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Cálculo Numérico - Aula 3

Laís Corrêa
laiscorrea@ufgd.edu.br

Universidade Federal da Grande Dourados - UFGD


Zeros de Função – Parte 1


Introdução


Fase 1: Isolamento das raízes

Fase 2: Refinamento da raiz

Critérios de parada

Método da Bissecção
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Introdução

Objetivo:
Estudar métodos numéricos para a resolução de equações não-
lineares.

Graficamente:
Os zeros reais de uma função são representados pelas
abscissas dos pontos onde uma curva intercepta o eixo dos x.
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Pergunta:

Como obter as raízes reais de uma equação qualquer?

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1) Fórmula de Bhaskara

2) Método de Cardano

3) No caso de polinômios de grau mais alto e no caso de


funções mais complicadas, pode ser impossı́vel achar os
zeros exatamente. Exemplo:

Por isso, temos de nos contentar em encontrar apenas


aproximações para esses zeros.

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Os métodos que iremos estudar consistem em encontrar os
zeros de uma função com uma precisão prefixada.


A ideia principal desses métodos é partir de uma aproximação
inicial para a raiz e em seguida refinar essa aproximação
através de um processo iterativo.

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Estes métodos constam de duas fases:


FASE 1: localizar ou isolar as raízes, isto é, obter um intervalo
que contém a raiz procurada.


FASE 2: melhorar o valor da raiz aproximada, isto é, refiná-la
sucessivamente até a precisão requerida.

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Fase 1: Isolamento das raízes


Esta fase pode ser realizada de forma gráfica e/ou teórica.


A precisão desta fase é o pré-requisito para o sucesso da
Fase 2.

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Teorema de Bolzano

Seja f(x) uma função contínua no intervalo [a,b].


Se , então existe pelo menos um ponto entre a
e b que é zero de f(x).

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O teorema de Bolzano nos garante pelo menos uma raiz.

Mas, para aplicar o método numérico, eu preciso isolar uma


única raiz.

Como fazer isso?

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Sob as hipóteses do teorema anterior, se existir e
preservar sinal em , então este intervalo contém um
único zero de .

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Exemplo 1

Pelo teorema, podemos concluir que os intervalos [-5,-3], [0,1] e


[2,3] contém pelo menos um zero de .
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Como nossa função é um polinômio de grau 3, podemos
afirmar que cada intervalo contém um único zero de .


Com isso, localizamos todas as raízes da nossa função e a
Fase 1 está finalizada para este exemplo.

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Exemplo 2

Analisando a tabela, vemos que admite pelo menos um


zero no intervalo (1,2).
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Para saber se este zero é único, vamos estudar o sinal da
derivada de :

Com isso, podemos concluir que admite um único zero em


todo seu domínio de definição e este zero está no intervalo (1,2).

Portanto, localizamos todas as raízes da nossa função e a Fase


1 está finalizada para este exemplo.
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Pergunta:

E se obtivermos ?

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Quando , utiliza-se a análise gráfica para localizar
os zeros de uma função, a qual pode ser feita de 3 formas:


Esboçar o gráfico da função e localizar as abscissas dos pontos
onde a curva intercepta o eixo dos x;

A partir da equação , obter a equação equivalente
, esboçar o gráfico de e , e localizar os
pontos onde as curvas se interceptam;

Utilizar programas que desenham gráficos de funções.
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Exemplo 1

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Exemplo 2

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Fase 2: Refinamento da raiz

Todos os métodos numéricos que estudaremos efetuam o
refinamento da raiz através de um processo iterativo.


Um processo iterativo consiste em uma sequência de
instruções que são executadas passo a passo, algumas das
quais são repetidas em ciclos.


A execução de um ciclo recebe o nome de iteração.
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Como os métodos
iterativos funcionam?

Método Numérico

Critério de parada

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Critérios de Parada

O laço de repetição é finalizado assim que o valor da solução
aproximada estiver “próximo o suficiente” da solução exata.


Considere a solução exata do problema e a solução
aproximada.


Como saber se está “suficientemente próxima” da raiz
exata?
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Para isso, utilizamos o que chamamos de critério de parada.
Seguem alguns deles:


Erro absoluto:


Erro relativo: Como já vimos, este é o
melhor a ser utilizado!

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1) Método da Bissecção
Condição: Seja uma função contínua no intervalo
e tal que .

Objetivo: reduzir a amplitude do intervalo que contém a


raiz até se atingir a precisão desejada :

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Dividindo o intervalo inicial ao meio, obtemos o valor .
Com esta divisão obtemos dois novos subintervalos.

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A raiz estará no subintervalo onde a função tem sinais opostos
nos pontos extremos.

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O novo intervalo que contém a raiz é dividido ao meio e
obtém-se o ponto .

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O processo se repete até que se obtenha uma aproximação para
a raiz exata que satisfaça a precisão desejada:

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Exemplo:
Encontre os zeros aproximados da função a seguir utiizando o
método da bissecção com precisão .

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Fase 1: Isolamento da raiz:

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Fase 2: Refinamento da raiz
Isso significa que a raiz não
está entre a0 e x0,
Iteração k=0: mas sim entre x0 e b0.

Intervalo:

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Critério de parada:

Não satisfeito!

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Iteração k=1:
Isso significa que a raiz
Intervalo: está entre a0 e x0.

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Solução:

Critério de parada:

Satisfeito!
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Agora, para verificar o aprendizado do conteúdo estudado
nesta aula, vá para o Moodle no menu Atividades, e resolva os
exercícios referentes à esta aula.

Caso tenha alguma dúvida no conteúdo ou na resolução das


Atividades, não hesite em entrar em contato comigo!

Bons estudos!

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