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Descrição: Este Guia destina-se a dar algumas luzes sobre gravação a todos aqueles que só agora se
estão a iniciar no sistema operativo Linux
Existem dois tipos de dispositivos com que se pode gravar DVD's ou CDs – IDE ou SCSI. Neste artigo
vou assumir que os dispositivos de gravação (sejam IDE ou SCSI) são vistos pelo sistema operativo e
estão prontos a ser utilizados (uma consulta ao /var/log/messages ou dmesg confirma se foram ou
não detectados).
Uma vez que a gravação de dados em CD/DVD é efectuada com comandos SCSI, é necessário que os
gravadores sejam vistos no sistema operativo como se fossem, na realidade, dispositivos SCSI (*).
Assim sendo, é necessário activar a chamada emulação SCSI que trata de enviar os comandos
respectivos para o dispositivo, ao nível do kernel, efectuando a tradução destes se se tratar de um
dispositivo IDE (é utilizado o standard ATAPI, criado de propósito para este objectivo – comandos
SCSI enviados através do barramento IDE).
(*) Na realidade, já existe suporte a gravação directa de CDs com gravadores IDE de forma nativa
utilizando código experimental criado pelo Linus Torvalds, sem que estes sejam vistos pelo sistema
operativo como gravadores SCSI. Tenho-o utilizado regularmente com o gravador do portátil, e não
encontrei ainda nenhum problema – fica o aviso: é código experimental.
Para activar esta emulação, é necessário que o kernel a suporte (deverá existir o módulo ide-scsi) e
para a activar será necessário indicá-lo no arranque, normalmente passando parâmetros no lilo ou no
grub. Supondo que o gravador está ligado como primary slave, seria necessário adicionar à linha de
parâmetros do kernel o seguinte:
hdb=ide-scsi
Na informação que vemos acima, é possível identificar dois dispositivos: um SAMSUNG DVD-ROM
(leitor de CD/DVDs) e um LG 4040B (gravador de CD/DVDs). A partir de agora, temos de utilizar
outros devices para aceder a estes dispositivos: o /dev/hdb (o meu leitor SAMSUNG) passou a ser
o /dev/scd0, e o /dev/hde (o meu gravador LG) passou a ser o /dev/scd1.
Depois de confirmar que as alterações produziram os efeitos esperados, vamos passar à instalação do
software. Os requisitos são os seguintes:
A instalação dos pacotes cdrecord, mkisofs, cdda2wav e xcdroast deverá ser efectuada de acordo com
o sistema de gestão de software da sua distribuição (RPM, DEB, apt_get, etc). O binário do cdrecord-
proDVD deverá ser copiado para o directório onde o xcdroast o espera encontrar (na minha
distribuição fica em /usr/lib/xcdroast-0.98/bin), com o nome cdrecord.prodvd e deverá ter permissões
de leitura/execução para todos (chmod a+rx cdrecord.prodvd).
A única coisa que nos separa da primeira gravação é a configuração do xcdroast (o frontend gráfico),
para o qual vamos precisar de definir uma área onde são guardadas as imagens de CDs ou DVDs
temporariamente. Seguem-se imagens do processo de configuração.
A partir daqui, a opção “create CD/DVD” passa a estar disponível no menu principal do xcdroast – os
detalhes para a gravação são concerteza mais do que conhecidos por estas bandas...
Note-se que é perfeitamente possível (e às vezes mais rápido) gravar CD/DVD em linha de comando –
a dupla mkisofs e cdrecord costuma ser imbatível para quem não tem/não quer ter interfaces gráficos
a criar entropia. É necessário, no entanto, investir algum tempo para aprender a tirar partido das
muitas opções disponíveis nesta dupla.