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Arganil
Jorge Silva pede a fixação de regras para o transporte de doentes
Bombeiros de Côja estão
a transportar menos doentes
111 O presidente de direção
dos Bombeiros Voluntários de
Côja contestou, na última assem-
bleia geral da corporação, a dimi-
nuição dos transportes de doentes
para Coimbra feitos pelos Bombei-
ros de Côja, comparativamente
aos Bombeiros Voluntários de Ar-
ganil. Em dezembro, afirmou, os
bombeiros cojenses tiveram uma
média de 20 saídas, enquanto os
bombeiros arganilenses contabi-
lizaram 130. Considerando que se
trata de um decréscimo “anormal”
dos serviços, Jorge Silva assegurou
que esta situação foi confirmada
pelo diretor executivo do ACES e
pelo coordenador do SUB de Arga-
nil, Manuel Augusto, que sugeriu a
assinatura de um protocolo entre
as referidas associações, tal como
acontece nos concelhos limítrofes
onde existe mais do que uma cor-
poração de bombeiros, sugestão
que foi recusada pela direção dos
Bombeiros Voluntários Argus.
Segundo o protocolo, “todos os
utentes da área de atuação dos
Bombeiros de Côja que, transpor-
tados de ambulância ou pelos seus
próprios meios, cheguem ao SUB
de Arganil, serão transportados
para os HUC ou outras unidades
hospitalares, caso seja necessário,
pelos Bombeiros de Côja, mesmo
que eventualmente não o seja de
imediato”. Por outro lado, em cir-
cunstâncias iguais, todos os uten-
tes da área de atuação dos Bombei-
ros de Arganil serão transportados
por eles, refere o protocolo.
“Os superiores interesses dos
utentes devem ser sempre salva-
guardados, pelo que nas situações
de emergência e em que os uten-
tes terão que ser transportados de
DR
Em dezembro, os bombeiros
cojenses tiveram uma média
de 20 saídas e os bombeiros
arganilenses realizaram 130
1 
António Nogueira
pede que “continuem a
respeitar as orientações
seguidas até aqui, no que
concerne ao transporte
de doentes urgentes
2 
Jorge Silva diz que vai
continuar a lutar pelo
estabelecimento de
normas “justas” que
“não fiquem ao arbítrio
de cada um”
imediato, o transporte será asse-
gurado pela associação disponível
no mais curto espaço de tempo”,
acrescenta o protocolo, que não foi
aceite pela direção dos Bombeiros
de Arganil, porque “é impensável
protocolar-se qualquer situação
que ponha em causa ou agrave a
já precária situação económico-
financeira da associação”, alegou
o presidente de direção.
Para além disso, de acordo com o
dirigente dos Bombeiros de Arga-
nil, na associação foi criada “uma
estrutura de apoio à saúde que exi-
ge rentabilização diária para que
não se coloque em causa o serviço
de qualidade dos bombeiros, bem
como a continuação dos postos de
trabalho”.
Lurdes Gonçalves
redaccao@asbeiras.pt
Concurso estimula
crianças para a leitura
Mafalda Teixeira eFrancisco
Afonso, os vencedores
111 Mafalda Teixeira e Fran-
cisco Afonso, alunos do 4.º ano da
Escola do 1.º Ciclo de Arganil, fo-
ram os vencedores do concurso de
leitura “Lê melhor quem lê mais”,
que decorreu na Biblioteca Muni-
cipal Miguel Torga, em Arganil, no
âmbito das comemorações do Dia
Mundial da Poesia. O segundo pré-
mio foi para João Dias, aluno do 4.º
ano no Centro Escolar de Côja, ca-
bendo a Patrícia Gaspar, também
aluna do 4.º ano do mesmo Centro
Escolar, receber o terceiro prémio.
No total, participaram cerca de
200 crianças que frequentam o
3.º e 4.º anos do 1.º ciclo do Ensino
Básico, chegando à eliminatória
final dezoito representantes das
respetivas turmas.
Tendo em conta o número de
finalistas, a final do concurso reali-
zou-se durante todo o dia. Durante
a manhã, apresentaram-se a con-
curso os finalistas das escolas do
Sarzedo e Folques, uma turma de
São Martinho da Cortiça e as seis
turmas da escola do 1.º ciclo de
Arganil, sendo que os alunos fo-
ram acompanhados pelos colegas
e professores que “os apoiaram nas
suas provas”. À tarde, foi a vez das
crianças das escolas de Pomares,
Coja, Secarias, Pombeiro da Beira
e São Martinho da Cortiça.
O júri foi constituído pelas es-
critoras Leonarda Tavares e Lisete
Matos, pelas professoras bibliote-
cárias Eulália Nunes e Maria João
Cavaleiro, e pela coordenadora
interconcelhia da Rede de Biblio-
tecas Escolares Ana Cabral.
Refira-se que o concurso “Lê
melhor quem lê mais” tem como
objetivo despertar nas crianças o
gosto pela leitura expressiva, pre-
tendendo ser um estímulo a esta
prática em casa, com os amigos e
em sala de aula. “A criança ao pre-
parar a leitura com que concorre
está a treinar a leitura”, enaltece
a Biblioteca, lembrando que “a
ajuda do professor ou dos pais é
fundamental para corrigir e ajudar
a criança a adquirir uma maior
destreza na leitura”.
L.G.
Penacova
Mini-hídrica vai prejudicar desportos náuticos e a desova da lampreia
Autarcas contra construção
de mini-hídrica no Mondego
111 O projeto de construção
de uma mini-hídrica no rio Mon-
dego, na zona de Foz do Canedo,
esteve no centro das atenções
na reunião entre os presidentes
dos municípios de Vila Nova de
Poiares e de Penacova e a direto-
ra regional da Administração da
Região Hidrográfica (ARH) do
Centro, Teresa Fidélis.
No encontro, os dois autarcas
expressaram as suas preocupa-
ções pelas alterações que uma
mini-hídrica pode provocar ao
meio ambiente, pelos muitos
impactos, nomeadamente paisa-
gísticos, e pelos graves problemas
que podem surgir, ao impedir a
subida do rio por parte das espé-
cies piscícolas, bem como pelos
problemas que traz ao desenvol-
vimento do turismo local, a nível
dos desportos de natureza, no-
meadamente da canoagem, para
além dos prejuízos causados às
próprias margens do rio.
A presidente da ARH manifes-
tou o seu entendimento quanto
às preocupações expressas, ga-
rantindo que algumas delas se-
rão atendidas ainda em fase de
projeto.
Respeito pelas populações
Ambos os municípios frisaram
que a exploração dos recursos
hídricos que servem toda a região
“não pode, nem deve nunca dei-
xar de ter em atenção o respeito
pelos direitos das populações e
dos municípios marginantes ao
rio”.
Apesar da abertura manifestada
pela presidente da ARH, os au-
tarcas não receberam qualquer
garantias que a obra não se venha
a realizar. Por esta e por outras
diário as beiras | 04-04-2011
DR
Na reunião, os presidentes
das câmaras de Penaco-
va e Vila nova de Poiares
não receberam qualquer
garantias que a construção
da mini-hídrica não se venha
a realizar
1 
Humberto Oliveira e
Jaime Soares admitem
“utilizar todos os
meios legais ao seu
alcance para impedir
a construção da
infraestrutura”
razões, “os municípios manterão
irrevogavelmente a sua posição,
até porque sabem que o Governo
já recebeu, adiantadamente, con-
trapartidas financeiras para a exe-
cução do projeto, atitude que só
se pode qualificar como abusiva,
prepotente e desrespeitadora da
própria Constituição da Repúbli-
ca Portuguesa, quando não tem
em atenção as competências dos
municípios e a sua legitimidade
como representantes das popu-
lações locais.
Nesse sentido, os presidentes
dos municípios de Vila Nova de
Poiares e de Penacova afirmaram
que “se não forem salvaguarda-
dos todos os direitos das pessoas,
bem como as questões já refe-
renciadas, não terão dúvidas em
utilizar todos os meios legais ao
seu alcance para impedir a cons-
trução desta infraestrutura”.