso não consegue controlar o calibre (diâmetro) dos vasos
sanguíneos. O volume de sangue disponível é insuficiente para preencher todo o espaço dos
vasos sanguíneos dilatados.
Choque anafilático: É o choque alérgico. Desenvolve-se no caso de uma pessoa entrar
em contato com determinada substância da qual é extremamente alérgica, por exemplo,
alimentos, medicamentos, substâncias inaladas ou em contato com a pele. O choque anafilático é
o resultado de uma reação alérgica severa e que ameaça a vida.
Choque séptico: É o choque da infecção. Micro-organismos lançam substâncias
prejudiciais que provocam uma dilatação dos vasos sanguíneos. O volume de sangue torna-se
insuficiente para preencher o sistema circulatório dilatado.
Choque psicogênico: Algo psicológico afeta a vítima. O sangue drena da cabeça e se
acumula no abdome causando desmaios.
Choque metabólico: Choque insulínico, coma diabético, vômito, diarreia ou outras
condições que causem perdas de líquidos e alteração no equilíbrio bioquímico do corpo.
Tratamento pré-hospitalar
✔ SBV;
✔ Posicionar a vítima em decúbito dorsal;
✔ Em caso de gestação, dificuldade respiratória, lesão torácica adotar posição semi-
sentada;
✔ Afrouxar roupas apertadas;
✔ Controle qualquer hemorragia externa;
✔ Imobilização das fraturas;
✔ Manter a vítima aquecida;
✔ Manter a vítima imóvel;
✔ Eleve os MMII a 20/30 cm acima do nível do coração. (exceto em TCE, AVC ou
lesões nos MMII);
✔ Não administrar qualquer substância ou líquido via oral;
✔ Encaminhar ao hospital.
Avaliação da lição
Intoxicação e Envenenamento
Objetivos:
Intoxicação e Envenenamento
Vias de intoxicações
Nos casos onde é possível a ingestão de venenos, o Socorrista deve tentar obter o máximo
de informações e o mais rápido possível. Logo após a avaliação inicial, deve-se verificar se no
local existem recipientes, líquidos derramados, cápsulas, comprimidos, substâncias venenosas ou
qualquer indício que permita identificar a substância ingerida.
Sinais e sintomas
Tratamento pré-hospitalar
✔ Mantenha as VA permeáveis;
Frente aos venenos, em geral, o socorrista fica muito limitado e necessita de antídotos
específicos, portanto o transporte deve ser rápido.
São aquelas provocadas por gases ou vapores tóxicos (Ex: gases produzidos por motores
a gasolina, solventes, gases industriais, aerossóis, etc.).
Auxilie o paciente somente após certificar-se que a cena está segura. Acione socorro
especializado e utilize os EPIs necessários.
Uma ação importante a tomar é obter informações do próprio paciente e de testemunhas,
tentando identificar o tipo de gás venenoso inalado.
Sinais e sintomas
A absorção da substância tóxica por inalação pode também produzir os sinais e sintomas
descritos nas intoxicações por ingestão.
Tratamento pré-hospitalar
São causadas por substâncias tóxicas que penetram através da pele e das mucosas, por
meio de absorção. Algumas vezes estas intoxicações provocam lesões importantes na superfície
da pele, outras, o veneno é absorvido sem dano algum. A maioria dos tóxicos absorvidos são
substâncias químicas de uso comum e plantas.
Sinais e sintomas
A absorção dos tóxicos por contato pode produzir os sinais e sintomas descritos
anteriormente na intoxicação por ingestão.
Tratamento pré-hospitalar
Para atender estes pacientes, o socorrista deve usar além dos EPI s básicos, proteção para
a sua roupa.
✔ Remova o paciente para local seguro. Se houver condições de segurança para tal;
✔ Remova as roupas e os calçados contaminados e lave a área de contato com muita
água corrente (mínimo de 15 minutos);
✔ Guarde os materiais e roupas em sacos plásticos próprios;
✔ Transporte com monitoramento constante.
Sinais e sintomas
A absorção dos tóxicos por injeção pode também produzir os sinais e sintomas descritos
anteriormente na intoxicação por ingestão.
Tratamento pré-hospitalar
✔ Previna o choque;
✔ Nas picadas de inseto (com ferrão preso na pele), raspe no sentido contrário para
evitar a injeção do mesmo no corpo;
✔ Monitore constantemente o paciente e esteja preparado para uma parada
respiratória e/ou cardíaca;
Acidentes ofídicos
Ocorrência bastante comum, principalmente na zona rural, tem sinais e sintomas que
variam bastante de acordo com o gênero do animal (serpente).
Sinais e Sintomas
Tratamento Pré-Hospitalar
Somente o soro cura intoxicação provocada por picada de cobra, quando aplicada de
acordo com as seguintes normas:
✔ Soro específico;
✔ Dentro do menor tempo possível;
✔ Em quantidade suficiente.
O socorrista deve considerar todas as picadas como venenosas até que se prove o
contrário. Se for treinado para tal e houver tempo e condições, conduza o espécime que provocou
a lesão para avaliação e identificação da espécie.
Restrições
Avaliação da lição
Objetivos:
Ao final desta lição, os participantes serão capazes de:
1) Definir os principais tipos de ferimentos;
2) Descrever os procedimentos básicos usados no cuidados de feridas;
3) Executar corretamente a aplicação da bandagem e ataduras;
Ferimento aberto
É aquele onde existe uma perda de continuidade da superfície
cutânea
Ferimento fechado
Ocorre quando a lesão é abaixo da pele, porém não existe perda da
continuidade na superfície, ou seja, a pele continua intacta.
Abrasões ou escoriações
Descrição
Lesões superficiais, com sangramento discreto, muito dolorosos,
popular “ralado”.
Observações
- geralmente não é grave;
- contaminação é a maior preocupação.
Tratamento
Ferimentos incisivos
Descrição
Bordas regulares produzidas por objetos cortantes com fio, quando
unidas as pontas se unem facilmente.
Observações
Causam sangramentos variáveis que podem ser superficiais ou
profundos
Tratamento
- hemostasia
- proteger com curativo estéril
- bandagens e ataduras
Lacerações
Penetrantes ou perfurantes
Descrição
- danificam o tecido em linha transversal;
- são provocados por objetos pontiagudos e ermas de fogo.
Observações
- considerar lesões em órgão internos;
- uma ferida penetrante pode ser perfurante, quando há um
ponto de entrada e outro de saída.
Tratamento
- hemostasia;
- proteger o ferimento com curativo estéril;
- atadura e bandagens;
- não retirar objetos encravados.
Avulsões
Lesões que envolvem rasgos ou arrancamentos de uma grande parte da pele ou músculos
Observações:
- se estiver presa deve-se recolocar no local protegendo-o com
gaze umedecida para não contaminar.
Tratamento:
- hemostasia;
- proteger o ferimento com curativo estéril.
Amputações
Descrição
- perda de um membro do corpo humano.
Observações
- pode ser desde a parte um dedo até uma perna ou braço.
Tratamento
- proteger o ferimento;
- procurar a parte amputada envolver em gaze estéril e colocá-
la em um plástico limpo e fechado.
Eviscerações
Descrição
- rompimento da musculatura do abdome
expondo as vísceras.
Observações:
Pode haver ou não exposição (quando sai da
cavidade abdominal);
- ferimento altamente contaminante.
Tratamento
- não lavar;
- proteger o ferimento e as vísceras;
- após protegidas colocar sobre o curativo
do abdome para manter o calor corporal.
Empalamento
Descrição
Tratamento
-encravamento em orifícios
naturais. -não retirar;
-estabilizar objeto.
Contusões
Descrição Observações Tratamento
Outros ferimentos
Sinais e sintomas
- Dor ou contração; Observações
- abdômen protegido; - nem sempre irá aparecer
- respiração rápidas e hematoma;
superficiais; - lesão produzida por cinto de
- abdômen sensível ou segurança de duas pontas
rígido; (foto).
- Tratar como contusão.
Couro cabeludo
Tratamento Observações
- suspeitar de lesão adicional no
- hemostasia (pressão direta); crânio e cervical.
- não aplicar pressão se existir
TCE;
- não lavar;
- realizar curativo.
Ferimento de face
Tratamento
Observações
- revisar a boca procurando corpos
estranhos ou sangue coagulado; - se for necessário transporte o
- manter VA permeáveis; paciente lateralizado para drenagem
- empurrar objetos penetrantes nade fluídos;
bochecha de dentro para fora; - suspeitar de lesões adicionais na
- mantenha a posição neutra dacabeça e pescoço.
cabeça.
Tratamento Observações
Tratamento
Observações
- não tentar remover objetos encravados - não realizar hemostasia se ela sair do
- não pressionar ouvido
Ferimento no pescoço
Tratamento Observações
Tratamento Observações
- controlar ferimento com pressão direta; - em caso de o paciente estar com
- em contusões utilizar bolsa de gelo ou água fria; suspeita de ferimento na genitália
- não remover objetos transfixados; lembre-se de perguntar se ela não
- proteger partes avulsionadas com curativos estéril está no período menstrual.
umedecidos.
- Gaze;
- Atadura;
- Soro fisiológico;
- Bandagem triangular;
- Tesoura.
Objetivos:
O sistema nervoso é composto pelo sistema nervoso central e sistema nervoso periférico,
veja:
Classificação
Porém todas devem passar por uma avaliação rigorosa, pois qualquer uma delas pode
lesionar a massa encefálica. Os danos no cérebro é que vão identificar a gravidade da lesão.
As lesões podem ser classificadas como direta e indireta:
✔ Direta: São produzidas por corpos estranhos que lesam o crânio, perfurando-o e
lesando o encéfalo.
✔ Indireta: contusão ou concussão.
Concussão: lesão causada por uma pancada na cabeça que produz um edema
cerebral. Frequentemente associada a dor de cabeça, perda breve da consciência ou em
casos mais graves, inconsciência prolongada.
✔ alterações da visão;
✔ alteração do nível de consciência;
✔ ferimento ou hematoma no couro cabeludo;
✔ deformidade do crânio;
✔ pupilas desiguais (anisocóricas);
✔ alteração dos sinais vitais;
✔ lesão periorbital (olhos de guaxinim);
✔ sangramento observado através do nariz ou dos ouvidos;
✔ líquido claro (líquor) que flui pelos ouvidos ou pelo nariz;
✔ postura de decorticação ou descerebração.
PESQUISA
Pesquise o que seria postura de decorticação e postura de descerebração, e qual delas
indica uma situação mais grave.
Tanto a descorticação e a descerebração são achados patológicos que podem
existir quando se examina um doente em coma. A descerebração ocorre quando o coma
resulta de um dano no tronco cerebral. Neste caso, o doente apresenta o membro
superior estendido. A descorticação aparece no doente com lesão nos núcleos da base
(estruturas de massa cinzenta localizadas no interior do cérebro) ou entre eles e o córtex
cerebral. Neste caso os membros superiores estão flectidos. Ambos correspondem a
condições de grande gravidade sendo que a descerebração tem um pior prognóstico.
Os traumatismos cranianos podem apresentar gravidades diferentes dependendo da
intensidade da força do trauma, o local e o tamanho da lesão. Sendo assim o socorrista pode
observar todos os sinais e sintomas nos TCE's mais graves e somente alguns nos mais leves.
SAIBA MAIS
Por mais leve que seja o TCE o socorrista não deve se descuidar do SBV. Esse
paciente deve ser monitorado constantemente lembrando que o TCE é passível de evolução
em estado de choque.
Tratamento pré-hospitalar
O principal perigo das lesões e fraturas faciais são os fragmentos ósseos, dentes, sangue,
avulsões, objetos transfixados na bochecha, pois poderão provocar obstruções nas vias aéreas.
Os cuidados são os mesmos do TCE e ferimentos em tecido mole, porém sua atenção
deve estar voltada para a manutenção da permeabilidade das vias aéreas e controle de
hemorragias.
Cuidados especiais
Traumatismo Raquimedular
Objetivos:
Traumatismo Raquimedular
A medula espinhal percorre toda a coluna vertebral. Entre cada vértebra sai nervos da
medula espinhal destinados a alguma região do corpo específica. Essa regiões engloba
funcionamento de órgãos, sentidos como o tato, sensibilidade, motricidade, etc.
O trauma raquimedular se caracteriza pela lesão das vértebras ou da medula óssea. Nem
sempre quando há lesão na vértebra há necessariamente lesão na medula, por esse motivo é que
deve-se ter tanto cuidado ao manipular uma vítima de trauma.
Uma das causas de lesões na cervical é o “efeito chicote” ou “trauma tipo chicote”,
que acontece principalmente em colisões frontais de veículos.
Complicações
Tratamento pré-hospitalar
Avaliação da lição
Objetivos:
Ao final desta lição, os participantes serão capazes de:
1) Descrever a anatomia de uma mulher grávida;
2) Descrever os sinais e sintomas indicativos de período expulsivo;
3) Identificar as principais complicações do parto e os procedimentos no
atendimento pré-hospitalar.
4) Demonstrar os procedimentos a serem aplicados no parto normal para a mãe e o
bebê.
Entrevista
✔ Pergunte o nome e idade da mãe;
✔ Pergunte se realizou o exame pré-natal;
✔ Pergunte se é o primeiro filho (se for primípara, o trabalho de parto demorará
cerca de 16 horas. O tempo de trabalho de parto será mais curto a cada parto subsequente);
✔ Pergunte se há indicação de parto gemelar (múltiplo);
✔ Pergunte a que horas iniciaram-se as contrações (checar e anotar);
✔ Pergunte se já houve a ruptura do saco amniótico;
Parto iminente
✔ Comprima a região do períneo, com uma das mãos, posicionada sob campo que se
encontra abaixo da abertura vaginal, a fim de evitar lacerações nesta região;
✔ Apoie a cabeça do bebê, colocando a mão logo abaixo da mesma com os dedos
bem separados. Apenas sustente o segmento cefálico, ajudando com a outra mão, não tente puxá-
lo;
✔ Verifique se há circular de cordão, caso tenha, desfaça com cuidado no sentido
face-crânio do bebê;
✔ Geralmente a cabeça do bebê apresenta-se com a face voltada para baixo e logo
gira para a direita ou esquerda. Guie, cuidadosamente, a cabeça para baixo e para cima, sem
forçá-la, facilitando assim a liberação dos ombros e posteriormente de todo o corpo;
Apresentação pélvica
Tratamento pré-hospitalar
Tratamento pré-hospitalar
Parto múltiplo
Parturiente
Hemorragia excessiva
Tratamento pré-hospitalar
Objetivos:
Ao final desta lição, os participantes serão capazes de:
1) Definir escala de Trauma;
2) Descrever o correto preenchimento das escala de trauma;
3) Descrever o correto preenchimento da documentação do atendimento pré-
hospitalar.
Relatórios
Todo atendimento prestado por uma instituição deve ser registrado através da algum
documento. No caso de atendimento pré-hospitalar prestado pelo Corpos de Bombeiros o
registro é feito através de relatórios que são preenchidos exclusivamente por quem prestou o
atendimento. Esse documento tem caráter público, portanto deve ser preenchido com clareza e
imparcialidade.
No histórico deverá ser descrito brevemente o que foi feito na cena do atendimento.
Deverá conter a posição do paciente, o nível de consciência, ferimentos aparentes, queixas
principais, suspeitas de ferimentos e casos clínicos, dados de sinais vitais aferidos,
procedimentos e local de encaminhamento.
Exemplo: Após a retirada dos entulhos, verificou-se paciente consciente e desorientado,
deitado em decúbito lateral esquerdo, no pátio da empresa Farias & Farias. Segundo relatos de
funcionários o mesmo trabalhava quando despencou da escada de aproximadamente 5 metros.
Apresentava ferimentos no couro cabeludo, anisocoria, amolecimento de crânio, com suspeita de
TCE. Além de insensibilidade e dos MMII, com suspeita de TRM. Não conseguia se comunicar.
Após imobilização em maca, com colar e cinto aranha, foi conduzido com oxigeno terapia até o
HHAO.”
Nesse relatório tudo indica que foi um acidente de trabalho, porém o socorrista não deve
afirma isto a não ser que seja através do relato de alguém.
SUGESTÃO DE ATIVIDADE
Conte ou encene uma ocorrência que você atendeu e peça para cada aluno realizar
um histórico da cena usando os parâmetros comentados na apostila.
Exercício:
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
Objetivos:
Ao final desta lição, os participantes serão capazes de:
1) Descrever aspectos anatômicos do sistema musculoesquelético;
2) Definir as lesões musculoesquelético e articulares;
3) Identificar sinais e sintomas de cada tipo de lesão;
4) Aplicar corretamente as técnicas de imobilização ao trauma de extremidade.
Os ossos são classificados de acordo com a sua forma em: Ossos longos:
Tem o comprimento maior que a largura e são constituídos por um corpo e duas
extremidades. Eles são um pouco encurvados, o que lhes garante maior
resistência. O osso um pouco encurvado absorve o estresse mecânico do peso do
corpo em vários pontos, de tal forma que há melhor distribuição do mesmo. Os
ossos longos têm suas diáfises formadas por tecido ósseo compacto e apresentam
grande quantidade de tecido ósseo esponjoso em suas epífises. Exemplo: Fêmur.
O esqueleto
Fraturas
Fraturas
Fratura é a ruptura total ou parcial de um osso. Pode ser classificada em:
a) Aberta: onde há rompimento da pele;
b) Fechada: onde não há rompimento da pele.
Sinais e sintomas
✔ Deformidade: a fratura produz uma posição anormal ou angulação num local que
não possui articulação;
✔ Sensibilidade: geralmente o local da fratura está muito sensível à dor;
✔ Crepitação: num movimento da vítima podemos escutar um som áspero,
produzido pelo atrito das extremidades fraturadas. Não pesquisar este sinal intencionalmente,
porque aumenta a dor e pode provocar lesões;
✔ Edema e alteração de coloração: quase sempre a fratura é acompanhada de certo
inchaço provocado pelo líquido entre os tecidos e as hemorragias. A alteração de cor poderá
demorar várias horas para aparecer;
Luxação
Sinais e sintomas
Entorse
É a torção ou distensão brusca de uma articulação, além de seu grau normal de amplitude.
Sinais e sintomas
São similares aos das fraturas e aos das luxações. Mas nas entorses os ligamentos
geralmente sofrem ruptura ou estiramento, provocados por movimento brusco.
SAIBA MAIS
Para termos práticos a diferença essencial entre uma luxação e um entorse é que na luxação a
articulação desalinha e fica desalinhada e no entorse a articulação desalinha e volta para o
lugar. Porém em ambos os casos devem ser imobilizados pois podem sofrer lesões nos
ligamentos, tendões, etc.
Tratamento pré-hospitalar
✔ não alinhar;
✔ não tracionar;
✔ imobilizar na posição encontrada;
✔ colocar tala;
✔ fixar tala.
Atividade prática:
Técnica de Remoção
Objetivos:
Ao final desta lição, os participantes serão capazes de:
1) Executar corretamente a remoção de vítimas em locais típicos e atípicos do
ambiente pré-hospitalar:
São as técnicas das quais o socorrista irá se utilizar para retirar a vítima do local da
ocorrência até um local seguro a fim de garantir segurança para si e para a vítima e
principalmente com o propósito de minimizar as sequelas do trauma ou caso clínico ocorrido.
Imobilizações
Membros
Cinturas
As cinturas devem ser imobilizadas utilizando a própria base do corpo como sustentação.
Cintura pélvica: colo de fêmur, ílio, ísquio e púbis;
Cintura escapular: clavícula, escápula e articulação.
Coluna
Luxações e entorses
Improvisações
A cabeça deve estar apoiada e fixa, em posição anatômica. Não se deve levantar a cabeça
para colocar o colar cervical. A mensuração é feita medindo, em dedos, a distância do trapézio
até a mandíbula e transportada ao colar.
Colocação em maca
✔ Rolamento de 90º;
✔ Rolamento de 180º;
✔ Elevação a cavaleiro;
✔ KED;
✔ Fixação na maca com cinto aranha e coxins.
Outras manipulações
Retirada de capacete;
Rolamento 1 socorrista emergencial vítima politraumatizada.
Limpeza e Desinfecção
Objetivos:
Ao final desta lição, os participantes serão capazes de:
1) Descrever a importância dos procedimentos de limpeza e desinfecção de viaturas
e equipamentos;
2) Citar os cuidados e acondicionamento adequado do lixo hospitalar;
3) Citar os produtos químicos, materiais e EPI, utilizados nos procedimentos de
desinfecção terminal e concorrente, ao nível de equipamento pré-hospitalar.
Limpeza e desinfecção
Limpeza
Definições
É a ação física e química onde se utiliza água e sabão ou detergente, em superfícies fixas
de todas as áreas do ambiente pré-hospitalares, promovendo a remoção da sujeira e do mau odor
e reduzindo a população microbiana no ambiente pré-hospitalar.
Assepsia
Antissepsia
Desinfecção
Esterilização
O serviço pré-hospitalar tão gratificante quanto perigoso. Seus riscos variam desde o
perigo de ser atropelado em um atendimento de acidente de trânsito até a exposição do socorrista
ao ambiente saturado de micro-organismos patológicos.
E é esse desse ambiente biologicamente inseguro que vamos tratar nessa unidade
didática. Tentaremos fazer desse ambiente um local com riscos aceitáveis de trabalho e de
atendimento.
O ato de lavar as mãos ainda não é um hábito corrente em nossos dias, apesar da sua
importância já ter sido demonstrada no século XIX.
A cada atendimento onde houver produção de lixo, ele deve ser trocado;
1. Para trocar o lixo, o socorrista deve estar usando luvas
descartáveis, fechar bem o saco de lixo e colocá-lo no expurgo;
2. O lixo hospitalar só deve ser descartado no expurgo, nunca
em outro lugar;
3. Mesmo as luvas que supostamente não estão contaminadas
devem ser descartadas no lixo hospitalar;
4. O saco plástico para lixo hospitalar deve ser próprio;
Procedimentos de desinfecção
Produtos químicos
✔ Hipoclorito a 1%;
✔ Álcool etílico 70%.
Desinfecção terminal
Procedimentos
Desinfecção concorrente
Procedimentos
Objetivos:
Ao final desta lição, os participantes serão capazes de:
1) Revisar os aspectos anatômicos do sistema tegumentar;
2) Definir os tipos de queimaduras e lesões ambientais;
3) Descrever os procedimentos de atendimento pré hospitalar para atender vítimas de
queimaduras e lesões ambientais.
Queimaduras
Queimaduras são lesões produzidas nos tecidos de revestimento do organismo que são
causadas por agentes térmicos, produtos químicos, eletricidade, radiação, etc. Elas podem lesar a
pele, os músculos, os vasos sanguíneos, os nervos e os ossos.
Térmicas: são produzidas pela transmissão de calor, fogo, vapores quentes, objetos
quentes; e por frio, objetos congelados, gelo;
Químicas: são produzidos pelo contato com substâncias químicas, inclui vários
cáusticos, ácidos e álcalis;
Elétricas: são produzidas pelas descargas elétricas de materiais energizados e
descargas atmosféricas;
Substâncias radioativas: são produzidas por exposição à radiação através de elementos
radioativos e até mesmo o sol, que emite radiações ultravioletas.
Extensão da queimadura
Dimensionamento da queimadura
Tratamento pré-hospitalar
Queimaduras Químicas:
✔ Limpe e remova substâncias químicas da pele do paciente e das roupas antes de
iniciar a lavação;
✔ Lave o local queimado com água limpa corrente por no mínimo 15 minutos (não
se deve submergir)
✔ Use EPIs apropriados;
✔ Cubra com curativo estéril toda a área de lesão;
✔ Previna o choque e transporte a vítima;
✔ Se possível, conduza amostra da substância em invólucro plástico;
✔ Se a lesão for nos olhos, lave-os bem, no mínimo por 15 minutos, com água
corrente e depois cubra com curativo úmido estéril. Volte a umedecer o curativo a cada 5
minutos.
Queimaduras Elétricas:
As queimaduras elétricas aparecem no local de entrada e saída da corrente. Os problemas
mais graves produzidos por uma descarga elétrica são: parada respiratória ou cardiorrespiratória,
dano no SNC e lesões em órgãos internos.
✔ Reconheça a cena e acione, se necessário, a companhia energética local;
✔ Realize a avaliação inicial e , se necessário, inicia manobras de reanimação;
✔ Identifique o local das queimaduras (no mínimo dois pontos: um de entrada e um
de saída da fonte de energia);
✔ Aplique curativo estéril sobre as áreas queimadas; e
✔ Previna o choque e conduza o paciente, com monitoramento constante, ao
hospital.
Lesões ambientais
São dores e espasmos musculares que ocorrem quando o corpo perde muito sal durante
uma intensa sudorese ou quando este não é reposto adequadamente.
Sinais e Sintomas
✔ cãibras musculares severas, usualmente nas pernas e abdome;
✔ cansaço físico;
✔ tontura e, às vezes, desmaio.
Tratamento Pré hospitalar
✔ remover o paciente para um local fresco e bem arejado;
✔ oferecer água pura ou substância isotônica;
✔ massagear os músculos com cãibras ou aplicar simples pressão sobre eles;
✔ aplicar toalhas úmidas sobre os músculos mais doloridos pode produzir um alívio
extra.
Situação que ocorre quando uma pessoa que não está em boas condições físicas realiza
exercícios excessivos em um ambiente aquecido.
Sinais e Sintomas
✔ respiração rápida e superficial;
✔ pulso debilitado;
✔ pele fria e às vezes, pálida;
✔ sudorese intensa;
✔ debilidade física generalizada;
✔ tontura e às vezes inconsciência.
Tratamento pré-hospitalar
✔ Remova o paciente para um local fresco;
✔ afrouxe e remova as roupas;
✔ Ventile o paciente para resfriá-lo;
Insolação
Situação muito grave (também chamada de golpe de calor) que ocorre quando uma
pessoa aumenta muito a temperatura corporal por falha dos mecanismos de regulação térmica. A
pessoa nessa situação deixa de suar e sua temperatura sobe muito podendo lesar células cerebrais
e até chegar à morte.
Sinais e Sintomas
✔ Respirações profundas, seguidas de respirações superficiais;
✔ pulso rápido e forte, seguido de pulso rápido e fraco;
✔ pele seca e quente. Às vezes, avermelhada;
✔ Pupilas dilatadas;
✔ Perda de consciência ou coma;
✔ Convulsões ou tremor muscular podem estar presentes.
Tratamento pré-hospitalar
✔ Esfriar rapidamente o paciente. Retirá-lo do local, remover as roupas, aplicar
toalhas molhadas sobre ele. Devemos normalizar a temperatura para evitar que as células
cerebrais morram;
✔ aplicar bolsas de gelo sob as axilas, nos pulsos e atrás dos joelhos e também
próximos aos lados do pescoço;
✔ Se possível, providenciar a imersão da vítima em uma banheira d´água e esfriar a
água com gelo.
O corpo humano pode ser lesado pela exposição, por período prolongado, a baixas
temperaturas, ou mesmo por exposição ao frio extremo durante apenas um curto período.
A exposição pode lesar desde a superfície do organismo até um esfriamento corporal
generalizado, levando a pessoa à morte.
Dois fatores influenciam significativamente o desenvolvimento das lesões por frio:
a) A temperatura do ambiente;
b) A velocidade do vento.
Resfriamento generalizado
Também chamado de hipotermia geral. Afeta todo o corpo com uma queda da
temperatura corporal que poderá levar ao coma e a morte.
Sinais e sintomas
✔ Calafrios, sensação de adormecimento e ou sonolência;
✔ Respiração lenta e pulso lento;
✔ Perda da visão;
✔ Inconsciência;
✔ Congelamento de algumas partes do corpo.
Tratamento pré-hospitalar
✔ Avaliar o paciente para determinar a magnitude do problema, retirando-o do local
de risco (frio);
NOÇÕES DE COMBATE À
INCÊNDIO
Aluno:
_______________________________________________
_______________________________________________
Objetivos:
EXTINÇÃO DE INCÊNDIOS
Introdução
Conceitos básicos
1) Combustível;
2) Comburente (geralmente
oxigênio);
3) Calor ou energia térmica; e
4) Reação química em cadeia.
Se um incêndio ocorrer em área ocupada por pessoas, há grandes chances de que ele seja
logo descoberto no seu início e a situação mais facilmente resolvida. Mas se ocorrer quando a
edificação estiver deserta ou fechada, o fogo continuará crescendo até ganhar grandes
proporções.
Até pouco tempo atrás, as fases do incêndio eram estudadas a partir de três etapas – a fase
inicial, a fase da queima livre e fase da queima lenta. Atualmente, a maioria das organizações de
bombeiro e programas de treinamento está sofrendo alterações e passando a estudar o processo a
partir de cinco fases distintas, a saber:
Ignição;
Crescimento;
Ignição súbita generalizada;
Desenvolvimento completo; e
Diminuição.
Fase da ignição
Fase da diminuição
Métodos de extinção
Resfriamento
Abafamento
Os incêndios de progresso rápido (do inglês, rapid fire progress) ou IPR são conceituados
pela National Fire Protection Association (NFPA) como todo tipo de incêndio que se desenvolve
muito rapidamente, a partir de fenômenos conhecidos, tais como o flashover, o backdraft e outros
fenômenos similares.
Em português, ainda não temos nenhuma publicação científica que forneça uma tradução
padronizada para esses termos, motivo pelo qual sugerimos a adoção dos seguintes verbetes:
6) Ignição súbita generalizada (flashover);
7) Ignição explosiva (backdraft); e
8) Ignição dos gases do incêndio (fire gás ignition).
No entanto, ainda é comum encontrarmos outras terminologias, tais como inflamação
generalizada (flashover), explosão de fumaça ou explosão por fluxo reverso (backdraft), etc.
9) Incêndio ventilado;
10) Percepção de calor radiante doloroso (os combatentes são forçados a
permanecerem agachadas devido às altas temperaturas);
11) Existência de superfícies superaquecidas;
12) Chamas visíveis ao nível do teto;
13) Aumento na velocidade da pirólise dos materiais existentes no cômodo
incendiado;
14) Rebaixamento crescente do plano neutro e aumento de turbulência (efeito ondular
dos gases).
Os gases da combustão
Os gases da combustão podem ser conceituados como aquelas substâncias que surgem
durante o incêndio e permanecem mesmo após os produtos da combustão ser resfriados até
alcançarem temperaturas normais. A quantidade e os tipos de gases da combustão presentes
durante e depois de um incêndio varia fundamentalmente com a composição química do material
da combustão, com a quantidade de oxigênio disponível e também com a temperatura do
incêndio.
Os efeitos da fumaça e dos gases tóxicos sobre as pessoas dependem do tempo de
exposição, da concentração dos gases na atmosfera e também, em grande parte, das condições
físicas e resistência dos indivíduos expostos.
As fumaças geradas em incêndios contêm gases narcóticos (asfixiantes) e irritantes. Os
gases narcóticos ou asfixiantes são aqueles que causam a depressão do sistema nervoso central,
produzindo desorientação, intoxicação, perda da consciência e até morte. Os gases narcóticos
mais comuns são o monóxido de carbono (CO), o cianeto de nitrogênio (HCN) e o dióxido de
carbono (CO2).
A redução dos níveis de oxigênio como resultado de um incêndio também provocará
efeitos narcóticos nos humanos. Os agentes irritantes são substâncias que causam lesões na
respiração (irritantes pulmonares), além de inflamação nos olhos, vias aéreas superiores, e pele
(irritantes sensoriais).
Dos principais gases presentes nos incêndios destacamos como mais letais o monóxido de
carbono, o dióxido de carbono, o ácido cianídrico, o cloreto de hidrogênio e a acroleína, no
entanto, não podemos esquecer que a falta de oxigênio também pode ser fatal.
A toxicidade do CO deve-se fundamentalmente a sua tendência a combinar-se com a
hemoglobina do sangue, no lugar do oxigênio, o que gerará uma diminuição no abastecimento de
oxigênio dos tecidos humanos (hipóxia).
As chamas
Fumaças visíveis
As fumaças são constituídas por partículas sólidas e líquidas transportadas pelo ar e por
gases desprendidos dos materiais que queimam. Normalmente, em condições de insuficiência de
oxigênio para uma combustão completa, madeira, papel, gasolina e outros combustíveis comuns
desprendem minúsculas partículas pretas de carbono chamadas de fuligem que são visíveis na
fumaça e se acomodam sob superfícies por deposição. A fumaça, incluindo os gases venenosos
invisíveis que a mesma contém, é a principal causa de mortes em incêndios, sendo responsáveis
por cerca de 50 a 75% das mortes. A fumaça irrita os olhos e os pulmões e normalmente cria
pânico. Outros gases da combustão, como o metano (CH 4), formaldeído e ácido acético, podem
ser gerados sob combustões incompletas, condensando-se sobre as partículas de fumaça e sendo
transportadas até os pulmões com consequências fatais para as pessoas.
Transferência do calor
Condução
Convecção
Radiação
Os metais são excelentes condutores de calor, por outro lado, temos que materiais como a
lã, a madeira, o vidro, o papel, o isopor e o gesso, que são maus condutores de calor (isolantes
térmicos.
Os líquidos e gases, em geral, são maus condutores de calor. O ar, por exemplo, é um
ótimo isolante térmico. É por este motivo que quando colocamos a mão no interior de um forno
aquecido, não nos queimamos logo, entretanto, ao tocarmos numa forma de metal colocada
Pontos de temperatura
Avaliação da lição
1. Usando suas próprias palavras, use o espaço abaixo para conceituar os termos “fogo” e
“incêndio”.
Resposta:
3. O desenho abaixo indica uma curva típica de incêndio. Relembre as diferentes fases de
um incêndio preenchendo os espaços em branco.
Objetivos:
Equipamentos
Capacete
Roupa de proteção
✔ NFPA 1971
✔ Deve possuir faixas refletivas
✔ Deve proteger pescoço, tronco e membros
Luvas
Botas
Ameaças Respiratórias
Calor
Gases tóxicos
✔ Filtrantes
✔ Filtro químico para absorção de gases
✔ Filtro mecânico para retenção de partículas sólidas em suspensão
✔ Filtro combinado
✔ Filtro para CO
Linha de ar
Circuito fechado
Máscara autônoma
Inspeção diária
Pressão do cilindro
*Descanso = 5 a 10 LPM
*Trabalho pesado = 35 a 50 LPM
*Esforço máximo = 50 a 90 LPM
Lembrando que para cálculos quando necessário usamos que 1 bar = 15 PSI
Alarme
Métodos de colocação
✔ Pela cabeça
Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina
Pg. 113
Brigadista Particular
✔ Mochila
Avaliação da lição
2. Ao sinal, cada participante deverá colocar todo o EPI e EPR, no tempo menor
possível, executando todos os itens do check list.
ALUNO: _____________________________________________________
Classes de incêndio
Objetivos:
Classes de Incêndio
Introdução
Quadro demonstrativo
Class
Norma Americana* Classe Norma Europeia
e
SÓLIDOS SÓLIDOS
A papel, madeira, tecido, A papel, madeira, tecido,
borracha, plásticos borracha, plásticos
LÍQUIDOS, GRAXAS e
LÍQUIDOS
GASES
B B Gasolina, óleo, álcool e
Gasolina, álcool, butano,
petróleo
metano e acetileno
ELÉTRICOS
GASES
C Equipamentos e máquinas C
Butano, metano e acetileno
elétricas e eletrônicas energizadas
METAIS ESPECIAIS METAIS ESPECIAIS
magnésio, selênio, magnésio, selênio,
D D
antimônio, lítio, potássio, zinco, antimônio, lítio, titânio, zircônio,
titânio, sódio, urânio e zircônio sódio, urânio, zinco e potássio
ELÉTRICOS
ÓLEOS e GORDURAS
K E Equipamentos e máquinas
Óleos e gorduras de cozinha
elétricas e eletrônicas energizadas
ÓLEOS e GORDURAS
F Óleos, gorduras de
cozinhas e piche derretido
Incêndio envolvendo combustíveis sólidos comuns, tais como papel, madeira, tecido,
borracha, plásticos, etc. É caracterizado pelas cinzas e brasas que deixam como resíduos e por
queimar em razão do volume, isto é, a queima se dá na superfície e em profundidade.
O método mais utilizado para extinguir incêndios de classe A é o uso de resfriamento com
água, mas também se admite o uso de pós químicos secos de alta capacidade extintora ou
espuma.
Essa não é verdadeiramente uma classe de incêndio, pois se confunde com a classe B, no
entanto já aparece na maioria dos textos técnicos mais recentes e tem uma finalidade mais
educativa para enfatizar os riscos especiais da classe. São os incêndios em óleo, gorduras de
cozinhas e piche derretido que não devem ser combatidos com água em jato direto. Os métodos
mais utilizados para extinguir incêndios de classe K são o abafamento (uso de espuma), a quebra
da reação em cadeia (uso de pós químicos) ou ainda o resfriamento com muita cautela.
Ataque Direto
Ataque Indireto
Ataque combinado
Quando o combatente se depara com um incêndio que está em local confinado, sem risco
de explosão ambiental, mas com superaquecimento do ambiente, que permite a produção de
vapor para auxiliar a extinção (abafamento e resfriamento), usa-se o ataque combinado.
BOIL OVER: É o fenômeno caracterizado por uma violenta erupção turbilhonar, com
ejeção do líquido combustível.
SOLOP OVER: Caracterizado por uma ebulição e espumação ao nível da superfície do
líquido inflamável, com o consequente extravasamento do produto do interior do reservatório.
BLEVE: Pode se conceituar o “BLEVE” como sendo uma explosão de líquido em
ebulição expandida.
Ocorre quando um recipiente contendo líquido sob pressão tem suas paredes expostas
diretamente à chama, tendo como resultado o aumento da pressão interna. A resistência das
paredes do recipiente cai bruscamente, resultando no seu rompimento.
Ao se deparar com fogo em gás inflamável e não podendo conter o fluxo do mesmo, não
deverá extinguir o incêndio, apenas controlá-lo.
Um vazamento de gás inflamável será mais grave que a situação de incêndio, por reunir
condições propícias para uma explosão.
A conduta correta será o controle do incêndio, evitando sua propagação, bem como o
aumento de suas proporções.
Informações importantes sobre o Gás Liquefeito do Petróleo(GLP):
O GLP é um gás combustível de fácil combustão, o GLP é incolor e inodoro, mas, por
motivo de segurança, uma substância do grupo MERCAPTAN é adicionada para a identificação
de vazamentos, produzindo um cheiro especifico. O GLP não é corrosivo, poluente e nem tóxico,
mas se inalado em grande quantidade produz efeito anestésico.
O GLP no estado gasoso é mais pesado que o ar (1.5 vezes) e mais leve que a água, por
isso, concentra-se nos local mais baixo (ralos, valos, canaletas, etc.) e mantém-se sobre a
superfície de um recipiente contendo água.
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Pg. 119
Brigadista Particular
Combate a Incêndio “Classe C”
Materiais Energizados
Este tipo de incêndio pode ser extinto após o corte da energia elétrica, tornando-se classe
“A” ou “B”. Deve-se utilizar agentes extintores não condutores, como PQS, CO 2 e Halon (em
desuso). Não se deve utilizar extintores de água ou espuma, devido ao perigo de choque
elétrico.
Características do incêndio:
Dica: Cuidado na instalação de indústrias nas cidades onde o combatente atua, solicitar
que a edificação tenha o agente extintor adequado.
Características:
Segurança na Extinção
Rescaldo
Avaliação da lição
Fundamentos Operacionais
Objetivos:
Fundamentos operacionais
Introdução
Extintores são recipientes metálicos que contém em seu interior agentes extintores para
combate imediato e rápido a princípios de incêndio. Os extintores podem ser portáteis ou sobre
rodas, conforme o seu tamanho e uso. Os extintores portáteis também são conhecidos
simplesmente por extintores e os extintores sobre rodas, por carretas. Os extintores classificam-
se em conformidade com a classe de incêndio a que se destinam, ou seja, “A”, “B”, “C” e “D”.
O sucesso na operação de um extintor dependerá basicamente de:
✔ Uma fabricação de acordo com as normas técnicas (ABNT);
✔ Uma adequada distribuição dos aparelhos na planta;
✔ Uma inspeção periódica da área a proteger;
✔ Uma manutenção adequada e eficiente; e
✔ Pessoal habilitado no correto manuseio do aparelho.
Os extintores devem conter uma carga de agente extintor em seu interior, essa carga é
chamada de unidade extintora e é especificada em norma.
Água
Pó Químico Seco
Também conhecido como dióxido de carbono, o CO2 é um gás mais pesado que o ar, sem
cor, sem cheiro, não condutor de eletricidade e não venenoso (mas asfixiante). Age
principalmente por abafamento, tendo, secundariamente, ação de resfriamento. Por não deixar
resíduos nem ser corrosivo é um agente extintor apropriado para combater incêndios em
equipamentos elétricos e eletrônicos sensíveis (centrais telefônicas e computadores).
Espuma
A espuma pode ser química ou mecânica conforme seu processo de formação. Mais leve
que todos os líquidos inflamáveis é utilizada para extinguir incêndios por abafamento e, por
conter água, possui uma ação secundária de resfriamento.
Os extintores sobre rodas, também chamados de carretas, são aparelhos montados sobre
rodas e com grande quantidade de agente extintor. As carretas recebem o nome do agente
extintor que transportam, da mesma forma que os extintores portáteis.
Devido ao seu tamanho e a sua capacidade de carga, a operação destes aparelhos
geralmente é realizada por dois operadores.
As carretas podem ser:
✔ de água;
✔ de espuma mecânica;
✔ de pó químico seco;
✔ de gás carbônico.
a) um número, que representa a capacidade extintora ou o tamanho do fogo que pode ser
extinto por uma unidade extintora ou pelo extintor de incêndio;
b) uma letra maiúscula, que identifica a classe de fogo adequada para o referido agente
extintor.
Os extintores são certificados de acordo com a sua "capacidade extintoras" e a condição
mínima para que constituam uma unidade extintora, deve atender a tabela abaixo, no caso dos
extintores portáteis:
A manutenção começa com o exame periódico e completo dos extintores e termina com
a correção dos problemas encontrados, visando um funcionamento seguro e eficiente. É realizada
através de inspeções, onde são verificados: localização, acesso, visibilidade, rótulo de
identificação, lacre e selo das manutenções, peso, danos físicos, obstrução no bico ou na
mangueira, peças soltas ou quebradas e pressão nos manômetros.
Tipos de inspeções:
Semanais: Verificar acesso, visibilidade e sinalização.
Mensais: Verificar se o bico ou a mangueira do extintor estão obstruídos. Observar a
pressão do manômetro (se houver), o lacre e o pino de segurança.
Semestrais: Verificar o peso do extintor de CO2 e do cilindro de gás comprimido, quando
houver. Se o peso do extintor estiver abaixo de 90% do especificado, recarregar.
Anuais: Verificar se não há dano físico no extintor, avaria no pino de segurança e no
lacre. Recarregar o extintor se constatado qualquer violação nestes itens.
Quinquenais: Fazer o teste hidrostático, que é a prova a que se submete o extintor a
cada cinco anos ou toda vez que o aparelho sofrer acidentes, tais como: batidas, exposição a
temperaturas altas, ataques químicos ou corrosão. Deve ser efetuado por pessoal habilitado e
com equipamentos especializados.
As mangueiras podem ser de fibras naturais ou fibras sintéticas. As fibras vegetais são
oriundas de vegetais (algodão, cânhamo, linho). As sintéticas são fabricadas na indústria a partir
de substâncias químicas.
As fibras sintéticas apresentam diversas vantagens sobre as naturais, tai como: peso
reduzido, maior resistência à pressão, ausência de fungos, manutenção mais fácil, baixa absorção
da água. Pelos motivos citados são as mais utilizadas pelo Corpo de Bombeiros.
Quanto ao diâmetro
Juntas
Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina
Pg. 128
Brigadista Particular
Acondicionamento de Mangueiras
São as maneiras de dispor as mangueiras, em função de sua utilização. São classificadas
em três tipos de acondicionamento a saber:
Espiral
Aduchada
Ziz e Zag
Acessórios Hidráulicos
São peças que permitem a utilização segura de outros equipamentos hidráulicos
possibilitando a versatilidade na tática de combate a incêndios.
Adaptação: peça metálica que permite a conexão do equipamento hidráulico com a junta
de rosca, com outro equipamento hidráulico com junta de união tipo engate rápido.
Coletor: peça que se destina a conduzir para uma só linha, água proveniente de duas ou
mais linhas.
Derivante: peça metálica destinada a dividir uma linha de mangueira em outra de
diâmetro inferior.
Redução: peça usada para transformar uma linha ( ou expedição ) em outra de maior
diâmetro.
Tampão: os tampões destinam-se a vedar as expedições desprovidas de registro que
estejam em uso, e a proteger as extremidades das uniões contra eventuais golpes que possam
danificá-las.
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Pg. 129
Brigadista Particular
Equipamentos
Ferramentas
São utensílios para facilitar o acoplamento e desacoplamento de uniões, acessórios ou
aberturas e fechamento de registro. Usualmente Corpo de Bombeiros de SC, utiliza 02
ferramentas a saber:
Chave de Mangueira: destina-se a facilitar o acoplamento e desacoplamento das
mangueiras. Apresenta na parte curva dentes que se encaixam nos ressaltos existentes no corpo
das juntas de união.
Chave de Magote: ferramenta que possui boca com formato próprio para aperto e
desaperto das conexões tipo mangote.
Linhas de mangueiras
Avaliação da lição
Fundamentos Técnicos
Objetivos:
Ao final desta lição, os participantes serão capazes de:
1) Identificar tipos de espuma
2) Definir os tipos de jatos;
3) Identificar os extintores apropriados às respectivas classes de incêndio;
4) Compreender os fundamentos e princípios básicos de uma operação de busca e
resgate;
5) Descrever ventilação; Citar pelo menos 03 das regras gerais para a execução de
ventilação;
6) Descrever os fenômenos Flashover; Backdraft; Citar duas ações para evitar a
formação de um Backdraft.
Fundamentos técnicos
Pressão
Pressão é a ação de uma força sobre uma área. Em termos práticos, a pressão é a força
que se aplica na água para esta fluir através de mangueiras, tubulações e esguichos, de uma
extremidade a outra. É importante notar que o fluxo em si não caracteriza a pressão, pois se a
outra extremidade do tubo estiver fechada por uma tampa, a água estará “empurrando” a tampa,
apesar de não estar fluindo.
Perda de carga
A água sob pressão tende a se distribuir em todas as direções, como quando se enche
uma bexiga de borracha com ar. Contudo, as paredes internas de mangueiras, tubulações,
esguichos, etc., impedem a expansão da água em todas as direções, conduzindo-a numa única
direção. Ao evitar a expansão da água, direcionando-a, as paredes absorvem parte da força
aplicada na água, “roubando” energia. Isto explica por que a força aplicada diminui de
intensidade à medida que a água vai caminhando pelas tubulações. A isto chamamos perda de
carga. A força da gravidade é um outro fator que acarreta perda de carga.
Golpe de aríete
Quando o fluxo de água, através de uma tubulação ou mangueira, é interrompido de
súbito, surge uma força resultante que é chamada “golpe de aríete”. A súbita interrupção do
fluxo determina a mudança de sentido da pressão (da bomba ao esguicho, para do esguicho à
bomba), sendo esta instantaneamente multiplicada. Esse excesso de pressão causa danos aos
equipamentos hidráulicos e às bombas de incêndio. Os esguichos, hidrantes, válvulas e
estranguladores de mangueira devem ser fechados lentamente, de forma a prevenir e evitar o
golpe de aríete.
Jato contínuo
Como o próprio nome diz, é o jato em que a água toma uma forma contínua, não
ocorrendo sua fragmentação. É utilizado quando se deseja maior alcance e penetração.
Jato chuveiro
Neste tipo de jato, a água fragmenta-se em grandes gotas. É
usado quando se pretende pouco alcance. A fragmentação da água
permite absorver maior quantidade de calor que o jato contínuo. Nos
ataques direto e indireto, o jato chuveiro atinge uma área maior do
incêndio, possibilitando um controle eficaz.
Jato neblina
Os jatos em neblina são gerados por fragmentação da água em
partículas finamente divididas, através de mecanismos do esguicho. O
ar ficará saturado como uma fina névoa, e as partículas de água
parecerão estar em suspensão.
Em virtude desta fragmentação, a água se vaporiza mais rapidamente que nos jatos
contínuo e chuveiro, absorvendo o calor com maior rapidez. Na forma de neblina, a água
protegerá com eficiência os combatentes e o material não incendiado da irradiação do calor.
Tipos de esguicho
Para produzir o jato desejado, utilizam-se esguichos apropriados. Para isso o combatente
deve conhecer as características de cada esguicho:
Objetivos:
Ataque combinado
Obviamente, seria errado escolher uma linha direta de 38 mm, ou ainda o mangotinho,
para atacar um incêndio numa grande ocupação comercial totalmente envolvida pelo fogo. O
ataque não teria o volume nem o alcance necessário. Também é incorreto atacar um dormitório
de residência familiar com uma linha de 63 mm, descarregando 940 litros por minuto, ou armar
essa mesma linha não havendo reserva d´água (hidrante público) disponível.
Boil Over:
Slop Over:
Este tipo de incêndio pode ser extinto após o corte da energia elétrica, tornando-se classe
“A” ou “B”. Deve-se utilizar agentes extintores não condutores, como PQS, CO2 e Halon. Não
se deve utilizar extintores de água ou espuma, devido ao perigo de choque elétrico Pode ser
utilizada a água através de mangueiras, conforme tabela abaixo:
Deve-se preferencialmente, utilizar jato neblinado, pois a água nebulizada não conduz
corrente elétrica, por ser constituída de partículas não contínuas. Também, deve-se optar pela
utilização do esguicho canhão, quando possível.
A decisão do comandante do combate ao fogo não deve ser tomada sem a definição do
responsável técnico ou operador.
Procedimentos de Segurança Alta e Baixa Tensão
✔ Contato com técnico especializado;
✔ Cuidados extras com instalação clandestina de energia elétrica;
✔ No combate a incêndio em instalações elétricas em galerias, não se deve utilizar
água, pela proximidade com a eletricidade. Pode haver risco de explosão, devido a vapores
inflamáveis provenientes da combustão de fusíveis, relês ou de curto circuito;
✔ Quando forem encontrados fios caídos, deve-se isolar a área;
✔ Tratar todos os cabos como sendo energizados e alta tensão;
✔ Cuidados extras no manuseio de escadas junto a fio elétricos;
✔ Cuidados com água empoçada junto ao material energizado;
✔ Providenciar isolamento do local;
✔ Muitos materiais elétricos, como transformadores, quando submetidos ao fogo
podem liberar líquidos e gases tóxicos (produtos perigosos). Importante à utilização do EPI e
EPR.
Características do incêndio:
✔ Apresenta-se basicamente quando na forma fragmentada;
✔ Maior problema para o combatente é o agente extintor à situação específica;
✔ Não apresentam comportamento padrão;
✔ Melhor método de extinção: abafamento;
✔ Agentes extintores especiais: grafite seco, areia seca, cloreto de sódio e
nitrogênio;
✔ Água pode ser utilizada em alguns casos.
Dica: Cuidado na instalação de indústrias nas cidades onde o BM atua, solicitar que a
edificação tenha o agente extintor adequado.
Incêndios e emergências em ambientes fechados
É o incêndio ou salvamento que ocorre em locais de pouca ou nenhuma ventilação.
Características:
✔ Ocorre em subsolos, depósitos, garagens, residências, escritórios ou outras
dependências;
✔ Insuficiência de oxigênio, excesso de vapores e gases tóxicos e/ou inflamáveis;
✔ Espaço limitado para entrada e saída;
✔ Riscos de colapso estrutural e instabilidade de estoques de material;
Cabo guia para comunicação: Para cada equipe que entra na edificação deve haver uma
do lado de fora para a segurança. A comunicação deve existir entre os dois lados, sempre com
resposta. Do lado de fora da edificação deverá existir uma guarnição de segurança, composta por
dois combatentes com EPI e EPR, sob a supervisão do Cmt da operação. Obrigatoriamente deve
existir um BM responsável pela operação no interior da edificação
Os combatentes no interior da edificação não devem hesitar em sair da edificação no
primeiro sinal de um colapso da estrutura. Devem ter pleno conhecimento da quantidade de ar
para o retorno (50 Bar).
Segurança na Extinção
Conceito: Produto perigoso é todo agente com a propriedade de provocar algum tipo
de dano as pessoas, as propriedades ou ao meio ambiente.
Os agentes que podem provocar algum tipo de dano às pessoas, as propriedades ou
ao meio ambiente são classificadas em:
✔ Agentes biológicos;
✔ Agentes radiológicos; e
✔ Agentes químicos.
Agentes biológicos:
Agentes radiológicos:
Definição: Corpos que emitem radiações ionizantes que
podem provocar lesões, enfermidades ou a morte nos indivíduos
a eles expostos.
Exemplos: materiais radioativos utilizados nas indústrias
(químicas, petroquímicas, de papel, de plásticos), na medicina
(hospitais e laboratórios), etc.
Agentes químicos:
Definição: Elementos ou compostos que de acordo com suas
características (perigos tóxicos, da corrosão, perigos mecânicos provocados
por explosões, perigos térmicos da combustibilidade e outros) podem
provocar lesões, enfermidades ou a morte nos indivíduos vivos a eles
expostos e, danos a propriedades ou ao meio ambiente.
Exemplos: Ácidos e Bases
✔ Perigos Biológicos
✔ Perigos Radiológicos
✔ Perigos Químicos.
Perigos biológicos
Perigos radiológicos
Perigos químicos
Mecânicos
Explosivos são substâncias que sofrem uma transformação química muito rápida,
produzindo grandes quantidades de gases e calor. Os gases produzidos se expandem rapidamente
e isto origina tanto ondas de choque como intenso ruído. Os perigos mecânicos relacionados com
explosões podem produzir destruição física pelas ondas de choque, grande calor, lançamento de
Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina
Pg. 142
Brigadista Particular
fragmentos, liberação de compostos no meio ambiente circundante ao local do evento e início de
incêndios.
Tóxicos
Classes risco
✔ EXPLOSIVOS
✔ GASES
✔ LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS
✔ SÓLIDOS INFLAMÁVEIS
✔ SUBSTÂCIAS OXIDANTES
✔ SUBSTÂNCIAS TÓXICAS
✔ SUBSTÂNCIAS RADIOTIVOS
✔ SUBSTÂNCIAS CORROSIVOS
✔ SUBSTÂNCIAS PERIGOS DIVERSOS
Sistemas informais de identificação
Consideramos sistemas informais, aqueles que permitem o reconhecimento da presença
de produtos perigosos quer por meio da apreciação das formas estruturais dos recipientes onde
encontram-se os produtos, sejam eles fixos ou de transporte, quer por meio da observação de
marcas, cores, características de ocupação e localização.
1 – Número da ONU
É o número de 4 algarismos (número da ONU)
existente no painel de segurança (placa retangular de
cor laranja) afixada nas laterais, traseira e dianteira do
veículo de transporte.
✔ Painel de Segurança
✔ Número de Risco
✔ Número da ONU
2 - Número de Risco
3 = INFLAMÁVEL;
33 = MUITO INFLAMÁVEL;
333 = ALTAMENTE INFLAMÁVEL.
Significado do primeiro algarismo (risco principal do produto)
1 Explosivo; 5 Substância oxidante ou peróxido
2 Gás orgânico
3 Líquido inflamável 6 Substância tóxica
4 Sólido inflamável 7 Substância radioativa
8 Substância corrosiva
Significado do segundo e/ou terceiro algarismos (risco adicionais)
0 Ausência de risco subsidiário
1 Explosivo
2 Emana gás
3 Inflamável
4 Fundido
5 Oxidante
6 Tóxico
7 Radioativo
8 Corrosivo
9 Perigo de reação violenta
Observações:
✔ Os painéis de segurança devem ser de cor laranja e os números de identificação de
risco e do produto perigoso (número da ONU) devem ser indeléveis de cor preta. Quando o
transporte for efetuado desde o por do sol até o amanhecer, os painéis devem ser de cor laranja
refletiva;
✔ O painel de segurança e o rótulo de risco, se destacáveis, devem ter seus versos
pintados na cor preta, e os números citados no painel não devem ser removíveis;
✔ Os algarismos devem ter altura de 10 cm e largura de 5,5 cm;
✔ No Brasil, os símbolos convencionais e seu dimensionamento são estabelecidos
pela NBR 7500, da Associação Brasileira de Normas Técnicas, de Jan/94 – Símbolos de risco e
manuseio para o transporte e armazenamento de materiais (63 páginas).
Manual para atendimento de emergências com produtos perigosos
Objetivos:
1 2 3 4 5
6 7 8 9 10
Consiste nas ações destinadas especificamente ao controle do incêndio, sendo tais ações o
isolamento, o confinamento, a extinção, as ações de apoio e suporte (entradas forçadas,
ventilação, iluminação, gerenciamento de riscos e abertura de acessos).
Isolamento
Confinamento
Extinção
Conservação da propriedade
Deverá iniciar-se tão cedo quanto possível para evitar danos adicionais à estrutura
sinistrada. Essas ações visam diminuir os danos causados pelo fogo, pela água e pela fumaça,
durante e depois do combate ao incêndio e, de forma geral, compreendem atividades de
escoamento de água, transporte e cobertura de objetos e ações de proteção de salvados em geral.
Ataque indireto
O combate a incêndio num ambiente confinado deve ser realizado através de um ataque
direto, mas cauteloso. Deve sempre ser precedido de ventilação adequada e de jatos curtos e
intermitentes contra as áreas elevadas do compartimento, a fim de proporcionar a diminuição da
temperatura e permitir melhor visualização dos focos do incêndio, diminuindo,
consequentemente a ocorrência de flashover e backdraft e proporcionado maior facilidade para a
locomoção correta do combatente.
Em vista da realização de perícia o local sinistrado deve ser preservado até a chegada do
perito. A guarnição no combate o incêndio deve alterar somente o mínimo necessário ao
combate, sendo desaconselhável a retirada de materiais do interior da edificação, salvo aqueles
que apresentem risco, bem como não se deve fazer a descarga de mangueiras a partir da ponta da
mangueira do esguicho dentro da edificação.
ABASTECIMENTOS
Objetivos:
Fontes de Abastecimento
Mananciais
São mananciais: rios, lagos, córregos, mares, represas, poços, etc. A utilização de
mananciais depende de bombeamento, geralmente através de escorva/sucção.
Reservatórios
Métodos de Abastecimentos
O abastecimento poderá ser feito de três modos: por bombeamento, por gravidade ou
modo combinado.
1) Por bombeamento
2) Por Gravidade
Quando existe uma fonte de água situada em local mais elevado que o sistema de
distribuição, a gravidade proporciona a pressão necessária à distribuição.
3) Modo Combinado
A rede interna de uma edificação é composta pelo sistema de consumo de água normal
(uso comum pelos ocupantes) e pelo sistema hidráulico preventivo. É abastecida, geralmente,
pela rede de distribuição pública e possuem hidrantes de coluna ou de parede. O sistema
hidráulico preventivo de uma edificação tem três objetivos definidos: a) permitir que o usuário
ou brigadista da edificação efetue o combate do princípio do fogo; b) permitir que o corpo de
bombeiros possa utilizar a canalização para bombear água para o sistema e; c) abastecer as
viaturas do Corpo de Bombeiros para utilização em incêndios em edificações vizinhas.
Avaliação Abastecimentos
Objetivos:
Conhecendo o SHP
Fonte: http://bombeiroswaldo.blogspot.com.br/
-Canalização Incêndio
1- Deverá ser em tubo de ferro fundido ou galvanizado, aço preto ou cobre e quando
subterrâneas PVC, Fibrocimento ou equivalente;
2- Em qualquer situação a resistência da canalização deverá ser superior a 15kgf/cm2 ;
3- As canalizações, conexões e peças quando se apresentarem expostas, aéreas ou não,
deverão ser pintadas de vermelho;
4- Devem terminar no hidrante de recalque.
Fonte: http://bombeiroswaldo.blogspot.com.br/
-Hidrantes de Paredes
São dispositivos colocados nas redes de distribuição que permitem a captação de água
pelos bombeiros, especialmente durante o combate a incêndios. Fonte:
bombeiroswaldo.blogspot.com
-Bombas
Fonte: Zurich
-Hidrantes de Recalque
O hidrante de recalque (ou hidratante de passeio) é uma extensão da rede hidráulica que
será utilizado pelos bombeiros ou brigadistas para pressurizar a rede e realizar o combate do foco
do incêndio.
Atividade Proposta
Recomenda-se que o instrutor tente dentro de suas possibilidades agendar uma visita de 2
a 3 HA para visitação de uma edificação com SPH funcional com os alunos do curso de
brigadistas.
SISTEMAS PREVENTIVOS
CONTRA INCÊNDIO
Aluno
_______________________________________________
_______________________________________________
Objetivos:
O fogo sempre motivou a curiosidade do ser humano. Antes de seu domínio, o homem
primitivo o considerava um deus. Após dominá-lo, o fogo tornou-se um grande aliado do animal
em desenvolvimento. Com seu calor aqueceu-se do frio e preparou sua comida. Com seu brilho
iluminou a caverna e afugentou os animais, tornando-se uma fonte de segurança.
Em torno das fogueiras o homem se reunia com os companheiros e iniciava sua
caminhada como ser social. Com o passar do tempo, o fogo continuou a ser utilizado pelo
homem como um grande aliado. Com sua energia pode aquecer as caldeiras e criar a revolução
industrial. Ainda hoje é fonte de energia presente em nossas vidas e lares.
Mas o mesmo fogo amigo pode tornar-se um inimigo poderoso quando fora de controle,
ceifando vidas, destruindo matas e florestas e causando dor. Ao fogo descontrolado chamamos de
incêndio.
Deste modo, para que homem não virasse vítima deste fogo, sistemas preventivos contra
incêndio foram aos poucos sendo instituídos, sempre visando à manutenção da vida.
1 Sistemas preventivos
a) extintores portáteis;
b) extintores transportáveis (estacionários
ou carretas).
Art. 26. Em edificações com mais de um pavimento, são exigidas no mínimo dois
extintores de incêndio para cada pavimento, mesmo que em área inferior ao exigido para uma
capacidade extintora.
Art. 15. Cada Unidade Extintora protege uma área máxima de:
I - risco Leve – 500m²;
II - riscos Médio e Elevado – 250m².
I - nenhuma de suas partes fique acima de 1,7m do piso acabado e nem abaixo de 1m;
II - a fixação do aparelho deverá ser instalada com previsão de suportar 2,5 vezes o peso
total do aparelho a ser instalado.
Art. 21. Nos casos onde a fixação em paredes seja prejudicada, em virtude de serem
construídas em materiais mecanicamente não resistentes, os extintores portáteis poderão ser
locados em suporte sobre o piso, instalado com a parte inferior, no mínimo, a 20cm do piso
acabado, de modo que a visibilidade e acesso não fiquem prejudicados.
Art. 22. Os extintores nas áreas descobertas ou sem vigilância poderão ser instalados em
nichos ou abrigos de latão ou fibra de vidro, pintados em vermelho com a porta em vidro com
espessura máxima de 3mm, em moldura fixa com dispositivo de abertura para manutenção e
deverão ter afixados na porta instruções orientando como utilizar o equipamento.
Art. 28. Para áreas superiores a 400m2, com risco de incêndio Elevado é obrigatório o
emprego de extintores sobre-rodas (carretas).
Art. 6º Todas as saídas de emergência das edificações serão sinalizadas com indicação
clara do sentido de saída.
Art. 8º Entende-se como pavimento útil, todos os níveis (pavimentos) úteis ocupáveis,
quer compreendendo subsolo, pilotis, térreos, garagens ou áticos e mezaninos com área superior
a 100m².
I - para a escada que atenderá aos pavimentos superiores ao pavimento de descarga, será
considerada a altura ascendente, ou seja, a medida em metros, entre o nível do piso do pavimento
de descarga (térreo) e o nível do piso do último pavimento útil, localizados acima do pavimento
térreo;
II - para a escada que atenderá aos pavimentos inferiores ao pavimento de descarga, será
considerada a altura descendente, ou seja, a medida em metros, entre o nível do piso do
pavimento de descarga (térreo) e o nível do piso do último pavimento útil inferior (subsolo),
localizados abaixo do pavimento térreo.
Art. 11. Entende-se como caminhamento as distâncias máximas a serem percorridas para
atingir um local seguro (espaço livre exterior, área de refúgio, escadas, rampas e outros), tendo
em vista o risco a vida humana decorrente do fogo e da fumaça.
§ 1º Os caminhamentos previstos são medidos dentro do perímetro do pavimento, a partir
do centro geométrico da economia (sala comercial, sala de aula, apartamento, etc), exceto para
garagens;
§ 2º Quando for pavimento com ocupação garagem, o caminhamento é medido a partir
do ponto médio entre o ponto mais distante do pavimento e os degraus ou a porta da escada,
desviando dos obstáculos durante a medição do caminhamento, devendo ser observado o tipo de
escada;
§ 3º As distâncias previstas neste artigo podem ser aumentadas em até 15m, sempre que
houver proteção total do pavimento por chuveiros automáticos (Sprinklers).
Art. 31. Toda saída de emergência (corredores, circulação, patamares, escadas e rampas),
terraços, mezaninos, galerias, sacadas, varandas ou balcões de todos os tipos de ocupação devem
ser protegidos de ambos os lados por paredes ou guarda-corpos contínuos, sempre que houver
qualquer desnível maior que 55cm, para evitar quedas.
Art. 32. A altura dos guarda-corpos, internamente, deve ser no mínimo de 1,1m ao longo
dos patamares, corredores, mezaninos, e outros,
Art. 50. A descarga é a parte da saída de emergência de uma edificação, que fica no
mesmo nível da via pública ou área externa em comunicação com a via pública, ligando a escada
ou a rampa à via pública ou área externa.
Art. 15. Deve ser garantido um nível mínimo de iluminamento em nível do piso, de:
I - 5 Lux em locais com desnível:
a) escadas;
b) rampas;
c) obstáculos.
II - 3 Lux em locais planos
a) corredores;
b) halls;
c) elevadores;
d) locais de refúgios.
Art. 24. A fixação dos pontos de luz pode ser feita em paredes, teto ou suspensas,
devendo ser realizada de modo que as luminárias não fiquem instaladas em alturas superiores às
aberturas do ambiente.
Art. 25. A distância máxima entre dois pontos de iluminações de ambiente deve ser
equivalente a quatro vezes a altura da instalação destes em relação ao nível do piso.
Esse sistema armazena fora da edificação à carga de GLP (gás liquefeito de petróleo)
utilizado pelos usuários. É composto por uma central de gás, canalizações metálicas de
distribuição, abrigos de medidores com registro de corte e registro de corte no ponto de
consumo.
Conforme a IN 008/DAT/CBMSC alguns itens deverão ser observados em relação a este
sistema, sendo os principais:
Art. 10. Central de Gás é a área destinada para conter os recipientes e acessórios,
destinados ao armazenamento de GLP.
Parágrafo único. Recipiente é o vaso de pressão destinado a conter o gás liquefeito de
petróleo.
I - recipientes enterrados;
II - recipientes aterrados;
III - recipientes de superfície, protegidos por gradil metálico; ou
IV - recipientes de superfície dentro de cabine de proteção (Abrigo ou Central de GLP).
Art. 12. A locação dos recipientes de GLP deverá obedecer aos seguintes critérios:
I - recipientes em Abrigo (Abrigo de GLP): recipientes instalados em cabine, protegida
por paredes e cobertura, construída em alvenaria ou concreto, limitado a capacidade total de até
90kg de GLP;
II - recipientes em Central (Central de GLP): recipientes instalados em cabine, protegido
por paredes e cobertura resistente ao fogo por 2 horas, construída em alvenaria ou concreto, com
capacidade total superior a 90kg de GLP;
III - recipientes de superfície: recipientes instalados diretamente sobre o solo ou sobre
suportes rente ao chão (bases ou suportes estáveis, de material incombustível);
IV - recipientes aterrados: recipientes recobertos de terra compactada, com no mínimo
30cm de espessura em qualquer ponto do costado do recipiente; e
V - recipientes enterrados: recipientes instalados a uma profundidade mínima de 30cm,
medida entre a tangente do topo do recipiente e o nível do solo.
Parágrafo único. Os recipientes enterrados, aterrados ou de superfície, terão proteção
através de cerca de gradil metálico, conforme especificação desta IN.
Recipientes em Abrigo de GLP
Art. 13. A edificação que utilizar GLP com capacidade total até 90kg, deverá possuir
Abrigo de GLP atendendo aos seguintes requisitos:
I - cabine de proteção, construída em alvenaria ou concreto;
II - possuir ventilação nas portas do Abrigo;
III - deve estar situado em cota igual ou superior ao nível do piso onde o mesmo estiver
situado;
IV - recipiente deve ser instalado no lado externo da edificação;
V - local de fácil acesso;
VI - as dimensões deverão ser compatíveis para um recipiente ativo e outro reserva
quando existir;
VII - possuir afastamento mínimo de 1,50m de fossos, caixas ou ralos de escoamento de
água, gordura, ventilação ou esgoto, de caixas de rede de luz e telefone, de fossa, de sumidouro e
outros;
VIII - podem ser instalados até 6 recipientes de 13kg, em Abrigos individuais,
preferencialmente agrupados, podendo ser instalado um Abrigo sobre o outro, resultando, no
máximo, em duas fileiras;
IX - cada Abrigo deverá ser identificado com o número do apartamento;
X - possuir no interior de cada Abrigo:
a) regulador de pressão de acordo com o tipo de aparelho de queima;
b) registro de corte do fornecimento de gás do tipo fecho rápido;
c) mangueira para condução do gás de acordo com esta IN.
I - teto de concreto com espessura mínima de 10cm, com declividade para escoamento de
água;
II - as paredes deverão possuir tempo de resistência ao fogo mínima de 2 horas, e quando
forem utilizados blocos vazados (cerâmico ou de concreto) em sua construção, estes deverão ser
preenchidos com argamassa ou graute;
III - as portas deverão:
a) ser de eixo vertical pivotante ou de correr, com as dimensões mínimas de 0,90 x
1,70m, não excedendo a largura compatível com o recipiente a ser instalado;
b) dispor, em toda a porta, de ventilação, podendo ser em venezianas, com a distância de
8mm entre as placas, ou tipo grade, com espaçamento máximo de 10cm, entre as barras,
guarnecida por tela metálica com malha de 2 a 5mm.
IV - a cada 5m de comprimento da Central de GLP, serão exigidos, no mínimo, 2 portas,
instaladas preferencialmente em pontos diferentes;
V - as portas das Centrais de GLP não poderão ficar no mesmo alinhamento (uma
defronte a outra);
VI - nas paredes laterais e frontais, a cada metro linear deve haver aberturas para
ventilação:
a) preferencialmente cruzadas, ao nível do piso e do teto, nas dimensões mínimas de
15cm x 10cm, devidamente protegidas por tela metálica, com malhas de 2 a 5mm, não
diminuindo a área efetiva mínima de ventilação;
b) não podem ser colocadas as aberturas de ventilação que, em relação ao piso externo e
outros ambientes, comprometerem a segurança da edificação, quer por acúmulo de gás ou por
pontos de ignição.
VII - o piso terá no mínimo 5cm de espessura e será em concreto;
VIII - a Central terá altura mínima de 1,8m, medida na parte mais baixa do teto;
IX - possuir largura para manobras de manutenção com espaço livre mínimo de 90cm
(para recipientes trocáveis) e de 50cm (para recipientes abastecidos no local);
X - Central de GLP com recipientes transportáveis trocáveis, deverá dispor de estrado de
madeira tipo grade;
XI - na Central de GLP deverá ser afixada a inscrição “CUIDADO CENTRAL DE
GÁS”, de forma legível (letras na cor preta sobre fundo amarelo).
Art. 20. A Central de GLP não poderá ser construída com um afastamento inferior a
1,50m de fossos ou ralos de escoamento de água ou esgoto, de caixas de rede de luz e telefone,
caixa ou ralo de gordura ou ventilação, da fossa ou do sumidouro.
Art. 23. A quantidade máxima de armazenagem de GLP no interior de uma Central será
de 5000kg.
Art. 80. As tubulações, quando se apresentarem expostas, deverão ser pintadas nas
seguintes cores:
I- alumínio quando for utilizado GLP;
II - amarelo quando for utilizado GN.
Objetivos:
Plano de Emergência
Não é um sistema, mas sim uma medida de segurança contra Incêndio. Documento que
contem os procedimentos que devem ser adotados pelas pessoas ocupantes do imóvel em caso
de situação de emergência. Será a referência para o uso por brigadas de incêndio das edificações.
I -alerta: identificada uma situação de emergência, qualquer pessoa que identificar tal
situação deverá alertar, através do sistema de alarme, ou outro meio identificado e conhecido de
alerta disponível no local, os demais ocupantes da edificação.
II - análise da situação: a situação de alerta deverá ser avaliada, e, verificada a existência
de uma emergência, deverão ser desencadeados os procedimentos necessários para o
atendimento da emergência;
III - apoio externo: acionamento do Corpo de Bombeiros Militar, de imediato, através do
Telefone 193, devendo informar:
a) nome do comunicante e telefone utilizado;
b) qual a emergência, sua característica, o endereço completo e os pontos de referência do
local (vias de acesso, etc);
c) se há vítimas no local, sua quantidade, os tipos de ferimentos e a gravidade.
IV - primeiros socorros: prestar primeiros-socorros às vítimas, mantendo ou estabilizando
suas funções vitais até a chegada do socorro especializado.
V -eliminar riscos: realizar o corte das fontes de energia elétrica e do fechamento das
válvulas das tubulações (GLP, GN, acetileno, produtos perigosos, etc), da área atingida ou geral,
quando possível e necessário.
VI - abandono de área: proceder abandono da área parcial ou total, quando necessário,
conforme definição preestabelecida no plano de segurança, conduzindo a população fixa e
flutuante para o ponto de encontro, ali permanecendo até a definição final do sinistro.
Art. 8° Após o término de cada simulado deve ser realizada uma reunião, com registro em
ata, para a avaliação e correção das falhas ocorridas, descrevendo no mínimo:
I - data e horário do evento;
II - número de pessoas que participaram do simulado;
III - tempo gasto para o abandono total da edificação;
IV - atuação dos responsáveis envolvidos;
V -registro do comportamento da população;
VI - falhas em equipamentos;
VII - falhas operacionais;
VIII - outros problemas e sugestões levantados durante o simulado.
§ 1° Os exercícios simulados deverão ser realizados uma vez com comunicação prévia
para a população do imóvel; e uma segunda vez no ano sem a comunicação prévia.
§ 2° Todos os simulados deverão ser comunicados com no mínimo 24h de antecedência
ao CBMSC.
§ 3° Os exercícios simulados poderão ter a participação do CBMSC, mediante solicitação
prévia e avaliação da Autoridade Bombeiro Militar conforme o caso.
Da planta de emergência
Art. 10. A planta interna é aquela localizada no interior de cada unidade autônoma, (por
exemplo: quarto de hotéis e similares, banheiros coletivos e ambientes de reunião de público,
salas comerciais e outros) a qual indica claramente o caminho a ser percorrido para que a
população saia do imóvel em caso de incêndio ou pânico, devendo conter:
Parágrafo único. As plantas de emergência devem ser fixadas atrás das portas dos
ambientes com altura de 1,7m, sendo que quando os ambientes tiverem portas que permaneçam
abertas, a planta deverá ser afixada na parede ao lado desta.
Art. 11. A planta externa é aquela localizada no hall de entrada principal do pavimento de
descarga do imóvel, a qual indica claramente o caminho a ser percorrido para que a população
saia do imóvel em caso de incêndio ou pânico e possa chegar até o ponto de encontro (local
seguro no térreo e fora da edificação) devendo conter:
I - indicação do local exato no imóvel onde a pessoa se encontra;
II - indicação através de linha tracejada das rotas de fuga e acesso até o ponto de
encontro;
III – indicação do local exato do ponto de encontro;
IV- indicação das saídas de emergência;
V - indicação da localização dos extintores de incêndio;
VI - indicação da localização da central de alarme de incêndio;
VII - indicação da localização dos hidrantes de parede;
VIII - indicação da localização do hidrante de recalque;
IX - localização da central de GLP ou estação de redução e medição de pressão de GN;
X- localização de riscos isolados (ex: Amônia, caldeira, transformadores, outros gases
inflamáveis ou tóxicos, etc.).
Objetivos:
a) Identificar quais os sistemas preventivos exigidos para cada edificação conforme a Norma de
Segurança Contra Incêndio;
b) Descrever os sistemas e alterações a serem constadas em um relatório de vistoria.
Relatórios
Altura/ Área
Sistema ou medida
Pvtos total
- - Saídas de Emergência
Altura/ Área
Sistema ou medida
Pvtos total
Altura/ Área
Sistema ou medida
Pvtos total
- - Saídas de Emergência
Altura/ Área
Sistema ou medida
Pvtos total
- - Saídas de Emergência
Altura/ Área
Sistema ou medida
Pvtos total
- - Saídas de Emergência
I – serão exigidos Brigadistas de Incêndio Voluntário, quando a população fixa for superior a 20
pessoas, e Brigadistas de Incêndio Particular, quando a população fixa for superior a 100
pessoas;
II – que possuírem áreas destinadas ao armazenamento, manipulação e manutenção de
recipientes de GLP fica sujeito às prescrições de IN específica;
III – destinadas à distribuição, abastecimento ou venda a varejo de combustíveis e de
lubrificantes para qualquer fim, ao comércio de armas, munições e fogos de artifícios ficam
sujeitos às determinações previstas em Instrução Normativa específica.
Art. 98. Nas edificações SHOPPING CENTER será exigido:
Altura/ Área
Sistema ou medida
Pvtos total
- - Saídas de Emergência
≥ Chuveiros automáticos
- 15000m
²
Altura/ Área
Sistema ou medida
Pvtos total
- - Saídas de Emergência
> 6m ≥ 750m² Paredes Corta-Fogo (desde que com a carga incêndio > 120 kg/m²)
Altura/ Área
Sistema ou medida
Pvtos total
- - Saídas de Emergência
Altura/ Área
Sistema ou medida
Pvtos total
- - Plano de Emergência
- - Saídas de Emergência
Altura/ Área
Sistema ou medida
Pvtos total
- - Saídas de Emergência
1500m²
Altura/ Área
Sistema ou medida
Pvtos total
- - Plano de Emergência
- - Saídas de Emergência
Altura/ Área
Sistema ou medida
Pvtos total
- - Saídas de Emergência
Altura/ Área
Sistema ou medida
Pvtos total
- - Saídas de Emergência
I – deverão dispor de uma proteção (anteparo contra a queda de veículos) no mínimo com 20 cm
de altura e com um afastamento mínimo de 50 cm da parede, quando forem elevadas;
II – deverão ser previstos corredores para circulação com largura mínima de 1,65 m e paredes
externas com aberturas para ventilação, guarnecidos por elementos vazados;
III – será exigido apenas Brigadista de Incêndio Voluntário, quando a população fixa for superior
a 20 pessoas;
IV – nas MARINAS e HANGARES, quando houver reabastecimento de combustível atender as
prescrições de Instrução Normativa específica.
Art. 107. Nas edificações de REUNIÃO DE PÚBLICO COM CONCENTRAÇÃO, serão
exigidos os seguintes sistemas e medidas:
Altura/ Área
Sistema ou medida
Pvtos total
- - Plano de Emergência
- - Saídas de Emergência
I – para os locais de reunião de público a lotação máxima deverá constar no projeto preventivo,
no plano de regularização de edificação (quando existir), nos atestados de vistoria de habite-se e
funcionamento, e fixado próximo a entrada do local de reunião de público;
II – serão exigidos Brigadistas de Incêndio Voluntário, quando a população fixa for superior a 10
pessoas, e Brigadistas de Incêndio Particular conforme especificações da IN 28/DAT/CBMSC;
III – quando houver séries (conjuntos) de assentos, deverá ser previsto:
a) entre as filas de cadeiras de uma série, deve existir um espaço mínimo de 90cm, de encosto e,
entre as séries de cadeiras deve existir um espaço mínimo de 1,20m de largura;
b) o número máximo de assentos por fila será de 15 e por coluna de 20, constituindo séries de
300 assentos no máximo;
c) serão permitidas séries de assentos que terminem junto às paredes, devendo ser mantido um
espaço de no mínimo, 1,20 m de largura, quando a serie de assentos da fila for superior a 8
assentos;
IV – os EVENTOS TRANSITÓRIOS com concentração de público e as PRAÇAS
ESPORTIVAS (como circos, estádios de futebol e outros) deverão ainda atender as prescrições
da IN 024/DAT/CBMSC;
V - nos TEATROS, CINEMAS E SALÕES é terminantemente proibido guardar ou armazenar
material inflamável ou de fácil combustão, cenários em desuso, sarrafos de madeira, papéis,
tintas e outros materiais, sendo admitido, única e exclusivamente, o indispensável para o
espetáculo;
VI – nos TEATROS será ainda exigido:
a) a parede que separa o palco do salão será do tipo resistente ao fogo, com a boca-de-cena
provida de cortinas conforme previsto na IN 018/DAT/CBMSC; a descida dessa cortina será feita
na vertical e se possível automaticamente. As pequenas aberturas, interligando o palco e o salão,
serão providas de portas corta-fogo tipo P-30;
b) todos os compartimentos da “caixa” terão saída direta para a via pública, podendo ser através
de corredores, “halls”, galerias ou pátios, independentes das saídas destinadas ao público;
Altura/ Área
Sistema ou medida
Pvtos total
- - Saídas de Emergência
I – para os locais de reunião de público a lotação máxima deverá constar no projeto preventivo,
no plano de regularização de edificação (quando existir), nos atestados de vistoria de habite-se e
funcionamento, e fixado próximo a entrada do local de reunião de público;
II – quando houver séries (conjuntos) de assentos, deverá ser previsto:
a) entre as filas de cadeiras de uma série, deve existir um espaço mínimo de 90cm, de encosto e,
entre as séries de cadeiras deve existir um espaço mínimo de 1,20m de largura;
b) o número máximo de assentos por fila será de 15 e por coluna de 20, constituindo séries de
300 assentos no máximo;
c) serão permitidas séries de assentos que terminem junto às paredes, devendo ser mantido um
espaço de no mínimo, 1,20 m de largura, quando a serie de assentos da fila for superior a 8
assentos;
III – serão exigidos Brigadistas de Incêndio Voluntário, quando a população fixa for superior a
10 pessoas, e Brigadistas de Incêndio Particular, quando a lotação máxima for superior a 2000
pessoas;
IV – os EVENTOS TRANSITÓRIOS sem concentração de público (como parques de diversões
e outros) deverão ainda atender as prescrições da IN 024/DAT/CBMSC;
V – nos AEROPORTOS ou AEROCLUBES, quando houver reabastecimento de combustível
atender as prescrições de Instrução Normativa específica.
Art. 109. Nos POSTOS PARA REABASTECIMENTO DE COMBUSTÍVEIS, serão exigidos
os seguintes sistemas e medidas:
Altura Área
Sistema ou medida
/Pvtos total
- - Saídas de Emergência
Altura Área
Sistema ou medida
/Pvtos total
- - Saídas de Emergência
Parágrafo único. Para a definição da área total construída, desconsiderar para efeito de
implantação dos sistemas e medidas de segurança contra incêndio e pânico a área de
armazenamento dos recipientes, quando esta for descoberta.
Art. 111. Nos LOCAIS COM RESTRIÇÃO DE LIBERDADE, serão exigidos:
Altura/ Área
Sistema ou medida
Pvtos total
- - Saídas de Emergência
Art. 112. DEPÓSITOS (galpões, centros de distribuição, centro atacadista), serão exigidos os
seguintes sistemas e medidas:
Altura/ Área
Sistema ou medida
Pvtos total
- - Saídas de Emergência
Altura/ Área
Sistema ou medida
Pvtos total
- - Saídas de Emergência
Altura/ Área
Sistema ou medida
Pvtos total
- - Saídas de Emergência
Altura Área
Sistema ou medida
/Pvtos total
- - Saídas de Emergência
Altura Área
Sistema ou medida
/Pvtos total
- - Saídas de Emergência
a) com área total superior a 100m2, deverão dispor de Sistema Hidráulico Preventivo (instalado
fora do depósito e dimensionado para risco leve);
b) será exigido Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas;
c) deverão observar outros requisitos previstos em IN 030/DAT/CBMSC;
d) brigadistas de Incêndio Voluntário, quando a população fixa for superior a 20 pessoas, e
Brigadistas de Incêndio Particular, quando a população fixa for superior a 100 pessoas.
IV – nas CALDEIRAS E VASOS DE PRESSÃO será ainda exigido:
Altura/ Área
Sistema ou medida
Pvtos total
- - Saídas de Emergência
Altura Área
Sistema ou medida
/Pvtos total
- - Saídas de Emergência
- - Iluminação de Emergência
§ 1º Quando o túnel rodoviário tiver mais de 1000 metros de extensão deverá ser previsto um
túnel secundário para as saídas de emergência.
§ 2º Poderá ser exigido outros sistemas e medidas de segurança contra incêndio e pânico, à
critério do CBMSC.
Art. 116. Nas ATIVIDADES AGROPASTORIS e SILOS serão exigidos os sistemas e medidas
de segurança contra incêndio e pânico, previstos na IN 034/DAT/CBMSC.
Art. 117. Para MATAS NATIVAS e REFLORESTAMENTOS serão exigidos os sistemas e
medidas de segurança contra incêndio e pânico, previstos na IN 026/DAT/CBMSC.
Art. 118. Nos PARQUES AQUÁTICOS e PISCINAS serão exigidos os sistemas e medidas de
segurança contra incêndio e pânico, previstos na IN 033/DAT/CBMSC.
Relatório de inspeção de edificações
Trata-se de um relatório que contempla o estado dos sistemas preventivos da edificação,
especificando os sistemas presentes e faltantes, assim como seu atual estado de utilização. Após
os conhecimentos adquiridos acerca de sistemas preventivos, suas exigências e sua necessidade
conforme os tipos de ocupações, as Brigadas de Incêndio deverão realizar relatórios sobre as os
sistemas. Logicamente que os relatórios propostos são meramente referências, sendo modelos
simplificados, podendo qualquer empresa, indústria estabelecer outro modelo.
Modelos contidos nos anexos F e G da IN 028/DAT/CBMSC Módulo de Brigada de Incêndio,
ANEXO F da IN28/DAT/CBMSC.
Inspeções Preventivas
As inspeções preventivas devem ser realizadas pelo responsável pela edificação e ou
Brigadista, a fim de constatar a eficiência dos sistemas instalados.
Cabe ao Brigadista, conforme Art 17 da IN 28/DAT/CBMSC, elaborar relatório das
irregularidades encontradas e apresentação de eventuais sugestões para melhoria das condições
de segurança.
ANEXO F
Razão Social:
Nome Fantasia:
Endereço:
Nº:
Complemento:
DADOS DA EDIFICAÇÃO
Razão Social:
Nome Fantasia:
Endereço:
Nº:
Complemento:
(Quantidade total e por turno, nome, CPF, localização na edificação (pavimento, sala, setor),
(outros dados que achar necessário)
EMERGÊNCIAS ATENDIDAS
OUTRAS INFORMAÇÕES
(Se necessário)
ANEXO G
Dia:.........../............/.............
Razão Social:
Nome Fantasia:
Endereço:
Nº:
Complemento:
DADOS DO EVENTO
Telefone:
Endereço:
Nº:
Complemento:
(Quantidade, nome, CPF, localização na edificação (pavimento, sala, setor, turno), outros dados
que achar necessário)
EMERGÊNCIAS ATENDIDAS
OUTRAS INFORMAÇÕES
(Se necessário)
BRIGADA DE INCÊNDIO
Instrutor
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20 h/a
CBMSC
Brigada de Incêndio
Objetivo Geral
Objetivos
Um dos mais antigos problemas da humanidade era combater os grandes incêndios que,
quando ocorriam, se tornavam devastadores, pois não podiam ser controlados, e destruíam tudo
que encontravam pela frente. Com o avanço das civilizações, o homem começou a se organizar
para prevenir e combater esses incêndios, surgindo, assim, de forma organizada, as primeiras
equipes de combate ao fogo, que mais tarde foram denominadas “brigadas de combate a
incêndios”.
Para que haja, em um imóvel, segurança contra incêndios de forma eficiente, deve-se
observar três aspectos básicos:
-Equipamentos instalados: de acordo com o risco do imóvel, sua utilização, área e o número de
ocupantes, serão projetados levando-se em conta quais devem ser os equipamentos de prevenção
e combate a incêndios necessários para protegê-la.
-Manutenção adequada: de nada adianta possuirmos sistemas adequados e devidamente
projetados para uma edificação se eles não estiverem em perfeito funcionamento e
prontos para o uso imediato.
-Pessoal treinado: os equipamentos instalados e com uma correta manutenção serão
inócuos se não possuirmos pessoal treinado para operacionalizá-los de forma rápida e
eficiente.
Assim, podemos perceber quão eficiente é a existência, a formação e o treinamento das
brigadas de combate a incêndios. O Corpo de Bombeiros Militar não consegue estar presente em
todos os locais, como empresas, comércios e indústrias, por isso todas as legislações atuais
determinam a existência de grupos treinados para o controle a incêndios, abandono de local e
situações de emergência.
Objetivo geral
Preparar pessoas para atuarem em situações emergenciais, operando equipamentos de
combate a incêndios, auxiliando no plano de abandono, identificando produtos perigosos e
reconhecendo seus riscos ou prestando os primeiros socorros, visando preservar a vida e o
patrimônio.
Exigida por lei, a Brigada de Incêndio é uma das condições necessárias para a obtenção
do Atestado de Vistoria de Funcionamento do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina.
Este documento certifica que a edificação possui as condições mínimas de segurança contra
incêndio, contemplando medidas estruturais, técnicas e organizacionais integradas, que possam
garantir à edificação proteção no segmento de segurança contra incêndios.
Conceitos Iniciais
Brigada de Incêndio é definida como um grupo organizado de pessoas treinadas e
capacitadas para atuar na segurança contra incêndio e pânico dentro de uma edificação ou área
pré estabelecida, composta por brigadistas voluntários e particulares, cujas finalidades são
realizar atividades de combate a princípio de incêndio, primeiros socorros, inspeções dos
sistemas preventivos contra incêndio e implementação do plano de emergência da edificação.
Segundo a IN 028 do CBMSC que trata das Brigadas de Incêndio, estas são divididas em
duas modalidades sendo elas:
Brigada Particular: é aquela formada e preparada para atuar em todo tipo de edificação,
locais de eventos e áreas de risco. Será composta por um número mínimo de Brigadistas
Particulares e poderá agregar Brigadistas Voluntários;
Brigada Voluntaria: é aquela composta por usuários e/ou funcionários do próprio
estabelecimento, empresa ou edificação, que tenham recebido a capacitação para atuar como
Brigadistas.
Brigadista Particular: pessoa credenciada pelo CBMSC, responsável para prestar
serviços de prevenção, combate a princípio de incêndios e salvamento, exclusivamente no local
em que atua a Brigada de Incêndio, com dedicação exclusiva às atribuições inerentes à sua
função, onde, dependendo do tipo de edificação ou ocupação, pode ser o próprio funcionário da
empresa ou contratado.
Brigadista Voluntário: pessoa capacitada por instrutor credenciado no CBMSC, para
auxiliar nos serviços de prevenção, combate a principio de incêndio e salvamento, em caráter
voluntário, podendo ser usuário ou funcionário da edificação, que exerça outras funções, não
sendo remunerado para fins de atuação como Brigadista.
Terminologias
Área de Risco: espaço não edificado utilizado em eventos transitórios e que necessita de
dispositivos e/ou sistemas de segurança para a proteção das pessoas;
Chefe de brigada de incêndio: profissional responsável pela coordenação, orientação e
atuação nas ações de emergência da edificação em que a brigada atue;
Combate a incêndio: conjunto de ações destinadas a extinguir ou isolar o princípio de
incêndio com uso de equipamentos manuais ou automáticos;
Emergência: situação com potencial de provocar lesões pessoais ou danos à saúde, ao
meio ambiente ou ao patrimônio;
Eventos de grande concentração de público: são aqueles com a participação estimada
de mais de 2000 pessoas em locais fechado e mais de 5000 pessoas em locais abertos;
Brigadas -Atribuições
Objetivos:
Aspectos Legais
Definição
Segundo a IN 028 do CBMSC que trata das Brigadas de Incêndio, estas são divididas em
duas modalidades sendo elas:
Brigada Particular: é aquela formada e preparada para atuar em todo tipo de edificação,
locais de eventos e áreas de risco. Será composta por um número mínimo de Brigadistas
Particulares e poderá agregar Brigadistas Voluntários;
Brigada Voluntaria: é aquela composta por usuários e/ou funcionários do próprio
estabelecimento, empresa ou edificação, que tenham recebido a capacitação para atuar como
Brigadistas.
Os brigadistas particulares são os profissionais qualificados e capacitados para prestar
serviços de segurança contra incêndio e pânico em áreas privadas. Os estabelecimentos que
tiverem 3 (três) ou mais brigadistas particulares por turno de serviço deverão constituir o chefe
da brigada, que é a pessoa habilitada com autoridade para comandar, orientar e fiscalizar a
atuação dos brigadistas.
Normas Gerais
A Brigada de Incêndio será considerada como uma Medida de Segurança do imóvel,
devendo ser apresentado seu dimensionamento quando da vistoria de funcionamento.
Em todos os estabelecimentos ou eventos de grande concentração de público no âmbito
do Estado de Santa Catarina é obrigatória a existência do serviço de brigadistas particulares.
Evento de grande concentração de público é aquele realizado em locais próprios, com ou
sem cobrança de ingresso, onde a participação estimada seja de mais de 2.000 (duas mil) pessoas
em espaços fechados e mais de 5.000 (cinco mil) em locais abertos.
Todo o evento de grande concentração de público a ser realizado no âmbito do Estado de
Santa Catarina, que necessitar de Alvará de Funcionamento, deve possuir Responsável Técnico
pela segurança contra incêndio e pânico, com registro no referido Conselho de Engenharia ou
Arquitetura, que deverá emitir a respectiva ART ou RRT, sendo que a ART ou RRT deverá
constar a descrição do evento, público estimado, local, data e hora e a contratação dos brigadistas
certificados.
Para a realização de qualquer evento de grande concentração de público, o interessado
deverá comparecer a Organização Bombeiro Militar do município em que irá acontecer o evento
com pelo menos 20 dias de antecedência, para início dos trâmites legais. Quando naquele
município não houver quartel de bombeiro deverá o interessado comparecer a Organização
Bombeiro Militar com respectiva circunscrição.
O organograma da Brigada de Incêndio da edificação (planta) varia de acordo com o
número de edificações, o número de pavimentos em cada edificação e o número de pessoas
empregadas em cada setor, pavimento, compartimento e turno.
Plano de Implantação:
A estruturação da Brigada de Incêndio deve ser precedida da apresentação do Plano de
Implantação da Brigada de Incêndio, elaborado por um responsável técnico, conforme modelo
do Anexo D da IN028/DAT/CBMSC, a ser entregue na Seção de Atividade Técnica da
Organização Bombeiro Militar local:
dos mês de junho, pelos Batalhões de Bombeiro Militar, devendo obter 70% de aproveitamento,
no mínimo.
§1° Para retirar o documento de credenciamento de instrutor de brigadista o candidato
deverá apresentar primeira via da guia de recolhimento da taxa de segurança quitada, certificado
que comprove aprovação em curso de 100 horas/aula de Combate a incêndio, 50 horas/aula em
Atendimento Pré-hospitalar, 50 horas/aula de Segurança Contra incêndio, 50 horas/aula de
Brigada de incêndio, além de possuir ensino médio completo.
§2° O credenciamento terá validade de 2 anos a contar da data da expedição do
certificado de credenciamento, devendo o instrutor, após o vencimento da validade do
certificado, realizar nova prova de credenciamento.
Aspectos Técnicos
Atuações da Brigada de Incêndio
Durante sua rotina de trabalho, os Brigadistas Particulares e Brigadistas Voluntários,
respeitando sua capacidade técnica e sempre utilizando os EPIs correspondentes, desenvolverão
as atividades de rotina listadas a seguir:
Dos EPIs
O tomador do serviço deverá assegurar que todos os membros da Brigada de Incêndio
tenham à disposição, a fim de evitar acidentes e possíveis lesões à saúde do brigadista, os
seguintes EPIs:
✔ Capacete tipo combate a incêndio,
✔ Balaclava,
✔ Luva,
✔ Bota especial,
✔ Conjunto de roupa de aproximação para incêndios;
✔ Luvas de procedimentos, máscara para RCP e óculos.
Relatórios de Atividades
Durante o exercício da função o brigadista deve cuidar para que o incêndio não aconteça
e verificar os equipamentos de proteção e combate, mantendo as rotas de fuga, saídas de
emergência e portas corta-fogo sempre desobstruídas, para que todo o sistema de segurança
contra incêndio funcione como projetado.
Dentre os Brigadistas deverá ser escolhido um para atuar como Chefe da Brigada de
Incêndio, sempre que a edificação necessitar de três ou mais brigadistas por turno de serviço,
sendo ele responsável pela coordenação e execução das ações de emergência e prevenção, bem
como, ser o agente de ligação com o Corpo de Bombeiros Militar.
Ambientes e sistemas
Objetivo Geral
✔ Reconhecimento do sistema
✔ Inspeção geral do SHP
✔ Verificar os componentes (Mangueiras, Esguichos, Hidrante de recalque, Parede e
RTI).
Saída de emergência
Iluminação de emergência
✔ Reconhecimento do sistema
✔ Inspeção no sistema
✔ Inspeção no sistema;
Psicologia em Emergências
Objetivo Geral
O incêndio é um fato indesejado e inesperado que põe em risco a vida humana e os bens.
O homem, por possuir uma bagagem de informações a respeitos desses riscos, está predisposto a
apresentar comportamentos que serão determinados a partir de alguns fatores, como por
exemplo, relacionados à sua experiência de vida.
O estudo do comportamento humano em situações de incêndio é complexo, pelo fato de
serem impraticáveis as realizações de certos experimentos que venham a demonstrar as reais
reações e comportamentos, sem que venha a se expor a riscos a integridade física dos
envolvidos.
Numa situação de incêndio, podem ocorrer diversos fenômenos tais como: a presença de
chamas; aumento das temperaturas; presença de fumaça e gases tóxicos; que podem contribuir
para provocar uma instabilidade emocional nas pessoas. Embora, na maioria das vezes, as
pessoas apresentem um comportamento dentro dos padrões normais, tais fenômenos podem
contribuir para que surjam comportamentos fora do comum.
Tamanho: Pessoas de maior massa muscular podem tolerar melhor altas doses de
materiais tóxicos gerados nos incêndios, entretanto no tocante ao condicionamento
cardiorrespiratório, crucial nestas condições de sobrevivência, estas pessoas em geral mal
condicionadas podem tornar-se vítimas potenciais.
States Fire Administration – USFA , Abril, 17 , 2008) citam que pelo menos 10% das
fatalidades em incêndios residenciais tem como causa principal o uso de drogas ou álcool, em
especial nas comunidades mais pobres. Neste aspecto a faixa etária envolvida neste tipo de
evento se situa entre 20 a 64 anos, cujos índices são duas vezes maiores que as outras faixas
etárias, e os homens são os mais predominantes neste aspecto.
Resposta Fisiológica
As reações humanas são condicionadas por um mecanismo fisiológico, no qual o homem
ao ser informado de uma situação de perigo, o qual ele identifica com base em experiências,
cognitivas anteriores ou de conhecimento adquirido através da informação e de relatos, o qual
lhe permite estabelecer comparações. As reações, estas as mais típicas são:
- a FUGA, na maior parte dos comportamentos ou,
- a LUTA da situação de perigo, ou a ausência dela,
- a INÉRCIA, em que nada mais é de um processo total de negação do fato relacionado
com o perigo, motivado por uma situação maior e mais complexa que a capacidade individual de
ser tomada qualquer ação, quer fugir ou lutar.
A resposta fisiológica ao medo é um dos fenômenos fisiológicos mais básicos, inerentes
às espécies animais, e a garantia de sua sobrevivência e evolução. Os seres vivos, em especial os
animais, cujo homem é parte integrante da espécie, ao perceberem da ocorrência de um
determinado perigo, pelos seus sentidos, sendo os mais importantes e influentes: a visão, a
audição, o olfato, e o tato, têm o seu processamento lógico-sensorial baseado na definição ou não
de uma situação de perigo como visto anteriormente.
Esta situação sendo identificada como uma situação de perigo é transmitida um impulso
elétrico pelo Sistema Nervoso Central (o qual corre em grande parte pelo interior da coluna
vertebral) a um conjunto de glândulas situadas sobre os rins - as glândulas suprarrenais, as quais
se incumbem de liberar o hormônio adrenalina ou (epinefrina) para a corrente sanguínea.
Os efeitos da adrenalina sobre o sistema cardiovascular são considerados os mais
importantes, pois mantêm a frequência cardíaca e pressão arterial adequada tanto em repouso
como em condições de estresse.
A adrenalina promove vasoconstrição periférica, aumento da frequência cardíaca e da
automaticidade das regiões do coração. A adrenalina pode estimular a secreção de hormônios
como insulina, glucagon, gastrina, etc. Estimula o aumento da concentração de glicose no
plasma. Promove a fosforilação de proteínas no fígado, envolvidas na regulação do metabolismo
do glicogênio. Participa da degradação de triacilgliceróis armazenados no tecido adiposo, o que
vai influenciar diretamente numa situação em que o indivíduo precisar “lutar” ou “fugir”.
Resiliência
A resiliência é um conceito psicológico emprestado da física, definido como a capacidade
de o indivíduo lidar com problemas, superar obstáculos ou resistir à pressão de situações
adversas - choque, estresse etc. - sem entrar em surto psicológico. E é a partir desse conceito que
vai determinar a ação da pessoa numa situação de perigo iminente.
Pânico
As pessoas têm reações diferentes diante de situações adversas, em caso de sinistros,
quando sentem ameaçadas em sua integridade física.
Em um incêndio, o comportamento mais frequente é a tensão nervosa ou estresse, e não a
reação de medo e que foge ao controle racional, ou seja, o pânico. Não há necessariamente a
ocorrência de pânico ainda que não houvesse a evidencia de escape; Os comportamentos
contagiosos são muito mais comuns nas situações ambíguas ou emergenciais simplesmente pela
tendência das pessoas, seguirem um líder, em situações de stress, onde esta opção (de seguir um
líder) é a única opção.
De uma forma geral as pessoas sempre ajudam umas as outras, tendendo a serem
solidárias umas com as outras nas situações de grande perigo, ao contrário do pensamento
comum de que em situações extremas o caráter individual é prevalente, e o exemplo recente do
World Trade Center, mostrou esta característica.
Normalmente, as pessoas demoram a reagir diante de uma situação de incêndio, como se
estivessem paralisadas nos primeiros minutos, não acreditando que estejam sendo envolvidas
numa situação de risco grave. A maior parte das pessoas 39% acredita durante o acionamento de
um alarme de incêndio tratar-se apenas de um exercício simulado, e outra quantidade
significativa 23% pensa estar relacionado o som com as atividades de manutenção dos sistemas,
apenas 14% consideram a hipótese de um incêndio real;
Um dos fatores cruciais é a informação disponível associada ao tempo, pelo recebimento
tardio do aviso de incêndio, quando as situações de fogo e fumaça estão mais severas, para se
buscar uma resposta. O descobrimento sobre a gravidade do incêndio, qual a direção a seguir,
muitas vezes em ambiente com fumaça, tende a gerar muita tensão nervosa.
Portanto as situações que podem dificultar o controle emocional advêm da demora da
disponibilidade de informações sobre o que está acontecendo, qual a severidade do evento, atraso
na divulgação de um incêndio e como proceder e dispor de saídas protegidas.
As mensagens devem ter uma elaboração prévia, e algumas palavras como “CALMA”,
“NÃO CORRA”, podem vir a ser problemáticas, gerando um entendimento inverso ao esperado.
O volume da mensagem, o tom de voz também tem um efeito direto na forma pela qual as
pessoas percebem a ameaça.
Quando pessoas estão tentando escapar de um edifício em chamas por uma única saída,
seu comportamento parece extremamente irracional para uma pessoa que analisa a situação
depois e constata que existiam outras saídas. Entretanto, as pessoas que estão tentando sair
desconhecem as outras saídas, tendo aquela como a única disponível prefere brigar por ela ao
invés de morrer queimado. O pânico ainda é muito confundido com comportamento de fuga.
Alguns comportamentos podem, além de dificultar a evacuação dos indivíduos que estão
tentando abandonar o edifício, dificultar a entrada daqueles que combaterão o incêndio.
Abandono de área
Abandono de local em emergências é o comportamento de sair rápido por uma rota de
fuga e isso depende do recebimento do aviso de incêndio, se precoce ou tardio, e da
familiaridade da saída de emergência de onde estiver.
Para os ocupantes das edificações, as saídas conhecidas são mais procuradas do que rotas
de fuga não familiares, e a sinalização é menos importante que a regularidade do uso; logo, os
treinamentos de abandono de área devem condicionar os usuários a proceder conforme o plano
de abandono e seguir por rotas seguras. A familiaridade com os caminhos a percorrer pode
reduzir o tempo de pré-movimento.
Os extintores de incêndio e hidrantes, raramente, são usados pelos que não forem
brigadistas, e são menos efetivos sem treinamento periódico.
As pessoas devem estar atentas a avisos precoces, como barulhos estranhos, como vidros
quebrando e atividade extra dos outros ocupantes.
Devem ser providenciadas as comunicações iniciais sobre sinistros para evitar a busca
por informações adicionais, que podem ser desencontradas e provocar indecisões.
Cada demora pode ser perigosa. Ações em estágios iniciais têm influência mais efetiva
em eventuais evacuações.
Para a perfeita execução do abandono de local, faz-se necessário o treinamento periódico
dos componentes da brigada, bem como a realização de palestras-relâmpago para os demais
funcionários, visando a orientá-los a respeito dos procedimentos gerais a serem seguidos.
Puxa-Fila: Brigadista que vai a frente do pessoal a ser retirado, com as funções de:
✔ Iniciar o trabalho de escape das pessoas, posicionando-se na via de escape,
indicando a saída e organizando o ingresso e passagem na escada;
✔ Se possível, o puxa-fila deve contar o número de pessoas e informar ao líder.
Cerra-Fila: Brigadista que sai por último e posicionando-se ao final da fila do pessoal a
ser retirado, com as funções de:
✔ Ir a todos os recintos chamando as pessoas e depois se posicionar ao final da fila;
✔ Auxiliar nas tarefas de primeiros socorros, remoção de pessoas e organização da
fila.
Vistoriador:
✔ Enviar o elevador ao térreo;
✔ Desligar o sistema elétrico do andar;
✔ Fechar as portas e janelas sem as travar;
Recomendações gerais
Em situações extremas:
✔ Evitar retirar as roupas e, se possível, molha-las;
✔ Se houver necessidade de atravessar uma barreira de fogo, molhar todo o corpo,
roupas, sapatos e cabelo;
✔ Proteger a respiração com um lenço molhado junto à boca e nariz e manter-se
sempre o mais próximo do chão, já que é o local com menor concentração de fumaça;
✔ Antes de abrir uma porta, verificar se ela não está quente;
✔ Se ficar preso em algum ambiente, aproximar-se das aberturas externas e tentar de
alguma maneira informar sua localização;
✔ Nunca saltar.
Responsabilidades
Será responsabilidade da Equipe de Resposta de Emergências por em prática e dirigir as
ações de emergências estabelecidas no Plano de Emergências da (nome da empresa) bem como
qualquer outra ação que seja necessária para proteger vidas e propriedade. Será seguido o
processo de notificação estabelecido no plano. A ativação das diferentes equipes de trabalho se
fará quando assim determinarem os coordenadores das equipes de Resposta de Emergências e
Administração de Emergências.
Notificação de Emergências
A notificação imediata da condição de emergência, usando o procedimento apropriado, é
essencial para neutralizar a situação e prevenir lesões pessoais e danos à propriedade.
REFERÊNCIAS
CASTRO, Sebastião Vicente de. Anatomia fundamental. 3ª ed. São Paulo: Editora McGraw-
Hill, 1985.
GUYTON, Arthur C. e HALL, John E. Tratado de Fisiologia Médica. 10ª ed. Rio de
Janeiro:Editora Elsevier, 2002.
Revista Brasileira de Terapia Intensiva. Vol. 18 No 2, Abril – Junho, 2006; 18:2: p. 177-185.