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@danilogoncalvesgaspar

@trabalhoemdebate

DANILO GASPAR - Juiz do Trabalho do Tribunal Regional


do Trabalho da 05ª Região. Mestre em Direito Privado e
Econômico (UFBA). Membro do Instituto Bahiano de
Direito do Trabalho (IBDT). Professor de Direito e
Processo do Trabalho. Palestrante. Autor de obras
jurídicas.
AS REFORMAS NA LEGISLAÇÃO TRABALIHSTA
BRASILEIRA
Lei n. 13.419/2017 (13/03/2017)

. 13/03/2017 (vigência na data de sua publicação, que ocorreu em 14/03/2017)

. “Altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-


Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, para disciplinar o rateio, entre
empregados, da cobrança adicional sobre as despesas em bares,
restaurantes, hotéis, motéis e estabelecimentos similares.”

. Alterou o art. 457 da CLT, alterando a redação do §3º e incluindo os


parágrafos 4º a 11.
AS REFORMAS NA LEGISLAÇÃO TRABALIHSTA
BRASILEIRA
. Todo o conteúdo, sobre gorjetas, disposto nos parágrafos 4º a 11 (introduzido pela Lei n. 13.419/2017) foi
revogado pela nova redação do art. 457 da CLT, conferida pela Lei n. 13.467/2017, que passu a prever, como nova
redação “NR”, no §4º do art. 457 da CLT, que “Consideram-se prêmios as liberalidades concedidas pelo
empregador em forma de bens, serviços ou valor em dinheiro a empregado ou a grupo de empregados, em razão
de desempenho superior ao ordinariamente esperado no exercício de suas atividades.”

. Esta revogação decorre no disposto no art. 12, III, d, da LC n. 95/98 que prevê que:

“Art. 12. A alteração da lei será feita:

III - nos demais casos, por meio de substituição, no próprio texto, do dispositivo alterado, ou acréscimo de
dispositivo novo, observadas as seguintes regras:

d) é admissível a reordenação interna das unidades em que se desdobra o artigo, identificando-se o artigo assim
modificado por alteração de redação, supressão ou acréscimo com as letras ‘NR’ maiúsculas, entre parênteses,
uma única vez ao seu final, obedecidas, quando for o caso, as prescrições da alínea "c".
AS REFORMAS NA LEGISLAÇÃO TRABALIHSTA
BRASILEIRA
Lei n. 13.429/2017

. 31/03/2017 (vigência na data de sua publicação, que ocorreu em 31/03/2017)

. “Altera dispositivos da Lei n o 6.019, de 3 de janeiro de 1974, que dispõe sobre o trabalho temporário nas
empresas urbanas e dá outras providências; e dispõe sobre as relações de trabalho na empresa de
prestação de serviços a terceiros.”

. Passa a regulamentar a terceirização de serviços, no Brasil.

. Trata da possibilidade de terceirização de atividade-fim apenas e tão somente na hipótese de trabalho


temporário (terceirização de pessoas), nada tratando neste sentido na hipótese de terceirização de serviços.

“Art. 9º, § 3º O contrato de trabalho temporário pode versar sobre o desenvolvimento de atividades-meio e
atividades-fim a serem executadas na empresa tomadora de serviços.” (NR)
AS REFORMAS NA LEGISLAÇÃO TRABALIHSTA
BRASILEIRA
Lei n. 13.467/2017 (Reforma Trabalhista)

. 13/07/2017 (vigência após decorridos cento e vinte dias de sua publicação oficial,
que ocorreu em 14/07/2017 > Entrou em vigor em 11/11/2017)

. “Altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº


5.452, de 1º de maio de 1943, e as Leis n º 6.019, de 3 de janeiro de 1974, 8.036, de
11 de maio de 1990, e 8.212, de 24 de julho de 1991, a fim de adequar a legislação às
novas relações de trabalho.”

. Mudanças no campo do Direito Material do Trabalho e no campo do Direito


Processual do Trabalho
AS REFORMAS NA LEGISLAÇÃO TRABALIHSTA
BRASILEIRA
MP n. 808/2017 (Reforma da Reforma Trabalhista)

. 14/11/2017 (vigência na data de sua publicação oficial, que ocorreu em 14/11/2017 >
3 dias após a data da entrada em vigor da Reforma Trabalhista)

. “Altera a Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei n º


5.452, de 1 º de maio de 1943.”

. Mudanças apenas no campo do Direito Material do Trabalho, em dispositivos que


haviam sido alterados ou inseridos pela Lei n. 13.467/2017.

. No caso das gorjetas, inseriram os §§ 12 a 23 no art. 457 da CLT, trazendo de volta


tudo que havia sido inserido pela Lei n. 13.419/2017.
AS REFORMAS NA LEGISLAÇÃO TRABALIHSTA
BRASILEIRA
. Como não foi votada pelo Congresso Nacional, caducou (perdeu vigência) em 23/04/2018.

. Não foi editado Decreto Legislativo para disciplinar as relações jurídicas decorrentes da MP n. 808/2017.

“Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com
força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional.

§ 3º As medidas provisórias, ressalvado o disposto nos §§ 11 e 12 perderão eficácia, desde a edição, se não forem
convertidas em lei no prazo de sessenta dias, prorrogável, nos termos do § 7º, uma vez por igual período, devendo
o Congresso Nacional disciplinar, por decreto legislativo, as relações jurídicas delas decorrentes.

§ 7º Prorrogar-se-á uma única vez por igual período a vigência de medida provisória que, no prazo de sessenta
dias, contado de sua publicação, não tiver a sua votação encerrada nas duas Casas do Congresso Nacional.

§ 11. Não editado o decreto legislativo a que se refere o § 3º até sessenta dias após a rejeição ou perda de eficácia
de medida provisória, as relações jurídicas constituídas e decorrentes de atos praticados durante sua vigência
conservar-se-ão por ela regidas.
AS REFORMAS NA LEGISLAÇÃO TRABALIHSTA
BRASILEIRA

Lei n. 13.509/2017

. 22/11/2017 (vigência na data de sua publicação oficial, que ocorreu em 23/11/2017 >
12 dias após a data da entrada em vigor da Reforma Trabalhista)

. “Dispõe sobre adoção e altera a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da


Criança e do Adolescente), a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo
Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, e a Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de
2002 (Código Civil).”

. Mudanças quanto aos reflexos da adoção no contrato de trabalho.


AS REFORMAS NA LEGISLAÇÃO TRABALIHSTA
BRASILEIRA
Art. 3º A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de
1943 , passa a vigorar com as seguintes alterações:

“Art. 391-A. .............................................................

Parágrafo único . O disposto no caput deste artigo aplica-se ao empregado adotante ao qual tenha sido
concedida guarda provisória para fins de adoção.” (NR)

“ Art. 392-A . À empregada que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de criança ou
adolescente será concedida licença-maternidade nos termos do art. 392 desta Lei.

.......................................................................” (NR)

“ Art. 396 . Para amamentar seu filho, inclusive se advindo de adoção, até que este complete 6 (seis) meses
de idade, a mulher terá direito, durante a jornada de trabalho, a 2 (dois) descansos especiais de meia hora
cada um.

......................................................................” (NR)
AS REFORMAS NA LEGISLAÇÃO TRABALIHSTA
BRASILEIRA
Lei n. 13.545/2017

. 19/12/2017 (vigência na data de sua publicação oficial, que ocorreu em 20/12/2017)

. Altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de
maio de 1943, para dispor sobre prazos processuais.

“Art. 775-A . Suspende-se o curso do prazo processual nos dias compreendidos entre 20 de
dezembro e 20 de janeiro, inclusive.

§ 1º Ressalvadas as férias individuais e os feriados instituídos por lei, os juízes, os membros do


Ministério Público, da Defensoria Pública e da Advocacia Pública e os auxiliares da Justiça exercerão
suas atribuições durante o período previsto no caput deste artigo.

§ 2º Durante a suspensão do prazo, não se realizarão audiências nem sessões de julgamento.”


AS REFORMAS NA LEGISLAÇÃO TRABALIHSTA
BRASILEIRA
Lei n. 13.660/2018

. 08/05/2018 (vigência na data de sua publicação oficial, que ocorreu em 09/05/2018)

. Altera o § 2º do art. 819 da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, aprovada pelo Decreto-
Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, para dispor sobre o pagamento dos honorários de
intérprete judicial.

“Art. 819. O depoimento das partes e testemunhas que não souberem falar a língua nacional
será feito por meio de intérprete nomeado pelo juiz ou presidente.

(...)

§ 2º As despesas decorrentes do disposto neste artigo correrão por conta da parte


sucumbente, salvo se beneficiária de justiça gratuita.” (NR)
AS REFORMAS NA LEGISLAÇÃO TRABALIHSTA
BRASILEIRA
Lei n. 13.725/2018

. 04/10/2018 (vigência na data de sua publicação oficial, que ocorreu em 05/10/2018)

. Altera a Lei nº 8.906, de 4 de julho de 1994, que “dispõe sobre o Estatuto da Advocacia e a
Ordem dos Advogados do Brasil (OAB)”, e revoga dispositivo da Lei nº 5.584, de 26 de junho de
1970, que “dispõe sobre normas de Direito Processual do Trabalho, altera dispositivos da
Consolidação das Leis do Trabalho, disciplina a concessão e prestação de assistência judiciária
na Justiça do Trabalho, e dá outras providências”.

Art. 3º Revoga-se o art. 16 da Lei nº 5.584, de 26 de junho de 1970.

“Art 16. Os honorários do advogado pagos pelo vencido reverterão em favor do Sindicato
assistente. (Revogado pela Lei nº 13.725, de 2018)”
AS REFORMAS NA LEGISLAÇÃO TRABALIHSTA
BRASILEIRA
Lei n. 13.767/2018

. 18/12/2018 (vigência na data de sua publicação oficial, que ocorreu em 18/10/2018)

. Altera o art. 473 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de
maio de 1943, a fim de permitir a ausência ao serviço para realização de exame preventivo de câncer.

Art. 1º O caput do art. 473 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452,
de 1º de maio de 1943 , passa a vigorar acrescido do seguinte inciso XII:

“Art. 473. .....................................................................................................

.......................................................................................................................

XII - até 3 (três) dias, em cada 12 (doze) meses de trabalho, em caso de realização de exames
preventivos de câncer devidamente comprovada.” (NR)
AS REFORMAS NA LEGISLAÇÃO TRABALIHSTA
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MP n. 873/2019

. 01/03/2019 (vigência na data de sua publicação oficial, que ocorreu em 01/03/2019)

. Altera a Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943,
para dispor sobre a contribuição sindical, e revoga dispositivo da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990.

. Entre outros artigos, alterou o art. 528 da CLT para vedar o desconto em folha da contribuição sindical.

“Art. 582 . A contribuição dos empregados que autorizarem, prévia e expressamente, o recolhimento da
contribuição sindical será feita exclusivamente por meio de boleto bancário ou equivalente eletrônico, que
será encaminhado obrigatoriamente à residência do empregado ou, na hipótese de impossibilidade de
recebimento, à sede da empresa.”

. A MP n. 873/2019 caducou (perdeu vigência) em 28/06/2019, por não ter sido apreciada pelo Congresso
Nacional.
AS REFORMAS NA LEGISLAÇÃO TRABALIHSTA
BRASILEIRA
Lei n. 13.846/2019 (Conversão da MP n. 871 de 18 de Janeiro de 2019)

. 18/06/2019 (vigência na data de sua publicação oficial, que ocorreu em 18/06/2019)

. Institui o Programa Especial para Análise de Benefícios com Indícios de Irregularidade (...) altera as Leis nos 6.015, de 31
de dezembro de 1973, 7.783, de 28 de junho de 1989 (...).

Art. 34. O art. 10 da Lei nº 7.783, de 28 de junho de 1989, passa a vigorar acrescido dos seguintes incisos XII, XIII e XIV:

“Art. 10. ............................................................................................................

XII - atividades médico-periciais relacionadas com o regime geral de previdência social e a assistência social;

XIII - atividades médico-periciais relacionadas com a caracterização do impedimento físico, mental, intelectual ou sensorial
da pessoa com deficiência, por meio da integração de equipes multiprofissionais e interdisciplinares, para fins de
reconhecimento de direitos previstos em lei, em especial na Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015 (Estatuto da Pessoa com
Deficiência); e

XIV - outras prestações médico-periciais da carreira de Perito Médico Federal indispensáveis ao atendimento das
necessidades inadiáveis da comunidade.” (NR)
AS REFORMAS NA LEGISLAÇÃO TRABALIHSTA
BRASILEIRA
Lei n. 13.874/2019 (Conversão da MP n. 881 de 30 de Abril de 2019 – Lei da Liberdade Econômica)

. 20/09/2019 (vigência na data de sua publicação oficial, que ocorreu em 20/09/2019)

. Institui a Declaração de Direitos de Liberdade Econômica (...) altera as Leis (...) e a Consolidação das Leis do
Trabalho.

. Alterou diversos dispositivos da CLT sobre Direito Material do Trabalho, entre os quais podem ser destacados:

> Instituiu a CTPS eletrônica: “Art. 14. A CTPS será emitida pelo Ministério da Economia preferencialmente em
meio eletrônico. (Redação dada pela Lei nº 13.874, de 2019)”.

> Alterou o prazo para anotação da CTPS de 48h para 5 dias úteis: “Art. 29. O empregador terá o prazo de 5
(cinco) dias úteis para anotar na CTPS, em relação aos trabalhadores que admitir, a data de admissão, a
remuneração e as condições especiais, se houver, facultada a adoção de sistema manual, mecânico ou eletrônico,
conforme instruções a serem expedidas pelo Ministério da Economia. (Redação dada pela Lei nº 13.874, de 2019)”.
AS REFORMAS NA LEGISLAÇÃO TRABALIHSTA
BRASILEIRA
> Revogou o inciso II do art. 40 da CLT que dizia que “A CTPS regularmente emitida e anotada servirá de
prova: II - Perante a Previdência Social, para o efeito de declaração de dependentes;”.

> Revogou o art. 53 da CLT que dizia que: “Art. 53 - A emprêsa que receber Carteira de Trabalho e
Previdência Social para anotar e a retiver por mais de 48 (quarenta e oito) horas ficará sujeita à multa de
valor igual à metade do salário-mínimo regional.”

> Revogou o art. 54 da CLT que dizia que: “Art. 54 - A emprêsa que, tendo sido intimada, não comparecer
para anotar a Carteira de Trabalho e Previdência Social de seu empregado, ou cujas alegações para recusa
tenham sido julgadas improcedentes, ficará sujeita à multa de valor igual a 1 (um) salário-mínimo regional.”

> Revogou o art. 54 da CLT que dizia que: “Art. 56 - O sindicato que cobrar remuneração pela entrega de
Carteira de Trabalho e Previdência Social ficará sujeito à multa de valor igual a 3 (três) vêzes o salário-
mínimo regional.”
AS REFORMAS NA LEGISLAÇÃO TRABALIHSTA
BRASILEIRA

> Alterou o número mínimo (de mais de 10 para mais de 20) que obriga os estabelecimentos a
anotarem os horários de entrada e de saída em registro de ponto: “Art. 74, § 2º Para os
estabelecimentos com mais de 20 (vinte) trabalhadores será obrigatória a anotação da hora de
entrada e de saída, em registro manual, mecânico ou eletrônico, conforme instruções expedidas
pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, permitida a pré-
assinalação do período de repouso. (Redação dada pela Lei nº 13.874, de 2019)”.

> Passou a admitir, mediante inclusão do §4º no art. 74 da CLT, o registro de ponto por exceção,
mediante mero acordo individual escrito: “Art. 74, § 4º Fica permitida a utilização de registro de
ponto por exceção à jornada regular de trabalho, mediante acordo individual escrito, convenção
coletiva ou acordo coletivo de trabalho. (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019)”.
AS REFORMAS NA LEGISLAÇÃO TRABALIHSTA
Lei n. 13.877/2019
BRASILEIRA
. 27/09/2019 (vigência na data de sua publicação oficial, que ocorreu em 27/09/2019)

. Altera as Leis nos 9.096, de 19 de setembro de 1995 (...) e a Consolidação das Leis do Trabalho (...).

. Alterou a Lei n. 9.096/95 (que dispõe sobre partidos políticos) para passar a prever que: “Art. 44-A. As atividades de
direção exercidas nos órgãos partidários e em suas fundações e institutos, bem como as de assessoramento e as de apoio
político-partidário, assim definidas em normas internas de organização, não geram vínculo de emprego, não sendo aplicável
o regime jurídico previsto na Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de
1943, quando remuneradas com valor mensal igual ou superior a 2 (duas) vezes o limite máximo do benefício do Regime
Geral de Previdência Social.”

. Alterou a CLT para passar a prever que:

“Art. 7º Os preceitos constantes da presente Consolidação salvo quando fôr em cada caso, expressamente determinado em
contrário, não se aplicam:

f) às atividades de direção e assessoramento nos órgãos, institutos e fundações dos partidos, assim definidas em normas
internas de organização partidária. (Incluído pela Lei nº 13.877, de 2019)”.
AS REFORMAS NA LEGISLAÇÃO TRABALIHSTA
BRASILEIRA
Lei n. 13.903/2019 (Conversão da Medida Provisória n. 866 de 20/12/2018).

. 20/11/2019 (vigência na data de sua publicação oficial, que ocorreu em 20/11/2019 > Já depois da MP n.
905/2019)

. Autoriza a criação da empresa pública NAV Brasil Serviços de Navegação Aérea S.A. (NAV Brasil) e altera
as Leis nos 7.783, de 28 de junho de 1989, e 6.009, de 26 de dezembro de 1973.

. Alterou a Lei de Greve para dar nova redação ao inciso X do art. 10:

“Art. 21. O inciso X do caput do art. 10 da Lei nº 7.783, de 28 de junho de 1989, passa a vigorar com a
seguinte redação:

Art. 10 São considerados serviços ou atividades essenciais:

X - controle de tráfego aéreo e navegação aérea; (Redação dada pela Lei nº 13.903, de 2019)”.
AS REFORMAS NA LEGISLAÇÃO TRABALIHSTA
BRASILEIRA
MP n. 905/2019

. 11/11/2019 (vigência da maioria dos dispositivos na data de sua publicação oficial,


que ocorreu em 12/11/2019)

. Institui o Contrato de Trabalho Verde e Amarelo, altera a legislação trabalhista, e dá


outras providências.

. Altera normas da CLT.

. Revoga uma série de dispositivos de diversas normas infraconstitucionais.


A MP n. 905/2019 e o Contrato de Trabalho Verde e
Amarelo

Redação da MP n. 905/2019 Redação anterior da CLT


Art. 1º Fica instituído o Sem previsão em norma
Contrato de Trabalho Verde e anterior
Amarelo, modalidade de
contratação destinada à
criação de novos postos de
trabalho para as pessoas entre
dezoito e vinte e nove anos de
idade, para fins de registro do
primeiro emprego em Carteira
de Trabalho e Previdência
Social.
A MP n. 905/2019 e o Contrato de Trabalho Verde e
Amarelo
1. O Contrato de Trabalho Verde e Amarelo: instituição e natureza jurídica.

> Contrato de Trabalho de Natureza Especial

Art. 443 da CLT. O contrato individual de trabalho poderá ser acordado tácita ou
expressamente, verbalmente ou por escrito, por prazo determinado ou indeterminado,
ou para prestação de trabalho intermitente.

Lei Complementar n. 150/2015

Lei n. 5.889/73

Lei n. 9.615/98
A MP n. 905/2019 e o Contrato de Trabalho Verde e
Amarelo

2. Finalidade do Contrato de Trabalho Verde e Amarelo.

Art. 1º Fica instituído o Contrato de Trabalho Verde e Amarelo, modalidade de


contratação destinada à criação de novos postos de trabalho para as pessoas
entre dezoito e vinte e nove anos de idade, para fins de registro do primeiro emprego
em Carteira de Trabalho e Previdência Social.
A MP n. 905/2019 e o Contrato de Trabalho Verde e
Amarelo
OBS: Exposição de Motivos da MP

Temos a honra de submeter à consideração de Vossa Excelência a presente minuta de


Medida Provisória, que tem por objetivo estabelecer mecanismos que aumentem a
empregabilidade, melhorem a inserção no mercado de trabalho e a ampliação de
crédito para microempreendedores. (…)
2. A taxa de desemprego no Brasil é de 12%, segundo dados da Pesquisa Nacional
por Amostra de Domicílios (Pnad) realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) e divulgada em setembro de 2019. Isso significa um quantitativo de
12,6 milhões de pessoas desocupadas no País, das quais 5,7 milhões são jovens
entre 18 e 29 anos, em que a taxa de desemprego é de 20,8%.
A MP n. 905/2019 e o Contrato de Trabalho Verde e
Amarelo
3. Outro aspecto preocupante é o aumento do índice de informalidade. Pelos dados do
IBGE, verifica-se que a taxa apresenta tendência de crescimento, de forma que no
trimestre encerrado em agosto de 2019, 41,4% da população ocupada exercia seu
trabalho de maneira informal.
4. Essa proposta de medida provisória pretende reduzir esses números de
desempregados e de informalidade com a criação de mecanismos específicos, como a
instituição do contrato de trabalho Verde e Amarelo e a reestruturação do Programa
Nacional de Microcrédito Produtivo Orientado (PNMPO) e outras que visam a
simplificação e desburocratização normativa, a racionalização de procedimentos e a
promoção de segurança jurídica para favorecer o empreendedorismo e o ambiente de
negócios e, com isso, possibilitar, também, a criação de novos e melhores postos de
trabalho.
A MP n. 905/2019 e o Contrato de Trabalho Verde e
Amarelo

5. O contrato de trabalho Verde e Amarelo tem como objetivo a criação de


oportunidades para a população entre 18 e 29 anos que nunca teve vínculo formal. É,
portanto, uma política focalizada que visa a geração de emprego, ao simplificar a
contratação do trabalhador, reduzir os custos de contratação e dar maior flexibilidade
ao contrato de trabalho”.
A MP n. 905/2019 e o Contrato de Trabalho Verde e
Amarelo
“Maior mudança nas leis trabalhistas desde a criação da CLT (Consolidação das Leis
do Trabalho), em 1943, a reforma trabalhista completa dois anos de vigência nesta
segunda-feira (11/11) sem cumprir sua principal promessa: gerar muitos
empregos. Antes dela, o país tinha 12,7 milhões de desempregados, número que caiu
muito pouco desde então. Fechou setembro deste ano em 12,5 milhões. Foram os
empregados sem carteira assinada e trabalhando por conta própria que puxaram essa
redução, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)”

Fonte: https://economia.uol.com.br/reportagens-especiais/reforma-trabalhista-
completa-dois-anos-/#na-berlinda?cmpid=copiaecola
A MP n. 905/2019 e o Contrato de Trabalho Verde e
Amarelo
> Experiências anteriores

Lei n. 9.601/98: “Art. 1º As convenções e os acordos coletivos de trabalho poderão


instituir contrato de trabalho por prazo determinado, de que trata o art. 443 da
Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, independentemente das condições
estabelecidas em seu § 2º, em qualquer atividade desenvolvida pela empresa ou
estabelecimento, para admissões que representem acréscimo no número de
empregados.”

Lei n. 13.467/2017

É melhor qualquer trabalho a nenhum trabalho?


TODO TRABALHO É DIGNO?
O QUE É TRABALHO?
QUAL TRABALHO VOCÊ SE PERMITE ENXERGAR?
TRABALHO DECENTE E A AGENDA 2030 DA ONU
TRABALHO DECENTE E A AGENDA 2030 DA ONU
A MP n. 905/2019 e o Contrato de Trabalho Verde e
Amarelo
3. Requisitos para celebração do Contrato de Trabalho Verde e Amarelo.

3.1 Limites Etários do Contrato de Trabalho Verde e Amarelo

Art. 1º Fica instituído o Contrato de Trabalho Verde e Amarelo, modalidade de


contratação destinada à criação de novos postos de trabalho para as pessoas entre
dezoito e vinte e nove anos de idade, para fins de registro do primeiro emprego em
Carteira de Trabalho e Previdência Social.

> Lei n. 12.852/2013 (Estatuto da Juventude): “são consideradas jovens as pessoas


com idade entre 15 (quinze) e 29 (vinte e nove) anos de idade.”.
A MP n. 905/2019 e o Contrato de Trabalho Verde e
Amarelo
> Art. 227 da CRFB/88: “É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à
criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde,
à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao
respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo
de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e
opressão.”

§3º “O direito a proteção especial abrangerá os seguintes aspectos:

II - garantia de direitos previdenciários e trabalhistas;”


A MP n. 905/2019 e o Contrato de Trabalho Verde e
Amarelo
3.2. Primeiro Emprego.

Art. 1º Fica instituído o Contrato de Trabalho Verde e Amarelo, modalidade de contratação


destinada à criação de novos postos de trabalho para as pessoas entre dezoito e vinte e nove
anos de idade, para fins de registro do primeiro emprego em Carteira de Trabalho e
Previdência Social.

Parágrafo único. Para fins da caracterização como primeiro emprego, não serão considerados
os seguintes vínculos laborais:
I - menor aprendiz;
II - contrato de experiência;
III - trabalho intermitente; e
IV - trabalho avulso.
A MP n. 905/2019 e o Contrato de Trabalho Verde e
Amarelo

> Para fins de registro do primeiro emprego em Carteira de Trabalho e Previdência


Social x Princípio da Primazia da Realidade Sobre a Forma

> Contrato de Aprendizagem

. Art. 428. Contrato de aprendizagem é o contrato de trabalho especial...”

. E o “maior” aprendiz? – “Art. 428. Contrato de aprendizagem é o contrato de trabalho especial,


ajustado por escrito e por prazo determinado, em que o empregador se compromete a assegurar
ao maior de 14 (quatorze) e menor de 24 (vinte e quatro) anos inscrito...”
A MP n. 905/2019 e o Contrato de Trabalho Verde e
Amarelo
> Contrato de Experiência

. Art. 443. O contrato individual de trabalho poderá ser acordado tácita ou expressamente,
verbalmente ou por escrito, por prazo determinado ou indeterminado, ou para prestação de
trabalho intermitente.

§ 2º - O contrato por prazo determinado só será válido em se tratando:

c) de contrato de experiência.

> Contrato de Trabalho Intermitente

. Art. 443, §3º: “Considera-se como intermitente o contrato de trabalho no qual a prestação de
serviços, com subordinação, não é contínua, ocorrendo com alternância de períodos de
prestação de serviços e de inatividade”
A MP n. 905/2019 e o Contrato de Trabalho Verde e
Amarelo
> Trabalhador Avulso

Art. 7º, XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente
e o trabalhador avulso

Se justificam, juridicamente, as exceções contempladas nos


incisos I a IV do parágrafo único do art. 1º da MP n. 905/2019???

Há desvio de finalidade?

Primeiro emprego pode ser segundo emprego?


A MP n. 905/2019 e o Contrato de Trabalho Verde e
Amarelo
Redação da MP n. 905/2019 Redação anterior da CLT
Art. 2º A contratação de Sem previsão em norma
trabalhadores na modalidade anterior
Contrato de Trabalho Verde e
Amarelo será realizada
exclusivamente para novos
postos de trabalho e terá como
referência a média do total de
empregados registrados na
folha de pagamentos entre 1º
de janeiro e 31 de outubro de
2019.
A MP n. 905/2019 e o Contrato de Trabalho Verde e
Amarelo
3.3. Novos postos de trabalho.

Art. 2º A contratação de trabalhadores na modalidade Contrato de Trabalho Verde e


Amarelo será realizada exclusivamente para novos postos de trabalho e terá
como referência a média do total de empregados registrados na folha de
pagamentos entre 1º de janeiro e 31 de outubro de 2019.

“novos postos de trabalho” (art. 2º da MP n. 905/2019) > “para admissões que


representem acréscimo no número de empregados” (art. 1º, parte final, da Lei n.
9.601/98”
A MP n. 905/2019 e o Contrato de Trabalho Verde e
Amarelo

> art. 1º, parte final, da Lei n. 9.601/98: “As convenções e os acordos coletivos de
trabalho poderão instituir contrato de trabalho por prazo determinado, de que trata o
art. 443 da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, independentemente das
condições estabelecidas em seu § 2º, em qualquer atividade desenvolvida pela
empresa ou estabelecimento, para admissões que representem acréscimo no
número de empregados.”.

> Novos postos de trabalho tendo como “referência a média do total de empregados
registrados na folha de pagamentos entre 1º de janeiro e 31 de outubro de 2019”.
A MP n. 905/2019 e o Contrato de Trabalho Verde e
Amarelo

> art. 1º, parte final, da Lei n. 9.601/98: “As convenções e os acordos coletivos de
trabalho poderão instituir contrato de trabalho por prazo determinado, de que trata o
art. 443 da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, independentemente das
condições estabelecidas em seu § 2º, em qualquer atividade desenvolvida pela
empresa ou estabelecimento, para admissões que representem acréscimo no
número de empregados.”.

> Novos postos de trabalho tendo como “referência a média do total de empregados
registrados na folha de pagamentos entre 1º de janeiro e 31 de outubro de 2019”.
A MP n. 905/2019 e o Contrato de Trabalho Verde e
Amarelo

> A exceção trazida pelo §5º do art. 2º: “Fica assegurado às empresas que, em outubro
de 2019, apurarem quantitativo de empregados inferior em, no mínimo, trinta por cento
em relação ao total de empregados registrados em outubro de 2018, o direito de
contratar na modalidade Contrato de Trabalho Verde e Amarelo, observado o limite
previsto no § 1º e independentemente do disposto no caput.”
A MP n. 905/2019 e o Contrato de Trabalho Verde e
Amarelo
3.4. Limitação a 20% do total de empregados da empresa.

Art. 2º § 1º A contratação total de trabalhadores na modalidade Contrato de Trabalho


Verde e Amarelo fica limitada a vinte por cento do total de empregados da empresa,
levando-se em consideração a folha de pagamentos do mês corrente de apuração.

> Regra semelhante àquela trazida pelo art. 3º da Lei n. 9.601/98


Art. 3º O número de empregados contratados nos termos do art. 1º desta Lei observará o limite estabelecido no instrumento decorrente da
negociação coletiva, não podendo ultrapassar os seguintes percentuais, que serão aplicados cumulativamente:

I - cinqüenta por cento do número de trabalhadores, para a parcela inferior a cinqüenta empregados;

II - trinta e cinco por cento do número de trabalhadores, para a parcela entre cinqüenta e cento e noventa e nove empregados; e

III - vinte por cento do número de trabalhadores, para a parcela acima de duzentos empregados.
A MP n. 905/2019 e o Contrato de Trabalho Verde e
Amarelo
3.4.1 E se o limite de 20% for ultrapassado?
- Apenas os contratos excedentes são nulos?

- Todos os contratos de trabalho verde e amarelo são nulos?

Art. 16, § 2º: Havendo infração aos limites estabelecidos no art. 2º, o contrato de
trabalho na modalidade Contrato de Trabalho Verde e Amarelo será transformado
automaticamente em contrato de trabalho por prazo indeterminado.

> Limite de 20% precisa ser interpretado à luz do caput do art. 2º?
A MP n. 905/2019 e o Contrato de Trabalho Verde e
Amarelo
3.4.2 Limite de 20% e Empresas com até 10 empregados

Art. 2º

§ 2º As empresas com até dez empregados, inclusive aquelas constituídas após 1º de


janeiro de 2020, ficam autorizadas a contratar dois empregados na modalidade
Contrato de Trabalho Verde e Amarelo e, na hipótese de o quantitativo de dez
empregados ser superado, será aplicado o disposto no § 1º.

> Quebra de isonomia?


A MP n. 905/2019 e o Contrato de Trabalho Verde e
Amarelo
3.4.3 Fração igual ou superior a cinco décimos

Art. 2º

§ 3º Para verificação do quantitativo máximo de contratações de que trata o § 1º,


deverá ser computado como unidade a fração igual ou superior a cinco décimos
e desprezada a fração inferior a esse valor.

> Empresa com 37 (trinta e sete) funcionários poderá contratar até 7 (sete) empregados por meio do contrato de trabalho
verde e amarelo, já que 20% de 37 é igual a 7.4, razão pela qual despreza-se a fração inferior a cinco décimos.

> Empresa com 33 (trinta e três) funcionários também poderá contratar até 7 (sete) empregados por meio do contrato de
trabalho verde e amarelo, já que 20% de 33 é igual a 6.6, razão pela qual deve ser computado como unidade (mais um
empregado) a fração igual a cinco décimos.
A MP n. 905/2019 e o Contrato de Trabalho Verde e
Amarelo

3.4.4 A quarentena

Art. 2º

§ 4º O trabalhador contratado por outras formas de contrato de trabalho, uma vez


dispensado, não poderá ser recontratado pelo mesmo empregador, na modalidade
Contrato de Trabalho Verde e Amarelo, pelo prazo de cento e oitenta dias, contado da
data de dispensa, ressalvado o disposto no parágrafo único do art. 1º.
A MP n. 905/2019 e o Contrato de Trabalho Verde e
Amarelo
3.5. Salário-base mensal de até um salário-mínimo e meio nacional

Art. 3º Poderão ser contratados na modalidade Contrato de Trabalho Verde e Amarelo,


os trabalhadores com salário-base mensal de até um salário-mínimo e meio
nacional.

> Art. 7º, IV - salário mínimo , fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades
vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene,
transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo
vedada sua vinculação para qualquer fim.

> Súmula Vinculante n. 4 do STF: “Salvo nos casos previstos na Constituição, o salário mínimo não pode ser
usado como indexador de base de cálculo de vantagem de servidor público ou de empregado, nem ser
substituído por decisão judicial.”
A MP n. 905/2019 e o Contrato de Trabalho Verde e
Amarelo
3.5.1 A possibilidade de aumento do salário para além do limite de 1,5

Art. 3º (...)

Parágrafo único. É garantida a manutenção do contrato na modalidade Contrato de


Trabalho Verde e Amarelo quando houver aumento salarial, após doze meses de
contratação, limitada a isenção das parcelas especificadas no art. 9º ao teto fixado no
caput deste artigo.

> E se a MP contemplasse regra de descaracterização do contrato de trabalho


verde e amarelo na hipótese de aumento de salário para além do limite de 1,5
salários mínimos?
A MP n. 905/2019 e o Contrato de Trabalho Verde e
Amarelo
4. Manutenção dos direitos dos empregados.

4.1 Direitos constitucionais

Art. 4º Os direitos previstos na Constituição são garantidos aos trabalhadores


contratados na modalidade Contrato de Trabalho Verde e Amarelo.

> Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem
à melhoria de sua condição social:

> A aplicação das normas constitucionais ao contrato de trabalho verde e


amarelo depende de compatibilidade com as normas da MP?
A MP n. 905/2019 e o Contrato de Trabalho Verde e
Amarelo
4.2 Direitos infraconstitucionais

Parágrafo único. Os trabalhadores a que se refere o caput gozarão dos direitos


previstos no Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943 - Consolidação das Leis
do Trabalho, e nas convenções e nos acordos coletivos da categoria a que pertença
naquilo que não for contrário ao disposto nesta Medida Provisória.

> A aplicação das normas infraconstitucionais ao contrato de trabalho verde e


amarelo depende de compatibilidade com as normas da MP?
A MP n. 905/2019 e o Contrato de Trabalho Verde e
Amarelo
4.3 Direitos normativos

Parágrafo único. Os trabalhadores a que se refere o caput gozarão dos direitos


previstos no Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943 - Consolidação das Leis do
Trabalho, e nas convenções e nos acordos coletivos da categoria a que pertença
naquilo que não for contrário ao disposto nesta Medida Provisória.

> Art. 7º, XXVI - reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho;

> Arts. 8º, §3º; 611-A e 611-B, todos da CLT

> E se a previsão normativa for mais favorável à previsão da MP?


A MP n. 905/2019 e o Contrato de Trabalho Verde e
Amarelo
5. Prazo de contratação.

Art. 5º O Contrato de Trabalho Verde e Amarelo será celebrado por prazo determinado,
por até vinte e quatro meses, a critério do empregador.

6. Objeto do contrato.

Art. 5º, §1º O Contrato de Trabalho Verde e Amarelo poderá ser utilizado para qualquer
tipo de atividade, transitória ou permanente, e para substituição transitória de pessoal
permanente.
A MP n. 905/2019 e o Contrato de Trabalho Verde e
Amarelo

7. Prorrogação do contrato.

Art. 5º, § 2º O disposto no art. 451 da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada
pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1943, não se aplica ao Contrato de Trabalho Verde e
Amarelo.

> Art. 451 - O contrato de trabalho por prazo determinado que, tácita ou
expressamente, for prorrogado mais de uma vez passará a vigorar sem determinação
de prazo.
A MP n. 905/2019 e o Contrato de Trabalho Verde e
Amarelo
7. Conversão em contrato por tempo indeterminado.

Art. 5º, § 3º O Contrato de Trabalho Verde e Amarelo será convertido


automaticamente em contrato por prazo indeterminado quando ultrapassado o
prazo estipulado no caput, passando a incidir as regras do contrato por prazo
indeterminado previsto no Decreto-Lei nº 5.452, de 1943 - Consolidação das Leis do
Trabalho, a partir da data da conversão, e ficando afastadas as disposições previstas
nesta Medida Provisória.

transformar um contrato de trabalho verde e amarelo por tempo determinado em um


contrato verde e amarelo por tempo indeterminado ou;
transformar um contrato de trabalho verde e amarelo (sujeito às regras da MP n.
905/2019) em um contrato de trabalho padrão (sujeito às regras da CLT)?
A MP n. 905/2019 e o Contrato de Trabalho Verde e
Amarelo

> “A partir da data da conversão”

> Alcance da idade máxima e conversão automática?

Art. 433. O contrato de aprendizagem extinguir-se-á no seu termo ou quando o


aprendiz completar 24 (vinte e quatro) anos, ressalvada a hipótese prevista no §
5o do art. 428 desta Consolidação (...)
A MP n. 905/2019 e o Contrato de Trabalho Verde e
Amarelo
8. Pagamentos antecipados ao empregado.

8.1 Remuneração, 13º salário proporcional e férias proporcionais + 1/3

Art. 6º Ao final de cada mês, ou de outro período de trabalho, caso acordado entre as
partes, desde que inferior a um mês, o empregado receberá o pagamento imediato das
seguintes parcelas:

I - remuneração;

II - décimo terceiro salário proporcional; e

III - férias proporcionais com acréscimo de um terço.


A MP n. 905/2019 e o Contrato de Trabalho Verde e
Amarelo
> A natureza pós-retributiva da remuneração e o art. 459, parágrafo único, da CLT

Art. 459 - O pagamento do salário, qualquer que seja a modalidade do trabalho, não
deve ser estipulado por período superior a 1 (um) mês, salvo no que concerne a
comissões, percentagens e gratificações.

§ 1º Quando o pagamento houver sido estipulado por mês, deverá ser efetuado, o
mais tardar, até o quinto dia útil do mês subsequente ao vencido.

> É possível pagar o salário com base neste prazo no caso dos contratos de
trabalho verde e amarelo?
A MP n. 905/2019 e o Contrato de Trabalho Verde e
Amarelo
> O esvaziamento do conteúdo das férias proporcionais + 1/3 e do 13º salário
proporcional

Art. 452-A, § 6o Ao final de cada período de prestação de serviço, o empregado


receberá o pagamento imediato das seguintes parcelas:

I – remuneração;

II - férias proporcionais com acréscimo de um terço;

III - décimo terceiro salário proporcional;

IV - repouso semanal remunerado; e

V - adicionais legais.
A MP n. 905/2019 e o Contrato de Trabalho Verde e
Amarelo
8.1 Indenização de 40% sobre o saldo do FGTS

§ 1º A indenização sobre o saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS,


prevista no art. 18 da Lei nº 8.036, de 11 de maio de 1990, poderá ser paga, por
acordo entre empregado e empregador, de forma antecipada, mensalmente, ou em
outro período de trabalho acordado entre as partes, desde que inferior a um mês,
juntamente com as parcelas a que se refere o caput.

§ 2º A indenização de que trata o §1º será paga sempre por metade, sendo o seu
pagamento irrevogável, independentemente do motivo de demissão do empregado,
mesmo que por justa causa, nos termos do disposto no art. 482 da Consolidação das
Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1943.
A MP n. 905/2019 e o Contrato de Trabalho Verde e
Amarelo
8.1.1 A (in)constitucionalidade da redução pela metade da indenização de 40%
sobre o saldo do FGTS

a) A origem do FGTS e da indenização de 40%

. Lei n. 5.107/66

Art. 1º Para garantia do tempo de serviço ficam mantidos os Capítulos V e VII do


Título IV da Consolidação das Leis do Trabalho, assegurado, porém, aos empregados
o direito de optarem pelo regime instituído na presente Lei.
A MP n. 905/2019 e o Contrato de Trabalho Verde e
Amarelo
Art. 2º Para os fins previstos nesta Lei, tôdas as emprêsas sujeitas à Consolidação das
Leis do Trabalho (CLT) ficam obrigadas a depositar, até o dia 20 (vinte) de cada mês,
em conta bancária vinculada, importância correspondente a 8% (oito por cento) da
remuneração paga no mês anterior a cada empregado, optante ou não, excluídas
as parcelas não mencionadas nos arts. 457 e 458 da CLT.

Art. 6º Ocorrendo rescisão do contrato de trabalho, por parte da emprêsa, sem justa
causa, ficará esta obrigada a depositar, na data da dispensa, a favor do
empregado, importância igual a 10% (dez por cento) dos valôres do depósito, da
correção monetária e dos juros capitalizados na sua cota vinculada, correspondentes
ao período em que o empregado trabalhou na emprêsa.
A MP n. 905/2019 e o Contrato de Trabalho Verde e
Amarelo
b) A universalização do FGTS e da indenização de 40%

. CRFB/88

Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua
condição social:

I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei
complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos;

III - fundo de garantia do tempo de serviço;

Art. 10 do ADCT. Até que seja promulgada a lei complementar a que se refere o art. 7º, I, da Constituição:

I - fica limitada a proteção nele referida ao aumento, para quatro vezes, da porcentagem prevista no art.
6º, "caput" e § 1º, da Lei nº 5.107, de 13 de setembro de 1966 ;
A MP n. 905/2019 e o Contrato de Trabalho Verde e
Amarelo
c) A regulamentação do FGTS pela Lei n. 8.036/90

Art. 15. Para os fins previstos nesta lei, todos os empregadores ficam obrigados a depositar, até o dia 7
(sete) de cada mês, em conta bancária vinculada, a importância correspondente a 8 (oito) por cento da
remuneração paga ou devida, no mês anterior, a cada trabalhador, incluídas na remuneração as parcelas de
que tratam os arts. 457 e 458 da CLT e a gratificação de Natal a que se refere a Lei nº 4.090, de 13 de julho
de 1962, com as modificações da Lei nº 4.749, de 12 de agosto de 1965.

Art. 18. Ocorrendo rescisão do contrato de trabalho, por parte do empregador, ficará este obrigado a
depositar na conta vinculada do trabalhador no FGTS os valores relativos aos depósitos referentes ao mês
da rescisão e ao imediatamente anterior, que ainda não houver sido recolhido, sem prejuízo das cominações
legais.

§ 1º Na hipótese de despedida pelo empregador sem justa causa, depositará este, na conta vinculada do
trabalhador no FGTS, importância igual a quarenta por cento do montante de todos os depósitos
realizados na conta vinculada durante a vigência do contrato de trabalho, atualizados monetariamente e
acrescidos dos respectivos juros.
A MP n. 905/2019 e o Contrato de Trabalho Verde e
Amarelo

Constitucionalidade do dispositivo?

Inconstitucionalidade do dispositivo?

Possível falar em uma espécie de “compensação por risco”?


A MP n. 905/2019 e o Contrato de Trabalho Verde e
Amarelo
9. O Depósito Mensal do FGTS no Contrato de Trabalho Verde e Amarelo.

Art. 7º No Contrato de Trabalho Verde e Amarelo, a alíquota mensal relativa à


contribuição devida para o FGTS de que trata o art. 15 da Lei nº 8.036, de 1990, será
de dois por cento, independentemente do valor da remuneração.

> A regra transitória da Lei n. 9.601/98

Art. 2o Para os contratos previstos no art. 1o, são reduzidas, por sessenta meses, a
contar da data de publicação desta Lei:

II - para dois por cento, a alíquota da contribuição para o Fundo de Garantia do Tempo
de Serviço - FGTS, de que trata a Lei nº 8.036, de 11 de maio de 1990.
A MP n. 905/2019 e o Contrato de Trabalho Verde e
Amarelo
> A regra relativa ao contrato de aprendizagem

Art. 15, § 7º, da Lei n. 8.036/90: Os contratos de aprendizagem terão a alíquota a que
se refere o caput deste artigo reduzida para dois por cento.

9.1 A (in)constitucionalidade da redução para 2% dos depósitos de FGTS

Art. 7º,

III - fundo de garantia do tempo de serviço;

> A CRFB/88 não fixa o percentual do FGTS, apenas garantindo o direito.


A MP n. 905/2019 e o Contrato de Trabalho Verde e
Amarelo

10 A jornada de trabalho no contrato de trabalho verde e amarelo.

10.1 Prorrogação do horário de trabalho.

Art. 8º A duração da jornada diária de trabalho no âmbito do Contrato de Trabalho


Verde e Amarelo poderá ser acrescida de horas extras, em número não excedente de
duas, desde que estabelecido por acordo individual, convenção coletiva ou acordo
coletivo de trabalho.

§ 1º A remuneração da hora extra será, no mínimo, cinquenta por cento superior à


remuneração da hora normal.
A MP n. 905/2019 e o Contrato de Trabalho Verde e
Amarelo
> Seguiu a mesma lógica da CRFB/88 e da CLT:

Art. 7º da CRFB/88

XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a
compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho;

XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinqüenta por cento à do normal;

Art. 59 da CLT: A duração diária do trabalho poderá ser acrescida de horas extras, em número não
excedente de duas, por acordo individual, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho.

§ 1o A remuneração da hora extra será, pelo menos, 50% (cinquenta por cento) superior à da hora normal.
A MP n. 905/2019 e o Contrato de Trabalho Verde e
Amarelo
10.2 Compensação de Horário

10.2.1 Compensação Mensal

Art. 8º (...)

§ 2º É permitida a adoção de regime de compensação de jornada por meio de acordo individual,


tácito ou escrito, para a compensação no mesmo mês.

> Há regra idêntica na CLT

Art. 59

§ 6o É lícito o regime de compensação de jornada estabelecido por acordo individual, tácito ou


escrito, para a compensação no mesmo mês.
A MP n. 905/2019 e o Contrato de Trabalho Verde e
Amarelo
10.2.2 Banco de Horas Semestral

Art. 8º (...)

§ 3º O banco de horas poderá ser pactuado por acordo individual escrito, desde que a
compensação ocorra no período máximo de seis meses.

> Há regra idêntica na CLT

Art. 59

§ 5º O banco de horas de que trata o § 2o deste artigo poderá ser pactuado por acordo
individual escrito, desde que a compensação ocorra no período máximo de seis meses.
A MP n. 905/2019 e o Contrato de Trabalho Verde e
Amarelo
10.2.3 Banco de Horas Anual

> Omissão da MP n. 905/2019

> Há regra expressa na CLT

Art. 59

§ 2o Poderá ser dispensado o acréscimo de salário se, por força de acordo ou convenção
coletiva de trabalho, o excesso de horas em um dia for compensado pela correspondente
diminuição em outro dia, de maneira que não exceda, no período máximo de um ano, à soma
das jornadas semanais de trabalho previstas, nem seja ultrapassado o limite máximo de dez
horas diárias.
A MP n. 905/2019 e o Contrato de Trabalho Verde e
Amarelo
10.2.4 Compensação 12x36

> Omissão da MP n. 905/2019

> Há regra expressa na CLT

Art. 59-A. Em exceção ao disposto no art. 59 desta Consolidação, é facultado às partes, mediante acordo
individual escrito, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho, estabelecer horário de trabalho de doze
horas seguidas por trinta e seis horas ininterruptas de descanso, observados ou indenizados os intervalos
para repouso e alimentação.

Parágrafo único. A remuneração mensal pactuada pelo horário previsto no caput deste artigo abrange os
pagamentos devidos pelo descanso semanal remunerado e pelo descanso em feriados, e serão
considerados compensados os feriados e as prorrogações de trabalho noturno, quando houver, de que
tratam o art. 70 e o § 5º do art. 73 desta Consolidação.
A MP n. 905/2019 e o Contrato de Trabalho Verde e
Amarelo
10.2.5 Efeitos decorrentes da Irregularidade do Acordo de Compensação e da Prestação Habitual de Horas
Extras

> Omissão da MP n. 905/2019

> Há regra expressa na CLT

Art. 59-B. O não atendimento das exigências legais para compensação de jornada, inclusive quando
estabelecida mediante acordo tácito, não implica a repetição do pagamento das horas excedentes à jornada
normal diária se não ultrapassada a duração máxima semanal, sendo devido apenas o respectivo adicional.

Parágrafo único. A prestação de horas extras habituais não descaracteriza o acordo de compensação de
jornada e o banco de horas.
A MP n. 905/2019 e o Contrato de Trabalho Verde e
Amarelo
10.2.6 (In)aplicabilidade dos dispositivos celetistas não previstos na MP n. 905/2019

> Impossibilidade: dispositivos restritivos de direitos.

> Possibilidade: autorização, na própria MP n. 905/2019, de aplicação da CLT.

Art. 4º Os direitos previstos na Constituição são garantidos aos trabalhadores contratados na


modalidade Contrato de Trabalho Verde e Amarelo.

Parágrafo único. Os trabalhadores a que se refere o caput gozarão dos direitos previstos no
Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943 - Consolidação das Leis do Trabalho, e nas
convenções e nos acordos coletivos da categoria a que pertença naquilo que não for contrário
ao disposto nesta Medida Provisória.
A MP n. 905/2019 e o Contrato de Trabalho Verde e
Amarelo
11. A desoneração do empregador.
> Produção de Efeitos: art. 53, §1º, I, da MP n. 905/2019, quanto ao disposto no art. 9º, a MP produzirá
efeitos “(…) somente quando atestado, por ato do Ministro de Estado da Economia, a compatibilidade com
as metas de resultados fiscais previstas no anexo próprio da Lei de Diretrizes Orçamentárias e o
atendimento ao disposto na Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, e aos dispositivos da Lei de
Diretrizes Orçamentárias relacionados com a matéria.”.

> Paradoxo com a EC n. 103/2019 (Reforma Previdenciária)

Art. 9º Ficam as empresas isentas das seguintes parcelas incidentes sobre a folha de pagamentos dos
contratados na modalidade Contrato de Trabalho Verde e Amarelo:

I - contribuição previdenciária prevista no inciso I do caput do art. 22 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991;

II - salário-educação previsto no inciso I do caput do art. 3º do Decreto nº 87.043, de 22 de março de 1982; e


A MP n. 905/2019 e o Contrato de Trabalho Verde e
Amarelo
III - contribuição social destinada ao:

a) Serviço Social da Indústria - Sesi, de que trata o art. 3º do Decreto-Lei nº 9.403, de 25 de junho de 1946;

b) Serviço Social do Comércio - Sesc, de que trata o art. 3º do Decreto-Lei nº 9.853, de 13 de setembro de
1946;

c) Serviço Social do Transporte - Sest, de que trata o art. 7º da Lei nº 8.706, de 14 de setembro de 1993;

d) Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - Senai, de que trata o art. 4º do Decreto-Lei nº 4.048, de 22
de janeiro de 1942;

e) Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial - Senac, de que trata o art. 4º do Decreto-Lei nº 8.621, de
10 de janeiro de 1946;

f) Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte - Senat, de que trata o art. 7º da Lei nº 8.706, de 1993;
A MP n. 905/2019 e o Contrato de Trabalho Verde e
Amarelo

g) Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas - Sebrae, de que trata o § 3º do art. 8º da Lei
nº 8.029, de 12 de abril de 1990;

h) Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - Incra, de que trata o art. 1º do Decreto-Lei nº 1.146,
de 31 de dezembro de 1970;

i) Serviço Nacional de Aprendizagem Rural - Senar, de que trata o art. 3º da Lei nº 8.315, de 23 de dezembro
de 1991; e

j) Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo - Sescoop, de que trata o art. 10 da Medida


Provisória nº 2.168-40, de 24 de agosto de 2001.
A MP n. 905/2019 e o Contrato de Trabalho Verde e
Amarelo
11. A cessação do contrato de trabalho verde e amarelo.
Art. 10. Na hipótese de extinção do Contrato de Trabalho Verde e Amarelo, serão devidos os seguintes
haveres rescisórios, calculados com base na média mensal dos valores recebidos pelo empregado no curso
do respectivo contrato de trabalho:

I - a indenização sobre o saldo do FGTS, prevista no § 1º do art. 18 da Lei nº 8.036, de 1990, caso não
tenha sido acordada a sua antecipação, nos termos do disposto nos § 1º e § 2ºdo art. 6º; e

II - as demais verbas trabalhistas que lhe forem devidas.

Art. 11. Não se aplica ao Contrato de Trabalho Verde e Amarelo a indenização prevista no art. 479 da
Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1943, hipótese em que se
aplica a cláusula assecuratória do direito recíproco de rescisão prevista no art. 481 da referida
Consolidação.
A MP n. 905/2019 e o Contrato de Trabalho Verde e
Amarelo
Art. 12. Os contratados na modalidade de Contrato de Trabalho Verde e Amarelo
poderão ingressar no Programa Seguro-Desemprego, desde que preenchidos os
requisitos legais e respeitadas as condicionantes previstas no art. 3º da Lei nº 7.998,
de 11 de janeiro de 1990.

> Art. 479 da CLT - Nos contratos que tenham termo estipulado, o empregador que,
sem justa causa, despedir o empregado será obrigado a pagar-lhe, a titulo de
indenização, e por metade, a remuneração a que teria direito até o termo do contrato

> Art. 481 da CLT - Aos contratos por prazo determinado, que contiverem cláusula
asseguratória do direito recíproco de rescisão antes de expirado o termo ajustado,
aplicam-se, caso seja exercido tal direito por qualquer das partes, os princípios que
regem a rescisão dos contratos por prazo indeterminado.
A MP n. 905/2019 e o Contrato de Trabalho Verde e
Amarelo
11.1 Verbas decorrentes da dispensa sem justa causa (e antecipada) do
trabalhador contratado por meio do contrato de trabalho verde e amarelo

saldo de salário, se houver;


aviso prévio proporcional ao tempo de serviço;
13º salário proporcional;
férias proporcionais acrescidas de 1/3;
indenização de 40% do FGTS (conforme, inclusive, previsão expressa no inciso I do
art. 10 da MP), caso não tenha sido acordada a sua antecipação, nos termos do
disposto nos § 1º e § 2º do art. 6 da MP n. 905/2019, hipótese na qual a indenização do
FGTS será de 20%;
saque do FGTS (art. 20, I, da Lei n. 8.036/90);
habilitação no programa seguro-desemprego (conforme previsão expressa, inclusive,
no art. 12 da MP).
A MP n. 905/2019 e o Contrato de Trabalho Verde e
Amarelo
11.2 Verbas decorrentes do pedido de demissão (antecipado) do trabalhador contratado
por meio do contrato de trabalho verde e amarelo

- A despeito dos arts. 10 a 12 da MP n. 905/2019 contemplarem regra geral (“extinção do


contrato”), necessário dialogar, neste particular, com a CLT:

saldo de salário, se houver;


O trabalhador terá que cumprir o aviso prévio, sob pena de desconto (art. 487, §2º, da CLT);
13º salário proporcional;
férias proporcionais acrescidas de 1/3;
indenização de 20% do FGTS caso tenha sido acordada a sua antecipação, nos termos do
disposto nos § 1º e § 2º do art. 6 da MP n. 905/2019, hipótese na qual a indenização do FGTS
de 20% será devida mesmo em caso de pedido de demissão, já que seu pagamento é
irrevogável.
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Amarelo
11.3 Verbas decorrentes da dispensa por justa causa (art. 482 da CLT) do
trabalhador contratado por meio do contrato de trabalho verde e amarelo

- A despeito dos arts. 10 a 12 da MP n. 905/2019 contemplarem regra geral (“extinção


do contrato”), necessário dialogar, neste particular, com a CLT:

saldo de salário, se houver;


férias vencidas acrescidas de 1/3, se houver;
indenização de 20% do FGTS caso tenha sido acordada a sua antecipação, nos
termos do disposto nos § 1º e § 2º do art. 6 da MP n. 905/2019, hipótese na qual a
indenização do FGTS de 20% será devida mesmo em caso de dispensa por justa
causa, já que seu pagamento é irrevogável.
A MP n. 905/2019 e o Contrato de Trabalho Verde e
Amarelo
11.4 Verbas decorrentes da rescisão indireta (art. 483 da CLT) do trabalhador contratado por meio do
contrato de trabalho verde e amarelo

- A despeito dos arts. 10 a 12 da MP n. 905/2019 contemplarem regra geral (“extinção do contrato”),


necessário dialogar, neste particular, com a CLT:

saldo de salário, se houver;


aviso prévio proporcional ao tempo de serviço (art. 487, §4º, da CLT);
13º salário proporcional;
férias proporcionais acrescidas de 1/3;
indenização de 40% do FGTS (art. 18, §1º, da Lei n. 8.036/90), caso não tenha sido acordada a sua
antecipação, nos termos do disposto nos § 1º e § 2º do art. 6 da MP n. 905/2019, hipótese na qual a
indenização do FGTS será de 20%;
saque do FGTS (art. 20, I, da Lei n. 8.036/90);
habilitação no programa seguro-desemprego (conforme previsão expressa, inclusive, no art. 12 da MP).
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Amarelo
11.5 Verbas decorrentes da rescisão por culpa recíproca (art. 484 da CLT) do trabalhador contratado
por meio do contrato de trabalho verde e amarelo

- A despeito dos arts. 10 a 12 da MP n. 905/2019 contemplarem regra geral (“extinção do contrato”),


necessário dialogar, neste particular, com a CLT:

saldo de salário, se houver;


50% do valor do aviso prévio proporcional ao tempo de serviço (art. 484 da CLT e Súmula n. 14 do TST);
50% do valor do 13º salário proporcional (art. 484 da CLT e Súmula n. 14 do TST);
50% do valor das férias proporcionais acrescidas de 1/3 (art. 484 da CLT e Súmula n. 14 do TST);
indenização de 20% do FGTS (art. 18, §2º, da Lei n. 8.036/90), mesmo que tenha sido acordada a sua
antecipação, nos termos do disposto nos § 1º e § 2º do art. 6 da MP n. 905/2019, hipótese na qual a
indenização do FGTS também é de 20%;
saque do FGTS (art. 20, I, da Lei n. 8.036/90).
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Amarelo
11.6 Verbas decorrentes da extinção normal (alcance do prazo ou da idade máxima de 29 anos) do
contrato de trabalho verde e amarelo

- A despeito dos arts. 10 a 12 da MP n. 905/2019 contemplarem regra geral (“extinção do contrato”),


necessário dialogar, neste particular, com a CLT:

não será devido aviso prévio, tendo em vista a extinção normal do contrato;
saldo de salário, se houver;
13º salário proporcional;
férias proporcionais acrescidas de 1/3;
indenização de 20% do FGTS caso tenha sido acordada a sua antecipação, nos termos do disposto nos §
1º e § 2º do art. 6 da MP n. 905/2019, hipótese na qual a indenização do FGTS de 20% será devida mesmo
em caso de rescisão normal do contrato a termo, já que seu pagamento é irrevogável;
saque do FGTS (art. 20, IX, da Lei n. 8.036/90).
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Amarelo
11.7 Verbas decorrentes da rescisão amigável (Distrato – art. 484-A da CLT) do contrato de trabalho
verde e amarelo

- A despeito dos arts. 10 a 12 da MP n. 905/2019 contemplarem regra geral (“extinção do contrato”),


necessário dialogar, neste particular, com a CLT:

saldo de salário, se houver;


não será devido aviso prévio em face da natureza determinada do tempo do contrato;
13º salário proporcional;
férias proporcionais acrescidas de 1/3;
indenização de 20% do FGTS (art. 484-A, I, b, da CLT), mesmo que tenha sido acordada a sua
antecipação, nos termos do disposto nos § 1º e § 2º do art. 6 da MP n. 905/2019, hipótese na qual a
indenização do FGTS também é de 20%;
saque de 80% do FGTS (art. 20, I-A, da Lei n. 8.036/90 e art. 484-A, §1º, da CLT).
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12. Prioridade em ações de qualificação profissional

Art. 13. Os trabalhadores contratados na modalidade Contrato de Trabalho Verde e Amarelo


receberão prioritariamente ações de qualificação profissional, conforme disposto em ato do
Ministério da Economia.

13. Quitação de obrigações para reduzir litígios

Art. 14. Para fins do disposto nesta Medida Provisória, é facultado ao empregador comprovar,
perante a Justiça do Trabalho, acordo extrajudicial de reconhecimento de cumprimento das
suas obrigações trabalhistas para com o trabalhador, nos termos do disposto no art. 855-B
da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1943.
A MP n. 905/2019 e o Contrato de Trabalho Verde e
Amarelo
Art. 507-B. É facultado a empregados e empregadores, na vigência ou não do contrato de
emprego, firmar o termo de quitação anual de obrigações trabalhistas, perante o sindicato
dos empregados da categoria. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)

Parágrafo único. O termo discriminará as obrigações de dar e fazer cumpridas mensalmente e


dele constará a quitação anual dada pelo empregado, com eficácia liberatória das parcelas nele
especificadas. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)

Art. 855-B. O processo de homologação de acordo extrajudicial terá início por petição conjunta,
sendo obrigatória a representação das partes por advogado.

Art. 840 do CC/2002. É lícito aos interessados prevenirem ou terminarem o litígio mediante
concessões mútuas.
A MP n. 905/2019 e o Contrato de Trabalho Verde e
Amarelo
14. Seguro por exposição a perigo previsto em lei

Art. 15. O empregador poderá contratar, nos termos do disposto em ato do Poder Executivo federal, e mediante acordo
individual escrito com o trabalhador, seguro privado de acidentes pessoais para empregados que vierem a sofrer o infortúnio,
no exercício de suas atividades, em face da exposição ao perigo previsto em lei.

§ 1º O seguro a que se refere o caput terá cobertura para as seguintes hipóteses:

I - morte acidental;

II - danos corporais;

III - danos estéticos; e

IV - danos morais.

Este seguro afasta a obrigatoriedade de recolhimento do SAT?


Este seguro pode ser abatido do valor de eventual indenização por danos materiais ou imateriais?
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Amarelo

Art. 7º, XXVIII, da CRFB/88 - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do


empregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em
dolo ou culpa.

Art. 1º da Lei n. 6.376/76 - O seguro obrigatório contra acidentes do trabalho dos


empregados segurados do regime de previdência social da Lei número 3.807, de 26 de
agosto de 1960 (Lei Orgânica da Previdência Social), e legislação posterior, é
realizado pelo Instituto Nacional de Previdência Social (INPS).
A MP n. 905/2019 e o Contrato de Trabalho Verde e
Amarelo

RECURSO DE EMBARGOS. ACIDENTE DE TRABALHO - RESPONSABILIDADE SUBJETIVA DO


EMPREGADOR - INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS - ABATIMENTO DOS VALORES RECEBIDOS
PELA FAMÍLIA DO DE CUJUS A TÍTULO DE SEGURO DE VIDA - NATUREZA JURÍDICA DISTINTAS -
IMPOSSIBILIDADE. No caso, a indenização por danos morais foi deferida aos embargados em face da
constatação da responsabilidade subjetiva do empregador no acidente de trabalho que vitimou o
empregado. Ou seja, restou explicitamente reconhecida a culpa da empregadora no evento morte.
Necessário, assim, fixar o exato contorno da controvérsia: compensação entre os valores recebidos a título
de seguro de vida privado e indenização por danos morais, em situação em que configurada a
responsabilidade subjetiva da empregadora no acidente de trabalho. No contexto dos autos, em que foi
reconhecida a culpa da empresa no acidente de trabalho, é inadmissível a compensação da indenização por
danos morais arbitrada judicialmente, em razão do falecimento do empregado, com o valor recebido pela
família do de cujus a título de seguro de vida contratado pela empregadora.
A MP n. 905/2019 e o Contrato de Trabalho Verde e
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Com efeito, diante da responsabilização subjetiva da reclamada pelo acidente de trabalho que vitimou o
trabalhador, o valor recebido em face do seguro contratado pela empresa não possui a mesma natureza
jurídica da indenização por danos morais, porquanto esta, no caso, além da função compensatória, possui
função punitiva e dissuasória; funções essas absolutamente incompatíveis com o contrato de seguro, o que
desautoriza a compensação pretendida. Caso se admitisse (na hipótese específica dos autos em que houve
culpa da empregadora no evento morte) a possibilidade de compensação entre o seguro de vida privado e a
indenização por danos morais, dissuadida estaria a empresa de adotar medidas de prevenção de acidentes
de trabalho. Ou seja, permitir essa compensação seria o mesmo que dar um salvo conduto às empresas,
que, ao transferirem o ônus pelo exercício de suas atividades econômicas às seguradoras, não mais
investiriam em segurança e medicina do trabalho, o que prejudicaria o sistema de política nacional de saúde
e segurança do trabalho. Assim, em se tratando de indenização por danos morais, repita-se, em hipótese de
responsabilidade subjetiva do empregador, a compensação com os valores recebidos a título de seguro de
vida não é passível de acolhimento, uma vez que distintas as naturezas jurídicas das obrigações.
A MP n. 905/2019 e o Contrato de Trabalho Verde e
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Resulta inegável, pois, que o seguro de vida privado contratado por empresa,
buscando reduzir o impacto do risco de sua atividade empresarial e visando
prevenir abalo financeiro extraordinário em suas contas em decorrência de
eventual acidente de trabalho de seus empregados, mediante a aquisição de
apólices junto às seguradoras em benefício destes e/ou de seus familiares, não
possui a mesma natureza jurídica da indenização por danos morais deferida em
face da responsabilidade subjetiva do empregador, pelo que não se faz possível
a compensação entre os respectivos valores. Precedente do STJ. Recurso de
embargos conhecido e provido. (TST-E-RR-285-53.2010.5.18.0054, Relator Ministro:
Renato de Lacerda Paiva, Subseção I Especializada em Dissídios Individuais, DEJT
19/12/2014)
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15. Responsabilidade Civil do Empregador.

Art. 15.

§ 2º A contratação de que trata o caput não excluirá a indenização a que o


empregador está obrigado quando incorrer em dolo ou culpa.

Art. 7º, XXVIII, da CRFB/88 - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do


empregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer
em dolo ou culpa.

> E na hipótese de atividade de risco?


A MP n. 905/2019 e o Contrato de Trabalho Verde e
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Art. 927 do CC/2002. Aquele que, por ato ilícito ( arts. 186 e 187 ), causar dano a
outrem, fica obrigado a repará-lo.

Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa,


nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo
autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.

> Recurso Extraordinário (RE) 828040


A MP n. 905/2019 e o Contrato de Trabalho Verde e
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16. O adicional de periculosidade.

Art. 15.

§ 3º Caso o empregador opte pela contratação do seguro de que trata o caput,


permanecerá obrigado ao pagamento de adicional de periculosidade de cinco por
cento sobre o salário-base do trabalhador.

§ 4º O adicional de periculosidade somente será devido quando houver exposição


permanente do trabalhador, caracterizada pelo efetivo trabalho em condição de
periculosidade por, no mínimo, cinquenta por cento de sua jornada normal de trabalho.

> São constitucionais estes dispositivos?


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Art. 7º da CRFB:

XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene
e segurança;

XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas,


na forma da lei.

Art. 193 da CLT:

§ 1º - O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado um


adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário sem os acréscimos resultantes de
gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa.
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Súmula n. 364 do TST

ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. EXPOSIÇÃO EVENTUAL, PERMANENTE E


INTERMITENTE (inserido o item II) - Res. 209/2016, DEJT divulgado em 01, 02 e 03.06.2016
I - Tem direito ao adicional de periculosidade o empregado exposto permanentemente ou
que, de forma intermitente, sujeita-se a condições de risco. Indevido, apenas, quando o
contato dá-se de forma eventual, assim considerado o fortuito, ou o que, sendo habitual,
dá-se por tempo extremamente reduzido. (ex-Ojs da SBDI-1 nºs 05 - inserida em
14.03.1994 - e 280 - DJ 11.08.2003)
II - Não é válida a cláusula de acordo ou convenção coletiva de trabalho fixando o adicional de
periculosidade em percentual inferior ao estabelecido em lei e proporcional ao tempo de
exposição ao risco, pois tal parcela constitui medida de higiene, saúde e segurança do trabalho,
garantida por norma de ordem pública (arts. 7º, XXII e XXIII, da CF e 193, §1º, da CLT).
A MP n. 905/2019 e o Contrato de Trabalho Verde e
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17. Prazo para contratação pela modalidade de Contrato de Trabalho Verde e
Amarelo

Art. 16. Fica permitida a contratação de trabalhadores pela modalidade de Contrato de


Trabalho Verde e Amarelo no período de 1º de janeiro de 2020 a 31 de dezembro de
2022.

§ 1º Fica assegurado o prazo de contratação de até vinte e quatro meses, nos termos
do disposto no art. 5º, ainda que o termo final do contrato seja posterior a 31 de
dezembro de 2022.

> A extinção pode ocorrer após o dia 31/12/2022?


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18. Conversão automática em contrato de trabalho padrão.

Art. 16.

§ 2º Havendo infração aos limites estabelecidos no art. 2º, o contrato de trabalho na


modalidade Contrato de Trabalho Verde e Amarelo será transformado
automaticamente em contrato de trabalho por prazo indeterminado.
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19. Multa por infrações às regras relativas ao contrato de trabalho verde e


amarelo.

Art. 16.

§ 3º As infrações ao disposto neste Capítulo serão punidas com a multa prevista no


inciso II do caput do art. 634-A da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo
Decreto-Lei nº 5.452, de 1943.
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Amarelo
Art. 634-A. A aplicação das multas administrativas por infrações à legislação de proteção ao trabalho
observará os seguintes critérios:

II - para as infrações sujeitas a multa de natureza per capita, observados o porte econômico do infrator e o
número de empregados em situação irregular, serão aplicados os seguintes valores:

a) de R$ 1.000,00 (mil reais) a R$ 2.000,00 (dois mil reais), para as infrações de natureza leve;

b) de R$ 2.000,00 (dois mil reais) a R$ 4.000,00 (quatro mil reais), para as infrações de natureza média;

c) de R$ 3.000,00 (três mil reais) a R$ 8.000,00 (oito mil reais), para as infrações de natureza grave; e

d) de R$ 4.000,00 (quatro mil reais) a R$ 10.000,00 (dez mil reais), para as infrações de natureza
gravíssima.
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§ 1º Para as empresas individuais, as microempresas, as empresas de pequeno porte, as
empresas com até vinte trabalhadores e os empregadores domésticos, os valores das multas
aplicadas serão reduzidos pela metade.

§ 2º A classificação das multas e o enquadramento por porte econômico do infrator e a


natureza da infração serão definidos em ato do Poder Executivo federal.

§ 3º Os valores serão atualizados anualmente em 1º de fevereiro de cada ano pela variação do


Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo Especial - IPCA-E, ou por índice que venha
substituí-lo, calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística- IBGE.

§ 4º Permanecerão inalterados os valores das multas até que seja publicado o regulamento de
que trata o § 2º. (NR)
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20. Empregados submetidos a legislação especial.

Art. 17.

É vedada a contratação, sob a modalidade de que trata esta Medida Provisória, de


trabalhadores submetidos a legislação especial.
PARA APROFUNDAR OS ESTUDOS SOBRE A MP
N. 905/2019
PARA APROFUNDAR OS ESTUDOS SOBRE A MP N. 905/2019
http://www.trabalhoemdebate.com.br/curso/detalhes/NRTONLINE
MUITO OBRIGADO!!!

AXÉ!
@danilogoncalvesgaspar

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