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MANUAL DE ELABORAÇÃO DE

DOCUMENTOS
DECORRENTES DE AVALIAÇÕES
PSICOLÓGICAS
(2000, 2001, 2003)
Código de Ética
Das Responsabilidades do Psicólogo

• Art. 1º item c - Prestar serviços psicológicos de


qualidade, em condições de trabalho dignas e
apropriadas à natureza desses serviços,
utilizando princípios, conhecimentos e técnicas
reconhecidamente fundamentadas na ciência
psicológica, na ética e na legislação profissional;
Código de Ética
Das Responsabilidades do Psicólogo

• Art. 1º item g – Informar, a quem de


direito, os resultados decorrentes da
prestação de serviços psicológicos,
transmitindo somente o que for necessário
para a tomada de decisões que afetem o
usuário ou beneficiário.
Código de Ética
O psicólogo, no relacionamento com
profissionais não psicólogos

• Art. 6 item b - Compartilhará somente


informações relevantes para qualificar o serviço
prestado, resguardando o caráter confidencial
das comunicações, assinalando a
responsabilidade, de quem as receber, de
preservar o sigilo.
“Os resultados das avaliações devem
identificar os condicionantes sociais e seus
efeitos no psiquismo, com a finalidade de
serem instrumentos para atuar não
somente sobre o indivíduo, mas na
modificação desses condicionantes sociais.”
I FÓRUM NACIONAL DE AVALIAÇÃO
PSICOLÓGICA, ocorrido em
dezembro de 2000.
Objetivos orientar o profissional psicólogo
na confecção de documentos decorrentes
das avaliações psicológicas e fornecer os
subsídios éticos e técnicos necessários para
a elaboração qualificada da comunicação
escrita.
PRINCÍPIOS NORTEADORES NA
ELABORAÇÃO DE DOCUMENTOS
PRINCÍPIOS TÉCNICOS DA LINGUAGEM ESCRITA

• O documento deve, na expressão escrita, apresentar:


• Redação bem estruturada e definida - o que se quer
comunicar.
• Deve possibilitar a compreensão por quem o lê.
• O emprego de expressões ou termos deve ser
compatível com as expressões próprias da linguagem
profissional, garantindo a precisão da comunicação e
evitando a diversidade de significações da linguagem
popular.
• Apresentar: clareza, a concisão e a harmonia.
A CONSTRUÇÃO DO DOCUMENTO
• 1. Coleta de Dados – Levantamento dos resultados.
Lembrar: os instrumentos e técnicas nos dão dados
soltos às vezes não complementares ou
equivalentes e, não raro, discordantes ou opostos.
Exemplo:
• Palos Retos ou Vertical: reflete atitude vigilante da
personalidade, firmeza, estabilidade, constância das
atitudes, domínio sobre os desejos, sentimentos e
emoções. Pode indicar pensamento acima da
sensação, capacidade de crítica isenta,
desconfiança.
A CONSTRUÇÃO DO DOCUMENTO
2. Processo de Síntese – Linguagem precisa,
conciso e simples.
É preciso explicar o que cada resultado
significa em si mesmo e em relação ao
conjunto ou subconjuntos, sucessivos, sem
expor resultados esotéricos, fragmentados
que não compõem uma síntese integrativa e
coerente.
Exemplo – evitar:
O sujeito é introvertido, agressivo, depressivo e
tímido.
DICAS PARA CONSTRUÇÃO
E – ESCOLHA – um tema com que possa trabalhar com
eficácia.
L – LISTE – todas as idéias relacionadas com o caso, o
examine, o tema.
O – ORDENE – os dados colhidos, as idéias, as
interpretações .
R – REDIJA – o primeiro rascunho.
E –EXAMINE – o pontos que devem ser modificados.
C – CORRIJA - as falhas, antes da redação final.

( Normas de Carman e Adams)


PRINCÍPIOS ÉTICOS
• Na elaboração de DOCUMENTO –
Código de Ética Profissional do Psicólogo.

• CUIDADOS:
– Com os deveres do psicólogo nas suas relações com a
pessoa atendida;
– Sigilo profissional;
– Às relações com a justiça e ao alcance das informações
identificando riscos e compromissos em relação à
utilização das informações presentes.
PRINCÍPIOS TÉCNICOS

• Os DOCUMENTOS, portanto, deve considerar


a natureza dinâmica, não definitiva e não
cristalizada do seu objeto de estudo.
• Os psicólogos, ao produzirem documentos
escritos, devem se basear exclusivamente nos
instrumentais técnicos (entrevistas, testes,
observações, dinâmicas de grupo, escuta,
intervenções verbais etc.).
• A linguagem nos documentos deve ser
rigorosa, precisa, clara e inteligível.
PRINCIPAIS SOLICITAÇÕES
1. Em aplicações escolares (pedagógicas). Ex.:
suspeita de déficit intelectual pelo baixo
rendimentos; Problemas de adaptação ao
sistema escolar; problemas genericamente
classificados como emocionais, afetivos ou
comportamentais.
2. Aplicações na Organizações. Ex.: R&S,
avaliação do potencial, (re)orientação de
carreiras.
PRINCIPAIS SOLICITAÇÕES
3. Aplicações judiciais e sociopatológicas.

4. Em aplicações médicas e psiquiátricas. Para


estudos de casos, principalmente pediatras,
neurologistas, psiquiatras e cirurgiões.

5. Em solicitações para planos de saúde.

6. Pessoas físicas. Para psicodignósticos e


orientação profissional.
MODALIDADES DE DOCUMENTOS

• 1. Declaração

• 2. Atestado Psicológico

• 3. Relatório Psicológico

• 4. Laudo Psicológico

• 5. Parecer Psicológico
DECLARAÇÃO
DECLARAÇÃO
•Conceito
É um documento que visa a informar a ocorrência de fatos
ou situações objetivas relacionados ao atendimento
psicológico, com a finalidade de:

Finalidade
a) Declarar comparecimentos do atendido;
b) Declarar o acompanhamento psicológico do atendido;
c) Informações diversas sobre o enquadre do
atendimento (tempo de acompanhamento, dias ou
horários);

Não deve ser feito o registro de sintomas, situações ou


estados psicológicos.
DECLARAÇÃO
•Estrutura da Declaração
•a) Ser emitido em papel timbrado ou apresentar na subscrição do
documento o carimbo, em que conste nome e sobrenome do psicólogo
acrescido de sua inscrição profissional (“Nome do Psicólogo / N.º da
inscrição”).

• A Declaração deve expor:


•-- Registro do nome e sobrenome do solicitante;
•- Finalidade do documento (por exemplo, para fins de comprovação);
•- Registro de informações solicitadas em relação ao atendimento (por
exemplo: se faz acompanhamento psicológico, em quais dias, qual horário);
•- Registro do local e data da expedição da Declaração;
•- Registro do nome completo do psicólogo, sua inscrição no CRP, e/ou
carimbo com as mesmas informações.
•Assinatura do psicólogo acima da identificação do psicólogo ou do carimbo.
Modelo I

IDECLARAÇÃO

Declaro, para os fins que se fizeram necessários, que o


Sr. (Nome do Solicitante) faz acompanhamento
psicológico no (ambulatório ou consultório), desde janeiro
de 2001, sob meus cuidados profissionais.--------------------

Cidade, dia, mês, ano


Nome completo do psicólogo
Nº de inscrição no CRP
Modelo II

DECLARAÇÃO
Declaro, para fins de comprovação, que o Sr. (Nome do
solicitante), está sendo submetido a acompanhamento
psicológico, sob meus cuidados profissionais, comparecendo às
sessões todas às quintas-feiras, no horário das 17:00 h.-------------
Cidade, dia, mês, ano

Nome completo do profissional


Nº de inscrição no CRP
ATESTADO
PSICOLÓGICO
ATESTADO PSICOLÓGICO
Conceito e Finalidade do Atestado
É um documento expedido pelo psicólogo que certifica uma
determinada situação ou estado psicológico, tendo como
finalidade:
a) Afirmar como testemunha, por escrito, a informação ou
estado psicológico de quem, por requerimento, o solicita, aos
fins expressos por este;

b) Justificar faltas e/ou impedimentos do solicitante,


atestando-os como decorrentes do estado psicológico
informado;

c) Solicitar afastamento e/ou dispensa do solicitante, subsidiado


na afirmação atestada do fato, em acordo com o disposto na
Resolução CFP nº 015/96.
ATESTADO PSICOLÓGICO
A formulação do Atestado deve restringir-se
à informação solicitada pelo requerente,
contendo expressamente o fato constatado.

a)Ser emitido em papel timbrado ou apresentar


na subscrição do documento o carimbo, em que
conste seu nome e sobrenome acrescido de sua
inscrição profissional (“Nome do Psicólogo / N.º da
inscrição”).
ATESTADO PSICOLÓGICO
b) O Atestado deve expor:
- Registro do nome e sobrenome do cliente;
- Finalidade do documento;
- Registro da informação pelo sintoma, situação ou estado
psicológico que justifica o atendimento, afastamento ou
falta – podendo registrar sob o indicativo do código da
Classificação Internacional de Doenças (CID);
- Registro do local e data da expedição do Atestado;
- Registro do nome completo do psicólogo, sua inscrição no
CRP, e/ou carimbo com as mesmas informações;
- Assinatura do psicólogo acima da identificação do psicólogo
ou do carimbo.
ATESTADO PSICOLÓGICO
Se a finalidade do Atestado for solicitar afastamento ou
dispensa, o registro da informação/pedido deverá estar
justificado pelo sintoma, situação ou estado psicológico.

Os registros deverão estar transcritos de forma corrida,


ou seja, separados apenas pela pontuação, sem
parágrafos, evitando, com isso, riscos de adulterações. No
caso em que seja necessária a utilização de parágrafos, o
psicólogo deverá preencher esses espaços com traços.
Modelo I
ATESTADO
Atesto, para os devidos fins, que o Sr. (Nome do
solicitante) encontra-se em acompanhamento
psicológico para tratar de sintomas compatíveis com
CID V.6281.------------------------------------------
Nome da cidade, dia, mês, ano

Nome do Profissional
Nº de inscrição no CRP
Modelo II
ATESTADO
Atesto, para fins de comprovação junto a (nome a quem se destina),
que o Sr. (Nome do Solicitante), apresenta sintomas relativos a
angústia, insônia, ansiedade e irritabilidade, necessitando, no
momento, de 3 (três) dias de afastamento de suas atividades laborais
para acompanhamento ...* (ou para repouso, ou indicar a razão).
Cidade, dia, mês, ano
Nome do psicólogo
Nº de inscrição no CRP
Obs.: A finalidade indicará a informação a ser prestada e/ou pedido.
Entretanto, a estruturação
obedecerá sempre esta configuração de simplicidade, clareza e
concisão.

Obs.: A finalidade indicará a informação a ser prestada e/ou pedido.


Entretanto, a estruturação
obedecerá sempre esta configuração de simplicidade, clareza e concisão.
RELATÓRIO
LAUDO
PARECER
•O Relatório Psicológico é uma apresentação descritiva
e/ou interpretativa acerca de situações ou estados
psicológicos e suas determinações históricas, sociais,
políticas e culturais, pesquisadas no processo de Avaliação
Psicológica.

•Laudo é um documento conciso, minucioso e abrangente,


que busca relatar, analisar e integrar os dados colhidos no
processo de avaliação psicológica tendo como objetivo
apresentar diagnóstico e/ou prognóstico, para subsidiar
ações, decisões ou encaminhamentos.

•O Parecer é uma manifestação técnica fundamentada e


resumida sobre uma questão focal do campo psicológico
cujo resultado pode ser indicativo ou conclusivo.
RELATÓRIO PSICOLÓGICO
RELATÓRIO PSICOLÓGICO

Conceito e finalidade do Relatório Psicológico


O Relatório Psicológico é uma apresentação
descritiva e/ou interpretativa acerca de situações
ou estados psicológicos e suas determinações
históricas, sociais, políticas e culturais, pesquisadas
no processo de Avaliação Psicológica.
RELATÓRIO PSICOLÓGICO
FINALIDADE:
-Apresentar resultados e conclusões da avaliação
psicológica.
- Entretanto, em função da petição ou da
solicitação do interessado. Relatório poderá ter
como diferentes finalidades:
Encaminhamento, intervenção, diagnóstico,
prognóstico, parecer, orientação, solicitação de
acompanhamento psicológico, prorrogação de
prazo para acompanhamento psicológico; etc.
RELATÓRIO PSICOLÓGICO
Estrutura (Resolução CFP nº 007/2003)
Independentemente das finalidades a que se destina, o Relatório Psicológico
é uma peça de natureza e valor científicos, devendo conter narrativa
detalhada e didática, com clareza, precisão e harmonia, tornando-se
acessível e compreensível ao destinatário.

Os termos técnicos devem, portanto, estar acompanhados das explicações


e/ou conceituação retiradas dos fundamentos teórico-filosóficos que os
sustentam.
Independentemente também, da finalidade a que se destina, o Relatório
Psicológico deve conter, no mínimo, 5 (cinco) itens:
1. Identificação
2. Descrição da demanda
3. Procedimento
4. Análise
5. Conclusão
RELATÓRIO PSICOLÓGICO:
INTRODUÇÃO
É a parte superior da primeira parte do
Relatório Psicológico com a finalidade de
identificar:
•O autor/relator – quem elabora o Relatório
Psicológico;
•O interessado – quem solicita o Relatório
Psicológico;
• O assunto/finalidade – qual a razão/finalidade
do Relatório Psicológico.
RELATÓRIO PSICOLÓGICO
DESCRIÇÃO DA DEMANDA
Esta parte é destinada à narração das
informações referentes à problemática
apresentada e dos motivos, razões e
expectativas que produziram o pedido do
documento.
Nesta parte, deve-se apresentar a análise que
se faz da demanda de forma a justificar o
procedimento adotado.
EXEMPLO 1:

Estrutura do Relatório Psicológico

PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL

Resolução CFP nº 007/2003


RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA

•Nome: NOME DO CANDIDATO Cargo: NOME DO CARGO Idade:


34 anos RG: 0xxxxx CPF: XXXX Sexo: ( )M ( x)F
•Estado Civil: Solteira Escolaridade: 3º grau incompleto (Administração –
cursando).

•Informe: De acordo com a resolução n.º 002/87 de 15 de agosto de 1987 do


Conselho Federal de Psicologia (CFP) o presente documento é de caráter confidencial
ao solicitante e quem o receber tem a responsabilidade de preservar o sigilo das
informações neste presentes.
•Documento: Relatório de Avaliação Psicológica Autora: Denise Machado CRP 03/XXX
•Solicitante: EMPRESA MACHADO ALIMENTOS Finalidade: Avaliação Psicológica
para o cargo de Coordenadora Comercial.
•DEMANDA: realizar avaliação comparativa do perfil do candidato participante de
processo seletivo em relação ao exigido pelo cargo em questão. Para tanto se utilizou
o escopo técnico científico da psicologia.
•PROCEDIMENTO: A avaliação psicológica consistiu na aplicação de instrumentos
psicológicos (Palográfico, Zulliger, D2 – Atenção Concentrada, TIG-NV – Raciocínio
Não Verbal, TSP: Julgamentos, Números), Técnicas psicológicas (dinâmica de grupo e
entrevista individual), Testes de conhecimento específico (redação).
ANÁLISE
É a parte do documento na qual o
psicólogo faz uma exposição
descritiva de forma metódica,
objetiva e fiel dos dados colhidos e
das situações vividas relacionados à
demanda em sua complexidade.
Análise

– Não deve haver afirmações sem


sustentação em fatos e/ou teorias, devendo
ter a linguagem precisa, especialmente
quando se referir a dados de natureza
subjetiva, expressando-se de maneira clara
e exata.
Análise:

• Dados Pessoais e Profissionais


Relatados
– Dados familiares
– Dados auto-perceptivos do candidato
– Estilo de vida
– Projetos de vida, planos para o futuro
– Trajetória profissional
ANÁLISE
Dados Pessoais e Profissionais Relatados
Tem uma relação estável com o companheiro (mecânico) há 12 anos, com o qual tem um
casal de filhos de 02 e 08 anos. Esta relação familiar é caracterizada pela candidata como
harmônica e descontraída. Vivencia os momentos de lazer com a família, joga videogame,
vai com os filhos ao cinema e costuma se reunir com os irmãos e os pais nos finais de
semana. Descreve-se como honesta, sincera, leal e criativa, avaliando que precisa ser mais
paciente, diante dos atrasos de terceiros e espera de definições em longo prazo. Tem como
metas comprar uma casa e voltar a trabalhar.

Oriunda de uma família com poucos recursos financeiros, ingressou no mercado de trabalho
logo após completar a maior idade. Já tendo atuado como telefonista e escrituraria antes de
iniciar na área de vendas. Começou a trabalhar no setor alimentício na Distribuidora
Guarujá Ltda onde permaneceu vendendo produtos de diferentes marcas por telefone
durante 02 anos. Na mesma atividade atuou na Roberto Alimentos, Comércio e Indústria
Ltda por aproximadamente 01 ano e 6 meses. Desligou-se desta em virtude de uma
proposta melhor da R- Alimentos Importadora Ltda, feita por um antigo gerente seu, nesta
foi vendedora externa durante 02 anos, sendo após este período promovida a chefe de
atacado, função que exerceu por mais 03 anos. Após a venda desta empresa para o Grupo
Universal Alimentos, foi absorvida como Coordenadora de vendas, contudo depois de 04
meses pediu demissão em função de promessas não atendidas pela parte contratante.
Durante aproximadamente 01 ano ajudou o esposo no negócio familiar, desligando-se deste
após ser novamente admitida pela R-Alimentos. Afirma estar insatisfeita com as políticas,
falta de compromisso e gestão desta empresa, visualizando a proposta da Roberto
Alimentos como muito oportuna.
Análise:
- Dados advindos dos testes psicométricos e dos testes
de personalidade articulados com:
– Dados de entrevista
– Atividades de grupo
– Observações realizadas ao longo do processo

OBS.: Todas as etapas são importantes e os


comportamentos devem ser observados como dados
complementares para construção do laudo psicológico.
ANÁLISE
Dados da Avaliação
Em entrevista, trouxe exemplos profissionais que evidenciaram perspicácia na defesa de idéias, desejo de
inovar, a busca de novos aprendizados e atitude de enfrentamento diante dos desafios. Acrescentou ainda
a identificação com as tarefas e a satisfação pessoal que possui em trabalhar no setor alimentício.

Na atividade escrita (redação), demonstrou conhecer de modo amplo as rotinas operacionais inerentes ao
cargo e enfatizou constantemente que o gerente deve estar acompanhando a satisfação dos clientes
internos e externos.

Apresenta pensamento lógico funcionando ordenadamente, de forma clara e coerente, sugerindo canalizar
as funções intelectuais na busca de soluções práticas e objetivas. A capacidade de concentrar-se em tarefas
minuciosas é satisfatória quanto à atenção, precisão e rapidez.

Demonstra potencial de energia acima da média esperada, indicando dinamismo, iniciativa e aumento da
capacidade produtiva a partir da ambientação nas rotinas laborais. Afirma possuir motivação para criar e
implementar projetos, dado este confirmado na sua avaliação.

Nos relacionamentos sociais revela disposição para estabelecer novos contatos, empatia e ajustada noção
de limites interpessoais. Além destas características, o conhecimento técnico consistente poderá contribuir
positivamente na relação com os subordinados, na medida em que pode ser uma referência confiável para
esclarecer dúvidas e discutir soluções. Ao relacionar-se com figuras de autoridade, tende a comportar-se
com respeito e consideração, não hesitando em sinalizar e defender suas opiniões.

Apesar de apresentar indicativos de ansiedade e certa impulsividade, demonstra autocontrole apropriado,


o que contribui para sua adaptação em contextos normativos. Revela ainda vivenciar autocrítica acentuada,
podendo também ser expressa no ambiente.
Conclusão

Apresenta um parecer final, em função dos


instrumentos utilizados e da demanda,
acrescidos à indicação de aspectos que se
destacam e favorecem ou desfavorecem a
recomendação.
CONCLUSÃO
• Na conclusão do documento, o psicólogo vai expor o
resultado e/ou considerações a respeito de sua
investigação a partir das referências que subsidiaram o
trabalho. As considerações geradas pelo processo de
avaliação psicológica devem transmitir ao solicitante a
análise da demanda em sua complexidade e do
processo de avaliação psicológica como um todo.
• Sugestões e projetos de trabalho que contemplem a
complexidade das variáveis envolvidas durante todo o
processo.
• Local, data de emissão, assinatura do psicólogo e o seu
número de inscrição no CRP.
CONCLUSÃO

•CONCLUSÃO: INDICADA. Ressalta-se o potencial


intelectivo, atenção concentrada, dinamismo,
iniciativa, criatividade e relacionamento adequado ao
convívio social. Sua experiência e a identificação com a
área contribuem significativamente para o exercício e
adaptação ao cargo. sugerimos acompanhar a
ansiedade e impulsividade em momentos
significativamente mobilizadores.
AUTORIZAÇÃO DE ACOMPANHAMENTO
PSICOLÓGICO
LAUDO PSICOLÓGICO
OU
PERICIAL
LAUDO PSICOLÓGICO OU PERICIAL
•É um documento conciso, minucioso
e abrangente, que busca relatar,
analisar e integrar os dados colhidos
no processo de avaliação psicológica
tendo como objetivo apresentar
diagnóstico e/ou prognóstico, para
subsidiar ações, decisões ou
encaminhamentos.
LAUDO PSICOLÓGICO OU PERICIAL
•Diferencia-se do Relatório Psicológico
por ter como objetivo subsidiar uma
tomada de decisão, por realizar uma
extensa pesquisa cujas observações e
dados colhidos deverão ser
relacionados às questões e situações
levantadas pela decisão a ser tomada.
LAUDO PSICOLÓGICO OU PERICIAL
Identificação
Refere-se à descrição dos dados básicos do avaliado, como
nome, data de nascimento, idade, escolaridade, filiação,
profissão etc.

Descrição da demanda
Nesse item, o psicólogo apresenta as informações referentes
a motivos, queixas ou problemáticas apresentadas,
esclarecendo quais ações, decisões ou encaminhamentos o
Laudo deverá subsidiar.
LAUDO PSICOLÓGICO OU PERICIAL
Métodos e técnicas utilizadas
Refere-se à descrição dos recursos utilizados e
dos resultados obtidos.

Conclusão
Destina-se a apresentar uma síntese do
diagnóstico e/ou prognóstico da avaliação
realizada e/ou encaminhamentos,
necessariamente relacionados à demanda.
LAUDO PSICOLÓGICO
1. Identificação
Nome:
Data de nascimento:__________ Idade:___________ Estado civil: __________
Natural: _________ Escolaridade: __________________ Profissão: _________
Filiação: ______________________________________________
________________________________________________
Responsável: ___________________________________________
Solicitante: Escola Estadual _______________________________
Finalidade: Diagnóstico Psicológico

2. Descrição da Demanda
Em decorrência de dificuldade de adaptação às regras e normas escolares de déficit
de atenção, falta de estímulo, reprovações subsequentes, falta de socialização,
atitudes suicidas impulsivas, excessiva agressividade, acusações de furtos e danos
materiais a patrimônio da escola e de professores, bem como experiência de expulsão
em várias escolas, o adolescente (Nome do adolescente) foi submetido à avaliação
psicológica como condição necessária à sua permanência na atual escola onde estuda.
A família tem total conhecimento do comportamento do adolescente,
afirmando que desde pequeno o mesmo apresentava dificuldade no seu
desenvolvimento social. Gostava de ficar isolado, de quebrar seus
brinquedos e atear fogo em objetos. Não conseguia se envolver
emocionalmente com os membros da família, parecendo distante de todos.
Ainda em relação à família, particularmente em relação aos genitores,
detectou-se na figura paterna dificuldades de se impor, tendo o mesmo
história de dependência alcóolica. Na figura materna, observou-se uma
excessiva autoridade, bem como comportamento ambivalentes nos métodos
disciplinares utilizados com o filho, ora se mostrando indiferente,
negligenciando nas condições essenciais de desenvolvimento, ora abusando
do seu poder, com castigos físicos exagerados, ficando evidenciado o caráter
conflituoso na interação familiar.
3. Métodos e Técnicas
Nas primeiras sessões de avaliação, o examinado demonstrou excessiva
tensão, irritabilidade, agitação, ansiedade, auto estima negativa,
pensamento auto destrutivo e revolta em relação à sua mãe.
Passado o período de comprometimento emocional, procedeu-se à aplicação dos
testes buscando a investigação dos campos de percepção familiar, personalidade,
inteligência e memória.
No teste de percepção familiar, demonstrou desarmonia familiar, insegurança,
introversão e sentimento de inferioridade. Foi observado distanciamento entre os
familiares, rejeição ou desvalorização dos membros. No interrogatório, os conteúdos
apresentados demonstraram bastante desinteresse pela vida.
A avaliação de personalidade foi realizada através da observação e da aplicação dos
Testes (A - percepção Temática (T A T), Rorschach e Casa, Árvore, Pessoa (HTP).
Observou-se total conhecimento da realidade vivida por ele. Os principais traços
encontrados foram: introversão, imaturidade, auto-estima negativa, egocentrismo,
ambivalência de comportamento, oscilação de humor, insegurança, agressividade,
falta de objetivos e interesse, excessiva fantasia, fixação por objetos, insatisfação com
as normas e regras sociais, imprudência, satisfação com as situações de perigo, gosto
pela velocidade, forte tendência piromaníaca e bastante capacidade para planejar
ações.
Quanto à avaliação da inteligência, os resultados obtidos através do R-1 e do Raven
demonstraram boa capacidade intelectual, colocando-se acima da média para sua
escolaridade e idade. Porém, em relação à memorização, verificou-se dificuldades no
campo da memória auditiva e visual, classificando-se em categoria inferior ao
esperado.
4 –Conclusão:
Através dos dados analisados no psicodiagnóstico não foram verificados indícios de
Deficiência Mental, porém, dificuldades de ordem social e afetiva, piromania, fixação
por objetos, obsessão, pensamento auto-destrutivo e oscilação de humor.
Diagnóstico: O paciente apresenta transtorno de personalidade anti-social, CID-10:
F60.2 + F91.3.
Encaminhamentos: Encaminhado para tratamento psicoterápico e acompanhamento
Psiquiátrico.
Cidade, dia, mês, ano
Nome do Psicólogo
CRP N.º /
PARECER
PARECER
Conceito
O Parecer é uma manifestação técnica fundamentada e
resumida sobre uma questão focal do campo psicológico cujo
resultado pode ser indicativo ou conclusivo.

Finalidade do Parecer
Apresentar resposta esclarecedora, no campo do conhecimento
psicológico, através de uma avaliação técnica especializada, de
uma “questão-problema”, visando a diminuir dúvidas que estão
interferindo na decisão, sendo, portanto, uma resposta a uma
consulta, que exige de quem responde competência no assunto.
Estrutura
PARECER
O psicólogo nomeado perito deve fazer a análise do problema apresentado, destacar
os aspectos relevantes e opinar a respeito, considerando os quesitos apontados e com
fundamento em referencial teórico científico.

Deve-se rubricar todas as folhas dos documentos.

-Responder os quesitos de forma sintética e convincente, não deixando nenhum


quesito sem resposta.

- Quando não houver dados para a resposta ou quando o psicólogo não puder ser
categórico, deve-se utilizar a expressão “sem elementos de convicção”. Se o quesito
estiver mal formulado, pode-se afirmar “prejudicado”, “sem elementos” ou “aguarda
evolução”.
PARECER

Cabeçalho
É a parte que consiste em identificar o nome do perito e
sua titulação, o nome do autor da solicitação e sua
titulação.

Exposição de Motivos
Essa parte destina-se à transcrição do objetivo da
consulta e os quesitos ou à apresentação das dúvidas
levantadas pelo solicitante. Deve-se apresentar a
“questão-problema”, não sendo necessária, portanto, a
descrição detalhada dos procedimentos, como os dados
colhidos ou o nome dos envolvidos.
PARECER
Discussão
A discussão do PARECER constitui-se na análise minuciosa da
“questão-problema”, explanada e argumentada com base nos
fundamentos necessários existentes, seja na ética, na técnica ou
no corpo conceitual da ciência psicológica.

Conclusão
É a parte final do Parecer, em que o psicólogo irá apresentar seu
posicionamento, respondendo à questão levantada. Ao final do
posicionamento ou do Parecer propriamente dito, informa o local
e data em que foi elaborado e assina o documento.
PARECER
PARECERISTA: Nome do psicólogo, CRP Nº ____________________________
SOLICITANTE: Mm. Sr. Juiz Dr. ______________________________________
Da _____ Vara _______________ da Comarca _____________________
ASSUNTO: Validade de Avaliação Psicológica.
I. EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS
O presente Parecer trata de solicitação do Mm. Sr. Juiz Dr. _______________,
da _____ Vara Familiar, da Comarca ______________________, sobre a validade
de Avaliação Psicológica. A Avaliação Psicológica, que se encontra nos Autos do
Processo Nº 000 / 2001 de Separação Judicial, é peça utilizada por uma das
partes como prova alegada de incapacidade emocional da parte que ficou com a
guarda dos filhos quando da separação, motivo pelo qual requer do juiz a
“revisão de guarda”. A parte, agora contestando, solicita a invalidação da
Avaliação Psicológica alegando que o documento não tem respaldo ético legal,
vez que o psicólogo era muito amigo da parte que está pleiteando a guarda. Diz
ainda que aquela avaliação não está isenta da neutralidade necessária, pois o
psicólogo deu informações baseadas na versão do “amigo” e que consigo só
falou uma vez, apresentando interpretações pessoais e deturpadas.
Requer, portanto, o Mm. Juiz, Parecer sobre a validade da contestada Avaliação
Psicológica.
VALIDADE DOS DOCUMENTOS
VALIDADE DOS DOCUMENTOS
• O prazo de validade dos documentos escritos decorrentes das
avaliações psicológicas deverá considerar a legislação vigente
nos casos já definidos.

• Não havendo definição legal, o psicólogo, onde for possível,


indicará o prazo de validade em função das características
avaliadas, das informações obtidas e dos objetivos da
avaliação.

• Ao definir o prazo, o psicólogo deve dispor dos fundamentos


para a indicação, devendo apresentá-los sempre que
solicitado.
GUARDA DOS DOCUMENTOS E
CONDIÇÕES DE GUARDA
PRAZOS
• Os documentos escritos decorrentes de avaliação
psicológica, bem como todo o material que os
fundamentou, deverão ser guardados pelo prazo
mínimo de 5 anos,
• Responsabilidade por eles tanto do psicólogo quanto
da instituição em que ocorreu a avaliação
psicológica.
• O prazo poderá ser ampliado nos casos previstos em
lei, por solicitação judicial, ou ainda em casos
específicos em que seja necessária a manutenção da
guarda por maior tempo.
• Referência:
• http://www.actran.com.br/manual_de_elabor
acao_psic.htm.

• http://www.crpsp.org.br/a_orien/legislacao/r
esolucoes_cfp/fr_cfp_007-
03_Manual_Elabor_Doc.htm
• Agostinho Minicucci. - Elaboração de laudos
psicológicos. Vol. 1, 2,3. Editora Vozes, 2002.

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