Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Technical Guide To Network Audio PT
Technical Guide To Network Audio PT
áudio em rede
Tecnologias e considerações para um mundo de possibilidades em áudio
2
Introdução
Este guia técnico para áudio em rede foi criado para ajudá-lo em seu trabalho com os sistemas de
áudio em rede da Axis e ajudá-lo a manter-se atualizado com o cenário tecnológico que está
sempre em constante mudança. Ele fornece uma visão geral e completa sobre o áudio em rede,
desde a explicação dos princípios básicos de áudio e acústica, passando pelas tecnologias que
permitem o áudio sobre IP, até os produtos de áudio em rede da Axis e sistemas completos.
3
Índice
1. Áudio em rede: visão geral, finalidade e benefícios 7
1.1 Visão geral de um sistema de áudio em rede 7
1.2 Finalidade 8
1.3 Aplicações nos principais segmentos da indústria 8
1.4 Benefícios 9
1.5 Casos de uso para áudio com vídeo de segurança 11
2. Fundamentos de áudio 13
2.1 O que é som? 13
2.2 Ondas longitudinais 13
2.3 Altura 14
2.4 Pressão sonora 15
2.5 Valores de SPL 15
2.6 Potência sonora 16
2.7 Decibéis 16
2.8 Volume percebido 17
2.9 Taxa de amostragem 18
2.10 Compressão de faixa dinâmica 19
2.11 Sensibilidade do alto-falante 19
2.12 Resposta polar 20
3. Acústica 21
3.1 Ecos 21
3.2 O impacto das dimensões da sala 21
3.3 Neutralização da acústica ambiente 22
4. Tecnologias de áudio 23
4.1 Alta qualidade para áudio em rede 23
4.2 Técnicas de otimização de som 23
4.3 Modos de comunicação de áudio 24
4.4 Codecs de áudio 25
4.5 Sincronização de áudio e vídeo 25
8. Tecnologias de rede 39
8.1 Redes locais e Ethernet 39
8.1.1 Tipos de redes Ethernet 39
8.1.2 Conexão de dispositivos em rede e switch de rede 40
8.1.3 Power over Ethernet (PoE) 41
8.1.3.1 Padrões PoE 42
8.1.3.2 Midspans 43
8.2 Envio de dados pela Internet 44
8.2.1 Endereçamento IP 44
8.2.2 Endereços IPv4 45
8.2.3 Endereços IPv6 49
8.2.4 Protocolos de transporte de dados 49
8.2.5 SIP 50
8.3 VLANs 53
8.4 Qualidade de serviço 54
9. Proteção do sistema 57
9.1 Proteção de rede 57
9.1.1 IEEE 802.1X 57
9.1.2 HTTPS (HTTP sobre TLS) 58
9.1.3 VPN (rede privada virtual) 58
9.1.4 SRTP (RTP seguro) 59
9.1.5 Certificados assinados pela Autoridade de Certificação 59
9.1.6 Isolamento de rede 60
9.2 Proteção do dispositivo 60
9.2.1 Gerenciamento de conta de usuário 60
9.2.2 Filtragem de endereço IP 60
9.2.3 Como manter o software e o firmware atualizados 61
5
Figura 1.1a - Um sistema de áudio em rede pode ser controlado a partir de um único ponto, por
meio de uma interface intuitiva. Os dispositivos do sistema também possibilitam o controle de
fontes de áudio analógicas e alto-falantes analógicos como parte do sistema de áudio em rede.
O áudio em rede usa uma rede IP e equipamentos de TI padrão como a base para o transporte e o
gerenciamento de áudio. Os principais componentes de um sistema de áudio em rede são os
alto-falantes, os consoles de microfone em rede, a rede propriamente dita, um servidor e o software de
gerenciamento de áudio. O sistema também pode incluir dispositivos destinados à migração de um
sistema de áudio legado (analógico) para o áudio em rede.
8 Capítulo 1 - Áudio em rede: visão geral, finalidade e benefícios
1.2 Finalidade
As mensagens de áudio e voz em rede podem desempenhar um papel importante em um sistema de
segurança, geralmente integrado à vigilância por vídeo em rede, mas o áudio em rede também é
ideal para sistemas de segurança, sistemas de comunicação pública (PA) e música ambiente.
> Segurança melhorada - Um sistema de áudio em rede é o complemento perfeito para uma
instalação de segurança baseada em vídeo. A proteção de perímetro é apenas um exemplo:
imagine um intruso em potencial escalando uma cerca. Uma câmera de rede registra o evento
e envia um alerta para um guarda de segurança. Ele então usa o sistema de áudio em rede para
dar um aviso ao invasor: “Nós estamos te vendo, você está invadindo uma propriedade
privada”. Na maioria das vezes, esse tipo de aviso é suficiente, evitando a necessidade de
medidas adicionais de segurança.
> Segurança reforçada - Em cidades e áreas ameaçadas por terremotos ou outros desastres
naturais, o áudio em rede (comunicação pública) tem um papel importante em um sistema de
segurança de maior escala. Os alto-falantes de rede também podem ser usados para
comunicados de emergência relacionados a evacuação ou demais avisos. Com seus microfones
integrados, os alto-falantes de áudio em rede da Axis podem ser usados até mesmo como
sensores de segurança ativos. Ao executar análises de áudio capazes de detectar, por exemplo,
quebra de vidros ou disparos de armas, isso adicionará uma dimensão completamente nova ao
sistema de áudio.
> Maior eficiência operacional - Em sistemas de comunicação pública, o áudio em rede oferece
uma maneira flexível de gerenciar e reproduzir diferentes tipos de mensagens e atualizações
informativas em escolas, lojas, hotéis e locais públicos. É possível fazer comunicados em tempo
real para que alguém vá até uma área específica (como um colega do departamento de roupas),
comunicados programados (por exemplo, sobre o início do dia de aula) ou comunicados em
tempo real durante uma emergência. Transmita para uma ou múltiplas zonas e alterne
facilmente entre elas para fazer comunicados em locais específicos. O áudio em rede também
pode ser utilizado para reproduzir música no ambiente. É facilmente gerenciado com controle
central ou remoto, predefinição de volume e seleções musicais. A música ambiente pode ser
combinada com comunicados programados e em tempo real para a melhor experiência do
cliente.3
> Comércio - O áudio em rede pode fornecer às lojas de varejo um sistema flexível, de fácil
gerenciamento, para a emissão de comunicados e chamadas de segurança para colaboradores
ou clientes. Pode ser usado para repreender ladrões e pessoas suspeitas por meio de mensagens
de voz específicas, mas também para criar atmosfera tocando músicas agradáveis.
> Infraestrutura crítica - Em usinas de energia e grandes indústrias, os sistemas de áudio em rede
podem transmitir comunicados e avisos sobre riscos e incidentes de segurança, como
vazamentos de gás, derramamento de óleo ou de produtos químicos.
> Indústria - Em armazéns, data centers e centros de logística, o áudio em rede pode transmitir
comunicados programados ou em tempo real sobre problemas e incidentes de segurança.
> Educação - Em uma escola ou universidade, o áudio em rede pode fornecer um sistema de
comunicação flexível para avisos explicativas, além de aumentar a segurança por meio de
comunicados programados ou em tempo real em caso de incidentes.
> Transporte - Em estações de trem, metrôs e túneis, o áudio em rede pode ser usado para
chamadas de segurança para combater vandalismo e roubo, além de avisos e instruções de
segurança em caso de incidentes. Também pode ser usado para comunicar informações valiosas
sobre atrasos ou alterações de horários.3
Figura 1.3a - O áudio em rede pode ser instalado para fins de segurança e proteção ou para
eficiência operacional.
1.4 Benefícios
Um sistema de áudio em rede totalmente digital oferece muitos benefícios e funcionalidades
avançadas que não podem ser encontrados em um sistema de áudio tradicional. As vantagens
incluem alta qualidade de áudio, acessibilidade remota, possibilidades de fácil integração,
monitoramento remoto central da integridade do sistema, melhor escalabilidade, flexibilidade e
melhor relação custo-benefício. Com a ajuda de dispositivos de sistema de áudio em rede, é
possível continuar usando cabos de áudio legados e alto-falantes analógicos, enquanto desfruta de
alguns dos benefícios digitais.
10 Capítulo 1 - Áudio em rede: visão geral, finalidade e benefícios
> Alta qualidade de áudio - No áudio em rede, o processador de sinal digital integrado garante
que o som seja otimizado diretamente nos alto-falantes. Isso significa que nenhum técnico
precisa ir ao local para controlar a qualidade do áudio e não há risco de o equipamento
interferir no sinal de áudio. Anúncios em áudio são claros e de fácil compreensão.
> Som totalmente digital - No áudio em rede, o som é digital desde a fonte até o alto-falante.
O som é armazenado, processado e transmitido digitalmente, sem nenhuma conversão
analógico-digital ou digital-analógico. Não há distorção por interferência eletrônica, e o sinal
sonoro permanece forte, independentemente do comprimento dos cabos.3
Por comparação, no áudio analógico as ondas sonoras são convertidas em tensão elétrica. Esse
sinal elétrico pode ser transportado, armazenado e eventualmente convertido de volta em
ondas sonoras. Quando o sinal elétrico passa por múltiplas etapas de processamento, ou por
fios muito longos, seu nível de tensão cai e precisa ser amplificado. Esse processo aumenta o
ruído e diminui a qualidade da saída do áudio. No áudio digital, no entanto, em vez da tensão
variável, valores numéricos são usados para descrever a forma de onda. Esses valores podem
ser armazenados e transmitidos sem qualquer alteração, mesmo em áreas de perturbação
eletromagnética. Eles não serão corrompidos pelo ruído e, quando convertidos novamente em
ondas sonoras, soarão exatamente como o áudio original.
> Acessibilidade remota - Os dispositivos de áudio em rede podem ser configurados e acessados
remotamente, permitindo que usuários autorizados os controlem a partir de praticamente
qualquer local de rede no mundo. Por exemplo, comunicados e configurações de volume
podem ser feitos por meio de aplicativos para celulares. Os alto-falantes da rede também
podem ter a funcionalidade de autoteste, que funciona remotamente, sendo uma forma de
verificar a operação correta do alto-falante, fornecendo feedback de áudio ao sistema.3
> Gerenciamento de eventos e análises - Os dispositivos de áudio em rede da Axis podem ser
programados para reproduzir mensagens de voz pré-gravadas somente quando ocorrer um
evento (programado ou provocado). São compatíveis com aplicações de análise de áudio, como
detecção de agressões e detecção de vandalismo (quebra de vidros), e podem fornecer
conexões de E/S (entrada/saída) para dispositivos externos, como luzes. Esses recursos
permitem que os usuários definam as condições ou gatilhos de eventos para um alarme.
Quando o evento é identificado, os produtos podem responder automaticamente com ações
programadas. As ações configuráveis podem incluir a reprodução de mensagens de voz, a
ativação de dispositivos externos, como alarmes, luzes e sensores de porta e o alerta do pessoal
de segurança. O gerenciamento de eventos pode ser configurado usando os sites do produto ou
usando um programa de software de gerenciamento de áudio. Os dispositivos de áudio em rede
também podem desempenhar um papel importante em um sistema de vigilância em que a
análise de vídeo em câmeras de rede pode ser usada para acionar ações de áudio nos
alto-falantes da rede.33
> Integração simples, com proteção contra obsolescência - O uso da tecnologia IP de padrão
aberto simplifica a integração com outros sistemas, uma vez que os alto-falantes podem ser
integrados diretamente a um sistema de telefone VMS (sistema de gerenciamento de vídeo) ou
a um telefone padrão de Voice over IP (VoIP) usando o Protocolo de Iniciação de Sessão (SIP).3
Capítulo 1 - Áudio em rede: visão geral, finalidade e benefícios 11
> Escalabilidade
3 e flexibilidade - O IP oferece flexibilidade e ampla capacidade para
reconfiguração futura, em caso de alterações imprevistas nos requisitos do sistema. Zonas e
grupos de alto-falantes podem ser reconfigurados em um instante, sem a necessidade de
novo cabeamento. O sistema de áudio pode ser expandido ou alterado conforme necessário e
isso é feito facilmente por meio do software.
> Relação
3 custo-benefício - Um sistema de áudio IP normalmente tem um custo total de
propriedade mais baixo do que um sistema de áudio tradicional. Geralmente, já existe uma
infraestrutura de rede IP instalada no local, e que é usada para outras aplicações, portanto, a
instalação de áudio em rede aproveitará essa mesma infraestrutura. As redes baseadas em IP
também são alternativas muito mais baratas do que o cabeamento de áudio tradicional. Além
disso, os fluxos de áudio digital podem ser roteados ao redor do mundo usando uma variedade
de infraestrutura interoperável.
> Tudo
3 integrado - Um sistema de áudio tradicional geralmente precisa de uma sala técnica
dedicada para os gabinetes do rack com todos os componentes de áudio, como amplificadores
de potência, processadores de sinais digitais e muito mais. Com o áudio em rede, essas tarefas
são realizadas por meio do processamento de borda (edge processing) dos alto-falantes, o que
significa que os alto-falantes da rede são, por si mesmos, sistemas de áudio completos, de alta
qualidade, que dispensam a necessidade de uma sala de tecnologia. Até mesmo a
funcionalidade de streaming é incorporada. Comparado ao áudio tradicional, isso reduz a
necessidade de gerenciamento do sistema e mantém baixos os custos com equipamentos.
Além disso, o sistema é confiável, porque o sinal não precisa passar por múltiplas peças de
equipamento antes de chegar ao alto-falante, como em uma configuração tradicional.
> Power
3 over Ethernet (PoE) - Os produtos de áudio em rede suportam a tecnologia PoE. A PoE
permite que os dispositivos em rede recebam energia de um switch ou midspan habilitado
para PoE através do mesmo cabo Ethernet que transporta os dados (áudio). Portanto, não há
necessidade de uma tomada próxima ao alto-falante, nem de cabos ou técnicos de áudio
extras para calcular as dimensões e a capacidade dos cabos. A PoE oferece economia
substancial nos custos de instalação e pode aumentar a confiabilidade do sistema.
> C3omunicação segura - Os produtos de áudio em rede e os fluxos de áudio podem ser
protegidos de várias maneiras. Isso inclui a autenticação de nome de usuário e senha, filtragem
de endereço IP, autenticação por IEEE 802.1X e criptografia de dados por HTTPS, VPN ou SRTP.
Os produtos de áudio em rede também apresentam flexibilidade para proporcionar diversos
níveis de acesso para o usuário. Já no áudio analógico não há capacidade de criptografia nem
possibilidades de autenticação, o que significa que é possível captar o áudio ou substituir o
sinal de um alto-falante analógico por outro sinal de áudio.
> Mensagens pré-gravadas acionadas por detecção de movimento - Uma câmera detecta movimento
e envia um comando para um alto-falante para reproduzir uma mensagem pré-gravada. O
alto-falante reproduz a mensagem.3
Figura 1.5a - Uma câmera com detecção de movimento aciona mensagens de áudio pré-gravadas
no alto-falante.
> Mensagens pré-gravadas acionadas manualmente - A câmera detecta movimento e envia
uma notificação para um administrador. Ao receber essa notificação, o administrador aciona
uma mensagem de áudio pré-gravada. O alto-falante reproduz a mensagem.3
Figura 1.5b - Uma câmera com detecção de movimento notifica um administrador que pode optar
por disparar uma mensagem de áudio pré-gravada no alto-falante.
> Mensagens de voz em tempo real - Uma câmera detecta movimento e envia uma notificação
para um administrador. O administrador então envia uma mensagem de voz em tempo real por
meio do seu headset e o alto-falante reproduz essa mensagem em tempo real.3
Figura 1.5c - Uma câmera com detecção de movimento notifica um administrador que pode enviar
uma mensagem de voz em tempo real pelo alto-falante.
O áudio em rede também pode ser usado de diversas maneiras como um sistema de áudio
independente para intimidação, informações, mensagens de segurança ou música ambiente.
Capítulo 2 - Fundamentos de áudio 13
2. Fundamentos de áudio
Por mais digital que um sistema de áudio seja, ele sempre conta com os
fundamentos físicos do áudio, como as vibrações no ar. Se você deseja
projetar um sistema de áudio para uma experiência de usuário satisfatória, é
necessário considerar vários outros conceitos “analógicos”. Frequências de
áudio, acústica e percepção sonora humana são descritas neste capítulo, bem
como definições para as unidades básicas do som.
No entanto, as ondas longitudinais não são tão facilmente visualizadas quanto o outro tipo de
onda: a onda transversal. Em uma onda transversal, a vibração para frente e para trás ocorre em
direções perpendiculares à direção da trajetória do som. Também é possível visualizar essa onda,
com um espiral, movendo as extremidades do espiral em uma direção perpendicular ao seu
comprimento. Um exemplo de onda transversal é uma onda eletromagnética (como a luz), onde os
campos elétrico e magnético variam perpendicularmente à direção da propagação.
Figura 2.2 - a Usando uma espiral para a visualização de uma onda longitudinal (em cima), como
uma onda sonora, e uma onda transversal (em baixo). O comprimento de onda é marcado como a
distância entre dois mínimos.
Como é mais fácil visualizar uma onda transversal do que uma onda longitudinal, uma onda
sonora é geralmente representada graficamente por uma onda transversal. Apesar de não ser
completamente fiel à natureza da onda, essa forma de onda gráfica fornece uma boa compreensão
de uma onda sonora à medida que se move pelo ar ao longo do tempo e facilita a visualização das
características fundamentais da onda: comprimento, amplitude e frequência. As ondas
longitudinais e transversais têm essas características.
Não confunda com uma representação gráfica de uma onda sonora, como a de um osciloscópio
que exibe uma onda transversal ao exibir sons. O som real é sempre longitudinal.
2.3 Altura
Quando falamos sobre altura - quanto um som é agudo (alto) ou grave (baixo) - estamos falando
sobre a frequência da onda de pressão, ou seja, quantas vezes por segundo a onda sonora vibra. A
frequência é medida em ciclos por segundo, em unidades Hz (Hertz).
Capítulo 2 - Fundamentos de áudio 15
3.000 Hz
150-5.000 Hz
60 Hz
Figura 2.3a - Os sons, incluindo as vozes humanas, podem variar em altura - vibrações por segundo
(também conhecidas como frequência).
O nível de pressão sonora de uma fonte de áudio diminui com a distância da fonte. Definido para
iniciar em 0 dB, a 1 m da fonte, o SPL diminui em 6 dB com cada duplicação da distância até a
fonte.
8 m (26 pés)
- 18 dB
4 m (13 pés)
- 12 dB
2 m (6 pés)
- 6 dB
1 m (3 pés)
0 dB
Figura 2.5a - O nível de pressão sonora de uma fonte de áudio diminui 6 dB com cada duplicação
da distância até a fonte.
Um amplificador pode ser construído para fornecer 300 W por um período muito curto de tempo,
como quando um tambor, explosão ou qualquer outro áudio com um transiente curto e alto
volume é ouvido. Isso significa que a potência instantânea aumentará muito rapidamente, de
muito baixa para muito alta. O mesmo amplificador pode, no entanto, ser classificado apenas para
uso contínuo de 50 W, pois o uso contínuo produzirá muito mais calor, o que afeta os
componentes elétricos e o desempenho do amplificador.
2.7 Decibéis
Como o som é percebido de maneira não linear, ele é mais bem medido e descrito usando o decibel
de unidade não linear (dB). Uma duplicação (medida em W) da potência sonora é igual a um
aumento de 3 dB e uma duplicação do volume é igual a um aumento de 10 dB.
Capítulo 2 - Fundamentos de áudio 17
1W 2W 4W 8W
Figura 2.7a - Uma duplicação da potência sonora, medida em Watts, corresponde a um aumento de 3 dB.
Um nível de pressão sonora fornecido na escala de dBA ponderada foi compensado pela percepção
do som que depende da frequência do ouvido humano. Usando a escala de dB não ponderada, um
nível de 100 dB a 100 Hz será, por exemplo, percebido como tendo um volume igual a apenas 80
dB a 1 kHz, enquanto 100 dBA será percebido como igualmente alto em todas as frequências.
20 55-65 85 120
dB
SPL
0 20 40 60 80 100 120 140
30 60-80 140
A unidade de decibéis geralmente se refere a uma mudança relativa no volume. Para expressar um
valor absoluto, deve-se usar decibéis de nível de pressão sonora (dB SPL). Um valor de 0 dB SPL é o
som mais suave que o ouvido humano é capaz de perceber.
Embora o ouvido seja sensível a todas as frequências entre 20 Hz e 20 kHz, a sensibilidade varia de
acordo com a frequência. Assim, os sons de uma potência específica serão percebidos como tendo
diferentes níveis de volume em diferentes frequências. A unidade de volume Phon considera essa
18 Capítulo 2 - Fundamentos de áudio
sensibilidade e, por exemplo, um tom sinusoidal de 50 phons é percebido com volume igualmente
alto em todas as frequências.
A diferença de sensibilidade pode ser visualizada em curvas de igual volume. Uma linha
representa o nível de som que deve ser usado para que o som seja percebido no mesmo volume
em todas as frequências. As diferentes linhas representam diferentes valores de Phon. É evidente
pelas curvas que o nível do som deve ser substancialmente mais alto nas frequências mais baixas
para ser percebido em volume igual às frequências mais altas. Isso ocorre porque o ouvido
humano é menos sensível a frequências mais baixas. O mínimo das curvas é colocado em torno de
2 kHz - 5 kHz, o que significa que essa é a faixa de frequência à qual o ouvido humano é mais
sensível e na qual o ouvido é capaz de decifrar melhor uma conversa. É também a faixa de
frequência da fala humana.
130
120 (estimado)
110
100 phons
100
Nível de pressão sonora (dB SPL)
90
80
80
70
60
60
50
40
40
30
20
20
10
(limiar)
0
-10
10 100 1000 10k 100k
Frequência (Hertz)
Figura 2.8a - Curvas de volume igual que mostram os níveis de pressão sonora necessários em
diferentes frequências para que o som seja percebido com volume igualmente alto em todas as
frequências. As curvas são provenientes da norma ISO 226:2003.
Figura 2.9a - Visualização de uma onda sonora analógica e como ela pode ser representada
digitalmente. Esquerda: com uma taxa de amostragem muito baixa (amostragem em cada ponto
amarelo), a onda original (fina linha preta) será representada incorretamente (como a linha azul),
resultando em uma qualidade de som mais baixa. Direita: com uma taxa de amostragem
suficientemente alta, a onda analógica pode ser reconstruída com precisão.
A taxa de amostragem deve ser, pelo menos, duas vezes maior do que a frequência de áudio de
entrada mais alta a ser reconstruída, mas ainda mais alta para obter boa qualidade. Em arquivos de
áudio e CDs, 44,1 kHz é uma taxa de amostragem comumente usada, com 44.100 amostras por
segundo.
A compressão da faixa dinâmica é uma operação de processamento de sinal de áudio que torna o
volume das partes mais silenciosas mais alto, enquanto mantém ou diminui o volume das partes
mais altas. A operação diminui a faixa dinâmica e percebemos o volume geral da gravação como
mais alto.
menor. O tamanho de um alto-falante é, de certa forma, o mesmo que megapixels para uma
câmera: a menos que também tenhamos uma boa lente de câmera (ou sensibilidade do alto-
falante), uma resolução mais alta (ou maior tamanho do alto-falante) não vale de nada.
-6
1 kHz
-12
-42 16 kHz
270° 90°
240° 120°
210° 150°
180°
3. Acústica
O ambiente pode exercer grande impacto sobre o som de um sistema de áudio.
Embora o cálculo dos efeitos possa ser uma tarefa complexa, compreender um
pouco sobre a acústica é muito útil.
3.1 Ecos
Em uma sala completamente vazia, haverá reverberação e/ou atraso no som. Isso ocorre porque
todas as superfícies planas são perfeitas para a reflexão das ondas de áudio. Se forem adicionados
tecidos e superfícies irregulares, como sofás, cortinas e tapetes, haverá menos reverberação, mas o
som também será percebido um pouco menos alto devido à absorção.
As ondas sonoras geralmente são refletidas várias vezes antes de alcançar nossos ouvidos. Sabendo
que a velocidade do som no ar é de cerca de 340 m/s (1020 pés/s), podemos calcular a distância do
trajeto do eco. Se ouvirmos o eco 0,25 segundos após o som inicial, por exemplo, isso significa que
o som percorreu cerca de 85 m (0,25 s x 340 m/s), ou 255 pés. Para cada reflexão, o áudio diminui
um pouco até que não possamos mais ouvi-lo.
O comprimento de onda, indicado pela letra grega lambda (λ), está relacionado com a velocidade do
som (v = 340 m/s no ar) e com a frequência (ou altura, denotado por f, medida em Hz), de acordo com:
> λ=v/f
Uma frequência de 20 kHz (20.000 vibrações por segundo) corresponde a um comprimento de onda
de cerca de 1,7 cm (0,7 polegadas), enquanto uma frequência mais baixa de 20 Hz (20 vibrações
por segundo) corresponde a um comprimento de onda mais longo, de cerca de 17 metros (56 pés).
22 Capítulo 3 - Acústica
Com comprimentos de onda de até 17 metros (56 pés), para os graves mais baixos, as ondas
sonoras audíveis em uma pequena sala serão refletidas contra as paredes antes que se desenvolvam
adequadamente. Isso resulta em ressonâncias e ondas estacionárias associadas, o que faz com que
algumas frequências sejam amplificadas (volume mais alto) e outras atenuadas (volume mais
baixo). Precisamos de uma sala muito grande para ouvir os graves sem distorção.
O impacto das ressonâncias na qualidade de áudio percebida aumenta com o volume do som. Com
um volume maior, as reflexões interferem mais no som a partir da fonte.
Figura 3.3a - Cortinas e outras peças de tecido podem melhorar significativamente a acústica da sala.
Capítulo 4 - Tecnologias de áudio 23
4. Tecnologias de áudio
Várias tecnologias de áudio são utilizadas para possibilitar que os dispositivos
de áudio em rede forneçam som de alta qualidade. No áudio em rede, alta
qualidade normalmente significa uma fala clara e inteligível, e isso é garantido
pelo uso de diversas técnicas de otimização de som incorporadas aos
alto-falantes. A qualidade é mantida em todo o sistema por meio de técnicas
de compressão, transmissão e sincronização dos fluxos de áudio.
O áudio em rede, no entanto, não se refere a um volume alto, faixa de frequência ampla ou som
estéreo. Por motivos de segurança, o áudio em rede visa maximizar o volume da faixa de frequência
mais estreita, na qual a fala humana é mais discernível. Mesmo quando o áudio em rede é usado
para música ambiente, o volume é bem baixo. E não há necessidade de som estéreo - quando o
público-alvo consiste em pessoas que se deslocam em uma escola, um hospital ou uma loja, não há
esquerda ou direita. Por esses motivos, o áudio em rede usa alto-falantes mono, com volume
relativamente baixo.
Nos alto-falantes de rede da Axis, várias técnicas de otimização de som são incorporadas aos
alto-falantes para oferecer excelente qualidade de áudio em qualquer ambiente, como a otimização
de frequência, a compensação de volume e o controle de faixa dinâmica.
> Otimização de frequência - O processamento de borda nos alto-falantes da rede Axis significa
que eles são otimizados em frequência, o que confere as mesmas características a todos os
alto-falantes. Como resultado, eles podem ser combinados sem a necessidade de ajuste ou
configuração manual, e o sistema pode ser facilmente expandido apenas conectando mais
alto-falantes Axis.
> Controle de faixa dinâmica ou compressão de faixa dinâmica - Um sinal de áudio costuma ter
picos e quedas de volume, e o controle de faixa dinâmica pode equilibrá-los para garantir que
o som seja transmitido no volume ideal para os ouvintes.
> Compensação de volume - Se você tiver um botão de volume (loudness) no aparelho de som,
talvez esteja familiarizado com o conceito básico. Em volumes baixos, algumas frequências são
menos perceptíveis ao ouvido humano (consulte a seção 2.8 sobre volume percebido). A
compensação de volume aumenta essas frequências para que o ouvinte não perca nada. Isso
acontece automaticamente nos alto-falantes Axis, o que os torna adequados tanto para
mensagens de áudio importantes quanto para música ambiente.3
AAC-LC (codificação de áudio avançada - baixa complexidade), também conhecido como MPEG-4
AAC, que exige uma licença. O AAC-LC, particularmente a uma taxa de amostragem de 16 kHz ou
superior e a uma taxa de bits de 64 kbit/s ou mais, é o codec recomendado quando se deseja obter
a maior qualidade de áudio possível.
G.711 e G.726, que são padrões ITU-T não licenciados. Eles possuem menor atraso e requerem
menos poder de computação em comparação ao AAC-LC. G.711 e G.726 são codecs de fala, usados
principalmente em telefonia, e apresentam baixa qualidade de áudio. Ambos têm uma taxa de
amostragem de 8 kHz. O G.711 tem uma taxa de bits de 64 kbit/s. A implementação do G.726 Axis
é compatível com 24 e 32 kbit/s. Com o G.711, os produtos Axis oferecem suporte apenas à lei µ,
que é um dos dois algoritmos de compactação de som no padrão G.711. Ao usar o G.711, é
importante que o cliente também use a compressão da lei µ. Além disso, os produtos Axis que
oferecem suporte a SIP também podem usar os seguintes codecs: opus, L16/16000, L16/8000,
speex/8000, speex/16000, G.726-32.
Nos produtos combinados de áudio/vídeo, o áudio e o vídeo são enviados por uma rede como dois
fluxos separados. Para que o cliente ou o reprodutor sincronize perfeitamente os fluxos de áudio e
vídeo, os pacotes individuais devem ter registro de datação. A datação dos pacotes de vídeo que
usam a compressão Motion JPEG nem sempre é compatível em uma câmera de rede. Se esse for o
caso e for importante ter vídeo e áudio sincronizados, o formato de vídeo a escolher é MPEG-4,
H.264 ou H.265, pois esses fluxos de vídeo, juntamente com o fluxo de áudio, são enviados usando
RTP (Protocolo de transporte em tempo real), que realiza a datação dos pacotes de vídeo e áudio.
26 Capítulo 4 - Tecnologias de áudio
Capítulo 5 - Hardware de áudio em rede 27
Cada alto-falante também possui um microfone integrado que monitora a saída do alto-falante e
permite testes automáticos: se o som proveniente de um alto-falante estiver inadequado, o
microfone capta isso e um alerta é enviado ao administrador.
Todos os alto-falantes da rede Axis são equipados com a tecnologia de Power over Ethernet (PoE) e
se conectam a redes padrão.
Alto-falante corneta - O alto-falante corneta em rede da Axis possui um alto nível de pressão
sonora e maximiza o volume das frequências às quais o ouvido humano é mais sensível. Isso
significa que uma mensagem pode ser transmitida o mais claramente possível. Devido à sua forma,
o alto-falante direciona todo o som em uma única direção, o que aumenta ainda mais a pressão do
som. Um alto-falante corneta pode ser usado em áreas internas com alto nível de ruído, como
armazéns e fábricas, ou em instalações externas. Pode ser montado em um poste ou em uma
parede.
Alto-falante de teto - O alto-falante de teto em rede da Axis oferece um nível médio de pressão
sonora e deve ser usado em áreas internas com menor nível de ruído, como hospitais, escolas, lojas
ou prédios comerciais. Pode ser montado em um teto suspenso, onde será muito discreto e
fisicamente bem integrado.
Capítulo 5 - Hardware de áudio em rede 29
Mini alto-falante - O mini alto-falante em rede da Axis fornece um nível baixo de pressão sonora
e deve ser usado em áreas internas com mínimo nível de ruído, como hospitais, escolas, lojas ou
prédios comerciais. É pequeno e discreto e cabe em espaços pequenos, mas possui uma ampla
cobertura de áudio. Além disso, possui um sensor PIR embutido para detecção de movimento, que
pode ser configurado para que o alto-falante transmita automaticamente uma mensagem de
áudio quando alguém estiver se aproximando.
Este é um produto para quem deseja manter seus alto-falantes passivos, seja por motivos de
design - geralmente em ambientes projetados para fornecer uma experiência visual muito
específica, como um saguão de hotel - ou em decorrências de grandes investimentos foram feitos
em um sistema de alto-falantes passivos.
Os cabos comuns dos alto-falantes são usados para conectar o alto-falante ao amplificador, e o
amplificador é então conectado à rede IP local. O amplificador deve ser colocado na mesma sala
dos alto-falantes passivos. Se conectado a apenas um alto-falante, o amplificador pode ser
montado na parte traseira do alto-falante. Se conectado a alto-falantes em um teto suspenso, o
amplificador também pode ser montado discretamente acima desse teto, longe do campo de visão.
Dependendo do caso de uso e do ambiente, recomenda-se que o amplificador seja usado com até
oito alto-falantes.
Possui portas para conexões analógicas e digitais e permite que os alto-falantes da rede sejam
usados em um sistema de áudio analógico e que fontes de áudio analógicas sejam usadas em um
sistema de áudio em rede da Axis. Tudo funcionará como um só sistema. Uma única ponte de
áudio de rede pode ser usada para centenas de alto-falantes.
A ponte de áudio pode ser usada para conectar qualquer fonte de áudio digital a um sistema de
alto-falante analógico, como uma caixa de transmissão. Isso significa que o aplicativo AXIS Audio
Player pode ser usado para programar listas de reprodução com música e voz e reproduzir
comunicados pré-gravados. Também é possível fazer comunicados não agendados por meio do seu
sistema VoIP e usar o zoneamento inteligente para reproduzir as músicas e os comunicados
específicos para os alto-falantes determinados, no momento exato.
Capítulo 5 - Hardware de áudio em rede 31
Figura 5.2c - Como usar a ponte de áudio em rede para conectar fontes de áudio digital a um
sistema de áudio analógico.
Figura 5.2d - Como usar a ponte de áudio em rede para combinar fontes de áudio analógicas com
os alto-falantes da rede.
Também é possível conectar fontes de áudio analógicas por meio do conector de entrada analógica
de 3,5 mm da ponte de áudio e transmitir esse sinal para um ou múltiplos alto-falantes de áudio
em rede.
A ponte de áudio em rede também permite que o cliente continue usando um sistema de áudio
analógico já existente, enquanto o expande com áudio em rede para funcionalidades adicionais e
proteção contra obsolescência. A ponte de áudio de rede é capaz de combinar os dois sistemas e
fornecer funcionalidade de rede aprimorada, mesmo para sistemas analógicos, enquanto protege o
investimento, possivelmente muito grande, feito no sistema analógico existente. A ponte também
permite a sincronização do áudio entre os alto-falantes analógicos e digitais, o que pode ser muito
importante para uma boa experiência de áudio.
32 Capítulo 5 - Hardware de áudio em rede
Figura 5.2e - Como usar a ponte de áudio de rede para combinar um sistema analógico com um
sistema de áudio em rede, permitindo até mesmo o áudio sincronizado entre os alto-falantes
analógicos e digitais.
A ponte de áudio pode ser alimentada por PoE, mas também pode usar um cabo de alimentação
comum.
Software de gerenciamento avançado - Este software é adequado para sistemas grandes e mais
avançados. Em apenas uma interface, o sistema avançado de gerenciamento de áudio é capaz de
lidar com muito mais zonas e, portanto, sistemas muito maiores como, por exemplo, um complexo
sistema de áudio multisite de uma cadeia varejista global. Esse tipo de sistema de gerenciamento
facilita a programação a longo prazo e as configurações avançadas prioritárias. Ele pode ser
conectado a uma solução em nuvem para integração com outros sistemas.
> Controle central - Com o gerenciamento central, diretrizes, regras e protocolos podem ser
implementados ao mesmo tempo em todo o sistema e garantir o controle total para o
usuário. Isso também significa que o controle de integridade pode ser executado sem que
ninguém precise visitar o local fisicamente.3
> Agendamento de conteúdo - Anúncios recorrentes podem ser reproduzidos usando o agendamento,
o que garante que os comunicados sejam reproduzidos em horários e dias específicos. Isso
permite o planejamento a longo prazo de músicas e comunicados. Também é possível criar
regras para o agendamento, o que fornece flexibilidade e possibilidade de adaptar o áudio com
bastante antecedência.
> Priorização das fontes de áudio - O gerenciamento de áudio permite definir prioridades. Isso
significa que, por exemplo, comunicados ou clipes de áudio podem ser configurados para
interromper automaticamente qualquer música ambiente em reprodução, para que nenhum
comunicado seja perdido. Pode ser possível definir prioridades em um nível avançado, com
cada sessão recebendo um valor de prioridade. Por exemplo, supomos que música ambiente
seja reproduzida ao longo do dia e, em seguida, o local recebe um comunicado programado.
Este comunicado, por ter um valor de prioridade mais alto, substituirá a música ambiente, que
será interrompida durante o comunicado. Se um anúncio de segurança for acionado, ele
substituirá o comunicado agendado e a música ambiente.3
Figura 6.2c - Com diferentes valores de prioridade, alguns tipos de conteúdo de áudio substituem
automaticamente o conteúdo menos importante.
> Gerenciamento de zona - Grandes espaços podem ser subdivididos em zonas, permitindo
músicas e comunicados para áreas específicas. É possível ter várias zonas em um local ou em
um sistema multisite. Cada alto-falante também pode pertencer a múltiplas zonas, permitindo
a criação de várias camadas de zonas.3
36 Capítulo 6 - Software de gerenciamento de áudio em rede
2
1
5
4
3
Figura 6.2d - As zonas podem ser usadas para controlar e adaptar o conteúdo de áudio para o
público certo. Esta instalação usa cinco zonas de áudio separadas (1–5), uma subzona
(consistindo nas zonas 1, 2 e 5, dentro da linha tracejada) e uma zona cruzada (incorporando a
zona 4 e parte da zona 5, dentro da linha vermelha clara)
> Alto-falantes mestres e escravos - O software de gerenciamento de áudio também é capaz de
permitir que grupos de alto-falantes sejam agrupados logicamente como escravos de um
alto-falante mestre. Todas as músicas e comunicados enviados ao mestre serão reproduzidos
pelos escravos.3
Figura 6.2e - O conteúdo de áudio enviado para um alto-falante mestre também será reproduzido
pelos alto-falantes escravos.
Capítulo 7 - Integração com outros sistemas 37
O áudio em rede da Axis pode ser facilmente integrado aos sistemas de gerenciamento de vídeo,
como o AXIS Camera Station e o AXIS Companion, mas também ao Milestone (por meio de um
plugin de áudio), à Genetec, e a uma variedade de soluções de software personalizadas
desenvolvidas pelos parceiros de desenvolvimento de aplicativos da Axis.
8. Tecnologias de rede
Um sistema de áudio em rede emprega muitas tecnologias de rede. As redes
locais, em particular a Ethernet, fornecem a base e também permitem que os
produtos de áudio em rede sejam alimentados por Power over Ethernet (PoE).
Os protocolos de endereçamento IP e transporte de dados permitem que os
produtos sejam acessados pela Internet, e as tecnologias que fornecem
Qualidade de Serviço permitem que diferentes aplicativos de rede coexistam
sem consumir a largura de banda um do outro.
Hoje, a Ethernet usa uma topologia em estrela na qual os nós (dispositivos) individuais são
conectados em rede por meio de equipamentos de rede ativos, como comutadores. O número de
dispositivos em rede em uma LAN pode variar de dois a vários milhares.
Uma boa regra geral é sempre construir uma rede com maior capacidade do que aquela atualmente
exigida. Para preparar uma rede contra a obsolescência, é uma boa ideia projetar a rede de forma
que ela use apenas 30% da capacidade total quando usada pela primeira vez. À medida que mais e
mais aplicativos são executados em redes, cada vez mais desempenho de rede será necessário.
Embora os switches de rede sejam fáceis de atualizar após alguns anos, o cabeamento
normalmente é muito mais difícil de substituir.
Ethernet rápida - É capaz de transferir dados a uma taxa de 100 Mbit/s. A antiga Ethernet de 10
Mbit/s ainda é instalada e usada, mas essas redes podem não fornecer a largura de banda
necessária para alguns aplicativos modernos. A maioria dos dispositivos está equipada com uma
interface Ethernet 10BASE-T/100BASE-TX, mais comumente chamada de interface 10/100, que
suporta 10 Mbit/s e Fast Ethernet. O tipo de cabo de par trançado compatível com Ethernet rápida
é chamado de cabo Cat-5.
Ethernet Gigabit - Suporta uma taxa de dados de 1.000 Mbit/s (1 Gbit/s), sendo atualmente mais
comum do que a Ethernet rápida. Ethernet de 1 ou 10 Gbit/s pode ser necessária para a rede de
backbone que conecta muitos dispositivos de rede. O tipo de cabo de par trançado compatível com
Ethernet Gigabit é um cabo Cat-5e, no qual todos os quatro pares de fios trançados são usados
para obter altas taxas de dados. A maioria das interfaces é retrocompatível com Ethernet de 10 e
100 Mbit/s, sendo comumente chamadas de interfaces 10/100/1000. Para transmissão em
distâncias maiores, cabos de fibra como 1000BASE-SX (até 550 metros) e 1000BASE-LX (até 550
metros com fibras ópticas multimodo e 5.000 metros com fibras de modo único) podem ser usados.
10 Ethernet Gigabit - Suporta uma taxa de dados de 10 Gbit/s (10.000 Mbit/s). Os 10GBASE-LX4,
10GBASE-ER e 10GBASE-SR baseados em fibra óptica podem ser usados para cobrir distâncias de
até 10 km. Com uma solução de par trançado, é necessário um cabo de alta qualidade (Cat-6a ou
Cat-7). A Ethernet de 10 Gbit/s é usada principalmente para backbones em aplicações que exigem
altas taxas de dados.
Um switch em rede funciona registrando o endereço MAC (Controle de acesso à mídia) de cada
dispositivo conectado a ele. Todo e qualquer dispositivo em rede possui um endereço MAC
exclusivo, composto por uma série de figuras e letras em notação hexadecimal, conforme definido
pelo fabricante. O endereço geralmente é encontrado na etiqueta do produto. Quando um
comutador em rede recebe dados, ele os encaminha somente para a porta que está conectada ao
dispositivo com o endereço MAC de destino apropriado.
Os comutadores em rede normalmente indicam seu desempenho nas taxas por porta e nas taxas
internas ou de backplane (tanto em taxas de bits quanto em pacotes por segundo). As taxas da
porta indicam as taxas máximas em portas específicas. Isso significa que a velocidade de um
switch, por exemplo, 100 Mbit/s, geralmente corresponde ao desempenho de cada porta.
Capítulo 8 — Tecnologias de rede 41
Figura 8.1a - Em um switch em rede, a transferência de dados é gerenciada com muita eficiência,
pois o tráfego de dados pode ser direcionado de um dispositivo para o outro sem afetar nenhuma
outra porta do switch.
Um switch em rede normalmente suporta diferentes taxas de dados simultaneamente.
Anteriormente, as taxas mais comuns eram 10/100 Mbit/s, suportando padrões de 10 Mbit/s e
Ethernet rápida. Hoje, no entanto, os switches em rede geralmente têm interfaces 10/100/1000,
suportando, assim, 10 Mbit/s, Ethernet rápida e Ethernet Gigabit simultaneamente. A taxa de
transferência e o modo entre uma porta em um switch e um dispositivo conectado são
normalmente determinados por negociação automática, na qual a taxa de dados comum mais alta
e o melhor modo de transferência são usados. Um switch em rede também permite que um
dispositivo conectado funcione no modo full duplex, ou seja, envie e receba dados ao mesmo
tempo, resultando em maior desempenho.
Os switches em rede podem conter diferentes recursos ou funções, por exemplo, alguns podem
incluir a funcionalidade de roteador. Um switch também pode ser compatível com Power over
Ethernet ou Qualidade de Serviço, controlando a largura de banda usada por diferentes
aplicativos.
Além disso, o PoE pode tornar um sistema de áudio mais seguro. Um sistema com PoE pode ser
alimentado a partir da sala de servidor, que geralmente é suportada por um no-break (fonte de
alimentação ininterrupta). Isso significa que o sistema pode permanecer operacional mesmo
durante uma queda de energia.
Devido aos benefícios do PoE, seu uso é recomendado com o maior número possível de dispositivos.
A energia disponível no switch ou no midspan habilitado para PoE deve ser suficiente para os
dispositivos conectados, que devem ser compatíveis com a classificação de energia.
Em um cabo de par trançado, existem quatro pares de fios trançados. O PoE pode usar os dois pares
de fios “sobressalentes” ou pode sobrepor a corrente nos pares usados para a transmissão de dados.
Os switches com PoE integrado geralmente fornecem energia por meio dos dois pares de fios
usados para a transferência de dados, enquanto os midpans normalmente usam os dois pares
sobressalentes. Um PD suporta as duas opções.
De acordo com o IEEE 802.3af, um PSE fornece uma tensão de 48 V DC com uma potência máxima
de 15,4 W por porta. Considerando que haverá alguma perda de energia em um cabo de par
trançado, apenas 12,95 W são garantidos como disponíveis para o PD. O padrão especifica várias
categorias de desempenho para PDs.
PSEs como switches e midspans normalmente fornecem uma determinada quantidade de energia,
geralmente de 300 a 500 W. Em um switch de 48 portas, isso significa 6-10 W por porta, se todas
as portas estiverem conectadas a dispositivos compatíveis com PoE. A menos que os PDs ofereçam
suporte à classificação de energia, 15,4 W totais devem ser reservados para cada porta que utiliza o
PoE, o que significa que um switch com 300 W pode fornecer energia somente em 20 das 48
portas. No entanto, se todos os dispositivos indicarem para o switch que são dispositivos de Classe
1, 300 W serão suficientes para fornecer energia a todas as 48 portas.
Outros padrões de PoE são IEEE 802.3at (também conhecido como PoE +) e IEEE 802.3bt. Usando o
PoE +, o limite de potência é aumentado para pelo menos 30 W por meio de dois pares de fios de
Capítulo 8 — Tecnologias de rede 43
um PSE. Para requisitos de energia mais altos que o padrão PoE +, a Axis usa o termo High PoE,
que aumenta o limite de energia para pelo menos 60 W por meio de quatro pares de fios, e 51 W
são garantidos para alimentação por Ethernet.
6 Tipo 3, 802.3bt 60 W 51 W
Tabela 8.1a - Classificações de energia de acordo com os padrões IEEE 802.3af, IEEE 802.3at e
IEEE 802.3bt.
A maioria dos dispositivos de áudio em rede pode receber energia via PoE usando o padrão IEEE
802.3af e normalmente são identificados como dispositivos de Classe 3.
8.1.3.2 Midspans
Os midspans são dispositivos que permitem que uma rede existente suporte o PoE.
O midspan, que fornece energia para um cabo Ethernet, é colocado entre o switch em rede e os
dispositivos energizados. Para garantir que a transferência de dados não seja afetada, é
importante ter em mente que a distância máxima entre a fonte dos dados (por exemplo, switch) e
o produto de áudio em rede não deve exceder 100 metros (328 pés). Isso significa que o midspan
deve ser colocado dentro de um raio de 100 metros.
44 Capítulo 8 — Tecnologias de rede
Figura 8.1b - Um sistema existente pode ser atualizado com a funcionalidade PoE usando um
midspan.
Roteadores - Para encaminhar pacotes de dados de uma LAN para outra via Internet, um roteador
em rede deve ser usado. Este dispositivo roteia informações de uma rede para outra (por isso o
nome) com base nos endereços IP. Um roteador encaminha apenas pacotes de dados destinados a
outra rede e é mais comumente usado para conectar uma rede local à Internet. Às vezes, os
roteadores são chamados de gateways.
Firewalls - Um firewall é projetado para impedir o acesso não autorizado de ou para uma rede
privada. Os firewalls podem ser implementados em hardware e software ou em uma combinação
de ambos. Os firewalls são frequentemente usados para impedir que usuários não autorizados da
Internet acessem redes privadas conectadas à Internet. As mensagens que entram ou saem da
Internet passam pelo firewall, que examina cada mensagem e bloqueia aquelas que não atendem
aos critérios de segurança especificados.
O envio de dados de um dispositivo em uma LAN para um dispositivo em outra LAN requer um
método padrão de comunicação, pois as redes locais podem usar diferentes tecnologias. Esse
requisito levou ao desenvolvimento do endereçamento IP e aos muitos protocolos baseados em IP
para comunicação pela Internet.
8.2.1 Endereçamento IP
Os dispositivos que desejam se comunicar via Internet devem ter endereços IP exclusivos e
adequados, que identifiquem os dispositivos de envio e recebimento. Atualmente, existem duas
versões de IP: IP versão 4 (IPv4) e IP versão 6 (IPv6). A principal diferença entre os dois é que um
Capítulo 8 — Tecnologias de rede 45
endereço IPv6 é mais longo (128 bits, em comparação com 32 bits para um endereço IPv4). Os
endereços IPv4 são os mais usados atualmente.
Certos blocos de endereços IPv4 foram reservados exclusivamente para uso privado. Esses
endereços IP privados são 10.0.0.0 a 10.255.255.255, 172.16.0.0 a 172.31.255.255 e 192.168.0.0 a
192.168.255.255. Esses endereços podem ser usados apenas em redes privadas e não podem ser
encaminhados por meio de um roteador para a Internet. Um dispositivo que deseja se comunicar
pela Internet deve ter seu próprio endereço IP público individual, que será alocado por um provedor
de serviços da Internet. O provedor pode alocar um endereço IP dinâmico, que pode ser alterado
durante uma sessão, ou um endereço estático, que normalmente custa uma taxa mensal adicional.
Portas
O número da porta define um serviço ou aplicativo específico para que o servidor de recebimento
(por exemplo, um alto-falante em rede) saiba como processar os dados recebidos. Quando um
computador envia dados vinculados a um aplicativo específico, geralmente ele adiciona
automaticamente o número da porta ao endereço IP.
Os números de porta podem variar de 0 a 65535. Certos aplicativos usam números de porta
pré-atribuídos a eles pela IANA (Autoridade de Atribuição de Números da Internet). Por exemplo,
um serviço da internet via HTTP normalmente é mapeado para a porta 80 em um dispositivo de
áudio em rede.
Para que um dispositivo de áudio em rede funcione em uma rede IP, um endereço IP deve ser
atribuído a ele. A configuração de um endereço IPv4 para um dispositivo em rede da Axis pode ser
feita automaticamente usando o DHCP (Protocolo de Configuração do Host Dinâmico), que requer
um servidor DHCP na rede. Como alternativa, o endereço pode ser definido manualmente. Uma
maneira de fazer isso é usar o site do produto para inserir o endereço IP estático, a máscara de sub-
rede e os endereços IP do roteador padrão, o servidor DNS (Sistema de Nomeação de Domínio) e o
servidor NTP (Protocolo de Tempo de Rede). Outra maneira de definir o endereço IP é usar uma
ferramenta de software de gerenciamento, como o AXIS Device Manager.
Um servidor DHCP gerencia um pool de endereços IP, que podem ser atribuídos dinamicamente aos
dispositivos em rede, com essa função sendo frequentemente executada por um roteador de banda
larga. O roteador, por sua vez, normalmente está conectado à Internet e obtém seu endereço IP
público a partir de um provedor de serviços da Internet. Usar um endereço IP dinâmico significa que
o endereço IP de um dispositivo em rede pode mudar de um dia para o outro.
46 Capítulo 8 — Tecnologias de rede
Com endereços IP dinâmicos, é recomendável que os usuários registrem um nome de domínio para
o produto de áudio da rede em um servidor DNS dinâmico, que sempre pode vincular o nome de
domínio do produto a qualquer endereço IP atualmente atribuído a ele. (Um nome de domínio
pode ser registrado usando alguns dos sites populares de DNS dinâmico, como www.dyndns.org.)
O uso do DHCP para definir um endereço IPv4 funciona da seguinte maneira. Quando um
dispositivo em rede fica on-line, ele envia uma solicitação de configuração de um servidor DHCP; o
servidor DHCP responde com a configuração solicitada pelo dispositivo em rede. Isso normalmente
inclui o endereço IP, a máscara de sub-rede e os endereços IP do roteador, servidor DNS e servidor
NTP. O produto primeiro verifica se o endereço IP oferecido ainda não está em uso na rede local,
atribui o endereço a si próprio e pode atualizar um servidor DNS dinâmico com seu endereço IP
atual, para que os usuários possam acessar o dispositivo usando um nome de domínio.
Com o AXIS Device Manager, o software pode encontrar e definir automaticamente endereços IP e
mostrar o status da conexão. O software também pode ser usado para atribuir endereços IP
estáticos e privados para dispositivos em rede Axis. Isso é recomendado ao usar o software de
gerenciamento de áudio para acessar produtos de áudio em rede. Em um sistema de áudio em rede,
com potencialmente centenas de dispositivos, é necessário um programa de software, como o AXIS
Device Manager, para gerenciar efetivamente o sistema.
Quando um dispositivo em rede com um endereço IP privado deseja enviar informações pela
Internet, deve fazê-lo usando um roteador compatível com NAT. Por meio dessa técnica, o roteador
converte o endereço IP privado em um endereço IP público, para exposição pública na Internet.
Multicast IP
O multicast IP permite que um host envie fluxos de áudio para muitos outros hosts,
preferencialmente no mesmo domínio de transmissão, sem duplicação desnecessária de pacotes de
dados. O remetente pode transmitir aos membros de um grupo, definido por um endereço de Classe
D no intervalo de 224.0.0.0 a 239.255.255.255. Ao permitir que múltiplos usuários acessem o
mesmo fluxo de dados, o multicast economiza largura de banda em comparação com o unicast,
que requer um fluxo de dados por cliente conectado.
Redirecionamento de porta
Para acessar dispositivos localizados em uma LAN privada via Internet, o endereço IP público do
roteador deve ser usado junto com o número da porta correspondente para o dispositivo de rede na
rede privada.
Capítulo 8 — Tecnologias de rede 47
Considerando que um serviço de internet via HTTP normalmente é mapeado para a porta 80, o que
acontecerá quando houver vários dispositivos de rede usando a porta 80 para HTTP em uma rede
privada? Ao invés de alterar o número da porta HTTP padrão para cada dispositivo de rede, o
roteador pode ser configurado para associar um número de porta HTTP exclusivo ao endereço IP de
um dispositivo específico e à porta HTTP padrão. Isso é chamado de redirecionamento de porta.
Solicitação HTTP
MAPEAMENTO DE PORTA NO ROTEADOR URL: http://193.24.171.247:8032
Porta externa
8028
8030
193.24.171.247
8032
Roteador
Figura 8.2a - Ao usar um roteador com redirecionamento de porta, os dispositivos de rede com
endereços IP privados em uma rede local podem ser acessados pela Internet. Nesta ilustração, o
roteador encaminha dados (solicitações) da porta 8032 para um alto-falante de rede com um
endereço IP privado 192.168.10.13 na porta 80.
Para facilitar o redirecionamento de portas, a Axis oferece o recurso do NAT Traversal em seus
produtos de áudio em rede. Quando ativado, o NAT Traversal tentará configurar o mapeamento de
portas em um roteador NAT na rede usando UPnP. No site do produto de áudio em rede, os
usuários podem inserir manualmente o endereço IP do roteador NAT. Se um roteador não for
especificado manualmente, o produto de áudio da rede procurará automaticamente roteadores NAT
na rede e selecionará o roteador padrão. Além disso, o NAT Traversal selecionará automaticamente
uma porta HTTP se nenhuma for inserida manualmente.
Capítulo 8 — Tecnologias de rede 49
Um endereço IPv6 é colocado entre colchetes em uma URL e uma porta específica pode ser
endereçada da seguinte maneira: http://[2001:0da8:65b4:05d3:1315:7c1f:0461:7847]:8081/
Definir um endereço IPv6 para um dispositivo de rede Axis é tão simples quanto marcar uma caixa
para ativar o IPv6 no dispositivo. O dispositivo recebe um endereço IPv6 de acordo com a
configuração no roteador da rede.
O TCP fornece um canal de transmissão confiável e baseado em conexão. Ele garante que os dados
enviados de um ponto sejam recebidos no outro. A confiabilidade do TCP através da retransmissão
pode introduzir atrasos significativos, mas em geral o TCP é usado quando a comunicação confiável
é preferida à latência reduzida.
O UDP é um protocolo sem conexão e não garante a entrega dos dados transmitidos, deixando
assim todo o mecanismo de controle e verificação de erros para o próprio aplicativo. O UDP não
retransmite dados perdidos e, portanto, não apresenta mais atrasos.
50 Capítulo 8 — Tecnologias de rede
Tabela 8.2a - Protocolos e portas TCP/IP comuns usados para áudio em rede.
8.2.5 SIP
Protocolo de início de sessão (SIP) é um protocolo baseado em texto, semelhante ao HTTP e SMTP,
para comunicação em redes IP. É usado para iniciar, alterar e encerrar sessões de fluxo de mídia,
que podem incluir elementos de voz e vídeo.
Capítulo 8 — Tecnologias de rede 51
Para fazer chamadas ao servidor SIP, os dispositivos devem estar conectados a um servidor SIP
compatível com as trocas de chamadas. Um servidor SIP, ou um PBX, é um hub que funciona como
um quadro de distribuição tradicional. Pode ser hospedado em uma intranet ou por um provedor de
serviços de terceiros. Os dispositivos habilitados para SIP se registram no servidor SIP e podem
entrar em contato entre si por meio de seus endereços SIP. Um PBX pode exibir o status da
chamada, permitir transferências de chamadas, controlar o correio de voz e redirecionar chamadas,
entre outras coisas.
Os endereços SIP (também conhecidos como identificadores uniformes de recursos SIP [URIs] ou
números SIP) são usados para identificar usuários em uma rede, assim como números de telefone
ou endereços de e-mail. Assim como os endereços de e-mail, os endereços SIP são um tipo de URI
que inclui duas partes específicas do usuário, um ID ou extensão de usuário e um nome de domínio
ou endereço IP. Juntamente com um prefixo e o símbolo @, eles formam um endereço exclusivo.
No caso de uma chamada ponto a ponto, o endereço SIP incluiria o endereço IP, ao invés do nome
do domínio.
Com um provedor de serviços que oferece entroncamento SIP, a rede telefônica tradicional pode ser
usada para fazer chamadas e os números de telefone tradicionais podem ser atribuídos aos
dispositivos SIP. Dessa forma, as chamadas podem ser feitas a partir de um alto-falante da rede ou
de uma estação de porta da rede para um telefone celular ou vice-versa.
Para fazer uma chamada SIP, uma sequência de etapas é executada para trocar informações entre
os agentes do usuário que iniciam e recebem a chamada.
52 Capítulo 8 — Tecnologias de rede
Rede IP
180/Ringing
200/OK
ACK
Sessão de Mídia do RTP
BYE
200/OK
Ao iniciar uma chamada, o iniciador envia uma solicitação ou um convite para o endereço SIP do
destinatário. O CONVITE contém um corpo do SDP (Protocolo de Descrição da Sessão) descrevendo
os formatos de mídia disponíveis e as informações de contato do iniciador da chamada.
Quando o destinatário decide atender a chamada, uma resposta 200 OK é enviada ao iniciador para
confirmar que uma conexão foi estabelecida. Esta resposta contém um SDP negociado indicando
ao iniciador quais formatos de mídia devem ser usados e para onde os fluxos de mídia devem ser
enviados.
Os fluxos de mídia negociados agora são configurados usando o RTP (Protocolo de Transporte em
Tempo Real) com parâmetros baseados no SDP negociado e a mídia é transportada diretamente
entre as duas partes. O iniciador envia, via SIP, uma confirmação (ACK) da configuração dos fluxos
de mídia conforme acordado. A sessão SIP ainda está ativa, mas não está mais envolvida na
transferência de mídia.
Quando uma das partes decide encerrar a chamada, ela envia uma nova solicitação BYE. Ao receber
a solicitação BYE, a parte receptora a confirma com 200 OK e os fluxos de mídia RTP são
interrompidos.
Capítulo 8 — Tecnologias de rede 53
Rede IP
SIP SIP
Agente do Usuário Iniciador
Em um ambiente de rede mais complexo, pode ser necessário utilizar técnicas de tradução de
endereços em rede com o NAT Traversal. O NAT é uma maneira de converter endereços IP de uma
rede local privada em uma representação pública. Isso significa que todas as unidades em uma
sub-rede privada compartilham um prefixo de endereço IP comum como, por exemplo,
192.168.1.XXX. Este é o endereço que eles usam quando se comunicam. Quando eles se
comunicam com outra rede, esse endereço é traduzido para o endereço público do roteador,
anexado a um mapeamento de porta.
8.3 VLANs
Quando um sistema de áudio em rede é projetado, geralmente existe o desejo de manter a rede
separada de outras redes, tanto por questões de segurança quanto de desempenho. À primeira
vista, a escolha óbvia seria construir uma rede separada. Embora esse design seja simplificado, o
custo de compra, instalação e manutenção da rede geralmente é mais alto em comparação com a
tecnologia VLAN (rede local virtual).
54 Capítulo 8 — Tecnologias de rede
A VLAN é uma tecnologia para segmentação virtual de redes, uma funcionalidade suportada pela
maioria dos switches em rede. Isso pode ser obtido por meio da divisão dos usuários da rede em
grupos lógicos. Somente usuários em um grupo específico podem trocar dados ou acessar
determinados recursos na rede. Se um sistema de áudio da rede estiver segmentado em uma VLAN,
apenas os servidores localizados nessa VLAN poderão acessar os dispositivos de áudio em rede. As
VLANs oferecem uma solução flexível e mais econômica do que uma rede separada. O protocolo
principal usado na configuração de VLANs é o IEEE 802.1Q, que identifica cada quadro ou pacote
com bytes extras para indicar a qual rede virtual o pacote pertence.
VLAN 30 VLAN 20
VLAN 20 VLAN 30
As duas LANs diferentes são segmentadas na VLAN 20 e VLAN 30. Os links entre os switches
transportam dados de diferentes VLANs. Somente membros da mesma VLAN podem trocar dados,
seja na mesma rede ou em redes diferentes. As VLANs podem ser usadas para separar uma rede de
áudio de uma rede comercial.
O termo Qualidade de Serviço refere-se a diversas tecnologias, como o DSCP (Ponto de Código de
Serviços Diferenciados), que podem identificar o tipo de dados em um pacote de dados e, assim,
dividir os pacotes em classes de tráfego que podem ser priorizadas no redirecionamento. Um dos
principais benefícios de uma rede com reconhecimento de QoS inclui a capacidade de priorizar o
tráfego para permitir que fluxos críticos sejam atendidos antes dos fluxos com menor prioridade.
Outra é a maior confiabilidade da rede, por meio do controle da quantidade de largura de banda
que um aplicativo pode usar e, consequentemente, do controle da concorrência de largura de
banda entre os aplicativos. Um pré-requisito para o uso da QoS em uma rede de áudio é que todos
os switches, roteadores e produtos de áudio em rede sejam compatíveis com a tecnologia.
FTP
100 100
PC1 Mbit Mbit
FTP
10 Mbit
Áudio Áudio
PC2 PC3
Na ilustração, o PC1 está enviando dois fluxos de áudio para os dois alto-falantes, com cada clipe
de áudio sendo transmitido a 2,5 Mbit/s. De repente, o PC3 inicia uma transferência de arquivos a
partir do PC2. Nesse cenário, o FTP (Protocolo de Transferência de Arquivos) tentará usar a
capacidade total de 10 Mbit/s entre os roteadores, enquanto os fluxos de áudio tentarão manter o
total de 5 Mbit/s. A quantidade de largura de banda fornecida ao sistema de áudio não pode mais
ser garantida e a qualidade do áudio provavelmente será reduzida. Na pior das hipóteses, o tráfego
de FTP consumirá toda a largura de banda disponível.
56 Capítulo 8 — Tecnologias de rede
FTP
100 100
PC1 Mbit Mbit
FTP 2
HTTP 3 10 Mbit
Áudio Áudio 5
PC2 PC3
Nesta ilustração, o primeiro roteador foi configurado para usar até 5 Mbit/s dos 10 Mbit/s
disponíveis para transmissão de áudio. O tráfego de FTP pode usar 2 Mbit/s, e o HTTP e todo o
tráfego restante podem usar, no máximo, 3 Mbit/s. Por meio dessa divisão, os fluxos de áudio
sempre terão a largura de banda necessária disponível. As transferências de arquivos são
consideradas menos importantes e obtêm menos largura de banda, mas ainda haverá largura de
banda disponível para navegação na Internet e outros tráfegos. Observe que esses limites se
aplicam apenas quando há congestionamento na rede. Se houver largura de banda não utilizada
disponível, ela poderá ser usada por qualquer tipo de tráfego.
Capítulo 9 - Proteção do sistema 57
9. Proteção do sistema
As ameaças cibernéticas são comumente associadas a hackers e malware.
Mas, na realidade, o impacto negativo geralmente é resultado de uso indevido
não intencional. Para ser protegido contra ataques ativos, no entanto, um
sistema precisa ser bem configurado e bem mantido.
segurança. Nas redes corporativas atuais, o IEEE 802.1X está se tornando um requisito básico para
qualquer dispositivo que esteja conectado a uma rede.
1 2
Para permitir que um alto-falante em rede da Axis se comunique por HTTPS, um certificado digital e
um par de chaves assimétricas devem ser instalados no produto. O par de chaves é gerado pelo
produto Axis. O certificado pode ser gerado e autoassinado pelo produto Axis ou pode ser emitido
por uma autoridade de certificação. No HTTPS, o certificado é usado para autenticação e
criptografia, o que significa que o certificado permite que um navegador verifique a identidade do
produto e criptografa a comunicação usando chaves geradas pela criptografia de chave pública.
configuração protege o tráfego e seu conteúdo contra acesso não autorizado, e apenas dispositivos
com a “chave” correta poderão trabalhar dentro da VPN. Os dispositivos em rede entre o cliente e o
servidor não poderão acessar ou visualizar os dados.
No SSL/TLS, apenas os dados reais de um pacote são criptografados, enquanto na VPN, o pacote
inteiro é criptografado e encapsulado para criar um túnel seguro. Ambas as tecnologias podem ser
usadas paralelamente, mas isso não é recomendado, já que cada tecnologia adicionará uma
sobrecarga e reduzirá o desempenho do sistema.
Figura 9.1b - A diferença entre a criptografia SSL/TLS (esquerda) e um túnel VPN (direita). Linhas
duplas indicam segurança. Com a SSL/TLS, apenas os dados reais são criptografados, enquanto na
VPN, todo o pacote é criptografado.
Para acessos à conta, use um princípio de contas menos privilegiadas. Isso significa que os
privilégios de acesso do usuário são limitados apenas aos recursos necessários para executar suas
tarefas específicas. O AXIS Device Manager ajuda você a gerenciar com facilidade e eficiência as
diversas contas e senhas de dispositivos Axis pertencentes a diferentes níveis de privilégios.
A filtragem de IP atua como um firewall local no alto-falante. O único computador ou servidor com
acesso aos alto-falantes durante as operações normais é o servidor de gerenciamento de áudio. Os
alto-falantes podem ser configurados com um filtro IP para responder apenas aos endereços IP da
lista de permissões, que são, normalmente, o servidor de gerenciamento de áudio e os clientes de
administração. A filtragem de IP ajuda a reduzir os riscos caso a senha do alto-falante seja
comprometida, de alto-falantes sem atualizações a ataques de força bruta.
Capítulo 9 - Proteção do sistema 61
Ao avaliar um sistema de áudio, observe também outros sistemas, como vídeo, controle de acesso,
interfone e detecção de intrusão, para determinar se existe uma maneira de construir um sistema
integrado que cubra todas as necessidades de segurança física. Selecione alto-falantes de rede que
possam integrar-se a vários aplicativos de software de gerenciamento de vídeo, caso isso seja o que
você procura.
Atualmente, a maioria das redes possui vários tipos de tráfego de rede, e é comum que cada vez mais
dispositivos baseados em IP sejam adicionados à rede ao longo do tempo. Sem a ação apropriada,
existe riscos de atraso, instabilidade e perda de pacotes.
Para evitar problemas de capacidade da rede, recomenda-se o suporte ao multicast, que reduz
significativamente os requisitos de largura de banda.
64 Capítulo 10 - Design de um sistema de áudio em rede
Outra medida é segmentar a rede em LANs virtuais (VLANs). Os dispositivos de áudio da rede de
envio e recebimento (como o sistema de gerenciamento de áudio e os alto-falantes) precisam estar
na mesma VLAN. A VLAN é uma separação de serviço que compartilha a mesma sub-rede IP,
portanto, é independente da localização física dos dispositivos.
Para garantir a priorização correta do tráfego, a Qualidade de Serviço (QoS) deve ser implementada,
tanto para reserva de recursos (serviços integrados) em termos de recursos de rede alocados de
acordo com uma solicitação de QoS do aplicativo, quanto para priorização (serviços diferenciados)
em termos de classificação e recursos de rede alocados de acordo com os critérios da política de
gerenciamento de largura de banda.
Quando você define seu objetivo, é necessário fazer uma explicação passo a passo sobre o local de
instalação para fazer algumas medições. Se disponível, use os desenhos CAD das instalações em um
software de design de sistema.
Meça as dimensões da sala - Use um medidor de distância a laser. A altura do teto e as possíveis
alturas de montagem são as medidas mais importantes. Montagem mais alta significa melhor
cobertura.
Observe a refletância - Salas com superfícies refletivas podem apresentar reverberação, enquanto
espaços maiores podem sofrer atrasos. Isso pode influenciar a quantidade de alto-falantes
necessária.
Meça o ruído ambiente - Use um medidor de dB profissional. Notificações importantes, que todos
precisam ouvir, devem estar até 20 dB acima do ruído ambiente. Se o nível de ruído ambiente for
alto, escolha um alto-falante com um SPL alto o suficiente.
Capítulo 10 - Design de um sistema de áudio em rede 65
> Análise de áudio para comunicação e detecção - Quando os microfones integrados detectam
sons acima de um determinado nível, eles podem acionar alarmes ou câmeras para iniciar a
gravação. Considere se é necessário áudio unidirecional ou bidirecional.
> Conectores de entrada/saída (E/S) - A conexão de dispositivos de entrada externos a um
alto-falante (como contato na porta, detector de movimento infravermelho, dispositivo de
radar, sensor de quebra de vidro ou sensor de choque) permite que o alto-falante reaja a um
evento externo, por exemplo, emitindo uma mensagem de áudio. As saídas permitem que o
alto-falante ou um operador remoto controle dispositivos externos, por exemplo, dispositivos
de alarme, travas de portas ou luzes.3
10.3.3 Decida a uniformidade do som
A Axis recomenda duas soluções diferentes, dependendo dos requisitos do cliente para a
uniformidade do nível de áudio: configuração básica e premium.
A configuração básica fornece o número certo de alto-falantes necessários para cobrir uma
determinada área. Nunca é recomendado ficar abaixo desse número de alto-falantes, pois a
uniformidade dos níveis de áudio varia muito dentro da área.
Figura 10.3a - Esquerda: em uma solução premium, o som é uniforme em toda a área. Direita: em
uma solução básica, o som é menos uniforme e pontos com menor volume de som são permitidos.
Para anúncios, uma solução básica será suficiente na maioria das situações. Se o nível de áudio
ambiente for muito alto (como uma fábrica com alto nível de ruído), recomenda-se uma solução
premium. Para música ambiente em comércio varejista (como uma mercearia), uma solução básica
será suficiente. Uma empresa varejista que escolha uma solução premium pode ser uma loja de
roupas sofisticadas, onde a experiência do cliente é importante. Algumas instalações também
podem exigir uma combinação das configurações básica e premium. Esse poderia ser o caso de um
projeto maior, com muitos tipos diferentes de áreas, como uma escola, shopping center ou grandes
fábricas.
Ao colocar os alto-falantes em ambientes internos, a regra geral é, quando possível, apontar o som
na direção do comprimento da sala. Ou seja, se você tiver uma sala retangular, tente colocar os
alto-falantes nas paredes curtas apontando para as paredes mais longas. Isso permitirá que o som
se espalhe o mais longe possível antes de refletir nas paredes. No entanto, não é recomendável
colocar um alto-falante em um canto, pois isso aumentaria de maneira desigual o som dos graves.
Instalação de agrupamentos - Se você priorizar uma instalação simples e de baixo custo, poderá
instalar os alto-falantes em grupos. Isso minimizará o cabeamento, mas pode não ser a melhor
maneira de obter uma boa propagação do som.
Instalação no teto - Se a sala tiver um teto suspenso ou for possível instalar alto-falantes
embutidos no teto, uma instalação no teto pode ser uma solução discreta. No entanto, esse tipo
de instalação é muito sensível à altura do teto. Quanto mais baixo o teto, mais alto-falantes serão
necessários para cobrir uma determinada área.
Instalação no teto - Todos os alto-falantes da rede Axis podem ser montados no teto, o que
significa que o som passará do teto para o chão. A melhor maneira de obter uma cobertura mais
uniforme dos níveis de áudio é uma solução de instalação no teto. Isso significa que, se você
reproduzir uma mensagem, ela poderá ser ouvida claramente em qualquer posição. No entanto, às
vezes uma instalação no teto não é possível devido ao material do teto, à altura do teto ou a
obstáculos entre o teto e o piso.
Os alto-falantes podem ser montados no teto usando:
> Instalação de superfície: instalação direta na superfície do teto e, portanto, completamente
visível.
> Instalação embutida: instalação dentro do teto com apenas partes do alto-falante visíveis.
Esse tipo de instalação também é conhecido como instalação recuada.
> Instalação suspensa: permite que o alto-falante seja pendurado no teto.3
Instalação na parede - A instalação de parede é uma escolha comum e direta para muitas
instalações de alto-falantes, para ambientes internos e externos. Com alto-falantes de parede, o
áudio é direcionado diretamente para a sala. Uma solução de instalação na parede pode exigir
menos alto-falantes para propagar o som do que uma solução instalada no teto, mas pode exigir
mais cabeamento. Ao considerar uma solução de instalação na parede para um ambiente interno,
precisamos considerar o alcance do alto-falante na sala. Para uma sala grande, os níveis de áudio
no centro da sala podem estar muito baixos caso as mensagens devam ser ouvidas claramente em
qualquer posição.
Instalação em poste - Alguns tipos de alto-falantes podem ser instalados em postes usando um
suporte de cinta de aço. Essa instalação é geralmente realizada em áreas externas.
Para sistemas pequenos e básicos, o software que acompanha os dispositivos de áudio em rede
deve fornecer todos os recursos e funcionalidades necessários para um gerenciamento eficiente e
intuitivo. Permite o zoneamento e a programação do conteúdo de áudio para diferentes áreas a
partir de uma única interface de usuário. No entanto, sistemas mais complexos podem ser mais
bem gerenciados por meio de um software de gerenciamento independente capaz de lidar com
70 Capítulo 10 - Design de um sistema de áudio em rede
Zoneamento inteligente - permite que os usuários enviem um áudio específico apenas para os
alto-falantes selecionados sem precisar enviar a mensagem por todo o sistema. Uma das vantagens
é que as zonas podem ser reconfiguradas em um instante, sem a necessidade de novo cabeamento.
Isso é particularmente útil em uma situação em que as zonas predefinidas precisam ser alteradas.
SIP - Protocolo de Iniciação de Sessão. O SIP é um padrão amplamente adotado para comunicação
em redes IP. Atualmente, é comumente usado para telefonia IP, videoconferência e, além do VAPIX,
é uma outra forma de integrar os produtos da Axis.
MP3 - formato de codificação de áudio para áudio digital. O MP3 alcança uma compactação
poderosa, e os arquivos MP3 são cerca de 11 vezes menores do que as faixas de música não
compactadas.
PBX - Troca de Ramais Privados. O PBX é basicamente um servidor SIP para rotear chamadas
recebidas de várias linhas externas entre um número maior de linhas internas. Com um sistema
baseado em Protocolo de Iniciação de Sessão (SIP), os clientes de VoIP registram seus endereços SIP
no servidor, que mantém um banco de dados de todos os clientes e seus endereços.
T10144682/EN/M1.52/
A Axis conta com mais de 3.500 colaboradores dedicados em mais de 50 países e colabora
com parceiros em todo o mundo para fornecer soluções aos clientes. A Axis foi fundada
em 1984 e tem sede em Lund, Suécia.
© 2020 — Axis Communications AB. AXIS COMMUNICATIONS, AXIS e VAPIX são marcas
registradas ou aplicativos de marcas comerciais da Axis AB em várias jurisdições. Todos os
outros nomes e produtos neste material são marcas comerciais ou registradas de suas
respectivas empresas. Reservamo-nos o direito de realizar modificações sem aviso prévio.