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17.2) Breve comentário sobre tonalidade menor

Como já dito, os cinco primeiros graus de uma escala menor são fixos, chamados de
pentacórdio menor, e os graus VI e VII são os graus variáveis. Este dois graus, junto com o III
(chamado de invariável, responsável por diferenciar as escalas do tipo Maior e menor), são
chamados de graus modais pois possuem a responsabilidade de diferenciar o tipo (modo) de uma
escala (Maior ou menor).
Em musica tonal menor, raramente estes graus variáveis (VI e VII) são encontrados com
apenas uma alteração, de forma isolada. Normalmente estas alterações são intercambiáveis,
podendo ser usadas tanto melódica quanto harmonicamente, e a gosto do compositor. Ou seja, em
tonalidade menor, as três escalas (primitiva, harmônica e melódica) são intercambiáveis e,
conseqüentemente, os três campos harmônicos formados por elas também o são.

Obs.: em música modal, a escala menor primitiva (modo eólio) pode ser encontrada isoladamente.
Neste caso, é dita modal pois há a ausência da sensível. O mesmo ocorre com a escala dórica. Por
possuírem sensível, as escalas menores harmônica e melódica são tonais.

Como possuímos três escalas menores, cada uma gerando sete acordes, conseqüentemente
teremos três campos harmônicos e um total de vinte e um acordes tétrades. Destes, apenas doze tem
uso prático no vocabulário harmônico menor, como veremos a seguir (além de quatro tríades com
6ª: I6, IV6, bIII6 e bIV6).
Muitos livros apenas indicam os acordes mais freqüentes. No entanto, considero essencial
não só indicá-los mas também mostrar a origem dos mesmos. Aproveito ainda para comentar
individualmente todos esses acordes, a fim de esclarecer pontos que julgo importantes.

17.3) Campo harmônico da escala menor primitiva

É a formação do acorde em cada grau da escala menor primitiva.


Tétrades da escala de Dó menor primitiva:

Acordes Maiores: bIII7M/6, bVI7M/6


Acordes menores: Im7, IVm7/6, Vm7
Acorde dominante: bVII7
Acorde meio-diminuto: IIm7(b5)

Obs.1: este campo harmônico é válido para qualquer escala menor primitiva.
Obs.2: como já dito em Harmonia 1, os números romanos na cifra analítica (I ao VII) correspondem
aos sete graus da escala Maior. Desta forma, sempre que estes graus diferirem em um semitom
ascendente ou descendentemente, deve-se acrescentar “#” ou “b” à esquerda do número romano,
respectivamente, indicando tal alteração. No caso da escala de Dó menor primitiva, o III grau (mib),
por exemplo, possui um “b” à sua esquerda (bIII) pelo fato de diferir em um semitom
descendentemente em relação ao III grau da escala de Dó Maior (mi). O mesmo ocorre com os
graus bVI e bVII. Daqui em diante, bN grau, leia-se “n-ésimo grau abaixado”.

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Alan Gomes Harmonia 2

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