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Coimbra
Lista do CDS nas mãos de Portas
Eleito em Coimbra pelo CDS/PP, em 2009, Serpa Oliva deverá ser novamente candidato a deputado da nação
111 “Desculpe, mas não dis-
cuto na praça pública assuntos
que são do partido. Sobre as lis-
tas não direi, até segunda-feira,
uma palavra”. Foi desta forma – e
sem dar sequer tempo ao jorna-
lista de formular uma pergunta
– que Paulo Portas cortou qual-
quer hipótese de explicar quem
será, afinal, o n.º 2 da lista pelo
círculo de Coimbra.
Se o nome do cabeça-de-lista
– João Serpa Oliva – reúne o con-
senso das estruturas locais, já a
de Paulo Almeida, presidente
da Comissão Política Distrital
(CPD) do partido, para número
dois, pode gerar uma guerra com
Lisboa.
Ontem, em conferência de im-
prensa, o vice-presidente da CPD
Luís Providência, lembrou que o
segundo lugar “cabe, institucio-
nalmente” ao líder da distrital.
“Os partidos funcionam melhor
no respeito por regras e o lugar
é de Paulo Almeida. Quem quiser
ascender a lugares de destaque
do partido tem que se sujeitar
às eleições internas”, asseverou.
Providência disse ainda que
quem mobiliza os militantes são
concelhias e a distrital. “Não me
lembro de ver Paulo Portas em
Coimbra a resolver problemas
das estruturas locais”, asseverou.
No entanto, a conferência de
imprensa de ontem serviu para
manifestar o apoio das estrutu-
ras concelhias, e da própria dis-
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Conferência de imprensa serviu para manifestar o apoio a Serpa Oliva
trital, a Serpa Oliva.
Eleito em Coimbra pelo CDS/
PP em 2009, o centrista “deve-
rá ser novamente candidato à
Assembleia da República, onde
sempre demonstrou ser uma voz
ativa e um estandarte da própria
região”, referiu Paulo Almeida.
Luís Providência, vice-presi-
dente da distrital, reconheceu
que a escolha do cabeça de lista
caberá sempre ao presidente do
partido (Paulo Portas), mas todos
esperam que” se tenha em con-
ta as expetativas das estruturas
locais”.
Contactado pelo DIÁRIO AS
BEIRAS, Serpa Oliva preferiu não
se pronunciar por ser “um indi-
(CASA DA MOEDA)
Número verde
800 916 314
2011.676.44
DB-Luís Carregã
víduo hierarquizado”. “Congra-
tulo-me, porque é sempre bom
quando alguém diz que nos
apoia, mas é tudo muito prema-
turo”, admitiu. Além disso, antes
de tomar qualquer decisão, terá
que “ser convidado por Paulo
Portas” e “reunir o concelho de
família”, disse ainda.
Nove efetivos e cinco suplentes
À semelhança do que aconte-
ceu em 2009, Anabela Ponces
(autarca) é o nome avançado
para a terceira posição. Os 4.º e
5.º lugares deverão ser indicados
pelo cabeça de lista.
Luís Providência admitiu que
esta eleição deverá ser mais difí-
Vereador da CDU elogia
projeto multicultural que
passa em série na RTP2
111 O vereador da CDU na
Câmara de Coimbra lembrou,
anteontem, na reunião do exe-
cutivo, a estreia da série televi-
siva “BI”, que retrata a realidade
complexa de jovens de diversas
origens, residentes em bair-
ros multiculturais. Recorde-se
que a iniciativa resultou de um
workshop de cinema desenvol-
vido no Planalto do Ingote pela
produtora de cinema/vídeo “Ven-
de-se Filmes”.
Para Francisco Queirós, “os pro-
jetos de intervenção e formação
culturais, sobretudo os que re-
correm a novas tecnologias e a
linguagens muito dinâmicas e
interativas, são extremamente
importantes para o desenvolvi-
mento dos jovens e para a afir-
mação dos bairros municipais”.
A série tem 13 episódios de 25
minutos cada, e expõe o desen-
discurso direto
RDesculpe, mas não discuto na
praça pública assuntos que são
do partido. Sobre as listas não
direi, até segunda-feira, uma
palavra
RO país é muito mais importante
do que o partido
Paulo Portas
cil do que a de 2009, já que Coim-
bra perde um deputado – a lista
será de 14 (nove efetivos e cinco
suplentes).
Serpa Oliva, recorde-se, tornou-
se deputado, 2009, sucedendo
ao último deputado eleito pelos
centristas neste círculo em 1985,
Manuel Queiró.
Patrícia Cruz Almeida
patricia.almeida@asbeiras.pt
rolar dos workshops de cinema
nos quatro bairros participantes:
o Bairro da Bela Vista (Setúbal),
o Bairro da Apelação (Loures),
o Bairro do Casal da Mira (Ama-
dora) e os Bairros da Rosa e do
Ingote, em Coimbra.
Cada workshop contou com
a participação de oito jovens e
de formadores-realizadores, que
acompanharam os formandos na
realização de curtas-metragens.
Depois da seleção dos três me-
lhores filmes realizados pelos
participantes, coube aos forma-
dores decidir qual a curta-metra-
gem de cada bairro que chegará
à final.
A série “BI” revela aos espetado-
res uma realidade perspetivada
pelo olhar de jovens que, através
do contacto com uma área artís-
tica, são desafiados a pensar o
mundo onde vivem.
diário as beiras | 06-04-2011
eu, deputado
José Manuel Pureza
jose.pureza@be.parlamento.pt
Um rio
de absurdos
A crise tem costas largas. À
sua sombra tomam-se deci-
sões absurdas que só agra-
vam as debilidades estrutu-
rais do país. A construção de
uma mini-hídrica no Mon-
dego é uma dessas decisões.
A região de Penacova
tem já 4 hidro-eléctricas:
Fronhas, Raiva 1, Raiva 2 e
Aguieira. Uma nova mini-
hídrica trará um acréscimo
meramente residual de ge-
ração de electricidade. Por
que não se equacionou en-
tão o aumento de potencial
de produção de Fronhas?
A construção da mini-hí-
drica criará postos de traba-
lho, é certo. Mas meramente
temporários, até porque se
prevê que o funcionamento
será totalmente automa-
tizado. Em contrapartida,
ela acarretará a destruição
de uma série de activida-
des económicas centradas
no rio, desde a agricultura
nas margens aos aproveita-
mentos turísticos, que di-
namizam o emprego local
e geram rendimento com
grande importância para a
região. Por que razão então
se deu primazia aos 3,5 mi-
lhões de euros que o conces-
sionário pagará de imediato
ao Estado e não aos muitos
mais milhões que se deixará
de receber em virtude dessa
morte de economias locais?
O Estado gastou cente-
nas de milhar de euros na
construção de uma escada
de peixe que minorasse os
efeitos nocivos do açude de
Coimbra sobre as migrações
piscícolas imprescindíveis
para a reprodução de espé-
cies de elevado valor (sável,
lampreia). Por que razão se
anula agora o impacto desse
investimento com a constru-
ção desta mini-hídrica?
Eis o retrato da crise: des-
perdício sem sentido e cor-
tes injustos. Decida o povo
se isto está bem.
Deputado do BE