Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Muitas vezes nos concentramos tanto no que tencionamos dizer que não ouvimos realmente o
que a outra pessoa está dizendo. Se você ouvir ativamente os outros, eles prestarão mais
atenção quando chegar a sua vez de falar.
Diz um psicólogo: "O encanto da conversa consiste menos em demonstrar o próprio espírito do
que em abrir caminho para que o outro sujeito demonstre o seu". Quando se estimula o outro a
falar sobre seus assuntos prediletos nunca há razão para preocupar-se com silêncios
constrangedores e geralmente se fica tão absorvido que não há tempo para acanhamento... que é
o maior obstáculo para uma conversa espontânea.
"O segredo de ser cansativo consiste em contar tudo", advertiu Voltaire. Todos nós
conhecemos a pessoa que faz disseções e nunca omite um fato desnecessário. "Não sei bem se
foi numa sexta ou num sábado. Mas, deve ter sido por volta de dez e meia, porque eu acabava de
sair da casa de meu irmão, do outro lado do parque, e depois..." Muito antes de o narrador chegar
ao clímax de sua história, já estamos exaustos.
Não deixe que o apontem como "uma pessoa de poucas palavras, que as usa continuamente";
algumas mulheres arrulham a palavra "maravilhoso", "Só mesmo você", "Está entendendo?". Fuja
dessas frases estereotipadas. E não faça citações de si mesmo. São poucas as pessoas
espirituosas como Bernard Shaw, que podia gracejar:- Cito-me frequentemente. Isso dá sabor à
minha conversa!
Pare um instante para disciplinar suas palavras antes de falar; não mergulhe a cabeça numa
frase, esperando que acabe dando certo.
Evite pular de um tópico para outro; a conversa é mais interessante quando se prolonga um
assunto por muito tempo para apreciá-lo do ponto de vista de quem dá e de quem recebe.
Muitos de nós somos culpados de tornar difícil a compreensão de nossas conversas com
cacoetes e hesitações. Olhe de frente a pessoa com quem estiver conversando, em vez de olhar
para ela e não ponha a mão em frente da boca para falar indistintamente. Não se deve ser
necessário que lhe peçam para repetir o que disse.
2
6º FAÇA AS PERGUNTAS ADEQUADAS
Os bons entrevistadores - repórteres, advogados, psiquiatras, etc. - sabem que uma pergunta
bem concebida e bem formulada ajuda a outra pessoa a se expandir. Indica um interesse sincero
por ela e pelas suas opiniões.
Uma pergunta convencional, no gênero de "Como vão as coisas?" ou "Que há de novo?" não tem
sentido. Por outro lado, perguntas do tipo: "Como foi que o senhor começou o seu negócio?" ou
"Se tivesse de começar a vida de novo, escolheria esta cidade para morar?" indicam um interesse
sincero. E frases discretas como "Não acha?" ou "Qual é a sua opinião?" muitas vezes mantém a
própria pessoa falando e evitam que nós falemos demais.
Muitas vezes o que mais importa não é o que diz, mas a maneira de dizê-lo.
Benjamim Franklin costumava observar diplomaticamente: "Neste ponto eu concordo. Mas há
outro em que peço licença para fazer uma restrição".
Uma discussão amistosa muitas vezes enriquece uma conversa, mas não comece a discutir com
uma declaração indiscriminada como esta: "detesto advogados; são todos uns chicanistas". Tal
observação dogmática fará com que todos os grupos tomem partido com uma violência que não
permite conversação educada.
É importantíssimo não contradizer sumariamente pessoa alguma mesmo quando se tenha certeza
de que ela está errada. Use de sutileza.
Se você por vezes se ver obrigado a cortar uma conversa, sua interrupção parecerá menos
descortês com uma frase amável como está: "João, você me permite acrescentar uma coisa ao
que acaba de dizer?" Diga-se de passagem que a pessoa interrompida ouvirá com mais atenção,
se você usar o nome dela.
Se você próprio for interrompido, nunca insista em voltar depois ao mesmo assunto. Procure
interessar-se pela nova conversa. Se as pessoas quiserem que você volte ao que estava
discutindo, elas mesmas o dirão.
Todos nós conversamos às vezes com pessoas que nos irritam ou aborrecem. Neste caso,
procure concentrar-se no assunto em discussão. Afinal de contas, os fatos são impessoais. Se
você procurar honestamente assumir uma atitude generosa e tolerante, aprenderá a conversar
muito melhor.
Sua conversa será mais rica, se você aprender a elogiar as pessoas - desde que os elogios
sejam sinceros. Pode-se elogiar ao mesmo tempo que se exprime apreciação.
Não diga ao conferencista que acaba de ouvir, simplesmente que gostou de sua palestra.
Faça comentários específicos sobre algumas coisas que ele disse ou peça-lhe para ampliar uma
de suas observações, mostrando que ouviu com toda a atenção.
3
ORATÓRIA EMOCIONAL
SUMÁRIO
A arte da palavra
Medo, fobia ou apenas nervosismo.
Causas do medo de falar em público
Reflexões necessárias
Os maiores oradores da história
Autoestima
A mística do carisma
Dicas úteis
A expressão corporal do orador
Dicas essenciais
Evite as posturas
Os braços e as mãos
A postura correta para iniciar o discurso
Os gestos e sua função na oratória
Conselhos úteis
Alguns tipos de gestos e a idéia implícita
Dicas especiais
A arte do manejo do escudo
O domínio do irmão sombra
Como falar de improviso
Roteiro escrito
Lembretes
Cartão de notas
Esquema mental
Improviso inesperado
A técnica do assunto paralelo
Observações importantes
Fala memorizada
Improvisar sim, mas com roteiro
Como iniciar um discurso
Dicas para dar uma entrevista a um jornalista
A fala na televisão
A oratória e o homem moderno
1. A ARTE DA PALAVRA
A boa oratória é a arte da palavra. No mundo hodierno, saber falar em público e
demonstrar naturalidade no desenvolvimento das ideais pode determinar o sucesso numa
entrevista para obtenção de um emprego, garantir a aprovação perante uma banca examinadora
ou mesmo abrir um espaço de atuação que você nem sonhava ser possível.
O que é necessário para que uma pessoa se torne um bom orador? Muitos são os pré-
requisitos elencados por diversos especialistas. Segurança, domínio do assunto, determinação na
transmissão da mensagem e principalmente a superação do medo.
Entretanto, defendo que somente aprendendo a direcionar a hesitação inicial para a emoção
da fala, canalizando o excesso de adrenalina no organismo para o gestual correto e uma perfeita
sintonia na comunicação visual com a plateia, será possível superar o desconforto inicial do
palestrante.
4
As maiores autoridades em oratória, por sua formação acadêmica , primam por enumerar
conhecimentos e informações que ajudam o indivíduo na identificação do problema, no entanto,
existe um consenso que interliga todos os estudiosos sobre comunicação verbal: a naturalidade
da expressão é a principal qualidade do bom orador.
O aspirante a uma boa oratória tem que primeiro buscar o autoconhecimento e o
fortalecimento de sua própria autoestima para obtenção de um posicionamento mais consciente
perante a realidade, para depois reinterpretar o contexto em que vive buscando incorporar
valores éticos e morais com uma intervenção fundamentada e de qualidade que conquiste
adeptos naturais às ideais apresentadas.
Além disso o orador precisa desenvolver um comportamento empático em relação a plateia.
Somente percebendo a si mesmo corretamente através do autoconhecimento, fortalecendo a sua
própria autoestima e aprimorando a sua acuidade empática será possível alcançar um bom
resultado na oratória.
Em resumo, cada movimento do orador deve ser pensado. Nos primeiros três minutos de
qualquer intervenção em público o palestrante tem que conquistar a plateia e ao mesmo tempo
ultrapassar um momento de grande insegurança.
Voz inadequada
Nervosismo,
Ilusão do sucesso,
Ausência de autoconhecimento,
Dificuldades de absorver críticas,
Baixa autoestima e
O orador real e o imaginado.
4. REFLEXÕES NECESSÁRIAS
O grande filósofo HERÁCLITO dizia: “Para aqueles que estão acordados há um Universo
ordenado, enquanto que durante o sono o homem passa deste mundo para o seu próprio ”.
Dê atenção aos seus sonhos e acredite na sua capacidade de mudar a sua própria
realidade. Espere pelo inesperado. Acredite e ouça sempre a sua voz interior.
O orador sempre será visto como modelo e referencial ético. Preste mais atenção ao que
você de fato representa e procure sempre conversar com a platéia. Por mais que o palestrante
não deseje associar sua imagem à figura do líder e do herói, os ouvintes sempre farão uma
associação direta entre a pessoa que fala e a dimensão heróica do líder.
A relação do orador com o público deve ser essencialmente intuitiva. Não tenha receio de
utilizar as técnicas da boa oratória, o gestual bem dosado produzido sempre acima da linha da
cintura e no máximo até o início do pescoço, em perfeita sintonia com a fala ou os recursos de
salvação do discurso, desde que você passe emoção e honestidade de propósito naquilo que
está afirmando.
Acredite na própria capacidade de mudar a sua vida e ouse sempre na oratória. Aproveite
todos os recursos do ambiente e acima de tudo quebre as regras. Desperte o seu potencial.
Procure sempre chegar com uma hora de antecedência ao local do evento e perceber
qualquer objeto interessante que possa se transformar na sua introdução.
A palavra pode cortar como a espada ou iluminar como o sol.
6. AUTO-ESTIMA
“ O que pensais - passais a ser”
“ O amor à VERDADE
supõe a vontade de
querer entender
sempre o ponto de
vista do adversário”.
7. A MÍSTICA DO CARISMA
O bom orador tem que envolver a plateia. A sensação das pessoas e do próprio orador , no
auge do discurso, é de prazer, UM ÊXTASE, até o momento da rendição dos espíritos.
O símbolo do carisma é o unicórnio. A figura do terceiro olho que percebe a essência da
vida e as realidades ainda não reveladas do próprio Universo.
É necessário aprender a conversar com a própria consciência e principalmente aprender
a ouvir todos os sons da natureza e em especial o silêncio. O orador é um mágico da multidão
que inebria e seduz. É a figura real e mítica que incorpora a presença do herói redentor e
sagrado que vai libertar a todos sem violentar a consciência de nenhum seguidor.
O HERÓI REPRESENTA O MODELO DO HOMEM CRIATIVO, QUE TEM CORAGEM
PARA SER FIEL A SI MESMO, AOS SEUS DESEJOS, FANTASIAS E ÀS SUAS PRÓPRIAS
CONCEPÇÕES DE VALOR. É o conhecimento de SI MESMO.
“O herói tem quase sempre pais divinos ou nobres, sendo ao mesmo tempo filho de seres
humanos normais. A gestação, a gravidez, o nascimento e a primeira infância suportam uma
grande carga. Algumas vezes os pais são estéreis, outras vezes o herói é rejeitado desde o
princípio; ou seu nascimento tem de se realizar em um local secreto, ou ele deve ser morto e
exposto. Sendo de origem nobre e divina, experimenta o sofrimento da criança abandonada,
desamparada, cuja verdadeira natureza a princípio não é reconhecida. É ao mesmo tempo
poderoso e carente.
Educado por pais adotivos ou por animais, em sua juventude ele logo revela talento,
habilidades e poderes especiais. Excelentes mestres ajudam-no a aperfeiçoar suas habilidades
e conhecimentos. Adquire suas armas pessoais, quase sempre de procedência e qualidade
especial. Muitas vezes encontra também um animal, fiel companheiro - em geral cavalo, cão ou
pássaro -, que se distingue pela inteligência, segurança instintiva e força.
Recebe então uma missão ou um chamado para partir em viagem. Depois das
adversidades iniciais, que se revelam no próprio medo, desânimo ou através dos avisos de
outras pessoas, põe-se a caminho. Até que a verdadeira luta acontece, ele tem de passar por
uma série de pequenas aventuras. Por exemplo: encontra outro herói, a princípio hostil, com o
qual luta, e que demonstra a mesma força. Às vezes, une-se a ele pela amizade.
A verdadeira luta do herói leva-o a penetrar em esferas desconhecidas e estranhas. Pode
tratar-se de um lugar secreto, de difícil acesso, onde atua um poder sinistro e ameaçador, por
exemplo um monstro semelhante ao dragão, um inimigo perigoso ou então a morte. Depois de
uma luta difícil, quase fatal, o herói consegue superar esse poder inimigo. Em seguida, ganha
um tesouro (ouro, reino, conhecimento, fama) e uma jovem virgem, com a qual se unirá e terá
um filho.”
Extraído do livro: O Herói, de Müller, Lutz; página 15, coleção A Magia dos Mitos, Ed.
Cultrix.
8. DICAS ÚTEIS
Postura, nervosismo, apresentação, Se estiver diante de um adversário
posição das mãos, tipos de microfone. de debate diminua o tom de sua voz e
Olhar para as pessoas da plateia, cative os presentes.
(foco). Nunca se exalte em público com
ambiente da palestra. alguém da plateia.
Se alguém olha no relógio tudo bem, Estou nervoso e posso errar. Posso
se o encostar ao ouvido pare. falar desta forma?
Alguém interessante na plateia? Discurse sempre como se estivesse
Elogie , seja homem ou mulher. conversando com a plateia. Não importa
Perguntas de impacto para despertar se você fala para dez pessoas ou dez
o auditório. mil. QUEBRE A IMPESSOALIDADE.
Nunca faça afirmações polêmicas FALE COMO SE FALASSE A UM
durante o discurso. GRUPO DE AMIGOS.
Prepare o tema exaustivamente. Sorria sempre. Se encontrar um
O que fazer se me perguntarem algo. conhecido. Cumprimente-o.
Não permita que as pessoas falem Se você não conhecer ninguém,
ao mesmo tempo que você. quebre o gelo simulando que conhece
Simule que alguém quer fazer uma alguém na plateia.
pergunta. Aproveite todo o ambiente da plateia.
Chame alguém da plateia ao palco. Se aparecer um inseto voador divirta-se
Alterne a entonação da voz e se com ele e tire proveito. Sorria e relaxe.
permita mesmo um grande intervalo se Acredite no seu potencial e ouse
necessário para chamar a atenção das sempre!
pessoas.
10. D I C A S ESSENCIAIS:
“Converse com a multidão”, ENTENDA-SE apenas ouça o barulho das pessoas, perceba o
clima, observe atentamente os rostos, analise se as pessoas estão impacientes ou calmas. Nunca
fale algo que vá de encontro ao “feeling” da multidão.
Fale com o grupo, mostre-se à vontade para todos e interessado. Procure passar uma
imagem positiva para as pessoas.
Sente-se atrás no auditório e observe a reação das pessoas. Procure andar decidido quando
levantar para falar, isto auxilia a diluir a adrenalina.
Braços cruzados.
Gestos abaixo da linha da cintura ou acima da cabeça.
Detalhes que sobressaem.
15. C O N S E L H O S Ú T E I S
Seja natural e mantenha os braços soltos.
Evite gestos de marcação.
Se as mãos ficarem trêmulas, feche-as por duas ou três vezes com força . Seja discreto.
Varie a gesticulação.
Não demonstre hesitação.
Observe o desempenho de advogados no Fórum, de políticos, de camelos e se possível vá ao
teatro.
indicador.
Uma infinidade de gestos podem, se bem aplicados , transmitir uma ideia de maneira precisa
trabalhando apenas com o inconsciente da plateia, mesmo que a mensagem não seja expressa
verbalmente.
Procure assistir a TV SENADO e preste atenção aos gestos dos parlamentares. Grave os
discursos para depois observar a técnica de cada um.
Perseu. Ele colocou a cabeça da górgona Medusa, que ainda mantinha seu efeitos petrificantes,
em uma bolsa mágica e fugiu ajudado pelas sandálias aladas e pelo capacete que o tornava
invisível ”.
22. LEMBRETES:
não escreva demais.
use frases curtas.
apenas consulte o roteiro.
não manipule o manuscrito em excesso.
ANEXOS
VOZ 38 %
E M PA T I A
CAPACIDADE DE PERCEBER A EXPERIÊNCIA SUBJETIVA DE OUTRA PESSOA
PERSUADIR RAZÕES
AFETIVAS
Hormônios em ação lançam adrenalina no coração, taquicardia. O suor desce, a boca seca e
as mãos tremem. Diante do público é impossível segurar as reações orgânicas. E o medo de falar
cala o orador.
Esses sintomas podem ser considerados comuns em todas as pessoasa que estão diante da
primeira apresentação. "A exposição de si mesmo é assustadora e soa como uma ameaça ao
organismo", explica o professor de oratória Jorge David Batista Telles, economista do Banco do
Brasil. Ele acrescenta que esse é o maior medo na vida de um ser humano, ao citar pesquisa feita
nos Estados Unidos.
Segundo ele, todas as pessoas cultivam o desejo, mesmo não explícito, de ser heróis,
brilhantes, e de ter domínio de situações de risco. Um desejo que a sociedade encarrega-se de
reprimir desde a infância. Chega a fase adulta e dominar esse medo leva tempo. "É possível
controlá-lo, mas nunca acabar com ele", diz Jorge. E dominá-lo significa aprender a se conhecer
bem e saber que dirigir-se ao público não traz nenhum risco.
Enfrentar o medo é muito mais difícil do que ter domínio do conhecimento a ser apresentado.
Em 1989, quando participava do movimento sindical, Jorge deparou-se, pela primeira vez, com a
necessidade de falar para uma multidão durante uma assembleia.
Estava em cima de um carro-de-som e com um microfone na mão. "De repente me deu aquele
medo. Eram milhares de pessoas", recorda. "Mas acreditei que poderia falar e consegui. Fui até
aplaudido."
Conseguir dar a volta por cima do medo é o primeiro sinal de que haverá sucesso na
empreitada." Você tem que aprender a canalizar essa energia para o seu discurso. Funciona",
15
ensina. O temor natural é porque a sensação que a pessoa tem de ser o centro das atenções e ter
todos os olhares voltados para ela foge à regra social." Fomos ensinados a ter medo de falar desde
criança", observa Jorge. "Quando estamos à frente de uma plateia, quebramos os padrões".
Prof. Jorge David B. Telles
O medo de se expor, de dizer o que pensa e sente na frente do outro desorganiza, bloqueia a
criatividade, consome energia, aprisiona e impede o ser de contemplar e saborear a vida.
O que chamamos de técnicas de oratória é o resgate e a consciência da expressão do poder
natural e pessoal.
A palavra simboliza, organiza e identifica.
Ser sensível a cada palavra é a condição necessária para captar o que vem através dela.
Uma postura interna centrada em si mesmo traz a possibilidade de um verdadeiro aprendizado.
Aquele que fica fora de si , mergulha na imaginação, fortalece os fantasmas com a sua energia
vital, que deveria estar voltada para fortalecer o seu propósito. O mundo só é real quando o
indivíduo se permite ser real.
Corpo desorganizado, pensamento e mente desorganizados.
Estar presente em todo o seu corpo e junto de seu propósito é a condição necessária para a
sua fluência e o bom desenvolvimento da tônica do discurso.
Não há discurso fluente sem o sujeito presente.
Soltar o ar contido que alimenta a neurose intensifica a percepção corporal.
O orador deve ser capaz de sentir, lembrar, raciocinar criar e ficar inspirado, ver o que está à
sua frente e não se perder na ameaça de suas representações internas.
O ser humano não é tímido ou inibido, e sim a expansão da energia vital, portanto expressivo e
criativo.
Ser a sua melhor companhia para a realização de seu propósito é fazer-se feliz.
Cultivar os sentimentos e pensamentos de sua meta e não permitir doar energia para alimentar
sentimentos e pensamentos fantasmas desenvolve controle e poder.
Na prestação de concursos, quando o candidato necessita de concluir suas conquistas com
boas entrevistas e provas orais, não basta saber, mas, principalmente, mostrar e defender que
sabe.
Aquele que estiver centrado terá condições de articular respostas, improvisar e criar condições
para aprovação. Quem mesmo com tanto saber se perde e fica fora de si, perde o controle e o
poder. Vítima do esquecimento e do bloqueio da expressão, fica vulnerável as circunstâncias e aos
poderes dos outros, perdendo oportunidades.
A falta de percepção de si conduz ao descontrole, fazendo o processo de expressão muitas
vezes trair o orador. A distribuição de energia no corpo traz a precisão, a leveza e a harmonia que
toda elegância traduz.
Através do discurso corporal, dos sentimentos e pensamentos, a plateia é estimulada a
visualizar, sentir e raciocinar junto do orador.
A plateia normalmente deseja o sucesso do orador.
O orador que fala o que o receptor quer ouvir prende a atenção.
É preciso fazer silenciar e fazer pausas permitindo a possibilidade de sentir e assimilar a
mensagem.
Despertar curiosidade, saber usar perguntas e argumentar com precisão aproxima e agrada o
receptor.
O bom orador não justifica nem realça nada que desvalorize sua apresentação.
Estar presente, intensificando a percepção corporal.
Abrir o peito e soltar o ar. Em momentos de tensão é indispensável lembrar de expirar muitas
vezes. A respiração alimenta a saúde física, emocional e intelectual.
Sentir os pés no chão, existir na qualidade e na força da energia do olhar.
Quando sentado, sentar em cima dos ísquios , mantendo uma boa base para sustentar a
coluna vertebral.
Todo discurso precisa Ter início, meio e fim.
Saber dirigir-se ao público de acordo com a ordem estabelecida:
Ex.mo Sr. Presidente...
Ex.mo Sr. F...(convidado especial)
Demais componentes da mesa
Senhoras e Senhores
17
Soltar a voz, falar com entusiasmo, com energia e vibração. Através do som emitido é possível
aproximar ou distanciar. A estabilidade da voz transmite segurança.
Acreditar em si, gostar da mensagem e da plateia desperta credibilidade e prazer.
Articular bem cada sílaba, palavras e frases valoriza o significado. Fazer a palavra viva,
existindo no que fala, como fala e com quem fala. O vocabulário adequado à platéia fortalece a
comunicação que o indivíduo efetua consigo mesmo.
Marcar sem medo e claramente o que quer dizer é necessário para não possibilitar distorções
da mensagem, eliminando vícios de linguagem, que enfraquecem o discurso do orador.
A comunicação com o outro é uma consequência da comunicação que o indivíduo efetua
consigo mesmo.
Para aprender a falar é preciso aprender a escutar.
Falar de forma mecânica e inconsciente é estar insensível às palavras e escraviza o ser
humano. Sentir e perceber o que se fala é ter o poder da palavra. Falar com qualidade é
essencialmente falar da qualidade de ser humano.
A qualidade de presença do orador estimula a qualidade de presença da plateia.
A capacidade de presença permite ao indivíduo articular o que sabe e até mesmo o que não
sabe.
A ausência do sujeito gera o “branco”, desorganiza e desarticula o saber.
Toda postura interna normalmente aparece no discurso não-verbal e vocal. Reconhecer o que
o corpo expressa é um exercício do poder.
Cada ser humano é único, tem uma voz única, e portanto é o seu modelo, tem um potencial
que necessita reconhecer e desenvolver.
A forma natural, clara e objetiva de expressão aproxima os seres humanos.”
* Princípios
elaborados pela fonoaudióloga e especialista em voz Rogéria Guida
CONHECER O ASSUNTO
O orador precisa dominar o assunto, estar "por dentro", para poder transmitir a sua
mensagem, mas para isso é preciso também:
CONHECER O AUDITÓRIO
O orador deve sintonizar-se com o auditório, falar ao nível intelectual do auditório para ser
entendido.
É sabido que o discurso moderno não é simples monólogo.
SER PERSUASIVO
O orador fala para persuadir, convencer, fazer com os ouvintes adiram ao seu ponto de vista.
Para persuadir, deve-se
SER SINCERO
Se o orador não está convencido do que fala, não pode convencer ninguém.
Deve-se dizer o que sente e sentir o que diz. Já exclamava Horácio: " Se queres que eu chore,
chora também tu".
SER SIMPLES
Simplicidade não se confunde com vulgaridade. Nada de artificialismo, de termos empolados,
de gongorismo, tão ao sabor da eloquência romântica.
Só um homem culto pode expor um assunto difícil de maneira simples e fácil, de modo a ser
entendido por uma criança, como queria Lincoln.
SER BREVE
Claro e objetivo, o discurso moderno deve ser curto.
O homem da era espacial não tem tempo para ouvir orações longas.
Ser breve não significa ser superficial.
18
Não há tema, por mais complexo, que não possa ser exposto em quinze ou vinte minutos,
desde que o expositor o conheça profundamente.
SABER RESPIRAR
O orador que sabe respirar, que inspira fundo e fala audível e pausadamente no momento em
que expira, articula melhor as palavras e não se cansa. Sabendo respirar, o orador moderno está
capacitado a
SABER USAR A VOZ
O discurso moderno é uma conversa em voz alta.
Para prender a atenção do auditório, o discurso não deve ser monocórdio, monótono.
Já disse alguém que o discurso é uma lanterna mágica, e assim como sucedem-se as ideias e
as imagens, devem também suceder-se os sons e os tons que colorem as palavras.
SABER GESTICULAR
A gesticulação dever ser sóbria, e sobretudo natural e espontânea.
O orador moderno não é ator.
O gesto que precede a palavra deve ser empregado para valorizá-la.
SABER CONCLUIR
Não concluir de maneira prolongada nem abrupta.
O orador deve concluir enquanto o auditório ainda está disposto a ouvi-lo
Deve concluir no momento exato, depois de haver dito tudo o que era preciso dizer.
19
• Conscientizar para a necessidade da coerência quanto à postura, ideias, olhar, fala e gestos;
• Fornecer suportes teóricos e práticos para uma boa apresentação pessoal, tanto no que se refere à dicção/
voz e estética.
2. Introdução:
Há muito tempo a arte da oratória vem ganhando notoriedade e importância. São raríssimos os comunicadores
tais como jornalistas, apresentadores de televisão, radialistas, conferencistas, professores, recepcionistas, secretárias
ou qualquer outro profissional que lide com o público, que não procuram aperfeiçoar sua oratória.
É praticamente uma unanimidade a noção de que aprimorar a dicção, o gestual, a expressão facial e corporal, e
até mesmo a nossa apresentação física (considerada nosso “cartão de apresentação”), entre outras coisas, é fator
fundamental e decisivo para o desempenho da tarefa de bem falar.
Estamos sempre nos comunicando uns com os outros e sabemos que toda relação supõe comunicação, seja
falada, escrita, gesticulada ou a nossa própria aparência.
Assim, cada vez que uma pessoa se expressa enquanto outra lhe dá atenção, temos aí um orador a exercer a
oratória.
• Público infantil: necessitam de uma linguagem simples e material audiovisual como quadros, cartazes, vídeos,
entre outros.
• Jovens: apreciam uma linguagem mais descontraída, com relatos de acontecimentos pitorescos, curiosos.
• Idosos: em geral, são exigentes e precisam ser respeitados e muito valorizados. Gostam de ouvir experiências
antigas, apreciam a simplicidade e a verdade.
• Público feminino: gostam de elogios e valorização profissional. Gostam de ouvir palavras agradáveis e gentis.
São mais observadoras.
20
4. Organização do discurso
O orador tem necessidade de organizar-se. Saber o objetivo que o leva a falar. Deve refletir sobre organização e
lógica. Não pode iniciar falando de um tema e partir para outro, pois isso gera confusão no ouvinte, que perde o fio da
meada.
Assim, o orador deve deixar uma impressão bem definida na mente dos ouvintes de forma que a plateia possa
transmitir a mensagem a outras pessoas também de forma organizada e clara.
Introdução:
O propósito da introdução é despertar a curiosidade e fazer suspense, ganhar atenção da platéia, fazer uma
pequena transição lógica para entrar no assunto principal, central.
A introdução do discurso deve ser sempre curta, pois a verdadeira essência do discurso deve estar dentro do
corpo do discurso.
Desenvolvimento:
É a parte mais importante do discurso, o orador vai passar aos ouvintes o que realmente está pretendendo, é aí
que se encontra o verdadeiro objetivo, a finalidade da mensagem.
O que você deseja registrar na memória de seus ouvintes? Concentre-se no objetivo principal.
• Prepare-se. É isto que lhe dará segurança. Conhecendo bem o assunto você terá entusiasmo e serenidade.
• Use exemplos, fatos, histórias. Os ouvintes vão entender melhor quando você exemplifica o que está sendo
dito.
• Divida o seu discurso em três ou no máximo quatro partes. O ouvinte vai compreender melhor a idéia central
desta maneira.
Conclusão:
O término de um discurso não deve apresentar nenhuma dúvida, hesitação. Algumas sugestões:
• Faça um resumo;
• Use um exemplo;
• Reforce a mensagem;
• Termine com uma interrogação sobre algo importante (dentro do tema, é claro).
� Postura correta
� Ideais organizadas
� Olhar concentrado
“ Tanto na voz quanto no corpo, trazemos impressa nossa história de vida; este registro aparece em nossa
estrutura corporal, em nossos bloqueios, em nossos gestos e em nossas expressões faciais. Nosso estado corporal é
consequência das pressões externas ( do meio ambiente) e internas (idealizações) que, entrando em choque,
provocam conflitos que se traduzem em contrações musculares” .
Comunicamo-nos não somente pelo uso da voz, mas com todo nosso corpo. A integração copo e voz é um dos
parâmetros básicos pelos quais devemos avaliar o equilíbrio emocional de um indivíduo. Assim, para uma
comunicação ser efetiva e não gerar dúvidas no ouvinte, o corpo e a voz devem expressar a mesma intenção.
� O OLHAR:
O olhar é fundamental para demonstrar o domínio da situação, o controle dinâmico e psicológico da platéia. Um
olhar de simplicidade exerce extrema força sobre o público que, empaticamente, retribui o mesmo sem consciência
disso.
Em contato individual o olhar deve ser definido. Você não deve evitar olhar nos olhos do outro mesmo que
esteja se sentindo constrangido. Através do olhar você pode transmitir firmeza e segurança.
Dinâmica manter contato visual com um dos integrantes do grupo. Lembrar que o olhar é a porta da alma.
� A VOZ:
22
Existem numerosos exercícios que auxiliam grandemente o aparelho fonador e que fornecem um excelente
resultado. Falaremos sobre os exercícios adequados a cada um num segundo momento.
Dinâmica: mostrar fita com vários tipos de voz que demonstram segurança, insegurança...
� OS GESTOS:
Existem duas correntes que discorrem sobre o gestual: uma prefere os gestos bem expressivos e a outra
defende mais expressões do rosto. O ideal é que os gestos estejam compatíveis com a inflexão da voz e com o que o
orador quer passar.
- coçar a cabeça
- apoiar-se na parede
8. Uso do microfone
• Falar com os lábios em direção ao microfone (em direção não quer dizer com os lábios grudados no
microfone);
• Não falar próximo demais do microfone, colando-se a ele, para evitar o pupear, o som do sopro. Em geral, é
bom falar à distância média de um punho fechado ou um pouco mais de distância.
• O próprio locutor ou leitor deve procurar ouvir o retorno de sua voz. Se ele ouvir com distinção e clareza, é
sinal certo de que os ouvintes também estão ouvindo com distinção e agradabilidade.
9. Higiene Vocal
Definição:
São normas básicas que auxiliam a preservar a saúde vocal e prevenir o aparecimento de alterações e doenças.
“As normas de higiene vocal são simples devendo, portanto, serem respeitadas para que se evite o
estabelecimento ou piora de algum problema vocal”.
• Não fumar: a fumaça quente agride todo o sistema respiratório e principalmente as pregas vocais causando
edemas.
• Evitar café, mate e refrigerante gasosos, pois provocam o ressecamento das pregas vocais;
• Balas, pastilhas e sprays locais acabam por mascarar a dor do esforço vocal, prejudicando mais ainda o estado
das mucosas;
• Postura corporal: o palestrante deverá manter o corpo livre para acompanhar espontaneamente o seu
discurso;
• Maçã: por sua propriedade adstringente é aconselhada antes de atividades que exijam maior tempo de fala.
Além disso, para que se fale algo é necessário considerar o trabalho de elaboração do pensamento em
linguagem, que encontra na atividade articulatória sua principal forma de expressão. Se considerarmos que o nosso
pensamento flui muito mais rapidamente do que a nossa própria fala, percebemos que falhas como hesitações,
repetições de palavras, entre outras, podem surgir.
Finalizando, a emoção influência de forma definitiva os dois processos citados anteriormente (movimento
preciso e pensamento). Do ponto de vista motor, devemos considerar, que as emoções experimentadas pelo indivíduo
manifestam-se sempre por meio de modificações no tônus e na musculatura envolvida no processo do “falar”. De
forma semelhante, quando a emoção está “ativiada” o processo de transformação do pensamento em linguagem fica
prejudicado podendo gerar o “branco”.
Assim, fica claro que qualquer emoção (tensão, nervosismo...) que tome conta do indivíduo no momento de fala
ficará evidente em sua voz.
24
Ressonância / articulação
Traqueia
Ar dos pulmões
• Relaxamento
• Respiração
• Coordenação fono-respiratória
• Dicção
25
A ORATÓRIA
Oratória: é em resumo, a arte de se falar em público.
Retórica: A arte de bem falar. Conjunto de regras relativas à eloquência.
Eloquência: A força de dizer. A faculdade de dominar por meios das palavras o animo de quem ouve. Talento de
convencer. Deleitar ou comover. Arte de bem falar.
Homilética: A arte de pregar sermões religiosos.
Orador: Pessoas que discursam bem em publico, que tem o dom da palavra, pessoas eloquentes.
Discurso: Disposição metódica sobre certo assunto. Reprodução de palavras de alguém nos termos exatos na terceira
pessoa.
A Oratória dinâmica visa despertar a rapidez na emissão de mensagens; com direcionamento lógico e preciso das
informações que pretendemos levar a um grupo de pessoas, agindo com persuasão homogênea.
Na Antiguidade houve, dois grandes oradores. Um foi Cícero, o outro Demóstenes. Quando Cícero falava, as pessoas
aplaudiam e elogiavam: “Que grande discurso!” Quando Demóstenes terminava, o povo dizia: “Marchemos!” Esta é a
diferença entre apresentar um discurso e persuadir.
O sucesso da oratória consiste na eficácia da persuasão. Envolver o publico.
Algumas pessoas acreditam que é inconveniente ter o controle da persuasão. Mas no mundo em que vivemos, a
persuasão e um fato pertinente. Há sempre alguém persuadindo alguém. Ou você persuade ou é persuadido.
Nos dias de hoje, são muitos os mecanismos poderosos para persuasão em massa. Isto significa, mais pessoas
bebendo Coca Cola, mais pessoas comprando carro novo, mais dona de casa usando Bom Bril, porque tem “mil e uma
utilidades.”
Estamos constantemente rodeados por pessoas com tecnologia, know how para nos persuadir a fazer ou comprar
alguma coisa. Muitas dessas pessoas gastam bastante dinheiro para persuadir através da propaganda.
Observe que uma boa propaganda, campanha política, ou apelo, usam de imagens e sons que atraiam e afetam
nossos três sistemas representativos que são o auditivo, visual e sinestésico.
Pesquisas mostram que, nos EUA, o medo de se falar em público é maior do que o medo de morrer. Este medo
( caracterizado pelo famoso "frio na barriga" ), é um dos maiores inimigos do professor da EBD e pregadores.
a. Traumas infantis - é uma das causas mais comuns entre os professores. Geralmente, este trauma surge de
"apresentações improvisadas" dentro das salas de aula de ensino infantil. Lembra-se daquela professora que lhe
obrigou a recitar um texto na frente da sala naquele dia traumático ( e que você tremeu mais que vara verde! )?
Pois é, profissionais assim são responsáveis pela maioria dos casos de traumas de se falar em público.
b. Desconhecimento da matéria - o total, ou parcial, despreparo na matéria da qual falamos nos gera insegurança:
temos medo de que alguém faça uma pergunta acerca de um tópico do qual não estudamos bem.
c. Insegurança - o medo de se expressar e não Ter o resultado desejado pode estar "minando" o seu potencial
criativo.
Certo orador famoso falou que "nenhum curso ensina como perder o medo de se falar em público. O que pode ser
aprendido é como dominar o nosso medo". O que passaremos agora são recomendações úteis para se controlar o
medo.
1. Controle seu nervosismo - não alimente a chama do seu nervosismo. Roer unhas, colocar as mãos no bolso,
mexer os dedos, etc. - são atos que alimentam os nossos nervosismo. Evite-os.
2. Quando o medo aparecer encare-o normalmente - quando os sintomas do medo aparecer em você (suor,
empalidecimento, tremores, etc.) encare-os como algo comum.
Todos os grandes oradores que você admira passam pelas mesmas situações que você; só que com uma diferença:
eles aprenderam a controlar o medo.
3. Tenha uma atitude correta - os psicólogos falam que o "corpo fala"; geralmente esta linguagem é estampada em
nossos corpos através de gestos. Normalmente os nossos gestos são inconscientes e as pessoas observam isto.
Nossos gestos mostram o que se passa em nosso íntimo. Portanto, quando for dar uma aula, ou preleção,
apresente-se de uma maneira que passe segurança a quem lhe ver.
26
Tenha passos firmes e tranquilos. Isto passará para o auditório uma imagem positiva ao seu respeito.
4. Saiba o que falar - faça um propósito de sempre falar do que você tem certeza ou domina bem. Como vimos
anteriormente, o desconhecimento da matéria é uma das causas do medo. Portanto, negue-se a falar o que você
não sabe.
5. Não adquira "vícios de orador" - Mãos no bolso, segurar canetas, segurar revistas, segurar livros, etc. Estes são
algum “alivia-medo" mais comuns nos meios pedagógicos. Estes "vícios" em nada ajudam em controlar o
nervosismo. Por isso, evite-os; pois poderá cansar o auditório.
Cuidado com os vícios de linguagem ( né, ta, viu, etc.)
6. Chame a sua voz com a respiração – Antes de falar é ideal fazer um relaxamento dos ombros, cabeça e
pescoço.
Para passar do silêncio para o som, as cordas vocais estarão se aproximando para realizarem uma vibração, por isso,
comece a falar com cuidado, suavemente, para não depender demasiada força.
O nervosismo deixa a voz enroscada na garganta e cada frase é pronunciada com dificuldade, aumentando assim a
intranquilidade de quem fala. Tossir, pigarrear, além de ser desagradável aos ouvidos de quem ouve não resolve o
problema, pelo contrário, pode agrava-lo. Se ocorrer um desequilíbrio na voz, durante a aula, chame a sua voz
respirando profundamente e ficando tranquilo.
7. Pratique - O medo de se falar em público só é controlado quando praticamos. Com o tempo você fará tudo
automaticamente. Não se preocupe se hoje você não fez "grandes coisas". Amanhã pode ser o seu dia. Lembre-
se: todos aqueles que você admira falar, já passaram pelo que você passa.
8. Lembre-se - Quando se postar diante de uma plateia lembre-se destas técnicas e de que você não deve nada a
ninguém. A melhor recompensa que um orador pode receber é a atenção que os ouvintes podem lhe dar.
9. Observar as pessoas - a fim de definir o assunto de interesse delas.
10. Desperte o interesse - Sempre despertar o interesse e a curiosidade do publico a fim de fugir da oratória maçante.
Observe o comportamento do auditório, pois este serve de base para avaliação do desenvolvimento e recepção do
sermão.
O olhar, os braços, a expressão facial, a postura do ouvinte são elementos que nos falam e transmitem mensagens em
códigos que quando bem captadas lhe dá uma visão geral de seu desempenho e do andamento da pregação. Assim
poderá se adequar ao momento e até mesmo dar um outro rumo em sua pronunciação.
1. Não peça desculpas ao auditório - geralmente estas desculpas são duas: problemas de saúde e
desconhecimento da matéria. Se você fizer isto passará uma mensagem negativa para a plateia que não o ouvirá
com "bons ouvidos".
2. Não conte piadas - contar piadas fora do contexto da palestra é prejudicial. Poderá causar risos, mas, e depois?
Nunca use a piada para "dar graça" a sua matéria.
3. Não comece sua aula com palavras vazias que demonstram falta de objetividade - palavras como: bem, bom,
aí e então, não possuem nenhum significado e ficam soltas, dificultando a conquista do auditório. Evite usar a
palavra não, talvez, pode ser, não tenho certeza.
Use as palavras corretas para convencer e nunca dar margens para indecisão.
4. Não firme posição em assuntos polêmicos - o bom professor deve ser imparcial. Ao tomar posição em um
assunto polêmico (divórcio, drogas, aborto, etc.) o professor corre o risco de perder a simpatia de boa parte da
sala. O professor deve levar a cada aluno a tirar suas próprias conclusões.
5. Não usar chavões ou frases vulgares - Chavões do tipo "oh! Glória!”, "tá amarrado!", etc. Colocam a sua pessoa
como um simples imitador. Todo bom professor tem o seu próprio estilo.
1. Ele aproveita as circunstâncias - todo bom professor sabe aproveitar bem o tempo ( o relógio é o seu melhor
amigo ), o lugar ( o espaço físico deve ser observado pelo professor evitando transtornos durante a aula), e a
matéria ( o bom professor aproveita todas as informações que a matéria pode lhe passar.)
2. Ele dá uma informação que causa impacto no auditório - o bom professor procura, na matéria a ser dada, um
fato que seja do desconhecimento do auditório. Todo aluno gosta de ouvir coisa nova.
3. Ele explica tudo - desde termos simplórios, até definições teológicas. Nunca espere que seus alunos saibam o
que você sabe.
4. Ele elogia o auditório - os melhores professores são aqueles que elogiam os alunos. Faça o mesmo.
5. Ele promete brevidade - nenhum aluno gosta de professores maçantes. O professor deve ser direto.
6. Ele levanta reflexões - como professor você não deve pescar para o seu aluno. Você deve ensinar ao aluno como
pescar. Ensinar não é tirar responsabilidades; é dar responsabilidade. Leve seu aluno a ter opinião própria. Porém,
não transfira problemas para os participantes, sem fornecer-lhes alternativas.
27
7. Ele demonstra total conhecimento da matéria dada - isto cativa qualquer auditório e controla qualquer medo. Se
sei, porque temer?
1.Indiferente
2.Natural
3.Atencioso
4.Alegre
5.Surpresa
6.Raiva
O pregador precisa saber interpretar e exprimir bem os sentimentos para que sua pregação tenha mais “vida”. Saber
expressar o que está escrito no texto e seus próprios sentimentos.
Vamos ao exercício: Procure exprimir com clareza os seguintes sentimentos de acordo com as frases:
vontade – “Hei de vencer, haja o que houver” “Tudo posso naquele que me fortalece”.
alegria – “Como é boa a vida!”. “Jesus me libertou!”
coragem – “Irei e enfrentarei a situação.” “Se Deus é por nós quem será contra nós?”
medo – “Estão nos perseguindo”
orgulho – “Consegui uma promoção por bons serviços prestados”
humildade – “Quem sou eu, meu caro amigo”
surpresa – “Tirei em primeiro lugar no concurso”
importante:
1.Não fale com muita intensidade, reserve forças para o ponto culminante.
2.Não deixe que a voz caia nas últimas sentenças das palavras.
3.Respire de forma disciplinada
4.Varie a força, a velocidade e o ritmo da voz para não cansar a plateia.
5.Leitura do sermão somente em solenidade ou formaturas especiais.
Prepare o seu aluno para aula - cite algo interessante logo no início;
saia um pouco da matéria e aborde um fato bem-humorado, voltando, em seguida, para a matéria.
Demonstre sentimento de prosperidade. As pessoas só acreditam em quem prospera.
j. E quando der um "branco"?
o "branco" é devido ao excesso de nervosismo, falta de conhecimento profundo e falta de sequência lógica na
apresentação; se ocorrer o "branco" recapitule as últimas informações que você passou para o auditório, de preferência
com palavras diferentes.
Dicas gerais
1) Seja positivo
2) Se prepare para dar a aula.
3) Chegue cedo, antes dos alunos, para recepcioná-los;
4)Conheça o lugar onde você vai dar aula. é importante se movimentar antes da aula no local da aula, para evitar
futuros "micos".
4) Sorria.
5) Cumprimente a todos.
6) Trate o aluno pelo nome
7) Olhe sempre nos olhos do aluno quando ele lhe fizer uma pergunta
8) Gesticule ( sem exagero)
9) Movimente-se ( sem exagero)
10) Fale de maneira modulada
11) Evite apoiar-se em uma perna
12) Estimule a participação ativa do aluno
13) Estimule perguntas
14) Estimule discussões
15) Use linguagem coerente com o seu grupo
16) Aprenda a perguntar
17) Saiba ouvir
18) Cronometre o seu tempo de aula
19) Evite interrupções quando o aluno estiver falando
20) Em uma discussão não se envolva emocionalmente
21) Tenha contato frequente com o seu aluno
22) Escreva para o seu aluno
23) Tenha um registro particular de cada aluno
APRESENTAÇÃO EM PUBLICO
A apresentação pessoal é muito importante. Sua credibilidade está vinculada ao traje. Havia uma propaganda que
dizia: O mundo trata melhor quem se veste bem, e isto é uma grande verdade.
Apresentação de paletó e gravata: demonstração de autoridade e poder.
Apresentação com gravata sem paletó: demonstração de semi autoridade poder.
Postura: sempre ereto, cabeça erguida.