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Índice
Introdução.......................................................................................... 3
A importância da realização de questões durante a preparação para os
concursos ........................................................................................... 4
Questões como forma de revisão ........................................................6
Banco de questões de erradas .............................................................7
Simulados: Como e quando fazê-los? ..................................................8
Estudar apenas por questões? ............................................................10

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Introdução
Atualmente, a realização de questões durante a preparação para concursos
públicos é fundamental para o alcance da aprovação. Mas você sabe como fazê-las?
Em quais situações? Como utilizá-las como revisão? E o principal, como tornar essa
atividade mais eficiente possível. Vamos responder todas essas perguntas nesse e-
book!

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Capítulo 1
A importância da realização de questões durante a
preparação para os concursos
Com a complexidade e competitividade dos concursos atualmente, a
preparação para concursos deixou de ser algo trivial, tornando-se quase uma ciência,
com diversas metodologias possíveis de serem aplicadas.
Certo é que, em todas diferentes metodologias, a realização de
questões/exercícios durante a preparação para concursos públicos tornou-se
fundamental e obrigatória.
Mas você sabe o motivo pelo qual a realização de questões é assim tão
importante? Veja bem, quando está se preparando para concursos, o seu foco não é e
nem pode ser, se tornar um expert ou doutor nos assuntos a serem cobrados na prova.
Na verdade, o seu foco tem que ser apenas assinalar a resposta correta na hora da
prova.
Por isso a realização de questões tornou-se tão importante, pois o seu primeiro
objetivo é aprender e compreender a forma de cobrança nas questões da banca do seu
concurso. Essa familiarização é de suma importância para você se habituar com os
“peguinhas” da banca, os conteúdos mais frequentes, o nível de profundidade cobrada
dos assuntos e as diversas técnicas utilizadas pelas bancas organizadoras.
Se você sabe bem quais são os assuntos mais comuns da banca, fica muito mais
fácil você direcionar os seus estudos e ter um resultado mais satisfatório no concurso.
Lei do menor esforço com o máximo resultado possível.
Quando comecei a estudar, eu não fazia nenhuma questão para, supostamente,
“ganhar tempo” e conseguir terminar o edital. Resultado: Não fui aprovado!!!
Comecei, então, a fazer um pouco de questões, mas sem uma constância, ritmo
ou técnica, acabava perdendo muito tempo e fui reprovado novamente em outro
concurso (Analista de Planejamento e Orçamento do antigo MPOG). Inocentemente,
fui fazer a prova da Esaf sem estar plenamente habituado com a forma de cobrança da
banca (quem está estudando sabe bem que ela tinha um estilo peculiar de fazer provas).
Novamente não fui aprovado!!
Em razão disso, dentre outras modificações nos meus estudos, passei a fazer
muitas e muitas questões, mas agora, com frequência e técnica! Os resultados
começaram a vir e, finalmente, fui aprovado no concurso de Analista de Orçamento do
MPU com uma ótima classificação.
Depois aprimorei mais ainda a minha técnica de fazer questões e acabei sendo
aprovado para o TCU entre os primeiros colocados! Aprendi a duras perdas a
importância da resolução dos exercícios!!

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Contei essa pequena história para evitar que você também tenha que aprender
a duras penas (reprovações) e possa fazer sua preparação com bastante qualidade
desde já!
A realização de questões tem como objetivos básicos: saber a forma como é
cobrado o conteúdo; visualização da aplicação prática do conteúdo, fixação do
conteúdo e forma de revisão!!!
Como você utilizará as questões vai depender basicamente do seu objetivo e da
sua fase nos estudos. Se você estiver tendo o primeiro contato com o assunto, a
realização de questões tem como objetivo ajudar na compreensão do assunto. Se você
já estudou o assunto, a realização de questões pode ser utilizada para auxílio à fixação
memorização do assunto. Após algum tempo de estudos, você ainda pode utilizar as
questões como meio de revisão.
Mas como devo fazer isso? Então, isso depende do seu objetivo com a
resolução de questões. Se o seu objetivo é revisar ou fixar o conteúdo, você deve fazer
exercícios após o término do conteúdo ou assunto. Não espere terminar todo o
conteúdo daquela matéria. Basta que você termine um assunto e seja possível fazer
questões apenas daquele assunto. Nesse caso, você deve sempre ler a questão, pensar
na resposta e, logo em seguida, verificar a resposta e, se possível, os comentários a
respeito daquela questão. Não deixe para conferir as respostas só depois que você
terminar a bateria de questões.

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Capítulo 2
Questões como forma de revisão
O filósofo alemão Hermann Ebbinghaus foi o primeiro a realizar pesquisas sobre
a aprendizagem e a relação entre capacidade e tempo de memorização. Criou, então,
a Curva do Esquecimento. É cientificamente comprovado que, após o estudo da parte
teórica, se não houver nenhum tipo de fixação, a taxa de retenção da informação cai
para 50% após 24 horas do estudo e após 30 dias, cai para 3% a 5%.
Uma das formas de fazer revisão é a utilização de questões. As questões
também têm uma importante função na hora de se fazer as revisões ao longo da sua
preparação, pois vão permitir que você consiga fixar e memorizar os assuntos
estudados. Você também poderá aprender novos assuntos por meio delas e treinará a
sua percepção de erros.
É importante ter em mente que você deve incluir, também, revisão dos aspectos
teóricos, junto com a sua revisão por meio de exercícios.
Nessa fase de revisão, você deve fazer a maior quantidade possível de questões,
preferencialmente, comentadas. Assim, maximiza a possibilidade de abarcar questões
de todo o conteúdo.
Para tornar sua revisão mais ágil, você não precisa ler os comentários das
questões que você já tem certeza e já viu várias vezes o mesmo tipo de cobrança. Nesse
caso, leia a questão, pense na resposta e verifique a resposta. Se já tiver domínio do
assunto, não precisa ler os comentários. Fazendo isso, você tornará a utilização do seu
tempo muito mais eficiente. Mas não se esqueça, se for o primeiro contato com a
questão ou você ainda tiver dúvidas, você necessariamente deve ler os comentários.
Durante a revisão, deve usar também o seu banco de questões erradas. A
utilização servirá tanto quanto para você rever aquelas questões que errou
anteriormente, quanto para você alimentar o seu banco de questões sempre que errar
uma questão nova.
Por fim, recomendo que você anote e tenha um controle do seu desempenho
nas questões por assunto ou aula. Desse modo, você saberá bem quais são os assuntos
que você precisará reforçar os seus conhecimentos. Aqui vale aquela máxima
administrativa “Quem não mede não gerencia”.

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Capítulo 3
Banco de questões de erradas
Acredito que a confecção do banco de questões erradas seja uma das melhores
técnicas aliadas à realização de questões.
Mas o que é exatamente isso? Consiste em você sempre que errar alguma
questão salvar essa questão, com o respectivo gabarito e, se tiver os comentários,
inclua o comentário junto, num arquivo em word ou excel. Sempre faça arquivos
separados por matéria. Dentro do arquivo, separe ainda por assunto, assim ficará mais
fácil você resgatar as informações no momento da revisão. Nesse banco, inclua
também questões que você teve dificuldade de em resolver ou ainda aquelas questões
chaves.
E por que fazer isso? Quando estamos estudando, acontece de muitas vezes a
gente fixar uma informação na nossa cabeça e ter muitas dificuldades em mudar essa
informação. Exatamente por esse motivo, que é muito eficiente a utilização do banco
de questões erradas, pois você vai, aos poucos, alterando aqueles
conceitos/informações errôneas na sua mente. O outro motivo é para que você não
cometa mais os mesmos erros na hora da prova.
Por fim, você deve utilizar o seu banco de questões sempre que estiver
revisando. Assim, você revisa os aspectos teóricos e também revisa os exercícios que
você tem mais dificuldades.

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Capítulo 4
Simulados: Como e quando fazê-los?
De cara, sendo extremista, o que você acha que aconteceria se uma pessoa
nunca fizer um simulado para um concurso? Concorda que, provavelmente, essa pessoa
não vai passar? Mas por que? Se a pessoa nunca fez um simulado, provavelmente ela
tenderá a ficar mais nervosa na hora da prova, visto que ela não tinha sentido a
sensação de se testar, naquele momento derradeiro e o mais importante de toda a sua
preparação. Essa pessoa ainda pode ter muitos problemas na gestão do seu tempo, pois
não foi testado antes a melhor forma de gerir o tempo ao longo da prova! O fato da
pessoa não fazer simulados, implica que ela provavelmente não sabe quais são os seus
pontos fortes e os passíveis de melhoria, em termos de aprendizagem!
Enfim, o simulado é capaz de fornecer um importante feedback do seu
desempenho na matéria.
Temos duas formas para fazer simulados: a primeira seria a reprodução da prova
completa, onde você vai selecionar o exato número de questões da sua prova, ou,
próximo disso, se o edital não for específico. Assim, você simula a sua prova e pode
treinar a sua gestão do tempo! Lembre-se de fazer sem interrupção e sem consultar
materiais! Você pode também simular a marcação das bolinhas no cartão de resposta,
utilizando uma parte do tempo total da prova para isso (recomendo 20 minutos, ao
menos).
A outra forma seria você simular por matéria, de forma que você vai ter uma boa
noção de como está seu desenvolvimento por matéria. Dica: se estiver usando PDF
como fonte de estudos, ao final deles, costumam existir uma lista de questões. Use essa
lista para cada aula. Selecione ao menos 10 a 15% do total de questões, utilizando
sorteio aleatório dos itens (utilize o site www.sorteador.com.br). A aleatoriedade se
justifica, pois os professores, muitas vezes, colocam questões parecidas juntas.
Fazendo assim, você vai ter uma boa noção do seu aprendizado por assunto
dentro da matéria, podendo reforçar apenas os assuntos que você teve pior
desempenho.
Quanto a periodicidade, recomendo fazer um no início da sua preparação (ponto
0) e depois fazer a cada 30 dias, de forma que você poderá avaliar seu desenvolvimento.
O importante aqui é você melhorar o seu resultado, e não ter um resultado compatível
com a aprovação. Se você estiver melhorando, significa que está no caminho certo.
Após o edital, recomendo que faça pelo menos a cada 15 dias. Assim você vai
conseguir aparar as arestas e focar nas matérias com mais dificuldade!
Uma observação importante: NÃO deixe o resultado do simulado abalar você,
seja indo muito bem ou indo muito mal! Não diminua o ritmo se você for bem e não
fique deprimido, caso vá mal.

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Capítulo 5
Estudar apenas por questões?
A grosso modo, acredito que estudar apenas por meio de questões comentadas
não seja a forma mais eficiente de se estudar, na maioria dos casos.
Os três pilares da aprovação envolvem o estudo da teoria, revisões periódicas e
realização de muitas questões. Quando decide estudar apenas por questões, mesmo
que comentadas, você estará tirando uma parte muito importante do processo de
aprendizagem, que é a teoria.
Corre o risco, ainda, das questões não abarcarem todo o conteúdo do edital e
você ficar sem ver alguns conteúdos. Outro fato importante é que, sem o estudo da
teoria, você ainda corre o risco de ter dificuldades de entender o assunto, pois, os
comentários, via de regra, são bem objetivos e sem muitas explicações.
Se não entender, o seu cérebro dificilmente vai reter a informação a longo prazo.
Dessa forma, a melhor maneira é estudar juntando todos os 3 pilares (teoria,
revisões e exercícios).
Temos que intercalar nas revisões tanto a teoria (seja por meio das marcações
de texto, mapas mentais, resumos, fichamentos etc) com a realização de exercícios.
Nesse momento, é interessante você visitar também aquele seu banco de questões
erradas, o qual falei antes. Você não deve fazer suas revisões só por exercícios, pois você
também precisa fixar e memorizar os conteúdos teóricos!
Mas existe, sim, um momento adequado para revisar APENAS por exercícios. O
momento é quando você já estudou e revisou a matéria diversas vezes e o edital já saiu!
Na minha preparação para o TCU, após o edital, tiveram diversas matérias eu revisei
apenas por questões. Mas sempre lendo o item, pensando na resposta e vendo o
comentário!
E o mais importante, sempre intercalava os assuntos, de forma que eu não
esgotava os exercícios de um determinado assunto para só depois para o próximo
assunto. Como estudei por meio de PDF, eu fazia algumas questões (escolhidas
aleatoriamente) de cada PDF, durante o tempo determinado para aquela matéria. A
vantagem disso é que eu tinha contato com toda a matéria sempre que eu estudava,
não só com algum assunto específico!
Mas se você realmente estiver sem tempo e quiser realmente estudar por
questões faça da seguinte forma:

 Faça todas as questões disponíveis sobre o assunto, lendo os


comentários;
 Coloque no banco de questões as questões que você errou;
 Vá para a teoria e estude apenas o que você errou.

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 Após avançar no conteúdo da matéria, volte ao início e revise tudo, por
meio das questões realizadas (todas).
 Faça uma marca nas questões que você errou duas vezes.
 Avalie a necessidade de estudar a teoria dos pontos com mais
dificuldades.
Fazendo isso, provavelmente, você irá errar a grande maioria das questões no
início, mas avançará muito mais rápido o seu estudo e preparando seu material de
revisão (banco de questões erradas).
Para fazer isso, é fundamental que você tenha um ótimo controle do que já
estudou, seu desempenho e quais questões você errou.
IMPORTANTE: lembre-se sempre de checar a resposta assim que você ler a
pergunta. Se errou, salve a questão no seu banco de questões e reveja se seu material
de revisão está adequado ou precisa de ajustes. O seu material de revisão tem que ser
capaz de resolver todas as questões, ok?!

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