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Avaliação Escolar
Avaliação Escolar
AVALIAÇÃO ESCOLAR
AUTORIA:
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Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil
Módulo de: Avaliação Escolar
Várias marcas registradas são citadas no conteúdo deste módulo. Mais do que simplesmente listar esses nomes
e informar quem possui seus direitos de exploração ou ainda imprimir logotipos, o autor declara estar utilizando
tais nomes apenas para fins editoriais acadêmicos.
Declara ainda, que sua utilização tem como objetivo, exclusivamente na aplicação didática, beneficiando e
divulgando a marca do detentor, sem a intenção de infringir as regras básicas de autenticidade de sua utilização
e direitos autorais.
E por fim, declara estar utilizando parte de alguns circuitos eletrônicos, os quais foram analisados em pesquisas
de laboratório e de literaturas já editadas, que se encontram expostas ao comércio livre editorial.
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A presentação
O bjetivo
E menta
A evolução histórica da avaliação, seus diversos conceitos e sua relação com a atualidade;
suas funções, categorias e critérios. A Avaliação de Projetos, de Planos e Institucionais.
Avaliação no sistema Educacional Brasileiro; avaliação na atual legislação brasileira. O
Sistema de Avaliação: SAEB, ENEM e PROVÃO. Avaliação e os Parâmetros Curriculares.
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S obre o Autor
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S UMÁRIO
UNIDADE 1 .............................................................................................................................. 8
Titulo I - Avaliação Escolar ....................................................................................................8
UNIDADE 2 ............................................................................................................................ 12
Trajetória da Avaliação........................................................................................................12
UNIDADE 3 ............................................................................................................................ 15
Evolução do Conceito de Avaliação. ................................................................................... 15
UNIDADE 4 ............................................................................................................................ 21
Avaliação no Contexto Educacional .................................................................................... 21
UNIDADE 5 ............................................................................................................................ 27
Os Diversos Significados Atribuídos à "Avaliação” ............................................................. 27
UNIDADE 6 ............................................................................................................................ 30
Avaliação Segundo Diversos Autores ................................................................................. 30
UNIDADE 7 ............................................................................................................................ 33
Funções da Avaliação .........................................................................................................33
UNIDADE 8 ............................................................................................................................ 39
Modalidades e Funções da Avaliação ................................................................................. 39
UNIDADE 9 ............................................................................................................................ 44
Elemento da Avaliação Formativa: FEEDBACK..................................................................44
UNIDADE 10 .......................................................................................................................... 47
Avaliação Normativa ou Formativa?.................................................................................... 47
UNIDADE 11 .......................................................................................................................... 52
As Categorias da Avaliação: Afetiva- Social, Cognitivas e Psicomotoras ........................... 52
UNIDADE 12 .......................................................................................................................... 57
Avaliação e seus Critérios ...................................................................................................57
UNIDADE 13 .......................................................................................................................... 60
Função da Avaliação no Planejamento ...............................................................................60
UNIDADE 14 .......................................................................................................................... 66
Planejamento e Avaliação: Operacionalização ...................................................................66
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UNIDADE 15 .......................................................................................................................... 76
Planejamento e Avaliação ...................................................................................................76
UNIDADE 16 .......................................................................................................................... 83
Avaliação na Atualidade ......................................................................................................83
UNIDADE 17 .......................................................................................................................... 89
Instrumentos de Avaliação ..................................................................................................89
UNIDADE 18 .......................................................................................................................... 94
Procedimentos e Instrumentos de Avaliação. .....................................................................94
UNIDADE 19 .......................................................................................................................... 97
Avaliação Institucional .........................................................................................................97
UNIDADE 20 ........................................................................................................................ 102
Objetivos específicos: ....................................................................................................... 102
UNIDADE 21 ........................................................................................................................ 108
Avaliação das Instituições de Educação Superior – IES ................................................... 108
UNIDADE 22 ........................................................................................................................ 111
Instrumentos de Avaliação do SINAES ............................................................................. 111
UNIDADE 23 ........................................................................................................................ 114
Sistema de Avaliação – ENADE ....................................................................................... 114
UNIDADE 24 ........................................................................................................................ 118
ENEM Competências e Habilidades ................................................................................. 118
UNIDADE 25 ........................................................................................................................ 124
O Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica – SAEB. ..................................... 124
UNIDADE 26 ........................................................................................................................ 127
LDB – 9394/96 .................................................................................................................. 127
UNIDADE 27 ........................................................................................................................ 134
Conteúdos e Metodologias................................................................................................ 134
UNIDADE 28 ........................................................................................................................ 140
Os Parâmetros Curriculares Nacionais em Questão ......................................................... 140
UNIDADE 29 ........................................................................................................................ 144
Parâmetros Curriculares Nacionais ................................................................................... 144
UNIDADE 30 ........................................................................................................................ 149
Parâmetros Curriculares ................................................................................................... 149
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GLOSSÁRIO ........................................................................................................................ 153
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U NIDADE 1
Objetivos: Fazer uma reflexão sobre evolução histórica da avaliação no contexto escolar.
Muito se tem discutido sobre o cenário da avaliação nestes últimos anos. A avaliação está
presente nas atividades humanas de maneira espontânea, ou expressando os parâmetros de
alguma instituição. Esse ato está incorporado ao sistema educativo que compreende o
sistema escolar mundial, pois faz parte do contexto das escolas públicas e privadas.
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função fundamental para uma prática educativa voltada para o desenvolvimento do
educando.
Quando se questiona o que é avaliar, as respostas mais comuns que encontramos são:
avaliar é medir; avaliar é valorizar; avaliar é julgar para tomar decisões; avaliar é verificar se
os objetivos foram alcançados. Avaliar é refletir sobre uma determinada realidade, a partir de
dados e informações, e emitir um julgamento que possibilite uma tomada de decisão,
demonstrando assim, que o termo avaliação sempre esteve ligado à ideia de aprovação ou
reprovação, a própria cultura escolar se apropriou desse termo para classificar ‘’os mais
fracos e mais fortes. ’’ Atualmente as avaliações acontecem por meio de provas, e exames
normalmente sem vínculos com o processo ensino aprendizagem o que leva alguns autores
a questionar o processo de avaliação praticada nas escolas. No entanto, é a avaliação que
nos permiti fazer sugestões, encaminhamentos e também a tomar de decisões. Na escola,
podemos observar que os professores nem sempre trabalham da mesma maneira. Uma das
diferenças em seus trabalhos está na forma de avaliar. Alguns avaliam realmente, enquanto
outros apenas medem a aprendizagem de seus alunos, ou seja, alguns nem percebem que a
avaliação pode ser realizada em diferentes níveis – do simples ato de dizer se gostamos ou
não de um fato, até a avaliação seguida de novas proposições. Na realidade, ao falar em
diferentes níveis de avaliação, estamos estabelecendo a diferença entre medir e avaliar. Sim,
avaliar não é o mesmo que medir. Pois, medir é apenas descrever uma realidade, ou seja, é
obter dados e informações sobre ela.
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Conceito
Avaliar é mais do que medir. A medida limita-se a constatar uma realidade, a obter
dados e informações.
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aprendizagem, aos poucos e sem se afastar desse interesse, modificou a sua orientação e
passou do estudo de indivíduos para o de grupos, destes para o de programa e materiais
instrucionais e na atualidade preocupa-se também com a avaliação de seu próprio sistema
educacional. Começou a falar-se na avaliação aplicada à educação com Tyler (1949),
considerado como o pai da avaliação educacional. Ele encara-a como a comparação
constante entre os resultados dos alunos, ou o seu desempenho e objetivos, previamente
definidos. A avaliação é, assim, o processo de determinação da extensão dos objetivos
educacionais idealizados.
Em função da finalidade da avaliação considera-se três tipos: uma preparação inicial para a
aprendizagem, uma verificação da existência de dificuldades por parte do aluno durante a
aprendizagem e o controle sobre se os alunos atingiram os objetivos fixados previamente. Os
tipos de avaliação referidos representam, respectivamente: a avaliação diagnóstica, a
avaliação formativa e a avaliação certificativa.
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U NIDADE 2
Objetivos: Conhecer a trajetória da avaliação ao longo da história, e o seu papel nos
sistemas educativos
Trajetória da Avaliação
Para entender melhor sobre avaliação, vamos nos reportar à sua trajetória ao longo da
história, e o seu papel nos sistemas educativos. Encontrar as respostas para essas questões
é importante para compreender os desdobramentos, usos e significados atuais do processo
avaliativo.
O início do processo avaliativo data, do ponto de vista formal, do ano 1.200 a.C com a
instituição da prática do exame. Como atividade informal surgiu com o homem, pois segundo
Stake (apud Vianna 2000), o homem observa; o homem julga e avalia. No decorrer dos
tempos as formas de avaliar sofreram transformações o que possibilitou novas construções.
Na década de 20, a avaliação era chamada de docimologia, expressão, cunhada por Henri
Pierón, e que significava o estudo das notas atribuídas nos exames. A avaliação surgiu com
a criação de sistemas de testagem, sendo um dos primeiros sistemas desenvolvido por
Horace Mann, no século XIX, com o objetivo de substituir os exames orais pelos exames
escritos; utilizar poucas questões gerais, em vez de um número maior de questões
específicas; e buscar padrões mais objetivos do alcance escolar.
Nas primeiras décadas do século XX, principalmente nos EUA avaliação educacional formal
estava associada à aplicação de testes, o que dava um caráter exclusivamente instrumental
ao processo avaliativo associando à ideia de exame e propiciando a criação associações e
comitês para desenvolvimento de testes padronizados.
Assim, nos anos 30 a avaliação tinha como foco os exames e sua função era identificar os
erros e acertos, justificando - os com base nas condições que interferiam nos desempenhos
dos examinados; dos anos 30 aos anos 60 verificamos que a avaliação, tendo sofrido forte
influência de Tyler e Bloom, propunha verificar o alcance de objetivos; dos anos 60 aos 80, a
principal ideia era a do julgamento de valor com base em critérios padronizados. Dos anos
90 até os dias de hoje, a ênfase tem sido na negociação de resultados com a participação
dos educandos na definição de critérios e indicadores.
A avaliação educacional com a abrangência que possui nos dias atuais, somente se iniciou
na década de 40 graças à atuação de Ralph W. Tyler, que parte do princípio de que educar
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consiste em mudar padrões antigos ou gerar novos padrões de comportamentos, sendo que
o currículo passa a ser constituído com base na especificação de habilidades desejáveis
expressas em objetivos a serem atingidos. Em outras palavras, a avaliação consiste em
verificar em que grau está ocorrendo às mudanças comportamentais, isto é, em que medida
os objetivos educacionais vêm sendo alcançados (Gurgel, 1998). Assim. a avaliação
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U NIDADE 3
Objetivos: Compreender o modelo de avaliação de Tyiler, conforme metodologia da época.
Percebe-se, então, que o enfoque deste teórico enfatiza o aspecto funcional da avaliação
realizada em função dos objetivos previstos, como exigia a metodologia da época, pois
nesse período, na maioria dos países ocidentais, o sistema escolar era apontado como
responsável pela baixa qualidade de mão de obra, pela desigualdade de distribuição de
renda e pelo despreparo das massas políticas. (Gurgel, op.cit.).
Neste sentido, Saviani (1991) mostra serem os problemas, atribuídos ao sistema escolar,
decorrentes da industrialização crescente nas primeiras décadas do século XX, tanto nos
Estados Unidos como na Inglaterra, proporcionando demanda de mão de obra para atender
novos modelos de produção, determinados pelas multinacionais.
Foi neste contexto que Tyler (1975) apresentou seu modelo de avaliação com o enfoque
comportamentalista que envolve paradigmas positivistas voltados para o tecnicismo.
Segundo Vianna (op.cit.) são estes os pontos básicos que integram o modelo:
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Identificação de situações que demonstram os comportamentos pretendidos nos
objetivos;
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da avaliação é oferecer informações relevantes que possibilitem a melhoria da qualidade do
programa educacional em termos de efetividade e de eficiência.
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A avaliação de produto, última etapa do processo, refere-se à determinação dos resultados
alcançados tanto durante o programa quanto ao seu final, interpretando a avaliação em
termos de juízo de valor. Determinando discrepâncias entre o pretendido e o real, e,
analisando os fatores determinantes nessa diferença, fornece dados para os responsáveis
pela decisão na área educacional, permitindo desse modo sua realimentação.
Julgamento de mérito
Segundo Vianna (2000) inicialmente sua grande contribuição constitui em estabelecer que a
avaliação desempenha muitos papéis (funções) mas possui um único objetivo: determinar o
valor ou mérito do que está sendo avaliado. O objetivo consiste em oferecer uma resposta
satisfatória aos problemas propostos pelas questões a serem avaliadas.
Os papéis ou funções – que o autor introduz através dos conceitos de avaliação formativa e
somativa – referem-se às maneiras como essas respostas são usadas. Ao diferenciá-las
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mostra que a primeira deve ocorrer durante o desenvolvimento da atividade educacional para
promover aprimoramento do que está sendo objeto de implementação. Como práticas
envolvendo a dimensão formativa da avaliação e o aumento da variabilidade didática e
consequente aplicação de diferentes instrumentos de mensuração.
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comprometendo-se com esse mundo para recriá-lo constantemente. ’’ (1984, p.
90)
A ação educativa tem sempre um caráter intencional. Isso quer dizer que temos como meta
provocar modificações específicas nas pessoas, em seu comportamento, suas ideias, seus
valores e crenças. No espaço escolar esperamos que os alunos aprendam, os professores
ensinem melhor, os pais participem mais da escola, os funcionários exerçam bem suas
tarefas, tornando-as também educativa. Então, sempre que pensamos em evolução,
mudança, transformação, é preciso pensar também em avaliação.
Percebe-se, então, que o enfoque deste teórico enfatiza o aspecto funcional da avaliação
realizada em função dos objetivos previstos, como exigiu a metodologia da época, pois
nesse período, na maioria dos países ocidentais, o sistema escolar era apontado como
responsável pela baixa qualidade de mão de obra, pela desigualdade de distribuição de
renda e pelo despreparo das massas políticas. (Gurgel, op.cit.).
Neste sentido, Saviani (1991) mostra serem os problemas atribuídos ao sistema escolar,
decorrentes da industrialização crescente nas primeiras décadas do século XX, tanto nos
Estados Unidos como na Inglaterra, proporcionando demanda de mão de obra para atender
novos modelos de produção, determinados pelas multinacionais.
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U NIDADE 4
Objetivos: Compreender o sentido da avaliação no contexto educacional e sua aplicabilidade.
Nessa perspectiva histórica, ao longo dos anos fez-se uso de métodos de avaliação como
um instrumento a serviço de quem a aplicava, buscando-se em uma série de perguntas com
respostas prontas para que fossem decoradas e retransmitidas em dias de prova,
concebendo a educação como mera transmissão e memorização de informações prontas,
considerando o aluno como um ser passivo e receptivo.
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De acordo com essa visão acreditava-se na possibilidade controle do professor sobre a
aprendizagem e sobre todo um grupo de alunos, aplicando-se a ideia de homogeneidade do
saber, de acordo com o princípio onde o professor ensina e o aluno devolve a informação tal
como foi recebida. Na concepção pedagógica moderna, baseada na psicologia genética, a
educação é concebida como experiência de vivência multiplicada e variadas, tendo em vista
o desenvolvimento motor, cognitivo, afetivo e social do educando.
Nessa abordagem o educando é um ser ativo e dinâmico, que participa da construção de seu
próprio conhecimento e a avaliação, contempla dimensões e não se reduz apenas em atribuir
notas. O contexto cultural e social de hoje exige um número maior de informações, utilizando
a informática, a internet e outros meios de comunicação como ferramenta pedagógica.
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Sendo assim a avaliação assume um sentido orientador, pois permite que o aluno tome
consciência de seus avanços e dificuldades, para continuar progredindo na construção do
conhecimento. Segundo LUCKESI o conceito de avaliação é formulado a partir das
determinações da conduta. (...) “atribuir um valor ou qualidade a alguma coisa, ato ou curso
de ação (...)", que por si, implica um posicionamento positivo ou negativo em relação ao
objeto, ato ou curso de ação avaliado. (1998, p. 76)
Atualmente, a avaliação ainda não é capaz de formar sujeitos com autonomia, o que é sem
dúvida uma forma de promoção do ser humano, que é essencialmente o significado da
educação. A concepção de avaliação ainda é comumente relacionada à ideia de mensuração
de mudanças do comportamento humano. Essa abordagem viabiliza o fortalecimento no
aspecto quantitativo.
Luckesi (1998) ao dizer “o exercício pedagógico escolar é atravessado mais por uma
pedagogia do exame do que por uma pedagogia do ensino – aprendizagem” sugere que o
conceito de avaliação da aprendizagem, como julgamento e classificação, necessita ser
redirecionado para uma avaliação não como instrumento para aprovação ou reprovação dos
alunos, o que não deixa de ser uma classificação, mas sim numa perspectiva diagnóstica
cuja compreensão está circunscrita a uma concepção pedagógica comprometida com uma
proposta pedagógica histórico - crítica na atual sociedade capitalista. Para ele, o ponto chave
da Educação deve ser o aluno aprender a prender saber pensar, ser crítico e analítico. E é
dentro dessa perspectiva que a avaliação deve trabalhar. De acordo com Luckesi (2002)
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‘’O processo avaliativo está relacionado ao contexto mundial educacional da
época: "(...) não se dá nem se dará num vazio conceitual, mas sim
dimensionada por um modelo teórico de mundo e, consequentemente de
educação, que possa ser traduzido em prática pedagógica" (p. 28).
Hadji (2001) mostra que toda avaliação tem o objetivo legítimo de contribuir para o êxito da
aprendizagem, que se traduz na construção do conhecimento pelos alunos. Para isso toda
prática pedagógica avaliativa, em seu contexto, assume três características ou funções em
momentos sucessivos. Inicialmente procede a um diagnóstico/prognóstico, objetivando
fornecer informações úteis à regulação ensino-aprendizagem, o que permite um ajuste
recíproco, aluno/programa, de estudo, ajudando o professor a ensinar.
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pedagógica reorganizada, aborda os conteúdos de forma diversificada e propicia que o
próprio aluno monitore a sua aprendizagem, tornando-se capaz de identificar e corrigir os
próprios erros. Esta modalidade de avaliação formativa corresponde, na visão do autor, ao
modelo ideal, pois se coloca deliberadamente a serviço do fim que lhe dá sentido,
contribuindo para uma regulação da atividade de ensino.
Ocorrendo logo após a ação formativa, no terceiro momento, ela objetiva verificar se foram
feitas todas as aquisições visadas, procurando dar continuidade, em caráter terminal, mais
global e concretiza-se em tarefas socialmente significativas. Na mesma linha Depresbiteris
(2002) vislumbra, no âmbito de uma perspectiva de construção do conhecimento, o emprego
da avaliação diagnóstica e formativa.
Na primeira obtém-se uma visão das dificuldades do aluno e sua superação, e na segunda, a
formação procede-se a uma contínua regulação da atividade de ensino, numa constante
orientação das formas de pensar. Assim o caráter temporal das duas funções fica
enriquecido com os aspectos educativos sustentados por ambas. Comungando do mesmo
ideário dos pensadores contemporâneos anteriores, Hoffmann (2001) reforça que a
avaliação deve acontecer através de um elo interativo e dialógico professor x aluno – um
processo de abertura e constante revisão, – que se destina a conhecer não apenas para
compreender como também para promover ações em benefício
Podemos afirmar, então, que a prática avaliativa de hoje é uma herança desse período, que
restringia a avaliação às provas e exames e, visando à classificação e a seleção, a avaliação
provoca um distanciamento entre alunos e professores, impedindo o desenvolvimento de um
relacionamento que favoreça o desenvolvimento do processo de aprendizagem do aluno,
quando deveria auxilia no esclarecimento das metas e dos objetivos educacionais na medida
em que o desenvolvimento do aluno está se processando da maneira desejada, sendo
também um sistema de controle de qualidade pelo qual se pode determinar a cada passo do
processo de ensino aprendizagem, se este está ou não sendo eficaz, indicando mudanças a
serem feitas para assegurar sua eficácia. (VASCONCELOS, 1998, p. 35)
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Na verdade, a avaliação representa um processo contínuo e sistemático dentro do processo
de ensino e aprendizagem, visando o processo de construção do conhecimento. A avaliação
como prática de investigação não se limita à distinção entre saber e não saber, que reduz a
dimensão processual da construção de conhecimentos, investe na busca do ainda não
saber, que trabalha com a ampliação do conhecimento e desconhecimentos. O ainda não
saber abre espaço para a multiplicidade sem colocar e estimular a reflexão sobre os diversos
percursos possíveis, valorizando a heterogeneidade e a produção do novo (ESTEBAN, 2001,
p. 166).
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U NIDADE 5
Objetivos: Compreender os diversos significados atribuídos à "avaliação educacional’’.
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A importância da avaliação vem crescendo na medida em que a Educação ganha mais
espaço. Não há, hoje, apenas uma visão a esse respeito. Existem muitas concepções
teóricas e muitas práticas distintas a cerca do que significa avaliar. Assim, quando se fala em
avaliação, precisamos esclarecer o que estamos falando. A avaliação do desempenho dos
alunos deve ser entendida sempre como um instrumento a serviço da aprendizagem, da
melhoria do ensino dos professores, do aprimoramento da Escola.
A Escola moderna não visa apenas instruir, dar aos seus alunos conhecimentos; mas tem
como principal objetivo o crescimento e desenvolvimento de cada aluno em particular, de
modo que este se realize de acordo com suas possibilidades. Necessário se faz despertar-
lhe o interesse, gosto e estima por coisas desejáveis formando atitudes que contribuam para
o seu ajustamento emocional e pessoal paralelamente ao desenvolvimento intelectual. A
preocupação do professor não resume apenas em habilidades intelectuais, mas na
construção do sujeito como um todo - por isso fala-se em avaliação e não em medida de
aspectos isolados.
A avaliação deve ser analisada sob dois prismas: o da verificação e o da avaliação. O termo
verificar provém etimologicamente do latim - verum facere - e significa "fazer verdadeiro". O
termo avaliar, por sua vez, também tem sua origem no latim, provindo da composição a-
valere, que quer dizer "dar valor...". Porém, o conceito de avaliação é formulado a partir das
determinações da conduta de "atribuir um valor ou qualidade a alguma coisa, que, por si,
implica um posicionamento positivo ou negativo em relação ao objeto, ato ou curso de ação
avaliado".
A verificação se encerra no momento que fazemos uma determinada constatação. Ela, em si,
não leva o sujeito a tirar consequências novas e significativas. A avaliação implica numa
tomada de posição e exige como consequência, uma decisão de ação.
É nosso objetivo mostrar aos professores, alunos e pais que é preciso mudar a concepção
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de que a nota é o que importa. O que importa, na verdade, é o ensino, a aprendizagem
realmente efetivada.
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U NIDADE 6
Objetivos: Compreender as contribuindo e perspectiva dos diversos autores sobre o tema
Avaliar deriva de valia, que significa valor. Portanto, avaliação corresponde ao ato de
determinar o valor de alguma coisa. A todo o momento, o ser humano avalia os elementos da
realidade que o cerca.
“A avaliação é uma operação mental que integra o seu próprio pensamento – as avaliações
que faz orientam ou reorientam sua conduta” (Silva, 1992).
Cohen & Franco (1993) consideram que “avaliar é fixar o valor de uma coisa; para ser feita
se requer um procedimento mediante o qual se compara aquilo a ser avaliado com um
critério ou padrão determinado”.
Contribuindo com essa perspectiva, Aguilar & Ander-Egg (1994) entendem que avaliar algo é
verificar os resultados alcançados por determinada ação, ou seja, atribuir valor, podendo
incluir a emissão de juízo sobre algo. A avaliação pressupõe o juízo de valor ou mérito de
alguma questão. Daí, segundo Suchmam, citado por Aguilar & Ander-Egg, 1994, “uma
precondição de qualquer estudo avaliativo é a presença de alguma atividade cujos objetivos
tenham algum tipo de valor”.
Garcia (2001) considera que “a avaliação requer um referencial para que possa ser
exercitada; esse deverá explicitar as normas que orientarão a seleção de métodos e técnicas
que permitam, além de averiguar a presença do valor, medir o quanto do valor, da
necessidade satisfeita, da imagem-objetivo se realizaram”.
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Portanto, deve-se considerar que “os julgamentos de valor são sempre mais complexos do
que meras operações de medição; em consequência, a tarefa de avaliar, mais do que
saberes técnicos, exige competência, discernimento e o equilíbrio de um magistrado”
(Machado, 1994), para que se possa alcançar a legitimidade necessária para validar ou
impor correções ao objeto de avaliação. Ou seja, avaliar não significa apenas medir, mas,
antes de qualquer coisa, ter como base em um referencial de valores.
“Sua função não é (necessariamente) punitiva, nem de mera constatação diletante, mas a de
verificar em que medida os objetivos propostos estão sendo atingidos” (Werneck, 1996), para
tomar a melhor decisão subsequente e agir com máxima oportunidade.
Garcia (2001), mais ainda, é igualmente fundamental ter clareza do objetivo da avaliação,
que aspectos do valor, da ação, da realização estarão sendo aferidos, pois as decisões que
as validam ou as corrigem podem ocorrer em espaços distintos (legal, técnico, administrativo,
político etc.) e requererem informações e abordagens também distintas.
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comparar, tendo por base uma escala fixa. A medida objetiva pode ajudar ou dificultar o
conhecimento da real situação. Ajuda se é tomada como um dado entre outros e se for
determinado com precisão o que está medindo. Caso contrário pode confundir a
interpretação por considerar-se a parte como todo” (Werneck, 1996).
LUKESI (2002) defende que a avaliação da aprendizagem deve ser assumida como
instrumento que existe, propriamente para mensurar a qualidade da assimilação do
conhecimento por parte do aluno e para compreender o estagio de aprendizagem em que ele
se encontra. Só a partir daí que o educador está pronto para tomar decisões possibilitando
ao aluno avançar no seu processo de aprendizagem.
Hofffmann (1994) destaca que o fenômeno avaliação é hoje indefinido, de forma que o termo
vem sendo utilizados com diferentes significados associados a práticas avaliativas
tradicionais, como provas, conceitos, boletins, recuperação e reprovação. Dar notas é
avaliar, o registro das notas é avaliação, outros significados são atribuídos tais como: análise
do desempenho e julgamento de resultados.
Esteban (2003) afirma que a avaliação feita pelo professor em sala de aula se fundamenta
na fragmentação do processo ensino aprendizagem e na classificação das respostas de seus
alunos, tomando como base um padrão de diferença prédeterminada com o erro e acertos.
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U NIDADE 7
Objetivos: Entender as diferentes funções que devem ser consideradas, em relação à
avaliação.
Funções da Avaliação
Importante lembrar que há diferentes funções que devem ser consideradas em relação à
avaliação. O que se encontra ainda muito na escola é a avaliação com funções controladora
e classificatória. O professor que usa em sua prática ações punitivas (como por exemplo,
tirando pontos do aluno por conta de sua indisciplina em sala de aula) está exercendo a
função disciplinadora, controladora.
As formas de excelência que a escola valoriza se tornam critérios e categorias que incidem
sobre a aprovação ou reprovação do aluno. Continua Perrenoud (2000): As classificações
escolares refletem às vezes, desigualdades de competências muito efêmeras, logo não se
pode acreditar na avaliação da escola. O fracasso escolar só existe no âmbito de uma
instituição que tem o poder de julgar, classificar e declarar um aluno em fracasso. É a escola
que avalia seus alunos e conclui que alguns fracassam.
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Até porque, o fracasso não é a simples tradução lógica de desigualdades reais. O fracasso é
sempre relativo a uma cultura escolar definida e, por outro lado, não é um simples reflexo
das desigualdades de conhecimento e competências, pois a avaliação da escola põe as
hierarquias de excelência a serviço de suas decisões. O fracasso é, assim, um julgamento
institucional.
A explicação sobre as causas do fracasso passará obviamente pela reflexão de como a
escola explica e lida com as desigualdades reais.
A avaliação entendida como uma ação pedagógica necessária para a qualidade do processo
ensino - aprendizagem deve cumprir, basicamente, três funções didático-pedagógicas:
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A informação procurada na avaliação se refere às representações mentais do aluno e às
estratégias utilizadas, para chegar a um determinado resultado. Os erros são objetos de
estudo, pois revelam a natureza das representações ou estratégias elaboradas pelo aluno. É
uma importante ferramenta de estímulo para o estudo, uma vez que sua principal utilidade é
apontar os erros e acertos dos alunos e dos professores no processo de ensino
aprendizagem, permitindo identificar deficiências e reformular seus trabalhos, visando
aperfeiçoá-los em um ciclo contínuo e ascendente.
Para a maioria dos estudiosos da área de educação, uma das funções básicas da avaliação
é o controle. Como controle pode-se entender os meios e a frequência das verificações dos
resultados do processo de ensino-aprendizagem, bem como a quantificação e qualificação
dos resultados, possibilitando o ajuste sistemático dos métodos que visam à efetivação dos
objetivos educacionais.
Hadji (2001), que afirma que a avaliação formativa que precede à ação de formação e possui
como objetivo, ajustar o conteúdo programático com as reais aprendizagens. Por ser uma
avaliação "informativa" e "reguladora", justifica-se pelo fato de que, ao oferecer informação
aos professores e alunos, permite que estes regulem suas ações. Assim, o professor faz
regulações, no âmbito do desenvolvimento das ações pedagógicas, e o aluno conscientiza-
se de suas dificuldades e busca novas estratégias de aprendizagem.
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Fernandes (2005) caracteriza a avaliação formativa, a partir das características descritas
abaixo.
O ambiente de avaliação das salas de aula induz uma cultura positiva de sucesso
baseada no princípio de que todos os alunos podem aprender. (p. 68-69)
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A avaliação somativa visa classificar os alunos segundo os seus níveis de aproveitamento do
processo de ensino-aprendizagem. É realizada ao final de um curso, período letivo ou
unidade de ensino, dentro de critérios previamente impostos ou negociados e geralmente
tem em vista a promoção de um grau para outro (Haidt, op. cit.). As funções da avaliação
deveriam ser aplicadas de forma interdependente, ou seja, não poderiam ser empregadas
isoladamente. Assim, a função diagnóstica só teria sentido se estiver referida como ação
inicial do processo didático-pedagógico que serve para apontar o caminho a ser seguido no
processo de ensino-aprendizagem, constantemente retro-alimentado pelos dados da função
formativa da avaliação para manter-se alinhado aos objetivos educacionais e, finalmente,
para classificar os alunos segundo seu grau de aproveitamento dentro dos critérios
estabelecidos de rendimento.
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avaliação que busca a regulação pedagógica, a gestão dos erros e a consolidação dos
êxitos.
Em termos de avaliação um aluno ter obtido média 6,0? E o aluno que tirou media 5,0? O
primeiro, na maioria das escolas está aprovado, enquanto o segundo, reprovado. Esses
conceitos por si só não justificam uma decisão de aprovação ou retenção, sem que sejam
analisados dentro do processo de ensino-aprendizagem, as condições oferecidas para
promover a aprendizagem do aluno, a relevância deste resultado na continuidade de
estudos, é, sobretudo, tornar o processo avaliativo extremamente reducionista, reduzindo as
possibilidades de professores e alunos tornarem-se detentores de maiores conhecimentos
sobre aprendizagem e ensino. Também não podemos nos esquecer dos instrumentos
utilizados para avaliar, que fundamentam este processo decisório e necessitam de
questionamentos, não só quanto a sua elaboração, mas, quanto à coerência e
adequabilidade com o que foi trabalhado em sala de aula e o modo com que o que vai ser
avaliado foi trabalhado.
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U NIDADE 8
Objetivos: Conhecer as modalidades e funções da Educação e sua aplicação no contexto
escolar.
Função: diagnosticar
Função: Controlar
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Modalidade (tipo) Somativa
Função: Classificar
A avaliação formativa é uma proposta avaliativa, que inclui a avaliação, no processo ensino-
aprendizagem. Ela se materializa nos contextos vividos pelos professores e alunos e possui
como função, a regulação das aprendizagens. A avaliação formativa possibilita aos
professores acompanhar as aprendizagens dos alunos, ajudando-os no seu percurso
escolar. É uma modalidade de avaliação fundamentada no diálogo, que possui como
objetivo, o reajuste constante do processo de ensino.
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avaliação; a seleção de tarefas, a sua função; as estratégias, os instrumentos; os espaços e
tempos, em que a avaliação formativa é desenvolvida; o feedback.
Tal estudo demonstrou que os grupos de professores, das duas escolas, fizeram da prática,
uma fonte para a aquisição de conhecimentos, assim, perceberam que, para que tais
conhecimentos pudessem tornar-se efetivos, havia a necessidade de uma mobilização, por
parte de todo o grupo de docentes, o que levaria a uma reflexão sobre a prática, tornando-os
"profissionais reflexivos" (Perrenoud, 2002).
O autor citado acima considera que o professor deve ser o mediador de uma avaliação
formativa, no contexto da sala de aula. O docente deve, conscientemente, planejar
estratégias, que viabilizem a prática dessa modalidade de avaliação. Tal prática deve estar
sustentada pela teoria e pelas peculiaridades do contexto pedagógico.
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Silva (2006) afirma, em seus estudos, que a avaliação formativa, no contexto brasileiro,
encontra três dificuldades para o seu desenvolvimento:
É uma modalidade de avaliação que ainda não é bem compreendida pelos docentes,
tornando-a, assim, um instrumento frágil, no processo ensino-aprendizagem;
No contexto de realização da avaliação, fica claro que a avaliação formativa, tem incluída,
dentro de sua concepção a avaliação diagnóstica. Quando é aplicado um diagnóstico aos
alunos, antes de se iniciar uma unidade de estudo, objetivando a coleta de informações, para
a condução do processo ensino-aprendizagem, está ocorrendo uma avaliação formativa,
uma avaliação a serviço da aprendizagen.
3. tem que ser ético, isto é, conduzido de maneira a respeitar os valores das pessoas e
instituições envolvidas, em um processo de negociação e de entendimento sobre os
critérios e medidas mais justas e apropriadas;
Fórum I
Avaliando a avaliação
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U NIDADE 9
Objetivos: – Entender a importância do Feedback na Avaliação Formativa.
O feedback deve ser expresso de maneira equilibrada nas formas oral, escrita ou não verbal,
no âmbito público ou privado, focando os conteúdos disciplinares específicos ou as
aprendizagens de natureza transversal. Receber esse retorno sobre suas aprendizagens é
um direito de todo aluno e, é fundamental para a aprendizagem. O feedback é um recurso
que estimula os processos cognitivos, proporcionando a auto-regulação da aprendizagem.
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É uma avaliação que atua no acompanhamento das aprendizagens. Ainda de
acordo com Perrenoud (1999), "a avaliação formativa ajuda o aluno a aprender"
(p. 103)”.
A observação é uma situação inerente à avaliação formativa, pois, por meio dela, cumpre-se
a função da avaliação formativa, que é a de compreender o contexto da aprendizagem,
analisando suas modalidades, mecanismos e resultados. Da observação, passa-se à
intervenção, ajudando o aluno a progredir, na construção de seus conhecimentos.
Esteban (2003) reafirma a ideia, já defendida por Scriven (1967), sobre a avaliação como
uma orientação das propostas pedagógicas, quando aborda a função da avaliação formativa,
afirmando que neste tipo de avaliação, o professor deve ter como objetivo, analisar os
resultados obtidos, para orientar o planejamento de suas ações. Essa postura de utilizar os
resultados da avaliação para planejar as aulas, contribui para a construção da identidade do
professor, como um profissional que reflete, a partir de suas práticas e, assim, constrói
conhecimentos durante sua prática. Portanto, a avaliação formativa possui, também, como
função, a característica de ser fonte para a construção do conhecimento do professor na
prática, (García, 2002). O caráter educativo precisa estar presente na avaliação, precisa
constituir-se como um elemento de formação.
O aluno deve aprender alguma coisa ao ser avaliado; a avaliação deve permitir-lhe firmar
suas aquisições. Ela deve ajudar o aluno a avançar e estimulá-lo, além de oferecer os meios
para que o aluno supere suas eventuais dificuldades. O objetivo principal de um projeto
pedagógico é o de proporcionar aprendizagens, portanto, a avaliação escolar deve existir a
serviço da construção de aprendizagens.
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U NIDADE 10
Objetivos: Conhecer e definir o método avaliativo.
Avaliar exige, antes que se defina aonde se quer chegar, que se estabeleçam os critérios,
para, em seguida, escolher os procedimentos; inclusive aqueles referentes à coleta de
dados, comparados e postos em cheque com o contexto e a forma nas quais foram
produzidos.
Para Hadji (2001), a passagem de uma avaliação normativa para a formativa, implica
necessariamente uma modificação das práticas do professor em compreender que o aluno é,
não só o ponto de partida, mas também o de chegada. Seu progresso só pode ser percebido
quando comparado com ele mesmo: Como estava? Como está? As ações desenvolvidas
entre as duas questões compõem a avaliação formativa.
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Ao aprofundar mais um pouco o tema é importante refletir sobre as seguintes questões: Para
que e a quem serve a avaliação? Quem avalia está preparado para ser avaliado? Como
administrar os subprodutos emocionais gerados pela avaliação? E, por fim, avaliação
Formativa versus Avaliação Normativa, que caminho seguir?
Segundo PERRENOUD, a avaliação encontra-se entre duas lógicas, ou seja, ela permeia o
campo da seleção ou o campo da aprendizagem; todavia, o renomado educador coloca a
avaliação como estando no “âmago das contradições do sistema educativo, constantemente
na articulação da seleção e da formação, do reconhecimento e da negação das
desigualdades”.
Nesse sentido a avaliação tem como ponto principal – considerada sob uma ótica tradicional
– A criação da hierarquia e da excelência, almejando “certificar aquisições do conhecimento
em relação a terceiros”; logo, ela serve também como instrumento de controle.
Segundo entendimento de Luckesi (1999, p.43) a avaliação para não ser autoritária e
conservadora, tem a tarefa de ser diagnóstica servindo de instrumento dialético do avanço, e
instrumento da identificação de novos rumos. Na página 44, o autor coloca que: a avaliação
deverá verificar a aprendizagem não só a partir dos mínimos possíveis, mas a partir dos
mínimos necessários. Enfatiza, também, a importância dos critérios, pois a avaliação não
poderá ser praticada sob dados inventados pelo professor, apesar da definição desses
critérios não serem fixos e imutáveis, modificando-se de acordo com a necessidade de
alunos e professores.
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O ato de avaliar deve pressupor uma tomada de decisão, pois a avaliação não tem um fim
em si mesma; ademais, ninguém avalia por avaliar, mas para agir sobre os resultados dela
advindos. No que tange ao educador, a avaliação transforma-se em seu principal instrumento
de trabalho; através dela, pode ele, alertar aos pais de que algo não está muito bem com o
educando; motivar ou embotar a progressão do educando, controlar a turma e manter a
ordem, e ainda, assegurar ou não o acesso a uma promoção.
É preciso entender que nem sempre os professores se sentem seguros para avaliar, quer
seja por uma deficiência em sua formação ou mesmo por estarem expostos às pressões
impostas pelos rigores regulamentares. De outra forma, o aluno, tentando desempenhar o
seu “ofício”; condicionado apenas a se interessar por aquilo que vale “nota”,
independentemente de vir a tornar-se o “aluno por um dia”, aquele que, tão logo realizada a
avaliação, já não se recorda mais do conteúdo estudado. É fácil perceber, portanto, a carga
emocional que permeia o campo avaliativo.
Assim sendo, o seu subproduto é dividido entre todos os agentes envolvidos, aqui incluídos
professores, alunos, pais, escolas e sistemas este tem sido o grande desafio proposto,
equacionar o problema de forma a resolvê-lo demanda mudanças, tanto no sistema didático
quanto no sistema escolar; o que não se consegue de uma hora para outra, senão pela
superação do medo e pelo enfrentamento da tradição.
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Que tipo de avaliação adotar?
Aquela que esbarra em obstáculos muitos fortes, como a mudança de práticas pedagógicas
tradicionalmente arraigadas, respaldadas por um sistema escolar ultrapassado, utilitarista e
coercitivo? Ou a outra, que mantém o status quo, cujo objetivo é criar mentes conformadas,
alienadas e dóceis? Obviamente a escolha não é tão simples quanto aparenta ser, não basta
optar por um ou outro tipo de avaliação, pela Formativa ou pela Normativa, o problema é
complexo, mesmo porque, nenhuma das duas são perfeitas.
Adotar o modelo de avaliação formativa é optar pela transformação da postura cultural dos
agentes envolvidos, bem como da construção de um novo paradigma educacional. Assim
sendo, passa-se a privilegiar outros tipos de práticas pedagógicas, a fim de encontrarmos
nelas, aquilo que o professor CELSO VASCONCELOS define como sendo a principal
finalidade da avaliação: “... A principal finalidade da avaliação no processo escolar é ajudar a
garantir a formação integral do sujeito pela mediação da efetiva construção do conhecimento,
a aprendizagem por parte de todos os alunos”. Rompendo-se então com a postura
característica da avaliação Normativa ou Tradicional, estaremos incidindo diretamente sobre
a relação pessoal e social que se dá durante o percurso avaliativo. Logo, há de surgir um
conceito dialético de Educação que visa superar o sujeito passivo presente no modelo
tradicional e também o sujeito ativo do novo modelo, almejando buscar o sujeito interativo
que deve existir no processo de ensino-aprendizagem.
No que diz respeito à avaliação Normativa pode-se atribuir a ela o “mérito” de impedir a
adoção de práticas pedagógicas diferenciadas. A maneira tradicional de avaliar ainda se
encontra muito presente no sistema educacional brasileiro que se mostrou dualista desde a
chegada dos jesuítas; nesse sentido, os educandos são considerados todos iguais, tendo as
mesmas capacidades de aprender, ao mesmo tempo e, portanto, com as mesmas chances
de atingirem a excelência, aqueles que não conseguirem é porque são fracassados.
Finalizando, deve-se sempre lembrar que: O ato de avaliar guarda em si a visão de mundo e
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de homem que se pretende formar e que, a avaliação deve servir para cada vez mais permitir
a cada um aprender.
Mantenha as atividades em dia. Reserve pelo menos algumas horas de seu dia para os
estudos complementares
Antes de dar continuidade aos seus estudos é fundamental que você acesse sua
SALA DE AULA e faça a Atividade 1 no “link” ATIVIDADES.
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U NIDADE 11
Objetivos: Conhecer as categorias da avaliação: Social, Cognitiva e Psicomotoras.
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Cognitivo: abrangendo a aprendizagem intelectual; objetivos que enfatizam relembrar
ou reproduzir algo que foi aprendido, ou que envolvem a resolução de alguma
atividade intelectual para a qual o indivíduo tem que determinar o problema essencial,
então reorganizar o material ou combinar ideais, métodos ou procedimentos
previamente aprendidos
O domínio cognitivo é dentre estes três, o mais frequentemente usado e, de acordo com a
taxonomia dos objetivos educacionais de Bloom, os seis níveis do domínio cognitivo são:
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Os processos são cumulativos, uma categoria cognitiva depende da anterior e, por sua vez,
dá suporte à seguinte. As referidas categorias são organizadas num gradiente em termos de
complexidade dos processos mentais.
Domínio Cognitivo
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DOMÍNIO AFETIVO
Dirigir sua atenção para ele de modo seletivo e intencional, ainda que os alunos portem-se
passivamente em relação ao valor apresentado.
2. Resposta:
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DOMÍNIO PSICOMOTOR
3. Execução acompanhada
5. Mecanização:
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U NIDADE 12
Objetivo – Conhecer os critérios da avaliação processual
Avaliação, por ser processual ou contínua, deve subsidiar a construção dos resultados
efetivamente desejados.
Para que a avaliação continuada aconteça de fato - e não mascarada pela prática da
promoção automática - é vital a existência de uma estrutura que lhe dê sustentação. Tal
estrutura inclui o preparo do professor para atuar nesse tipo de prática, condições
institucionais de espaço e tempo e, também, a conscientização das famílias. A avaliação
continuada de qualidade requer apoio e pode ser mais trabalhosa, mas apresenta vantagens
porque permite ações corretivas mais frequentes. Se a avaliação contribuir para o
desenvolvimento das capacidades dos alunos, pode-se dizer que ela se converte em uma
ferramenta pedagógica, em um elemento que melhora a aprendizagem do aluno e a
qualidade do ensino.
Constatar o que está sendo aprendido: o professor vai recolhendo informações, de forma
contínua e com diversos procedimentos metodológicos, julgando o grau de aprendizagem,
ora em relação a todo grupo-classe, ora em relação a um determinado aluno em particular.
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Adequar o processo de ensino aos alunos como grupo e àqueles que apresentam
dificuldades, tendo em vista os objetivos propostos.
A partir destas finalidades a avaliação teria as seguintes características: A avaliação deve ser
contínua e integrada ao fazer diário do professor: Ela deve ser realizada sempre que possível
em situações normais, evitando a exclusividade da rotina artificial das situações de provas,
na qual o aluno é medido somente naquela situação específica, abandonando-se tudo aquilo
que foi realizado em sala de aula antes da prova. A observação, registrada, é de grande
ajuda para o professor na realização de um processo de avaliação contínua.
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A avaliação processual leva ao diagnóstico, à análise da situação, à busca de alternativas
que promovam o crescimento. A pessoa humana é rica de possibilidades e está sempre em
transformação. A avaliação escolar deve ser uma ação de acompanhamento, de
conhecimento do estágio em que o educando se encontra, de reconhecimento de suas
capacidades e limites a fim de que cresça de um saber adquirido para outro mais elaborado
e enriquecido.
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U NIDADE 13
Objetivos: Compreender as diferentes funções que devem ser consideradas em relação à
avaliação.
É importante lembrar que há diferentes funções que devem ser consideradas em relação à
avaliação. O que se encontra ainda muito na escola é a avaliação com funções controladora
e classificatória. O professor que usa, em sua prática, ações punitivas (como por exemplo,
tirar pontos do aluno por conta de sua indisciplina em sala de aula) está exercendo a função
disciplinadora, controladora. A função classificatória da avaliação predomina quando a única
preocupação do professor está em atribuir ao aluno uma classificação, através de notas ou
conceitos.
Muito mais importante do que essas funções é a função diagnóstica. Aquela que detecta as
falhas na aprendizagem dos alunos, para que o professor possa saná-las. Ou seja, requer
uma atitude do professor para rever seus procedimentos de ensino e atender às
necessidades de aprendizagem dos alunos.
O ato de planejar e avaliar não são neutros. Pelo contrário, constituem-se enquanto
processos de tomada de decisões para ações frente a entendimentos filosóficos - políticos do
mundo e da realidade.
A Escola deve assim, cumprir a sua função de humanização e emancipação, para que o
aluno tenha a oportunidade de se desenvolver em seus múltiplos aspectos; repensando sua
prática, refletindo sobre o significado social do seu trabalho e buscando novas alternativas
para os inúmeros problemas educacionais.
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O planejamento deve ser compreendido como um processo de reflexão que tem como intuito
propiciar o despertar do sujeito, enquanto a necessidade de mudanças, e capacitá-lo para
atingir suas metas.
É preciso enfrentar essa realidade. Para tanto, deve-se refletir sobre as seguintes questões:
será que o educador pode ser responsável por pensar e executar sua prática? Seria possível
ao educador superar essa situação de alienação, na qual se encontra?
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construindo uma escola e, ao mesmo tempo, uma política educacional a partir da sala de
aula, que trabalhe com o conhecimento e com as emoções em suas diversas dimensões, de
forma problematizadora, crítica, reflexiva, criativa, confiante, amorosa, sistemática, concreta,
utópica, transformadora, alegre e feliz.
Nessa perspectiva, a realidade é o que está dado mais as possibilidades ainda não
exploradas. Como afirma Freire (1997, p.21): “significa reconhecer que somos seres
condicionados, mas não determinados. Reconhecer que a História é tempo de possibilidade
e não de determinismo, que o futuro é problemático e não inexorável”. Entende-se assim, o
planejamento como possibilidade de regularidade do real e possibilidade de mudança da
realidade em que se está inserido. Nesse contexto, é preciso compreender a estrutura
capitalista em que se vive, para a partir dela entender a função social da Escola, e os
entraves para que aconteçam grandes transformações na educação. Acredita-se que para
atingir algumas mudanças é preciso repensar o poder que a avaliação tem de mobilizar e
controlar todo o sistema educativo e social.
Vale mencionar que o processo avaliativo não tem sido nada fácil para os envolvidos no
processo educacional.
Avaliação e Planejamento
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enfoques de tratamento como o sociopolítico, o filosófico, o histórico-cultural e o
tecnológico, simultaneamente apontam caminhos para uma avaliação dialógica, da
aprendizagem, mediadora, formativa, processual. Caracterização de avaliação, segundo
Romão (1998):
Verificar resume-se a obtenção do dado ou informação que busca e pronto. A verificação não
implica que o sujeito retire dela consequências novas e significativas, pois não aproveitamos
os erros para revermos nosso trabalho, rediscutir o conteúdo dado e modificar a realidade
verificada.
Avaliar vai além, pois exige uma tomada de posição favorável ou desfavorável do objeto de
avaliação, com uma consequente decisão de ação. Na prática meramente verificativa o
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ensino é centrado no professor, baseia-se no desempenho de seus alunos em função dos
objetivos preestabelecidos.
Segundo Mendes (2005), deve-se trabalhar com uma avaliação formativa, que consiste em
uma prática de avaliação contínua, que contribua para melhorar as aprendizagens em curso;
deve acontecer assim, durante todo o processo de ensino aprendizagem e não somente em
dias previamente estabelecidos. Os momentos estanques, segundo a autora, causam ruptura
com o processo de ensino e de aprendizagem e dificilmente favorecem o desenvolvimento
da avaliação formativa.
A educação é um processo político, nesse sentido, não basta somente mudar a prática
avaliativa, é necessário mudar a metodologia de trabalho e as concepções de sociedade, de
educação, de conhecimento e de aprendizagem, assim, mudar a forma de avaliar implica em
repensar todo o processo pedagógico bem como todo o processo de definição do currículo.
Ao avaliar o professor emite um juízo de valor sobre o aluno, fundamentado em suas
concepções de vida, de educação, de aluno e de sociedade. Como destaca Vasconcellos
(2000), o problema da avaliação é muito sério e tem raízes profundas:
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Assim, a avaliação, numa perspectiva não mediadora, não emancipatória, reforça uma
concepção autoritária da avaliação enfatizando o controle, a seleção e a premiação de uma
pequena parcela dos estudantes. Nessa perspectiva as práticas avaliativas quando
enfatizam testes que objetivam apenas medir, verificar e classificar a aprendizagem dos
alunos, apenas reforça a ideologia sutil e complexa de controle e reprodução social.
Vale destacar que: a escola não deve ser aberta a todos e essencialmente reservada a uns
poucos detentores da cultura dominante, mas de fato, democrática no sentido de oferecer
condições concretas de inclusão àqueles que se encontram excluídos.
É preciso assim, construir um novo paradigma de Educação que não atue meramente como
reprodutora do sistema social e que os atos de planejar e avaliar sejam considerados atos
políticos e em consequência disso, ideologicamente definidos. Para executá-los nessa
perspectiva é preciso uma relação democrática entre educador e educando, com o diálogo
como base primordial, na qual compreenderemos toda a complexidade do planejamento, da
execução e avaliação do processo de ensino-aprendizagem.
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U NIDADE 14
Objetivos: Entender o planejamento como mecanismo fundamental e imprescindível para o
bom desempenho e sucesso de qualquer organização, partindo do princípio que é nesta
etapa que são definidas as ações necessárias para alcançar as metas estabelecidas.
O ato de planejar, como todos os outros atos humanos, implica em escolhas e, por isso, está
assentado numa opção axiológica. É uma “atividade-meio”, que subsidia o ser humano no
encaminhamento de ações e na obtenção de resultados desejados, portanto, orientada por
um fim. O ato de planejar se assenta em opções filosóficas e políticas; são elas que
estabelecem os fins de uma determinada ação. E esses fins podem ocupar um lugar, tanto a
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nível macro como a nível micro da sociedade. Onde quer que se situe, é um ato
axiologicamente comprometido.
Apesar desse fato constitutivo do ato de planejar a prática do planejamento em nosso país,
especialmente na Educação, tem sido conduzida como se fosse uma atividade neutra, sem
comprometimento. Por vezes, o planejamento é apresentado e desenvolvido como se tivesse
um fim em si mesmo; outras vezes, é assumido como se fosse um modo de definir a
aplicação de técnicas efetivas para obter resultados, não importando a que preço.
A glória, por vezes, daqueles que se dedicam à atividade de planejar situa-se na perfeição do
projeto elaborado e não na criticidade com que os fenômenos sociais envolvidos são
abordados. Uma manifestação desse processo relaciona-se com o aumento e
aperfeiçoamento das técnicas de planificar (modelos, fórmulas, esquemas, tipos de controle),
mas não com o aperfeiçoamento do ato político, que é o ato de planejar.
Tem ocorrido uma hipertrofia dos instrumentos de racionalização dos modos de agir. Nisso
tudo, o que mais importa permanece obscurecido: a finalidade social e política a que serve o
ato de planejar e de executar uma determinada ação. Não a finalidade imediata, ou seja, os
resultados imediatos que devem decorrer da execução do projeto em si -, mas a finalidade
social, a médio e em longo prazo.
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de sociedade” ao qual serve esse planejamento. Ou seja, é uma forma de escamotear a
realidade, por não a questionar.
Planejamento na prática escolar - Tanto no cotidiano escolar como nos livros de Didática, a
questão do planejamento escolar, no geral, possui as características desejadas não só por
nossos ex-ministros do Planejamento, como também por parte de alguns autores que
discutem essa temática: ou seja, as atividades de planejar são tomadas como neutras.
Planejar, nas escolas em geral, tem sido um modo de operacionalizar o uso de recursos –
materiais, financeiros, humanos, didáticos. As denominadas semanas de planejamento
escolar, que ocorrem no início de cada ano letivo, nada mais têm sido do que um momento
de preencher formulários para serem arquivados na gaveta do diretor ou de um intermediário
do professor pedagógico, como o coordenador ou o supervisor.
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do formulário são: objetivos, conteúdos, atividades, material didático, método de ensino,
avaliação e cronograma. O preenchimento desse formulário geralmente se dá a partir da
segunda coluna – conteúdos. Os conteúdos são transcritos dos índices do livro didático; a
seguir criam-se objetivos correspondentes aos conteúdos transcritos; subsequentemente,
seguem as indicações das páginas do livro didático correspondente ao conteúdo, algumas
atividades que poderão ser utilizadas no trabalho diário do ensino-aprendizagem etc., Isso,
de fato, não é planejar – é preencher formulário.
Essa é a forma de fazer do ato de planejar um ato neutro, como desejavam nossos ex-
ministros e como desejam todos os que defendem uma perspectiva conservadora para a
sociedade. Os livros de Didática, por sua vez, quando tratam do tema planejamento, não
apresentam uma postura muito diferente desta.
Há exceções, é claro, mas, no geral, o planejamento é apresentado como uma técnica neutra
de eficientização da ação. Para exemplificar, vamos tomar um livro que é muito difundo no
Brasil nos cursos Didática: Planejamento do ensino e avaliação, de Cláudia Maria Godoy
Turra et ali, em que encontramos definições do planejamento em diversos níveis que
denotam essa perspectiva. Vejamos:
Definição de planejamento
Planejamento educacional:
Planejamento curricular:
Planejamento do ensino:
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Desde a definição mais genérica de planejamento como “um conjunto de ações
coordenadas”, visando “atingir os resultados previstos de forma mais eficiente e econômica”,
passando pela de planejamento educacional como “abordagem racional e científica dos
problemas da educação”, pelo de planejamento curricular como “previsão de todas as
atividades do educando para atingir os fins da educação”, até a mais específica de
planejamento de ensino como: “previsão inteligente e calculada de todas as etapas de
trabalho na escola, possibilitando melhores resultado e em consequência maior
produtividade”, não se encontra nenhuma referência à necessidade de uma discussão
política da ação que se vai realizar. Esse tipo de entendimento, assim como a prática
educativa de planejamento que vem sendo feita na escola, conduz ao que o ex-ministro
Delfim Neto desejava, ou seja, que todos compreendam que o planejamento é uma atividade
neutra, ainda que, de fato, não o seja.
Aí se manifesta uma postura acrítica ante a prática educativa. É como se tudo já estivesse
plenamente definido. Parece que não há mais nada a definir; basta operacionalizar os meios.
Este posicionamento obscurece o fato de que o tempo e a história existem e significam
movimento, transformação; e também, de que cada dia é um novo momento e, por isso
mesmo, necessita ser repensado e redimensionado a partir da base, da raiz.
Com essa postura, na prática de planejar, estamos assumindo a vida e a prática educativa
como uma coisa estática, definitiva, como se bastasse tão-somente operacionalizá-la, sem
necessidade de redimensioná-la. Ora, a vida e os processos sociais mudam a cada momento
e, em consequência, a atividade pela qual os seres humanos dimensionam o seu futuro.
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Planejamento escolar: o que pode ser
No seu livro Projeto esperança, Roger Garaudy nos mostra que, para construir o futuro, não
basta estarmos atentos aos meios educativos; temos de estar atentos aos fins. Diz ele:
A função primordial da educação já não pode adaptar a criança a uma ordem pré-existente,
fazendo com que assimile os conhecimentos e o saber destinados a inseri-la em tal ordem,
como procederam gerações anteriores, mas, ao contrário, ajudá-la a viver num mundo que
se transforma em ritmo sem precedentes históricos, tornando-a, assim, capaz de criar o
futuro e de inventar possibilidades inéditas.
O problema em questão não pode mais ser resolvido simplesmente por uma “reforma do
ensino”, isto é, por uma modificação dos meios que permita atingir melhor os fins até aqui
visados, mas por uma verdadeira “revolução cultural”, que ponha novamente em questão
esses fins, e se oriente para a pesquisa e a descoberta de um novo projeto de civilização.
Já não basta – e nunca bastou – pensar nos meios, nas técnicas e na sofisticação dos
recursos tecnológicos. Eles são necessários, mas como meios. Torna-se premente aprender
a meditar sobre os fins e os valores que devem orientar a Educação. E, então, os meios
serão selecionados tendo em vista os fins. Necessita-se de eficiência; não eficiência para
qualquer finalidade, mas que auxilie a dar conta das perspectivas de vida sadia para os seres
humanos. Importa que a prática de planejar em todos os níveis – educacionais curriculares e
de ensino – ganhe a dimensão de uma decisão política, científica e técnica. É preciso que
ultrapasse a dimensão técnica, integrando-a numa dimensão político-social. O ato de
planejar, assim assumido, deixará de ser uma simples estrutura de meios e recursos, para
tornar-se o momento de decidir sobre a construção de um futuro. Será o momento de
dimensionar a nossa mística de trabalho e de vida.
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Para tanto, é necessário estar de olhos voltados para o futuro e não para o passado. O
passado serve para o reconhecimento de como foi a vida e para fundamentar as decisões de
mudanças de rota. Contudo, a construção está para o futuro. Há que se estar aberto para
ele. Nesse sentido, reconhecer o mundo contemporâneo, suas necessidades e suas
aberturas para o futuro é importante. A compreensão e a assunção do presente em função
do futuro é que dará a dimensão político-social ao ato de planejar.
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ação”, a avaliação será uma forma pela qual podemos tomar, genericamente falando, dois
tipos de decisão. Uma delas tem a ver com a dimensão do próprio projeto de ação. A
avaliação subsidia a própria produção do projeto ou o seu redimensionamento. O projeto
pode ter ficado defasado em virtude das novas dimensões da realidade e das novas
exigências do presente; pode ter sido muito pretensioso, necessitando, por isso, de novo
tratamento; pode ter sido incompatível com o meio onde está atuando. A avaliação será,
então, um sistema de crítica do próprio projeto elaborado e que se deseja levar adiante.
Outro tipo de decisão que a avaliação subsidia refere-se à construção do próprio projeto. O
“boneco” está planejado; agora importa dar-lhe forma real, utilizando-se para isso de todos
os recursos definidos. Nesse nível, a avaliação é um constante olhar crítico sobre o que se
está fazendo. Esse olhar possibilita que se decida sobre os modos de como melhorar a
construção do projeto no qual estamos trabalhando. Aqui, a avaliação contribui para
identificar impasses e encontrar caminhos para superá-los; ela subsidia o acréscimo de
soluções alternativas, se necessárias, para um determinado percurso de ação, etc.
Usualmente, entende-se a avaliação crítica como um modo pelo qual se pode “atirar na cara
do outro” as suas fragilidades, assim como suas possíveis irresponsabilidades, criando um
clima de guerra entre aqueles que trabalham num projeto. Quando a avaliação tiver esta
característica, com certeza não será crítica, uma vez que será uma forma de destruir um
processo.
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Para que a avaliação seja uma crítica do percurso, é necessário que todos os envolvidos em
um projeto estejam com “a mesma camisa”, como se diz. Estar com a mesma camisa não
significa ser “vaca do presépio”, que bate a cabeça dizendo “sim” a tudo: significa, sim, estar
envolvido na construção de um projeto comum e, para isso contribuir, analisando,
observando pontos de estrangulamento, sugerindo e se se comprometendo. O diretor, como
líder de um processo, deverá trabalhar para coordenar essa dinâmica de construção da
crítica.
Claro, por vezes, haverá rupturas num processo de construção da ação. Então, temos de ter
a clareza de compreender que na ruptura não se constrói uma ação dimensionada, mas que
se redimensiona uma forma nova de agir. As rupturas existem e existirão. Precisamos saber
administrá-las, para retirar delas o que há de positivo. O diretor de uma instituição escolar,
como líder de um grupo de trabalho, tem responsabilidade de, sadiamente, coordenar a
construção do projeto escolar. Para isso, terá de saber ouvir, dialogar, trabalhar, para que se
chegue a um consenso do que vai ser construído coletivamente; e então, a partir daí, ele terá
de ser o pólo de coordenação dessa atividade. A avaliação, como crítica de um percurso de
ação, será, então, um ato amoroso, um ato de cuidado, pelo qual todos verificam como estão
criando o seu “bebê” e como podem trabalhar para que ele cresça.
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U NIDADE 15
Objetivos: Entender a avaliação como ferramenta importante no redimensionamento daquilo
que foi planejado
Planejamento e Avaliação
De acordo com Luckesi (1992), "enquanto o planejamento é o ato pelo qual decidimos o que
construir, a avaliação é o ato crítico que nos subsidia na verificação de como estamos
construindo o nosso projeto.
Sendo assim, a avaliação permeia todo o ato de planejar e de executar e, dessa forma,
contribui em todo o percurso da ação planificada. Necessária para a construção crítica de um
percurso, a avaliação é uma ferramenta importante no redimensionamento daquilo que foi
planejado e inerente ao ser humano.
A avaliação se constitui num processo indispensável ao próprio ato de planejar, uma vez que
permite responder se as atividades planejadas foram realizadas a contento, ou seja, se os
resultados previstos no planejamento foram alcançados e em que medida.
Entender o significado da escola e suas relações no sistema educacional, bem como com a
sociedade, tornou-se uma exigência imprescindível para garantir um planejamento realmente
participativo.
A escola é influenciada por forças "externas" e "internas". Enquanto em uma unidade social
os "elementos que integram a vida escolar são, em parte, transpostos de fora; em parte,
redefinidos na passagem, para ajustar-se às condições grupais; em parte, desenvolvidos
internamente e devidos a estas condições. Longe de ser um reflexo da vida da comunidade,
as escolas têm uma atividade criadora própria, que faz de cada uma delas um grupo
diferente dos demais" (Cândido, 1987, p.12-13, grifo do autor).
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Nesse sentido a realidade de cada escola deve ser pensada e planejada segundo as suas
características específicas.
Analisar a realidade particular de cada escola torna-se uma tarefa fundamental no processo
de planejamento, pois "problemas" semelhantes não são necessariamente identificáveis, ou
seja, o mesmo "problema" deve ser pensado de forma diferente, em distintas realidades
escolares.
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2. Acompanhamento da execução das operações pensadas no Plano Escolar, de forma
a fazer, caso seja necessário, as alterações nas operações de forma que essas
alcancem os objetivos propostos.
Todo processo de planejamento participativo tem por função transformar uma dada
realidade. Espera-se que, com a implementação do Plano Escolar, ocorram mudanças
políticas, pedagógicas e administrativas na realidade escolar, pois, de outra forma, o
planejamento e o Plano Escolar, não passam de mera formalidade legal do sistema
educacional. Novas formas de produção do planejamento e do Plano Escolar, novos
conteúdos, grandes e belos objetivos serão letra morta se surgirem de um processo que não
contempla a participação efetiva dos agentes educacionais no processo de planejamento e
na elaboração do Plano Escolar.
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Essas funções não ocorrem de forma isolada ou estanque, antes se constituem em
processos que, de forma sistemática, articulada e permanente, buscam garantir a
organização e o desenvolvimento da gestão da escola. Elas irão se materializar nos planos e
projetos elaborados pela escola.
No processo de organização tem que ficar claro que, a concepção de planejamento deve ser
assimilada para que possa ser assegurada uma efetiva organização do trabalho da escola e
uma gestão democrática e participativa, conforme o desejado por aqueles que fazem
educação. O processo e o exercício de planejar constituem uma antecipação da prática, ou
seja, planejar é prever e programar as ações e os resultados desejados, possibilitando à
equipe gestora a tomada de decisões.
Sem planejamento, as ações dos diversos atores da escola irão ocorrer ao sabor das
circunstâncias, com base no improviso ou na reprodução mecânica de planos anteriores e
sem avaliar os resultados do trabalho. A falta de planejamento leva a equipe gestora a se
especializar em apagar incêndios, mas nem todos os incêndios podem ser apagados sem
que haja sérios prejuízos.
Trabalho ou planos de ação onde são definidos seus objetivos e sistematizados os meios
para a se especializar em apagar incêndios, mas, nem todos os incêndios podem ser
apagados sem que haja sérios prejuízos a execução, bem como os critérios de avaliação da
qualidade do trabalho que realiza. Sem planejamento, as ações dos diversos atores da
escola irão ocorrer ao sabor das circunstâncias, com base no improviso ou na reprodução
mecânica de planos anteriores e sem avaliar-se os resultados do trabalho.
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Deve-se observar no processo de planejamento e na organização geral do trabalho o tipo de
gestão que se desenvolve na escola. O planejamento escolar não pode ser conduzido de
forma autoritária e centralizadora, uma vez que se pretende instituir uma cultura mais
democrática e participativa nos processos desenvolvidos na escola.
Uma gestão democrática não se constrói sem um planejamento participativo, que conte com
o envolvimento dos segmentos representativos da comunidade escolar nos processos de
tomada de decisão, bem como na definição de metas e estratégias de ação. A participação
dos diferentes segmentos da comunidade escolar nesse processo é fator relevante para o
seu sucesso, pois agrega ao planejamento o compromisso e a corresponsabilidade na
consecução de metas e objetivos definidos.
O importante aqui é considerar que, para conseguir uma sociedade democrática é preciso
estimular o desenvolvimento de práticas democráticas. Uma sociedade marcada pela
desigualdade e pela injustiça, como o caso da sociedade brasileira, não irá se transformar
numa sociedade justa, igualitária e democrática com um passe de mágica. Para se chegar a
essa sociedade, as ações devem estar em sintonia com as utopias. As dificuldades para
instituir uma cultura de participação na escola são muitas, mas, se o processo de
planejamento da escola for visto como um mecanismo que pode contribuir para a superação
do imobilismo da comunidade escolar, o desenvolvimento dessa ação coletiva é
imprescindível.
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Diagnóstico e análise da realidade da escola: busca de informações reais e
atualizadas que permitam identificar as dificuldades existentes e as causas que as
originam, em relação aos resultados obtidos até então.
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gestora a tomada de decisões. Sem planejamento, as ações dos diversos atores da escola
irão ocorrer ao sabor das circunstâncias, com base no improviso ou na reprodução mecânica
de planos anteriores e sem avaliar os resultados do trabalho.
O planejamento escolar não pode ser conduzido de forma autoritária e centralizadora, uma
vez que se pretende instituir uma cultura mais democrática e participativa nos processos
desenvolvidos na escola. Planejamento é processo que deve gerar planos de trabalho ou
planos de ação com temporalidade definida e áreas específicas.
Aquilo que for gerado pelo processo de planejamento deve assegurar a operacionalização
do projeto político-pedagógico, garantindo a manutenção do instituído e instituição do novo.
Uma gestão democrática não se constrói sem um planejamento participativo, que conte com
o envolvimento dos segmentos representativos da comunidade escolar nos processos de
tomada de decisão, bem como na definição de metas e estratégias de ação.
FÓRUM II
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U NIDADE 16
Objetivos: Compreender as questões relativas à avaliação da aprendizagem, realizada pelo
professor em sua sala de aula, e a avaliação das diferentes instâncias de governo.
Avaliação na Atualidade
Nos últimos anos, a avaliação assumiu grande importância nas políticas dos governos,
devido ao crescimento das avaliações externas, como forma de medir a evolução
educacional de um país, e, consequentemente, as escolas também passaram a trabalhar
com um olhar voltado para essas avaliações externas. No contexto da educação brasileira, a
partir dos anos noventa do século XX, a centralidade da avaliação se tornou ainda maior na
medida em que inúmeros programas e sistemas passaram a ser implementados sob a
coordenação dos governos federal, estadual e municipal. Essa centralidade se coloca não
apenas para a realidade brasileira, mas situa-se no contexto mundial no processo de
redefinição de seu papel. Deste modo, para além das questões relativas à avaliação da
aprendizagem, aquela realizada pelo professor em sua sala de aula, agora a avaliação
passou a se constituir em uma das tarefas das diferentes instâncias de governo.
Porque avaliamos?
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A partir da Constituição de 1988. Ficou estabelecido que um dos princípios a reger o ensino
é “a garantia de padrão de qualidade” (Art. 206, inciso VII).
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ensino, fenômeno acompanhado de uma tendência de melhoria dos indicadores de eficiência
do sistema, especialmente no ensino fundamental.
O Ministério da Educação vem realizando, desde 1995, um grande esforço para implantar um
consistente sistema de informações educacionais, reconhecendo a importância deste
instrumento para uma gestão eficiente dos programas e das políticas para o setor. Os
avanços alcançados neste período foram notórios, a começar pela completa reestruturação
do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP), responsável pelo
desenvolvimento e implantação do Sistema Integrado de Informações Educacionais (SIED),
que subsidia a formulação e implementação de políticas dos diferentes níveis de governo.
Apontado pelo Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (SAEB), este aparente
antagonismo se desfaz quando se examina com maior profundidade a evolução dos
principais indicadores educacionais na década de 90. De fato, se do ponto de vista
quantitativo a expansão do sistema educacional brasileiro atingiu patamares bastante
razoáveis, aproximando o país da meta de universalização do ensino fundamental, o mesmo
não pode ser dito em relação aos indicadores de qualidade e equidade, que permanecem
muito distantes dos padrões desejados pela sociedade e necessários ao desenvolvimento
nacional. Nisso reside o dilema que o Brasil enfrenta na área educacional e para o qual a
atenção do Poder Público tem se voltado.
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atingida. Dessa forma, o Estado cumprirá formalmente a exigência estabelecida pela
Constituição de 1998 que determinou a obrigatoriedade deste nível de ensino e o dever do
sistema público de assegurar sua oferta. De fato, a taxa de escolarização líquida da
população de 7 a 14 anos saltou de 67%, em 1970, para 95,8%, em 1983. O crescimento da
matrícula se intensificou na década de 90, respondendo a políticas mais incisivas e
focalizadas de universalização do atendimento, implementadas em parceria pelos três níveis
de governo. Com isso, o Brasil conseguiu suplantar com cinco anos de antecedência a meta
com a qual havia se comprometido no Plano Decenal de Educação para Todos, que previa
elevar a, no mínimo, 94% a cobertura da população em idade escolar até 2003.
O sucesso deste esforço para universalizar o ensino fundamental, em que pese a existência
de profundas desigualdades regionais nas condições de oferta, gerou como fenômeno a
acelerada massificação do sistema educacional. O Brasil tem hoje, somados todos os níveis
e modalidades da educação básica, cerca de 51 milhões de alunos. Se forem acrescidas as
matrículas do ensino superior e da pós-graduação, este contingente supera 53 milhões de
matrículas, o que corresponde a pouco menos de um terço da população total do país. No
entanto, apesar do alargamento do acesso, o que se comprova pela concentração de cerca
de 36 milhões de matrículas no ensino fundamental o sistema educacional brasileiro
permanece ainda bastante afunilado, pois uma parcela muito pequena completa a educação
básica, que inclui o ensino médio, e uma proporção ainda menor alcança o ensino superior.
Não obstante a todos os problemas apontados, o balanço da última década é positivo para a
educação brasileira, registrando-se um salto de qualidade no ensino fundamental, com a
melhoria do fluxo escolar, a queda das taxas de repetência e evasão, o aumento da taxa de
aprovação e do número de concluintes. No ensino médio também se verifica um quadro
promissor, destacando-se a rápida expansão da matrícula e a gradual melhoria dos
indicadores de transição. O ensino superior, que enfrentou um período de estagnação nos
anos 80, retomou o processo de crescimento, agora pressionado pelo aumento do número
de concluintes do ensino médio. Neste contexto, surge uma nova preocupação central no
debate das políticas educacionais: a melhoria da qualidade e a busca da equidade. Saber o
que e como os alunos estão aprendendo, quais as escolas que são mais efetivas e por que
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apresentam um desempenho melhor; discutir o novo perfil do professor e a matriz
organizacional da escola; criar mecanismos que garantam a equalização das condições de
oferta do ensino público e que promovam o sucesso escolar: estes foram os temas que
passaram a frequentar a agenda das políticas educacionais nos anos 90.
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responsabilidades dos estados e municípios na oferta dos serviços educacionais. Além disso,
foram criados mecanismos que incentivam a parceria e a articulação das três esferas do
Poder Público em torno de uma meta comum: a melhoria da qualidade da aprendizagem e a
busca da escola efetiva.
Dessa forma, o governo federal deixou de ser um executor direto de ações – especialmente
na área da educação básica – e adotou a descentralização dos seus programas e a
cooperação com os Estados e os municípios como principais estratégias de intervenção no
sistema educacional de descentralização dos seus programas e a cooperação com os
Estados e os municípios como principais estratégias de intervenção no sistema educacional.
Esta nova postura levou tanto ao engajamento das redes estaduais e municipais de ensino
na implementação dos projetos de avaliação de âmbito nacional, especialmente do Sistema
Nacional de Avaliação da Educação Básica (SAEB), quanto no esforço que muitos sistemas
de ensino empreenderam para criar sistemas próprios de avaliação.
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U NIDADE 17
Objetivos: Conhecer os instrumentos de avaliação
Instrumentos de Avaliação
Por mais rigor que os professores queiram dar aos instrumentos de avaliação, a
subjetividade está inevitavelmente presente: na escolha que se faz dos itens, no modo como
se apresentam, na linguagem que se utiliza, entre outros.
Cada suporte ainda se pode ter diversas estruturas. Por exemplo, utilizando o suporte da
escrita, pode-se pedir ao aluno para resumir, completar, reconstituir, enunciar. Os materiais
que integram os instrumentos de avaliação podem provocar no aluno inibição ou rejeição se
forem utilizadas palavras cujo significado os alunos não conhecem, se tiverem necessidade
de utilizar objetos que não manipulem com facilidade. Bloqueios afetivos podem também
surgir se os materiais forem conotados socialmente.
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Não se quer dizer com isso que se deva construir um instrumento de avaliação para cada
aluno. No entanto, a diversificação não é só desejável, mas, também, possível. A tentativa de
avaliar com justiça levou à criação de novos tipos de instrumentos e à utilização, em
educação, de outros tradicionalmente ligados a outras áreas. A avaliação continuada se
utiliza de vários instrumentos, tais como: provas, testes, trabalhos individuais e de grupo,
observações sistemáticas, trabalhos de casa etc.
A avaliação deve ocorrer como um processo sistemático e não apenas como um resultado.
Essa é a ideia que precisa ser compreendida e assumida pelos profissionais da educação. É
nessa ótica que entendemos a avaliação continuada, que nada mais é do que a avaliação
durante todo o processo de ensino-aprendizagem, cujos objetivos transcendem em muito a
tarefa de aprovar ou reprovar. A avaliação continuada previne a repetência, porque ressalta a
necessidade de se corrigir as deficiências ao longo do ano letivo. Não faz sentido, assim,
aplicar apenas uma prova, seja bimestral ou semestral, depois que todas as aulas já foram
ministradas e, com base nesse resultado, decidir pela aprovação ou reprovação dos alunos.
A Prova é apenas uma das formas de se gerar Nota, que por sua vez, é apenas uma das
formas de se Avaliar. (Vasconcellos, 1993). Em relação às diferentes formas de se avaliar,
há algumas questões que merecem ainda ser colocadas. Provas e testes não devem ser
descartados, mas também não podem ter exclusividade. Há outros tipos de avaliação que
devem ser complementares às avaliações do desempenho escolar, tais como a
autoavaliação, que é uma forma do professor dividir a responsabilidade pela avaliação com o
aluno e deste desenvolver estratégias de análise e interpretação de sua própria atuação e
dos diferentes procedimentos para se avaliar.
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do teste, podem-se acrescentar a observação sistemática (através de registros em tabelas,
listas de controle, diário de classe, etc. e a análise das produções dos alunos. (MEC, 1997)
Não há fundamento para a expectativa de que o aluno que repete vá trabalhar com sucesso
os mesmos conteúdos no ano seguinte. Aliás, há várias pesquisas demonstrando justamente
o contrário. Existe, na verdade, urgência em rever os critérios e indicadores da avaliação.
Afinal, diante de um fenômeno que desafia a todos: o alto índice de repetência.
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"caminho" escolar - de acertos e erros - do aluno. Mais grave ainda é a culpabilização do
aluno por não ter aprendido e, por extensão, a de seus pais. É através destas visões
distorcidas e totalmente equivocadas que se realimenta um dos mecanismos mais graves de
exclusão social.
Por outro lado, muito se tem trabalhado em prol de uma educação de qualidade para todos
neste país. Mas há muito que fazer ainda. Considera-se um avanço significativo se, nas
escolas, a avaliação for colocada como elemento realmente integrador entre a aprendizagem
e o ensino. Como instrumento de reflexão crítica da prática pedagógica e como ferramenta
útil à melhor compreensão, pelo aluno, do seu processo de construção do conhecimento.
A Lei 9.394/96, a LDB, ou Lei Darcy Ribeiro, não prioriza o sistema rigoroso e opressivo de
notas parciais e médias finais no processo de avaliação escolar. Para a LDB, ninguém
aprende para ser avaliado. Prioriza mais a educação em valores, aprende-se para se ter
novas atitudes e valores.
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pratique a autoavaliação, começando pela apreciação de si mesmo, de seus erros e acertos,
assumindo a responsabilidade por seus atos. Daí, a necessidade de uma educação
dialógica, abalizada na troca de ideias e opiniões, de uma conversa colaborativa em que não
se conjectura o insucesso do aluno Quando o educando sofre com o insucesso, também
fracassa o professor. A escola deve riscar do dicionário a palavra FRACASSO. A intenção
não é o aluno tirar nota e sim "aprender", já que ainda existe nota, que ela possa ser utilizada
realmente como um identificador para o professor da necessidade de retomar a sua prática
pedagógica. A avaliação quando dialógica culmina na interação e no sucesso da
aprendizagem, pois o diálogo é fundamental, e o professor através dela se comunica de
maneira adequada, satisfatória e prazerosa com o aluno.
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U NIDADE 18
Objetivos: Compreender que o ato de avaliar implica momentos e procedimentos.
1º Momento
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A utilização desses instrumentos exige alguns cuidados especiais de elaboração, aplicação e
leitura das respostas dadas pelos alunos.
Mais uma vez, deve ficar claro que a leitura dos dados, ou correção, não deve visar apenas à
colocação da nota, nem enfatizar tão somente as respostas certas. A nota, em números ou
letras, é apenas uma mensagem, uma convenção utilizada para comunicação com os alunos
e seus pais.
2º Momento
Há questões que precisam ficar claras: a primeira é que o instrumento deve ser coerente
com o objetivo da avaliação, isto é, com as informações que se quer obter e com o processo
de ensino e aprendizagem em desenvolvimento; a segunda é que se deve estar atento para
avaliar somente o que foi trabalhado e o que, de fato, tem significado para o desenvolvimento
do aluno.
3º Momento
No terceiro momento, é preciso comparar os resultados obtidos com o que foi considerado
importante no processo educativo, para qualificar os resultados e fazer a tomada das
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decisões que possibilitem reorientar o processo na direção das aprendizagens mínimas,
dentro dos critérios estabelecidos e, com eles, encaminhar algumas medidas a serem
tomadas.
Finalmente, a atribuição de notas. A avaliação não é atribuição de nota. Essa é apenas uma
das inúmeras maneiras de serem expressos os resultados da avaliação. À medida que se
alarga a compreensão da avaliação, a nota passa a ter menos importância, e se coloca
menos difícil o seu registro. O interesse maior, portanto, deve ser a aprendizagem do aluno e
não o registro do resultado em notas.
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U NIDADE 19
Objetivos: Compreender a Avaliação Institucional como um procedimento para reorientar os
rumos da instituição educacional, tendo como referência um padrão ser atingido
Avaliação Institucional
A avaliação institucional não pode reduzir-se a um processo técnico por que ela deve estar
inserida num projeto de educação e de sociedade, um projeto político-pedagógico. Como
sustenta Celso dos Santos Vasconcellos (1998), na perspectiva de uma “práxis
transformadora” a avaliação deve ser considerada como um “compromisso com a
aprendizagem de todos” e “compromisso com a mudança institucional”. Porque a avaliação
institucional e escolar coloca em evidência o projeto institucional, os fins da educação e as
concepções pedagógicas, ela se constitui num momento privilegiado de discussão do projeto
político-pedagógico da escola.
Discutir um referencial para esse projeto é essencial. Nesse contexto pode-se falar, com
Habermas, em dois tipos de racionalidade que fundamentam o paradigma do projeto político
da escola: uma racionalidade instrumental (de dominação) e uma racionalidade comunicativa
(intersubjetiva). O tema da avaliação está pondo em relevo não apenas os modelos de
escola e as políticas educacionais, mas também o tipo de racionalidade que as fundamenta.
A “razão instrumental” que tem mais intensivamente fundamentado nosso fazer pedagógico
na escola e que estrutura as nossas relações no interior dela, conduz a uma escola
burocrática e rotineira. Mas é no encontro de sujeitos que se constrói um projeto. A
intersubjetividade (Habermas) e o diálogo (Paulo Freire) são essenciais não apenas para o
necessário entendimento entre as pessoas, mas para o cumprimento dos próprios fins da
escola. Um modelo comunicativo da escola a ser construído como escopo da avaliação
emancipatória, deve facilitar a função social da escola como “serviço pública” e como
formadora do cidadão e da cidadã.
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Princípios de autonomia
Para a escola desempenhar o papel que a sociedade espera dela, enfatizam-se, hoje, os
princípios da autonomia. A autonomia permite que escola assuma sua própria gestão com
liberdade para encontrar a melhor sintonia com a comunidade que atende, de modo a
desenvolver a relevância social e econômica da educação que oferece. Por outro lado, a
autonomia das escolas liberou os órgãos educacionais de suas antigas funções
administrativas, substituindo-as pelas funções de avaliação da qualidade e de
assessoramento às redes de ensino. Isto significa que, as secretarias de educação, agora,
deixam para a escola algumas funções meramente administrativas e podem assumir mais o
papel de dar apoio ao funcionamento das escolas e avaliar a qualidade do ensino oferecido
1. Prestar contas à sociedade que, afinal, é quem paga a educação que recebe; e
Avaliar significa acompanhar mais de perto, aumentando as interações entre a equipe para
aprimorar as ações da escola como um todo. E também, verificar se as funções e prioridades
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determinadas coletivamente estão sendo realizadas e atendidas com os resultados
esperados. É este contraponto entre o pretendido e o realizado que dá sentido à avaliação.
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Envolvimento direto de todos os segmentos da comunidade escolar - interna e externa - na
execução e na implementação de melhoria do desempenho escolar, tanto administrativo
(gestão), quanto pedagógico (ensino).
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U NIDADE 20
Objetivos: Conhecer as características da avaliação institucional.
Objetivos específicos:
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Características:
1- Sensibilizar
A escola deve realizar diversas reuniões e encontros, para sensibilizar professores, alunos,
funcionários e membros da comunidade usuária para as vantagens e perigos da avaliação.
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Para iniciar o processo de sensibilização a escola pode convidar especialistas em avaliação
institucional.
Para participar tem que conhecer, portanto é interessante fornecer textos para a discussão
do assunto e aprofundar o conhecimento sobre avaliação institucional.
Depois que todos tiverem entendendo como será realizada a avaliação e para que serão
utilizados os resultados, ai já se pode dar inicio ao diagnóstico da realidade
2- Diagnosticar
3- Avaliação Interna
Para facilitar o entendimento, vamos estudar algumas dimensões e dentro delas estão os
indicadores.
É claro que o que se mostrará aqui será apenas uma sugestão. Quanto mais autônoma for
uma escola mais preparada ela estará para definir as dimensões e os indicadores que quer
avaliar
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a.Avaliação das séries.
b. Avaliação da disciplina
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Instrumentos de avaliação, conteúdos das avaliações, atividades
práticas;
Desempenho didático-pedagógico;
Aspectos éticos.
d. Avaliação do aluno
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E por sua motivação no trabalho.
A avaliação externa
A avaliação externa tem o papel de complementar e validar a avaliação interna. Seu ponto de
partida é o relatório da autoavaliação e contempla os mesmos aspectos da avaliação interna,
sempre em uma perspectiva complementar.
Antes de dar continuidade aos seus estudos é fundamental que você acesse sua
SALA DE AULA e faça a Atividade 2 no “link” ATIVIDADES.
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U NIDADE 21
Objetivos: Entender a importância da autoavaliação Institucional como um processo contínuo
construindo conhecimento sobre a sua realidade com o objetivando alcançar maior
relevância social.
A avaliação interna é coordenada pela Comissão Própria de Avaliação (CPA) criada por
cada instituição e orientada pelas diretrizes e pelo roteiro da autoavaliação institucional da
Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior (Conaes).
Os aspectos avaliados pela Avaliação Interna estão descritos nas Orientações Gerais para o
roteiro da autoavaliação, documento de orientações e sugestões do Sinaes.
Esses aspectos são divididos em três núcleos: Núcleo básico e comum, Núcleo de temas
optativos e Núcleo de documentação, dados e indicadores. O núcleo básico e comum
contempla as informações que obrigatoriamente devem integrar os processos de todas as
IES. Já o núcleo de temas optativos contém tópicos que podem ser ou não selecionados
pelas IES para avaliação. Por fim, no núcleo de documentação, dados e indicadores são
apresentadas informações que podem contribuir para fundamentar e justificar as análises e
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interpretações. O ciclo da Avaliação interna é de dois anos. Ao final deste processo, a CPA
deve produzir relatório final de avaliação interna e encaminhar ao INEP.
A avaliação das condições de ensino (ACE), aplicada aos cursos nos casos em que a
comissão de avaliação julgar necessária uma verificação;
Bases legais
A avaliação interna é coordenada pela Comissão Própria de Avaliação (CPA) criada por
cada instituição e orientada pelas diretrizes e pelo roteiro da autoavaliação institucional da
Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior (Conaes).
Os aspectos avaliados pela Avaliação Interna estão descritos nas Orientações Gerais para o
roteiro da autoavaliação, documento de orientações e sugestões do Sinaes.
Esses aspectos são divididos em três núcleos: Núcleo básico e comum, Núcleo de temas
optativos e Núcleo de documentação, dados e indicadores. O núcleo básico e comum
contempla as informações que obrigatoriamente devem integrar os processos de todas as
IES. Já o núcleo de temas optativos contém tópicos que podem ser ou não selecionados
pelas IES para avaliação.
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U NIDADE 22
Objetivos: Conhecer disposição, os instrumentos de avaliação do SINAES
2- Avaliação dos cursos de graduação – por meio de visitas de Comissões Externas in-
loco. “A periodicidade desta avaliação depende diretamente do processo de
reconhecimento e renovação de reconhecimento a que os cursos estão sujeitos”
(MEC, 2004) (grifo nosso).
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Desse modo, entende-se a avaliação interna como um processo contínuo, por meio do qual
se constrói conhecimento sobre a própria realidade da instituição na busca pela melhoria de
suas práticas e superação de seus problemas. Importa sublinhar que a autoavaliação é
apenas uma das condições, para o processo de recredenciamento de todas as IES e é
orientado pelo SINAES. Deve-se esclarecer que o conceito de credenciamento e
recredenciamento está vinculado à instituição como um todo, e o de reconhecimento está
vinculado à avaliação dos cursos de graduação. Todavia, os dois são complementares para
a continuidade do funcionamento das IES e dos cursos, como instituído pelo parágrafo único
do art. 2º da Lei 10.861/2004.
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critérios de qualidade. “O processo de regulação dos cursos precisa da avaliação, mas não
se limita a esse único insumo. Da mesma forma, a avaliação não visa unicamente a subsidiar
o marcos regulatório e mecanismos de supervisão”.
O INEP adota referenciais para avaliar o Ensino Superior, como as médias de desempenho
dos estudantes na prova do ENADE, o IDD (Indicador de Diferença entre os Desempenhos
Esperado e Observado) e o CPC (Conceito Preliminar de Curso), além dos instrumentos que
orientam as visitas in loco dos avaliadores.
O Sinaes avalia todos os aspectos que giram em torno desses três eixos: o ensino, a
pesquisa, a extensão, a responsabilidade social, o desempenho dos alunos, a gestão da
instituição, o corpo docente, as instalações e vários outros aspectos. Ele possui uma série de
instrumentos complementares: Autoavaliação, avaliação externa, Enade, Avaliação dos
cursos de graduação e instrumentos de informação (censo e cadastro). Os resultados das
avaliações possibilitam traçar um panorama da qualidade dos cursos e instituições de
educação superior no País. As informações obtidas com o Sinaes são utilizadas pelos IES,
para orientação da sua eficácia institucional e efetividade acadêmica e social; pelos órgãos
governamentais para orientar políticas públicas e pelos estudantes, pais e alunos.
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U NIDADE 23
Objetivos: Conhecer o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes - Enade
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O Formulário eletrônico, instrumento de informações preenchido pelas Instituições, possibilita
a análise prévia pelos avaliadores da situação dos cursos, possibilitando uma melhor
verificação in loco. Este formulário é composto por três grandes dimensões: a qualidade do
corpo docente, a organização didático-pedagógica e as instalações físicas, com ênfase na
biblioteca.
Todos os docentes selecionados farão parte do banco de dados do INEP e serão acionados
de acordo com as necessidades do cronograma de avaliações. Para a devida implementação
da avaliação, os avaliadores recebem um guia com orientações de conduta /roteiro para o
desenvolvimento dos trabalhos e participam de um programa de capacitação que tem por
objetivo harmonizar a aplicação dos critérios e o entendimento dos aspectos a serem
avaliados.
O INEP adota referenciais para avaliar o Ensino Superior, como as médias de desempenho
dos estudantes na prova do Enade, o IDD (Indicador de Diferença entre os Desempenhos
Esperado e Observado) e o CPC (Conceito Preliminar de Curso), além dos instrumentos que
orientam as visitas in loco dos avaliadores.
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O INEP vem investindo no aperfeiçoamento do sistema de avaliação a partir do refinamento
dos indicadores de qualidade produzidos, com ampla divulgação de seus resultados. Outra
medida é a adaptação dos instrumentos utilizados na avaliação in loco. “O objetivo é
racionalizar e conferir mais qualidade ao processo de avaliação. Construir um sistema mais
robusto, com menos chances de injustiça. Para isso, é necessário maior consistência e
operacionalidade aos instrumentos”.
A avaliação tem caráter formativo, voltado às próprias instituições, mas o Sinaes deve
atender à demanda social por critérios de qualidade e excelência na Educação Superior.
ENEM
Essas questões nos indicam que o desafio não está somente em desenvolver metodologias
de avaliação para a educação básica e para o ensino médio em particular, mas como se
podem tornar coerentes objetivos e metodologias. Afinal de contas, a avaliação do
desempenho do aluno contribui para a política educacional constituindo-se em um
componente da avaliação dos sistemas de ensino.
A avaliação de desempenho dos alunos do ensino médio é uma das estratégias para a
avaliação dos sistemas, com o objetivo de definir prioridades por parte da União e dos
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Estados, que possam ser necessárias para a definição ou redirecionamento dos rumos da
política educacional.
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U NIDADE 24
Objetivos: Entender a aplicabilidade do ENEM como exame individual, de caráter voluntário,
oferecido anualmente aos estudantes que estão concluindo ou que já concluíram o ensino
médio, com objetivo de possibilitar referência para autoavaliação, a partir das competências
e habilidades que estruturam o Exame.
O modelo de avaliação adotado pelo ENEM foi desenvolvido com ênfase na aferição das
estruturas mentais com as quais construímos continuamente o conhecimento e não apenas
na memória, que, mesmo tendo importância fundamental, não pode ser o único elemento de
compreensão do mundo.
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Identificando e selecionando informações centrais e periféricas;
COMPETÊNCIAS
I. Dominar a norma culta da Língua Portuguesa e fazer uso das linguagens matemática,
artística e científica.
II. Construir e aplicar conceitos das várias áreas do conhecimento para a compreensão
de fenômenos naturais, de processos histórico-geográficos, da produção tecnológica e
das manifestações artísticas.
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Habilidades
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9- Compreender o significado e a importância da água e de seu ciclo para a manutenção
da vida, em sua relação com condições socioambientais, sabendo quantificar
variações de temperatura e mudanças de fase em processos naturais e de
intervenção humana.
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produtivo e propor formas de intervenção para reduzir e controlar os efeitos da
poluição ambiental.
TEXTO 1
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U NIDADE 25
Objetivos: – Conhecer o Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB), que tem como
objetivo avaliar o desempenho escolar dos alunos das redes públicas e privadas
matriculados na 4ªsérie (5ºANO), na 8ª série (9ºANO), do Ensino Fundamental e 3ª série do
Ensino Médio.
Como parte das reformas dos sistemas de ensino instala-se em diferentes países sistemas
nacionais de avaliação. No Brasil, o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica
(SAEB) foi criado em meados da década de 1980 e tem como respaldo legal a Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional, que coloca como responsabilidade da União a
avaliação do rendimento escolar em nível nacional. Segundo Franco & Bonamino (2001),
objetivo declarado do SAEB "é gerir e organizar informações sobre a qualidade, a eqüidade e
a eficiência da educação nacional". No ensino fundamental, por meio de um processo de
amostragem, o SAEB vem avaliando o desempenho escolar dos alunos das redes públicas e
privadas matriculados na 4ª e na 8ª séries, 5º e 9º ANO, respectivamente. Além dos testes, o
SAEB é acompanhado de questionários dirigidos à escola, ao diretor e ao professor. Todos
os que trabalham na educação sabem dos baixos índices de desempenho escolar
apresentados pelo SAEB.
SAEB
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A Aneb é realizada por amostragem das Redes de Ensino, em cada unidade da
Federação e tem foco nas gestões dos sistemas educacionais. Por manter as mesmas
características, a Aneb recebe o nome do SAEB em suas divulgações;
A Anresc é mais extensa e detalhada que a Aneb e tem foco em cada unidade
escolar. Por seu caráter universal, recebe o nome de Prova Brasil em suas
divulgações.
Características do SAEB
Em 2005, a Portaria Ministerial n.º 931 alterou o nome do histórico exame amostral do
Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (SAEB), realizado desde 1990, para
Avaliação Nacional da Educação Básica (Aneb). Por sua tradição, entretanto, o nome do
SAEB foi mantido nas publicações e demais materiais de divulgação e aplicação deste
exame. As avaliações do SAEB produzem informações a respeito da realidade educacional
brasileira e, especificamente, por regiões, redes de ensino público e privado, nos estados e
no Distrito Federal, por meio de exame bienal de proficiência, em Matemática e em Língua
Portuguesa (leitura), aplicado em amostragem de alunos de 4ª e 8ª séries, 5º e 9º ANO,
respectivamente (Ensino Fundamental) e da 3ª série do Ensino Médio.
A Prova Brasil
A Prova Brasil foi criada em 2008 com o objetivo de avaliar os alunos matriculados no
segundo ano de escolarização do ensino fundamental. É composto por um teste a ser
aplicado em todas as escolas públicas do País. Essa aplicação, no entanto, é voluntária,
decorrente da adesão das redes estaduais e municipais de educação. Caracteriza-se como
um instrumento de avaliação que tem por objetivo possibilitar a realização de um diagnóstico
do nível de alfabetização das crianças das redes públicas de ensino após um ano de
escolaridade. A data sugerida pelo INEP/MEC para a aplicação da primeira prova de 2009 é
entre o período de 9 a 20 de março. Nesta edição, os alunos responderão somente a
questões objetivas de leitura. Não serão avaliados itens de escrita, como no ano passado. As
provas serão aplicadas e corrigidas pelos próprios professores.
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U NIDADE 26
Objetivos: Conhecer as orientações da LDB que norteiam um novo paradigma de avaliação.
LDB – 9394/96
A preocupação com a avaliação é uma tônica da Lei 9.394/96. Ao longo dos 92 artigos, o
termo avaliação (e suas variações) aparece 24 vezes, e o termo verificação (do rendimento
ou da aprendizagem), duas. São, assim, pelo menos vinte e seis referências explícitas à
ideia de avaliar, seja relacionando-a a instituições, a alunos, aos docentes, ou aos processos
educativos como um todo. Consideramos que o melhor modo de lidar com os conceitos seria
agrupá-los em cinco princípios gerais, para evitar repetições e organizar mais nossa análise.
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Múltiplas formas de organização dos grupos (séries, ciclos, outros);
Neste sentido a avaliação deve ser utilizada com cuidado, pois é um processo complexo. De
acordo com o artigo 24, inciso V, da lei 9394/96, a verificação do rendimento escolar
observará os seguintes critérios:
Aproveitamento de estudos;
Para Selma Garrido, a escola precisa reorganizar seu trabalho a fim de que se alcance um
estágio de democratização do ensino, e pra isso há a necessidade de reestruturar-se as
concepções sobre várias questões que abrangem a realidade escolar. Neste ponto
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entendemos que, sendo a avaliação um dos meios de exclusão escolar mais "utilizados", ela
precisa ser ressignificada, em termos de "conceitos" e de "ações" (na teoria e na prática).
A proposta da LDB sobre a avaliação está inserida no plano teórico, pensando a avaliação
enquanto uma maneira de acompanhar e entender todo o processo de construção do
conhecimento pelo aluno, promover a aprendizagem e garantir a permanência de todos na
escola.
Para Vasconcellos, há a ideia de que a avaliação deve partir da prática, levando a uma
reflexão, que a modificará (sentido dialético de conceber a reestruturação da avaliação). Ele
segue afirmando, entendemos nós, que o professor deve tomar consciência da situação atual
da avaliação. Ele precisa ter em mente o que está buscando com a avaliação e, finalmente,
tomar um posicionamento na sua ação escolar.
Segundo a LDB...
1. ... O processo de avaliação deve ter como objetivo detectar problemas, servir como
diagnóstico da realidade em função da qualidade que se deseja atingir. Não é definitivo nem
rotulador, não visa a estagnar, e sim a superar as deficiências.
O artigo 7o., em seu inciso II, é o primeiro que menciona a avaliação, e o faz vinculando-a à
ideia de qualidade. Mas é nos artigos 9 e 46 que esta visão aparece com mais força. Diz o
primeiro texto (aqui e nas demais citações os grifos são nossos):
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§ 1o. - Após um prazo para saneamento de deficiências eventualmente identificadas pela a
Avaliação a que se refere este artigo haverá reavaliação (...). A avaliação não aparece como
recurso classificatório, mas como um instrumento para diagnosticar deficiências a serem
sanadas. Não é definitiva, pois implica uma ação seguida de nova avaliação para verificar as
mudanças implementadas. Adaptando essa ideia ao contexto escolar, os resultados da
verificação do rendimento deveriam ser utilizados não como um dado para classificar os
alunos, mas sim como material valioso para a contextualização do professor (e do próprio
aluno), ajudando a definir as estratégias didáticas metodológicas das aulas seguintes, assim
como a estabelecer a que conteúdos podem ser dada sequência e que outros devem ser
trabalhados novamente. Nesse sentido, podemos dizer que a avaliação é retrospectiva, mas
voltada para o futuro.
a) realizasse procedimentos de avaliação apenas para atribuir notas aos alunos e informar as
famílias, sem que tais dados gerassem qualquer mudança nas aulas anteriormente
planejadas;
LDB e avaliação
2. ... A avaliação é um direito (e deve ser assegurado); não somente alunos, mas cursos,
instituições e professores são avaliados.
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No artigo 9º, inciso VI a ideia de que à União cabe assegurar processo nacional de
avaliação do rendimento escolar nos três níveis do ensino nos leva a pensar na avaliação
como direito, ao contrário de como um peso ou fardo do qual o avaliado não pode escapar e
que, mais cedo ou mais tarde, deverá enfrentar. Mas o entendimento de avaliação é amplo e
envolve todas as instâncias diretamente implicadas na educação. Por isso, diversos artigos
se seguem, exigindo a verificação da qualidade de cursos e instituições, conforme lemos:
VIII. Assegurar processo nacional de avaliação das instituições de educação superior (...); IX.
Art. 48 - (...)
Art. 87 - (...) § 3o. - Cada Município e, supletivamente, o Estado e a União, deverá: IV.
Integrar todos os estabelecimentos de ensino fundamental do seu território ao sistema
nacional de avaliação do rendimento escolar.
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Num contexto em que instituições e cursos passam por avaliação, também os professores
são avaliados, se avaliam, e participam desse processo, conforme lemos:
No início falávamos dos mitos sobre a avaliação. Quem nunca ouviu (ou disse) a frase: é o
aluno que se reprova? Muitas vezes ouvimos como resposta à pergunta: Professor, que nota
você me deu na redação, a frase: Não fui eu que dei; você tirou quatro (com ênfase no você
tirou).
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TEXTO 2
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U NIDADE 27
Objetivos: Entender que a avaliação pode definir o grau de desenvolvimento e experiência
discente aproveitando o saber do aluno.
Conteúdos e Metodologias
Não cremos que os idealizadores da Lei quisessem ir tão longe como foi Ivan Illich ao propor
a desescolarização da sociedade e a desvinculação da aprendizagem dos contextos
institucionais, afirmando que o aluno aprende apesar dos professores, que obstaculizam a
aprendizagem de assuntos pelo modo como eles os apresentam na escola. Entretanto,
percebemos que o citado artigo relativiza outro mito: o de que apenas os saberes
transmitidos no mundo escolar seriam dignos de serem considerados no registro do
desempenho discente. Levar em conta valores, visões de mundo, aptidões, habilidades e
comportamentos não são observáveis ou mensuráveis a partir dos instrumentos usuais
ampliaria o conhecimento das potencialidades dos alunos e seu possível aproveitamento no
mundo escolar. Certamente é nesse sentido que a diretriz da Lei 9.394/96, no artigo 36,
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inciso II, indica que se adotem metodologias de avaliação que estimulem a iniciativa dos
estudantes; o que é completado em seguida pelo parágrafo primeiro:
Daí se entende que a avaliação deve ser uma forma de permitir ao aluno demonstrar o seu
conhecimento - e um conhecimento que é sempre global e abrangente, ultrapassando a
visão de conteúdo como fim e entendendo as disciplinas como meios para formar pessoas
que dominem os princípios da ciência e da tecnologia, que se expressem bem, que exerçam
consciente e criticamente a cidadania.
As formas de avaliação
IV. A avaliação deve ser contínua e cumulativa, com prevalência do qualitativo sobre o
quantitativo; deve ser voltada para a promoção, e não para a estagnação. O inciso V do
artigo 24 é o que faz referência mais explícita ao tipo de processo de avaliação. Diz o texto:
Art. 24 (...)
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c) possibilidade de avanço nos cursos e nas séries, mediante verificação do aprendizado. (...)
Da letra A entende-se que o aluno não pode ser avaliado em um momento isolado do resto
do processo, e que a avaliação não é o ponto alto do bimestre, como se todas as outras
atividades tivessem que ser realizadas com seriedade e aplicação porque aqueles conteúdos
vão cair na prova. A avaliação só se entende como processo contínuo.
Da parte do professor, diz respeito à observação diária, à atenção dirigida ao que o aluno faz
ao que diz ao modo como reage às diversas situações na sala de aula. Como se comporta
ao enfrentar certos conteúdos, em que aspectos demonstram maior ou menor facilidade,
quanto cresceu em relação aos comportamentos anteriores, como interage com a turma... e
assim por diante. O termo contínua também é uma referência para o número de
instrumentos de verificação que complementam essa observação. Uma ou duas provas
parecem-nos recursos insuficientes para a avaliação discente. Fazer a média entre estes
dois instrumentos, aplicados no final do primeiro e do segundo mês dos bimestres, equivale a
ensinar aos alunos que todo o resto (a interação nas aulas, a realização de exercícios, as
respostas às questões orais do professor...) não vale coisa alguma. Observe uma situação
paradoxal vivida numa certa sala de aula: depois de encaminhar um exercício interessante e
complexo, em que a turma trabalharia em grupos, discutindo as respostas entre os colegas,
um aluno perguntou: Isso vale alguma coisa? A professora respondeu que não! É claro que
corrigiu - se imediatamente, brincando com o estudante, dizendo-lhe que aquilo valia muito
mais do que uma nota: valia uma aprendizagem. De qualquer modo, a turma não ficou muito
convencida da validade do esforço despendido no exercício, e diversas vezes voltaram a
insistir, pedindo que valesse ponto.
Distribuir a avaliação em diversos instrumentos de medida, para além das provas, e incluir a
observação diária, senão para obter notas, como registro qualitativo do processo, são
maneiras de realizar uma avaliação contínua. Outra prática interessante parece ser o
envolvimento do aluno na própria avaliação. Para além das conhecidas notas de participação
ou notas de autoavaliação (que raramente têm influência decisiva na avaliação do professor),
seria produtivo que os alunos se habituassem a fazer as próprias anotações, registrando os
dados da sua situação: falando de si mesmo, de como foi o processo de estudo, da interação
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com o conhecimento, das próprias atitudes, dos pontos em que sentiram maior ou menor
dificuldade. Essas anotações constituem um material para a reflexão discente, além de
servirem como ponto de partida para os momentos de diálogo pessoal entre educador e
educando, fundamentais num processo avaliativo que vença a frieza e a despersonalização
das provas objetivas.
O texto da Lei indica que, além de contínua, a avaliação seja cumulativa. Isso significa, em
outros termos, que não se compartimentalizem os saberes segundo os meses em que são
trabalhados. Que os instrumentos e as formas de avaliação priorizem uma visão global das
matérias estudadas, levando o aluno a utilizar as competências que foi adquirindo em outros
meses, em outras séries. Que as questões ou situações-problemas sejam abrangentes,
interligando os saberes estudados.
A mesma letra A do artigo 24, inciso V, prossegue ainda pontuando que deverá haver
prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos. Este é um aspecto crucial no
entendimento da noção de avaliação da LDB, pois evidencia que a verificação do rendimento
não está diretamente vinculada à aprovação ou reprovação dos alunos.
Considerar os aspectos qualitativos no processo de avaliação nada tem a ver com aprovar
ou dar mais pontos para os alunos bonzinhos ou esforçados, que participam da aula, mas
não sabem a matéria. Significa, sim, não limitar o olhar do que avalia aos conteúdos que
podem ser objetivamente mensuráveis e quantificáveis. Isso não quer dizer que, no momento
de definir se um aluno tem condições de ser promovido para a etapa seguinte, o professor
não opte por verificar (de maneira objetiva) se o aluno possui os conteúdos mínimos, ou se
desenvolveu as aptidões necessárias para vir a aprendê-los. Fica claro que o processo da
avaliação adquire finalidades que vão além da promoção ou reprovação dos alunos, e se
dirigem para os cuidados de uma educação integral.
As letras seguintes (B e C) nos permitem acreditar, de todo modo, que a avaliação deve
estar
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voltada para a promoção, e não para a estagnação: é o momento para possibilitar ao aluno
demonstrar o que sabe, para permitir-lhe avançar. O mesmo se entrevê no parágrafo 2o. do
artigo 47:
Art. 47
§ 2o. - Os alunos que tenham extraordinário aproveitamento nos estudos, demonstrando por
meio de provas e outros instrumentos de avaliação específicos, aplicados por banca
examinadora especial, poderão ter abreviada a duração dos seus cursos (...).
5. ... A avaliação deve ter critérios definidos, dados a conhecer aos interessados. O artigo 47
postula no parágrafo primeiro que as instituições informarão aos interessados, antes de cada
período letivo, os critérios de avaliação. Evidentemente, o primeiro interessado na avaliação
deve ser o próprio aluno. É a ele que interessa saber quanto rendeu seu estudo, em que
ponto está solidificada a aprendizagem e que aspectos precisam ser trabalhados melhor ou
de modo diferente. Por isso, é fundamental que o aluno conheça os critérios a partir dos
quais a avaliação será realizada, mesmo quando se trata de instrumentos de verificação de
caráter subjetivo, como produções de texto, ou dramatizações, por exemplo. Antes, porém,
de saber se os alunos conhecem os critérios, poderíamos mesmo questionar se os
professores os conhecem. Alguns indicadores poderiam pôr em dúvida a existência de
critérios bem definidos no modo de avaliar. Citamos alguns:
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b) Discrepância entre notas atribuídas ao mesmo teste por avaliadores diferentes;
c) Discrepância entre a nota atribuída por um professor a uma redação e a nota atribuída
ao mesmo texto, pelo mesmo professor, tempos depois;
3- Estou avaliando (e utilizando como dado para minha ação educativa) algo além daquilo
que pode ser medido numericamente?
4- Além das notas, meus alunos recebem algum outro parecer de minha parte, advindo de
observações qualitativas?
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U NIDADE 28
Objetivos: Reconhecer a importância de se entender os fatores e as relações de poder que
permitiram a construção de determinada proposta.
Quando discutimos as políticas públicas hoje para o ensino fundamental, o que parece mais
surpreendente nessas políticas não é o grau de alienação que elas produzem, não é o fato
de estarem formando sujeitos passivos ou em conformidade com os critérios de mercado ou
com os interesses das elites. O mais surpreendente é seu baixo impacto na realidade
escolar. Seria justo pensar que, definido um currículo nacional, selecionados os livros
didáticos a serem adotados pelas escolas, treinados professores de forma mais operacional,
com vistas ao desenvolvimento de competências consideradas fundamentais para o
exercício da docência, houvesse uma melhora no desempenho do sistema público do ensino
básico, uma vez que esse desempenho também é avaliado, com base em normas e
princípios definidos pelo próprio sistema. Assim esse tema merece uma análise mais
aprofundada a própria consistência interna dessas políticas, uma vez que sua
compatibilidade com os objetivos mais amplos de uma educação verdadeiramente
democrática tem sido objeto de estudo e de reflexões em grande parte dos trabalhos
acadêmicos no campo das políticas públicas.
Em seu livro Currículo: teoria e história, Ivor Goodson (1995), destaca a necessidade de se
discutir as propostas curriculares ou o que é chamado de currículo prescrito, advertindo que
aquilo "que está prescrito não é necessariamente o que é aprendido, e o que se planeja não
é necessariamente o que acontece" (p. 78). O autor quer chamar a atenção para a
importância de se entender os fatores e as relações de poder que permitiram a construção
de uma determinada proposta, analisando as causas que possibilitaram a aceitação de
certas ideias em um determinado momento, bem como a compreensão das razões que
levaram certas posições a não terem espaço para se impor ou para se fazerem ouvir.
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Avaliação e o parâmetro curricular
O campo do currículo tem mostrado que as propostas pedagógicas são frutos de debates e
de disputas de diferentes naturezas. Por mais coeso que seja o grupo que elabora uma
proposta curricular, haverá sempre conflitos e lutas de interesse na definição de um currículo.
São diferenças de visões sobre determinados aspectos da educação, são disputas em torno
de territórios e de prestígio das diferentes áreas do conhecimento. Assim, um currículo,
mesmo quando elaborado por um grupo que compartilha de ideias comuns, representa
sempre um consenso precário em torno de algumas ideias. Esse consenso é precário na
medida em que, no processo de negociação para as definições curriculares, há concessões
e intransigências, grupos que cedem ou recuam, grupos que são silenciados, porque não
conseguem adesão as suas propostas e assim por diante. Dessa forma, dificilmente um
currículo apresenta coerência e consistência internas muito fortes. Primeiro, porque essa
coerência já seria difícil de ser alcançada se o currículo fosse a obra de um só autor, já que
as ideias das pessoas apresentam contradições, expressam conflitos e ambiguidades.
Segundo, porque, como obra de um grupo, menor ou maior, mais intensamente ele
evidenciará esses problemas. Quando se considera o processo de construção curricular, tem
que se ter em mente que as ideias divergentes continuam presentes no campo e, a qualquer
momento, grupos derrotados em um determinado momento podem se rearticular e, em
situação política favorável, impor suas ideias.Um exame cuidadoso das novas propostas
curriculares nos mostrará que grande parte das ideias que elas contêm já vem sendo
discutida no campo do currículo há várias décadas. Caberia então perguntar: Por que
determinadas orientações sobre o currículo escolar ganham tanta força e prestígio em uma
determinada época, tornando-se hegemônicas? Segundo Kliebard (1992) são determinados
fatos sociais, ou eventos políticos, que tornam plausíveis ou implausíveis certas propostas
colocadas em confronto.
O autor quer mostrar que grande parte das ideias sobre currículo está em circulação há
várias décadas e, em um determinado momento histórico, uma determinada proposta ganha
prestígio em função de vários fatores. Por exemplo, se um grupo que compartilha ideias
comuns consegue uma posição de poder, como um cargo público de prestígio no campo
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educacional, isso favorecerá a difusão da proposta de currículo que defende, tornando-a uma
proposta plausível.
Neste sentido, se a vitória de uma posição significa, pois, a derrota de outras, cabe lembrar
que o grupo vencido em uma disputa de ideias, geralmente, coloca-se em uma posição
crítica, buscando identificar problemas e desacertos na implementação da proposta vitoriosa.
Isso explica porque determinadas propostas curriculares têm vida bem curta, pois acabam
sendo vencidas pela resistência e pelas críticas daqueles que a elas se opõem.
Consequentemente, uma proposta vitoriosa conseguirá se manter enquanto o grupo que a
defender for bem organizado e tiver capacidade de dialogar democraticamente, aceitando
críticas e sugestões novas. Caso contrário, estará fadado a tornar essa vitória algo bastante
transitório. Dessas considerações trabalhadas no campo do currículo, já se pode tirar uma
primeira lição de natureza política.
Dessa forma, a pretensão a um projeto nacional configura-se como inviável, não porque
vivemos em um país de dimensões continentais, mas porque o próprio processo de
elaboração curricular só pode ser pensado em uma dinâmica constante de construção e
reconstrução que se inviabiliza, quando se cristaliza em propostas como a dos Parâmetros.
Dos estudos no campo da cultura e da produção dos saberes escolares, podem ser tiradas
outras lições. A discussão sobre os Parâmetros tem feito constantemente referência a um
artigo de Michael Apple (1994) intitulado "A política do conhecimento oficial: Faz sentido a
ideia de um currículo nacional?". É inegável reconhecer que as análises do referido autor
subsidiaram grande parte das publicações sobre essa temática.
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TEXTO 3
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U NIDADE 29
Objetivos: Conhecer as principais tendências no campo da Educação na elaboração dos
Parâmetros Curriculares.
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Um exame dos Parâmetros Curriculares para o Ensino Fundamental mostra que esse apelo
persuasivo está presente no documento oficial, sobretudo, no Documento Introdutório (1997),
que busca a adesão do professor por meio de vários argumentos. Inicialmente, são
apresentados dados sobre o desempenho do sistema.
Com base em dados estatísticos sobre taxa de promoção, repetência e evasão, são
enfatizados os problemas das distorções idade/série e o baixo desempenho dos alunos no
SAEB em 1995, em relação às habilidades de leitura e de Matemática. Além disso, a
proposta coloca-se como uma busca de superação das contradições encontradas nas
propostas curriculares estaduais e municipais.
Para a construção dos parâmetros, foi realizado um estudo coordenado pela Fundação
Carlos Chagas, segundo esse documento, a análise das propostas curriculares de estados e
de municípios brasileiros mostrou que "a maioria delas apresenta um descompasso entre os
objetivos enunciados e o que é proposto para alcançá-los, entre os pressupostos teóricos à
definição de conteúdos e aspectos metodológicos" (p. 57).
Correia mostra também como as decisões tomadas pelo centro do sistema são
reinterpretadas pelos agentes que se nos colocam diferentes níveis intermediários, que no
caso dos Parâmetros seriam representados pelos técnicos das secretarias estaduais e
municipais de Educação e de seus diversos órgãos regionais, chegando até as supervisoras
ou coordenadoras pedagógicas das escolas. Também há que se considerar que as escolas
não se apresentam como tabulas rasas, prontas a assimilar o que lhes é apresentado.
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Dessa maneira, os Parâmetros, elaborados centralmente, confrontam - se com inovações
singulares, gerando conflitos com as práticas em desenvolvimento nas escolas. De um lado,
os professores, mesmo quando aderem às suas propostas, buscam interpretá-las e adaptá-
las, de acordo com o contexto institucional de onde trabalham o que faz com que assumam
características bem diversificadas.
Por outro lado, para muitos docentes, as inovações trazem insegurança e inquietação
porque se propõem a romper com práticas já instaladas. Em decorrência desse fato, os
professores podem reagir e resistir às propostas dos Parâmetros, cristalizando práticas
tradicionais e revitalizando-as em uma atitude defensiva contra a mudança. Além disso,
reformas curriculares, na expectativa de inovar e modificar a prática das escolas, podem
também criar barreiras e limites para o surgimento de práticas novas e criativas.
Um autor clássico no campo do currículo, Basil Bernstein (1996), em seus estudos sobre o
discurso pedagógico, focaliza o processo por meio do qual os discursos de diferentes áreas
se transformam em conhecimento escolar, enfatizando os processos de recontextualização
sucessivos por meio dos quais esses discursos vão sendo transformados. Bernstein chama a
atenção para o processo de transformação que esses discursos vão sofrendo no interior do
próprio sistema de ensino e das organizações que mantêm relações com a escola, com as
editoras e todas as empresas ligadas à produção de material de ensino.
Neste sentido, para este autor é importante não apenas entender os padrões e critérios que
definem o discurso pedagógico, como também os processos de transformações por meio dos
quais os discursos ou os conhecimentos das várias áreas vão sendo recontextualizados e
transformados, até se tornarem conhecimento escolar.
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Segundo este autor, quando um texto é apropriado por agentes recontextualizadores, ele
sofre transformação antes de sua relocação. São mudanças que ocorrem no texto à medida
que ele é deslocado e relocado: "Este processo assegura que o texto não seja mais o
mesmo texto:
O que se quer enfatizar com o trabalho de Bernstein é que o próprio conhecimento escolar é
fruto de um processo sucessivo de modificações, em uma análise que focaliza a lógica de
funcionamento do dispositivo pedagógico.
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FÓRUM III
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U NIDADE 30
Objetivos: Conhecer as políticas de avaliação instituídas para a implementação dos
Parâmetros Curriculares.
Parâmetros Curriculares
Na prática escolar ainda são utilizadas formas padronizadas de instrumentos, através dos
quais os alunos respondem o que foi transmitido pelo professor, reproduzindo os conteúdos,
definidos como o certo e o errado. Segundo Esteban (op.cit., p. 58), “a presença do erro,
mais que do acerto, coloca em discussão a prática pedagógica”. Nesse contexto, a ação de
avaliar também, tem sido norteada, frequentemente, com relação aos erros dos alunos não
considerados no percurso do processo de aprendizagem como possibilidade de construção
do conhecimento.
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Como objetivos do estudo foram definidos:
Torna-se relevante uma pesquisa que desvele aspectos emergentes no decorrer das práticas
de avaliação observadas nas salas de aula das escolas municipais do Ensino Fundamental,
importantes para a análise do objeto desse estudo, que poderá constituir uma contribuição
para rever as formas de avaliar, mostrando os pontos críticos do processo e auxiliando a
reflexão dos coordenadores e professores em direção a modalidades alternativas que
possam orientar, especialmente, os professores nessa atividade.
Para a Escola desempenhar o papel que dela se espera, enfatizam-se, hoje, os princípios de
autonomia. A autonomia conquistada pela escola permite a afirmação de sua singularidade e
possibilita concretizar a autogestão. A Escola deve estar preparada para a transferência do
poder de decisão do Estado para a comunidade escolar, deixando aos órgãos de
administração central o papel de assessoramento e apoio.
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que dirigentes e dirigidos dialeticamente expressem suas possibilidades de construir a
autonomia de sujeito no contexto institucional onde se inserem. Para Freire (2000) a
autonomia deve ser pensada especialmente em relação ao professor e é desse local que o
autor se pronuncia, evidenciando a avaliação no contexto da prática educativa:
“Ao pensar sobre o dever que tenho como professor, de respeitar a dignidade do educando,
sua autonomia, sua identidade em processo e em como fazer sua prática educativa.. (...). O
ideal é que os educandos possam participar da avaliação. É que o trabalho do professor é o
trabalho do professor com os alunos e não o do professor consigo mesmo”( op. cit. , p. 71)
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Antes de iniciar sua Avaliação On-line, é fundamental que você acesse sua SALA
DE AULA e faça a Atividade 3 no “link” ATIVIDADES.
Atividades dissertativas
Acesse sua sala de aula, no link “Atividade Dissertativa” e faça o exercício proposto.
Bons Estudos!
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G LOSSÁRIO
Caso haja dúvidas sobre algum termo ou sigla utilizada, consulte o link Glossário em sua
sala de aula, no site da ESAB.
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B IBLIOGRAFIA
Caso haja dúvidas sobre algum termo ou sigla utilizada, consulte o link Bibliografia em sua
sala de aula, no site da ESAB.
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