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INTRODUÇÃO
A relevância dos dons espirituais no seio da Igreja é o tema de nossa lição que estará definindo dons espirituais,
as principais teorias antipentecostais, quantos e quais são os dons, sua relação com os frutos e as advertências divinas
à Igreja sobre este assunto.
Dons espirituais ou pneumatika (1 Co 12.1). Os críticos e opositores dos dons alegam que, no original, aqui,
não consta a palavra “dom”. Não consta neste versículo, mas consta a seguir, em 1 Co 12 e nos capítulos
seguintes. O referido termo refere-se às manifestações sobrenaturais da parte do Espírito Santo através dos
dons (1 Co 12.7; 14.1);
Dons da Graça ou Charismata (1 Co 12.4; Rm 12.6). Falam da graça subsequente de Deus em todos os
tempos e aspectos da salvação.
Ministérios ou diakonai (1 Co 12.5). Isso fala de serviço, trabalho e ministério prático. São ministrações
sobrenaturais do Espírito através dos membros da igreja como um corpo (1 Co 12.12-27);
Operações ou energemata (1 Cor 12.6). Isto é, os dons são operações diretas do poder de Deus para a
realização de seus propósitos e para abençoar o povo (1 Co 12.9,10);
Manifestação ou phanerosis (1 Co 12.7). Os dons são sobrenaturais da parte de Deus; mas, conforme o
sentido original, aqui,eles operam igualmente na esfera do natural, do tangível, do sensível, do visível.
2.1. Teoria de que Os dons eram restritos à era apostólica - Os que defendem esta teoria afirmam que os sinais
sobrenaturais e os dons do Espírito Santo, foram enviados com o propósito exclusivo de confirmar a divindade de Jesus,
e autenticar os primeiros pregadores do Evangelho e sua mensagem. Argumentam também que a necessidade de tais
manifestações sobrenaturais cessaram depois de completado o Novo Testamento. Porém, a Bíblia nos fala: “Porque a
promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos, e a todos os que estão longe, a tantos quantos Deus nosso Senhor
chamar”(At. 2.39; Jl 2.17,18; 1 Co 14.1).
2.2. Teoria de que Os dons hoje são habilidades naturais - Isto é, Deus premia algumas pessoas privilegiadas, dando-
lhes dotes especiais. Por exemplo: pessoas com a habilidade fora do comum para lingüística, como Rui Barbosa, têm o
dom de línguas e de interpretação; quem tem mãos habilidosas e grande capacidade como cirurgião, tem o dom de
curar; quem mostra erudição na pregação, tem o dom da profecia; e assim por diante. Entretanto as Escrituras nos
dizem que os dons são outorgados por Deus a todos e não são habilidades naturais (1 Pe 4.10; 1 Co 12.7; Rm 12.3-5;
Ef. 4.11).
2.3. Teoria de que Os dons são inalcançáveis - Os que advogam esta interpretação, dizem que os dons são tão
grandiosos e santos na sua essência, que ninguém está suficientemente preparado para merecê-los; portanto ninguém
os possui. A Bíblia não ensina isso (At. 2.4; 1 Pe 4.10; 1 Cor 12.7; Rm 12.3-5; Ef. 4.11).
VI – QUAIS SÃO AS ADVERTÊNCIAS QUE A BÍBLIA NOS FAZ ACERCA DOS DONS ESPIRITUAIS?
A Bíblia nos faz algumas advertências acerca dos dons espirituais, entre elas estão:
6.1. Conhecer os dons – “Acerca dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes.” (1 Co 12.1).
6.2. Buscar os dons – “Portanto, procurai com zelo os melhores dons; (...)” (1 Co 12.31).
6.3. Zelar pelos dons – “Portanto, procurai com zelo os melhores dons; (...)” (1 Co 12.31).
6.4. Ser abundante nos dons – “(...) procurai abundar neles, para edificação da igreja.” (1 Co 14.12);
6.5. Ter autodisciplina nos dons – “E os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas.” (1 Co 14.32);
6.6. Ter decência e ordem no exercício dos dons – “Mas faça-se tudo decentemente e com ordem”. ( 1 Co 14.40).
6.7. Não desprezar os dons espirituais - “Não extingais o Espírito. Não desprezeis as profecias”. (1 Ts. 5.19,20);
6.8. Não proibir a manifestação dos dons - “ (…) e não proibais falar línguas.” (1 Co 14:39).
CONCLUSÃO
Concluímos que os dons espirituais são de grande relevância tanto na edificação do corpo de Cristo, como no
desenvolvimento do serviço cristão. A igreja que despreza os dons deixa de gozar da mais maravilhosa ferramenta de
trabalho proporcionada por Deus aos seus servos no desenvolvimento de seu reino.
REFERÊNCIAS
FERRAND, Willian. Consolador, Mestre e Guia. Bruxelas.I.C.I.1985.
FRANCISCO. Raimundo F. de Oliveira. Pentecostes Hoje. Rio de Janeiro. CPAD.
GILBERTO, Antônio.Verdades Pentecostais. Rio de Janeiro. 1ª edição. CPAD. 2006.
HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática.Rio de Janeiro. 11ª edição. CPAD. 2008.
RUSSEL, Norman Champlin, Novo Testamento Interpretado, vol. 4, Hagnos, 2002.