DEFESA DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE NO BRASIL
TEMA 5
DADOS
● Aproximadamente 6 abortos por dia de meninas de 10-14 decorrentes de estupros;
26 mil partos de meninas de 10-14 anos (Ministério da Saúde) ● Anuário Brasileiro de Segurança Pública - por hora, 4 meninas (13 anos) são estupradas. ● Entre 2018 e 2019, segundo dados do Disque 100, a cada meia hora, o governo federal recebe uma denúncia de violência sexual contra a criança e o adolescente. ● Direitos Humanos Kids, que será um espaço para que crianças e adolescentes possam fazer denúncias de violações aos seus direitos. De acordo com o disque 100, nos últimos 2 anos (2018 - 2019 aumento de 14%), houve 35 mil denúncias de violência doméstica às crianças e em 2020 houve uma queda nesse número, o que pode preocupar diante do cenário de pandemia, por se tratar de uma grande subnotificação. ● Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2020, em 2019, registraram-se 66.123 estupros e estupros de vulneráveis (1 estupro a cada 8 minutos)
ARGUMENTOS
A Operação Luz na Infância começou em 2017 e surgiu com o objetivo de
identificar autores de crimes de abuso e exploração sexual contra crianças e adolescentes praticados na internet. Contabiliza vc aproximadamente 644 prisões e, com isso, é atualmente a maior operação para combater a pornografia infantil deflagrada sob a coordenação do Ministério da Justiça e Segurança Pública - MJSP. Polícia Federal deflagra Operação Despudor no Acre para investigar publicações de abusos sexuais de criança na internet: PF investiga suspeito de abusar sexualmente de uma criança e de distribuir imagens relacionadas ao crime em redes sociais. (Por fim, resta falar sobre a atuação da Polícia Federal (PF) contra a pornografia e o abuso sexual de menores. A Corporação participou de inúmeras fases da Operação “Luz na Infância”, coordenada melo Ministério da Justiça. A ação foi responsável por prender centenas de pessoas, e recolher material pornográfico infantil, de forma a proteger a dignidade de crianças e adolescentes. Vale destacar também a Operação “#Underground” que, por meio de investigações na “deep web”, desarticulou um grupo de produtores de material de exploração sexual infantil. A PF ainda deflagrou as Operações “Interrupção” e “Rastreado”, com o fim de conter a difusão de imagens e vídeos contendo exploração sexual de menores.) Peritos da Polícia Federal em Campo Grande (MS) desenvolveram e aprimoraram um programa capaz de identificar, em poucos minutos, imagens e vídeos de pornografia infantojuvenil arquivados com suspeitos de pedofilia. A ferramenta forense NuDetective auxilia operações com a busca de arquivos de pornografia com imagens de crianças e pré-adolescentes, ainda no local do crime, durante o mandado de busca e apreensão Parte da concepção da criança e do adolescente como objeto de dominação do adulto, o que se fortalece pela sua situação de dependência e fragilidade, bem como pela crença da violência como instrumento pedagógico. Assim, sem voz e sem defesa, essa parcela da população, que deveria ser a mais cuidada, é vítima de negligência, de violência física, psicológica e sexual. O princípio/doutrina da proteção integral e da prioridade absoluta é o que caracteriza o tratamento jurídico dispensado pelo direito brasileiro a crianças e adolescentes, cujos fundamentos encontram-se no próprio texto constitucional, em documentos e tratados internacionais e no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Assim, segundo o princípio da proteção integral, a criança e o adolescente devem gozar de proteção do Estado. Particularmente, a definição do adolescente como a pessoa entre 12 a 18 anos incompletos implica a incidência de um sistema de justiça especializado para responder a infrações penais quando o autor é adolescente. A imposição das medidas socioeducativas, e não das penas criminais, relaciona-se justamente com a finalidade pedagógica que o sistema deve alcançar, e decorre do reconhecimento da condição peculiar de desenvolvimento em que se encontra o adolescente. (Essa doutrina roupe com a criminalização e o estigma da criança e do adolescentes A pandemia atingiu crianças e adolescentes deixando-as sem escolas, algumas não possuem equipamentos para acompanhar as aulas por videoconferência. Convenção sobre o direito das crianças foi o tratado mais amplamente aceito na história. Transformação do jovem em sujeito de direitos e não um objeto de direitos. O ideário e as práticas que consideravam crianças e adolescentes meros objetos de direito, submetidos às maiores arbitrariedades judiciais e à vigilância estatal, que permitiam seu encarceramento “para seu próprio bem”, mesmo sem que houvessem cometido qualquer ato delituoso, enfim, vários dos alicerces do chamado menorismo são repudiados de maneira expressa pela nova legislação. A era das FEBEMs, da tortura, dos espancamentos, do encarceramento das crianças e adolescentes em razão de sua pobreza, a era dos capitães da areia teria chegado ao fim.