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MEMORIAL DESCRITIVO DE SANEAMENTO

1 - MEMORIAL DE CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO


Proprietária: TARSILA DE AGUIAR DO AMARAL
Finalidade: CONSTRUÇÃO DE RESIDÊNCIA UNIFAMILIAR

1.1. Origem e utilização de água potável:


Água fornecida pela Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) e utilizada
no consumo comercial em geral.

2 - MEMORIAL TÉCNICO DE TRATAMENTO DOS ESGOTOS SANITÁRIOS

2.1. Características do terreno:


- Tipo de solo: Solo arenoso com camada superficial de solo orgânico constituindo solo de ótima
permeabilidade.
- Coeficiente de absorção: 90 Litros/m²/dia
- Espessura da camada de aterro: 20 cm acima do perfil natural do terreno
- Nível do lençol freático: Distante mais de 1.50m do fundo do sumidouro
- Descrição dos testes de infiltração, conforme a NBR 7229/82:
▪ Em dois pontos do terreno a ser utilizado para a disposição do efluente da fossa séptica, foram
feitas escavações com dimensões suficientes para permitirem a realização do ensaio. No fundo
de cada uma das escavações abrimos uma cova de seção quadrada de 30 cm de lado e 30 cm
de profundidade.
▪ Raspamos o fundo e os lados das covas com a ponta de uma faca de modo que ficassem bem
ásperos. Retiramos da cova toda a terra solta.
▪ Enchemos o fundo das covas com uma camada de 5 cm de brita nº 1 bem limpa e instalamos
uma régua graduada com 30 cm.
▪ No primeiro dia de ensaio, mantemos as covas cheias de água durante 4 horas.
▪ No dia seguinte, enchemos as covas com água e aguardamos que a mesma se infiltrasse
totalmente.
▪ Enchemos novamente as covas com água até a altura de 15 cm e cronometramos o período de
rebaixamento de 15 cm até 14 cm.

ESTE MATERIAL É DE USO EXCLUSIVAMENTE DIDÁTICO E FAZ PARTE DA MARATONA REVIT, REALIZADA EM MAIO/2021,
PELA EMPRESA CURSOS CONSTRUIR.
▪ Após estes procedimentos obtém-se o coeficiente de infiltração através do gráfico para
determinação, conforme orientação da CETESB e constatamos o coeficiente de 120
litros/m²/dia.

2.2. Descrição e dimensionamento do sistema de tratamento:


- Tipo: Tanque séptico circular de câmara única e 2 sumidouros circulares.
O sistema proposto acima descrito foi em consequência das condições naturais do terreno, ou
seja, terreno com condições de permeabilidade e com nível de lençol freático em condições de
implantação do sistema de infiltração. Serão encaminhados para o tanque séptico todo esgoto
proveniente dos banheiros, cozinhas (efluente de pia passando por caixas de gordura). Nela ficará
retida a parte sólida do esgoto. Suas tampas estarão marcadas com as letras CG. Para infiltração
do efluente, optou-se pelo sumidouro duplo, que se adapta melhor às características do solo, uma
vez que a área do terreno inviabiliza a execução de valas de infiltração. Portanto, antes da
infiltração serão adotados os cuidados de tratamento dos efluentes, diminuindo os riscos de
contaminação das águas subterrâneas e superficiais.
Todo efluente da residência foi dimensionado em 1 sistema composto por um tanque séptico e
dois sumidouros.

- Parâmetros:
- Suíte, 2 dormitórios, banheiro, lavabo, lavanderia, sala estar/jantar/cozinha e garagem.
- Coeficiente de infiltração: 130 L/pessoa/dia (residência padrão médio)
- Profundidade do lençol freático: 1,50m abaixo do sumidouro.
- Fórmula do Tanque Séptico: V = 1000 + N (CT + KLf)
- Fórmula do Sumidouro: AI = V/CI

3 - MEMORIAL DESCRITIVO - SISTEMA DE ESGOTO SANITÁRIO


3.1. Caixa de inspeção: Concreto pré-moldado com cantos arredondados, e concordância com
tampões de fechamento hermético em concreto.

3.2. Caixa de Gordura: Caixa em material concreto, modelada no local..

3.3. Desconectores: Será de caixa de ralo sifonado de PVC rígido.

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3.4. Tubulação: Os ramais secundários e primários serão de PVC nos diâmetros apresentados em
projeto.

3.5. Tanque Séptico retângular de câmara única: Será em alvenaria com tampões de fechamento
hermético, com dimensões conforme detalhes em projeto apresentado e seus respectivos cálculos,
como segue:
V = 1000 + N (CT + KLf), onde:
V= Volume útil, em litros;
N = Número de pessoas ou unidade de contribuição;
C = Contribuição de despejos em litros/pessoa/dia;
T = Tempo de detenção em dias;
K = Taxa de acumulação de lodo digerido;
Lf = Contribuição de lodo fresco litros/pessoa/dia.

Tanque Séptico
V = 1000 + N (CT + KLf)
V = 1000 + 6 ((130 x 1) + (57 x 1))
V = 2.122 L

Dimensões e volume do tanque séptico proposto:


V = (Área da base) x h
V = (150 x 100) x 150
V = 2.250 L

3.6. Sumidouro: Será em alvenaria vazada para melhor drenagem do efluente e terá uma camada de
brita número 3 conforme detalhado em projeto e seguirá os padrões constantes na NBR 7229/93 de
acordo com a presente fórmula:

AI = V/CI,
onde: AI = Área de infiltração;
V = Volume (N.C);
CI = Coeficiente de infiltração do terreno: 130 litros/pessoa/dia,

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Logo:
AI = V/CI = (6x130) / 90
AI = 8,67 m²

AI proposta:
A = (2 x π x r x h) + (π x r²)
A = (2 x π x 0,6 x 1,00) + (π x 0,6²)
A = 13,73 m²/caixa x 2 = 9,80 m²
A = 9,80 m²

4 - MANUAL DE OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DO SISTEMA DE TRATAMENTO


4.1. Identificação:
Os tanques devem conter uma placa de identificação com as seguintes informações gravadas de
forma indelével em lugar visível:
a) Identificação: nome do fabricante ou construtor e data de fabricação;
b) Tanque dimensionado conforme NBR 7229/93;
c) Temperatura de referência: conforme critério de dimensionamento adotado; indicação da faixa de
temperatura ambiente.
d) Condições de utilização: tabela associando números de usuários e intervalos de limpeza
permissíveis.

4.2. Inspeção:
Verificação de estanqueidade dos tanques.
4.2.1. Antes de entrar em funcionamento, o tanque séptico deve ser submetido a ensaio de
estanqueidade, realizado após ele ter sido saturado por, no mínimo, 24 horas.
4.2.2. A estanqueidade é medida pela variação do nível de água, preenchimento até altura da
geratriz inferior do tubo de saída, decorridas l2 horas. Se a variação for superior a 3% da altura
útil, a estanqueidade é suficiente, devendo-se proceder a correção de trincas, fissuras ou
juntas. Após a correção, novo ensaio deve ser realizado.

4.3. Manutenção:
Procedimento de limpeza dos tanques.
4.3.1. O lodo e a escuma acumulados nos tanques devem ser removidas a intervalos
equivalentes ao período de limpeza do projeto, conforme tabela NBR 7229/93.

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4.3.2. O intervalo pode ser encurtado ou alongado quanto aos parâmetros de projeto sempre
que se verifiquem alterações nas vazões efetivas de trabalho com relação as estimadas.
4.3.3. Quando da remoção do lodo digerido, aproximadamente 10% do seu volume devem ser
deixados no interior do tanque.
4.3.4. A remoção periódica de lodo e escuma deve ser feita por profissionais especializados,
que disponham de equipamentos adequados para garantir o não contato direto entre pessoas e
lodo. É obrigatório o uso de botas e luvas de borracha. Em caso de remoção manual, é
obrigatório o uso de adequada máscara de proteção.
4.3.5. No caso de tanques utilizados para hotéis, é obrigatória a remoção por equipamento
mecânico de sucção e caminhão-tanque.
4.3.6. Anteriormente a qualquer operação que venha a ser realizada no interior dos tanques, as
tampas devem ser mantidas abertas por tempo suficiente à remoção de gases tóxicos ou
explosivos (mínimo: 5 min.).

4.4. Acesso à limpeza dos tanques:


4.4.1. Os tampões de fechamento dos tanques devem ser diretamente acessíveis para
manutenção.
4.4.2. O eventual revestimento de piso executado na área dos tanques sépticos não pode
impedir a abertura das tampas. O recobrimento com azulejos, cacos cerâmicos ou outros
materiais de revestimento pode ser executado sobre as tampas, desde que sejam preservadas
as juntas entre estas e o restante do piso.

4.5. Disposição de lodo e escuma:


4.5.1. O lodo e as escumas removidas dos tanques sépticos, em nenhuma hipótese, podem ser
lançados em corpos de água ou galerias de águas pluviais.
4.5.2. O lançamento do lodo digerido, em estações de tratamento de esgotos ou em pontos
determinados da rede coletora de esgoto, é sujeito a aprovação e regulamentação por parte do
órgão responsável pelo esgotamento sanitário na área considerada.
4.5.3. O lodo seco pode ser disposto em aterro sanitário, usina de compostagem ou campo
agrícola, sendo que, neste último, só quando ele não é voltado ao cultivo de hortaliças, frutas
rasteiras e legumes consumidos crus.
4.5.4. Quando a comunidade não dispor de rede coletora de esgoto, os órgãos responsáveis
pelo meio ambiente, saúde e saneamento básico devem ser consultados sobre o que fazer

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para os lodos coletados dos tanques sépticos poderem ser tratados, desidratados e dispostos
sem prejuízo à saúde e ao meio ambiente (NBR 7229/93).

Ubatuba, abril de 2021

Proprietária: Tarsila de Aguiar do Amaral


CPF: 123.456.789-10

Autora Projeto: XXXXX XXXXX XXXXX


ARQUITETA
CAU-SP: 123456-7
RRT PROJETO N° 12345678

Responsável Técnico Execução: XXXXX XXXXX XXXXX


ARQUITETA
CAU-SP: 123456-7
RPMU: 12.34567-8
RRT EXECUÇÃO N° 12345678

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