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CASO LIANA FRIEDENBACH E FELIPE CAFFÉ

 HISTÓRIA

Liana Friedenbach nasceu em São Paulo, no dia 6 de maio de 1987 e tinha


apenas 16 anos na época do crime. Felipe Caffé nasceu em 1 de julho de 1984
e possuía 19 anos de idade. O casal muito apaixonado, estavam namorando
havia poucos meses e resolveram viajar para a zona rural da grande São
Paulo.
O destino da aventura era um sitio localizado no município de Embu-Guaçu
já conhecido por Felipe, pois ele havia passado suas férias lá. O que os dois
não imaginavam é que teriam suas vidas ceifadas no decorrer dessa viagem,
ao cruzarem seus caminhos com os de seus assassinos.
Liana ficou com receio de não ter a permissão de seu pai para viajar com o
namorado, e acabou mentindo ao avisar que viajaria com o grupo de jovens da
comunidade israelita para o município de Ilhabela. Já Felipe, avisou sua mãe
que iria acampar, mas não mencionou sua companhia, de modo que a mãe do
rapaz presumiu que seria com seus amigos.
Liana Friedenbach e seu namorado Felipe Caffé

 O CRIME

No dia 31 de outubro de 2003, sexta-feira, o casal começou sua jornada


rumo ao município de Embu-Guaçu. O sítio que eles tinham em mente era mais
afastado, e por isso pegaram outro ônibus, rumo a Santa Rita e ainda andaram
por aproximadamente 4km até acharem o local propício para acampar.

Local que o casal escolheu para acampar

Ao caminhar pelo vilarejo Liana e Felipe acabaram chamando atenção


de toda a comunidade local, pois estavam carregando muitas bagagens, se
vestiam de forma mais privilegiada que os moradores dali, além do fato de
Liana naturalmente ter chamado atenção por conta de sua beleza. Nesse
momento, foram avistados por Roberto Aparecido Alves Cardoso, conhecido
por Champinha, e, Paulo Cézar da Silva Marques, vulgo Pernambuco, que
seguiam para pescar no lago.
No momento em que os estudantes já estavam dentro da barraca foram
surpreendidos pelos criminosos que anunciaram um assalto. Entretanto, ao
notarem que não havia bens de valor significativo e nem dinheiro, resolveram
sequestrar os jovens seguindo para a casa de Antônio Caetano Silva, que
serviria de cativeiro.
Assim, ao chegarem no cativeiro, o local era altamente anti-higiênico. A
dupla criminosa separou o casal durante o cárcere privado, vez que ficaram em
cômodos diferentes da residência. Liana Friedenbach, temendo o que os
criminosos poderiam fazer com eles, informou que pertencia a uma família de
classe média alta, por isso poderiam pedir uma grande quantia em dinheiro, a
título de resgate, desde que os entregassem salvos.

Cativeiro onde Liana permaneceu por 5 dias

Local em que Liana foi violentada sexualmente


No dia 1 de novembro de 2003, ainda no primeiro dia do sequestro, ao
anoitecer Pernambuco estuprou Liana, enquanto seu namorado permanecia no
outro quarto. Dado ao estado de choque e medo que sentia, a jovem não
conseguiu reagir. Champinha não se envolveu nesse ato.
No segundo dia, os criminosos chegaram à conclusão de que não seria
útil manter Felipe no sequestro, razão pela qual resolveram executar o garoto.
Assim, saíram com os jovens rumo a uma trilha no matagal do vilarejo,
Pernambuco guiando Felipe e Champinha guiando Liana.
Em certo momento, Champinha parou a caminhada com Liana e
Pernambuco a continuou com Felipe, até que aqueles os perdessem de vista.
Pernambuco, com a vítima de mãos atadas, ordenou que ele se ajoelhasse e
disparou um tiro, a queima roupa, em sua nuca. A morte foi instantânea: o
cartucho havia sido carregado artesanalmente com rolimã e bucha de cera.
Felipe foi assassinado no dia 2 de novembro de 2003, nas proximidades de um
barranco, com um tiro na nuca. O corpo foi abandonado na mata.
Após a execução, Pernambuco foge para São Paulo e Liana fica em
poder apenas de Champinha. No mesmo dia da morte de seu namorado, ao
anoitecer, a jovem é novamente estuprada, dessa vez por Champinha.
No terceiro dia de cativeiro, Antônio Caetano Silva, dono do imóvel,
acompanhado de um amigo, Agnaldo Pires chegou ao local onde Liana
permanecia em cárcere. Champinha apresentou Liana como sua namorada e
ainda a ofereceu aos comparsas. A garota sofreu um estupro coletivo pelos 3
criminosos.
Mesmo sem saber do sequestro, o irmão de Champinha, que conhecia
seus problemas comportamentais, o alertou sobre a movimentação de policiais
na região. Na madrugada do dia 5 de novembro, 5º dia do sequestro,
Champinha foi visto por seu irmão pescando em um lago ao lado de Liana que
estava com um moletom em total estado de choque. Questionado sobre a
garota, disse ao seu irmão que Liana era sua namorada.
Champinha saiu com Liana e andaram 3 quilômetros por dentro da mata.
Liana ia um pouco à frente quando recebeu um golpe de cima para baixo vinda
de uma faca peixeira utilizada por Champinha atingiu o lado esquerdo do
pescoço da garota, em seguida desferiu inúmeros golpes no pescoço, tórax e
costas da vítima. O adolescente deixou o local quando teve a certeza de que
Liana estava sem vida.
 INVESTIGAÇÃO

Preocupado sem ter notícias da filha, o pai de Liana descobriu que ela
havia ido acampar com Felipe, e acreditando que o casal poderia ter se
perdido, acionou o COE (Comando de Operações Especiais), que deu início a
uma busca na região. Foram localizados a barraca e os pertences do casal,
inclusive o celular de Liana.

Após a polícia localizar os pertences do casal na região de Embu Guaçu, foi


feito uma ronda no local e o irmão de Champinha recebeu a notícia de que
havia chegado uma intimação para ele se apresentar a delegacia e prestar
depoimento. Satisfeita com as explicações, a polícia o liberou. Ele foi para a
casa da tia, em Itapecerica da Serra.

Dias depois, a polícia chegou a Antônio Caetano, que acusou Champinha.


Este foi localizado na casa da tia e conduzido à delegacia para um novo
interrogatório. Confessou, então, o assassinato e levou os policiais aos
cadáveres.

 JULGAMENTO

Os quatro adultos envolvidos no sequestro, na sevícia e no assassinato


de Felipe Caffé e Liana Friedenbach foram julgados e condenados. A pena
maior foi de Antônio Caetano Silva: 124 anos de prisão. A menor, de Antônio
Matias de Barros: seis anos. Paulo Marques pegou 110 anos, Agnaldo
Pires, 47 anos. Roberto Cardoso, o Champinha, que tinha 16 anos de
idade, foi encaminhado à Fundação do Bem-Estar do Menor para ser
reeducado durante três anos, o prazo máximo permitido pela legislação.

Após passarem 3 anos e ter o prazo findado para permanecer na


Fundação, Champinha passou por exames e perícias médicas que
confirmaram o diagnóstico de transtorno de personalidade antissocial e leve
retardo mental em Champinha, que, hoje, vive em uma Unidade
Experimental de Saúde, sob os cuidados do Estado

 REFERENCIAS
https://pt.wikipedia.org/wiki/Caso_Liana_Friedenbach_e_Felipe_Caff
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https://canalcienciascriminais.jusbrasil.com.br/artigos/561393292/caso-
liana-friedenbach-e-felipe-caffe-vitimas-de-um-inimputavel
https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/juventude-
assassina-o-triste-caso-de-liana-friedenbach-e-felipe-caffe.phtml
https://piaui.folha.uol.com.br/materia/os-que-morrem-os-que-vivem/
https://www.migalhas.com.br/tudo-sobre/felipe-silva-caffe
https://super.abril.com.br/mundo-estranho/o-matador-adolescente-
champinha-e-o-crime-que-chocou-o-brasil/

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