(Chico Buarque) Sair de bar em bar, falar besteira E me enganar Por que creceste, curuminha Com qualquer um deitar Assim depressa, e estabanada A noite inteira Saíste maquiada Eu vou te amar Dentro do meu vestido Se fosse permitido Vou chegar Eu revertia o tempo A qualquer hora ao meu lugar Para viver a tempo E se uma outra pretendia um dia te De poder roubar Dispensa essa vadia Te ver as pernas bambas, curuminha Eu vou voltar Batendo com a moleira Vou subir Te emporcalhando inteira A nossa escada, a escada, a escada, a E eu te negar meu colo escada Recuperar as noites, curuminha Meu amor eu, vou partir Que atravessei em claro De novo e sempre, feito viciada Ignorar teu choro Eu vou voltar E só cuidar de mim Pode ser Deixar-te arder em febre, curuminha Que a nossa história Cinquenta graus, tossir, bater o queixo Seja mais uma quimera Vestir-te com desleixo E pode o nosso teto, a Lapa, o Rio Tratar uma ama-seca desabar Quebrar tua boneca, curuminha Pode ser Raspar os teus cabelos Que passe o nosso tempo E ir te exibindo pelos Como qualquer primavera Botequins Espera Me espera Tornar azeite o leite Eu vou voltar Do peito que mirraste No chão que engatinhaste, salpicar 3- Aquela Mulher Mil cacos de vidro (Chico Buarque) Pelo cordão perdido Te recolher pra sempre Se você quer mesmo saber À escuridão do ventre, curuminha Por que que ela ficou comigo De onde não deverias Eu digo que não sei Nunca ter saído Se ela ainda tem seu endereço Ou se lembra de você 2- Palavra de Mulher Confesso que não perguntei (Chico Buarque) As nossas noites são Vou voltar Feito oração na catedral Haja o que houver, eu vou voltar Não cuidamos do mundo Já te deixei jurando nunca mais olhar Um segundo sequer para trás Que noites de alucinação Palavra de mulher, eu vou voltar Passo dentro daquela mulher Com outros homens, ela só me diz Corcovado em Mar Del Prata, tem Que sempre se exibiu Catarata de banana E até fingiu sentir prazer Índia canibal, na certa tem Mas nunca soube, antes de mim E é a oferta da semana Que o amor vai longe assim Somos las muchachas de Copacabana Não foi você quem quis saber? (bis)
4- Las Muchachas de Copacabana 5- Vida Loka (parte 2)
(Chico Buarque) (Mano Brown) - Racionais Mc's
Se o cliente quer rumbeira, tem Firmeza total, mais um ano se passando
Com tempeiro da baiana Graças a Deus a gente tá com saúde aí, Somos las muchachas de Copacabana morô? (bis) Muita coletividade na quebrada, dinheiro no bolso Cubanita brasileira, tem Sem miséria, e é nóis Com sombreiro à mexicana Vamos brindar o dia de hoje Somos las muchachas de Copacabana Que o amanhã só pertence a Deus, a (bis) vida é loka
``Mamãe, Deixa eu fala procê
Desculpa meus erro de caligrafia Tudo, tudo, tudo vai, tudo é fase irmão Lembrança da filha Logo mais vamo arrebentar no mundão Que brilha aqui na capital De cordão de elite, 18 quilates É uma estrela internacional Poê no pulso, logo um Breitling Tua filha na capital Que tal? Tá bom? É uma estrela internacional'' De lupa Bausch & Lomb, bombeta branco e vinho Quer uma amazona, o gringo tem Champagne para o ar, que é pra abrir Um domingo com a havaiana nossos caminhos Somos las muchachas de Copacabana Pobre é o diabo, eu odeio a ostentação (bis) Pode rir, ri, mais não desacredita não É só questão de tempo, o fim do Se quer uma pecadora, tem sofrimento Uma loura muçulmana Um brinde pros guerreiro, zé povinho Somos las muchachas de Copacabana eu lamento (bis) Vermes que só faz peso na terra Tira o zóio ``Mamãe, Tira o zóio, vê se me erra Pro mês eu lhe mando umas economia Eu durmo pronto pra guerra Lembrança da filha E eu não era assim, eu tenho ódio Que brilha aqui na capital E sei o que é mau pra mim É uma estrela internacional Fazer o que se é assim Tua filha na capital Vida loka cabulosa É uma estrela internacional'' O cheiro é de pólvora E eu prefiro rosas Atração de Martinica, tem E eu que...e eu que Uma chica sergipana Sempre quis com um lugar, Paraguaia da Jamaica, tem Gramado e limpo, assim, verde como o Balalaica peruana mar Cercas brancas, uma seringueira com O importante é nós aqui balança Junto ano que vem Disbicando pipa, cercado de criança O caminho Da felicidade ainda existe How, how Brown É uma trilha estreita Acorda sangue bom, Em meio à selva triste Aqui é capão redondo, tru Quanto cê paga Não é pokemón Pra ver sua mãe agora Zona sul é o invés, é stress concentrado E nunca mais ver seu pivete ir embora Um coração ferido, por metro quadrado Dá a casa, dá o carro Quanto, mais tempo eu vou resistir Uma Glock, e uma FAL Pior que eu já vi meu lado bom na Sobe cego de joelho U.T.I. Mil e cem degraus Meu anjo do perdão foi bom Quente é mil graus Mas tá fraco O que o guerreiro diz Culpa dos imundo, do espírito opaco O promotor é só um homem Eu queria ter, pra testar e ver Deus é o juiz Um malote, com glória, fama Enquanto Zé Povinho Embrulhado em pacote Apedrejava a cruz Se é isso que 'cês quer E o canalha, fardado Vem pegar Cuspiu em Jesus Jogar num rio de merda e ver vários Oh, aos 45 do segundo arrependido pular Salvo e perdoado Dinheiro é foda É Dimas o bandido Na mão de favelado, é mó guela É loko o bagulho Na crise, vários pedra-noventa esfarela Arrepia na hora Eu vou jogar pra ganhar Oh, Dimas, primeiro vida loka da O meu money, vai e vem história Porém, quem tem, tem Eu digo: "Glória, glória" Não cresço o zóio em ninguém Sei que Deus tá aqui O que tiver que ser E só quem é Será meu Só quem é vai sentir Tá escrito nas estrelas E meus guerreiro de fé Vai reclamar com Deus Quero ouvir, quero ouvir Imagina nóis de Audi E meus guerreiro de fé Ou de Citröen Quero ouvir, irmão Indo aqui, indo ali Programado pra morrer nós é Só pam Certo é certo é crer no que der, firmeza? De vai e vem Não é questão de luxo No Capão, no Apurá, vô colar Não é questão de cor Na pedreira do São Bento É questão que fartura Na fundão, no pião Alegra o sofredor Sexta-feira Não é questão de preza, nêgo A ideia é essa De teto solar Miséria traz tristeza e vice-versa O luar representa Inconscientemente vem na minha mente Ouvindo Cassiano inteira Os gambé não guenta Na loja de tênis o olhar do parceiro feliz Mas se não der, nêgo De poder comprar o azul, o vermelho O que é que tem O balcão, o espelho O estoque, a modelo, não importa Dinheiro é puta e abre as portas Agora eu fiquei doce, doce, doce, doce Dos castelos de areia que quiser Agora eu fiquei do-do-do-do-doce, doce Preto e dinheiro, são palavras rivais E então mostra pra esses cu E agora eu fiquei doce igual caramelo Como é que faz Tô tirando onda de Camaro amarelo O seu enterro foi dramático E agora você diz: vem cá que eu te Como um blues antigo quero Mas de estilo, me perdoe, de bandido Quando eu passo no Camaro amarelo Tempo pra pensar, quer parar Que cê quer? Quando eu passava por você Viver pouco como um rei ou muito, Na minha CG, você nem me olhava como um Zé? Fazia de tudo pra me ver, pra me Às vezes eu acho que todo preto como perceber eu Mas nem me olhava Só quer um terreno no mato, só seu Sem luxo, descalço, nadar num riacho Aí veio a herança do meu véio Sem fome, pegando as frutas no cacho E resolveu os meus problemas, minha Aí truta, é o que eu acho situação Quero também, mas em São Paulo E do dia pra noite fiquei rico Deus é uma nota de R$100 Tô na grife, tô bonito, tô andando igual Vida Loka! patrão
Porque o guerreiro de fé nunca gela Agora eu fiquei doce igual caramelo
Não agrada o injusto, e não amarela Tô tirando onda de Camaro amarelo O Rei dos reis, foi traído, e sangrou E agora você diz: vem cá que eu te nessa terra quero Mas morrer como um homem é o Quando eu passo no Camaro amarelo prêmio da guerra Mas ó, conforme for, se precisa, afoga E agora você vem, né? no próprio sangue, assim será Agora você quer? Nosso espírito é imortal, sangue do meu Só que agora vou escolher sangue Tá sobrando mulher Entre o corte da espada e o perfume da rosa E agora você vem, né? Sem menção honrosa, sem massagem." Agora você quer? Só que agora vou escolher A vida é loka, nêgo Tá sobrando mulher E nela eu tô de passagem A Dimas, o primeiro Quando eu passava por você Saúde guerreiro! Na minha CG, você nem me olhava Dimas, dimas, dimas Fazia de tudo pra me ver, pra me perceber 6- Camaro Amarelo Mas nem me olhava (Marcia Araujo / Thiago Machado / Bruno Caliman / Marco Aurelio) - Aí veio a herança do meu véio Munhoz & Mariano E resolveu os meus problemas, minha situação Agora eu fiquei doce, doce, doce, doce E do dia pra noite fiquei rico Agora eu fiquei do-do-do-do-doce, doce Tô na grife, tô bonito, tô andando igual Eu entrei no Mato Grosso patrão Dei em terras paraguaia Lá tinha revolução Agora eu fiquei doce igual caramelo Enfrentei fortes bataia, ai, ai, ai Tô tirando onda de Camaro amarelo A tua saudade corta Agora você diz: vem cá que eu te quero Como aço de navaia Quando eu passo no Camaro amarelo O coração fica aflito Bate uma, a outra faia E agora você vem, né? Os óio se enche d`água Agora você quer? Que até a vista se atrapaia, ai, ai, ai Só que agora vou escolher Tá sobrando mulher 7- Infortúnio (Arrigo Barnabé) E agora você vem, né? Agora você quer? Ontem, no cemitério Só que agora vou escolher Ela gritou, gritou muito Tá sobrando mulher Quando fecharam o caixão de seu marido Agora eu fiquei doce igual caramelo Ficou histé, histé, histé, histérica Tô tirando onda de Camaro amarelo E agora você diz: vem cá que eu te Blasfemou, 'rancou cabelos quero Rogou a Deus que a levasse também Quando eu passo no Camaro amarelo Implorou, rasgou as roupas Se arrastou gritando entre as estátuas Agora eu fiquei doce, doce, doce, doce Agora eu fiquei do-do-do-do-doce, doce Que desespero! Ela tava desesperada Agora eu fiquei doce, doce, doce, doce Seu corpo inteiro tava doendo de Agora eu fiquei do-do-do-do-doce, doce saudade Do seu marido... do maridinho adorado Cuitelinho Anoiteceu e ela ficou ali jogada (Domínio público) - Pena Branca e A soluçar e quando veio a madrugada Xavantinho Ela saiu e foi até o Riviera E se entregou a todo homem que Cheguei na beira do porto encontrou Onde as ondas se espáia Hoje, ela só bebe. Nunca esqueceu a sua As garça dá meia volta morte E senta na beira da praia Vive nos bares e cafés dizendo a todos: E o cuitelinho não gosta "Ele morreu porque pensou, pensou Que o botão de rosa caia, ai, ai, ai demais" Aí quando eu vim de minha terra E ela grita, e ela blasfema Despedi da parentaia E roga a Deus que leva todos também ARTES PLÁSTICAS
Produções ilusórias de Escher:
Os autorretratos de Frida Kahlo: Crianças de Açúcar – Vik Muniz Teatro Nacional Oscar Niemeyer (DF):
Pirâmides Incas em Machu Picchu (Peru):
Capela Nossa Senhora do Rosário, decorada com desenhos e vitrais de Henri Matisse (Franca): Igreja Nossa Senhora de Fátima, decorada por azulejos de Athos Bulcão (DF): Os Guerreiros (Os Candangos), de Bruno Giorgi Dança dos Tarairiu (Tapuias) – Albert van Eckhout