Direito Comercial

V
Livrança

Livrança

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Livrança
n conceito inicial
n título à ordem, sujeito a certas formalidades, pelo qual uma
pessoa [subscritor] promete a outra [beneficiário] pagar-lhe
determinada importância em certa data
n não é um título aceitável, por não comportar a figura do
sacado
n por ser à ordem, é transmissível por endosso

Livrança
n intervenientes iniciais [regra]
n subscritor
n o vinculado à promessa

n beneficiário [não coloca a sua assinatura no título]

n o destinatário da promessa

n outros intervenientes [eventuais]

n endossante (art. 15º)
n avalista (art. 32º)

Nota: na livrança não existe o sacador [o que na letra dá a

ordem de pagamento] à a responsabilização recai sobre o
subscritor

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Livrança
n menções do título: requisitos (art. 75º)
n palavra “livrança”
n promessa incondicional de pagamento de quantia
determinada
n época do pagamento
n lugar do pagamento
n nome de quem, ou à ordem de quem, deve ser paga a
livrança [beneficiário]
n data de emissão
n lugar de emissão
n assinatura do emitente da livrança [subscritor]

Livrança
n efeitos da falta de requisitos
n em regra (art. 76º):
n o escrito não produz efeitos como livrança (art. 76º)

n excepções (art. 76º)

n falta da data de pagamento

§ a livrança é pagável à vista

n falta de lugar de pagamento

§ considera-se como tal o lugar onde a livrança foi

passada
§ passa a ser também o domicílio do subscritor
n falta de lugar de emissão

§ considera-se como tal o lugar designado ao lado do

nome do subscritor

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Livrança
n aval
n se o aval não indicar a pessoa por quem é dado, entende-se
ser pelo subscritor (art. 77º)
n mas tem de se exprimir pelas palavras “bom para aval” ou
por qualquer fórmula semelhante (art. 31º)

Títulos de crédito
n aval: jurisprudência relevante
Para accionar o avalista do aceitante (ou, no caso da
livrança, o avalista do subscritor) não é necessário proceder
ao protesto, uma vez que o avalista, embora
subsidiariamente, se vincula da mesma forma que o
aceitante

SJ200411110034532

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Títulos de crédito
n aval: jurisprudência relevante
A simples assinatura aposta no verso da letra ou livrança,
sem qualquer indicação, não tem valor como aval.
Tal "aval" seria nulo por vício de forma, ainda que o
signatário tenha assinado o título em branco, se o portador
do título, para tanto legitimado pelo pacto de preenchimento,
não fez preceder ou seguir aquela assinatura das palavras
«bom para aval» ou fórmula equivalente, transformando o
"aval" incompleto em aval completo que, ao contrário
daquele, pode escrever-se em qualquer lugar do título.

SJ200406290014596

Títulos de crédito
n aval e pacto de preenchimento: jurisprudência relevante
Não indicando um escrito, designado por livrança, a quantia
que se destina a titular, não produz efeitos como livrança,
nem mesmo como livrança à vista, só a partir do respectivo
preenchimento os podendo produzir e só a partir de então
podendo começar a correr o prazo de prescrição.
O Acórdão do S.T.J. uniformizador de Jurisprudência nº
4/2001 não é aplicável ao aval, mas apenas à fiança de
obrigações futuras, determinando ser esta nula quando o
seu objecto for indeterminável.
Não indicando o escrito o montante que se destina a titular,
também só a partir do respectivo preenchimento as pessoas
que o subscreveram intitulando-se avalistas são
efectivamente avalistas, sendo o objecto do aval aquela
quantia determinada agora indicada.
SJ200307010019436
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