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SAUDE DO ADULTO
Organizadoras
MARÇO DE 2010
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SUMÁRIO
Unidade................................................................. Página
1 – Traumatologia.......................................................03
2 – Oftalmologia..........................................................13
3 – Dermatologia..........................................................28
4 – Gastroenterologia..................................................38
6 – Endocrinologia........................................................57
7 – Pneumologia............................................................65
8 – Hematologia.............................................................79
9 – Urologia....................................................................89
10 –Disfunções neurológicas.........................................98
12 - Oncologia................................................................124
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UNIDADE 1 - TRAUMATOLOGIA
CONCEITOS:
• Flexão:
• Extensão:
• Abdução:
• Adução:
• Lordose:
• Escoliose:
• Cifose:
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TRAUMATISMOS MÚSCULO-ESQUELÉTICOS
1 CONTUSÕES:
É uma lesão dos tecidos moles, produzida por uma força bruta. Ocorre sempre
certo sangramento para o interior da parte atingida.
2 ENTORSE
3 DISTENSÃO
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4 LUXAÇÃO
Cuidados de enfermagem:
• Manter imobilização
• Observação constante (dor, cianose, temperatura e sensibilidade)
• Proporcionar conforto ao paciente
5 FRATURA
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Tratamento de emergência: imobilização através de talas, em caso de hemorragia
estancar, em caso de fratura exposta nunca reduzir, manter curativo limpo.
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• Imobilização inadequada
• Espaço/tecido entre os fragmentos ósseos
• Infecção
• Idade
APARELHO GESSADO
Cuidados de enfermagem
• Participar da instalação do gesso (demora 15 a 20 minutos para cristalizar e 48
horas para secar)
• Não cobrir até secar
• Não coçar a pele
• Manter o membro elevado
• Observar sinais e sintomas
• Não apoiar o membro em superfícies duras
• Avisar o médico sobre alterações
• Na retirada do gesso, lavar membro
TRAÇÃO
É aplicação de uma força, numa direção específica em uma parte do corpo. Para
isso de usa cordas, roldanas e pesos.
Tração cutânea: é feita com um peso que puxa um adesivo, borracha ou material preso
na pele. A tração exercida sobre a pele é transmitida às estruturas musculoesqueléticas.
Não pode ser colocado mais de 2 a 3 Kg na extremidade.
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Tração esquelética: é aplicada uma força diretamente ao osso, usando pinos ou fios.
Mais comum nas fraturas de fêmur, úmero e tíbia. Nesta, pode-se aplicar 7 a 15 Kg. As
finalidades são recuperar o comprimento e alinhamento, prevenir deformidades, reduz e
imobiliza a fratura, reduz espasmos.
Cuidados de enfermagem:
• Observar cianose, palidez, formigamento, temperatura
• Manter alinhamento corporal
• Jamais remover peso
Precoces
• Choque hipovolêmico;
• Síndrome da embolia gordurosa: no momento da fratura glóbulos de gordura
podem movimentar-se para o interior da corrente sanguínea e combinam-se com
as plaquetas formando êmbolos que ocluem vasos que irrigam o cérebro, os
pulmões, os rins e outros órgãos;
• Síndrome compartimental: quando a perfusão tecidual muscular é inferior àquela
necessária para a viabilidade tecidual.
Tardias
• Consolidação retardada ou ausência de consolidação;
• Necrose avascular óssea: quando o osso perde o suprimento sanguíneo e
desvitaliza-se;
• Reação aos dispositivos de fixação interna: dor ou rejeição.
DOENÇAS ÓSSEAS/ARTICULARES
1 OSTEOMIELITE
É uma infecção dos ossos. As causas podem ser fraturas expostas, cirurgia óssea,
infecções.
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Sinais e sintomas: hiperemia, calafrios, mal estar, dor, edema, e podendo em casos mais
graves fístula com drenagem purulenta.
Cuidados de enfermagem
• Manter repouso
• Manter local afetado elevado
• Imobilização
• Controle de sinais vitais
• Cuidados com curativos (técnica asséptica, precaução com secreções)
2 OSTEOPOROSE
Causas:
• Genética: raça branca, história familiar, envelhecimento
• Estilo de vida: pouca ingestão de Ca, sedentarismo, pouca exposição solar,
tabagismo, alcoolismo, dieta vegetariana
• Ginecológica: menopausa precoce sem reposição hormonal.
Sintomas: dor, fadiga, fratura
Cuidados de enfermagem:
• Ajudar a diminuir a dor
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• Calor no local da dor
• Proteger protuberâncias ósseas
• Movimentar paciente em bloco
3 OSTEOMALÁCIA
4 ARTRITE REUMATÓIDE
Cuidados de enfermagem:
• Repouso no leito
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• Exercícios
• Controle de peso
• Dieta
• Utilizar calor
5 HÉRNIA DE DISCO
Hérnia de disco cervical: os sintomas são dor e rigidez no pescoço, parte superior dos
ombros e escápula, parestesia das extremidades superiores.
Hérnia de disco lombar: dor nas nádegas, nas coxas, deformidade postural, fraqueza
muscular, alteração no reflexo tendinoso.
Cuidados de enfermagem:
• Tricotomia e banho com sabão germicida antes da cirurgia
• Ensinar o paciente a rolar na cama como um tronco
• No pós-operatório – repouso absoluto no leito
• Manter o leito com colchão firme, com tábuas SN
• Decúbito dorsal
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Sinais e sintomas: dor, crepitação, dificuldade de deambulação, espasmo muscular.
Locais mais frequentes: quadril, joelho, coluna cervical e lombar.
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UNIDADE 2 - OFTALMOLOGIA
ANÁTOMO-FISIOLOGIA DO OLHO:
Olho
É um órgão fotorreceptor, capaz de formar imagens do objeto emissor ou refletor da luz.
É composto pelo globo ocular e seus anexos.
Globo ocular
Tem uma forma esférica ligeiramente aplanada. É formado por 3 camadas, dispostas de
fora para dentro: a esclera, a coróide e a retina.
Esclera
Constitui a camada fibrosa do olho e a mais externa. Está unida à coróidea por uma
lâmina de tecido conjuntivo chamada lâmina fosca da esclera. Nela se inserem os
músculos extrínsecos do olho. Tem um orifício posterior que dá passagem ao nervo
ótico, fechado por uma lâmina com múltiplos orifícios chamada crivosa. Na sua porção
anterior une-se à córnea no pólo anterior do olho.
Córnea
É clara e transparente. Tem forma esférica e permite a passagem dos raios luminosos.
Relaciona-se posteriormente com o humor aquoso e anteriormente fica coberta pelas
pálpebras, quando a fechamos.
Coróide
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É a camada vascular do olho. Constituída por tecido conjuntivo com células
pigmentadas abundantes e vasos sangüíneos. Intervém na nutrição do olho e formação
dos humores aquoso e vítreo.
Íris
É uma membrana discóide, de cor variável e com orifício central, a pupila.
Retina
É uma expansão do nervo ótico que se estende desde a entrada deste globo ocular até o
orifício da pupila. A sua função é a de receber impressões luminosas e transmiti-las ao
cérebro.
Lente / Cristalino
É uma lente biconvexa colocada atrás da pupila e tem como função focar os raios
luminosos de modo a formarem uma imagem perfeita sobre a retina.
Humor vítreo
Massa gelatinosa entre a lente e a retina.
Humor aquoso
Líquido que enche o espaço entre a lente e a córnea.
Anexos
Pálpebras: proteção do globo ocular
Conjuntiva: proteção dos agentes externos
Aparelho lacrimal: secreta a lágrima p/ facilitar o deslizamento das pálpebras e
umedecer a parte anterior do olho
Músculos extrínsecos do olho: movimentam o globo ocular e a pálpebra
superior.
Conceitos básicos
Nistagmo: movimento lateral dos olhos
Miopia: dificuldade para enxergar longe
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Hipermetropia: dificuldade para enxergar perto
Estrabismo: um olho se desvia do foco
Miose: contração da pupila
Midríase: dilatação da pupila
Diplopia: visão dupla
Emetropia: visão normal
Ametropia: visão anormal
Presbiopia: diminuição da elasticidade do cristalino com o aumento da idade
Astigmatismo: visão embaçada
Ceratoplastia: transplante de córnea
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DOENÇAS E DISTÚRBIOS OCULARES
1 CATARATA
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
Pré-operatório
• Preparar psicologicamente o paciente para cirurgia;
• Preparar o olho afetado para a cirurgia;
• Instilar colírio midriático, conforme prescrição;
• Administrar pré-anestésico, conforme prescrição.
Pós-operatório
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• Instruir para não tossir, espirrar ou mover-se rapidamente;
• Não deitar sobre o lado operado;
• Elevar a cabeceira da cama – 30 a 40° para melhor conforto;
• Comunicar imediatamente o médico se o paciente se queixar de dor súbita no
olho;
• Ocluir somente o olho lesado;
• Aplicar compressas úmidas.
2 GLAUCOMA
Tipos
O tipo mais comum é o glaucoma primário de ângulo aberto, freqüentemente
assintomático. Uma das causas pode ser uma obstrução do escoamento do humor
aquoso do olho. O humor aquoso é produzido no corpo ciliar do olho, fluindo através da
pupila para a câmera anterior. A malha trabecular então drena o líquido para o canal de
Schlemm e finalmente para o sistema venoso. Todos os olhos possuem alguma pressão
intra-ocultar que é causada pela presença de alguma resistência ao fluxo do humor
aquoso através da malha trabecular e do canal de Schlemm. Se a pressão intra-ocultar
(PIO) for alta demais (maior do que 21,5 mm Hg), a pressão nas paredes do olho
resultará na compressão das estruturas oculares. Entretanto, outros fatores, como
perturbações no fluxo sangüíneo no nervo óptico podem interagir com a PIO e afetar o
nervo óptico. Em um terço dos casos de glaucoma primário de ângulo aberto há PIO
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estatisticamente normal. Esses casos são chamados de glaucoma de pressão normal.
Devido ao fato de exames do nervo óptico nem sempre serem realizados juntamente
com medidas de PIO em pacientes de risco, o glaucoma de pressão normal é mais
raramente diagnosticado até as condições se apresentarem adiantadas.
Glaucoma congênito é uma doença genética rara que atinge bebês recém-
nascidos, com globos oculares aumentados e córneas embaçadas. Se considera que a
causa da pressão intra-ocultar elevada nesses casos é causada pela redução da
permeabilidade trabecular. O tratamento é a cirurgia.
Sintomas
Enquanto que o glaucoma pode ou não ter sintomas distintos, uma complicação
quase inevitável do glaucoma é a perda visual. A perda visual causada por glaucoma
atinge primeiro a visão periférica. No começo a perda é sutil, e pode não ser percebida
pelo paciente. Perdas moderadas a severas podem ser notadas pelo paciente através de
exames atentos da sua visão periférica. Isso pode ser feito fechando um olho e
examinando todos os quatro cantos do campo visual notando claridade e acuidade, e
então repetindo o processo com o outro olho fechado. Freqüentemente o paciente não
nota a perda de visão até vivenciar a "visão tunelada". Se a doença não for tratada, o
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campo visual se estreita cada vez mais, obscurecendo a visão central e finalmente
progredindo para a cegueira do olho afetado.
Esperar pelos sintomas de perda visual não é o ideal. A perda visual causada
pelo glaucoma é irreversível, mas pode ser prevenida ou atrasada por tratamento. Um
oftalmologista deve ser consultado pelas pessoas com risco de desenvolver glaucoma.
Tratamento
Apesar da pressão intra-ocultar elevada não ser a única causa do glaucoma, até o
momento diminuí-la é o principal tratamento.
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A cirurgia convencional mais comum realizada para tratamento de glaucoma é
a trabeculectomia. Nela, uma câmara (bolha) é feita na parede escleral do olho, e uma
abertura é feita abaixo da bolha para remover a porção da malha trabecular.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
Atividades recomendadas:
- uso moderado dos olhos para leitura;
- exercícios moderados para promover a circulação geral;
- manutenção de hábitos intestinais regulares;
- uso de medicamentos oculares somente com prescrição médica;
- portar cartão de identificação.
3 CONJUNTIVITE
Causas
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de se contrair a conjuntivite infecciosa. Quando ocorre uma epidemia de conjuntivite,
pode-se dizer que é do tipo infecciosa.
A conjuntivite alérgica é aquela que ocorre em pessoas predispostas a alergias
(como quem tem rinite ou bronquite, por exemplo) e geralmente ocorre nos dois olhos.
Esse tipo de conjuntivite não é contagiosa, apesar de que pode começar em um olho e
depois se apresentar no outro. Pode ter períodos de melhoras e reincidências, sendo
importante a descoberta da causa da conjuntivite alérgica.
A conjuntivite tóxica é causada por contato direto com algum agente tóxico, que
pode ser algum colírio medicamentoso ou alguns produtos de limpeza, fumaça de
cigarro e poluentes industriais. Alguns outros irritantes capazes de causar conjuntivite
tóxica são poluição do ar, sabão, sabonetes, spray, maquiagens, cloro e tintas para
cabelo. A pessoa com conjuntivite tóxica deve se afastar do agente causador e lavar os
olhos com água abundante. Se a causa for medicamentosa é necessário a suspensão do
uso, sempre seguindo uma orientação médica.
Sintomas
Recomendações
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• Aumentar a frequência com que troca as toalhas do banheiro e sabonete ou use
toalhas de papel para enxugar o rosto e as mãos;
• Trocar as fronhas dos travesseiros diariamente enquanto perdurar a crise;
• Não compartilhar o uso de esponjas, rímel, delineadores ou de qualquer outro
produto de beleza;
• Evitar contato direto com outras pessoas;
• Evitar pegar crianças pequenas no colo;
• Não use lentes de contato durante esse período;
• Evitar banhos de sol.
Tratamento
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
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4 BLEFARITE
TRATAMENTO
A blefarite pode não ser curável, porém é possível controlá-la mediante algumas
medidas diárias:
• Pelo menos duas vezes ao dia, aplique compressas mornas sobre as pálpebras
fechadas durante dois a três minutos.
• Utilizando a ponta do seu dedo envolta em um pano fino ou uma haste de
algodão, esfregue com delicadeza a base dos cílios aproximadamente 15
segundos em cada pálpebra.
• Usar pomada com antibiótico prescrita, aplique uma pequena quantidade na base
dos cílios, preferencialmente na hora de dormir.
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• Corticoesteróides oculares. Podem ser utilizadas por um breve período de tempo
para reduzir a inflamação.
• Pomada com antibiótico ou comprimidos antibióticos. Podem ser empregados
para reduzir a quantidade de bactérias nas pálpebras.
5 UVEÍTE
O olho tem uma forma muito parecida com uma bola de tênis, oco por dentro e
com três camadas de tecido à volta da cavidade central. A camada externa é a esclera (a
parte branca do olho), e a mais profunda é a retina (um tecido que dá origem a imagens
na parte de trás do olho tal como um filme numa máquina fotográfica). A camada do
meio, entre a esclera e a retina é chamada a úvea, da palavra grega "úvea" que quer
dizer uva, pois parece-se muito como uma uva descascada. Quando a úvea fica
inflamada, a condição é chamada uveíte.
A úvea contém muitos vasos sanguíneos que alimentam o olho. Uma inflamação
da úvea pode afetar a córnea, a retina, a esclera e outras partes vitais do olho. Porque a
úvea está relacionada com partes importantes do olho, uma inflamação desta camada
pode pôr em perigo a visão e ser mais grave do que a maioria das inflamações das
camadas externas do olho.
SINTOMAS
Os sintomas de uma uveíte incluem uma fotofobia, uma visão enevoada, dor e
olho vermelho. A uveíte pode aparecer de um dia para o outro, acompanhada de dor e
do olho vermelho, ou pode ter um começo mais lento com pouca dor e vermelhidão,
mas com um enevoamento progressivo da visão.
CAUSAS
Uma uveíte pode ter muitas causas diferentes. Pode resultar de um vírus, de um
fungo, ou de um parasita. Na maior parte das vezes, não se consegue detectar a causa. A
uveíte também pode estar relacionada com doenças em outras partes do corpo (Artrite),
ou pode surgir em consequência de um traumatismo do olho.
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DIAGNÓSTICO DA UVEÍTE
TRATAMENTO
6 TERÇOL
Dicas de autocuidado
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• Evitar expor os olhos a locais com muita poeira ou sujeira.
• Não mexer nem espremer a região afetada.
7 RETINOPATIA DIABÉTICA
TRATAMENTO
8 PRESBIOPIA
TRATAMENTO
Ainda não se conhece um tratamento definitivo para a presbiopia, mas pode ser
bem corrigida com óculos ou lentes de contato com graduação específica para perto.
9-RETINOBLASTOMA
Retinoblastoma é o nome de um câncer ocular originário das células da retina e
pode ser uni ou bilateral. Trata-se de um tumor ocular infantil que pode levar a óbito, se
não for devidamente tratado a tempo por especialistas.
SINTOMAS
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Geralmente o retinoblastoma se manifesta com baixa visão, estrabismo, irritação
e compressão pelo crescimento tumoral. Outros sintomas são: olhos vermelhos,
processo inflamatório, protrusão de globo ocular, dor intensa e inclusive cegueira.
TRATAMENTO
10 CERATOCONE
12 TRANSPLANTE DE CÓRNEA
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INDICAÇÕES:
ÍNDICE DE SUCESSO
RISCOS
Rejeição
O período crítico para rejeição é no primeiro ano. Porém, o paciente pode
apresentar rejeição até quando viver. Grande parte das rejeições podem ser
tratadas com sucesso se forem diagnosticadas no início. Existe a possibilidade
de se realizar outro transplante após a rejeição.
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UNIDADE 3 – DERMATOLOGIA
Funções da pele:
Lesões de pele:
• Primárias ou iniciais:
Mácula:
Pápula:
Nódulo:
Vesícula:
Bolha:
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Pústula:
Vergão:
Placa:
Escamas:
Crostas:
Escoriações:
Fissura:
Úlcera:
DOENÇAS DE PELE
1 DERMATITE DE CONTATO
São alterações na pele causadas por contato com substâncias irritantes ou com
aquelas que você é alérgico.
O tratamento consiste em identificar o agente que provocou a alergia para evitar
a exposição no futuro.
A reação ao alérgeno pode variar de intensidade. Desde apenas uma vermelhidão
local até grandes lesões com a formação de vesículas com líquido em seu interior.
O rompimento das vesículas e o ato de coçar propicia a infecção secundária por
bactérias que devem receber tratamento médico específico. O tratamento é feito com
cremes e pomadas a base de corticóides.
2 MICOSES
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• Onicomicose são as micoses das unhas que podem ser tratadas com
medicamentos de uso tópico e/ou sistêmicos por antifúngicos por via oral.
Os sintomas mais comuns são: coceira, ardência e mau-cheiro.
3 PSORÍASE
CAUSAS
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Agentes, como o tabaco, o álcool, drogas injetáveis, betabloqueadores,
antimaláricos e alguns antiinflamatórios para as dores ou doenças reumáticas, devem ser
evitados.
TRATAMENTO:
· Aumento do aporte de proteínas
· Produtos tópicos (locais) a base de corticosteróides.
· Fototerapia, Ultra Violeta e Infravermelho.
· Exposição solar
· Terapia biológica
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
4 CÂNCER DE PELE
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Atinge principalmente as pessoas de pele clara, que se queimam com facilidade
e que bronzeiam com dificuldade. 90% das lesões localizam-se nas regiões do corpo
mais expostas ao sol.
PREVENÇÃO
• Usar sempre um filtro solar com fator de proteção solar igual ou superior a 15,
aplicando-o generosamente pelo menos 20 minutos antes de se expor ao sol e
sempre reaplicando-o após mergulhar ou transpiração excessiva.
• A face deve merecer cuidados especiais. Usar chapéus que bloqueie ao máximo
a passagem do sol.
• Evitar o sol no período entre 10 e 16 horas.
• Procurar um médico ao constatar manchas que estão se modificando, crescendo,
formando cascas, sangrando com facilidade e com cicatrização demorada e
difícil.
5 ERISIPELA
6 LÚPUS ERITEMATOSO
Tipos de Lúpus
Existem 3 tipos de Lúpus: o Lúpus Discóide, o Lúpus Sistêmico, e o Lúpus Induzido
por Drogas.
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Lúpus Eritematoso Discóide
Costuma ser mais grave que o Lúpus Discóide e, como o nome diz
(sistêmico=geral), pode afetar quase todos os órgãos e sistemas. Em algumas pessoas
predominam lesões apenas na pele e nas articulações, em outras pode predominar as
articulações, rins, pulmões, sangue, em outras ainda, outros órgãos e tecidos podem ser
afetados.
Também como o nome diz, ocorre como conseqüência do uso de certas drogas
ou medicamentos. Os sintomas são muito parecidos com o Lúpus Sistêmico. Inclusive
os próprios medicamentos para tratar o Lúpus, podem levar a um estado de Lúpus
induzido. Por isso é preciso ter certeza absoluta do diagnóstico antes de fazer o
tratamento.
Quando ocorre a doença auto-imune devido ao uso de substâncias, isso depende
mais da pessoa que da própria substância, ou seja, não são todas as pessoas que tomam
esses produtos que desenvolverão o Lúpus, mas apenas uma pequena porcentagem
delas. Isso significa que a imunidade dessas pessoas vulneráveis à doença auto-imune é
que é o problema, propriamente dito.
APRESENTAÇÃO CLÍNICA
Sintomas gerais
A fadiga costuma ser o primeiro sinal eminente. A maioria das pessoas
apresenta febre contínua ou intermitente, perda de peso e mal-estar. Independente da
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forma clínica de manifestação, a grande maioria dos doentes tem períodos intensos
intercalados por períodos de relativa melhora ou mesmo de inatividade.
Critérios da doença
Tratamento
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colaterais podem ser muito agressivos ao organismo.
Gestantes portadoras de lúpus necessitam de um acompanhamento médico
rigoroso ao longo da gravidez, visto que a doença pode atingir também o feto.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
• Apoio psicológico;
• Evitar fatores predisponentes;
• Evitar cosméticos predisponentes;
• Não usar anticoncepcional oral;
• Orientar períodos de repouso e esquematizar atividades;
• Observar sinais de complicação;
• Evitar exposição solar, usar proteção quando necessário;
• Orientar higiene adequada, manter pele limpa e seca.
7 QUEIMADURAS
CAUSAS:
COMPLICAÇÕES:
• Choque
• Infecções
• Insuficiência respiratória
• Distúrbios cardiovasculares e nervosos
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• Distúrbios psiquiátricos
PRIMEIROS SOCORROS
• Aplicar compressas frias no local, desde que não haja rompimento de tecidos
(diminui a dor e a vasoconstrição diminui o edema e a lesão)
• Nunca aplicar gelo diretamente na lesão
• Cobrir a lesão com curativo limpo ou esterilizado – se possível
• Nunca usar pomadas ou medicações caseiras
• Em caso de substâncias químicas, lavar os locais afetados abundantemente em
água corrente
• Quando as roupas pegam fogo, as chamas podem ser apagadas se a vítima
deitar-se na terra e rolar, ou abafar as chamas com cobertor disponível.
Permanecer em pé força a vítima a respirar a fumaça e correr aumenta o fogo.
Após apagar o fogo, molhar as roupas com água fria e não tirá-las
• Nunca remover as roupas
• Cobrir o paciente (evita perda de calor)
• Não dar nada por via oral
• Manter o paciente em posição adequada (decúbito lateral ou dorsal com a cabeça
voltada para o lado) para evitar aspiração de vômito
• Coletar o maior número de dados possível: idade do paciente, doenças, causa,
local, duração, etc.
• Chamar socorro médico
TRATAMENTO:
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• Curativo oclusivo, quando a lesão for maior e mais profunda
• Tratamento cirúrgico: enxerto cutâneo
CUIDADOS:
• Apoio psicológico
• Retirar roupas e adornos
• Manter VAS permeáveis
• Puncionar veias de grosso calibre em regiões não queimadas
• Manter hidratação adequada do paciente por via EV
• Verificar sinais vitais freqüentes, com especial atenção para Tº e PA
• Cuidados com SVD
• Controla da diurese horária
• BH
• Manter área livre do contato com germes
• Mudança de decúbito se possível
• Administração de medicamentos prescritos
• Roupas de cama esterilizadas
• Observar sinais de infecção
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UNIDADE 4 – GASTROENTEROLOGIA
DISFUNÇÕES DIGESTÓRIAS
1 GASTRITE
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2 ÚLCERAS PÉPTICAS
Essas úlceras são definidas como lesões erosivas com perda de tecidos.
Caracterizam-se por surtos de ativação e períodos de calmaria, com evolução crônica.
As áreas mais acometidas são as do estômago e do duodeno.
A úlcera duodenal constitui a forma predominante de úlcera péptica. Está
associada à hipersecreção de ácido e pepsina pelo estômago que, ao chegar ao duodeno,
gera as erosões. Já a úlcera gástrica está relacionada ao aparecimento de uma lesão,
devido à deficiência dos fatores de proteção da mucosa gástrica contra a ação do ácido
clorídrico.
Tanto as úlceras duodenais quanto as gástricas resultam da interação de fatores
genéticos, ambientais (fumo, álcool, café, ácido acetilsalicílico, da presença da bactéria
Helicobacter pylori) e de fatores emocionais (estresse, emoções, ansiedade,
manifestações da vida afetiva).
De todos os sintomas da úlcera, a dor é o mais freqüente, levando o indivíduo a
procurar assistência. Manifesta-se através de uma dor em queimação e corrosiva - tipo
cólica - relacionada, quase sempre, à alimentação. Na úlcera gástrica, a dor inicia-se no
epigástrio e irradia-se para o rebordo costal. A presença do alimento no estômago causa
a dor, enquanto que os vômitos podem aliviá-la. A dor na úlcera duodenal irradia-se
para o flanco direito e acontece quando a pessoa está com o estômago vazio. A ingestão
de alimentos alivia o sintoma. Outras manifestações clínicas que podem ser observadas
são: náusea e vômito. Em casos mais graves, observa-se hemorragias nas fezes (melena)
ou vômitos (hematêmese).
Com a realização da endoscopia, o diagnóstico pode ser confirmado. O
tratamento medicamentoso da úlcera péptica consiste na redução da acidez gástrica até a
cicatrização da úlcera e na erradicação da bactéria H. pylori, quando esta estiver
presente.
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• Modificar o estilo de vida, visando diminuição do estresse;
• Não fazer uso de comprimidos sem prescrição;
• Observar a presença de sangue nas fezes e nos vômitos.
3 APENDICITE
Causas: normalmente inflama por causa de uma infecção ou uma obstrução do sistema
digestivo. Se não for tratado o apêndice pode romper-se e esparramar a infecção para a
cavidade abdominal e para a corrente sanguínea.
Sinais e sintomas: os sintomas mais frequentes são dor abdominal (quadrante inferior
direito), vômito, hipertermia leve, anorexia. Quando o apêndice supura, a dor é de maior
intensidade, com distensão abdominal. Diagnóstico: ponto de McBurney e sinal de
Rovsing.
Cuidados de enfermagem:
Pré-operatório: conforme prescrição médica;
Pós-operatório:
• Proporcionar conforto ao paciente;
• Controle de sinais vitais;
• Observar sinais como distensão abdominal, sangramento, cólica, vômito
fecalóide, evacuações sem conteúdo fecal;
• Cuidados com curativo;
• Posição de Fowler;
• Localização e intensidade da dor;
• Evitar tosse e deambulação;
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• Aplicar bolsa de gelo;
• Evitar tocar o paciente.
4 HÉRNIA ABDOMINAL
Causas:
• Devido a grandes esforços;
• Idade;
• Tosse persistente;
• Problemas de próstata;
• Intestino preso.
Tratamento:
Redução mecânica ou manual: reintrodução do órgão com as próprias mãos.
Cirúrgico: Herniorrafia – retirada do saco herniário e recolocação do órgão na
cavidade abdominal; e Hernioplastia – reparação da parede abdominal.
Cuidados de enfermagem:
• Proporcionar conforto ao paciente;
• Controle de sinais vitais;
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• Cuidados com SNG;
• Observar e anotar aspecto do curativo;
• Deambulação precoce;
• Controle de diurese;
• Cuidados com náuseas e vômitos.
5 OBSTRUÇÃO INTESTINAL
Sinais e sintomas:
Os sintomas são dor tipo cólica, fezes mucóides contendo sangue, tontura, mal
estar, distensão abdominal, vômito biliar e após fecalóide, polidipsia, sudorese,
diminuição dos sinais vitais, desidratação e morte.
Complicações:
• Desidratação devido à perda de liquidos;
• Peritonite;
• Choque em virtude da perda de eletrólitos e desidratação;
• Morte decorrente do choque.
Tratamento:
O tratamento da obstrução intestinal depende das condições do paciente e da
área afetada. Pode ser feito uma colostomia.
Cuidados de enfermagem:
• Conforto ao paciente;
• Controle de SV;
• Observar sangramento;
• Cuidados com bolsa de colostomia;
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• Anotar aspecto, coloração e quantidade do efluente;
• Trocar bolsa QN.
6 HEMORRÓIDAS
Tratamento:
O tratamento pode ser paliativo como dieta com fibras, laxante, banho de
assento, pomadas e cremes para alívio da dor; e cirúrgico – hemorroidectomia –
dilatação do esfíncter anal e remoção das hemorróidas.
Cuidados de enfermagem:
• Manter higiene pessoal;
• Fazer banho de assento;
• Administrar laxantes s/n;
• Ingesta hídrica;
• Dieta com fibras.
7 HEMORRAGIA DIGESTIVA
Sangramento do Estômago
44
O estômago é ponto mais freqüente de hemorragia causada por úlceras. O álcool
e medicamentos contendo ácido acetilsalicílico podem desenvolver a úlcera gástrica
que, ao aumentar de volume, faz uma erosão em um vaso, levando à hemorragia.
Pessoas que sofrem queimaduras, traumatismos cranianos, ou ainda aquelas que
são submetidas à cirurgia extensa, podem desenvolver úlceras de estresse. Isso acontece,
devido ao aumento da produção de suco gástrico, alterando as paredes do estômago.
No trato digestivo baixo, o intestino grosso e o reto são locais freqüentes de
hemorragia (sangue vivo). A causa mais comum são as hemorróidas, mas fissuras anais,
inflamações, infecções, tumores ou pólipos podem também ser fatores causadores de
hemorragias.
A hemorragia pode ainda ser proveniente de tumores benignos ou câncer.
Finalmente, à medida que se fica mais velho, anormalidades nos vasos do intestino
grosso podem ser desenvolvidas, resultando em sangramento recorrente.
As manifestações clínicas são:
• hematêmese - vômito com sangramento, podendo ser vermelho brilhante ou cor
de “borra de café” (quando a hemoglobina sofreu alteração no estômago);
• melena - fezes com sangue, de cor enegrecida e fétida.
• enterorragia - sangramento “vivo” pelo ânus, isolado ou misturado com as fezes.
• Relacionados diretamente com a perda sangüínea, destacam-se: taquicardia,
dispnéia, hipotensão, pele fria e até choque hipovolêmico.
8 PANCREATITE
45
O pâncreas é um dos órgãos acessórios do sistema digestório. Encontra-se
situado no abdômen, atrás do estômago. Ele é responsável pela produção do suco
pancreático que ajuda na digestão e pela produção de hormônios como insulina e
glucagon.
A inflamação do pâncreas é denominada pancreatite e pode manifestar-se de
forma súbita (aguda) ou de forma contínua (crônica).
46
• Explicar a finalidade e importância do jejum;
• Manter a hidratação hídrica e de eletrólitos, prevenindo a desidratação
decorrente de vômitos ou diarréias;
• Manter aberta e pérvia a sonda nasogástrica;
• Realizar higiene oral, mantendo os lábios umidificados;
• Orientar a necessidade do repouso no leito;
• Medir a circunferência abdominal, atentando para alterações;
• Pesar diariamente;
• Monitorizar os sinais vitais;
• Controlar glicemia capilar;
• Realizar balanço hídrico;
• Encaminhar o cliente a um grupo de apoio de alcoólicos anônimos ou de
autocuidado para Diabetes Mellitus;
• Orientar a auto-aplicação de insulina, quando indicada.
47
A perda de peso varia conforme os períodos de dor, já que essa pode ser
agravada pela alimentação. A hiperglicemia aparece como terceiro sinal em frequência,
ocorrendo em cerca de 50% dos casos. Existe também a manifestação da icterícia,
devido à compressão do colédoco e a esteatorréia, desencadeada pela má absorção de
gorduras, determinada pela mudança das características das fezes.
Para a obtenção do diagnóstico, são utilizados os mesmo exames
complementares da pancreatite aguda.
No que se refere ao tratamento, é indicado a abstinência do álcool e o
encaminhamento do indivíduo a um programa de apoio, assim como a ingestão de uma
dieta balanceada e o uso de antiácidos. Caso a pessoa tenha adquirido Diabetes Mellitus,
ela deverá ser encaminhada a um programa de educação para o autocuidado e, ao
receber alta hospitalar, deve ser orientada quanto à auto-aplicação de insulina.
9 COLITE
A colite ulcerosa é uma doença inflamatória crônica dos intestinos que
habitualmente afeta a extremidade distal do intestino grosso e reto.
Afeta principalmente indivíduos com 15-30 anos e depois com 60-80 anos, mais
as mulheres que os homens
Causas:
Não tem uma causa conhecida, mas existem estudos que apontam para uma
componente genética quanto à susceptibilidade para o desenvolvimento da doença
Sinais e sintomas:
A doença cursa com inflamação destrutiva de toda a parede do colon e reto, de
forma contínua. Inicialmente limita-se à mucosa, mas depois surgem múltiplas
pequenas úlceras na parede intestinal, devido à inflamação profunda.
A destruição da parede e das vilosidades gera uma diarréia de má-absorção, por
vezes com sangue ou muco, e acompanhada de febre e dores abdominais, e por vezes
vômitos e náuseas. É comum o tenesmo, ou sensação de que o reto ainda tem fezes
mesmo após a evacuação estar completa. Os períodos sintomáticos alternam com
períodos alargados sem qualquer sintoma. Muitos indivíduos apresentam progressão
48
lenta e lesões mínimas, outros rápida ou mesmo fulminante com problemas agudos
possíveis adicionais como desidratação e anemia. Num terço dos casos todo o colon está
afetado, nos restantes algumas áreas são poupadas.
Diagnóstico:
O diagnóstico definitivo é feito por estudos imagiológicos
como colonoscopia ou estudos com contraste radiográficos (particularmente com sulfato
de bário), que auxilia na diferenciação da doença de Crohn. A biópsia do colon pode ser
útil.
Não há cura, mas o tratamento minimiza os problemas e evita complicações
graves. São dados fármacos antidiarréicos e outros para alívio sintomático. O uso
de aminosalicilatos (antinflamatórios semelhantes aos AINEs) diminui as lesões
inflamatórias, assim como corticosteróides. Em casos graves é removido cirurgicamente
o cólon. Mesmo em casos moderados é necessária a vigilância anual por colonoscopia
de possíveis tumores, devido ao risco de canâncer muito aumentado.
10 DOENÇA DE CROHN
49
UNIDADE 5 - DISTÚRBIOS HEPÁTICOS E BILIARES
1 HEPATITE
É uma doença que consiste na inflamação do fígado e pode ser causada por um
vírus ou por substâncias tóxicas. As manifestações clínicas gerais da pessoa com
hepatite referem-se: à fadiga, anorexia (falta de apetite), enjoo, vômitos, icterícia,
colúria (urina escura) e fezes acólicas (esbranquiçadas).
Existem tipos diferentes de hepatite. Entre eles, a hepatite viral e a por substâncias
tóxicas.
Hepatites virais
Consiste em vários tipos de vírus e cada um tem uma forma de contágio,
prevenção e tratamento. Entre as mais comuns estão:
Hepatite B - Resulta em danos das células hepáticas, que podem levar à cirrose e ao
câncer de fígado.
Transmissão: pode ser transmitida através da relação sexual, sendo maior o risco
nos indivíduos com múltiplos parceiros sexuais e/ou outras doenças sexualmente
transmissíveis (DST); através de transfusão de sangue contaminado, do uso
compartilhado de seringas, agulhas e outros instrumentos entre usuários de drogas, além
50
de acidentes com materiais perfuro-cortantes. Gestantes contaminadas podem transmitir
a doença para os bebês, sendo o parto normal ou por cesariana o principal momento de
risco, o que pode ser minimizado pelo médico através de tratamento adequado.
Prevenção: A vacina para hepatite B deve ser feita em todos os recém-nascidos,
iniciando o esquema vacinal já no primeiro mês de vida. Adultos não vacinados e que
não tiveram a doença também podem fazer a vacina, que está especialmente
recomendada a pessoas que cuidam de pacientes, a profissionais da área da saúde, aos
portadores do vírus C, alcoolistas e indivíduos com outras doenças hepáticas. Deve-se
usar luvas, máscara e óculos de proteção quando houver possibilidade de contato com
sangue ou secreções corporais. Pessoas que tiveram exposição conhecida ao vírus
(relação sexual com indivíduo contaminado, acidente com agulha) devem receber uma
espécie de soro (gamaglobulina) nos primeiros dias após o contato, o que pode diminuir
a chance ou, pelo menos, a intensidade da doença. Recém-nascidos de mães com
hepatite B devem receber gamaglobulina específica e vacina imediatamente após o
parto para diminuir o risco do bebê desenvolver a doença.
Tratamento: O tratamento medicamentoso pode ser feito através do Interferon
(via subcutânea) e da Lamivudina (via oral).
51
Tratamento: O Interferon e a Ribavirina (via oral) são as drogas indicadas no
tratamento contra esse vírus, mas só funcionam em 50 % dos casos e se usadas em
conjunto.
Hepatite E - É uma hepatite infecciosa aguda causada pelo vírus da hepatite E, que se
pode curar de forma subclínica. Sua transmissão é do tipo fecal oral, através do contato
com alimentos e água contaminados, e os sintoma iniciam em média 30 dias após o
contágio. É mais comum após enchentes Não existe vacina para hepatite E. Os sintomas
são de início súbito, com febre baixa, fadiga, mal estar, perda do apetite, sensação de
desconforto no abdome, náuseas e vômitos. Pode ocorrer diarréia. É considerada uma
hepatite branda, apesar de risco aumentado para mulheres grávidas, principalmente no
terceiro trimestre gestacional, que podem evoluir com hepatite fulminante. Não existe
tratamento específico. O paciente deve receber medicamentos sintomáticos e repousar.
Pode ser prevenida através de medidas de higiene, devendo ser evitado comprar
alimentos e bebidas de vendedores ambulantes.
52
Em cerca de 20% dos doentes com infecção pelos VHB ou VHC é possível detectar
anticorpos para o VHG, mas esta coinfecção não parece influenciar a evolução daquelas
hepatites. A infecção aguda é geralmente “suave” e transitória e existem relatos
duvidosos de casos de hepatite fulminante. Noventa a 100% dos infectados tornam-se
portadores crônicos, mas podem nunca vir a sofrer de uma doença hepática. Até agora
não foi possível comprovar que a infecção pelo VHG conduza a casos de cirrose ou de
câncer no fígado.
53
As pessoas com cirrose apresentam manifestações clínicas decorrentes da
disfunção hepática e da necrose das células hepáticas. Os sinais e sintomas mais
freqüentes são: náusea, icterícia, colúria, dor no fígado, edema, ascite e hérnia
umbilical.
Enquanto o cliente encontrar-se hospitalizado, a equipe de enfermagem deve:
• Oferecer refeições pequenas e freqüentes com a finalidade de facilitar o processo
digestivo;
• Restringir a ingestão de sal e água;
• Monitorar os sinais vitais;
• Pesar e medir a circunferência abdominal, diariamente, com
o cliente em jejum;
• Manter a pele limpa e hidratada, aliviando pruridos e o ressecamento;
• Realizar o balanço hídrico;
• Avaliar o nível de consciência e administrar os medicamentos conforme
prescrição.
Para a alta, o cliente deve ser orientado quanto à dieta e medicação, salientando-
se a importância do acompanhamento ambulatorial.
3 COLELITÍASE
54
• De Carbonato de Cálcio (raros)
• Mistos, os mais frequentes (aproximadamente 80%)
Vários fatores podem estar envolvidos na etiologia dos cálculos biliares entre
eles citamos: genéticos, ambientais, idade, sexo e hormônios, paridade obesidade,
hiperlipidemias, diabetes, doenças intestinais, cirrose, doenças hemolíticas, infecção
biliar ou parasitose, hiperparatireoidismo, cirurgias gástricas, estenose do ducto biliar
principal, pancreatite câncer de vesícula.
Evolução:
A colelitíase pode evoluir para infecções graves com risco de sepses (infecção
generalizada), sendo mais grave nos diabéticos e idosos.
A colecistite aguda pode ainda evoluir para uma forma crônica com
possibilidade de períodos de agudização.
Quando os cálculos são menores estes podem migrar para dentro do canal biliar
principal (colédoco) provocando obstrução do fluxo de bile e consequentemente
icterícia (cor amarelada da pele e dos olhos, semelhante a quem tem hepatite), ou
algumas vezes podem ocluir também o ducto pancreático ao nível da papila podendo
apresentar pancreatite desde uma forma leve (edematosa) até uma forma grave (necro-
hemorrágica), muitas vezes fatal.
Quando a vesícula está inflamada (Colecistite), ela pode ser bloqueada por uma
alça intestinal que adere a parede da mesma, e uma fístula (comunicação) entre estas
duas estruturas pode ocorrer. Os cálculos existentes mesmo de grande tamanho podem
migrar para o intestino. Estes cálculos maiores podem causar uma obstrução intestinal
(íleo biliar).
Sintomas:
• Grande parte dos portadores de litíase vesicular são assintomáticos.
• Os pacientes sintomáticos podem apresentar dor na parte superior e central do
abdome (região epigástrica) ou no quadrante superior direito do abdome.
• Na cólica biliar a dor costuma iniciar-se subitamente e termina gradativamente.
• A dor geralmente é intensa, contínua, com períodos de exacerbação, as vezes
irradiando para as costas.
55
• É freqüente a presença de náuseas e vômitos.
• Devido a localização e irradiação da dor, pode ser confundida com problemas do
estômago, renais, cardíaco ou até mesmo da coluna vertebral.
Tratamento:
I - O tratamento de eleição da litíase vesicular é a cirurgia (colecistectomia). Mesmo
aqueles pacientes assintomáticos devem ser operados. Constituem exceções os pacientes
com elevado risco operatório ou com pouca expectativa de vida.
II - Apesar de ser uma cirurgia simples e comum, esta deve ser realizada por cirurgião
experiente e que saiba abordar a via biliar quando necessário.
III - A cirurgia pode ser realizada pelo método tradicional, existindo diferentes opções
de incisões (longitudinais, transversais ou oblíquas) e tamanhos variados de acordo com
a preferência do cirurgião, biotipo do paciente e dificuldade do caso.
IV- Atualmente a maioria das cirurgias é realizada por Videolaparoscopia independente
da gravidade do caso. Além da vantagem estética (cicatrizes mínimas ou
imperceptíveis), possibilita um curto período de internação e uma rápida recuperação,
não necessitando afastamento prolongado do trabalho e das atividades físicas.
56
UNIDADE 6 - ENDOCRINOLOGIA
SISTEMA ENDÓCRINO
57
conjunto com o sistema nervoso atuam na coordenação e regulação das funções
corporais.
Alguns dos principais órgãos que constituem o sistema endócrino são: a
hipófise, o hipotálamo, a tiróide, as supra-renais, o pâncreas e as gônadas (os ovários e
os testículos).
58
• Glândula paratireóide produz:
o Hormônio da paratireóide (PTH) – ossos, rins e intestino
• Timo produz:
o Peptídeo natriurético atrial (ANP) – regula a presão arterial
• Estômago e intestinos produzem:
o Colecistoquinina (CCK)
o Gastrina
o Grelina
o Neuropeptídeo Y (NPY)
o Secretina
o Somatostatina
• Fígado produz:
o Fator de crescimento semelhante à insulina (IGF)
o Angiotensinogênio (regulação da pressão arterial)
o Trombopoietina (regula a produção de plaquetas pela medula óssea)
• Ilhotas de Langerhans no pâncreas produzem:
o Insulina
o Glucagon
o Somatostatina
• Glândulas adrenais produzem:
o Córtex adrenal
Glicocorticóides (principalmente cortisol)
Mineralocorticóides (principalmente aldosterona)
Andrógenos (incluindo DHEA e testosterona)
o Medula adrenal
Adrenalina (epinefrina) – estimula o coração e eleva a PA
Noradrenalina (norepinefrina) - manter a pressão sangüínea em
níveis normais, vasoconstrição periférica e taquicardia
• Rim produz:
o Renina
o Eritropoietina (EPO)
o Calcitriol (a forma ativa da vitamina D3)
• Pele produz:
59
o Vitamina D3 (calciferol)
Em homens:
• Testículos
o Andrógenos (principalmente testosterona)
Em mulheres:
• Folículo ovariano
o Estrógenos (principalmente estradiol)
• Corpo lúteo
o Progesterona
o Estrógenos (principalmente estradiol)
• Placenta (quando grávida)
o Progesterona
o Estrógenos (principalmente estriol)
o Gonadotrofina coriônica humana (HCG)
o Lactogênio placentário humano (HPL)
DIABETES MELLITUS
Fatores predisponentes
Tipos
Tipo 1 – mais comum na infância, o pâncreas não produz insulina
60
Secundárias – associada a outras patologias
Gestacional – ocorre somente na gestação
Sinais e sintomas
Tratamento
Cuidados de enfermagem
• Cuidados com dieta
• Sinais de hipoglicemia
• Conforto
• HGT
• Administração de fármacos
• Orientações gerais
DISFUNÇÕES DA TIREÓIDE
HIPERTIREOIDISMO
Causas: Desconhecida
61
Fatores predisponentes: estresse, infecções, emocional
Tratamento
• Fármacos inibidores da produção hormonal
• Radiação por iodo VO
• Cirurgia - tireoidectomia
Cuidados de enfermagem
• Conforto
• Ambiente arejado
• Cuidados com dieta
• Oferecer atividades desestressantes
• Cuidados com higiene pessoal
• Administração de fármacos
HIPOTIREOIDISMO
• Tratamento medicamentoso
62
• Conforto
• Hidratação da pele
• Aquecer o paciente
• Cuidados com dieta
• Ingesta hídrica
• Administração de laxantes
DISFUNÇÕES DA PARATIREÓIDE
HIPERPARATIREOIDISMO
Tratamento:
• Paratireoidectomia
• Restrição de cálcio na dieta
• Antiácidos se distúrbios intestinais
Cuidados de enfermagem:
63
• Estimular o apetite
HIPOPARATIREOIDISMO
Tratamento:
• Farmacológico – Ca VO
• Gluconato de Ca EV
• Gluconato de Ca VO
• Vitamina D – acelera a absorção do cálcio
Cuidados de enfermagem:
64
UNIDADE 7 - PNEUMOLOGIA
DOENÇAS DO APARELHO RESPIRATÓRIO
ENFISEMA
65
tuberculose e o envelhecimento favorecem o surgimento do enfisema em conseqüência
da fibrose, com perda da elasticidade pulmonar. Essa doença caracteriza-se por
evolução lenta e gradual. Na fase tardia, o paciente apresenta cansaço aos esforços
rotineiros, tosse produtiva, desconforto relacionado com a menor capacidade de respirar
(dispnéia), uso abusivo da musculatura acessória, definindo o tórax em barril
agitação/sonolência, dificuldade de concentração, tremor das mãos e anorexia com
perda de peso.
Alguns exames são solicitados para avaliar a capacidade respiratória individual e
o tamanho da lesão, dentre eles a tomografia computadorizada e a espirometria.
As complicações freqüentes do enfisema são o pneumotórax e a insuficiência
respiratória aguda.
BRONQUITE CRÔNICA
ASMA
66
É uma doença comum, podendo ser reversível, afetando cerca de 10% da
população, abrangendo indivíduos de todas as idades. Consiste na obstrução dos
bronquíolos, em decorrência do broncoespasmo (estreitamento dos brônquios),
associada ao edema das mucosas e à produção excessiva de muco (catarro).
Os principais sintomas da asma são: tosse seca, dispnéia e sibilo. Estas
manifestações ocorrem em crises de duração variável, podendo ser de minutos, horas e
até de dias.
A asma pode ser causada por vários fatores, entre eles: os alérgenos (poeira
domiciliar, ácaros, poluição ambiental, pêlos de animais e alguns alimentos); infecções
respiratórias; fatores emocionais; atividade física intensa; alguns medicamentos;
hereditariedade e alterações climáticas.
O tratamento da asma aguda visa restaurar a função pulmonar rapidamente,
evitar complicações e controlar os fatores desencadeantes das crises.
67
• Exercícios respiratórios: orientar quanto à importância da realização freqüente
dos exercícios e sua finalidade; ensinar as técnicas mais modernas como a da
respiração diafragmática, respiração com lábios entreabertos, etc.;
• Fisioterapia respiratória: a fisioterapia para limpeza das vias aéreas inferiores é
importante, mas é passível de supervisão de profissional especializado. O cliente
deve ser orientado e encaminhado.
PNEUMONIA
68
A principal complicação da pneumonia é o acúmulo de líquido no parênquima
pulmonar ou derrame pleural. O tratamento é a base de antibióticos, devendo-se evitar o
uso de xaropes contra a tosse.
As ações de enfermagem junto ao cliente com pneumonia são:
• incentivar a tosse;
• fornecer nebulização periódica e a drenagem postural conforme indicado;
• realizar mudanças de decúbito com intervalos regulares;
• avaliar diariamente características do escarro e do padrão respiratório;
• fornecer oxigenoterapia quando indicado;
• verificar sinais vitais;
• estimular a ingestão hídrica e alimentação adequada;
• proporcionar repouso necessário;
• evitar a exposição a alérgenos e ao fumo;
• administrar medicação (antibióticos, analgésicos, antitérmicos) prescrita;
• incentivar exercícios respiratórios gradativos, de acordo com a condição física
do cliente.
INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA
69
• monitoramento da função respiratória: através do controle dos sinais vitais,
avaliação da coloração e temperatura da pele e mucosa e do nível de
consciência;
• oxigenoterapia: colocar à disposição os materiais para instituir a ventilação
mecânica que poderá ocorrer por exaustão respiratória e/ou alterações
metabólicas (desequilíbrio dos níveis de oxigênio/dióxido de carbono);
• alívio da ansiedade e medo: fazer companhia, proporcionando segurança e
conforto;
• umidificação e fluidificação de secreções: promover a fluidificação e limpeza
das vias aéreas, utilizando técnicas assépticas;
• mudança de decúbito: promover a mudança de decúbito em intervalos regulares,
atentando para conforto físico;
• aspiração de secreção de vias aéreas.
DERRAME PLEURAL
PNEUMOTÓRAX
70
Pneumotórax ou pulmão colapsado é uma emergência médica causada pela
presença de ar na cavidade pleural, ocorrendo como resultado de uma doença ou lesão.
O pneumotórax pode ser classificado quanto a etiologia em:
HEMOTÓRAX
HIDROTÓRAX
DRENAGEM DE TÓRAX
71
O dreno torácico consiste num tubo que é inserido no tórax para drenagem de
gases (pneumotórax, pneumomediastino) ou secreções (derrame pleural, empiema
pleural, etc). Pode ser colocado no pós-operatório de uma cirurgia torácica ou cardíaca,
ou para resolver complicações de um traumatismo ou enfisema.
A cavidade torácica, em particular o espaço pleural, tem pressão negativa em
relação à pressão atmosférica. Ao ser introduzido um dreno torácico, este deve ser
conectado a um sistema coletor de drenagem pleural ou mediastinal de modo a garantir
a hermeticidade da cavidade torácica
O dreno torácico tubular multiperfurado é um tubo plástico macio que possui um
filamento radiopaco por toda a extensão. A ponta é arredondada para minimizar o
traumatismo. Cada dreno torácico tubular possui um diâmetro.
A flexibilidade do material plástico varia, de modo a permitir além da drenagem
necessária, também o conforto ao paciente.
72
Instruções de uso
Recomenda-se o preparo por toda a equipe hospitalar de modo a padronizar e
protocolar a rotina do uso do Sistema coletor de drenagem.
As técnicas de manuseio poderão ser individualizadas, a critério médico e de
acordo com as necessidades cirúrgicas.
73
Verificar se existe oscilação ou borbulhamento no nível líquido.
Ordenha
As manobras de ordenha são empregadas sob supervisão médica ou da
enfermagem quando ocorrer obstrução por coágulos do Sistema coletor de drenagem
pleural ou mediastinal.
Utilizar pinça de ordenha ou ordenhar com a mão o tubo de drenagem e o dreno
torácico de modo a remover possíveis obstruções.
74
pinçamento (clampeamento) prolongado
Portanto, o tubo de drenagem deverá ser mantido quase esticado, sem curvas,
desta forma se evita a formação de sifões por coleção de líquido pleural no próprio
tubo de drenagem.
Para evitar o refluxo de líquido do frasco coletor para a cavidade torácica não se
deve elevar o frasco coletor acima do nível da cintura do paciente.
O pinçamento (clampeamento) prolongado do tubo de drenagem com a
presilha deve ser evitado, principalmente quando houver escape aéreo (borbulhamento),
o que poderá provocar pneumotórax hipertensivo ou enfisema de subcutâneo.
Pelo mesmo motivo, nunca tampe o Respiro da tampa do frasco coletor.
Pneumotórax aberto
O Pneumotórax aberto com suas repercussões clínicas de insuficiência
respiratória ocorrerá em caso de desconexão do Sistema coletor de drenagem pleural ou
mediastinal, ou se o frasco coletor estiver sem o nível líquido mínimo obrigatório.
Também nunca deixe virar ou tombar o frasco coletor.
Em caso de ruptura do frasco coletor deve-se fechar o tubo de drenagem do
Sistema coletor de drenagem pleural ou mediastinal e rapidamente substituir por outro
íntegro.
Verificar as conexões de todo o Sistema coletor de drenagem pleural ou
mediastinal de modo a não permitir vazamentos de líquido ou entrada de ar.
Não é recomendável perfurar o dreno torácico ou o tubo de drenagem do
Sistema coletor de drenagem pleural ou mediastinal para colher secreções.
Evitar as adaptações que podem ocorrer quando se utilizam dispositivos de
diversos fabricantes.
Precauções médicas
A reexpansão rápida do pulmão colabado deve ser evitada.
A evacuação rápida do líquido pleural (pneumotórax, hidrotórax ou hemotórax) poderá
provocar mal estar, dor, dispnéia e até edema pulmonar com grave repercussão
sistêmica.
Instruções ao paciente
75
A drenagem pleural fechada em selo d'água é o tratamento básico para a
remoção de gases ou líquido entre as pleuras, com o uso de um sistema coletor de
drenagem pleural ou mediastinal.
A instrução sobre o funcionamento do Sistema coletor de drenagem pleural ou
mediastinal ao paciente ou aos seus representantes é da responsabilidade da Equipe
médica e da enfermagem.
As instruções devam incluir noções e cuidados para se obter uma perfeita
sifonagem do Sistema coletor de drenagem pleural ou mediastinal no paciente acamado,
na deambulação e no transporte.
Orientar que não se deve elevar o frasco coletor acima do nível da cintura, para
evitar o refluxo de líquidos do frasco coletor para a cavidade torácica.
Orientar como manter o tubo drenagem quase esticado, sem formar sinuosidades
acentuadas, dobras ou acotovelamentos.
Também, deve-se orientar que o paciente não deite em cima do tubo de
drenagem de modo a não obstruí-lo.
Orientar como se devem evitar movimentos corpóreos bruscos de modo a não
tracionar o tubo de drenagem, o que pode provocar desconexões, deslocamento
doloroso ou arrancamento do dreno torácico.
Avisar imediatamente ao médico, em caso de desconexão acidental ou
sangramento.
Deambulação
O paciente deverá deambular normalmente, caso não haja contra-indicação
clínica.
Para maior comodidade, o paciente deverá utilizar a alça de transporte.
Transporte do paciente
Não deixar formar curvas acentuadas, dobras ou acotovelamentos no tubo de
drenagem.
Manter sempre o frasco coletor abaixo do nível da cintura, deste modo se evita
que o líquido seja aspirado para o interior do tórax do paciente.
Na presença de fístula aérea, o dreno não deve ser pinçado durante o transporte
em maca ou cadeira de rodas.
76
Não pinçar o dreno torácico ao fazer radiografias, transporte ao centro cirúrgico
ou nas ambulâncias.
Rotina para o manuseio e troca do frasco refil
A freqüência da troca do frasco coletor antigo por outro novo estéril deverá ser
diária, quando o mesmo estiver repleto ou a critério médico.
Preparar um novo frasco antes de abrir a tampa do frasco em uso, que vai ser
desprezado.
77
nível líquido, a data e a hora da instalação do frasco coletor. Verificar se existe
oscilação ou borbulhamento no nível líquido.
A cada troca do frasco coletor refil ou do sistema coletor de drenagem pleural ou
mediastinal deverá ser revisto:
o nível líquido mínimo obrigatório do frasco coletor
rever o selo d'água, ou seja, se a extremidade do tubo no interior do frasco
coletor ficou submersa cerca de 1 a 2 cm abaixo do nível líquido mínimo
obrigatório.
78
UNIDADE 8 - HEMATOLOGIA
SISTEMA HEMATOLÓGICO
Medula óssea
A medula óssea ocupa o interior dos ossos esponjosos e a cavidade central dos
ossos longos do esqueleto. A medula óssea corresponde a 4 a 5% do peso corporal,
sendo um dos maiores órgãos do corpo. A medula óssea pode ser vermelha ou amarela.
A medula vermelha é o local de produção ativa de hemácias, sendo o maior órgão
hematopoiético (produtor de sangue). A medula amarela é composta basicamente por
gordura e não é ativa na produção de elementos do sangue. A medula vermelha do
adulto se localiza principalmente nas costelas, coluna vertebral e em outros ossos
chatos.
Componentes do sangue
79
Hematócrito – 40 a 50%
Hemoglobina – 12 a 16%
HEMOFILIA
Causa
O gene que causa a hemofilia é transmitido pelo par de cromossomos sexuais
XX. Em geral, as mulheres não desenvolvem a doença, mas são portadoras do defeito.
O filho do sexo masculino é que pode manifestar a enfermidade.
Diagnóstico
Além dos sinais clínicos, o diagnóstico é feito por meio de um exame de sangue
que mede a dosagem do nível dos fatores VIII e IX de coagulação sangüínea.
Sintomas
Nos quadros graves e moderados, os sangramentos repetem-se espontaneamente.
Em geral, são hemorragias intramusculares e intra-articulares que desgastam primeiro as
cartilagens e depois provocam lesões ósseas. Os principais sintomas são dor forte,
80
aumento da temperatura e restrição de movimentos e as articulações mais
comprometidas costumam ser joelho, tornozelo e cotovelo.
Os episódios de sangramento podem ocorrer logo no primeiro ano de vida do
paciente sob a forma de equimoses, que se tornam mais evidentes quando a criança
começa a andar e a cair. No entanto, quando acometem a musculatura das costas, não
costumam exteriorizar-se.
Nos quadros leves, o sangramento ocorre em situações como cirurgias, extração
de dentes e traumas.
Tratamento
O tratamento da hemofilia evoluiu muito e, basicamente, consiste na reposição
do fator anti-hemofílico. Paciente com hemofilia A recebe a molécula do fator VIII, e
com hemofilia B, a molécula do fator IX. Os hemocentros distribuem gratuitamente
essa medicação que é fornecida pelo Ministério da Saúde.
Quanto mais precoce for o início do tratamento, menores serão as sequelas que
deixarão os sangramentos. Por isso, o paciente deve ter em casa a dose de urgência do
fator anti-hemofílico específico para seu caso e ser treinado para aplicá-la em si mesmo
tão logo apareçam os primeiros sintomas.
Deve também fazer aplicações de gelo, no mínimo, três vezes por dia, por 15 ou
20 minutos, até que a hemorragia estanque.
Vencida a fase aguda, o portador de hemofilia deve ser encaminhado para
fisioterapia a fim de reforçar a musculatura e promover estabilidade articular.
Recomendações
• Os pais devem procurar assistência médica se o filho apresentar sangramentos
frequentes e desproporcionais ao tamanho do trauma;
• Manchas roxas que aparecem no bebê quando bate nas grades do berço podem
ser um sinal de alerta para diagnóstico da hemofilia;
• Os pais precisam ser orientados para saber como lidar com o filho hemofílico e
devem estimular a criança a crescer normalmente;
• A prática regular de exercícios que fortaleçam a musculatura é fundamental para
os hemofílicos. No entanto, esportes como judô e futebol são desaconselhados;
• Episódios de sangramento devem receber tratamento o mais depressa possível
para evitar as sequelas musculares e articulares causadas pela hemorragia.
81
ANEMIAS
Tipos de anemias:
82
causa mais comum de anemia ferropriva em adulto é devida a sangramentos
gastrointestinais.
Tratamento:
A alimentação durante a fase de tratamento medicamentoso, principalmente
com sulfato ferroso e outros sais de ferro deve abster-se de frutas que
contenham tanino (banana verde, caquis, e outras geralmente com sabor adstringente)
porque, em contato com os sais de ferro, forma tanoato de ferro, não absorvível pelo
trato gastrointestinal. O tempo de tratamento é determinado pelo médico mas nunca
deve ser inferior a 90-120 dias pois este é o tempo necessário para completa
substituição das hemácias circulantes no organismo.
É aconselhado nesses casos comer alimentos ricos em ferro tais como beterraba,
e ricos em vitamina C, tal como a laranja e o feijão muito rico em ferro.
Em estado avançado, a consulta médica é necessária, pois pode haver
necessidade de uma transfusão de sangue.
Causas:
Defeito na absorção
Doença celíaca
Acidúria metilmalônica
Homocistinúria
83
Tratamento da tuberculose com ácido para-aminosalicílico (PAS)
Má nutrição na infância
Deficiência na dieta materna durante a gestação pode causar anemia perniciosa
em bebês com menos de 4 meses de idade.
Sintomas
Os pacientes com anemia perniciosa podem apresentar:
Fraqueza
Fadiga
Diarréia
Língua lisa
Adormecimento e formigamento dos pés e das mãos (parestesia)
Icterícia
Sintomas
Há a presença de todos os sintomas clássicos da anemia comum, que são
causados pelo déficit de hemácias (uma vez que elas têm vida útil muito curta).
Desses podem-se citar fadiga, fraqueza, palidez (principalmente
nas conjuntivas e palmas das mãos, o que torna bastante difícil a visualização, já que
estas geralmente são as únicas partes que permanecem claras em indivíduos mais
escuros, mesmo quando os mesmos estão em situação de plena normalidade médica).
Há, contudo, a presença de uma gama de sintomas característicos da anemia
falciforme aguda, que são causados pelo aumento da viscosidade sanguínea que é a
aglomeração de hemácias doentes. Por causa disso pode haver formação de
trombos (coágulos) nas mais diversas áreas do organismo, com déficit do transporte
84
sanguíneo para a área. Em regiões musculares ou conjuntivas, isso pode causar crises de
dor intensa.
Concomitantemente a isso, há um aumento do número de hemácias doentes, uma
vez que a acidose e a deficiência de oxigênio facilita a deformação permanente. Pode
causar também hemorragia, descolamento retiniano, priapismo, acidente vascular
cerebral, infarto, calcificações em ossos com dores agudas, insuficiência renal e
pulmonar, dependendo da fase de vida. Nas mãos e nos pés principalmente das crianças,
pode haver edema causado pela obstrução de vasos naquelas áreas, também
acompanhado com crises de dor. Há um aumento drástico no número de infecções.
Tratamento
O único tratamento curativo para a anemia falciforme é o transplante de medula
óssea. Este tratamento, no entanto, foi realizado em um número relativamente pequeno
de pacientes ao redor do mundo, com maior taxa de sucesso entre crianças. Ainda é
necessário um número maior de estudos e a determinação de características clínicas que
permitam indicar o transplante com maior segurança. São realizadas transfusões durante
exacerbações da anemia. Pacientes com complicações graves, como acidente vascular
cerebral, são submetidos a regimes regulares de transfusão sanguínea.
Causas:
Uma das causas pode ser de ordem auto-imune; em determinadas situações não
se determina a causa. Já em outras pode estar envolvido o uso de algumas
drogas como cloranfenicol, carbamazepina, fenitoína, quinino, benzeno;
radiação também pode estar envolvida; Pode-se ter ainda como gênese desta anemia,
infecção por vírus.
Sinais e sintomas
85
Portadores desta patologia podem ter sangramentos pela trombocitopenia, sejam
micro sangramentos na forma de hematomas na pele ou sangramentos
profusos; também pode acontecer e graves infecções, podendo chegar a quadro
de septicemia.
Tratamento
Apenas 25% dos pacientes possuem doadores compatíveis e para estes o
tratamento baseia-se no transplante de medula óssea; Então, hoje em dia, o tratamento
mais utilizado é a imunossupressão do sistema imunológico, pois acredita-se que ele é o
responsável por suprimir a hematopoiese (produção sanguínea).
LEUCEMIA
A leucemia é uma doença maligna dos glóbulos brancos (leucócitos) de origem, na
maioria das vezes, não conhecida. Ela tem como principal característica o acúmulo de
células jovens (blásticas) anormais na medula óssea, que substituem as células
sanguineas normais. A medula é o local de formação das células sanguíneas, ocupa a
cavidade dos ossos, principalmente esterno e bacia, e é conhecida popularmente por
tutano. Nela são encontradas as células mães ou precursoras, que originam os elementos
86
figurados do sangue: glóbulos brancos, glóbulos vermelhos (hemácias ou eritrócitos) e
plaquetas .
Os principais sintomas da leucemia decorrem do acúmulo dessas células na medula
óssea, prejudicando ou impedindo a produção dos glóbulos vermelhos (causando
anemia), dos glóbulos brancos (causando infecções) e das plaquetas (causando
hemorragias). Depois de instalada, a doença progride rapidamente, exigindo com isso
que o tratamento seja iniciado logo após o diagnóstico e a classificação da leucemia.
O tipo de leucemia mais freqüente na criança é a LLA - leucemia linfóide aguda
(ou linfoblástica). A LMA - leucemia mielóide aguda é mais comum no adulto. Esta
última tem vários subtipos: mieloblástica (menos e mais diferenciada), promielocítica,
mielomonocítica, monocítica, eritrocítica e megacariocítica.
Diagnóstico
As manifestações clínicas da leucemia aguda são secundárias à proliferação
excessiva de células imaturas (blásticas) da medula óssea, que infiltram os tecidos do
organismo, tais como: amígdalas, linfonodos, pele, baço, rins, sistema nervoso central
(SNC) e outros. A fadiga, palpitação e anemia aparecem pela redução da produção dos
eritrócitos pela medula óssea. Infecções que podem levar ao óbito são causadas pela
redução dos leucócitos normais (responsáveis pela defesa do organismo). Verifica-se
tendência a sangramentos pela diminuição na produção de plaquetas (trombocitopenia).
Outras manifestações clínicas são dores nos ossos e nas articulações. Elas são causadas
pela infiltração das células leucêmicas nos ossos. Dores de cabeça, náuseas, vômitos,
visão dupla e desorientação são causados pelo comprometimento do SNC.
A suspeita do diagnóstico é reforçada pelo exame físico. O paciente pode apresentar
palidez, febre, esplenomegalia e sinais decorrentes da trombocitopenia, tais como
epistaxe, hemorragias conjuntivais, sangramentos gengivais, petéquias e equimoses. Na
análise laboratorial, o hemograma estará alterado, porém, o diagnóstico é confirmado no
exame da medula óssea (mielograma).
Tratamento
Como geralmente não se conhece a causa da leucemia, o tratamento tem o
objetivo de destruir as células leucêmicas, para que a medula óssea volte a produzir
células normais. O grande progresso para obter cura total da leucemia foi conseguido
com a associação de medicamentos (poliquimoterapia), controle das complicações
87
infecciosas e hemorrágicas e prevenção ou combate da doença no sistema nervoso
central (cérebro e medula espinhal). Para alguns casos, é indicado o transplante de
medula óssea. O tratamento é feito em várias fases. A primeira tem a finalidade de
atingir a remissão completa, ou seja, um estado de aparente normalidade que se obtém
após a poliquimioterapia. Esse resultado é conseguido entre um e dois meses após o
início do tratamento (fase de indução de remissão), quando os exames não mais
evidenciam células leucêmicas. Isso ocorre quando os exames de sangue e da medula
óssea (remissão morfológica) e o exame físico (remissão clínica) não demonstram mais
anormalidades.
Entretanto, as pesquisas comprovam que ainda restam no organismo muitas
células leucêmicas (doença residual), o que obriga a continuação do tratamento para não
haver recaída da doença. Nas etapas seguintes, o tratamento varia de acordo com o tipo
de leucemia (linfóide ou mielóide), podendo durar mais de dois anos nas linfóides e
menos de um ano nas mielóides. São três fases: consolidação (tratamento intensivo com
substâncias não empregadas anteriormente); reindução (repetição dos medicamentos
usados na fase de indução da remissão) e manutenção (o tratamento é mais brando e
contínuo por vários meses). Por ser uma poliquimioterapia agressiva, pode ser
necessária a internação do paciente nos casos de infecção decorrente da queda dos
glóbulos brancos normais pelo próprio tratamento.
88
UNIDADE 9 - UROLOGIA
Cistite
89
o aumento das infecções urinárias também pode estar associado à atividade sexual pela
exposição dos órgãos genitais femininos.
Em relação aos homens, a cistite geralmente é secundária a alguma outra
doença, como infecções na próstata, no epidídimo ou cálculos vesicais.
Os indivíduos acometidos pela cistite podem apresentar os seguintes sintomas:
urgência miccional, aumento da freqüência urinária, queimação e dor à micção.
Dependendo do estado avançado do processo infeccioso, pode ocorrer piúria,
bacteriúria, hematúria e forte dor na região suprapúbica.
O tratamento das pessoas com cistite se faz através do uso de antibióticos. Uma
atuação efetiva da enfermagem consiste em orientar a importância de se tomar todas as
doses prescritas, mesmo se houver alívio imediato dos sintomas, devido ao risco de
recorrência da infecção mal curada. De uma maneira geral, as cistites não representam
situações clínicas que indiquem internação hospitalar, sendo geralmente tratadas em
nível ambulatorial.
Do ponto de vista preventivo, as cistites podem ser evitadas pelas mulheres por
meio de higiene íntima adequada, uso correto do papel higiênico após urinar,
esvaziamento vesical frequente, inclusive após as relações sexuais por diminuírem a
quantidade de microorganismos nos genitais femininos, e visitas periódicas ao
ginecologista.
Algumas intervenções de enfermagem podem ser adotadas para aliviar o
desconforto associado à cistite, tais como:
• aplicar calor e banhos de imersão quentes, que ajudam a aliviar a dor e a
urgência miccional;
• estimular a ingestão de grandes quantidades de líquidos para promover o
aumento da diurese e eliminar as bactérias do trato urinário;
• orientar o esvaziamento completo da bexiga (a cada duas a três horas), com o
intuito de reduzir o número de bactérias e para não ocorrer reinfecção.
Urolitíase
Entre tantas substâncias que são eliminadas diariamente através da urina, temos
o cálcio e o ácido úrico, que são substâncias cristalinas, isto é, formam cristais. Em
90
situações anormais, estas substâncias se cristalizam, depositando-se em alguma parte do
sistema urinário, formando os cálculos renais ou urolitíases.
Alguns fatores favorecem a formação de cálculos, como infecção das vias
urinárias, estase urinária, períodos prolongados de imobilização no leito, ingestão
excessiva de cálcio e a desidratação.
As manifestações clínicas dos cálculos renais são muito variáveis. Podem
aparecer na forma indolor, ou em crises de cólicas renais caracterizadas por dor intensa
e profunda na região lombar (região do dorso entre o tórax e a pelve), eliminação de
urina com sangue e pus, associadas à distensão abdominal, diarréia, náuseas e vômitos,
devido à proximidade dos rins com o sistema digestório, levando a alterações em seu
funcionamento.
Geralmente, a dor de origem renal apresenta algumas características típicas, tais
como o início abrupto, com irradiação anteriormente e para baixo em direção à bexiga
na mulher e ao testículo no homem.
Esta dor característica tem origem com a obstrução, a inflamação e o edema da
mucosa do trato urinário em contato com o cálculo.
Quando o cálculo se aloja no ureter, surge dor aguda, intensa, em cólica, que se
irradia para a coxa e genitália. Há também um frequente desejo de urinar, mas a pessoa
somente elimina uma pequena quantidade de urina. A maioria dos cálculos pode ser
diagnosticada através da radiografia, que deve ser associada a outros dados, como sinais
e sintomas, tipo da dor e exame de urina.
O objetivo do tratamento de tal enfermidade é: determinar o tipo de cálculo;
eliminar o mesmo; evitar a lesão renal; controlar a inflamação e aliviar a dor.
Os líquidos endovenosos são benéficos no sentido de auxiliar o cliente a expelir
o cálculo, além de reduzir a concentração de cristais urinários e assegurar elevado
volume urinário.
Em geral, os cálculos de 0,5 a 1cm de diâmetro são eliminados
espontaneamente. Aqueles com mais de 1cm devem ser removidos ou fragmentados,
através de um procedimento não-cirúrgico (litotripsia),utilizado para fracionar cálculos
renais para serem eliminados pela urina. No entanto, em algumas situações, há
necessidade da remoção cirúrgica.
A equipe de enfermagem irá participar da prevenção de recidiva de cálculos,
prestando as seguintes orientações após a alta hospitalar:
91
• o alívio da dor pode ser facilitado por meio de banhos quentes ou aplicação de
calor úmido na região do flanco;
• uma ingestão elevada de líquidos deve ser mantida, pois os cálculos se formam
mais facilmente em uma urina concentrada.
No que se refere à dieta, a pessoa deve ser encorajada a seguir um regime para
evitar a formação de outros cálculos, evitando alimentos ricos em cálcio, tais como:
leite e seus derivados, gema de ovo, vísceras e alguns vegetais como a beterraba,
espinafre e ervilhas.
Glomerulonefrite
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Durante a hospitalização, a equipe de enfermagem, diariamente, encaminhará o
cliente para pesar e realizará balanços hídricos, de modo a acompanhar a recuperação da
função renal pelo aumento ou redução do edema. Uma dieta com restrição de sódio,
água e proteínas deverá ser oferecida, de modo a diminuir o edema, a pressão arterial e
o risco de uremia.
Episódios frequentes de glomerulonefrite aguda podem levar à glomerulonefrite
crônica. A principal alteração está no fato de haver uma redução progressiva do
tamanho dos rins, uma vez que, a cada episódio de glomerulonefrite aguda, ocorrem
mortes de grande número de néfrons. Em alguns pacientes, somente se consegue
descobrir a glomerulonefrite crônica devido à hipertensão arterial.
O tratamento da glomerulonefrite crônica é ambulatorial e baseado nas
complicações que eles apresentam, tais como insuficiência cardíaca, renal e hipertensão
arterial.
Em nível ambulatorial, os profissionais de enfermagem devem salientar a
importância do acompanhamento e da adesão ao tratamento, bem como orientar quanto
ao repouso que deve ser com os membros inferiores elevados para reduzir o edema e
sobre a necessidade de pesar-se diariamente. A pessoa deverá ser instruída a notificar ao
profissional que a está acompanhando sintomas, como fadiga, náuseas, vômitos e
diminuição da urina.
A família deve ser orientada a participar do tratamento e acompanhamento,
recebendo informações sobre o que está acontecendo, tendo suas perguntas respondidas
e sendo respeitada a sua liberdade de expor suas preocupações.
Pielonefrite
Pielonefrite aguda
93
É uma infecção supurativa (com produção de pus). É quase sempre causada por
bactérias e só raramente por vírus (tipo Polioma) ou fungoscomo Candida albicans.
Afeta mais frequentemente três populações: bebês com menos de um ano e
anomalias congénitas do sistema urinário; mulheres de meia idade e homens idosos com
hiperplasia da próstata.
Causas
A pielonefrite é frequentemente causada por bactérias Gram-negativas que são
flora normal no intestino. Estas bactérias
(Escherichia coli,Enterobacter, Proteus Mirabillis, Klebsiella) causam as infecções do
trato urinário (ITUs), mais frequentes nas mulheres. As pielonefrites são quase sempre
complicações decorrentes destas infecções da uretra, bexiga e/ou ureteres - denominada
infecção ascendente. Normalmente os ureteres não recebem urina de volta da bexiga,
devido a mecanismos anti-refluxo. Contudo se estes mecanismos devido a anomalias
congênitas ou a inflamação não forem eficazes, o refluxo de urina pode transportar
bactérias que infectam a bexiga ou a uretra para o rim. Outra condição que
frequentemente leva à pielonefrite é a obstrução do ureter. A obstrução pode ser devida
a litíase renal ("pedra dos rins") ou nos idosos do sexo masculino a hiperplasia benigna
da próstata (uma condição quase universal a partir dos 70 anos) pode provocar
suficiente obstrução também. Nessa situação, a estase da urina acima da
obstrução permite o crescimento bacteriano, que normalmente seria impedido pelo fluxo
constante. A cateterização de doentes acamados ou com outros problemas das vias
urinárias também é um fator de risco.
Sintomas
O início é abrupto, com dor na micção (disúria) e maior frequência e urgência,
inclusivamente acordando o doente à noite (noctúria). Como em qualquer infecção,
há febre, suores, mal-estar. São detectáveis leucócitos em massas cilíndricas na urina
(piúria), devido a terem sido arrastados dos túbulos cilíndricos pela urina.
Tratamento
94
ocorrer complicações. Estas incluem a septicémia, multiplicação bacteriana no sangue
grave, frequentemente mortal, ou a necrose da pelve renal, com insuficiência
renal crônica.
Pielonefrite crônica
Causas
A causa mais frequente é a insuficiência dos mecânismos anti-refluxo, com
refluxo de urina da bexiga para o rim. Outra causa frequente é a litíase renal,
com cálculos obstrutivos do fluxo da urina.
Sintomas
O início pode ser gradual ou dar-se ataque de pielonefrite aguda. Pode complicar
com surgimento de hipertensão arterial de causa renal; síndrome nefrótica;
e insuficiência renal.
Tratamento
A pielonefrite crônica não raramente resulta em insuficiência renal crônica, com
necessidade de diálise. A terapia com antibióticos resolve os episódios agudos, mas não
impede a sua recorrência.
95
Doenças da próstata
A próstata é uma glândula exócrina que faz parte do sistema reprodutor dos
mamíferos machos. A função da próstata humana é produzir e armazenar o fluido
seminal, que compõe o sêmen.
As principais doenças que atingem a próstata são o câncer de próstata, a
hiperplasia prostática benigna e a prostatite.
Câncer de próstata:
É uma doença na qual ocorre o desenvolvimento de um cancro/câncer na
próstata. Ocorre quando as células da próstata sofrem mutações e começam a se
multiplicar sem controle. Estas células podem se espalhar (metástase) a partir da
próstata em direção a outras partes do corpo, especialmente ossos e linfonodos. O
câncer de próstata pode causar dor, dificuldade em urinar, disfunção erétil e outros
sintomas.
Este tipo de câncer se desenvolve mais frequentemente em homens acima dos 50
anos de idade. Entretanto, muitos homens que desenvolvem câncer de próstata não
apresentam sintomas e acabam morrendo por outras causas. Muitos fatores, incluindo
genética e dieta, tem sido relacionados ao desenvolvimento do câncer de próstata.
O câncer de próstata é mais frequentemente descoberto através de exame físico
ou por monitoração dos exames de sangue, como o teste do "PSA" (sigla em inglês para
antígeno prostático específico).
O câncer de próstata pode ser tratado com cirurgia, radioterapia, terapia
hormonal, quimioterapia ou alguma combinação deste
97
UNIDADE 10 - NEUROLÓGICA - DISFUNÇÕES NEUROLÓGICAS
98
transitória, parestesia, paresia, hemiplegia. Podem ocorrer, ainda, cefaléia occipital
grave, tonteira, vômitos, confusão mental e alteração da memória.
99
restrição ao leito, quando indicada, deve ser rigorosamente observada. Cliente e
familiares precisam ser alertados quanto ao risco de queda e, conseqüentemente,
lesões podem ocorrer;
100
É importante lembrar que a redução da incidência de AVC está relacionada
também ao controle dos fatores de risco, tais como: hipertensão, diabetes, alcoolismo,
tabagismo, hipercolesterolemia e obesidade, através de campanhas esclarecedoras e
busca ativa para diagnóstico precoce e controle adequado.
Podemos dizer que uma pessoa está consciente quando ela está alerta e é capaz
de manter um diálogo coerente e organizado e, caso não seja capaz de falar ou ouvir,
quando compreende a linguagem escrita ou falada.
O encéfalo é o órgão responsável por esta situação. Ele é o órgão mais
importante do corpo, pois recebe impulsos de outros órgãos que o capacitam a controlar
os sinais vitais do indivíduo. O encéfalo controla os batimentos do coração, a fome e a
sede. Dos olhos, ouvido,
nariz e pele, recebe mensagens que informam ao homem a respeito do mundo que o
cerca, fazendo com que ele seja capaz de compreender o seu meio ambiente, manter o
estado de consciência que permite a vigilância e percepção de si mesmo, dos outros e
posicionar-se no tempo e no espaço.
As alterações da consciência ocorrem quando há uma lesão direta no encéfalo,
como traumas, tumor, doença de Alzheimer, acidente vascular cerebral, abscessos, ou
mesmo podem acontecer em decorrência de doenças sistêmicas, como cetoacidose
diabética, hipoglicemia, alcoolismo, intoxicações e deficiência nutricional. A equipe de
saúde, ao cuidar de uma pessoa com alterações de consciência, pode deparar-se com as
seguintes situações:
101
→ Torpor - a pessoa permanece dormindo, com dificuldade de responder a
estímulos verbais, porém reage aos estímulos dolorosos;
O estado de coma
O coma é caracterizado por uma condição em que a pessoa não desperta, seja
por estímulos físicos (estímulo doloroso profundo), psicológicos (presença de familiares
e entes queridos) ou por alguma necessidade fisiológica como a respiração.
O estado de coma apresenta graus variados de profundidade, quais sejam:
102
O diagnóstico dos tipos de coma é feito por meio de exames invasivos e não-
invasivos. Dentre os não-invasivos, temos a tomografia computadorizada e a
ressonância magnética, métodos modernos de investigação de sangramentos
intracranianos que utilizam o computador para a análise dos dados.
103
→ fazer mudança de sua posição regularmente, prevenindo úlceras de decúbito e
estase pulmonar;
→ deixar as grades do leito levantadas;
→ controlar o nível de ruído no ambiente, evitando conversas desnecessárias e
músicas altas em torno do leito, visto que o ouvido é o último órgão dos sentidos
a perder sua capacidade;
→ manter as vias aéreas desobstruídas, aspirando secreções da orofaringe e/ou
traqueais;
→ fornecer oxigênio na dosagem e via prescritas; monitorar os sinais vitais para
observação da oxigenação e circulação adequadas;
→ manter uma via venosa permeável para facilitar o acesso de medicamentos
rotineiros e de urgência;
→ monitorar o fluxo urinário e a eliminação de fezes para identificar precocemente
sinais de alterações renais e de retenção de fezes;
→ conservar os olhos umidificados e protegidos como prevenção de escara de
córnea; umidificar a mucosa oral, evitando fissuras e outras lesões;
→ manter sonda nasogástrica desobstruída para evitar vômitos e aspirações de
conteúdo gástrico;
→ manter suporte nutricional e hidratação adequada, fornecendo alimentos e
líquidos através da sonda nasogástrica, para garantir ao organismo melhores
condições de recuperação;
→ realizar movimentos passivos na prevenção da formação de trombos, contraturas
musculares e queda dos pés e mãos;
→ manter conversação, explicando procedimentos a serem realizados,
estabelecendo uma relação de segurança e confiança, ainda que o cliente não
entenda;
→ acompanhar e apoiar os familiares por ocasião das na visitas.
104
resposta a
estímulo de dor
um chamado
Orientado,
Emite sons Pronuncia
Emudeci Confuso, conversa
Verbal incompreensívei palavras N/A
do desorientado normalment
s inapropriadas
e
Flexão Flexão / Reflexo
Não se Extensão a Localiza
anormal a de retirada a Obedece a
Motor movimen estímulos estímulos
estímulos estímulos comandos
ta dolorosos dolorosos
dolorosos dolorosos
Interpretação:
Pontuação total: de 3 a 15
3 = Coma profundo (85% de probabilidade de morte; estado vegetativo);
4 = Coma profundo;
7 = Coma intermediário;
11 = Coma superficial;
15 = Normalidade
ANEURISMA CEREBRAL
Causas:
105
Os aneurismas podem resultar de defeitos congênitos, condições pré-existentes
como pressão sanguínea alta e aterosclerose (o desenvolvimento de depósitos
gordurosos nas artérias) ou trauma físico na cabeça. Os aneurismas cerebrais ocorrem
mais comumente em adultos do que em crianças, mas podem ocorrer em qualquer
idade. São um pouco mais comum em mulheres do que em homens.
Sintomas:
Um pequeno aneurisma, em fase inicial não produz sintomas. Ao aumentar, o
indivíduo pode ter sintomas como dor de cabeça, sensibilidade a luz, náusea, vômito e
perda de consciência.
A ruptura do aneurisma é perigosa e geralmente causa sangramento dentro do
cérebro podendo causar morte. Está situação é um dos tipos de derrame cerebral.
A morte pode ocorrer se houver o comprometimento de áreas vitais como as de
controle da respiração ou da pressão arterial.
Tratamento:
O tratamento deve ser rápido e é cirúrgico, sendo complicada devido às
dificuldades no acesso ao local sem lesar mais o cérebro, e como manter íntegra a
circulação sanguínea da parte antes irrigada por esta artéria. Dependendo do local deste
aneurisma no cérebro, a cirurgia pode ser mais ou menos arriscada. É tratada pelo
neurocirurgião.
Existem duas formas básicas de tratamento: por microcirurgia e por via
endovascular.
Escala
Durante um quadro de ruptura de aneurisma, os sintomas permitem alguma
previsibilidade de evolução.
1º Grau: Dor de cabeça leve e leve sensibilidade à luz. Chance de Sobrevivência 80%
2º Grau: Forte dor de cabeça, forte sensibilidade a luz, pequena preguiça. Chance de
Sobrevivência 60%
3º Grau: Forte dor de cabeça, forte sensibilidade à luz, preguiça forte. Chance de
Sobrevivência 50%
4º Grau: Começo de estado vegetal. Chance de Sobrevivência 20%
5º Grau: Coma Profundo, moribundo. Chance de Sobrevivência 10%
106
EPILEPSIA
Causas:
Existem várias causas para a epilepsia, pois muitos fatores podem lesar os
neurônios (células nervosas) ou o modo como estes comunicam entre si. Os mais
frequentes são: traumatismos cranianos, provocando cicatrizes cerebrais; traumatismos
de parto; certas drogas ou tóxicos; interrupção do fluxo sanguíneo cerebral causado por
acidente vascular cerebral ou problemas cardiovasculares; doenças infecciosas ou
tumores.
Podem ser encontradas lesões no cérebro através de exames de imagem, como a
tomografia computadorizada, mas normalmente tais lesões não são encontradas. O
eletroencefalograma (EEG) pode ajudar, mas idealmente deve ser feito durante a crise.
Existe uma discussão sobre a “personalidade epiléptica” no sistema legal, mas de um
modo geral o epiléptico não deve ser considerado inimputável.
Quando se identifica uma causa que provoque a epilepsia, esta é designada por
"sintomática", quer dizer, a epilepsia é apenas o sintoma pelo qual a doença subjacente
se manifestou; em 65 % dos casos não se consegue detectar nenhuma causa - é a
chamada epilepsia "idiopática". Emprega-se o termo epilepsia "criptogénica" quando se
suspeita da existência de uma causa mas não se consegue detectar a mesma.
Conquanto possa ser provocada por uma doença infecciosa, a epilepsia, ao invés
de algumas crenças habituais, não é contagiosa, ninguém a pode contrair em contato
com um epiléptico. Na maioria dos casos a epilepsia deve-se à uma lesão cerebral
causada por traumatismo provocado por acidente físico, num tumor, numa infecção, no
parasita cisticerco, num parto mal feito ou numa meningite, embora em menor
freqüência pode ser genético, significando que, em poucos casos, a epilepsia pode ser
transmitida aos filhos. Outro fator que pode explicar a incidência da epilepsia entre
parentes próximos é que algumas causas como a infecção e a meningite, possíveis
107
causas das lesões cerebrais, são contagiosas, expondo parentes próximos a uma
incidência maior. Do mesmo modo, a cisticercose que é causada pela ingestão de
alimentos contaminados pelo parasita Taenia costumeiramente fazem parte da
alimentação de parentes próximos. A despeito da crença popular que a epilepsia é
incurável, existem tratamentos medicamentosos e cirurgias capazes de controlar e até
curar a epilepsia.
Alguns fatores podem desencadear crises epilépticas:
→ mudanças súbitas da intensidade luminosa ou luzes a piscar (algumas pessoas
têm ataques quando vêem televisão, jogam no computador ou frequentam
discotecas)
→ privação de sono
→ ingestão alcoólica
→ febre
→ ansiedade
→ cansaço
→ algumas drogas e medicamentos
→ verminoses (como a neurocisticercose)
Cuidados:
Ao presenciar uma crise convulsiva (que tanto pode ser causado por epilepsia
como por outros motivos, como verminose, traumatismo craniano e febre alta), percebe-
se a contração involuntária da musculatura provocando movimentos desordenados e
geralmente perda da consciência. As manifestações mais evidentes são a queda,
salivação abundante, eliminação de fezes e urina (às vezes) e movimentos
desordenados.
→ Proteja a cabeça da vítima com um travesseiro ou pano (para que ela não se
machuque se debatendo) e afrouxe-lhe a roupa.
→ A vítima poderá morder a própria língua, mas não irá engolí-la. Por isso, não
coloque objetos em sua boca nem tente puxar a língua para fora.
→ Deixe a vítima debater-se livremente. Coloque-a deitada em posição lateral para
que a saliva escorra e o paciente não engasgue.
→ Mantenha-a em repouso, cessada a convulsão. Deixe-a dormir.
108
→ Nas convulsões infantis por febre alta, deite a criança envolta de uma toalha
úmida.
Procure ajuda médica se:
→ A pessoa se feriu gravemente com a crise (por exemplo, bateu a cabeça em
algum objeto)
→ A crise dura mais do que o normal para aquela pessoa (se não se souber a
duração normal da crise para a pessoa em questão, tomar como limite cinco
minutos)
→ Importante: Não jogue água sobre a vítima, não dê tapas, não tenha receio (a
saliva de uma pessoa com epilepsia não transmite a doença). Não é necessário
fazer massagem no coração ou respiração boca-a-boca.
109
UNIDADE 11 - DISFUNÇÕES CARDIOCIRCULATÓRIAS e VASCULPATIAS
Hipertensão arterial
110
Os números de uma medida de pressão arterial representam o valor da pressão
calibrada em milímetros de mercúrio (mmHg). O primeiro número, ou o de maior valor,
é chamado de pressão arterial sistólica ou máxima, que é a pressão do sangue nos vasos
quando o coração se contrai (sístole) para impulsionar o sangue para o resto do corpo; o
segundo número, ou o de menor valor, é chamado de pressão arterial diastólica ou
mínima. Nesse caso, o coração encontra-se na fase de relaxamento (diástole).
A Organização Mundial de Saúde padronizou a medida normal da pressão
arterial entre os limites de 120/80mmHg a 140/90mmHg.
O local mais comum de verificação da pressão arterial é no braço, usando como ponto
de ausculta a artéria braquial. O equipamento utilizado é o esfigmomanômetro e, para
auscultar os batimentos, usa-se o estetoscópio.
A pressão arterial sofre a influência de fatores, tais como: dieta rica em sal,
gordura, obesidade, tabagismo, estresse, alguns medicamentos, sedentarismo, dentre
outros. Portanto, a exposição dos indivíduos a estas condições, denominadas de fatores
de risco, pode elevar o nível da pressão arterial.
E o que é hipertensão arterial? Também conhecida como “pressão alta”, é
definida como uma pressão arterial sistólica maior ou igual a 140 mmHg, e uma pressão
arterial diastólica maior ou igual a 90 mmHg em pessoas que não estão fazendo uso de
medicação antihipertensiva.
Esta elevação anormal pode causar lesões em diferentes órgãos do corpo
humano, sendo a hipertensão arterial um dos principais fatores associados ao
desenvolvimento de doenças cardiovasculares, como a insuficiência coronariana,
insuficiência cardíaca, e a outras doenças, como insuficiência renal e acidente vascular
cerebral.
Apesar de tantos malefícios, a hipertensão arterial é ainda pouco valorizada,
enquanto problema de saúde, pelas pessoas e até mesmo por profissionais de saúde
despreparados técnica e conceitualmente. Vários fatores contribuem para esse descaso,
como, por exemplo, o fato de a hipertensão, quase sempre, não apresentar qualquer
sintoma, o que muitas vezes dificulta o diagnóstico e a adesão ao tratamento.
Existem dois tipos de hipertensão arterial: hipertensão primária, hoje chamada
de hipertensão arterial sistêmica, e secundária.
A hipertensão sistêmica corresponde a 90% dos casos e se caracteriza por não
haver uma causa conhecida, enquanto os 10% restantes correspondem à hipertensão
111
secundária, onde é possível identificar uma causa, como, por exemplo, problemas
renais, tumores de supra-renal e algumas doenças endócrinas.
O diagnóstico é feito através da medida da pressão arterial, porém uma medida
isolada não é suficiente, sendo recomendado duas ou mais medidas em momentos
diferentes, quando da suspeita de hipertensão arterial. As medidas devem ser obtidas em
ambos os braços, com a pessoa nas posições - sentada e deitada.
Até poucos anos atrás, o tratamento do hipertenso era centrado no uso da
medicação. À medida que foi sendo estudada a correlação com os fatores de risco
citados, anteriormente, iniciou-se uma nova abordagem, valorizando as mudanças de
estilo de vida, associadas ou não ao uso de medicamentos.
É recomendado que o hipertenso grau I (leve) seja controlado mediante uma
dieta equilibrada, com diminuição da ingestão de sal, com a prática de atividade física
regular, controle do peso corporal, abandono do consumo de cigarros, álcool e outras
drogas, quando for o caso.
O hipertenso grau II e III (moderado e grave), além do controle dos fatores de
risco modificáveis, necessitará da utilização de medicamentos para o resto da vida.
Quatro grupos de medicamentos são utilizados no tratamento da hipertensão:
diuréticos, betabloqueadores, inibidores da enzima conversora de angiotensina e os
bloqueadores de cálcio. A prescrição do medicamento depende da idade do portador,
das doenças associadas, do custo, dos efeitos colaterais, da experiência clínica e da
organização do serviço de saúde.
O tratamento não-medicamentoso da hipertensão tem como objetivo principal a
prevenção de complicações (lesões de órgão alvo), pois é muito comum um portador de
hipertensão deixar de lado o tratamento por achar que está curado, voltando então a
níveis pressóricos altos. Este é um erro básico, e uma boa orientação visa conscientizar
o hipertenso de que, embora não haja cura, um controle adequado de sua pressão arterial
é suficiente para prevenir lesão de órgão-alvo. Nos casos de hipertensão secundária,
onde há possibilidade de identificar sua causa, na grande maioria das vezes, o
tratamento é possível, assim como a cura.
Ao contrário do que a maioria das pessoas imagina, a hipertensão pode estar
presente sem qualquer sintoma associado (assintomático). Os sintomas que podem
sugerir relação com a hipertensão devem ser muito bem caracterizados. Muitas
pessoas podem apresentar: dor no peito, cefaléia occipital e matinal, edema nos
112
membros superiores e inferiores ao final do dia, escotomas, irritabilidade, cansaço aos
esforços, tonturas e dispnéia.
Os cuidados com as pessoas hipertensas estão centrados no controle da pressão
arterial, no uso correto da medicação prescrita, bem como no incentivo à prática de
atividades físicas e mentais.
O cliente e sua família são os principais atores desse controle, e o técnico de
enfermagem é um facilitador das mudanças necessárias para a manutenção de níveis
pressóricos adequados.
É fundamental o papel de educador a ser desempenhado por toda a equipe de
saúde, na orientação ao cliente e seus familiares, quanto à importância da mudança de
hábitos de vida, de modo que se possa controlar os fatores de risco modificáveis, tais
como: estresse; glicose e colesterol alto, sedentarismo, obesidade, consumo excessivo
de sal, álcool, fumo e drogas ilícitas.
Os programas educacionais e de assistência ao hipertenso têm obtido resultados
satisfatórios, possibilitando um controle adequado apenas em nível ambulatorial,
diminuindo o índice de hospitalização e prevenindo as complicações cardíacas. Hoje,
quando um hipertenso chega a hospitalizar-se, o motivo mais comum é a elevação
súbita da pressão arterial (crise hipertensiva), ou as manifestações de lesões crônicas
decorrentes da hipertensão não-controlada.
Arteriosclerose
113
do vaso, podendo chegar a obstrução total do mesmo. A aterosclerose em geral é fatal
quando afecta as artérias do coração ou do cérebro, órgãos que resistem apenas poucos
minutos sem oxigénio.
Sinais e sintomas
O sintoma clássico inclui dor, suores, vermelhidão das pernas e dilatação das
veias superficiais. Mais de 25% dos pacientes hospitalizados podem ter alguma forma
de TVP que permanece clinicamente inaparente (a não ser que se desenvolva o
embolismo pulmonar).
Alguns fatores de risco devem ser observados ao se levantar o histórico do
paciente: uso de estrógenos no caso de contracepção hormonal, viagens de avião
prolongada, histórico de aborto espontâneo, fatores hereditários de TVP.
Diagnóstico
• Venografia intravenosa
• Testes de sangue: tempo de protrombina, tempo de tromboplastina parcial
ativada, fibrinogênio, dosagens de enzimas do fígado, prova de função renal.
Embolia Pulmonar
114
esquerda e a seus ramos progressivamentes menos calibrosos. Quando atingir um ramo
mais estreito que seu tamanho, o coágulo alí pára, interrompendo a circulação local. Os
êmbolos podem ser coágulos sanguíneos, bolhas de gás ou gordura, entre outras
possibilidades. O termo embolia pulmonar é usado quase como sinônimo de embolia
por coágulo, já que é a situação mais comum.
Conseqüências:
Quando uma embolia pulmonar ocorre, subitamente a circulação é interrompida
em uma parcela do pulmão. Isto fará com que aumente a resistência a circulação do
sangue e diminua a área de funcionamento normal do pulmão. O aumento da resistência
sobrecarrega o coração. A diminuição da área de trocas gasosas leva a menor
oxigenação do sangue. Conforme a situação prévia da pessoa que sofreu a embolia isto
pode deste não ser percebido até provocar morte súbita. A maior parte das embolias é
pequena e não é percebida.
Sintomas:
Dependem do grau de prejuízo trazido ao funcionamento do organismo. Pode
provocar dispnéia, em geral súbita, chiado de peito, tosse e cianose. Pode ocorrer
taquicardia, dilatação das veias do pescoço, hepatoesplenomegalia, além de edema nas
pernas. Como as próprias condições que facilitam a embolia tem sintomas semelhantes,
nem sempre se consegue identificar o surgimento desta.
Tratamento:
O tratamento busca diminuir as conseqüências, com medidas para melhorar a
eficiência circulatória, diminuindo a sobrecarga cardíaca, e melhorar a eficiência
pulmonar, com aumento da oxigenação do sangue. Também são feitas medidas para
dificultar a formação de novos êmbolos, como com o uso de anticoagulantes ou usos de
uma câmara de descompressão após embolia gasosa de mergulhadores.
Angina
115
sangue ao coração, resultando no suprimento insuficiente de oxigênio e de nutrientes
para o miocárdio.
Alguns fatores podem provocar a dor anginosa, como, por exemplo, o esforço
físico, a ingestão de refeição copiosa, a exposição ao frio e a situações estressantes.
A dor da angina deve cessar com repouso ou com o uso da nitroglicerina, num
período de vinte minutos, caso contrário, a indicação é de infarto agudo do miocárdio.
Uma característica importante da dor anginosa é que ela regride quando o fator que a
causou é afastado.
As pessoas idosas podem desenvolver sintomas anginosos mais rapidamente do
que as mais jovens. A dor se manifesta como fraqueza ou desmaio quando expostas ao
frio, já que elas têm menos gordura subcutânea para proporcionar o isolamento térmico.
Os idosos devem ser orientados a usar roupas extras e alertados para reconhecer o sinal
de fraqueza como indicativo de que devem repousar ou tomar os medicamentos
prescritos.
O diagnóstico da angina é frequentemente estabelecido pela avaliação das
manifestações clínicas da dor e pela história da pessoa. De acordo com a gravidade dos
sintomas de angina, da idade do portador e das patologias associadas, exames
diagnósticos poderão ser solicitados, como o eletrocardiograma, Hollter, cintilografia
miocárdica e/ou cateterismo cardíaco.
Existem três formas de tratamento para a angina: o tratamento clínico, a
angioplastia coronariana e a cirurgia de revascularização miocárdica. O objetivo do
tratamento é aumentar a oferta de oxigênio ao miocárdio, utilizando-se da nitroglicerina,
e controlando os fatores de risco (fumo, obesidade, hipertensão arterial,
hipercolesterolemia e hiperglicemia).
Os nitratos ainda são a principal medida terapêutica no tratamento da angina do
peito, por produzirem dilatação das coronárias com o conseqüente aumento do fluxo
sangüíneo ao miocárdio. A nitroglicerina administrada por via sublingual alivia a dor
anginosa em até 3 minutos, devendo ser observadas as seguintes orientações: o usuário
deve ter sempre o medicamento consigo; esse medicamento deve ser conservado em
recipiente escuro e fechado, pois sua ação é alterada na presença de luz; ao usar o
medicamento, manter a língua imóvel e não deglutir a saliva; para evitar as crises de
angina, utilizar nitroglicerina antes de qualquer atividade intensa, como, por exemplo,
as relações sexuais. Alguns efeitos indesejáveis podem surgir, tais como: rubor,
cefaléia, hipotensão e taquicardia.
116
Se as crises de angina persistirem, apesar da medicação e do controle dos fatores
de risco, ou se for constatado que a obstrução nas artérias coronárias é muito grave,
poderá ser indicada a angioplastia coronariana, ou a cirurgia de revascularização.
No caso de cirurgia de revascularização do miocárdio, uma veia (safena) é
retirada da perna e colocada sobre a artéria do coração que está entupida, ultrapassando
o local do bloqueio, como se fosse uma ponte - é o que se chama de ponte de safena.
A angioplastia consiste em “esmagar” a placa de ateroma, dilatando a coronária,
através de um procedimento com um cateter especial, com um balão na ponta.
As ações de enfermagem incluem as seguintes orientações que devem ser
prestadas ao portador de angina pectoris, bem como a seus familiares, em nível
ambulatorial ou durante a alta hospitalar:
• manter-se em repouso ao início da dor;
• participar de um programa diário de atividades físicas que não produzam
desconforto torácico, falta de ar e/ou fadiga indevida;
• alternar as atividades diárias com períodos de repouso;
• fracionar as alimentações em menores porções e maior freqüência, evitando
esforço físico durante 2 horas após as refeições;
• evitar ingestão excessiva de cafeína (café e bebidas com cola), que pode fazer
subir a freqüência cardíaca;
• não usar comprimidos para emagrecer, descongestionantes nasais ou quaisquer
outros medicamentos vendidos sem prescrição médica e que podem aumentar os
batimentos cardíacos;
• evitar o fumo, o que eleva a freqüência cardíaca, a pressão arterial e diminui os
níveis sangüíneos de oxigênio;
• utilizar roupas adequadas às variações de temperatura;
• reorganizar os seus hábitos de vida, a fim de reduzir a freqüência e a gravidade
dos ataques de angina, bem como prevenir-se de outras complicações.
117
mortalidade maior ao ter infarto. Observa-se que, hoje, há um aumento de pessoas
infartadas com faixa etária menor, em decorrência do estilo da vida moderna.
O infarto agudo do miocárdio (IAM) é uma situação grave que pode ser
confundida com sintomas mais corriqueiros, tais como: flatulência, dor muscular,
tensões, dentre outros. É causado pelo estreitamento de uma artéria coronária pela
aterosclerose, ou pela obstrução total de uma coronária por êmbolo ou trombo,
ocasionando a necrose de áreas do miocárdio. A redução do fluxo sangüíneo também
pode ser resultante de choque ou hemorragias.
Vale lembrar que a angina o suprimento de sangue é reduzido temporariamente,
provocando a dor, enquanto no IAM ocorre uma interrupção abrupta do fluxo de sangue
para o miocárdio.
A dor torácica é o principal sintoma associado ao IAM. É descrita como uma dor
súbita, subesternal, constante e constritiva, que pode ou não se irradiar para várias
partes do corpo, como a mandíbula, costas, pescoço e membros superiores
(especialmente a face interna do membro superior esquerdo).
Muitas vezes, a dor é acompanhada de taquipnéia, taquisfigmia, palidez,
sudorese fria e pegajosa, tonteira, confusão mental, náusea e vômito. A qualidade,
localização e intensidade da dor associada ao IAM pode ser semelhante à dor provocada
pela angina. As principais diferenças são: a dor do IAM é mais intensa; não é
necessariamente produzida por esforço físico e não é aliviada por nitroglicerina e
repouso.
Os profissionais de saúde precisam estar atentos para um diagnóstico precoce,
tendo em vista que esta é uma das maiores causas de mortalidade. O atendimento
imediato, ao cliente infartado, garante a sua sobrevivência e/ou uma recuperação com
um mínimo de seqüelas.
O idoso nem sempre apresenta a dor constritiva típica associada ao IAM, em
virtude da menor resposta dos neurotransmissores, que ocorre no período de
envelhecimento, podendo assim passar despercebido.
O diagnóstico do infarto do miocárdio geralmente se baseia na história da
doença atual, no eletrocardiograma e nos níveis séricos (sangüíneos) das enzimas
cardíacas. O prognóstico depende da extensão da lesão miocárdica.
O tratamento pode ser clínico ou cirúrgico, dependendo da extensão e da área
acometida.
118
A assistência de enfermagem deve englobar os seguintes aspectos:
• proporcionar um ambiente adequado para o repouso físico e mental;
• fornecer oxigênio e administrar opiáceos (analgésico e sedativo) e ansiolíticos
prescritos para alívio da dor e diminuição da ansiedade;
• prevenir complicações, observando sinais vitais, estado de consciência,
alimentação adequada, eliminações urinária e intestinal e administração de
trombolíticos prescritos;
• auxiliar nos exames complementares, como eletrocardiograma, dosagem das
enzimas no sangue, ecocardiograma, dentre outros;
• atuar na reabilitação, fornecendo informações para que o cliente possa dar
continuidade ao uso dos medicamentos, controlar os fatores de risco, facilitando,
assim, o ajuste interpessoal, minimizando seus medos e ansiedades;
• repassar tais informações também à família.
119
É fundamental que a equipe de enfermagem mantenha-se ao lado do cliente,
demonstrando segurança e monitorando os aspectos essenciais para que o mesmo saia
da crise rapidamente. Esta ação garante a eficiência e eficácia da terapêutica que está
baseada nos seguintes aspectos:
• manutenção de seu conforto, colocando-o em posição elevada para diminuir o
retorno venoso e propiciar uma máxima expansão pulmonar;
• monitorização dos sinais vitais;
• administração de oxigenoterapia e de medicações (opiáceos, diuréticos e
digitálicos);
• manutenção de via venosa pérvia com gotejamento mínimo, evitando sobrecarga
volêmica;
• monitorização do fluxo urinário.
• medo e ansiedade extremos são manifestações predominantes do portador de
edema pulmonar agudo. Tocar a pessoa, falar com ela, passa a sensação de
realidade concreta, e de que ela não está sozinha, atenuando tais sentimentos.
120
3. O inchaço inicialmente afeta as pernas, mas pode subir e também atingir os
pulmões (causando dificuldades para respirar) e em outros tecidos e órgãos
(levando à “barriga d’água, dores abdominais, pouca urina, etc).
4. O cansaço leva à falta de ar, à fraqueza muscular, à diminuição da atividade
física e conseqüente invalidez.
A insuficiência cardíaca congestiva é frequentemente a fase final de outra
doença do coração como:
Quadro Clínico:
121
paciente pode notar significativo ganho de peso. Também pode haver uma tosse crônica
devido ao acúmulo de fluidos nos pulmões.
Diagnóstico:
Prevenção:
Para evitar a insuficiência cardíaca congestiva você tem que prevenir as várias
formas da doença do coração que a conduzem. Para a doença coronária do coração,
significa ingerir uma dieta de baixo teor de gordura, controlar a hipertensão, manter o
peso do corpo normal e um baixo nível de colesterol no sangue. Significa também
adotar um programa de exercícios regulares e não fumar. A insuficiência cardíaca
congestiva devido ao hipertiroidismo pode ser prevenida com medicamentos ou
cirurgia. Infelizmente, algumas causas de insuficiência cardíaca congestiva não podem
ser prevenidas.
Tratamento:
122
• Inibidores da enzima conversora da Angiotensina (ECA): para dilatar os vasos
sanguíneos, diminuir a resistência ao fluxo de sangue e ajudar na prevenção da
retenção de água.
• Beta-bloqueadores: melhorar o fluxo de sangue
• Anticoagulantes muitas vezes também são administrados para prevenir coágulos
sanguíneos (para “afinar” o sangue), particularmente se o paciente requer um
período longo de repouso na cama.
• Aldactone (Espironolactona) pode trazer benefícios significativos em pacientes
selecionados com insuficiência cardíaca congestiva crônica.
123
UNIDADE 12 - ONCOLOGIA
O Câncer é um processo patológico que tem início quando células anormais se derivam
de células normais devido a um mecanismo de transformação ainda mal compreendida. Essas
células anormais se proliferam ainda em uma área delimitada. Entretanto alcança-se um estágio
no qual células adquirem características invasivas, com desenvolvimento de alterações em
tecidos circunvizinhos. Então, elas se infiltram nesses tecidos e ganham acesso aos vasos
linfáticos e sanguíneos, de onde são transportadas para formar metástases (disseminação
cancerosa)
O câncer não é uma doença com uma única causa. É um grupo de doenças distintas,
com causa, manifestações, tratamentos e prognósticos diferentes.
TUMOR
TUMOR BENIGNO
É um tumor que é delimitado por uma cápsula definida, que permanece localizada no
tecido do qual se originou e perturba seu hospedeiro somente pela pressão que exerce sobre as
estruturas circunvizinhas e pelo seqüestro do suprimento sanguineo dos tecidos normais. Esses
tumores, em geral, crescem vagarosamente, uma vez removidos, não tendem a recidivar.
TUMOR MALIGNO
Esses tumores não são circundados por uma cápsula,mas crescem por invasão dos
tecidos circunjacentes. Esses tumores invadem os vasos sanguineos ou os linfáticos e estendem-
se rapidamente por esses canais abertos.
METÁSTASES
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3 – PULMÕES: controle e, preferivelmente, eliminação do hábito de fumar,
radiografias de tórax anuais.
7 – BÁSICO: exame físico anual completo para todos os homens e mulheres adultos,
exames anuais de urina e asangue.
- Quimioterapia
- Radioterapia
- Cirurgia
RADIOTERAPIA
A radioterapia é um método capaz de destruir células tumorais, empregando feixe de radiações ionizantes.
Uma dose pré-calculada de radiação é aplicada, em um determinado tempo, a um volume de tecido que
engloba o tumor, buscando erradicar todas as células tumorais, com o menor dano possível às células
normais circunvizinhas, à custa das quais se fará a regeneração da área irradiada.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
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- Usar proteção através de roupas impregnadas com chumbo
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BIBLIOGRAFIA
Ver bibliografia fornecida em Plano de ensino Disciplina saúde do adulto. Semestre I - 2010
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