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Mateus Motta Cordeiro

RESENHA DO TEXTO: INICIAÇÃO EM SENSORIAMENTO REMOTO CAP 1 E 2

A autora do texto, Teresa Gallotti Florenzano, é graduada em Geografia pela


Universidade de São Paulo (1974), mestre em sensoriamento remoto pelo INPE (1985) e,
também, possui doutorado em Geografia Física pela Universidade de São Paulo. É
pesquisadora do INPE desde 1986 e trabalha no desenvolvimento de pesquisas em
sensoriamento remoto aplicado na geomorfologia.

Ao longo do texto, a autora tenta passar ao leitor detalhes sobre o funcionamento e a


aplicação do sensoriamento remoto no nosso dia-a-dia e de como algumas dessas tecnologias
influenciam diretamente no nosso cotidiano. Com curiosidades e explicações práticas o texto
explica como se dá o funcionamento e a utilidade dos diversos satélites que se encontram em
órbita no nosso planeta.

No primeiro capitulo nos é explicado a importância e a forma com que o


sensoriamento remoto surgiu e de como ele foi trabalhado com todo o avanço da tecnologia. É
de conhecimento de todos que hoje os satélites são um dos principais meios que auxiliam esta
prática, porém, a utilização destes mecanismos em órbita é relativamente recente, tendo em
vista que desde 1860 já se utilizava fotografias aéreas com auxilio de balões. O surgimento do
sensoriamento militar está diretamente ligado as guerras que eram frequentes naquela época.
A autora cita que em 1862, durante a guerra civil dos Estados Unidos, o exército americano
possuía uma equipe de balonistas responsáveis por fotografar o território de forma
panorâmica para que as tropas confederadas fossem identificadas e, desta forma, fossem
neutralizadas com maior facilidade.

Com este fim, o sensoriamento remoto foi bastante utilizado durante as guerras
mundiais e com a evolução da tecnologia a técnica ganhou novos mecanismos que
facilitariam a identificação do território como, por exemplo, o infravermelho que foi
desenvolvido durante a Segunda Guerra Mundial, pois auxiliava na identificação de
camuflados, vegetação, solo e etc.

A partir dos anos 1960 tivemos acesso as primeiras fotografias orbitais, tiradas
diretamente de satélites tripulados que se encontravam em órbita. Desde então diversos
satélites foram enviados para órbita afim de adquirir informações sobre o território terrestre.
A autora explica de forma bem didática a forma como que estas informações são
recebidas pelos satélites. A fonte de energia, que muitas vezes é o sol (ou um flash, por
exemplo), envia uma energia que reflete a informação para o satélite que, por sua vez, repassa
todas as informações passa uma estação de recepção. Estas informações geralmente possuem
conteúdo impossível de ser visto a olho nu tendo em vista que a luz visível ao ser humano é
apenas uma pequena parte do espectro magnético. Nestes casos são utilizados sensores
remotos, que são equipamentos capazes de captar e registrar as energias refletidas pelos
elementos da superfície terrestre que não podem ser visualizadas diretamente pelo olho
humano.

No segundo capitulo, Florenzano fala mais detalhadamente sobre os programas


espaciais, os benefícios das tecnologias espaciais e escreve mais detalhadamente sobre a
utilização e a serventia dos satélites artificiais. A autora define como satélite “um objeto que
se desloca em círculos em torno de outro objeto”, desta forma, temos os satélites naturais,
como, por exemplo, a lua, que está sempre girando em torno da terra, e temos, também, os
satélites construídos pelo homem, conhecidos por satélites artificiais que, circulam na órbita
da terra ou de algum outro corpo celeste.

Ao detalhar um pouco mais as utilidades dos satélites, a autora cita os principais


sensores utilizados nestes satélites. Um deles, são os satélites meteorológicos, estes satélites
são satélites geoestacionários, ou seja, sua órbita é circular e se processa exatamente sobre o
plano que contém a linha do equador, a sua rotação é equivalente a rotação da Terra e se
encontram a 36 mil quilômetros de altitude. Esta distancia se faz necessária pois desta forma a
antena do satélite consegue estar sempre apontada para a terra, assim possibilitando que o
satélite continue recebendo e transmitindo informações por extensas áreas. Com estes satélites
meteorológicos, como o nome já propõe, é possível obter informações sobre a cobertura de
nuvens sobre a Terra, prever possíveis fenômenos meteorológicos como furacões, ciclones,
frente frias, geadas. Desta forma, estes satélites passaram a ser essenciais, tendo em vista que
estas previsões podem salvar vidas.

Outro tipo de satélite muito importante citado pela a autora são os satélites de recursos
terrestres, estes satélites são conhecidos como de observação da terra, assim como os satélites
meteorológicos, possuem uma órbita circular, porém, diferentemente do satélite citado
anteriormente, a sua órbita é heliossíncrona, ele se desloca de acordo com a translação, ou
seja, como a terra gira em torno do sol. Este fato se dá pela necessidade deste tipo de sensor
sempre possuir a melhor iluminação possível, procurando, desta forma, sempre se manter
sincronizado com a luz do sol.

É válido ressaltar que estes satélites necessitam de energia elétrica para seu
funcionamento. Desta forma, na maioria dos casos, grandes placas solares são acopladas em
seu corpo para que seja possível adquirir energia advinda da luz solar.

Florenzano também não deixa de citar o como é a posição do Brasil, que se encontra
entre os 18 países que dominam o conhecimento sobre o ciclo de desenvolvimento de um
satélite artificial. A autora cita que o País já desenvolve pesquisas no campo da tecnologia
espacial desde 1960, desta forma, alguns programas espaciais nacionais foram criados, entre
eles estão os citados no texto: MECB, Missão Espacial Completa Brasileira, este que foi o
primeiro programa espacial brasileiro e o CBERS, China-Brazil Earth Resouces Satellites,
Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres, este programa é fruto de uma parceria entre
Brasil e China para a criação de satélites de sensoriamento remoto de recursos terrestres.

Após ler aos dois capítulos expostos no texto, é perceptível o cuidado da autora para
tornar todas as informações didáticas, com curiosidades e de forma simples. Diversas imagens
facilitam a interpretação e a compreensão do que estava escrito, tendo em vista que muitas
vezes termos técnicos são utilizados e estes termos podem dificultar a compreensão, as
imagens se fazem necessárias.

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