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Coimbra
“Isto é uma questão de betão e tem um nome: Mota-Engil”
111 O “não” do socialista
Rui Duarte à construção da mini-
hídrica foi a grande surpresa do
debate de ontem, organizado
pela Plataforma Mondego Vivo.
De acordo com o candidato do PS
por Coimbra, “falta informação
sobre aquilo que será o impacte
ambiental” desta infraestrutura e,
por isso, o círculo distrital é con-
tra a instalação desta mini-hídrica
na Foz do Caneiro.
Contudo, os representantes dos
restantes partidos não pareceram
ficar convencidos pela afirmação
de Rui Duarte.
José Manuel Pureza lembrou
que partidos e populações estão
“habituados a que, apesar das
desvantagens dos estudos de
impacto ambiental, as obras se
façam”. Ainda por cima, tendo
em conta que a produção de ener-
Rui Duarte
Partido Socialista
“A minha posição veicula a po-
sição dos candidatos do partido
por Coimbra. Duvido que estes
nove megawatts sejam vantajo-
sos. Cabe-nos garantir que a deci-
são vai residir na voz das popula-
ções e que esta matéria vai passar
na Assembleia da República.”
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O debate aconteceu na Casa Municipal da Cultura
gia, neste caso, será “totalmente
residual”, bem como o “aumen-
to dos postos de trabalho, que é
falacioso”.
Maurício Marques
Partido Social Democrata
“A nossa posição é clara, so-
mos contra a construção desta
mini-hídrica. É um investimento
que não se justifica. Começo por
lamentar que se tenha lançado
um concurso sem se ter avaliado
o impacte ambiental desta mini-
hídrica.”
(CASA DA MOEDA)
Número verde
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2011.676.44
DB-Luís Carregã
Para o cabeça-de-lista do Bloco
de Esquerda, esta “é uma ques-
tão de betão e tem um nome:
Mota-Engil”, o grupo a quem a
Serpa Oliva
CDS - Partido Popular
“Serei eternamente contra a
construção desta mini-hídrica.
Disseram-me que três torres
eólicas naquela zona produ-
ziriam a mesma quantidade
de energia [nove megawatts].
Estaria disposto a trocar rapi-
damente.”
Família denuncia desaparecimento
de rapariga de 25 anos
111 Desde ontem de manhã
que ninguém vê nem consegue
falar com Dina Marques da Sil-
va, de 25 anos. A família acredi-
ta que a jovem terá sido raptada
e já apresentou queixa na Polí-
cia Judiciária de Coimbra.
"Ela estava muito feliz, dava-
se muito bem com o namorado
e não havia razão para querer ir
embora”, frisa a mãe da jovem,
Maria Alice Marques.
Dina vivia há cinco anos com
o namorado numa aldeia do
concelho de Montemor-o-Ve-
lho. Também o companheiro,
Nuno Silva, não compreende
o desaparecimento da jovem
e suspeita que ela tenha sido
“raptada”. “Se não a forçaram
a entrar no carro, devem-na ter
enganado de alguma forma”,
defende.
A rapariga terá sido vista por
um vizinho a entrar para um
construção da mini-hídrica já foi
concessionada.
Manuel Rocha concordou. Se-
gundo o cabeça-de-lista da CDU
por Coimbra, “não vale a pensa
estarmos a dourar a pílula, esta-
mos a falar da Mota-Engil”. Além
disso, para o representante, a
“desculpa” do “interesse nacio-
nal é uma tanga absolutamente
irresponsável”.
Neste aspeto, Maurício Marques
começou “por lamentar que se
tenha lançado um concurso sem
se ter avaliado o impacte ambien-
tal desta mini hídrica”. “A nossa
posição é clara, somos contra”,
afirmou o cabeça-de-lista do PSD
por Coimbra.
“A razão deste concurso foi pura
e simplesmente económica, para
fazer descer o défice”, explicou o
representante. “Soubemos que o
José Manuel Pureza
Bloco de Esquerda
“Com a mini-hídrica, o efeito
que se pretende obter com a es-
cada de peixe fica praticamente
anulado. As expetativas têm de
ser remodeladas em função do
interesse público, mas eu não
vejo aqui nenhum interesse pú-
blico.”
Dina Silva desapareceu anteontem
diário as beiras | 01-06-2011
Estado já arrecadou uma impor-
tante quantia que vai ter de de-
volver” se o projeto não avançar,
acrescentou.
Já o candidato do CDS-PP, Serpa
Oliva, comprometeu-se a con-
vencer o seu partido “que esta é
uma causa nacional”. Projetando
um possível cenário de recuo na
decisão, o cabeça-de-lista disse
que “devia pagar os erros quem
os cometeu”.
À margem do debate, o repre-
sentante da Plataforma Mondego
Vivo, Paulo Silva, anunciou que,
a partir de ontem, circula uma
petição na Internet para levar este
assunto à Assembleia da Repúbli-
ca, que recolherá assinaturas até
15 de setembro.
Maria João Santos
mjoao.santos@asbeiras.pt
Manuel Rocha
Coligação Democrática Unitária
“Eu saúdo o desacordo [do PS],
mas nós temos um Governo que
é responsável pela mini-hídrica.
Não foram feitos estudos de im-
pacte ambiental e económico.
Não há cultura desportiva na
lampreia, elas não aprendem a
saltar à vara.”
carro, anteontem de manhã,
sem oferecer resistência. Levou
apenas o telemóvel e a roupa
que trazia no corpo, um pija-
ma “Ela não ia de pijama a lado
nenhum, até porque é muito
vaidosa. Teve de ser forçada”,
defende a mãe.
A família estranha ainda que a
jovem tenha deixado as chaves
de casa e uma faca esquecidas
no chão da cozinha, onde já
estaria a preparar o almoço. A
porta da habitação também fi-
cou fechada apenas no trinco.
A mãe e o namorado tentaram
contactar Dina durante o dia
de segunda-feira, mas nunca
obtiveram resposta resposta às
várias chamadas e mensagens
escritas. Ao final da tarde, o te-
lemóvel da jovem foi desligado.
Sandra Mesquita Ferreira
sandra.ferreira@asbeiras.pt