Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Introdução (09/08)
Poderes do estado:
1) Legislativo: tipicamente tem o poder de legislar... mas,
atipicamente, pode julgar o presidente da república.
2) Executivo: tipicamente tem o poder de executar e fiscalizar
as leis... mas, atipicamente, pode aplicar uma medida
provisória, a qual terá força de lei.
3) Judiciário: tipicamente tem o poder de julgar e produzir
sentença condenatória... mas, atipicamente, pode
estabelecer uma liminar
Regressão de Regime
Trata-se de um incidente em execução penal de natureza
punitiva, podendo o reeducando voltar para qualquer regime.
Obs: admite-se amplamente a regressão “per saltum”.
Em suma:
1) Haverá regressão perante a pratica de crime doloso (não
necessitando de trânsito em julgado), ou falta grave.
Obs: cabe o principio da insignificância? Sim, lembrando
que os direitos fundamentais se aplicam não só na órbita
vertical (estado x cidadão), mas também nas órbitas
horizontais (cidadão x cidadão)
2) Condenação posterior que torna a pena imposta
incompatível ao regime de execução
3) Quando frustra o objetivo da execução penal
Remissão ≠ Remição
(perdão) ≠ (Substituir a pena pelo trabalho)
2) Subjetivos:
A) Comportamento carcerário satisfatório
B) Bom desempenho no trabalho que lhe foi atribuído
C) Aptidão para prover a própria subsistência, mediante
trabalho honesto
D) Em caso de crime violento, prova da cessação da
periculosidade através do exame criminológico (o qual
atualmente é facultativo)
Condições do Livramento Constitucional (29/08)
Condições Obrigatórias
1) Obter ocupação lícita ou matrícula em cursos
profissionalizantes
2) Comunicar periodicamente ao juiz sua ocupação. O tempo
ficará a critério do juiz
3) Não mudar de comarca sem prévia autorização do juiz
Condições Facultativas
1) Não mudar de residência sem comunicar o juízo
competente
2) Recolher-se em sua habitação na hora determinada (em
regra 22h)
3) Não frequentar determinados lugares (bares, prostíbulos)
1) Revogação Obrigatória:
A) Condenação definitiva a pena privativa de liberdade
por crime cometido durante a execução do beneficio
(obs: neste caso, o tempo de liberdade não será
computado como pena cumprida, não se admitirá um
novo livramento constitucional para o crime revogado
e não será possível somatória das penas)
B) Condenação definitiva à pena privativa de liberdade
por crime cometido antes da vigência do beneficio.
(obs: neste caso, o tempo de liberdade será
computado como pena cumprida, admitindo-se um
novo livramento constitucional tanto para o crime
revogado como para o crime revogador, bem como
será possível a somatória das penas para verificação
de possibilidade de livramento constitucional)
2) Revogação Facultativa:
A) Condenação definitiva por crime ou contravenção à
pena não privativa de liberdade
Sentenças (05/09)
PROVA NP1:
Em regra, tudo.
Focar em:
-livramento constitucional
(revogação, autorização de saída,
progressão e regressão de regime)
-sentença penal (natureza, etc)
-medida de segurança
Nulidade e recursos (10/10) pós NP1
Espécies de nulidade:
1) Absoluta: são aquelas que constituem infrações ao
interesse público, podendo ser decretada de ofício pelo
juiz. Ex: aquele que fere interesse público.
2) Relativa: são aquelas que necessitam de demonstração de
prejuízo pela parte interessada.
Espécies de atos:
1) Inexistentes: são aqueles que violam grotescamente a lei,
devendo ser refeito.
2) Irregulares: são infrações superficiais que não merecem
renovação.
Princípios norteadores da nulidade:
1) Não há nulidade sem prejuízo: por este princípio devemos
votar a expressão “mais vale um mal acordo que uma boa
demanda”. Vale lembrar que a tendência atual do processo
é de estreitamento das nulidades absolutas (presunção do
prejuízo) e alongamento das nulidades relativas (provas do
prejuízo).
2) Não há nulidade provocada pela parte: a parte não poderá
arguir uma nulidade que tenha dado causa, ou seja, deve-
se afastar a má fé.
3) Não há nulidade por omissão de formalidade que só
interessa a parte contrária
4) Ilegitimidade de ser parte: exemplo de ação penal pública
incondicionada, patrocinado pelo Ministério Público.
5) A nulidade de um ato processual relevante poderá
desencadear aos atos consequentes: também conhecido
por principio da causalidade das nulidades. A nulidade de
um ato poderá gerar a nulidade de outros que dele
decorrem, onde podem os extrair. Conceitos a saber:
nulidade originária e nulidade derivada.
*lista de nulidades:
1) incompetência do juízo: dependerá da natureza da
incompetência (matéria, pessoa e lugar). A nulidade será
absoluta no processo quando se tratar de nulidade em razão da
matéria ou nulidade com razão a pessoa.
Será relativa quando se tratar de nulidade em razão do local.
2)réu absolvido por justiça incompetente: depois da coisa
julgada nada mais poderá ser feito.
3)réu condenado por justiça incompetente: sempre poderá
alegar nulidade, ou seja, mesmo depois do trânsito em julgado.
A revisão criminal é cabível pôs trânsito em julgado, inclusive
com réu condenado ou réu morto
4)nulidade favorável ao réu e absolvição: exemplo: processo que
possui pontos nulos, concomitantes as provas que levam à
absolvição. O juiz deve absolver, considerando a teoria da causa
madura.
5)juiz impedido, suspeito ou subornado: nulidade absoluta.
6)réu absolvido por juiz subornado: depois da coisa julgada, nada
mais poderá ser feito.
7)ilegitimidade de ser parte: vai depender da natureza. Se for
para causa (ad causa), a nulidade será absoluta, ex: mp
denunciando em uma ação penal privada. Será relativa quando
para o processo (ad processum), ex: menor que oferece queixa,
bastando o responsável convalidar.
8)vícios na denúncia ou na queixa: poderão ser supridas (em
regra), até a sentença. Denuncia que não narra os fatos gera
nulidade absoluta. (Denúncia é pública, é queixa é privada).
9)falta de representação da vítima: nulidade relativa, podendo
ser suprida desde que no prazo decadencial de 6 meses.
10) falta de exame de corpo de delito: corpo de delito é tudo que
envolve o crime, não somente o exame corporal. A falta do
exame pode causar nulidade absoluta.
11)falta do corpo da vítima: não gera nulidade, podendo ocorrer
o júri com base nos indícios. Ex: caso goleiro Bruno.
12)ausência de defensor: nulidade absoluta. Inclusive advogado
suspenso.
13)defesa feita por estagiário: nulidade absoluta. Exceção: se o
réu foi absolvido e transitou em julgado.
14)deficiência de defesa: nulidade relativa, nos termos da
súmula 523 STF.
15)ausência do ministério público na ação penal pública:
nulidade absoluta.
16)cerceamento de defesa: vai depender do nível de
cerceamento.
17)ausência de interrogatório do réu preso: nulidade absoluta.
18)não concessão de prazos processuais: nulidade relativa.
Deverá ser analisado.
19)ausência de pronúncia no libelo: nulidade absoluta.
20)Júri sem a presença do réu: depende, sendo que se o crime
for inafiançável, nulidade absoluta.
21)sentença sem fundamentação: nulidade absoluta.
22)ausência de intimação para recurso: nulidade absoluta.
23)falta de intimação de expedição de carta precatória para
ouvir testemunha: nulidade relativa (súmula 155 STF)
24)julgamento de júri com a participação de jurado que
participou também do julgamento anterior: nulidade absoluta.
Recursos
Conceito: “um meio jurídico que permite o reexame de uma
decisão que ainda não transitou em julgado.”
Habeas corpus e revisão criminal não são recursos.
Só há o que se falar em recurso antes do trânsito em julgado.
Julgamentos do recurso
Muito embora o recurso exista em virtude de falhas humanas,
inconformismo e outros fatores, o que se permite recorrer é o
duplo grau de jurisdição.
Recursos em espécies:
1. RESE: recurso em sentido estrito. A regra é o princípio da
irrecorribilidade das decisões interlocutória, sendo a exceção do
RESE. (Artigo 581 cpp) Obs: quando se trata em execução penal,
transitada em julgado, no caso do RESE, neste caso entraria o
recurso de apelação. Se a decisão interlocutória fizer parte de
uma sentença final, o recurso será de apelação, considerando o
principio da consunção dos recursos, pelo qual “quem pode
mais, pode menos”. Agora quem só pode menos, nunca vai
poder mais.
Estudo da apelação:
Recurso de apelação é o mais amplo dos recursos, previsto na
convenção americana a todos os condenados, permitindo o
reexame dos fatos, do direito e das provas.
Exceção a apelação: em se tratando de competência originária
dos tribunais.
Espécies de apelação:
1) Apelação ordinária: crimes punidos com reclusão onde há a
figura do relator e do revisor do julgamento.
2) Apelação sumária: crimes apegados com detenção, onde
temos somente o relator.
Julgamento da apelação:
Aspectos: não há julgamento de apelação sem a intimação das
partes, permitindo a sustentação oral. É possível o surgimento
de 3 votos diferentes, situação em que prevalecerá o voto
intermediário.
Efeitos da apelação:
1) Efeito extrínseca de evitar a coisa julgada
2) Efeito devolutivo
3) Efeito suspensivo: com relação a este efeito, A) na sentença
absolutória a apelação não tem efeito suspensivo. B) na
sentença condenatória, a apelação terá efeito suspensivo,
salvo quanto à prisão, ou seja, se o réu estava preso,
continuará preso, em regra. Se o réu estava solto, poderá
apelar em liberdade, salvo se o juiz decretar o
recolhimento.
Em regra, o recurso do réu beneficia somente ele, exceto
quando trata-se de fundamento objetivo.
Sujeito passivo:
Primeira corrente doutrinária : Ada Peregrine. Quem vai ser o
polo passivo? Ministério público representando o estado.
Segunda corrente doutrinária: guilherme de souza lucci. Não
há legitimado específico na revisão criminal. A
responsabilização é estatal, via precatória.
Obs:
1. pressupõe sentença condenatória. Exceção: em se tratando
de sentença absolutória impropria, caberá
Extinção da punibilidade:
Somente após o trânsito em julgado. Caberá revisão criminal.
Ou seja, nunca antes de sentença. Se o réu não desejar, o
advogado não pode agir, pois necessita-se da vontade e do
erro do poder judiciário.