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Qualquer Médico Ou Profissional Da Saúde Que Se Defronte Com Um Caso de Violência Doméstica Contra Criança Ou Adolescente Deve Estar Ciente de Que Está Diante Uma Situação Complexa
Qualquer Médico Ou Profissional Da Saúde Que Se Defronte Com Um Caso de Violência Doméstica Contra Criança Ou Adolescente Deve Estar Ciente de Que Está Diante Uma Situação Complexa
criança ou adolescente deve estar ciente de que está diante uma situação complexa, com risco de morte, que
quase sempre causa:
- Sequelas psíquicas;
- Sequelas físicas;
- Abalo no núcleo familiar;
- Risco de reprodução do modelo de violência.
HÁ TENDÊNCIA DA CRIANÇA REPRODUZIR O MODELO DE VIOLÊNCIA EM TODAS RELAÇÕES
INTERPESSOAIS (NA RUA, ESCOLA, TRABALHO ETC.)
Como uma segunda atividade, o professor entregará aos grupos um texto, postado abaixo, intitulado
“Caso Isabella recende debate sobre violência contra criança”, disponível
em: http://diganaoaerotizacaoinfantil.wordpress.com/2008/04/07/caso-isabella-reacende-debate-sobre-
violencia-contra-crianca/.
Acesso em 29 set. 2009.Os grupos terão como atividade ler este texto, e com base nele deverão elaborar
um texto crítico sobre a violência contra a criança.
Especialista do Unicef diz que o problema tem origem cultural sobre a forma correta de educar. Pais que
não sabem dosar relação de poder correm risco de cometer abusos
Há uma semana, o Brasil acompanha estarrecido o desenrolar da investigação policial sobre a misteriosa
morte da menina Isabella Oliveira Nardoni, 5, encontrada com sinais de violência no jardim do edifício onde
mora o pai, num condomínio de classe média paulista.
Como num filme de suspense, cada nova revelação sobre o caso reforça nas pessoas a mais intrigante
das perguntas. Afinal, quem é o autor do crime?
Mas por trás dessa investigação e da de outros casos, como o descoberto nessa semana em Belo
Horizonte em que uma menina de apenas 2 anos foi raptada, segundo a polícia, para ser usada para pedir
esmolas, está uma realidade que preocupa os especialistas no assunto: por que tantas crianças são vítimas
de violência no Brasil?
Para a oficial de projetos do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), responsável pela área de
raça, etnia e violência, Helena Oliveira, ainda que pareça inexplicável, a violência infantil tem raízes culturais
que envolvem a relação de poder entre adulto e criança e que ao longo da história foi incorporada na
sociedade como a maneia certa de educar.
Helena Oliveira explica que é natural que as relações entre adultos e crianças sejam assimétricas, tendo
os adultos mais poder e autoridade. O problema, segundo ela, está exatamente no abuso desse poder.
“Essa relação assimétrica de poder é natural da socialização. O adulto é quem tem capacidade de ajudar a
criança a se desenvolver, a crescer e a se tornar um adulto pleno. O importante é saber a dosagem e o limite
desse poder, para que ele não se torne abusivo e violento. Um adulto pensa duas vezes antes de agredir
outro adulto, mas contra a criança é muito mais fácil agir”, diz.
Estudos do Unicef apontam que, entre os tipos de violência praticados contra crianças, a negligência e os
abusos sexuais são os mais comuns.
CASTIGO
Usar a violência e castigos como método de educação e repreensão também são usuais entre as
pessoas, não só pais, mas também familiares, conhecidos e até professores, aponta a especialista. As
palmatórias usadas antigamente nas escolas são um exemplo disso.
“Palmadas, mesmo que por trás tenham a intenção de ensinar, são ações de violência e não devem ser
praticadas. É preciso desconstruir esse pensamento de que bater educa, o que já foi provado que não
funciona. Mas isso leva tempo.”
A oficial alerta que a utilização frequente da violência como método de educação pode até se intensificar
com o passar do tempo, tornando o gesto cada vez mais forte, ao ponto de causar a morte da vítima.
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