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CURSO DE ORATÓRIA EMOCIONAL & EXPRESSÃO VERBAL ®

ACONSELHAMENTO: DEZ DICAS DA ARTE DE CONVERSAR

DEZ DICAS DA ARTE DE CONVERSAR

1º OUÇA COM ATENÇÃO

Muitas vezes nos concentramos tanto no que tencionamos dizer que não ouvimos realmente o
que a outra pessoa está dizendo. Se você ouvir ativamente os outros, eles prestarão mais
atenção quando chegar a sua vez de falar.

2º FALE SOBRE COISAS QUE INTERESSAM A OUTRA PESSOA

Diz um psicólogo: "O encanto da conversa consiste menos em demonstrar o próprio espírito do
que em abrir caminho para que o outro sujeito demonstre o seu". Quando se estimula o outro a
falar sobre seus assuntos prediletos nunca há razão para preocupar-se com silêncios
constrangedores e geralmente se fica tão absorvido que não há tempo para acanhamento... que é
o maior obstáculo para uma conversa espontânea.

3º EVITE MINÚCIAS DESINTERESSANTES

"O segredo de ser cansativo consiste em contar tudo", advertiu Voltaire. Todos nós
conhecemos a pessoa que faz disseções e nunca omite um fato desnecessário. "Não sei bem se
foi numa sexta ou num sábado. Mas, deve ter sido por volta de dez e meia, porque eu acabava de
sair da casa de meu irmão, do outro lado do parque, e depois..." Muito antes de o narrador chegar
ao clímax de sua história, já estamos exaustos.

4º EVITE EXPRESSÕES CEDIÇAS OU ULTRAPASSADAS OBSOLETAS

Não deixe que o apontem como "uma pessoa de poucas palavras, que as usa continuamente";
algumas mulheres arrulham a palavra "maravilhoso", "Só mesmo você", "Está entendendo?". Fuja
dessas frases estereotipadas. E não faça citações de si mesmo. São poucas as pessoas
espirituosas como Bernard Shaw, que podia gracejar:- Cito-me frequentemente. Isso dá sabor à
minha conversa!

5º FALE COM PRECISÃO

Pare um instante para disciplinar suas palavras antes de falar; não mergulhe a cabeça numa
frase, esperando que acabe dando certo.
Evite pular de um tópico para outro; a conversa é mais interessante quando se prolonga um
assunto por muito tempo para apreciá-lo do ponto de vista de quem dá e de quem recebe.
Muitos de nós somos culpados de tornar difícil a compreensão de nossas conversas com
cacoetes e hesitações. Olhe de frente a pessoa com quem estiver conversando, em vez de olhar
para ela e não ponha a mão em frente da boca para falar indistintamente. Não se deve ser
necessário que lhe peçam para repetir o que disse.
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6º FAÇA AS PERGUNTAS ADEQUADAS

Os bons entrevistadores - repórteres, advogados, psiquiatras, etc. - sabem que uma pergunta
bem concebida e bem formulada ajuda a outra pessoa a se expandir. Indica um interesse sincero
por ela e pelas suas opiniões.
Uma pergunta convencional, no gênero de "Como vão as coisas?" ou "Que há de novo?" não tem
sentido. Por outro lado, perguntas do tipo: "Como foi que o senhor começou o seu negócio?" ou
"Se tivesse de começar a vida de novo, escolheria esta cidade para morar?" indicam um interesse
sincero. E frases discretas como "Não acha?" ou "Qual é a sua opinião?" muitas vezes mantém a
própria pessoa falando e evitam que nós falemos demais.

7º APRENDA A DISCORDAR SEM SER DESAGRADÁVEL

Muitas vezes o que mais importa não é o que diz, mas a maneira de dizê-lo.
Benjamim Franklin costumava observar diplomaticamente: "Neste ponto eu concordo. Mas há
outro em que peço licença para fazer uma restrição".
Uma discussão amistosa muitas vezes enriquece uma conversa, mas não comece a discutir com
uma declaração indiscriminada como esta: "detesto advogados; são todos uns chicanistas". Tal
observação dogmática fará com que todos os grupos tomem partido com uma violência que não
permite conversação educada.
É importantíssimo não contradizer sumariamente pessoa alguma mesmo quando se tenha certeza
de que ela está errada. Use de sutileza.

8º EVITE INTERROMPER OS OUTROS

Se você por vezes se ver obrigado a cortar uma conversa, sua interrupção parecerá menos
descortês com uma frase amável como está: "João, você me permite acrescentar uma coisa ao
que acaba de dizer?" Diga-se de passagem que a pessoa interrompida ouvirá com mais atenção,
se você usar o nome dela.
Se você próprio for interrompido, nunca insista em voltar depois ao mesmo assunto. Procure
interessar-se pela nova conversa. Se as pessoas quiserem que você volte ao que estava
discutindo, elas mesmas o dirão.

9º PROCURE SER TOLERANTE E DIPLOMÁTICO

Todos nós conversamos às vezes com pessoas que nos irritam ou aborrecem. Neste caso,
procure concentrar-se no assunto em discussão. Afinal de contas, os fatos são impessoais. Se
você procurar honestamente assumir uma atitude generosa e tolerante, aprenderá a conversar
muito melhor.

10º ELOGIAR UM POUCO ÀS VEZES AJUDA

Sua conversa será mais rica, se você aprender a elogiar as pessoas - desde que os elogios
sejam sinceros. Pode-se elogiar ao mesmo tempo que se exprime apreciação.
Não diga ao conferencista que acaba de ouvir, simplesmente que gostou de sua palestra.
Faça comentários específicos sobre algumas coisas que ele disse ou peça-lhe para ampliar uma
de suas observações, mostrando que ouviu com toda a atenção.
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ORATÓRIA EMOCIONAL

SUMÁRIO

 A arte da palavra
 Medo, fobia ou apenas nervosismo.
 Causas do medo de falar em público
 Reflexões necessárias
 Os maiores oradores da história
 Autoestima
 A mística do carisma
 Dicas úteis
 A expressão corporal do orador
 Dicas essenciais
 Evite as posturas
 Os braços e as mãos
 A postura correta para iniciar o discurso
 Os gestos e sua função na oratória
 Conselhos úteis
 Alguns tipos de gestos e a idéia implícita
 Dicas especiais
 A arte do manejo do escudo
 O domínio do irmão sombra
 Como falar de improviso
 Roteiro escrito
 Lembretes
 Cartão de notas
 Esquema mental
 Improviso inesperado
 A técnica do assunto paralelo
 Observações importantes
 Fala memorizada
 Improvisar sim, mas com roteiro
 Como iniciar um discurso
 Dicas para dar uma entrevista a um jornalista
 A fala na televisão
 A oratória e o homem moderno

1. A ARTE DA PALAVRA
A boa oratória é a arte da palavra. No mundo hodierno, saber falar em público e
demonstrar naturalidade no desenvolvimento das ideais pode determinar o sucesso numa
entrevista para obtenção de um emprego, garantir a aprovação perante uma banca examinadora
ou mesmo abrir um espaço de atuação que você nem sonhava ser possível.
O que é necessário para que uma pessoa se torne um bom orador? Muitos são os pré-
requisitos elencados por diversos especialistas. Segurança, domínio do assunto, determinação na
transmissão da mensagem e principalmente a superação do medo.
Entretanto, defendo que somente aprendendo a direcionar a hesitação inicial para a emoção
da fala, canalizando o excesso de adrenalina no organismo para o gestual correto e uma perfeita
sintonia na comunicação visual com a plateia, será possível superar o desconforto inicial do
palestrante.
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As maiores autoridades em oratória, por sua formação acadêmica , primam por enumerar
conhecimentos e informações que ajudam o indivíduo na identificação do problema, no entanto,
existe um consenso que interliga todos os estudiosos sobre comunicação verbal: a naturalidade
da expressão é a principal qualidade do bom orador.
O aspirante a uma boa oratória tem que primeiro buscar o autoconhecimento e o
fortalecimento de sua própria autoestima para obtenção de um posicionamento mais consciente
perante a realidade, para depois reinterpretar o contexto em que vive buscando incorporar
valores éticos e morais com uma intervenção fundamentada e de qualidade que conquiste
adeptos naturais às ideais apresentadas.
Além disso o orador precisa desenvolver um comportamento empático em relação a plateia.
Somente percebendo a si mesmo corretamente através do autoconhecimento, fortalecendo a sua
própria autoestima e aprimorando a sua acuidade empática será possível alcançar um bom
resultado na oratória.
Em resumo, cada movimento do orador deve ser pensado. Nos primeiros três minutos de
qualquer intervenção em público o palestrante tem que conquistar a plateia e ao mesmo tempo
ultrapassar um momento de grande insegurança.

2. MEDO, FOBIA OU APENAS NERVOSISMO


Todo orador sente um pânico inicial quando inicia uma intervenção em público. Com o tempo
e a experiência em falar a tendência natural é o palestrante desenvolver seus próprios
mecanismos de superação do nervosismo inicial e melhorar o desempenho a cada apresentação.
É a figura do dragão interior; o medo que nos assusta e apresenta o desafio de falar.
Mas será que o fenômeno ocorre com todas as pessoas que se dispõem a falar para uma
platéia ou o nervosismo inicial é a sina dos mais tímidos? Na verdade tudo o que se escreve
sobre a matéria vem contaminado de um certo fetichismo literário que nos induz a pensar que
apenas as pessoas inseguras tem esse tipo de reação.
Em recente estudo realizado nos Estados Unidos ficou constatado que o maior medo do
homem é falar em público. Ora, se o medo é inerente ao ser humano é preciso entender o seu
mecanismo e aprender a conviver com ele enquanto poderoso aliado e não como um inimigo.
Diante de situações concretas de perigo real nosso organismo desenvolveu mecanismos de
superação através de impulsos, reflexos e liberação de hormônios que nos ajudam a vencer
obstáculos inesperados e desconhecidos.
Desde os primórdios de sua existência o homem enfrenta perigos reais que ameaçam sua
sobrevivência. Somos bípedes e dotados de inteligência, em acréscimo nosso organismo
desenvolveu mecanismos para que diante do perigo real que ameace nossa existência possamos
simplesmente fugir e permanecer vivos ou eventualmente enfrentar a ameaça real.
Produzido nas glândulas supra-renais, o hormônio ADRENALINA é liberado no organismo
em situações de perigo para que possamos dispor de maior explosão muscular para enfrentar
situações de risco.
Quando iniciamos um discurso em público o fenômeno é o mesmo, a visão da plateia faz com
que nosso cérebro dispare um sinal para que a amígdala cortical ordene a emissão de um
suprimento extra de adrenalina. É um risco, mas hipotético, e não podemos sair correndo. Nesse
momento a reação do organismo se processa através dos seguintes sintomas:
aumento do batimento cardíaco, boca seca,
comprometimentoda acuidade visual, mal estar generalizado,
dificuldade de movimentação, travamento da mandíbula,
voz rouca ou insegura, dificuldade de pensar,
calor extremo e suores, ausência psicológica e outros.
fortes dores na coluna cervical,

3. CAUSAS DO MEDO DE FALAR EM PÚBLICO


Não dominar o assunto,
Falta de experiência em falar em público,
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Voz inadequada
Nervosismo,
Ilusão do sucesso,
Ausência de autoconhecimento,
Dificuldades de absorver críticas,
Baixa autoestima e
O orador real e o imaginado.

4. REFLEXÕES NECESSÁRIAS
O grande filósofo HERÁCLITO dizia: “Para aqueles que estão acordados há um Universo
ordenado, enquanto que durante o sono o homem passa deste mundo para o seu próprio ”.
Dê atenção aos seus sonhos e acredite na sua capacidade de mudar a sua própria
realidade. Espere pelo inesperado. Acredite e ouça sempre a sua voz interior.
O orador sempre será visto como modelo e referencial ético. Preste mais atenção ao que
você de fato representa e procure sempre conversar com a platéia. Por mais que o palestrante
não deseje associar sua imagem à figura do líder e do herói, os ouvintes sempre farão uma
associação direta entre a pessoa que fala e a dimensão heróica do líder.
A relação do orador com o público deve ser essencialmente intuitiva. Não tenha receio de
utilizar as técnicas da boa oratória, o gestual bem dosado produzido sempre acima da linha da
cintura e no máximo até o início do pescoço, em perfeita sintonia com a fala ou os recursos de
salvação do discurso, desde que você passe emoção e honestidade de propósito naquilo que
está afirmando.
Acredite na própria capacidade de mudar a sua vida e ouse sempre na oratória. Aproveite
todos os recursos do ambiente e acima de tudo quebre as regras. Desperte o seu potencial.
Procure sempre chegar com uma hora de antecedência ao local do evento e perceber
qualquer objeto interessante que possa se transformar na sua introdução.
A palavra pode cortar como a espada ou iluminar como o sol.

5. OS MAIORES ORADORES DA HISTÓRIA


Os grandes oradores da antiguidade sempre demonstraram uma habilidade apurada para
discursar para grandes plateias, com exceção de Aristóteles.
O primeiro estudioso da oratória conhecido foi mesmo Aristóteles que escreveu a obra A
ARTE RETÓRICA, em três livros, onde desenvolvia a argumentação de que o orador ideal
tem que prestar atenção àquilo que o público supõe possível.
Apesar de ter escrito a obra mencionada Aristóteles nunca foi um orador e mantinha-se
alheio a dinâmica da política da sociedade grega .
Já Cícero, um dos maiores oradores romanos, começou a aprender a arte da oratória com
dez anos de idade, e aos dezessete anos escrevia a obra DE ORATORE, composta de três
volumes, onde expunha com maestria o perfil do orador ideal.
O grande Cícero foi um orador perfeito e político brilhante. Todavia de caráter arrogante e
prepotente teve um destino trágico. Foi degolado e esquartejado. A mão direita e a cabeça
foram expostos no Fórum Romano e a língua espetada e exibida ao povo.
Já Demóstenes é o exemplo do orador determinado e cônscio de que o bom comunicador
precisa acima de tudo de muita perseverança para superar os obstáculos Portador de defeito
físico na estrutura do aparelho fonador, Demóstenes tinha um sonho quase impossível que o
atormentava dia e noite: sonhava em ser um orador brilhante. Não suportando mais a
frustração e sabendo que a realização de sua vida dependia da superação de sua deficiência
resolveu assumir a direção de sua vida e resolver o problema.
Todos os dias acordava bem cedo e se dirigia as margens de um lago, na companhia de
seu escravo. Definido o local adequado para o aprendizado, ordenava ao escravo que fosse
para o outro lado do lago e ouvisse atentamente o que ele falava e depois repetisse fielmente
o discurso proferido. Ao cabo de alguns anos Demóstenes tornou-se um dos melhores
oradores de sua época e referencial até hoje.
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O fundamental é que Demóstenes tinha o sonho de ser um excelente orador e para


conseguir seu objetivo sempre colocava vários seixos pequenos na boca para treinar a boa
dicção.

6. AUTO-ESTIMA
“ O que pensais - passais a ser”
“ O amor à VERDADE
supõe a vontade de
querer entender
sempre o ponto de
vista do adversário”.

7. A MÍSTICA DO CARISMA
O bom orador tem que envolver a plateia. A sensação das pessoas e do próprio orador , no
auge do discurso, é de prazer, UM ÊXTASE, até o momento da rendição dos espíritos.
O símbolo do carisma é o unicórnio. A figura do terceiro olho que percebe a essência da
vida e as realidades ainda não reveladas do próprio Universo.
É necessário aprender a conversar com a própria consciência e principalmente aprender
a ouvir todos os sons da natureza e em especial o silêncio. O orador é um mágico da multidão
que inebria e seduz. É a figura real e mítica que incorpora a presença do herói redentor e
sagrado que vai libertar a todos sem violentar a consciência de nenhum seguidor.
O HERÓI REPRESENTA O MODELO DO HOMEM CRIATIVO, QUE TEM CORAGEM
PARA SER FIEL A SI MESMO, AOS SEUS DESEJOS, FANTASIAS E ÀS SUAS PRÓPRIAS
CONCEPÇÕES DE VALOR. É o conhecimento de SI MESMO.
“O herói tem quase sempre pais divinos ou nobres, sendo ao mesmo tempo filho de seres
humanos normais. A gestação, a gravidez, o nascimento e a primeira infância suportam uma
grande carga. Algumas vezes os pais são estéreis, outras vezes o herói é rejeitado desde o
princípio; ou seu nascimento tem de se realizar em um local secreto, ou ele deve ser morto e
exposto. Sendo de origem nobre e divina, experimenta o sofrimento da criança abandonada,
desamparada, cuja verdadeira natureza a princípio não é reconhecida. É ao mesmo tempo
poderoso e carente.
Educado por pais adotivos ou por animais, em sua juventude ele logo revela talento,
habilidades e poderes especiais. Excelentes mestres ajudam-no a aperfeiçoar suas habilidades
e conhecimentos. Adquire suas armas pessoais, quase sempre de procedência e qualidade
especial. Muitas vezes encontra também um animal, fiel companheiro - em geral cavalo, cão ou
pássaro -, que se distingue pela inteligência, segurança instintiva e força.
Recebe então uma missão ou um chamado para partir em viagem. Depois das
adversidades iniciais, que se revelam no próprio medo, desânimo ou através dos avisos de
outras pessoas, põe-se a caminho. Até que a verdadeira luta acontece, ele tem de passar por
uma série de pequenas aventuras. Por exemplo: encontra outro herói, a princípio hostil, com o
qual luta, e que demonstra a mesma força. Às vezes, une-se a ele pela amizade.
A verdadeira luta do herói leva-o a penetrar em esferas desconhecidas e estranhas. Pode
tratar-se de um lugar secreto, de difícil acesso, onde atua um poder sinistro e ameaçador, por
exemplo um monstro semelhante ao dragão, um inimigo perigoso ou então a morte. Depois de
uma luta difícil, quase fatal, o herói consegue superar esse poder inimigo. Em seguida, ganha
um tesouro (ouro, reino, conhecimento, fama) e uma jovem virgem, com a qual se unirá e terá
um filho.”
Extraído do livro: O Herói, de Müller, Lutz; página 15, coleção A Magia dos Mitos, Ed.
Cultrix.

PSICOLOGICAMENTE , A LUTA COM O DRAGÃO, SIGNIFICA DOMINAR O MEDO!.


O MEDO, PORÉM, É UMA REAÇÃO HUMANA SAUDÁVEL DE QUE PRECISAMOS
PARA A SEGURANÇA DA VIDA. POR ISSO O PRIMEIRO PASSO PARA A SUPERAÇÃO DO
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MEDO NÃO É ELIMINÁ-LO MAS SIM ADMITI-LO. (ESCUDO PROTETOR DA CALMA E DA


SERENIDADE).
Fonte: já referida acima
A MULTIDÃO É MOVIDA PELO MEDO, PELA ÂNSIA DE PODER OU PELA PERCEPÇÃO
DE QUE ALGO NOVO ESTÁ SENDO PROPOSTO.
Todo o sistema de valores da nossa sociedade está moldado na ausência de identidade
do indivíduo e na satisfação material de necessidades que devem realizar o homem
moderno.
Nossa civilização tecnológica, deixa-nos pouquíssimos espaços para a vivência saudável
da nossa alma animal. A maioria das pessoas esquecem que possuem um corpo com
necessidades concretas e não se alimentam corretamente, não cedem ao prazer do próprio
corpo pelo movimento, pela dança, pela corrida e negligenciam suas fantasias que inspiram
seus desejos sexuais. Dormem e não descansam, se alimentam e continuam com deficiências
alimentares. Busque perceber a realidade a sua volta e assuma a direção da sua própria vida.
Perceba o que a plateia quer ouvir deixando que a sua intuição fale mais alto que a razão e
acredite em si mesmo acima de tudo; estas são as qualidades principais do líder carismático.

TODO O POTENCIAL DO ORADOR NO ENTANTO SÓ SERÁ EFICAZ NA MEDIDA EM


QUE DEMONSTRE NATURALIDADE E DETERMINAÇÃO NA FALA.
A qualidade principal do ORADOR é a:
N A T U R A L I D A D E

8. DICAS ÚTEIS
Postura, nervosismo, apresentação, Se estiver diante de um adversário
posição das mãos, tipos de microfone. de debate diminua o tom de sua voz e
Olhar para as pessoas da plateia, cative os presentes.
(foco). Nunca se exalte em público com
ambiente da palestra. alguém da plateia.
Se alguém olha no relógio tudo bem, Estou nervoso e posso errar. Posso
se o encostar ao ouvido pare. falar desta forma?
Alguém interessante na plateia? Discurse sempre como se estivesse
Elogie , seja homem ou mulher. conversando com a plateia. Não importa
Perguntas de impacto para despertar se você fala para dez pessoas ou dez
o auditório. mil. QUEBRE A IMPESSOALIDADE.
Nunca faça afirmações polêmicas FALE COMO SE FALASSE A UM
durante o discurso. GRUPO DE AMIGOS.
Prepare o tema exaustivamente. Sorria sempre. Se encontrar um
O que fazer se me perguntarem algo. conhecido. Cumprimente-o.
Não permita que as pessoas falem Se você não conhecer ninguém,
ao mesmo tempo que você. quebre o gelo simulando que conhece
Simule que alguém quer fazer uma alguém na plateia.
pergunta. Aproveite todo o ambiente da plateia.
Chame alguém da plateia ao palco. Se aparecer um inseto voador divirta-se
Alterne a entonação da voz e se com ele e tire proveito. Sorria e relaxe.
permita mesmo um grande intervalo se Acredite no seu potencial e ouse
necessário para chamar a atenção das sempre!
pessoas.

9. A EXPRESSÃO CORPORAL DO ORADOR


Estudo realizado pelo psicólogo ALBERT MEHRABIAN concluiu que a transmissão da
mensagem do orador tem influência de 55% da expressão corporal, 38% da voz e 7 % da
palavra.
FAÇA UM GESTO PARA CADA INFORMAÇÃO.
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GESTICULE COM OS BRAÇOS ACIMA DA LINHA DA CINTURA E NA ALTURA DO PEITO.


(VERTICALIDADE)
VARIE OS GESTOS.
FALE COM NATURALIDADE.
O excesso de gestos deve ser evitado, bem como o orador estátua que fica preso ao solo e
não se movimenta em nenhuma hipótese. É sempre preferível a técnica natural preservando a
espontaneidade que produz gestos corretos e naturais do que o gestual errado e artificial
Perceba o movimento de uma criança. Ela é natural e mostra claramente o que está sentindo
no momento exato.
O ERRADO NATURAL DEVE PREVALECER SOBRE O ERRADO ARTIFICIAL.
O GESTO VEM ANTES DA PALAVRA OU JUNTO COM ELA, N U N C A D E P O
I S!
Feito o gesto, o orador se desejar maior ênfase deve aguardar alguns segundos mantendo o
gesto para depois continuar o discurso.
A cada gesto deve corresponder uma ideia ou informação predominante. Observe que quem
determina a direção e o sentido do discurso são os ouvintes. Duele com a audiência, ceda e
espere: MAS VENÇA!
OBS: Os historiadores relatam que HITLER só dizia o que o público queria ouvir.
Quanto maior o número de pessoas na plateia ou mais inculto for o auditório maiores tem que
ser os gestos; e de preferência mais largos e fortes.
Quanto menor o auditório ou mais culto, menores e mais moderados devem ser os gestos do
orador atento a especificidade do seu público.

MULTIDÃO  GESTOS EMOCIONAIS

PEQUENA AUDIÊNCIA  GESTOS RACIONAIS

10. D I C A S ESSENCIAIS:
“Converse com a multidão”, ENTENDA-SE apenas ouça o barulho das pessoas, perceba o
clima, observe atentamente os rostos, analise se as pessoas estão impacientes ou calmas. Nunca
fale algo que vá de encontro ao “feeling” da multidão.
Fale com o grupo, mostre-se à vontade para todos e interessado. Procure passar uma
imagem positiva para as pessoas.
Sente-se atrás no auditório e observe a reação das pessoas. Procure andar decidido quando
levantar para falar, isto auxilia a diluir a adrenalina.

11. EVITE AS POSTURAS:


DO:
orador andarilho enjaulado,
orador gangorra, e do
orador perfilado.
Se o orador estiver discursando em pé as pernas devem permanecer levemente abertas mas
sem o apoio negligente em uma delas.
Caso o orador esteja discursando sentado deve manter os pés apoiados no chão ou as pernas
cruzadas à moda feminina.
Já para as mulheres, as pernas podem ser cruzadas para trás com os pés debaixo da cadeira.
Observação: os sapatos devem sempre estar impecáveis.
Fale em pé ou sentado. Faça a melhor opção possível, respeitando o seu “ FEELING”.

12. OS BRAÇOS E AS MÃOS


Principais Erros:
Mãos atrás das costas.
Mãos nos bolsos.
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Braços cruzados.
Gestos abaixo da linha da cintura ou acima da cabeça.
Detalhes que sobressaem.

13. A POSTURA CORRETA PARA INICIAR O DISCURSO


Manter as mãos em forma de concha à frente do corpo ou com as mãos abertas e ligadas
pelas pontas dos dedos.
Ao começar o discurso cumprimente a plateia, faça uma pequena pausa e depois inicie com
calma e fala mais lenta, para depois iniciar os gestos e aumentar o volume da voz.

14. OS GESTOS E SUA FUNÇÃO NA ORATÓRIA


Os gestos representam 55% da mensagem do orador e tem como funções principais as
seguintes:
complementa a ideia defendida, destaca a informação mais importante, ajuda o orador a
encontrar a velocidade ideal do discurso, e em algumas oportunidades chega mesmo a substituir a
palavra com mais ênfase do que o próprio texto.

15. C O N S E L H O S Ú T E I S
Seja natural e mantenha os braços soltos.
Evite gestos de marcação.
Se as mãos ficarem trêmulas, feche-as por duas ou três vezes com força . Seja discreto.
Varie a gesticulação.
Não demonstre hesitação.
Observe o desempenho de advogados no Fórum, de políticos, de camelos e se possível vá ao
teatro.

16. ALGUNS TIPOS DE GESTOS E A IDÉIA IMPLÍCITA


GESTO IDÉIA

1. Dedo indicador toca os


dedos da outra mão ou ENUMERAÇÃO
uma das mãos toca a
outra em pontos diferentes.

2. Uma das mãos desliza so-


bre a palma da outra. SEPARAÇÃO
Mão fechada que abre e
fecha para o público.
(palma p/ o público)

3. Dedos esticados e unidos


que giram em sentido DESENTROSAMENTO
oposto.

4. Encaixe das mãos ou UNIÃO, ENTENDIMENTO


entrelaçamento. CONSTRUÇÃO
OU,FILIAÇÃO.

5. Mão fechada: o polegar FORÇA.


aperta o dedo indicador.

6. Mão fechada: o polegar


sobre a lateral do dedo PODER, CONDUÇÃO
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indicador.

7. Dedo indicador para


baixo ou na palma da AFIRMAÇÃO
outra mão.

8. Mãos que se cruzam


de dentro para fora sem NEGAÇÃO
se tocar.(palma da mão
voltada p/ o público)

9. Mão estendida e dedos DIREÇÃO E SENTIDO


unidos (distante)

10.Segurar as rédeas do CONTROLE


cavalo!

Uma infinidade de gestos podem, se bem aplicados , transmitir uma ideia de maneira precisa
trabalhando apenas com o inconsciente da plateia, mesmo que a mensagem não seja expressa
verbalmente.
Procure assistir a TV SENADO e preste atenção aos gestos dos parlamentares. Grave os
discursos para depois observar a técnica de cada um.

17. DICAS ESPECIAIS


O ORADOR TEM QUE DEMONSTRAR NATURALIDADE! Jorge David Telles
O ORADOR PRECISA DISCURSAR COMO SE ESTIVESSE CONVERSANDO COM A
PLATÉIA.
Quintiliano
É PRECISO BUSCAR O MOMENTO DA RENDIÇÃO DOS ESPÍRITOS AOS ARGUMENTOS
DEFENDIDOS.
Jorge David Telles

18. A ARTE DO MANEJO DO ESCUDO


O bom orador precisa aprender a superar as críticas e perceber que cada pessoa tem a sua
própria realidade. Os reveses e as desilusões são necessários para o desenvolvimento do ser
humano. Além do que a coragem , o conhecimento e a determinação do orador nada representam
se o mesmo não souber manejar o escudo do equilíbrio quando receber críticas ou se defrontar
com o fracasso que deve ser entendido como valioso colaborador para que o orador determinado
obtenha sucesso.
A história das górgonas ilustra bem o tema do escudo e da capacidade de desenvolver a arte
do manejo do escudo protetor.
“Ao crescer e tornar-se homem, Perseu assumiu a tarefa de levar ao rei Polidectes a cabeça
da górgona Medusa. As górgonas são três seres femininos com aparência amedrontadora. Na
antiguidade, são representadas quase sempre com serpentes na cabeça e em volta dos quadris,
com presas de javali, risos horríveis e a língua à mostra, com olhar fixo e mãos de bronze. Quem
olhasse para o seu rosto ou fosse atingido pelos raios dos seus olhos se transformaria
imediatamente em pedra. Diante da necessidade de decepar lhe a cabeça, pois só assim a
Medusa seria morta, Perseu precisou recorrer ao apoio de Átena e de Hermes. Átena, a deusa da
luta, da vitória e da sabedoria, deu-lhe um escudo refletor; Hermes, o mensageiro dos deuses e
guia de almas, deu-lhe uma espada. Além disso, Perseu ainda precisou arranjar sandálias aladas,
um capacete e uma bolsa mágica. Ao chegar e ver as Górgonas dormindo, Perseu aproximou-se
da Medusa sem olhar diretamente para ela, orientando-se pela imagem refletida em seu escudo, e
decepou lhe a cabeça. Conta-se também que nesse momento a deusa Átena guiou o braço de
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Perseu. Ele colocou a cabeça da górgona Medusa, que ainda mantinha seu efeitos petrificantes,
em uma bolsa mágica e fugiu ajudado pelas sandálias aladas e pelo capacete que o tornava
invisível ”.

Do livro O HERÓI, fonte citada.

O olhar assustador da Medusa , trata-se de um símbolo de medos existenciais profundos


que nos ameaçam de dentro ou de fora e paralisam o nosso processo de vida. O olhar simboliza
a consciência, o entendimento e o conhecimento, mas tem também um efeito mágico que pode
paralisar quem é olhado.
Ao sermos olhados vivenciamos a nós mesmos. No olhar da primeira pessoa da nossa vida
estão ocultos o brilho e a miséria da nossa existência.
A cabeça encantadora da Medusa paralisa todo o desenvolvimento autônomo; mas é preciso
tomar consciência que se tivermos uma visão crítica da realidade perceberemos que a MEDUSA é
um medo interior desenvolvido um dia por nós e do qual também podemos nos libertar.
O QUE É O ESCUDO AFINAL?
É O AUTOCONHECIMENTO DE SI MESMO E A CAPACIDADE DE RECEBER CRÍTICAS
SEM SE ENVOLVER COM A EMOÇÃO DO ADVERSÁRIO.
Jorge David Telles
Só é possível dominar o poder da oratória após uma luta moral interior sincera e uma
autoanálise que sempre nos leva ao limite das nossas forças.

19. O DOMÍNIO DO IRMÃO SOMBRA


O domínio do irmão sombra significa retirar todas as projeções negativas que dirigimos aos
nossos semelhantes. Ficar amigo de nossa sombra é um passo mágico que abrirá a porta de
nossa própria consciência e nos dará o poder pleno da palavra que deverá ser canalizado para a
construção de uma realidade menos opressiva e mais humana.

20. COMO FALAR DE IMPROVISO


O dom da fala de improviso pode ser adquirido com algumas técnicas. É uma das mais
importantes qualidades do bom orador, pois quem domina o discurso de criação instantânea terá
plenas possibilidades de obter sucesso na sua argumentação.

21. ROTEIRO ESCRITO


Uma das técnicas mais utilizadas é o uso do ROTEIRO ESCRITO que nada mais é do que um
resumo do discurso contendo LINKS que permitam ao orador interligar as informações principais.

22. LEMBRETES:
não escreva demais.
use frases curtas.
apenas consulte o roteiro.
não manipule o manuscrito em excesso.

23. CARTÃO DE NOTAS


Use só palavras ou chaves neurais simbólicas. Evite o papel fantasma.

24. ESQUEMA MENTAL


Se o seu discurso tiver 20 minutos de duração utilize 05 palavras.
O início tem que ser preparado. Já a conclusão pode ser flexibilizada de acordo com a
situação.
Faça a refutação se perceber que o ambiente é hostil! Refutar um argumento é fazer a própria
crítica da ideia apresentada com o objetivo de inibir eventuais questionamentos.
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25. IMPROVISO INESPERADO


Se a circunstância do discurso for absolutamente inesperada BRINQUE COM A SITUAÇÃO E
TRAGA A FIGURA CENTRAL RESPONSÁVEL PELO MOMENTO PARA JUNTO DE VOCÊ.
Caso a técnica não funcione, apele para a velha tática de rir da própria situação.
Faça um pronunciamento ultra rápido! Inicie o discurso com voz baixa, mas determinada, refute
você mesmo o argumento ou argumentos elencados e conclua de forma absoluta e aumente ao
máximo o tom de voz. Grite se perceber que é necessário para você estabelecer o fim da
polêmica.
DICA:
Se você decidir aproveitar as oportunidades para fazer uma intervenção habitue-se a planejar o
que vai dizer sobre as pessoas, sobre o evento ou sobre algo ocorrido com você no trajeto ou
algum fato interessante vivenciado por você recentemente.

26. A TÉCNICA DO ASSUNTO PARALELO


O artifício de dirigir a fala para um assunto paralelo é a técnica mais eficiente para se proferir
um discurso improvisado. Por outro lado só deve ser usada se a matéria objeto do discurso
paralelo for de absoluto conhecimento do orador.
O assunto paralelo deve ser de conhecimento do público, deve ter ligação clara com o tema
principal e principalmente deve ser interessante para a platéia. É perfeitamente possível
transformar o assunto paralelo em principal.

27. OBSERVAÇÕES IMPORTANTES


NÃO PEÇA DESCULPAS,
NÃO TENHA PRESSA PARA COMEÇAR,
FALE BAIXO NO INÍCIO,
SEJA BREVE, e
NÃO RECUSE CONVITES PARA FALAR.

28. FALA MEMORIZADA


É possível optar pela memorização de todo o discurso. Todavia, o risco é muito alto para o
palestrante. As vantagens da fala memorizada, quando o orador já tem habilidade suficiente para
memorizar e NÃO ESQUECER O DISCURSO, são a segurança transmitida, o perfeito controle do
tempo e da sequência correta das ideais.
As desvantagens são o próprio esquecimento do texto, a ausência de naturalidade, a rigidez de
conduta e a perda dos estímulos do próprio ambiente da palestra.

29. IMPROVISAR SIM! MAS COM ROTEIRO!


O improviso com a utilização do roteiro proporciona ao orador as seguintes vantagens:
manutenção da naturalidade,
ordenação da fala,
ajuda o orador a canalizar melhor a sua emoção, e
melhora a estética da comunicação(a voz, o vocabulário e a própria expressão verbal).

30. COMO INICIAR UM DISCURSO


SUGESTÕES
UTILIZE UMA FRASE DE IMPACTO.
NARRE UM FATO BEM HUMORADO.
ELOGIE O AUDITÓRIO.
FAÇA UMA REFLEXÃO SOBRE O TEMA A SER ABORDADO, ou
APENAS FAÇA UMA RÁPIDA CITAÇÃO.

31. DICAS PARA DAR UMA ENTREVISTA A UM JORNALISTA


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É muito comum o entrevistado se queixar que o jornalista não reproduziu corretamente as


informações fornecidas na entrevista. O jornalista normalmente relata um pouco do que ouviu e o
que entendeu, mas depende de você buscar, durante a própria entrevista, formas de identificar se
o profissional está captando perfeitamente as ideais e as informações relatadas.
Receba bem o jornalista e FALE COM NATURALIDADE, converse com o profissional e
mostre-se como você é, e não como você se imagina de forma ideal.
Prepare um roteiro das informações que deseja passar e mantenha a calma. Fale com
entusiasmo e demonstre conhecimento. SÓ FALE O QUE DESEJE DE FATO VER PUBLICADO.
NÃO ABORREÇA O REPÓRTER DEPOIS DA ENTREVISTA!

32. A FALA NA TELEVISÃO


A fala na televisão também tem como segredo a naturalidade do entrevistado. Procure
conhecer quem será o entrevistador, o ambiente onde será gravado o programa e responda de
forma direta olhando primeiro para o repórter e depois para as câmeras, focando o olhar
eventualmente para o seu interlocutor.

33. A ORATÓRIA E O HOMEM MODERNO


O homem é o único animal que dispõe da faculdade de se comunicar através da linguagem, e
embora a humanidade tenha negligenciado esta habilidade, o homem moderno está redescobrindo
seu enorme potencial de comunicação e a perspectiva de mudar sua própria realidade através de
um discurso franco construído com argumentos consistentes e honestos.
A principal questão da redescoberta da oratória é até que ponto o homem do século XXI terá
consciência ética para fazer uso desse fabuloso instrumental sem utilizá-lo para manipular ainda
mais os valores e as instituições de nossa sociedade.
As novas tecnologias e a busca permanente do aperfeiçoamento profissional exigem criteriosa
avaliação sobre as possibilidades de que dispomos para enfrentar os processos de mudança.
Devemos acima de tudo usar da criatividade e da coragem de buscar alternativas compatíveis com
os nossos valores mais verdadeiros e não aceitar que mitos nos sejam impostos.

ANEXOS

CRIATIVIDADE VERSUS MEDO DE ERRAR


O medo das críticas e a busca da certeza excessiva, ao sabor da visão Cartesiana da
realidade, dificultam sobremaneira o aprendizado da arte de falar em público. O erro faz parte do
aprendizado e é um poderoso aliado quando aprendermos que errar acelera o caminho para
conquistarmos o sucesso em qualquer atividade humana.
A criatividade anda de mãos dadas com a liberdade. É preciso libertar o pensamento e ousar
colocar em prática nossas ideais mais atrevidas. O BRAIMSTORM, tão falado hoje em dia, é
exatamente isso. A capacidade de pensar rápido e não criticar imediatamente o que foi produzido.
Num segundo momento, que pode demorar muito ou pouco tempo, a pessoa revê o pensamento
produzido e elabora melhor o que foi criado.
Temos que ter a coragem de tentar, e descobrir qual é a nossa atividade mágica para
podermos criar com mais liberdade. Gandhi por exemplo tecia enquanto produzia textos mentais.
Só seremos criativos se tivermos uma boa AUTO-ESTIMA. O conceito tem sido desvirtuado
mas representa basicamente o seguinte:
TER CONSCIÊNCIA DE SUAS QUALIDADES E CAPACIDADES, TER CORAGEM PARA
VENCER E PERDER, AUTOMOTIVAR-SE SEM PRECISAR DE ESTÍMULOS EXTERNOS,
INICIATIVA, TER A EXATA NOÇÃO DO VALOR DE SI MESMO; ENFIM TER CORAGEM DE
ASSUMIR POSIÇÕES!
A TRANSMISSÃO DA MENSAGEM DO ORADOR
MENTE RACIONAL (CÓRTEX) PALAVRA - 7%
MENTE EMOCIONAL (AMIGDALA CORTICAL) CANAIS NÃO
VERBAIS - 55 %
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VOZ 38 %
E M PA T I A

CAPACIDADE DE PERCEBER A EXPERIÊNCIA SUBJETIVA DE OUTRA PESSOA

EMPATIA É ALIMENTADA PELO AUTOCONHECIMENTO


É O ENTENDIMENTO DO POSICIONAMENTO DO OUTRO
COMPORTAMENTO ÉTICO - MORAL

HABILIDADES NECESSÁRIAS PARA SE TORNAR UM BOM ORADOR


DESENVOLVER O AUTOCONHECIMENTO
ACUIDADE EMPÁTICA

CANAIS NÃO VERBAIS


BRAÇOS CRUZADOS
TOM DA VOZ
EXPRESSÃO FACIAL
TOQUE EM PARTES DO CORPO
OLHAR
TOQUE NA ORELHA
EMOÇÃO Do latim - MOVERE (MOVER)
IMPULSO
E – SIGNIFICA AFASTAR-SE, AGIR
POR IMPULSO, DE IMEDIATO.

PERSUADIR  RAZÕES
AFETIVAS

CONVENCER  ARGUMENTO RACIONAL


Correio Braziliense, Emprego & Formação Profissional, Dica da semana: Falar em público,
agosto/1999

Hormônios em ação lançam adrenalina no coração, taquicardia. O suor desce, a boca seca e
as mãos tremem. Diante do público é impossível segurar as reações orgânicas. E o medo de falar
cala o orador.
Esses sintomas podem ser considerados comuns em todas as pessoasa que estão diante da
primeira apresentação. "A exposição de si mesmo é assustadora e soa como uma ameaça ao
organismo", explica o professor de oratória Jorge David Batista Telles, economista do Banco do
Brasil. Ele acrescenta que esse é o maior medo na vida de um ser humano, ao citar pesquisa feita
nos Estados Unidos.
Segundo ele, todas as pessoas cultivam o desejo, mesmo não explícito, de ser heróis,
brilhantes, e de ter domínio de situações de risco. Um desejo que a sociedade encarrega-se de
reprimir desde a infância. Chega a fase adulta e dominar esse medo leva tempo. "É possível
controlá-lo, mas nunca acabar com ele", diz Jorge. E dominá-lo significa aprender a se conhecer
bem e saber que dirigir-se ao público não traz nenhum risco.
Enfrentar o medo é muito mais difícil do que ter domínio do conhecimento a ser apresentado.
Em 1989, quando participava do movimento sindical, Jorge deparou-se, pela primeira vez, com a
necessidade de falar para uma multidão durante uma assembleia.
Estava em cima de um carro-de-som e com um microfone na mão. "De repente me deu aquele
medo. Eram milhares de pessoas", recorda. "Mas acreditei que poderia falar e consegui. Fui até
aplaudido."
Conseguir dar a volta por cima do medo é o primeiro sinal de que haverá sucesso na
empreitada." Você tem que aprender a canalizar essa energia para o seu discurso. Funciona",
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ensina. O temor natural é porque a sensação que a pessoa tem de ser o centro das atenções e ter
todos os olhares voltados para ela foge à regra social." Fomos ensinados a ter medo de falar desde
criança", observa Jorge. "Quando estamos à frente de uma plateia, quebramos os padrões".
Prof. Jorge David B. Telles

GREATEST LOVE OF ALL - WHITNEY HOUSTON


Eu acredito nas crianças ou no futuro
As pessoas sorriem e mostram-me o caminho
Elas mostram a direção
Dê-me um sentido, uma lágrima
Faça tudo mais fácil
Deixe as crianças sorrirem
Lembrem-se de como éramos
Todos vivem buscando um herói, as pessoas querem alguém para dirigi-las
Eu nunca encontrei ninguém que sentisse minhas necessidades
Sozinha, logo eu aprendi a depender de mim mesma
Eu decidi sozinha no passado
Nunca senti medo e sem sombras. Nenhuma mesmo!
Se eu disse, é por que acredito
Sem problemas em ir por aquele caminho
Por fim acredite no sucesso
Sem problemas no que me falaram
Por que o maior amor de todos aconteceu para mim
Eu encontrei o maior amor de todos
Dentro de mim
O maior amor é fácil de sentir
Aprendendo a amar você mesmo.
É o maior amor de todos.

" 50 PRINCÍPIOS PARA UMA BOA ORATÓRIA" *


Não há opção: ou você fala ou você fala.
Se não falar, outros falarão por e para você.
Não há opção: ou você fala ou você fala. Se não falar, outros falarão por você e para você.
É importante compreender, atualizar e conscientizar-se da necessidade da oratória.
A dificuldade que os profissionais apresentam na sua capacidade de expressão compromete
seus próprios interesses.
Expressar um pensamento organizado desperta credibilidade e ressonância nos outros.
Quem fala bem se fortalece. Escrever bem, falar bem e defender seu propósito com inteligência
é fundamental.
A oratória deveria ser ministrada e desenvolvida desde a infância, o que conduziria ao
fortalecimento do indivíduo para um vida melhor.
Educar é conduzir para fora a energia vital, cultivando a percepção e a consciência da
presença do indivíduo, resultando em autonomia e autoconfiança. Infelizmente, na prática, o ser
humano é afastado de si e de seus propósitos, ficando cada vez mais vulnerável à submissão e às
consequências dos poderes dos outros. Aquele que vive a inibição, que fica fora de si e se perde
só porque está diante dos olhos dos outros, é dominado pelos fantasmas internos de todos os
representantes do poder no trajeto de sua vida. Aprendemos que o poder do outro retira nosso
poder. Este aprendizado desenvolve a menos valia, que dificulta reconhecer o referencial do poder
a partir da própria existência. Praticamos ações a todo momento e nem sempre reconhecemos que
somos , ou, deveríamos ser, o sujeito de nossas ações. Ser o sujeito de seu discurso corporal,
emocional e intelectual proporciona a verdadeira condição de controle e poder.
Ser o sujeito de seu poder é a condição necessária para não ser sujeito do poder do outro.
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O medo de se expor, de dizer o que pensa e sente na frente do outro desorganiza, bloqueia a
criatividade, consome energia, aprisiona e impede o ser de contemplar e saborear a vida.
O que chamamos de técnicas de oratória é o resgate e a consciência da expressão do poder
natural e pessoal.
A palavra simboliza, organiza e identifica.
Ser sensível a cada palavra é a condição necessária para captar o que vem através dela.
Uma postura interna centrada em si mesmo traz a possibilidade de um verdadeiro aprendizado.
Aquele que fica fora de si , mergulha na imaginação, fortalece os fantasmas com a sua energia
vital, que deveria estar voltada para fortalecer o seu propósito. O mundo só é real quando o
indivíduo se permite ser real.
Corpo desorganizado, pensamento e mente desorganizados.
Estar presente em todo o seu corpo e junto de seu propósito é a condição necessária para a
sua fluência e o bom desenvolvimento da tônica do discurso.
Não há discurso fluente sem o sujeito presente.
Soltar o ar contido que alimenta a neurose intensifica a percepção corporal.
O orador deve ser capaz de sentir, lembrar, raciocinar criar e ficar inspirado, ver o que está à
sua frente e não se perder na ameaça de suas representações internas.
O ser humano não é tímido ou inibido, e sim a expansão da energia vital, portanto expressivo e
criativo.
Ser a sua melhor companhia para a realização de seu propósito é fazer-se feliz.
Cultivar os sentimentos e pensamentos de sua meta e não permitir doar energia para alimentar
sentimentos e pensamentos fantasmas desenvolve controle e poder.
Na prestação de concursos, quando o candidato necessita de concluir suas conquistas com
boas entrevistas e provas orais, não basta saber, mas, principalmente, mostrar e defender que
sabe.
Aquele que estiver centrado terá condições de articular respostas, improvisar e criar condições
para aprovação. Quem mesmo com tanto saber se perde e fica fora de si, perde o controle e o
poder. Vítima do esquecimento e do bloqueio da expressão, fica vulnerável as circunstâncias e aos
poderes dos outros, perdendo oportunidades.
A falta de percepção de si conduz ao descontrole, fazendo o processo de expressão muitas
vezes trair o orador. A distribuição de energia no corpo traz a precisão, a leveza e a harmonia que
toda elegância traduz.
Através do discurso corporal, dos sentimentos e pensamentos, a plateia é estimulada a
visualizar, sentir e raciocinar junto do orador.
A plateia normalmente deseja o sucesso do orador.
O orador que fala o que o receptor quer ouvir prende a atenção.
É preciso fazer silenciar e fazer pausas permitindo a possibilidade de sentir e assimilar a
mensagem.
Despertar curiosidade, saber usar perguntas e argumentar com precisão aproxima e agrada o
receptor.
O bom orador não justifica nem realça nada que desvalorize sua apresentação.
Estar presente, intensificando a percepção corporal.
Abrir o peito e soltar o ar. Em momentos de tensão é indispensável lembrar de expirar muitas
vezes. A respiração alimenta a saúde física, emocional e intelectual.
Sentir os pés no chão, existir na qualidade e na força da energia do olhar.
Quando sentado, sentar em cima dos ísquios , mantendo uma boa base para sustentar a
coluna vertebral.
Todo discurso precisa Ter início, meio e fim.
Saber dirigir-se ao público de acordo com a ordem estabelecida:
Ex.mo Sr. Presidente...
Ex.mo Sr. F...(convidado especial)
Demais componentes da mesa
Senhoras e Senhores
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Soltar a voz, falar com entusiasmo, com energia e vibração. Através do som emitido é possível
aproximar ou distanciar. A estabilidade da voz transmite segurança.
Acreditar em si, gostar da mensagem e da plateia desperta credibilidade e prazer.
Articular bem cada sílaba, palavras e frases valoriza o significado. Fazer a palavra viva,
existindo no que fala, como fala e com quem fala. O vocabulário adequado à platéia fortalece a
comunicação que o indivíduo efetua consigo mesmo.
Marcar sem medo e claramente o que quer dizer é necessário para não possibilitar distorções
da mensagem, eliminando vícios de linguagem, que enfraquecem o discurso do orador.
A comunicação com o outro é uma consequência da comunicação que o indivíduo efetua
consigo mesmo.
Para aprender a falar é preciso aprender a escutar.
Falar de forma mecânica e inconsciente é estar insensível às palavras e escraviza o ser
humano. Sentir e perceber o que se fala é ter o poder da palavra. Falar com qualidade é
essencialmente falar da qualidade de ser humano.
A qualidade de presença do orador estimula a qualidade de presença da plateia.
A capacidade de presença permite ao indivíduo articular o que sabe e até mesmo o que não
sabe.
A ausência do sujeito gera o “branco”, desorganiza e desarticula o saber.
Toda postura interna normalmente aparece no discurso não-verbal e vocal. Reconhecer o que
o corpo expressa é um exercício do poder.
Cada ser humano é único, tem uma voz única, e portanto é o seu modelo, tem um potencial
que necessita reconhecer e desenvolver.
A forma natural, clara e objetiva de expressão aproxima os seres humanos.”

* Princípios
elaborados pela fonoaudióloga e especialista em voz Rogéria Guida

OS DEZ MANDAMENTOS DO ORADOR MODERNO(*)

CONHECER O ASSUNTO
O orador precisa dominar o assunto, estar "por dentro", para poder transmitir a sua
mensagem, mas para isso é preciso também:
CONHECER O AUDITÓRIO
O orador deve sintonizar-se com o auditório, falar ao nível intelectual do auditório para ser
entendido.
É sabido que o discurso moderno não é simples monólogo.
SER PERSUASIVO
O orador fala para persuadir, convencer, fazer com os ouvintes adiram ao seu ponto de vista.
Para persuadir, deve-se
SER SINCERO
Se o orador não está convencido do que fala, não pode convencer ninguém.
Deve-se dizer o que sente e sentir o que diz. Já exclamava Horácio: " Se queres que eu chore,
chora também tu".
SER SIMPLES
Simplicidade não se confunde com vulgaridade. Nada de artificialismo, de termos empolados,
de gongorismo, tão ao sabor da eloquência romântica.
Só um homem culto pode expor um assunto difícil de maneira simples e fácil, de modo a ser
entendido por uma criança, como queria Lincoln.
SER BREVE
Claro e objetivo, o discurso moderno deve ser curto.
O homem da era espacial não tem tempo para ouvir orações longas.
Ser breve não significa ser superficial.
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Não há tema, por mais complexo, que não possa ser exposto em quinze ou vinte minutos,
desde que o expositor o conheça profundamente.
SABER RESPIRAR
O orador que sabe respirar, que inspira fundo e fala audível e pausadamente no momento em
que expira, articula melhor as palavras e não se cansa. Sabendo respirar, o orador moderno está
capacitado a
SABER USAR A VOZ
O discurso moderno é uma conversa em voz alta.
Para prender a atenção do auditório, o discurso não deve ser monocórdio, monótono.
Já disse alguém que o discurso é uma lanterna mágica, e assim como sucedem-se as ideias e
as imagens, devem também suceder-se os sons e os tons que colorem as palavras.
SABER GESTICULAR
A gesticulação dever ser sóbria, e sobretudo natural e espontânea.
O orador moderno não é ator.
O gesto que precede a palavra deve ser empregado para valorizá-la.
SABER CONCLUIR
Não concluir de maneira prolongada nem abrupta.
O orador deve concluir enquanto o auditório ainda está disposto a ouvi-lo
Deve concluir no momento exato, depois de haver dito tudo o que era preciso dizer.
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MÓDULO: COMUNICAÇÃO / MARKETING PESSOAL


1. Objetivo do Curso:

Este curso tem como objetivo:

• Preparar o participante para compreender a profundidade da arte de se comunicar;

• Trabalhar a dicção e identificar bloqueios;

• Conscientizar para a necessidade da coerência quanto à postura, ideias, olhar, fala e gestos;

• Fornecer subsídios para cuidados estéticos/pessoais;

• Fornecer suportes teóricos e práticos para uma boa apresentação pessoal, tanto no que se refere à dicção/
voz e estética.

• Desenvolver o marketing pessoal.

2. Introdução:
Há muito tempo a arte da oratória vem ganhando notoriedade e importância. São raríssimos os comunicadores
tais como jornalistas, apresentadores de televisão, radialistas, conferencistas, professores, recepcionistas, secretárias
ou qualquer outro profissional que lide com o público, que não procuram aperfeiçoar sua oratória.

É praticamente uma unanimidade a noção de que aprimorar a dicção, o gestual, a expressão facial e corporal, e
até mesmo a nossa apresentação física (considerada nosso “cartão de apresentação”), entre outras coisas, é fator
fundamental e decisivo para o desempenho da tarefa de bem falar.

Estamos sempre nos comunicando uns com os outros e sabemos que toda relação supõe comunicação, seja
falada, escrita, gesticulada ou a nossa própria aparência.

Assim, cada vez que uma pessoa se expressa enquanto outra lhe dá atenção, temos aí um orador a exercer a
oratória.

3. Conhecendo o seu público


Cada plateia, cada grupo, tem suas características próprias.

• Público infantil: necessitam de uma linguagem simples e material audiovisual como quadros, cartazes, vídeos,
entre outros.

• Jovens: apreciam uma linguagem mais descontraída, com relatos de acontecimentos pitorescos, curiosos.

• Adultos: exigem uma comunicação mais sofisticada, exemplos sérios, práticos.

• Idosos: em geral, são exigentes e precisam ser respeitados e muito valorizados. Gostam de ouvir experiências
antigas, apreciam a simplicidade e a verdade.

• Público feminino: gostam de elogios e valorização profissional. Gostam de ouvir palavras agradáveis e gentis.
São mais observadoras.
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4. Organização do discurso
O orador tem necessidade de organizar-se. Saber o objetivo que o leva a falar. Deve refletir sobre organização e
lógica. Não pode iniciar falando de um tema e partir para outro, pois isso gera confusão no ouvinte, que perde o fio da
meada.

Assim, o orador deve deixar uma impressão bem definida na mente dos ouvintes de forma que a plateia possa
transmitir a mensagem a outras pessoas também de forma organizada e clara.

Para facilitar a apresentação pode-se seguir a seguinte estrutura:

• Introdução (ou exórdio);

• Desenvolvimento (ou corpo do discurso, ou exposição);

• Conclusão (ou término ou peroração).

Introdução:

O propósito da introdução é despertar a curiosidade e fazer suspense, ganhar atenção da platéia, fazer uma
pequena transição lógica para entrar no assunto principal, central.

A introdução do discurso deve ser sempre curta, pois a verdadeira essência do discurso deve estar dentro do
corpo do discurso.

Desenvolvimento:

É a parte mais importante do discurso, o orador vai passar aos ouvintes o que realmente está pretendendo, é aí
que se encontra o verdadeiro objetivo, a finalidade da mensagem.

O que você deseja registrar na memória de seus ouvintes? Concentre-se no objetivo principal.

• Prepare-se. É isto que lhe dará segurança. Conhecendo bem o assunto você terá entusiasmo e serenidade.

• Use exemplos, fatos, histórias. Os ouvintes vão entender melhor quando você exemplifica o que está sendo
dito.

• Divida o seu discurso em três ou no máximo quatro partes. O ouvinte vai compreender melhor a idéia central
desta maneira.

Conclusão:

O término de um discurso não deve apresentar nenhuma dúvida, hesitação. Algumas sugestões:

• Faça um resumo;

• Use um exemplo;

• Reforce a mensagem;

• Termine com uma interrogação sobre algo importante (dentro do tema, é claro).

5. Sugestões para a boa comunicação


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Podemos considerar seis elementos fundamentais para a boa comunicação:

� Postura correta

� Ideais organizadas

� Olhar concentrado

� Ouvir com atenção

� Falar com clareza

� Gestos adequados, coerentes.

6. Erros da comunicação / o que impede uma boa comunicação

� Não saber ouvir

� Não responder quando é perguntado

� Interromper alguém que está falando

� Mudar de assunto sem concluí-lo

� Não prestar atenção na pessoa que está falando.

7. Comunicação corporal / gestos/ olhar

“ Tanto na voz quanto no corpo, trazemos impressa nossa história de vida; este registro aparece em nossa
estrutura corporal, em nossos bloqueios, em nossos gestos e em nossas expressões faciais. Nosso estado corporal é
consequência das pressões externas ( do meio ambiente) e internas (idealizações) que, entrando em choque,
provocam conflitos que se traduzem em contrações musculares” .

Comunicamo-nos não somente pelo uso da voz, mas com todo nosso corpo. A integração copo e voz é um dos
parâmetros básicos pelos quais devemos avaliar o equilíbrio emocional de um indivíduo. Assim, para uma
comunicação ser efetiva e não gerar dúvidas no ouvinte, o corpo e a voz devem expressar a mesma intenção.

� O OLHAR:

O olhar é fundamental para demonstrar o domínio da situação, o controle dinâmico e psicológico da platéia. Um
olhar de simplicidade exerce extrema força sobre o público que, empaticamente, retribui o mesmo sem consciência
disso.

Em contato individual o olhar deve ser definido. Você não deve evitar olhar nos olhos do outro mesmo que
esteja se sentindo constrangido. Através do olhar você pode transmitir firmeza e segurança.

Dinâmica manter contato visual com um dos integrantes do grupo. Lembrar que o olhar é a porta da alma.

� A VOZ:
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A voz revela o nosso estado de saúde físico , psíquico e emocional.

Existem numerosos exercícios que auxiliam grandemente o aparelho fonador e que fornecem um excelente
resultado. Falaremos sobre os exercícios adequados a cada um num segundo momento.

Dinâmica: mostrar fita com vários tipos de voz que demonstram segurança, insegurança...

� OS GESTOS:

Existem duas correntes que discorrem sobre o gestual: uma prefere os gestos bem expressivos e a outra
defende mais expressões do rosto. O ideal é que os gestos estejam compatíveis com a inflexão da voz e com o que o
orador quer passar.

Gestos que devem ser evitados:

- esfregar frequentemente o nariz

- limpar diligentemente os óculos com o lenço

- tossir várias vezes para clarear a voz

- coçar a cabeça

- brincar com as chaves ou qualquer outro objeto

- consultar várias vezes o relógio

- apoiar-se na parede

- apalpar várias vezes a gravata ou o cabelo

- sentar-se em cima da mesa

- apontar o dedo para o ouvinte.

Tais gestos podem demonstrar insegurança.

Dinâmica: observar os locutores e repórteres da televisão.

8. Uso do microfone
• Falar com os lábios em direção ao microfone (em direção não quer dizer com os lábios grudados no
microfone);

• Não falar próximo demais do microfone, colando-se a ele, para evitar o pupear, o som do sopro. Em geral, é
bom falar à distância média de um punho fechado ou um pouco mais de distância.

• O próprio locutor ou leitor deve procurar ouvir o retorno de sua voz. Se ele ouvir com distinção e clareza, é
sinal certo de que os ouvintes também estão ouvindo com distinção e agradabilidade.

Dinâmica: pedir para cada um ir falar no microfone.


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9. Higiene Vocal
Definição:

São normas básicas que auxiliam a preservar a saúde vocal e prevenir o aparecimento de alterações e doenças.

“As normas de higiene vocal são simples devendo, portanto, serem respeitadas para que se evite o
estabelecimento ou piora de algum problema vocal”.

Algumas normas básicas:

• Pigarro, tosses: provocam atrito das pregas vocais de forma brusca;

• Ar condicionado: reduz a umidade do ar ressecando o trato vocal;

• Não fumar: a fumaça quente agride todo o sistema respiratório e principalmente as pregas vocais causando
edemas.

• Evitar café, mate e refrigerante gasosos, pois provocam o ressecamento das pregas vocais;

• Balas, pastilhas e sprays locais acabam por mascarar a dor do esforço vocal, prejudicando mais ainda o estado
das mucosas;

• Hidratoterapia: ingestão de água numa média de 2 litros ao dia é importantíssima;

• Postura corporal: o palestrante deverá manter o corpo livre para acompanhar espontaneamente o seu
discurso;

• Maçã: por sua propriedade adstringente é aconselhada antes de atividades que exijam maior tempo de fala.

10. Avaliação vocal

Avaliação individual (digitar)

11. Pensamento, linguagem e emoção


A fala é composta por um dos movimentos mais finos e mais precisos que o corpo humano pode realizar. Essa
condição, implica por si só, em possíveis falhas na produção articulatória.

Além disso, para que se fale algo é necessário considerar o trabalho de elaboração do pensamento em
linguagem, que encontra na atividade articulatória sua principal forma de expressão. Se considerarmos que o nosso
pensamento flui muito mais rapidamente do que a nossa própria fala, percebemos que falhas como hesitações,
repetições de palavras, entre outras, podem surgir.

Finalizando, a emoção influência de forma definitiva os dois processos citados anteriormente (movimento
preciso e pensamento). Do ponto de vista motor, devemos considerar, que as emoções experimentadas pelo indivíduo
manifestam-se sempre por meio de modificações no tônus e na musculatura envolvida no processo do “falar”. De
forma semelhante, quando a emoção está “ativiada” o processo de transformação do pensamento em linguagem fica
prejudicado podendo gerar o “branco”.

Assim, fica claro que qualquer emoção (tensão, nervosismo...) que tome conta do indivíduo no momento de fala
ficará evidente em sua voz.
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12. Produção da voz


“ A voz é uma das extensões mais fortes da nossa personalidade, nosso sentido de inter relação na comunicação
interpessoal, um meio de atingir o outro. E a voz só existe porque existe o outro”.

Considerações anátomo-fisiológicas da laringe:

Ressonância / articulação

Cavidades supra – glóticas

Som: fraca intensidade

Pregas vocais aduzidas

Traqueia

Ar dos pulmões

Assim, para uma voz clara e com alcance é necessário:

a) coordenação e adequação da respiração;

b) laringe solta para produzir a vibração, ou seja, sem tensões;

c) boa articulação e projeção da voz.

13. Dinâmica em grupo

• Relaxamento

• Respiração

• Coordenação fono-respiratória

• Dicção
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A ORATÓRIA
Oratória: é em resumo, a arte de se falar em público.
Retórica: A arte de bem falar. Conjunto de regras relativas à eloquência.
Eloquência: A força de dizer. A faculdade de dominar por meios das palavras o animo de quem ouve. Talento de
convencer. Deleitar ou comover. Arte de bem falar.
Homilética: A arte de pregar sermões religiosos.
Orador: Pessoas que discursam bem em publico, que tem o dom da palavra, pessoas eloquentes.
Discurso: Disposição metódica sobre certo assunto. Reprodução de palavras de alguém nos termos exatos na terceira
pessoa.
A Oratória dinâmica visa despertar a rapidez na emissão de mensagens; com direcionamento lógico e preciso das
informações que pretendemos levar a um grupo de pessoas, agindo com persuasão homogênea.
Na Antiguidade houve, dois grandes oradores. Um foi Cícero, o outro Demóstenes. Quando Cícero falava, as pessoas
aplaudiam e elogiavam: “Que grande discurso!” Quando Demóstenes terminava, o povo dizia: “Marchemos!” Esta é a
diferença entre apresentar um discurso e persuadir.
O sucesso da oratória consiste na eficácia da persuasão. Envolver o publico.
Algumas pessoas acreditam que é inconveniente ter o controle da persuasão. Mas no mundo em que vivemos, a
persuasão e um fato pertinente. Há sempre alguém persuadindo alguém. Ou você persuade ou é persuadido.
Nos dias de hoje, são muitos os mecanismos poderosos para persuasão em massa. Isto significa, mais pessoas
bebendo Coca Cola, mais pessoas comprando carro novo, mais dona de casa usando Bom Bril, porque tem “mil e uma
utilidades.”
Estamos constantemente rodeados por pessoas com tecnologia, know how para nos persuadir a fazer ou comprar
alguma coisa. Muitas dessas pessoas gastam bastante dinheiro para persuadir através da propaganda.
Observe que uma boa propaganda, campanha política, ou apelo, usam de imagens e sons que atraiam e afetam
nossos três sistemas representativos que são o auditivo, visual e sinestésico.

O MEDO DE FALAR EM PÚBLICO

Pesquisas mostram que, nos EUA, o medo de se falar em público é maior do que o medo de morrer. Este medo

( caracterizado pelo famoso "frio na barriga" ), é um dos maiores inimigos do professor da EBD e pregadores.

QUAIS AS CAUSAS DO MEDO DE SE FALAR EM PÚBLICO?

a. Traumas infantis - é uma das causas mais comuns entre os professores. Geralmente, este trauma surge de
"apresentações improvisadas" dentro das salas de aula de ensino infantil. Lembra-se daquela professora que lhe
obrigou a recitar um texto na frente da sala naquele dia traumático ( e que você tremeu mais que vara verde! )?
Pois é, profissionais assim são responsáveis pela maioria dos casos de traumas de se falar em público.
b. Desconhecimento da matéria - o total, ou parcial, despreparo na matéria da qual falamos nos gera insegurança:
temos medo de que alguém faça uma pergunta acerca de um tópico do qual não estudamos bem.
c. Insegurança - o medo de se expressar e não Ter o resultado desejado pode estar "minando" o seu potencial
criativo.

COMO CONTROLAR O MEDO?

Certo orador famoso falou que "nenhum curso ensina como perder o medo de se falar em público. O que pode ser
aprendido é como dominar o nosso medo". O que passaremos agora são recomendações úteis para se controlar o
medo.

1. Controle seu nervosismo - não alimente a chama do seu nervosismo. Roer unhas, colocar as mãos no bolso,
mexer os dedos, etc. - são atos que alimentam os nossos nervosismo. Evite-os.
2. Quando o medo aparecer encare-o normalmente - quando os sintomas do medo aparecer em você (suor,
empalidecimento, tremores, etc.) encare-os como algo comum.
Todos os grandes oradores que você admira passam pelas mesmas situações que você; só que com uma diferença:
eles aprenderam a controlar o medo.

3. Tenha uma atitude correta - os psicólogos falam que o "corpo fala"; geralmente esta linguagem é estampada em
nossos corpos através de gestos. Normalmente os nossos gestos são inconscientes e as pessoas observam isto.
Nossos gestos mostram o que se passa em nosso íntimo. Portanto, quando for dar uma aula, ou preleção,
apresente-se de uma maneira que passe segurança a quem lhe ver.
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Tenha passos firmes e tranquilos. Isto passará para o auditório uma imagem positiva ao seu respeito.
4. Saiba o que falar - faça um propósito de sempre falar do que você tem certeza ou domina bem. Como vimos
anteriormente, o desconhecimento da matéria é uma das causas do medo. Portanto, negue-se a falar o que você
não sabe.
5. Não adquira "vícios de orador" - Mãos no bolso, segurar canetas, segurar revistas, segurar livros, etc. Estes são
algum “alivia-medo" mais comuns nos meios pedagógicos. Estes "vícios" em nada ajudam em controlar o
nervosismo. Por isso, evite-os; pois poderá cansar o auditório.
Cuidado com os vícios de linguagem ( né, ta, viu, etc.)
6. Chame a sua voz com a respiração – Antes de falar é ideal fazer um relaxamento dos ombros, cabeça e
pescoço.
Para passar do silêncio para o som, as cordas vocais estarão se aproximando para realizarem uma vibração, por isso,
comece a falar com cuidado, suavemente, para não depender demasiada força.
O nervosismo deixa a voz enroscada na garganta e cada frase é pronunciada com dificuldade, aumentando assim a
intranquilidade de quem fala. Tossir, pigarrear, além de ser desagradável aos ouvidos de quem ouve não resolve o
problema, pelo contrário, pode agrava-lo. Se ocorrer um desequilíbrio na voz, durante a aula, chame a sua voz
respirando profundamente e ficando tranquilo.
7. Pratique - O medo de se falar em público só é controlado quando praticamos. Com o tempo você fará tudo
automaticamente. Não se preocupe se hoje você não fez "grandes coisas". Amanhã pode ser o seu dia. Lembre-
se: todos aqueles que você admira falar, já passaram pelo que você passa.
8. Lembre-se - Quando se postar diante de uma plateia lembre-se destas técnicas e de que você não deve nada a
ninguém. A melhor recompensa que um orador pode receber é a atenção que os ouvintes podem lhe dar.
9. Observar as pessoas - a fim de definir o assunto de interesse delas.
10. Desperte o interesse - Sempre despertar o interesse e a curiosidade do publico a fim de fugir da oratória maçante.

Observe o comportamento do auditório, pois este serve de base para avaliação do desenvolvimento e recepção do
sermão.
O olhar, os braços, a expressão facial, a postura do ouvinte são elementos que nos falam e transmitem mensagens em
códigos que quando bem captadas lhe dá uma visão geral de seu desempenho e do andamento da pregação. Assim
poderá se adequar ao momento e até mesmo dar um outro rumo em sua pronunciação.

O CINCO "NÃOS" DE UM BOM PROFESSOR/PREGADOR

1. Não peça desculpas ao auditório - geralmente estas desculpas são duas: problemas de saúde e
desconhecimento da matéria. Se você fizer isto passará uma mensagem negativa para a plateia que não o ouvirá
com "bons ouvidos".
2. Não conte piadas - contar piadas fora do contexto da palestra é prejudicial. Poderá causar risos, mas, e depois?
Nunca use a piada para "dar graça" a sua matéria.
3. Não comece sua aula com palavras vazias que demonstram falta de objetividade - palavras como: bem, bom,
aí e então, não possuem nenhum significado e ficam soltas, dificultando a conquista do auditório. Evite usar a
palavra não, talvez, pode ser, não tenho certeza.
Use as palavras corretas para convencer e nunca dar margens para indecisão.

4. Não firme posição em assuntos polêmicos - o bom professor deve ser imparcial. Ao tomar posição em um
assunto polêmico (divórcio, drogas, aborto, etc.) o professor corre o risco de perder a simpatia de boa parte da
sala. O professor deve levar a cada aluno a tirar suas próprias conclusões.
5. Não usar chavões ou frases vulgares - Chavões do tipo "oh! Glória!”, "tá amarrado!", etc. Colocam a sua pessoa
como um simples imitador. Todo bom professor tem o seu próprio estilo.

O QUE TODO BOM PROFESSOR FAZ

1. Ele aproveita as circunstâncias - todo bom professor sabe aproveitar bem o tempo ( o relógio é o seu melhor
amigo ), o lugar ( o espaço físico deve ser observado pelo professor evitando transtornos durante a aula), e a
matéria ( o bom professor aproveita todas as informações que a matéria pode lhe passar.)
2. Ele dá uma informação que causa impacto no auditório - o bom professor procura, na matéria a ser dada, um
fato que seja do desconhecimento do auditório. Todo aluno gosta de ouvir coisa nova.
3. Ele explica tudo - desde termos simplórios, até definições teológicas. Nunca espere que seus alunos saibam o
que você sabe.
4. Ele elogia o auditório - os melhores professores são aqueles que elogiam os alunos. Faça o mesmo.
5. Ele promete brevidade - nenhum aluno gosta de professores maçantes. O professor deve ser direto.
6. Ele levanta reflexões - como professor você não deve pescar para o seu aluno. Você deve ensinar ao aluno como
pescar. Ensinar não é tirar responsabilidades; é dar responsabilidade. Leve seu aluno a ter opinião própria. Porém,
não transfira problemas para os participantes, sem fornecer-lhes alternativas.
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7. Ele demonstra total conhecimento da matéria dada - isto cativa qualquer auditório e controla qualquer medo. Se
sei, porque temer?

PERGUNTAS BÁSICAS SOBRE TÉCNICAS DE ORATÓRIA

a. Como se usa o microfone?

não toque no fio;


não bata nem limpe o microfone diante do público;
não comente nada, com ninguém, próximo ao microfone;
antes de começar a falar regule bem o microfone;
analise qual à distância que você deve falar do microfone. Aconselhamos uns 30 centímetros;
deixe o auditório ver o seu rosto. Deixe o microfone uns dois centímetros abaixo do queixo;
ao falar não segure no pedestal e fale sempre olhando sobre o microfone;
não grite;
se precisar segurar o microfone na mão evite gritar. Segure o microfone com a mesma distância que começou a aula.

b. Quando houver uma pergunta da qual não sei a resposta?


se a pessoa que perguntou "tem cara" de que sabe a resposta, devolva a pergunta para ele.
Pode-se "jogar" a pergunta para o grupo;
Evite dizer que não sabe a resposta. Isto enfraquece a sua reputação.

c. E quando os alunos conversam durante a aula?


fale um pouco mais baixo do que eles. Isto chamará a atenção deles;
fale olhando na direção de quem conversa;
pare de falar;
peça que se cale;
retire-se da sala ou sente-se.
Faça uma pergunta ao conversador.

d. Como usar o quadro negro?


enquanto escrever não pare de falar;
não fique na frente do quadro enquanto estiver escrevendo;
escreva com um bom tamanho de letra. Nunca de as costas para o publico. Isto demonstra indiferença, e arrogância.

e. E se eu for convidado para dar uma aula de improviso?


A resposta é simples: não vá.

f. Como manter o auditório acordado?


Observe o comportamento do auditório, pois este serve de base para avaliação do desenvolvimento e recepção do
sermão.
O olhar, os braços, a expressão facial, a postura do ouvinte são elementos que nos falam e transmitem mensagens em
códigos que quando bem captadas lhe dá uma visão geral de seu desempenho e do andamento da pregação. Assim
poderá se adequar ao momento e até mesmo dar um outro rumo em sua pronunciação.
Note exemplo de uma pessoa que como um todo, oferece grande resistência;
 As pernas presas aos pés da cadeira revela que a pessoa está segura em sua posição e não abre mão do seu
ponto de vista;
 Os braços cruzados indicam resistência, proteção ou dúvida;
 O rosto mostra que a pessoa não te olha nos olhos, desinteresse, receio, acanhamento ou medo;
 Os olhos indicam desconfiança.
É importante destacar que estas posições nem sempre acontecerão ao mesmo tempo.
Há casos que somente alguns destes elementos estarão presentes. O pregador deve estar atento ao comportamento
geral dos ouvintes.
Em grandes auditórios, com muitos ouvintes, não se pode observar características isoladas, mas o todo.
 Quando muitos ouvintes estão folheando a bíblia ou outras literaturas podem estar procurando algo mais
interessante ou importante, para eles, do que ouvir a mensagem;
 Conversação geral é desinteresse ou cansaço psicológico da congregação;
 Movimentos constantes com o corpo, bem como levantar-se a todo momento, é sinal de cansaço físico pelo tempo
da programação;
 A forma como estão sentados (postura).
Obtenha sempre uma resposta do público.

Use desses recursos:


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Sinestesia - pressão, a intensidade da evolução da oratória.


Perceba o comportamento do publico. Use os sistemas representativos.
Temperatura - temperamento da oratória. Nível de agressividade, da emoção, do humor.
Textura - Contagiar o publico. Ir buscar, pegar o publico. Use o senso de humor e alegria.
Faça transparecer se seguro, forte, e confiante com muita fé, no que estiver transmitindo, a fim de contagiar o publico e
conquistar o Carisma.
Movimente-se com moderação.
Use várias tonalidades de voz:
Intensidade: Cuidado para não usar a intensidade de forma inadequada. Ex.: Falar excessivamente alto em situações
onde não é exigido este esforço como, ao telefone ou com uma só pessoa.
Leia uma lista de palavras ou texto com voz suave, como quem não quer acordar ninguém. Fale, mas não sussurre.
Altura: Classifica-se em grave, média e aguda. Devemos empregar o registro médio para falar. As vozes bem
impostadas não apresentam diferenças de timbre na passagem de um registro para o outro.
Fale a sequência de dias da semana prolongando a última vogal. Ex.: Segunda, a,a,a,.. Observe o tom que você emitiu
e tente gravá-lo na memória.
Timbre: É a melodia da voz. O timbre é proporcionado pelo sistema de resistência e depende das qualidades físicas
do falante.
Ritmo: Movimentos com sucessão regular de sons fortes com relação a elementos fracos.
É pela observação do ritmo da respiração e identificação com a pulsação que se pode obter uma harmonia adequada,
tanto ao movimento como a fala.
Inflexões: As inflexões são ondulações da voz que se elevam ou se abaixam, quando expressamos o nosso
pensamento.
Toda frase falada descreve uma curva melódica.
Vejamos “Bom dia!” pronunciado com várias modulações:

1.Indiferente
2.Natural
3.Atencioso
4.Alegre
5.Surpresa
6.Raiva

O pregador precisa saber interpretar e exprimir bem os sentimentos para que sua pregação tenha mais “vida”. Saber
expressar o que está escrito no texto e seus próprios sentimentos.
Vamos ao exercício: Procure exprimir com clareza os seguintes sentimentos de acordo com as frases:
vontade – “Hei de vencer, haja o que houver” “Tudo posso naquele que me fortalece”.
alegria – “Como é boa a vida!”. “Jesus me libertou!”
coragem – “Irei e enfrentarei a situação.” “Se Deus é por nós quem será contra nós?”
medo – “Estão nos perseguindo”
orgulho – “Consegui uma promoção por bons serviços prestados”
humildade – “Quem sou eu, meu caro amigo”
surpresa – “Tirei em primeiro lugar no concurso”

importante:

1.Não fale com muita intensidade, reserve forças para o ponto culminante.
2.Não deixe que a voz caia nas últimas sentenças das palavras.
3.Respire de forma disciplinada
4.Varie a força, a velocidade e o ritmo da voz para não cansar a plateia.
5.Leitura do sermão somente em solenidade ou formaturas especiais.

g. E se eu errar, o que fazer? Devo corrigir ou continuar a aula?


depende do tipo de erro. Se a informação prejudicar o que você está explicando é melhor corrigir. Se foi uma pronúncia
errada, que não prejudicará a explicação você deve continuar.

h. Como devo preparar a minha matéria?


1. Deve-se ver o que se sabe sobre o assunto.
2. Conversar com outras pessoas acerca do assunto.
3. Faça pesquisas. Não se limite à Bíblia.
4. Coloque todas as informações no papel.
5. Distribua as informações dentro do esboço da aula
6. Treine.
i. Como manter o interesse dos alunos?
Sempre despertar o interesse e a curiosidade do publico a fim de fugir da oratória maçante.
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Prepare o seu aluno para aula - cite algo interessante logo no início;
saia um pouco da matéria e aborde um fato bem-humorado, voltando, em seguida, para a matéria.
Demonstre sentimento de prosperidade. As pessoas só acreditam em quem prospera.
j. E quando der um "branco"?
o "branco" é devido ao excesso de nervosismo, falta de conhecimento profundo e falta de sequência lógica na
apresentação; se ocorrer o "branco" recapitule as últimas informações que você passou para o auditório, de preferência
com palavras diferentes.

Dicas gerais
1) Seja positivo
2) Se prepare para dar a aula.
3) Chegue cedo, antes dos alunos, para recepcioná-los;
4)Conheça o lugar onde você vai dar aula. é importante se movimentar antes da aula no local da aula, para evitar
futuros "micos".
4) Sorria.
5) Cumprimente a todos.
6) Trate o aluno pelo nome
7) Olhe sempre nos olhos do aluno quando ele lhe fizer uma pergunta
8) Gesticule ( sem exagero)
9) Movimente-se ( sem exagero)
10) Fale de maneira modulada
11) Evite apoiar-se em uma perna
12) Estimule a participação ativa do aluno
13) Estimule perguntas
14) Estimule discussões
15) Use linguagem coerente com o seu grupo
16) Aprenda a perguntar
17) Saiba ouvir
18) Cronometre o seu tempo de aula
19) Evite interrupções quando o aluno estiver falando
20) Em uma discussão não se envolva emocionalmente
21) Tenha contato frequente com o seu aluno
22) Escreva para o seu aluno
23) Tenha um registro particular de cada aluno

APRESENTAÇÃO EM PUBLICO
A apresentação pessoal é muito importante. Sua credibilidade está vinculada ao traje. Havia uma propaganda que
dizia: O mundo trata melhor quem se veste bem, e isto é uma grande verdade.
Apresentação de paletó e gravata: demonstração de autoridade e poder.
Apresentação com gravata sem paletó: demonstração de semi autoridade poder.
Postura: sempre ereto, cabeça erguida.

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