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EXMO. SR. DR.

JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA CRIMINAL DA COMARCA


IMPERATRIZ-MA

URGENTE
RÉU PRESO

Processo Nº

FULANO DE TAL, já devidamente qualificado nos autos do processo em


epígrafe, vem, por intermédio do seu procurador, com fulcro no art. 310, I do
CPP e art 5°, LXV, da CF/88, requerer:
REVOGAÇÃO DE PRISÃO

I - DOS FATOS

O requerente é acusado de extorquir, no exercício de suas funções, a quantia


de R$ 15.000,00 (quinze) mil.. de servidor público federal.

Teve sua prisão temporária decretada em por trinta dias, foi preso,
supostamente pelo cometimento do delito previsto no art. 158, caput, do CPB.

II - DO DIREITO

O requerente teve sua prisão temporária decretada pelo magistrado de ofício,


fundamentada na "grande comoção causada pelo crime na sociedade, assim
como a necessidade de salvaguarda da imagem do Poder Judiciário ante a
opinião pública, como órgão responsável pela política de segurança pública".

Contudo, é necessário salientar que a prisão temporária não pode ser


decretada de ofício pelo Magistrado, e pelos motivos expostos, conforme
previsão legal no art. 2º da Lei 7960/89:

"A prisão temporária será decretada pelo Juiz, em face da representação da


autoridade policial ou de requerimento do Ministério Público, e terá o prazo de
cinco dias, prorrogável por igual período, em caso de extrema e comprovada
necessidade.".

Além disso, não se pode falar em extorsão, fundando-se no art. 158, caput do


CPB, haja visto que o requerente é funcionário público federal, e foi acusado
de extorquir dinheiro da suposta vítima, no exercício de suas funções, caso
que remete ao art. 312 do CPB, caso de Corrupção Passiva, inexistindo, o
cabimento nas hipóteses previstas  no inciso III, do art. 1º da Lei 7960/89.

Ante realmente necessária a prisão por se encontrar no artigo acima elencado,


não caberia sua prisão temporária pois sua prisão não é imprescindível para as
investigações e o acusado possui residência fixa, sendo, inclusive, funcionário
público federal.

Por fim, não é possível falar em prisão temporária de trinta dias, conforme foi
decretado, sendo totalmente contrária à disposição do art. 2º da Lei 7960/89,
tendo em vista que não se trata de crime hediondo.

III - DO PEDIDO

Por todo o exposto, requer que seja revogada sua prisão temporária, com
fundamento na Lei 7960/89, com respectivo alvará de soltura, para que
responda o processo em liberdade, como forma de inteira justiça.

Nestes termos,

Pede deferimento.

Local e data.

Advogado
OAB xxxxx

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