O AUTOR A OBRA •
Urbanismo xão, porque se faz também pelo diálogo, em desperdício ou na poluição das águas, no. Explorar, observar e discutir promove
Samuel Murgel Branco
Nasceu em São Paulo em 1930. Formou--
-se em História Natural em 1956, especiali-
zando-se em Ciências Biológicas e da Terra
na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras
da Universidade de São Paulo (USP). Mais
tarde, como professor da USP, direcionou
sua carreira de pesquisador para a área de
iara e a
Saneamento Básico e Ambiental, tornando--
-se um grande sanitarista, reconhecido por
seus estudos sobre a qualidade das águas
poluiçÃO DAS ÁGUAS
continentais e costeiras, com forte enfoque
em saúde pública no Brasil e na América
Latina. Orientou dezenas de mestrados e
Samuel Murgel Branco doutorados, particularmente nas unidades
da USP de São Carlos e Saúde Pública em
São Paulo. Apaixonado desde sempre pela
natureza, desenvolveu seu gosto pelo mar e
pelas exuberantes florestas da Mata Atlân-
Sugestões pedagógicas tica, o que despertou sua curiosidade em
e de atividades elaboradAs por: relação às particularidades dos diferentes
ambientes vivos. A união da paixão e do
Alexandre Albuquerque da Silva. Bacharel em Ciências Biológicas pela conhecimento científico, bem como sua fa-
Universidade de São Paulo (USP). Mestre em Zoologia pelo Instituto de Biociências da USP. cilidade em escrever histórias, estimulou-o a
Atuou como monitor no Museu Estação Ciência (USP) e em diversos cursos da graduação do revelar para crianças e jovens as maravilhas
Instituto de Biociências da USP. Atua desde 2007 na elaboração e edição de materiais didáticos,
da natureza. Quando escrevia, buscava dar
como livros, cadernos de atividades, animações e vídeos.
conta de todo o universo que o cercava,
organizando seus conhecimentos e apresen-
Maria Augusta Cabral de Oliveira. Bacharel e licenciada em Ciências Biológicas pela
tando-os de maneira cativante aos leitores.
Universidade de São Paulo (USP). Mestre em Zoologia pelo Instituto de Biociências da USP.
Doutora em Saúde Pública, na área de Educação e Promoção da Saúde pela Faculdade de Saúde Assim, possui vários livros publicados, nos
Pública da USP. Atuou como professora durante 25 anos na Universidade Presbiteriana Mackenzie, quais narra com simplicidade os temas com-
ministrando aulas nos cursos de Ciências Biológicas e Pedagogia. Atuou como professora plexos das ciências ambientais.
e coordenadora de Ciências em diversas escolas privadas de São Paulo. Participa de Programas Em 2004, foi criado o Instituto Samuel
de Formação Continuada de Professores voltados para professores de Ciências e Biologia, Murgel Branco (ISMB), com a missão de
em escolas públicas e privadas na capital e no interior de São Paulo.
disseminar a obra desse notável professor,
estimular o conhecimento sobre as ciências
ambientais e conscientizar crianças, jovens e
adultos no seu incrível papel de preservar a
natureza em prol de um modelo de desen-
volvimento em que riqueza é sinônimo de
qualidade de vida para todos.
Para saber mais sobre Samuel Murgel Bran-
co, consulte os sites www.moderna.com.br e
www.ismb.org.br
2 3
Encarte_Iara e a poluição das águas_NOVO.indd 1
Qual é a importância central de
Iara e a poluição das águas?
Os rios e lagos são uma benção da natu-
reza e uma necessidade absoluta da huma-
nidade. São belos e poéticos até serem aco-
metidos pela poluição gerada pelo homem.
Neste livro, somos guiados por Iara e Curu-
pira até duas cidades. Uma delas é fonte de
poluição, e a outra, exemplo de respeito ao
meio ambiente. No caminho, aprendemos
que a poluição na água é causada pelo lan-
çamento de alimentos e objetos estragados
ou de venenos. Descobrimos que a maior
parte dessas substâncias tem origem nas
cidades; em suas fábricas e indústrias. Ao
interagir com moradores da cidade polui-
dora, Curupira e Iara ficam atônitos com seu
descaso em relação ao ambiente. Entretan-
to, subindo o rio, nossos guias encontram
outra cidade onde a situação não poderia
ser mais contrastante. Apesar de também
possuir as fábricas que produzem poluentes,
como na cidade poluidora, nessa cidade os
dejetos que seriam despejados nos rios são
tratados de modo a neutralizar os impactos
negativos ao meio ambiente. Pasmo com o
contraste entre a postura das duas cidades,
o porco-do-mato que acompanha Curupira
propõe dar uma lição na cidade poluidora
mudando o curso do rio. Iara, no entanto,
convence-o de que a melhor solução para
o problema da poluição é conversar com os
cidadãos daquela cidade. Eles argumentam
com as pessoas e apresentam outra maneira
(mais sustentável) de tratar os dejetos das
fábricas, preservando o meio ambiente.
TEMAS ABORDADOS
• Ecossistemas de rio e ribeirinho
• Lendas da Iara e do Curupira
• Poluição
• Uso do solo
• Ética ambiental
• Desenvolvimento sustentável
• Impacto ambiental
• Tratamento de esgotos
• Água de reúso
• Produção de biogás
• Reciclagem de materiais
• Diálogo como mediador para questões
socioambientais
SUGESTÕES PEDAGÓGICAS
Formando o leitor
Enquanto nos livros de ficção conta-se
uma história, as obras de não ficção ou ex-
positivas visam oferecer informação. Mesmo
quando o autor se utiliza de uma pequena
história – como neste livro –, ela é sempre
pretexto para facilitar a compreensão do
assunto de determinada área. No entanto,
o texto expositivo não se restringe à trans-
missão de informações. Isso porque ocorreu
uma incrível mudança com a crescente am-
pliação do campo do saber e o avanço da
tecnologia, sobretudo no setor das comuni-
cações, o que tornou a informação bastante
acessível nos dias de hoje. Por isso mesmo,
o leitor precisa ter condições de selecionar
essas informações e de lançar sobre elas
um olhar crítico, o que só é possível pelo
desenvolvimento da autonomia do pensar
e do agir.
A formação do leitor autônomo supõe
que a informação seja contextualizada: que
parta do que é familiar ao aluno e, ao final,
retorne à realidade vivida, para que não se
reduza a abstrações, mas adquira sentido
vital. Assim, o conhecimento deixa de ser
uma aventura apenas intelectual, porque
se encontra enriquecido por contornos afe-
tivos e valorativos.
Mais ainda, conhecer é um procedimento
que vai além do esforço solitário de refle-
pelo confronto de opiniões, que mobiliza
cada um na busca de outras explicações
possíveis ou na elaboração de novas inda-
gações. Daí a importância de acrescentar
às atividades individuais os trabalhos em
equipe, os projetos coletivos, as discussões
em classe e os debates.
Preparando para a cidadania
Quando o aluno consegue identificar
os problemas e conflitos do dia a dia, tudo
o que aprende adquire sentido novo para
a sua vida e para a comunidade. O saber
teórico incorporado às experiências de vida
de cada um é condição importante para a
formação integral do aluno, pois estimula a
atitude crítica e responsável, preparando-o
para se tornar um cidadão ativo na socieda-
de, membro integrante da comunidade e
possível agente transformador.
Longe, porém, de imaginarmos uma aula
especial para “ensinar” valores aos alunos,
estamos propondo que, em cada disciplina,
sejam discutidos os laços indissolúveis entre
os conteúdos estudados, os valores huma-
nos e as atitudes individuais e coletivas.
Isso significa que os temas éticos, políticos
e estéticos devem ser realçados no processo
de apropriação do saber com os temas trans-
versais, isto é, com temas que atravessam os
diferentes campos do conhecimento. É o que
veremos a seguir, a propósito deste livro.
Explorando o texto
A história deste livro trata da poluição
das águas dos rios e oceanos, e é contada
por dois conhecidos personagens do folclore
brasileiro: Iara – a protetora das águas – e
Curupira – o protetor da fauna e da flora.
A água é um dos principais recursos
naturais renováveis de que dispomos em
nosso planeta e, basicamente, todos os seres
vivos são dependentes dela, mesmo que de
forma indireta. Por isso, quando falamos
atentamos para apenas alguns dos fatores
preocupantes acerca dessa temática.
São muitas as formas que contribuem
para a contaminação das águas, o que, de
maneira gradativa, prejudica e interfere no
meio ambiente. Algumas delas são: o lan-
çamento de produtos químicos e altamente
tóxicos liberados nos rios e oceanos por
indústrias; o acúmulo de objetos (jogados
de forma inconsequente por uma parcela
da população e por algumas empresas) que
– além de demorarem décadas ou até mes-
mo séculos para se decompor –, quando na
superfície aquática, bloqueiam a passagem
da luz solar, prejudicando toda a complexa
cadeia de organismos que ali vivem; e a con-
taminação dos lençóis freáticos (podem ser
citados inúmeros fatores agravantes, como
os agrotóxicos e fertilizantes, os compostos
oriundos do chorume de lixões e cemitérios,
o despejo do esgoto).
Além dos problemas que a poluição das
águas pode acarretar ao meio ambiente, ou-
tro fator preocupante são os danos à saúde
dos seres vivos que possam vir a ter contato
com a água contaminada. Do mesmo modo,
a poluição dos rios e oceanos pode alterar
a quantidade de nutrientes da água, o que
ocasiona o aumento de algas e cianobac-
térias e reduz a concentração de oxigênio,
prejudicando os demais organismos que não
sobrevivem com pouca quantidade de oxigê-
nio. Consequentemente, a morte desses seres
vivos acarreta o aumento de bactérias decom-
positoras. Como se pode perceber, a poluição
das águas pode desenvolver uma complexa
reação em cadeia que altera de maneira bru-
tal o equilíbrio de todo um ecossistema.
SUGESTÕES DE ATIVIDADES
Ao desenvolver as atividades sugeridas,
é importante que o enfoque interdiscipli-
nar seja buscado, para estabelecer relações
entre o que os alunos aprendem em sala
de aula e o que vivenciam em seu cotidia-
4
a construção de conceitos, procedimentos,
valores e atitudes, permitindo assim aos
alunos estabelecerem relações e ampliarem
o universo de conhecimentos de modo sig-
nificativo.
Os alunos são curiosos e gostam de situa-
ções desafiadoras. Portanto, ao estruturar
as atividades, oriente-os e apresente ques-
tões de modo que se construam situações
problematizadoras que os incentivem a
buscar respostas e soluções.
Bom trabalho!
ATIVIDADES
PARA ANTES DA LEITURA
História de um rio
Solicite aos alunos que, em grupo, levan-
tem informações em livros, filmes e na inter-
net sobre a vida e o curso dos rios. Rios como
o gigantesco Amazonas, por exemplo, já nas-
cem grandes (leve os alunos a entenderem
que os rios são a soma de diversos pequenos
cursos de água)? Onde eles nascem (faça com
que os alunos percebam que, usualmente,
rios nascem em locais mais elevados, monta-
nhosos)? A nascente de um rio pode ficar em
um local mais baixo do que o local onde esse
mesmo rio deságua (mostre aos alunos que
o rio sempre corre de um lugar mais elevado
para outro mais baixo)? A paisagem muda ao
longo do curso do rio (faça com que os alu-
nos associem a paisagem ao tipo de curso de
água – rios rápidos em locais montanhosos;
rios mais lentos à medida que chegam em
regiões mais planas, próximas à foz final)?
O curso dos rios é fixo ou eles se modificam
com o tempo (mostre que os cursos dos rios
sofrem modificações ao longo do tempo)?
A fauna e a flora, associadas ao ambiente
aquático e as margens de um rio, são as mes-
mas em toda a sua extensão?
Leve um Atlas para a sala de aula e peça
aos alunos que analisem se as grandes cida-
des estão próximas ou distantes dos grandes
rios. Esse trabalho tem como objetivo expor
9/28/11 9:02 AM
 O AUTOR
Samuel Murgel Branco
Nasceu em São Paulo em 1930. Formou--
-se em História Natural em 1956, especiali-
zando-se em Ciências Biológicas e da Terra
na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras
da Universidade de São Paulo (USP). Mais
tarde, como professor da USP, direcionou
sua carreira de pesquisador para a área de
iara e a
Saneamento Básico e Ambiental, tornando--
-se um grande sanitarista, reconhecido por
seus estudos sobre a qualidade das águas
poluiçÃO DAS ÁGUAS
continentais e costeiras, com forte enfoque
em saúde pública no Brasil e na América
Latina. Orientou dezenas de mestrados e
Samuel Murgel Branco doutorados, particularmente nas unidades
da USP de São Carlos e Saúde Pública em
São Paulo. Apaixonado desde sempre pela
natureza, desenvolveu seu gosto pelo mar e
pelas exuberantes florestas da Mata Atlân-
Sugestões pedagógicas tica, o que despertou sua curiosidade em
e de atividades elaboradAs por: relação às particularidades dos diferentes
ambientes vivos. A união da paixão e do
Alexandre Albuquerque da Silva. Bacharel em Ciências Biológicas pela conhecimento científico, bem como sua fa-
Universidade de São Paulo (USP). Mestre em Zoologia pelo Instituto de Biociências da USP. cilidade em escrever histórias, estimulou-o a
Atuou como monitor no Museu Estação Ciência (USP) e em diversos cursos da graduação do revelar para crianças e jovens as maravilhas
Instituto de Biociências da USP. Atua desde 2007 na elaboração e edição de materiais didáticos,
da natureza. Quando escrevia, buscava dar
como livros, cadernos de atividades, animações e vídeos.
conta de todo o universo que o cercava,
organizando seus conhecimentos e apresen-
Maria Augusta Cabral de Oliveira. Bacharel e licenciada em Ciências Biológicas pela
tando-os de maneira cativante aos leitores.
Universidade de São Paulo (USP). Mestre em Zoologia pelo Instituto de Biociências da USP.
Doutora em Saúde Pública, na área de Educação e Promoção da Saúde pela Faculdade de Saúde Assim, possui vários livros publicados, nos
Pública da USP. Atuou como professora durante 25 anos na Universidade Presbiteriana Mackenzie, quais narra com simplicidade os temas com-
ministrando aulas nos cursos de Ciências Biológicas e Pedagogia. Atuou como professora plexos das ciências ambientais.
e coordenadora de Ciências em diversas escolas privadas de São Paulo. Participa de Programas Em 2004, foi criado o Instituto Samuel
de Formação Continuada de Professores voltados para professores de Ciências e Biologia, Murgel Branco (ISMB), com a missão de
em escolas públicas e privadas na capital e no interior de São Paulo.
disseminar a obra desse notável professor,
estimular o conhecimento sobre as ciências
ambientais e conscientizar crianças, jovens e
adultos no seu incrível papel de preservar a
natureza em prol de um modelo de desen-
volvimento em que riqueza é sinônimo de
qualidade de vida para todos.
Para saber mais sobre Samuel Murgel Bran-
co, consulte os sites www.moderna.com.br e
www.ismb.org.br
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Encarte_Iara e a poluição das águas_NOVO.indd 1
A OBRA
Qual é a importância central de
Iara e a poluição das águas?
Os rios e lagos são uma benção da natu-
reza e uma necessidade absoluta da huma-
nidade. São belos e poéticos até serem aco-
metidos pela poluição gerada pelo homem.
Neste livro, somos guiados por Iara e Curu-
pira até duas cidades. Uma delas é fonte de
poluição, e a outra, exemplo de respeito ao
meio ambiente. No caminho, aprendemos
que a poluição na água é causada pelo lan-
çamento de alimentos e objetos estragados
ou de venenos. Descobrimos que a maior
parte dessas substâncias tem origem nas
cidades; em suas fábricas e indústrias. Ao
interagir com moradores da cidade polui-
dora, Curupira e Iara ficam atônitos com seu
descaso em relação ao ambiente. Entretan-
to, subindo o rio, nossos guias encontram
outra cidade onde a situação não poderia
ser mais contrastante. Apesar de também
possuir as fábricas que produzem poluentes,
como na cidade poluidora, nessa cidade os
dejetos que seriam despejados nos rios são
tratados de modo a neutralizar os impactos
negativos ao meio ambiente. Pasmo com o
contraste entre a postura das duas cidades,
o porco-do-mato que acompanha Curupira
propõe dar uma lição na cidade poluidora
mudando o curso do rio. Iara, no entanto,
convence-o de que a melhor solução para
o problema da poluição é conversar com os
cidadãos daquela cidade. Eles argumentam
com as pessoas e apresentam outra maneira
(mais sustentável) de tratar os dejetos das
fábricas, preservando o meio ambiente.
TEMAS ABORDADOS
• Ecossistemas de rio e ribeirinho
• Lendas da Iara e do Curupira
• Poluição
• Urbanismo
• Uso do solo
• Ética ambiental
• Desenvolvimento sustentável
• Impacto ambiental
• Tratamento de esgotos
• Água de reúso
• Produção de biogás
• Reciclagem de materiais
• Diálogo como mediador para questões
socioambientais
SUGESTÕES PEDAGÓGICAS
Formando o leitor
Enquanto nos livros de ficção conta-se
uma história, as obras de não ficção ou ex-
positivas visam oferecer informação. Mesmo
quando o autor se utiliza de uma pequena
história – como neste livro –, ela é sempre
pretexto para facilitar a compreensão do
assunto de determinada área. No entanto,
o texto expositivo não se restringe à trans-
missão de informações. Isso porque ocorreu
uma incrível mudança com a crescente am-
pliação do campo do saber e o avanço da
tecnologia, sobretudo no setor das comuni-
cações, o que tornou a informação bastante
acessível nos dias de hoje. Por isso mesmo,
o leitor precisa ter condições de selecionar
essas informações e de lançar sobre elas
um olhar crítico, o que só é possível pelo
desenvolvimento da autonomia do pensar
e do agir.
A formação do leitor autônomo supõe
que a informação seja contextualizada: que
parta do que é familiar ao aluno e, ao final,
retorne à realidade vivida, para que não se
reduza a abstrações, mas adquira sentido
vital. Assim, o conhecimento deixa de ser
uma aventura apenas intelectual, porque
se encontra enriquecido por contornos afe-
tivos e valorativos.
Mais ainda, conhecer é um procedimento
que vai além do esforço solitário de refle-
xão, porque se faz também pelo diálogo,
pelo confronto de opiniões, que mobiliza
cada um na busca de outras explicações
possíveis ou na elaboração de novas inda-
gações. Daí a importância de acrescentar
às atividades individuais os trabalhos em
equipe, os projetos coletivos, as discussões
em classe e os debates.
Preparando para a cidadania
Quando o aluno consegue identificar
os problemas e conflitos do dia a dia, tudo
o que aprende adquire sentido novo para
a sua vida e para a comunidade. O saber
teórico incorporado às experiências de vida
de cada um é condição importante para a
formação integral do aluno, pois estimula a
atitude crítica e responsável, preparando-o
para se tornar um cidadão ativo na socieda-
de, membro integrante da comunidade e
possível agente transformador.
Longe, porém, de imaginarmos uma aula
especial para “ensinar” valores aos alunos,
estamos propondo que, em cada disciplina,
sejam discutidos os laços indissolúveis entre
os conteúdos estudados, os valores huma-
nos e as atitudes individuais e coletivas.
Isso significa que os temas éticos, políticos
e estéticos devem ser realçados no processo
de apropriação do saber com os temas trans-
versais, isto é, com temas que atravessam os
diferentes campos do conhecimento. É o que
veremos a seguir, a propósito deste livro.
Explorando o texto
A história deste livro trata da poluição
das águas dos rios e oceanos, e é contada
por dois conhecidos personagens do folclore
brasileiro: Iara – a protetora das águas – e
Curupira – o protetor da fauna e da flora.
A água é um dos principais recursos
naturais renováveis de que dispomos em
nosso planeta e, basicamente, todos os seres
vivos são dependentes dela, mesmo que de
forma indireta. Por isso, quando falamos
em desperdício ou na poluição das águas,
atentamos para apenas alguns dos fatores
preocupantes acerca dessa temática.
São muitas as formas que contribuem
para a contaminação das águas, o que, de
maneira gradativa, prejudica e interfere no
meio ambiente. Algumas delas são: o lan-
çamento de produtos químicos e altamente
tóxicos liberados nos rios e oceanos por
indústrias; o acúmulo de objetos (jogados
de forma inconsequente por uma parcela
da população e por algumas empresas) que
– além de demorarem décadas ou até mes-
mo séculos para se decompor –, quando na
superfície aquática, bloqueiam a passagem
da luz solar, prejudicando toda a complexa
cadeia de organismos que ali vivem; e a con-
taminação dos lençóis freáticos (podem ser
citados inúmeros fatores agravantes, como
os agrotóxicos e fertilizantes, os compostos
oriundos do chorume de lixões e cemitérios,
o despejo do esgoto).
Além dos problemas que a poluição das
águas pode acarretar ao meio ambiente, ou-
tro fator preocupante são os danos à saúde
dos seres vivos que possam vir a ter contato
com a água contaminada. Do mesmo modo,
a poluição dos rios e oceanos pode alterar
a quantidade de nutrientes da água, o que
ocasiona o aumento de algas e cianobac-
térias e reduz a concentração de oxigênio,
prejudicando os demais organismos que não
sobrevivem com pouca quantidade de oxigê-
nio. Consequentemente, a morte desses seres
vivos acarreta o aumento de bactérias decom-
positoras. Como se pode perceber, a poluição
das águas pode desenvolver uma complexa
reação em cadeia que altera de maneira bru-
tal o equilíbrio de todo um ecossistema.
SUGESTÕES DE ATIVIDADES
Ao desenvolver as atividades sugeridas,
é importante que o enfoque interdiscipli-
nar seja buscado, para estabelecer relações
entre o que os alunos aprendem em sala
de aula e o que vivenciam em seu cotidia-
4
no. Explorar, observar e discutir promove
a construção de conceitos, procedimentos,
valores e atitudes, permitindo assim aos
alunos estabelecerem relações e ampliarem
o universo de conhecimentos de modo sig-
nificativo.
Os alunos são curiosos e gostam de situa-
ções desafiadoras. Portanto, ao estruturar
as atividades, oriente-os e apresente ques-
tões de modo que se construam situações
problematizadoras que os incentivem a
buscar respostas e soluções.
Bom trabalho!
ATIVIDADES
PARA ANTES DA LEITURA
História de um rio
Solicite aos alunos que, em grupo, levan-
tem informações em livros, filmes e na inter-
net sobre a vida e o curso dos rios. Rios como
o gigantesco Amazonas, por exemplo, já nas-
cem grandes (leve os alunos a entenderem
que os rios são a soma de diversos pequenos
cursos de água)? Onde eles nascem (faça com
que os alunos percebam que, usualmente,
rios nascem em locais mais elevados, monta-
nhosos)? A nascente de um rio pode ficar em
um local mais baixo do que o local onde esse
mesmo rio deságua (mostre aos alunos que
o rio sempre corre de um lugar mais elevado
para outro mais baixo)? A paisagem muda ao
longo do curso do rio (faça com que os alu-
nos associem a paisagem ao tipo de curso de
água – rios rápidos em locais montanhosos;
rios mais lentos à medida que chegam em
regiões mais planas, próximas à foz final)?
O curso dos rios é fixo ou eles se modificam
com o tempo (mostre que os cursos dos rios
sofrem modificações ao longo do tempo)?
A fauna e a flora, associadas ao ambiente
aquático e as margens de um rio, são as mes-
mas em toda a sua extensão?
Leve um Atlas para a sala de aula e peça
aos alunos que analisem se as grandes cida-
des estão próximas ou distantes dos grandes
rios. Esse trabalho tem como objetivo expor
9/28/11 9:02 AM
 O AUTOR
Samuel Murgel Branco
Nasceu em São Paulo em 1930. Formou--
-se em História Natural em 1956, especiali-
zando-se em Ciências Biológicas e da Terra
na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras
da Universidade de São Paulo (USP). Mais
tarde, como professor da USP, direcionou
sua carreira de pesquisador para a área de
iara e a
Saneamento Básico e Ambiental, tornando--
-se um grande sanitarista, reconhecido por
seus estudos sobre a qualidade das águas
poluiçÃO DAS ÁGUAS
continentais e costeiras, com forte enfoque
em saúde pública no Brasil e na América
Latina. Orientou dezenas de mestrados e
Samuel Murgel Branco doutorados, particularmente nas unidades
da USP de São Carlos e Saúde Pública em
São Paulo. Apaixonado desde sempre pela
natureza, desenvolveu seu gosto pelo mar e
pelas exuberantes florestas da Mata Atlân-
Sugestões pedagógicas tica, o que despertou sua curiosidade em
e de atividades elaboradAs por: relação às particularidades dos diferentes
ambientes vivos. A união da paixão e do
Alexandre Albuquerque da Silva. Bacharel em Ciências Biológicas pela conhecimento científico, bem como sua fa-
Universidade de São Paulo (USP). Mestre em Zoologia pelo Instituto de Biociências da USP. cilidade em escrever histórias, estimulou-o a
Atuou como monitor no Museu Estação Ciência (USP) e em diversos cursos da graduação do revelar para crianças e jovens as maravilhas
Instituto de Biociências da USP. Atua desde 2007 na elaboração e edição de materiais didáticos,
da natureza. Quando escrevia, buscava dar
como livros, cadernos de atividades, animações e vídeos.
conta de todo o universo que o cercava,
organizando seus conhecimentos e apresen-
Maria Augusta Cabral de Oliveira. Bacharel e licenciada em Ciências Biológicas pela
tando-os de maneira cativante aos leitores.
Universidade de São Paulo (USP). Mestre em Zoologia pelo Instituto de Biociências da USP.
Doutora em Saúde Pública, na área de Educação e Promoção da Saúde pela Faculdade de Saúde Assim, possui vários livros publicados, nos
Pública da USP. Atuou como professora durante 25 anos na Universidade Presbiteriana Mackenzie, quais narra com simplicidade os temas com-
ministrando aulas nos cursos de Ciências Biológicas e Pedagogia. Atuou como professora plexos das ciências ambientais.
e coordenadora de Ciências em diversas escolas privadas de São Paulo. Participa de Programas Em 2004, foi criado o Instituto Samuel
de Formação Continuada de Professores voltados para professores de Ciências e Biologia, Murgel Branco (ISMB), com a missão de
em escolas públicas e privadas na capital e no interior de São Paulo.
disseminar a obra desse notável professor,
estimular o conhecimento sobre as ciências
ambientais e conscientizar crianças, jovens e
adultos no seu incrível papel de preservar a
natureza em prol de um modelo de desen-
volvimento em que riqueza é sinônimo de
qualidade de vida para todos.
Para saber mais sobre Samuel Murgel Bran-
co, consulte os sites www.moderna.com.br e
www.ismb.org.br
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Encarte_Iara e a poluição das águas_NOVO.indd 1
A OBRA
Qual é a importância central de
Iara e a poluição das águas?
Os rios e lagos são uma benção da natu-
reza e uma necessidade absoluta da huma-
nidade. São belos e poéticos até serem aco-
metidos pela poluição gerada pelo homem.
Neste livro, somos guiados por Iara e Curu-
pira até duas cidades. Uma delas é fonte de
poluição, e a outra, exemplo de respeito ao
meio ambiente. No caminho, aprendemos
que a poluição na água é causada pelo lan-
çamento de alimentos e objetos estragados
ou de venenos. Descobrimos que a maior
parte dessas substâncias tem origem nas
cidades; em suas fábricas e indústrias. Ao
interagir com moradores da cidade polui-
dora, Curupira e Iara ficam atônitos com seu
descaso em relação ao ambiente. Entretan-
to, subindo o rio, nossos guias encontram
outra cidade onde a situação não poderia
ser mais contrastante. Apesar de também
possuir as fábricas que produzem poluentes,
como na cidade poluidora, nessa cidade os
dejetos que seriam despejados nos rios são
tratados de modo a neutralizar os impactos
negativos ao meio ambiente. Pasmo com o
contraste entre a postura das duas cidades,
o porco-do-mato que acompanha Curupira
propõe dar uma lição na cidade poluidora
mudando o curso do rio. Iara, no entanto,
convence-o de que a melhor solução para
o problema da poluição é conversar com os
cidadãos daquela cidade. Eles argumentam
com as pessoas e apresentam outra maneira
(mais sustentável) de tratar os dejetos das
fábricas, preservando o meio ambiente.
TEMAS ABORDADOS
• Ecossistemas de rio e ribeirinho
• Lendas da Iara e do Curupira
• Poluição
• Urbanismo
• Uso do solo
• Ética ambiental
• Desenvolvimento sustentável
• Impacto ambiental
• Tratamento de esgotos
• Água de reúso
• Produção de biogás
• Reciclagem de materiais
• Diálogo como mediador para questões
socioambientais
SUGESTÕES PEDAGÓGICAS
Formando o leitor
Enquanto nos livros de ficção conta-se
uma história, as obras de não ficção ou ex-
positivas visam oferecer informação. Mesmo
quando o autor se utiliza de uma pequena
história – como neste livro –, ela é sempre
pretexto para facilitar a compreensão do
assunto de determinada área. No entanto,
o texto expositivo não se restringe à trans-
missão de informações. Isso porque ocorreu
uma incrível mudança com a crescente am-
pliação do campo do saber e o avanço da
tecnologia, sobretudo no setor das comuni-
cações, o que tornou a informação bastante
acessível nos dias de hoje. Por isso mesmo,
o leitor precisa ter condições de selecionar
essas informações e de lançar sobre elas
um olhar crítico, o que só é possível pelo
desenvolvimento da autonomia do pensar
e do agir.
A formação do leitor autônomo supõe
que a informação seja contextualizada: que
parta do que é familiar ao aluno e, ao final,
retorne à realidade vivida, para que não se
reduza a abstrações, mas adquira sentido
vital. Assim, o conhecimento deixa de ser
uma aventura apenas intelectual, porque
se encontra enriquecido por contornos afe-
tivos e valorativos.
Mais ainda, conhecer é um procedimento
que vai além do esforço solitário de refle-
xão, porque se faz também pelo diálogo,
pelo confronto de opiniões, que mobiliza
cada um na busca de outras explicações
possíveis ou na elaboração de novas inda-
gações. Daí a importância de acrescentar
às atividades individuais os trabalhos em
equipe, os projetos coletivos, as discussões
em classe e os debates.
Preparando para a cidadania
Quando o aluno consegue identificar
os problemas e conflitos do dia a dia, tudo
o que aprende adquire sentido novo para
a sua vida e para a comunidade. O saber
teórico incorporado às experiências de vida
de cada um é condição importante para a
formação integral do aluno, pois estimula a
atitude crítica e responsável, preparando-o
para se tornar um cidadão ativo na socieda-
de, membro integrante da comunidade e
possível agente transformador.
Longe, porém, de imaginarmos uma aula
especial para “ensinar” valores aos alunos,
estamos propondo que, em cada disciplina,
sejam discutidos os laços indissolúveis entre
os conteúdos estudados, os valores huma-
nos e as atitudes individuais e coletivas.
Isso significa que os temas éticos, políticos
e estéticos devem ser realçados no processo
de apropriação do saber com os temas trans-
versais, isto é, com temas que atravessam os
diferentes campos do conhecimento. É o que
veremos a seguir, a propósito deste livro.
Explorando o texto
A história deste livro trata da poluição
das águas dos rios e oceanos, e é contada
por dois conhecidos personagens do folclore
brasileiro: Iara – a protetora das águas – e
Curupira – o protetor da fauna e da flora.
A água é um dos principais recursos
naturais renováveis de que dispomos em
nosso planeta e, basicamente, todos os seres
vivos são dependentes dela, mesmo que de
forma indireta. Por isso, quando falamos
em desperdício ou na poluição das águas,
atentamos para apenas alguns dos fatores
preocupantes acerca dessa temática.
São muitas as formas que contribuem
para a contaminação das águas, o que, de
maneira gradativa, prejudica e interfere no
meio ambiente. Algumas delas são: o lan-
çamento de produtos químicos e altamente
tóxicos liberados nos rios e oceanos por
indústrias; o acúmulo de objetos (jogados
de forma inconsequente por uma parcela
da população e por algumas empresas) que
– além de demorarem décadas ou até mes-
mo séculos para se decompor –, quando na
superfície aquática, bloqueiam a passagem
da luz solar, prejudicando toda a complexa
cadeia de organismos que ali vivem; e a con-
taminação dos lençóis freáticos (podem ser
citados inúmeros fatores agravantes, como
os agrotóxicos e fertilizantes, os compostos
oriundos do chorume de lixões e cemitérios,
o despejo do esgoto).
Além dos problemas que a poluição das
águas pode acarretar ao meio ambiente, ou-
tro fator preocupante são os danos à saúde
dos seres vivos que possam vir a ter contato
com a água contaminada. Do mesmo modo,
a poluição dos rios e oceanos pode alterar
a quantidade de nutrientes da água, o que
ocasiona o aumento de algas e cianobac-
térias e reduz a concentração de oxigênio,
prejudicando os demais organismos que não
sobrevivem com pouca quantidade de oxigê-
nio. Consequentemente, a morte desses seres
vivos acarreta o aumento de bactérias decom-
positoras. Como se pode perceber, a poluição
das águas pode desenvolver uma complexa
reação em cadeia que altera de maneira bru-
tal o equilíbrio de todo um ecossistema.
SUGESTÕES DE ATIVIDADES
Ao desenvolver as atividades sugeridas,
é importante que o enfoque interdiscipli-
nar seja buscado, para estabelecer relações
entre o que os alunos aprendem em sala
de aula e o que vivenciam em seu cotidia-
4
no. Explorar, observar e discutir promove
a construção de conceitos, procedimentos,
valores e atitudes, permitindo assim aos
alunos estabelecerem relações e ampliarem
o universo de conhecimentos de modo sig-
nificativo.
Os alunos são curiosos e gostam de situa-
ções desafiadoras. Portanto, ao estruturar
as atividades, oriente-os e apresente ques-
tões de modo que se construam situações
problematizadoras que os incentivem a
buscar respostas e soluções.
Bom trabalho!
ATIVIDADES
PARA ANTES DA LEITURA
História de um rio
Solicite aos alunos que, em grupo, levan-
tem informações em livros, filmes e na inter-
net sobre a vida e o curso dos rios. Rios como
o gigantesco Amazonas, por exemplo, já nas-
cem grandes (leve os alunos a entenderem
que os rios são a soma de diversos pequenos
cursos de água)? Onde eles nascem (faça com
que os alunos percebam que, usualmente,
rios nascem em locais mais elevados, monta-
nhosos)? A nascente de um rio pode ficar em
um local mais baixo do que o local onde esse
mesmo rio deságua (mostre aos alunos que
o rio sempre corre de um lugar mais elevado
para outro mais baixo)? A paisagem muda ao
longo do curso do rio (faça com que os alu-
nos associem a paisagem ao tipo de curso de
água – rios rápidos em locais montanhosos;
rios mais lentos à medida que chegam em
regiões mais planas, próximas à foz final)?
O curso dos rios é fixo ou eles se modificam
com o tempo (mostre que os cursos dos rios
sofrem modificações ao longo do tempo)?
A fauna e a flora, associadas ao ambiente
aquático e as margens de um rio, são as mes-
mas em toda a sua extensão?
Leve um Atlas para a sala de aula e peça
aos alunos que analisem se as grandes cida-
des estão próximas ou distantes dos grandes
rios. Esse trabalho tem como objetivo expor
9/28/11 9:02 AM
 O AUTOR
Samuel Murgel Branco
Nasceu em São Paulo em 1930. Formou--
-se em História Natural em 1956, especiali-
zando-se em Ciências Biológicas e da Terra
na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras
da Universidade de São Paulo (USP). Mais
tarde, como professor da USP, direcionou
sua carreira de pesquisador para a área de
iara e a
Saneamento Básico e Ambiental, tornando--
-se um grande sanitarista, reconhecido por
seus estudos sobre a qualidade das águas
poluiçÃO DAS ÁGUAS
continentais e costeiras, com forte enfoque
em saúde pública no Brasil e na América
Latina. Orientou dezenas de mestrados e
Samuel Murgel Branco doutorados, particularmente nas unidades
da USP de São Carlos e Saúde Pública em
São Paulo. Apaixonado desde sempre pela
natureza, desenvolveu seu gosto pelo mar e
pelas exuberantes florestas da Mata Atlân-
Sugestões pedagógicas tica, o que despertou sua curiosidade em
e de atividades elaboradAs por: relação às particularidades dos diferentes
ambientes vivos. A união da paixão e do
Alexandre Albuquerque da Silva. Bacharel em Ciências Biológicas pela conhecimento científico, bem como sua fa-
Universidade de São Paulo (USP). Mestre em Zoologia pelo Instituto de Biociências da USP. cilidade em escrever histórias, estimulou-o a
Atuou como monitor no Museu Estação Ciência (USP) e em diversos cursos da graduação do revelar para crianças e jovens as maravilhas
Instituto de Biociências da USP. Atua desde 2007 na elaboração e edição de materiais didáticos,
da natureza. Quando escrevia, buscava dar
como livros, cadernos de atividades, animações e vídeos.
conta de todo o universo que o cercava,
organizando seus conhecimentos e apresen-
Maria Augusta Cabral de Oliveira. Bacharel e licenciada em Ciências Biológicas pela
tando-os de maneira cativante aos leitores.
Universidade de São Paulo (USP). Mestre em Zoologia pelo Instituto de Biociências da USP.
Doutora em Saúde Pública, na área de Educação e Promoção da Saúde pela Faculdade de Saúde Assim, possui vários livros publicados, nos
Pública da USP. Atuou como professora durante 25 anos na Universidade Presbiteriana Mackenzie, quais narra com simplicidade os temas com-
ministrando aulas nos cursos de Ciências Biológicas e Pedagogia. Atuou como professora plexos das ciências ambientais.
e coordenadora de Ciências em diversas escolas privadas de São Paulo. Participa de Programas Em 2004, foi criado o Instituto Samuel
de Formação Continuada de Professores voltados para professores de Ciências e Biologia, Murgel Branco (ISMB), com a missão de
em escolas públicas e privadas na capital e no interior de São Paulo.
disseminar a obra desse notável professor,
estimular o conhecimento sobre as ciências
ambientais e conscientizar crianças, jovens e
adultos no seu incrível papel de preservar a
natureza em prol de um modelo de desen-
volvimento em que riqueza é sinônimo de
qualidade de vida para todos.
Para saber mais sobre Samuel Murgel Bran-
co, consulte os sites www.moderna.com.br e
www.ismb.org.br
2 3
Encarte_Iara e a poluição das águas_NOVO.indd 1
A OBRA
Qual é a importância central de
Iara e a poluição das águas?
Os rios e lagos são uma benção da natu-
reza e uma necessidade absoluta da huma-
nidade. São belos e poéticos até serem aco-
metidos pela poluição gerada pelo homem.
Neste livro, somos guiados por Iara e Curu-
pira até duas cidades. Uma delas é fonte de
poluição, e a outra, exemplo de respeito ao
meio ambiente. No caminho, aprendemos
que a poluição na água é causada pelo lan-
çamento de alimentos e objetos estragados
ou de venenos. Descobrimos que a maior
parte dessas substâncias tem origem nas
cidades; em suas fábricas e indústrias. Ao
interagir com moradores da cidade polui-
dora, Curupira e Iara ficam atônitos com seu
descaso em relação ao ambiente. Entretan-
to, subindo o rio, nossos guias encontram
outra cidade onde a situação não poderia
ser mais contrastante. Apesar de também
possuir as fábricas que produzem poluentes,
como na cidade poluidora, nessa cidade os
dejetos que seriam despejados nos rios são
tratados de modo a neutralizar os impactos
negativos ao meio ambiente. Pasmo com o
contraste entre a postura das duas cidades,
o porco-do-mato que acompanha Curupira
propõe dar uma lição na cidade poluidora
mudando o curso do rio. Iara, no entanto,
convence-o de que a melhor solução para
o problema da poluição é conversar com os
cidadãos daquela cidade. Eles argumentam
com as pessoas e apresentam outra maneira
(mais sustentável) de tratar os dejetos das
fábricas, preservando o meio ambiente.
TEMAS ABORDADOS
• Ecossistemas de rio e ribeirinho
• Lendas da Iara e do Curupira
• Poluição
• Urbanismo
• Uso do solo
• Ética ambiental
• Desenvolvimento sustentável
• Impacto ambiental
• Tratamento de esgotos
• Água de reúso
• Produção de biogás
• Reciclagem de materiais
• Diálogo como mediador para questões
socioambientais
SUGESTÕES PEDAGÓGICAS
Formando o leitor
Enquanto nos livros de ficção conta-se
uma história, as obras de não ficção ou ex-
positivas visam oferecer informação. Mesmo
quando o autor se utiliza de uma pequena
história – como neste livro –, ela é sempre
pretexto para facilitar a compreensão do
assunto de determinada área. No entanto,
o texto expositivo não se restringe à trans-
missão de informações. Isso porque ocorreu
uma incrível mudança com a crescente am-
pliação do campo do saber e o avanço da
tecnologia, sobretudo no setor das comuni-
cações, o que tornou a informação bastante
acessível nos dias de hoje. Por isso mesmo,
o leitor precisa ter condições de selecionar
essas informações e de lançar sobre elas
um olhar crítico, o que só é possível pelo
desenvolvimento da autonomia do pensar
e do agir.
A formação do leitor autônomo supõe
que a informação seja contextualizada: que
parta do que é familiar ao aluno e, ao final,
retorne à realidade vivida, para que não se
reduza a abstrações, mas adquira sentido
vital. Assim, o conhecimento deixa de ser
uma aventura apenas intelectual, porque
se encontra enriquecido por contornos afe-
tivos e valorativos.
Mais ainda, conhecer é um procedimento
que vai além do esforço solitário de refle-
xão, porque se faz também pelo diálogo,
pelo confronto de opiniões, que mobiliza
cada um na busca de outras explicações
possíveis ou na elaboração de novas inda-
gações. Daí a importância de acrescentar
às atividades individuais os trabalhos em
equipe, os projetos coletivos, as discussões
em classe e os debates.
Preparando para a cidadania
Quando o aluno consegue identificar
os problemas e conflitos do dia a dia, tudo
o que aprende adquire sentido novo para
a sua vida e para a comunidade. O saber
teórico incorporado às experiências de vida
de cada um é condição importante para a
formação integral do aluno, pois estimula a
atitude crítica e responsável, preparando-o
para se tornar um cidadão ativo na socieda-
de, membro integrante da comunidade e
possível agente transformador.
Longe, porém, de imaginarmos uma aula
especial para “ensinar” valores aos alunos,
estamos propondo que, em cada disciplina,
sejam discutidos os laços indissolúveis entre
os conteúdos estudados, os valores huma-
nos e as atitudes individuais e coletivas.
Isso significa que os temas éticos, políticos
e estéticos devem ser realçados no processo
de apropriação do saber com os temas trans-
versais, isto é, com temas que atravessam os
diferentes campos do conhecimento. É o que
veremos a seguir, a propósito deste livro.
Explorando o texto
A história deste livro trata da poluição
das águas dos rios e oceanos, e é contada
por dois conhecidos personagens do folclore
brasileiro: Iara – a protetora das águas – e
Curupira – o protetor da fauna e da flora.
A água é um dos principais recursos
naturais renováveis de que dispomos em
nosso planeta e, basicamente, todos os seres
vivos são dependentes dela, mesmo que de
forma indireta. Por isso, quando falamos
em desperdício ou na poluição das águas,
atentamos para apenas alguns dos fatores
preocupantes acerca dessa temática.
São muitas as formas que contribuem
para a contaminação das águas, o que, de
maneira gradativa, prejudica e interfere no
meio ambiente. Algumas delas são: o lan-
çamento de produtos químicos e altamente
tóxicos liberados nos rios e oceanos por
indústrias; o acúmulo de objetos (jogados
de forma inconsequente por uma parcela
da população e por algumas empresas) que
– além de demorarem décadas ou até mes-
mo séculos para se decompor –, quando na
superfície aquática, bloqueiam a passagem
da luz solar, prejudicando toda a complexa
cadeia de organismos que ali vivem; e a con-
taminação dos lençóis freáticos (podem ser
citados inúmeros fatores agravantes, como
os agrotóxicos e fertilizantes, os compostos
oriundos do chorume de lixões e cemitérios,
o despejo do esgoto).
Além dos problemas que a poluição das
águas pode acarretar ao meio ambiente, ou-
tro fator preocupante são os danos à saúde
dos seres vivos que possam vir a ter contato
com a água contaminada. Do mesmo modo,
a poluição dos rios e oceanos pode alterar
a quantidade de nutrientes da água, o que
ocasiona o aumento de algas e cianobac-
térias e reduz a concentração de oxigênio,
prejudicando os demais organismos que não
sobrevivem com pouca quantidade de oxigê-
nio. Consequentemente, a morte desses seres
vivos acarreta o aumento de bactérias decom-
positoras. Como se pode perceber, a poluição
das águas pode desenvolver uma complexa
reação em cadeia que altera de maneira bru-
tal o equilíbrio de todo um ecossistema.
SUGESTÕES DE ATIVIDADES
Ao desenvolver as atividades sugeridas,
é importante que o enfoque interdiscipli-
nar seja buscado, para estabelecer relações
entre o que os alunos aprendem em sala
de aula e o que vivenciam em seu cotidia-
4
no. Explorar, observar e discutir promove
a construção de conceitos, procedimentos,
valores e atitudes, permitindo assim aos
alunos estabelecerem relações e ampliarem
o universo de conhecimentos de modo sig-
nificativo.
Os alunos são curiosos e gostam de situa-
ções desafiadoras. Portanto, ao estruturar
as atividades, oriente-os e apresente ques-
tões de modo que se construam situações
problematizadoras que os incentivem a
buscar respostas e soluções.
Bom trabalho!
ATIVIDADES
PARA ANTES DA LEITURA
História de um rio
Solicite aos alunos que, em grupo, levan-
tem informações em livros, filmes e na inter-
net sobre a vida e o curso dos rios. Rios como
o gigantesco Amazonas, por exemplo, já nas-
cem grandes (leve os alunos a entenderem
que os rios são a soma de diversos pequenos
cursos de água)? Onde eles nascem (faça com
que os alunos percebam que, usualmente,
rios nascem em locais mais elevados, monta-
nhosos)? A nascente de um rio pode ficar em
um local mais baixo do que o local onde esse
mesmo rio deságua (mostre aos alunos que
o rio sempre corre de um lugar mais elevado
para outro mais baixo)? A paisagem muda ao
longo do curso do rio (faça com que os alu-
nos associem a paisagem ao tipo de curso de
água – rios rápidos em locais montanhosos;
rios mais lentos à medida que chegam em
regiões mais planas, próximas à foz final)?
O curso dos rios é fixo ou eles se modificam
com o tempo (mostre que os cursos dos rios
sofrem modificações ao longo do tempo)?
A fauna e a flora, associadas ao ambiente
aquático e as margens de um rio, são as mes-
mas em toda a sua extensão?
Leve um Atlas para a sala de aula e peça
aos alunos que analisem se as grandes cida-
des estão próximas ou distantes dos grandes
rios. Esse trabalho tem como objetivo expor
9/28/11 9:02 AM
 aos alunos alguns conceitos básicos rela-
tivos à hidrografia brasileira. Solicite que
as informações obtidas pelos alunos sejam
resumidas em um grande desenho (pode
ser feito em papel kraft) que ilustre um rio
desde sua nascente até sua foz final (quan-
do deságua no mar ou em um lago etc.), in-
cluindo as diferentes paisagens (montanha
com cachoeiras, cidades, mangues etc.) que
o acompanham. Passe à leitura do livro.
ATIVIDADES
PARA DURANTE A LEITURA
Uma estratégia para envolver os alunos
é apresentar questões complementares,
convidando-os a refletir sobre os temas
abordados. Ofereça subsídios para facili-
tar a leitura e contornar dificuldades, por
exemplo: identificar a estrutura do texto,
esclarecer dúvidas de vocabulários e com-
preensão, novos conceitos e concordância
com o autor. Proponha questões e refle-
xões sobre os temas abordados.
• Com base na ilustração que aparece
na página 7, pergunte aos alunos se essa
paisagem é característica de locais mon-
tanhosos ou mais planos. Espera-se que os
alunos percebam que a ilustração deve ser
de um local mais plano, onde a água corre
de modo mais lento do que nos rios mon-
tanhosos.
• Ao fim da página 17, estimule a troca
de ideias entre os alunos questionando-os
se é possível existir uma cidade que não po-
lua. Ajude-os a entender que os impactos
ambientais das atividades humanas, apesar
de quase sempre serem negativos, também
podem ser positivos (reflorestamentos,
criação de áreas e leis de proteção à vida
silvestre, tratamento de esgotos etc.). Tente
deixar clara a ideia de que não causar ne-
nhum impacto é impossível – todos os orga-
nismos, não só os seres humanos, alteram
(causam impactos positivos e negativos)
o ambiente onde vivem –, mas que é im-
portante diminuir ao máximo os impactos
negativos e aumentar os positivos para que
vivamos em um ambiente saudável.
5 6
Encarte_Iara e a poluição das águas_NOVO.indd 2
• Ao final do texto do último parágra-
fo da página 21, pergunte aos alunos se
a cidade deles seria visitada pelos animais
que vivem à beira dos rios, como o frango-
-d’água. Os rios da cidade são limpos ou
malcheirosos? Existem parques com bosques
na cidade? Seria bom se existissem mais
parques e bosques? Por quê? Existem lagoas
como aquela descrita pelo frango-d’água?
Lembre-os de que essas lagoas de tratamen-
to não devem ser visitadas sem a supervisão
de um técnico responsável, muito menos uti-
lizadas como local para banho ou pesca, pois
ainda possuem contaminantes que podem
ser prejudiciais à saúde das pessoas.
• Ao final da página 27, converse com
os alunos sobre a opinião deles a respeito
da proposta de Iara em oposição àquela do
porco-do-mato. O diálogo é sempre a me-
lhor solução? Leve-os a entender que a ideia
do porco surgiu em um momento de revolta
(de “cabeça quente”) com a situação que
ele havia presenciado na cidade poluidora,
e que decisões tomadas assim geralmente
não trazem resultados positivos. Pergunte
aos alunos se algum deles já passou por uma
situação assim e depois se arrependeu?
ATIVIDADES
PARA DEPOIS DA LEITURA
Após a leitura verifique o que os alunos
aprenderam, se são capazes de contar o que
leram, oralmente ou por escrito. Estabeleça
relação entre o que foi estudado e a vida
cotidiana, propondo questões e atividades
como as apresentadas a seguir.
• Pergunte aos alunos se eles conhecem
alguma outra história com seres mágicos
que vivem ou protegem a floresta, como a
Iara e o Curupira. Peça que contem a histó-
ria desses outros personagens por meio de
desenhos, inclusive do ambiente onde vi-
vem. Depois, os desenhos devem ser mostra-
dos aos colegas ao mesmo tempo que cada
um conta sua história.
• Peça aos alunos que citem os nomes de
alguns dos rios da cidade deles (se existir).
Pergunte qual o estado desses rios: estão
limpos e sem cheiro ou malcheirosos, com
lixo e poluídos? Existem animais que vivem
à beira e dentro desses rios? Quais? Existem
canos que despejam esgoto neles? Suas
margens estão florestadas, desmatadas
ou o rio foi canalizado? Um rio sem mata
nas margens deve atrair mais ou menos
animais? A presença de animais no rio in-
dica que ele é limpo? Com relação à última
questão, explique aos alunos que, mesmo
em rios bem poluídos, ainda é possível en-
contrar algumas espécies de animais que são
mais resistentes aos poluentes. No entanto,
mesmo elas são afetadas, pois seus corpos
acabam acumulando quantidades elevadas
dos produtos tóxicos que são despejados nos
rios. O consumo desses animais pode causar
grandes prejuízos à saúde, pois as substân-
cias tóxicas acumuladas em seus corpos são
absorvidas pelas pessoas e por animais como
garças e jacarés, por exemplo. Além disso,
nas nascentes vivem poucos organismos,
pois, com exceção da água que é bem limpa,
não existe muito alimento para os animais
nem solo para as plantas.
• Pergunte aos alunos qual seria a razão
de muitas cidades surgirem à margem de rios
(espera-se que os alunos cheguem à conclu-
são de que a água é um bem essencial para a
manutenção da vida; além disso, a água é o
meio mais utilizado para receber os dejetos
de fábricas e os esgotos domésticos).
• Estimule os alunos a refletir sobre quais
atitudes poderiam ser tomadas pela prefei-
tura e pelas pessoas da cidade para melho-
rar a condição dos rios locais. Após algumas
sugestões dos alunos, questione-os se, para
manter o rio limpo, somente a tomada
de ações na cidade deles seria suficiente.
Ajude-os a perceber que, se na água cor-
rente de cidades acima daquela dos alunos
os habitantes não tiverem cuidado com o
rio, as águas já chegarão poluídas às outras
cidades. De modo análogo, se a cidade dos
alunos não tratar o material que é despeja-
do nos rios, as cidades que ficam mais abai-
xo, seguindo a correnteza, também serão
prejudicadas. Logo, é necessário que sejam
tomadas ações conjuntas entre as cidades
que compartilham rios. Nesse caso, qual se-
ria o melhor modo de obter a colaboração
de todos os envolvidos (espera-se que os alu-
nos respondam: dialogando, negociando)?
Outras histórias: poluição não!
Apesar de o livro tratar especificamente
da poluição das águas de um rio, outros am-
bientes, como o mar, o ar e os solos, também
sofrem com a poluição gerada pelas ativida-
des humanas ou são alvo de outras formas
de atividades que têm impactos negativos
sobre o meio ambiente. Divida a turma em
grupos e solicite que cada um deles levante
informações sobre alguma (ou talvez duas)
atividade humana que gere impactos nega-
tivos (poluição, desflorestamento, erosão,
assoreamento etc.) em outros ambientes
que não o despejo de esgotos doméstico
e industrial em rios. Aproveite o momento
para ensiná-los a como procurar informa-
ção nos sites de jornais e estimule-os a ler
as notícias para obter as informações que
buscam. Faça com que registrem as infor-
mações que considerarem pertinentes em
seus cadernos para que possam utilizá-las na
parte seguinte desta atividade.
Após o levantamento de informações,
solicite aos grupos que criem um livro nos
moldes do Iara e a poluição das águas, isto
é, com personagens folclóricos (ou, ainda,
outros inventados por eles mesmos, mas
cuja história componha parte do livro) que
descobrem uma atividade que gera impac-
tos negativos ao meio ambiente. Eles devem
explicar ao leitor qual é o problema daquela
atividade impactante, apresentando pro-
postas para remediar e atenuar os proble-
mas gerados por aquela atividade.
Os grupos deverão seguir o seguinte flu-
xo de trabalho.
1. Escolha da atividade humana que gera
impactos ambientais negativos.
2. Levantamento das informações perti-
nentes à atividade escolhida.
3. Redação do texto que irá compor o
livro.
4. Transcrição do texto e elaboração das
ilustrações que irão compor o livro.
5. Montagem do livro.
A montagem do livro pode ser feita do
seguinte modo.
Para fazer a capa do livro, utilize uma fo-
lha de cartolina recortada um pouco maior
que a folha de A4 e dobrada ao meio no
sentido do seu comprimento. Nela deverá
ser feita uma ilustração e escrito o título
do livro. Na parte interna da capa, deverá
constar o nome dos alunos que fazem parte
daquele grupo. Para o miolo, dobre ao meio,
no sentido mais comprido, algumas folhas de
papel A4. Após o grupo ter passado o texto e
os desenhos para as folhas de papel, ajude-os
a grampeá-las à cartolina.
Terminada a montagem dos livros, solici-
te aos alunos que leiam trechos das histórias
elaboradas pelos outros grupos. O ideal é
que cada aluno tenha a oportunidade de
ler ao menos um trecho de cada livro. Se
possível, faça fotocópias dos livros para que
todos os alunos possam levá-los para ler em
suas casas. Uma opção interessante e que
garante que todos tenham acesso aos livros
elaborados é guardar os originais na biblio-
teca da classe ou da escola.
Água límpida é água limpa?
Após a leitura do livro, pode ficar a impres-
são de que a água poluída é sempre turva e
malcheirosa e que a água transparente e sem
cheiro (inodora) é pura. Para ajudar os alunos
a perceber que água límpida não é sinônimo
de água limpa, realize a seguinte atividade.
De antemão, prepare sete copos transpa-
rentes contendo:
1. Água
2. Água + açúcar
3. Água + sal
4. Água + vinagre branco
5. Água + gotas de limão
6. Água + corante alimentício (ou suco
em pó)
7. Água + chocolate em pó
7
Experimente as quantidades de cada in- ja totalmente coberta pela água. Tampe a ao solo e podem ser comparadas à chuva.
grediente a ser misturado com a água antes abertura da garrafa com filme plástico; ele Auxilie-os a perceber que parte da água da
de prepará-los com os alunos. Certifique-se irá representar o limite da atmosfera. Deixe “chuva” fica no solo e parte vai para o sub-
de que as soluções não estejam excessiva- a garrafa em um local que não fique expos- solo. Questione os alunos sobre a água nes-
mente concentradas. Apresente os copos aos ta a luz solar direta por mais de uma hora. se sistema, por exemplo: existe a produção
alunos e pergunte a eles qual dos copos con- Com o passar do tempo, gotículas de de “água nova” (não)? É possível traçar um
tém água potável, isto é, própria para o con- água se formarão na parte interna da pa- paralelo entre o ciclo da água no terrário e o
sumo humano. Provavelmente, a maioria rede da garrafa e do filme plástico. Mostre ciclo da água no planeta Terra (sim)? Sendo
dos alunos escolherá como potáveis os copos esse fenômeno para os alunos e ajude-os a assim, se não há adição de água no sistema
com água transparente. estabelecer a conexão entre a evaporação terrestre, a água que nós bebemos, que cai
Faça com que os alunos experimentem o da água presente no solo e no subsolo e a em forma de chuva e que flui no rio, pode
conteúdo de cada copo com uma colherzinha formação de gotículas no interior da garra- ser a mesma do tempo dos dinossauros (sim,
fa. As gotículas formadas pingam de volta não só pode, como, de fato, é!)?
de chá. Após os alunos terem experimentado
as soluções, explique que a água potável
deve ser, idealmente, insípida, incolor e
inodora, isto é, sem cheiro, sem cor e sem
sabor, respectivamente. No entanto, como é
comum ao mundo natural, existem exceções.
Em alguns locais, devido a características
particulares das rochas, solo, vegetação ri-
beirinha etc., a água pode apresentar gosto,
cheiro e sabor distintos, mas, mesmo assim,
ser potável. De modo análogo, água cristali-
na e sem cheiro pode conter contaminantes
potencialmente perigosos para os seres vivos.
Nossa velha amiga água
Para ajudar os alunos a compreender que
a água presente atualmente na Terra é a
mesma que já existia no tempo dos dinos-
sauros, e, de fato, muito antes deles, cons-
trua um pequeno terrário, como indicado a
seguir. Você vai precisar de:
• 1 garrafa PET transparente de 2 litros
• Pedrinhas de aquário
• Terra de jardim
• Regador
• Filme plástico PVC
Corte a garrafa PET até deixá-la com o
topo aberto em seu maior diâmetro. De-
posite as pedrinhas de aquário até formar
uma camada de mais ou menos sete cen-
tímetros. Elas irão representar o subsolo.
Coloque uma camada de terra sobre as
pedrinhas para fixar pequenas plantas. Elas
irão representar o solo e a mata. Regue até
que a camada de pedras sobre a terra este-
9/28/11 9:02 AM
 aos alunos alguns conceitos básicos rela-
tivos à hidrografia brasileira. Solicite que
as informações obtidas pelos alunos sejam
resumidas em um grande desenho (pode
ser feito em papel kraft) que ilustre um rio
desde sua nascente até sua foz final (quan-
do deságua no mar ou em um lago etc.), in-
cluindo as diferentes paisagens (montanha
com cachoeiras, cidades, mangues etc.) que
o acompanham. Passe à leitura do livro.
ATIVIDADES
PARA DURANTE A LEITURA
Uma estratégia para envolver os alunos
é apresentar questões complementares,
convidando-os a refletir sobre os temas
abordados. Ofereça subsídios para facili-
tar a leitura e contornar dificuldades, por
exemplo: identificar a estrutura do texto,
esclarecer dúvidas de vocabulários e com-
preensão, novos conceitos e concordância
com o autor. Proponha questões e refle-
xões sobre os temas abordados.
• Com base na ilustração que aparece
na página 7, pergunte aos alunos se essa
paisagem é característica de locais mon-
tanhosos ou mais planos. Espera-se que os
alunos percebam que a ilustração deve ser
de um local mais plano, onde a água corre
de modo mais lento do que nos rios mon-
tanhosos.
• Ao fim da página 17, estimule a troca
de ideias entre os alunos questionando-os
se é possível existir uma cidade que não po-
lua. Ajude-os a entender que os impactos
ambientais das atividades humanas, apesar
de quase sempre serem negativos, também
podem ser positivos (reflorestamentos,
criação de áreas e leis de proteção à vida
silvestre, tratamento de esgotos etc.). Tente
deixar clara a ideia de que não causar ne-
nhum impacto é impossível – todos os orga-
nismos, não só os seres humanos, alteram
(causam impactos positivos e negativos)
o ambiente onde vivem –, mas que é im-
portante diminuir ao máximo os impactos
negativos e aumentar os positivos para que
vivamos em um ambiente saudável.
5 6
Encarte_Iara e a poluição das águas_NOVO.indd 2
• Ao final do texto do último parágra-
fo da página 21, pergunte aos alunos se
a cidade deles seria visitada pelos animais
que vivem à beira dos rios, como o frango-
-d’água. Os rios da cidade são limpos ou
malcheirosos? Existem parques com bosques
na cidade? Seria bom se existissem mais
parques e bosques? Por quê? Existem lagoas
como aquela descrita pelo frango-d’água?
Lembre-os de que essas lagoas de tratamen-
to não devem ser visitadas sem a supervisão
de um técnico responsável, muito menos uti-
lizadas como local para banho ou pesca, pois
ainda possuem contaminantes que podem
ser prejudiciais à saúde das pessoas.
• Ao final da página 27, converse com
os alunos sobre a opinião deles a respeito
da proposta de Iara em oposição àquela do
porco-do-mato. O diálogo é sempre a me-
lhor solução? Leve-os a entender que a ideia
do porco surgiu em um momento de revolta
(de “cabeça quente”) com a situação que
ele havia presenciado na cidade poluidora,
e que decisões tomadas assim geralmente
não trazem resultados positivos. Pergunte
aos alunos se algum deles já passou por uma
situação assim e depois se arrependeu?
ATIVIDADES
PARA DEPOIS DA LEITURA
Após a leitura verifique o que os alunos
aprenderam, se são capazes de contar o que
leram, oralmente ou por escrito. Estabeleça
relação entre o que foi estudado e a vida
cotidiana, propondo questões e atividades
como as apresentadas a seguir.
• Pergunte aos alunos se eles conhecem
alguma outra história com seres mágicos
que vivem ou protegem a floresta, como a
Iara e o Curupira. Peça que contem a histó-
ria desses outros personagens por meio de
desenhos, inclusive do ambiente onde vi-
vem. Depois, os desenhos devem ser mostra-
dos aos colegas ao mesmo tempo que cada
um conta sua história.
• Peça aos alunos que citem os nomes de
alguns dos rios da cidade deles (se existir).
Pergunte qual o estado desses rios: estão
limpos e sem cheiro ou malcheirosos, com
lixo e poluídos? Existem animais que vivem
à beira e dentro desses rios? Quais? Existem
canos que despejam esgoto neles? Suas
margens estão florestadas, desmatadas
ou o rio foi canalizado? Um rio sem mata
nas margens deve atrair mais ou menos
animais? A presença de animais no rio in-
dica que ele é limpo? Com relação à última
questão, explique aos alunos que, mesmo
em rios bem poluídos, ainda é possível en-
contrar algumas espécies de animais que são
mais resistentes aos poluentes. No entanto,
mesmo elas são afetadas, pois seus corpos
acabam acumulando quantidades elevadas
dos produtos tóxicos que são despejados nos
rios. O consumo desses animais pode causar
grandes prejuízos à saúde, pois as substân-
cias tóxicas acumuladas em seus corpos são
absorvidas pelas pessoas e por animais como
garças e jacarés, por exemplo. Além disso,
nas nascentes vivem poucos organismos,
pois, com exceção da água que é bem limpa,
não existe muito alimento para os animais
nem solo para as plantas.
• Pergunte aos alunos qual seria a razão
de muitas cidades surgirem à margem de rios
(espera-se que os alunos cheguem à conclu-
são de que a água é um bem essencial para a
manutenção da vida; além disso, a água é o
meio mais utilizado para receber os dejetos
de fábricas e os esgotos domésticos).
• Estimule os alunos a refletir sobre quais
atitudes poderiam ser tomadas pela prefei-
tura e pelas pessoas da cidade para melho-
rar a condição dos rios locais. Após algumas
sugestões dos alunos, questione-os se, para
manter o rio limpo, somente a tomada
de ações na cidade deles seria suficiente.
Ajude-os a perceber que, se na água cor-
rente de cidades acima daquela dos alunos
os habitantes não tiverem cuidado com o
rio, as águas já chegarão poluídas às outras
cidades. De modo análogo, se a cidade dos
alunos não tratar o material que é despeja-
do nos rios, as cidades que ficam mais abai-
xo, seguindo a correnteza, também serão
prejudicadas. Logo, é necessário que sejam
tomadas ações conjuntas entre as cidades
que compartilham rios. Nesse caso, qual se-
ria o melhor modo de obter a colaboração
de todos os envolvidos (espera-se que os alu-
nos respondam: dialogando, negociando)?
Outras histórias: poluição não!
Apesar de o livro tratar especificamente
da poluição das águas de um rio, outros am-
bientes, como o mar, o ar e os solos, também
sofrem com a poluição gerada pelas ativida-
des humanas ou são alvo de outras formas
de atividades que têm impactos negativos
sobre o meio ambiente. Divida a turma em
grupos e solicite que cada um deles levante
informações sobre alguma (ou talvez duas)
atividade humana que gere impactos nega-
tivos (poluição, desflorestamento, erosão,
assoreamento etc.) em outros ambientes
que não o despejo de esgotos doméstico
e industrial em rios. Aproveite o momento
para ensiná-los a como procurar informa-
ção nos sites de jornais e estimule-os a ler
as notícias para obter as informações que
buscam. Faça com que registrem as infor-
mações que considerarem pertinentes em
seus cadernos para que possam utilizá-las na
parte seguinte desta atividade.
Após o levantamento de informações,
solicite aos grupos que criem um livro nos
moldes do Iara e a poluição das águas, isto
é, com personagens folclóricos (ou, ainda,
outros inventados por eles mesmos, mas
cuja história componha parte do livro) que
descobrem uma atividade que gera impac-
tos negativos ao meio ambiente. Eles devem
explicar ao leitor qual é o problema daquela
atividade impactante, apresentando pro-
postas para remediar e atenuar os proble-
mas gerados por aquela atividade.
Os grupos deverão seguir o seguinte flu-
xo de trabalho.
1. Escolha da atividade humana que gera
impactos ambientais negativos.
2. Levantamento das informações perti-
nentes à atividade escolhida.
3. Redação do texto que irá compor o
livro.
4. Transcrição do texto e elaboração das
ilustrações que irão compor o livro.
5. Montagem do livro.
A montagem do livro pode ser feita do
seguinte modo.
Para fazer a capa do livro, utilize uma fo-
lha de cartolina recortada um pouco maior
que a folha de A4 e dobrada ao meio no
sentido do seu comprimento. Nela deverá
ser feita uma ilustração e escrito o título
do livro. Na parte interna da capa, deverá
constar o nome dos alunos que fazem parte
daquele grupo. Para o miolo, dobre ao meio,
no sentido mais comprido, algumas folhas de
papel A4. Após o grupo ter passado o texto e
os desenhos para as folhas de papel, ajude-os
a grampeá-las à cartolina.
Terminada a montagem dos livros, solici-
te aos alunos que leiam trechos das histórias
elaboradas pelos outros grupos. O ideal é
que cada aluno tenha a oportunidade de
ler ao menos um trecho de cada livro. Se
possível, faça fotocópias dos livros para que
todos os alunos possam levá-los para ler em
suas casas. Uma opção interessante e que
garante que todos tenham acesso aos livros
elaborados é guardar os originais na biblio-
teca da classe ou da escola.
Água límpida é água limpa?
Após a leitura do livro, pode ficar a impres-
são de que a água poluída é sempre turva e
malcheirosa e que a água transparente e sem
cheiro (inodora) é pura. Para ajudar os alunos
a perceber que água límpida não é sinônimo
de água limpa, realize a seguinte atividade.
De antemão, prepare sete copos transpa-
rentes contendo:
1. Água
2. Água + açúcar
3. Água + sal
4. Água + vinagre branco
5. Água + gotas de limão
6. Água + corante alimentício (ou suco
em pó)
7. Água + chocolate em pó
7
Experimente as quantidades de cada in- ja totalmente coberta pela água. Tampe a ao solo e podem ser comparadas à chuva.
grediente a ser misturado com a água antes abertura da garrafa com filme plástico; ele Auxilie-os a perceber que parte da água da
de prepará-los com os alunos. Certifique-se irá representar o limite da atmosfera. Deixe “chuva” fica no solo e parte vai para o sub-
de que as soluções não estejam excessiva- a garrafa em um local que não fique expos- solo. Questione os alunos sobre a água nes-
mente concentradas. Apresente os copos aos ta a luz solar direta por mais de uma hora. se sistema, por exemplo: existe a produção
alunos e pergunte a eles qual dos copos con- Com o passar do tempo, gotículas de de “água nova” (não)? É possível traçar um
tém água potável, isto é, própria para o con- água se formarão na parte interna da pa- paralelo entre o ciclo da água no terrário e o
sumo humano. Provavelmente, a maioria rede da garrafa e do filme plástico. Mostre ciclo da água no planeta Terra (sim)? Sendo
dos alunos escolherá como potáveis os copos esse fenômeno para os alunos e ajude-os a assim, se não há adição de água no sistema
com água transparente. estabelecer a conexão entre a evaporação terrestre, a água que nós bebemos, que cai
Faça com que os alunos experimentem o da água presente no solo e no subsolo e a em forma de chuva e que flui no rio, pode
conteúdo de cada copo com uma colherzinha formação de gotículas no interior da garra- ser a mesma do tempo dos dinossauros (sim,
fa. As gotículas formadas pingam de volta não só pode, como, de fato, é!)?
de chá. Após os alunos terem experimentado
as soluções, explique que a água potável
deve ser, idealmente, insípida, incolor e
inodora, isto é, sem cheiro, sem cor e sem
sabor, respectivamente. No entanto, como é
comum ao mundo natural, existem exceções.
Em alguns locais, devido a características
particulares das rochas, solo, vegetação ri-
beirinha etc., a água pode apresentar gosto,
cheiro e sabor distintos, mas, mesmo assim,
ser potável. De modo análogo, água cristali-
na e sem cheiro pode conter contaminantes
potencialmente perigosos para os seres vivos.
Nossa velha amiga água
Para ajudar os alunos a compreender que
a água presente atualmente na Terra é a
mesma que já existia no tempo dos dinos-
sauros, e, de fato, muito antes deles, cons-
trua um pequeno terrário, como indicado a
seguir. Você vai precisar de:
• 1 garrafa PET transparente de 2 litros
• Pedrinhas de aquário
• Terra de jardim
• Regador
• Filme plástico PVC
Corte a garrafa PET até deixá-la com o
topo aberto em seu maior diâmetro. De-
posite as pedrinhas de aquário até formar
uma camada de mais ou menos sete cen-
tímetros. Elas irão representar o subsolo.
Coloque uma camada de terra sobre as
pedrinhas para fixar pequenas plantas. Elas
irão representar o solo e a mata. Regue até
que a camada de pedras sobre a terra este-
9/28/11 9:02 AM
 aos alunos alguns conceitos básicos rela-
tivos à hidrografia brasileira. Solicite que
as informações obtidas pelos alunos sejam
resumidas em um grande desenho (pode
ser feito em papel kraft) que ilustre um rio
desde sua nascente até sua foz final (quan-
do deságua no mar ou em um lago etc.), in-
cluindo as diferentes paisagens (montanha
com cachoeiras, cidades, mangues etc.) que
o acompanham. Passe à leitura do livro.
ATIVIDADES
PARA DURANTE A LEITURA
Uma estratégia para envolver os alunos
é apresentar questões complementares,
convidando-os a refletir sobre os temas
abordados. Ofereça subsídios para facili-
tar a leitura e contornar dificuldades, por
exemplo: identificar a estrutura do texto,
esclarecer dúvidas de vocabulários e com-
preensão, novos conceitos e concordância
com o autor. Proponha questões e refle-
xões sobre os temas abordados.
• Com base na ilustração que aparece
na página 7, pergunte aos alunos se essa
paisagem é característica de locais mon-
tanhosos ou mais planos. Espera-se que os
alunos percebam que a ilustração deve ser
de um local mais plano, onde a água corre
de modo mais lento do que nos rios mon-
tanhosos.
• Ao fim da página 17, estimule a troca
de ideias entre os alunos questionando-os
se é possível existir uma cidade que não po-
lua. Ajude-os a entender que os impactos
ambientais das atividades humanas, apesar
de quase sempre serem negativos, também
podem ser positivos (reflorestamentos,
criação de áreas e leis de proteção à vida
silvestre, tratamento de esgotos etc.). Tente
deixar clara a ideia de que não causar ne-
nhum impacto é impossível – todos os orga-
nismos, não só os seres humanos, alteram
(causam impactos positivos e negativos)
o ambiente onde vivem –, mas que é im-
portante diminuir ao máximo os impactos
negativos e aumentar os positivos para que
vivamos em um ambiente saudável.
5 6
Encarte_Iara e a poluição das águas_NOVO.indd 2
• Ao final do texto do último parágra-
fo da página 21, pergunte aos alunos se
a cidade deles seria visitada pelos animais
que vivem à beira dos rios, como o frango-
-d’água. Os rios da cidade são limpos ou
malcheirosos? Existem parques com bosques
na cidade? Seria bom se existissem mais
parques e bosques? Por quê? Existem lagoas
como aquela descrita pelo frango-d’água?
Lembre-os de que essas lagoas de tratamen-
to não devem ser visitadas sem a supervisão
de um técnico responsável, muito menos uti-
lizadas como local para banho ou pesca, pois
ainda possuem contaminantes que podem
ser prejudiciais à saúde das pessoas.
• Ao final da página 27, converse com
os alunos sobre a opinião deles a respeito
da proposta de Iara em oposição àquela do
porco-do-mato. O diálogo é sempre a me-
lhor solução? Leve-os a entender que a ideia
do porco surgiu em um momento de revolta
(de “cabeça quente”) com a situação que
ele havia presenciado na cidade poluidora,
e que decisões tomadas assim geralmente
não trazem resultados positivos. Pergunte
aos alunos se algum deles já passou por uma
situação assim e depois se arrependeu?
ATIVIDADES
PARA DEPOIS DA LEITURA
Após a leitura verifique o que os alunos
aprenderam, se são capazes de contar o que
leram, oralmente ou por escrito. Estabeleça
relação entre o que foi estudado e a vida
cotidiana, propondo questões e atividades
como as apresentadas a seguir.
• Pergunte aos alunos se eles conhecem
alguma outra história com seres mágicos
que vivem ou protegem a floresta, como a
Iara e o Curupira. Peça que contem a histó-
ria desses outros personagens por meio de
desenhos, inclusive do ambiente onde vi-
vem. Depois, os desenhos devem ser mostra-
dos aos colegas ao mesmo tempo que cada
um conta sua história.
• Peça aos alunos que citem os nomes de
alguns dos rios da cidade deles (se existir).
Pergunte qual o estado desses rios: estão
limpos e sem cheiro ou malcheirosos, com
lixo e poluídos? Existem animais que vivem
à beira e dentro desses rios? Quais? Existem
canos que despejam esgoto neles? Suas
margens estão florestadas, desmatadas
ou o rio foi canalizado? Um rio sem mata
nas margens deve atrair mais ou menos
animais? A presença de animais no rio in-
dica que ele é limpo? Com relação à última
questão, explique aos alunos que, mesmo
em rios bem poluídos, ainda é possível en-
contrar algumas espécies de animais que são
mais resistentes aos poluentes. No entanto,
mesmo elas são afetadas, pois seus corpos
acabam acumulando quantidades elevadas
dos produtos tóxicos que são despejados nos
rios. O consumo desses animais pode causar
grandes prejuízos à saúde, pois as substân-
cias tóxicas acumuladas em seus corpos são
absorvidas pelas pessoas e por animais como
garças e jacarés, por exemplo. Além disso,
nas nascentes vivem poucos organismos,
pois, com exceção da água que é bem limpa,
não existe muito alimento para os animais
nem solo para as plantas.
• Pergunte aos alunos qual seria a razão
de muitas cidades surgirem à margem de rios
(espera-se que os alunos cheguem à conclu-
são de que a água é um bem essencial para a
manutenção da vida; além disso, a água é o
meio mais utilizado para receber os dejetos
de fábricas e os esgotos domésticos).
• Estimule os alunos a refletir sobre quais
atitudes poderiam ser tomadas pela prefei-
tura e pelas pessoas da cidade para melho-
rar a condição dos rios locais. Após algumas
sugestões dos alunos, questione-os se, para
manter o rio limpo, somente a tomada
de ações na cidade deles seria suficiente.
Ajude-os a perceber que, se na água cor-
rente de cidades acima daquela dos alunos
os habitantes não tiverem cuidado com o
rio, as águas já chegarão poluídas às outras
cidades. De modo análogo, se a cidade dos
alunos não tratar o material que é despeja-
do nos rios, as cidades que ficam mais abai-
xo, seguindo a correnteza, também serão
prejudicadas. Logo, é necessário que sejam
tomadas ações conjuntas entre as cidades
que compartilham rios. Nesse caso, qual se-
ria o melhor modo de obter a colaboração
de todos os envolvidos (espera-se que os alu-
nos respondam: dialogando, negociando)?
Outras histórias: poluição não!
Apesar de o livro tratar especificamente
da poluição das águas de um rio, outros am-
bientes, como o mar, o ar e os solos, também
sofrem com a poluição gerada pelas ativida-
des humanas ou são alvo de outras formas
de atividades que têm impactos negativos
sobre o meio ambiente. Divida a turma em
grupos e solicite que cada um deles levante
informações sobre alguma (ou talvez duas)
atividade humana que gere impactos nega-
tivos (poluição, desflorestamento, erosão,
assoreamento etc.) em outros ambientes
que não o despejo de esgotos doméstico
e industrial em rios. Aproveite o momento
para ensiná-los a como procurar informa-
ção nos sites de jornais e estimule-os a ler
as notícias para obter as informações que
buscam. Faça com que registrem as infor-
mações que considerarem pertinentes em
seus cadernos para que possam utilizá-las na
parte seguinte desta atividade.
Após o levantamento de informações,
solicite aos grupos que criem um livro nos
moldes do Iara e a poluição das águas, isto
é, com personagens folclóricos (ou, ainda,
outros inventados por eles mesmos, mas
cuja história componha parte do livro) que
descobrem uma atividade que gera impac-
tos negativos ao meio ambiente. Eles devem
explicar ao leitor qual é o problema daquela
atividade impactante, apresentando pro-
postas para remediar e atenuar os proble-
mas gerados por aquela atividade.
Os grupos deverão seguir o seguinte flu-
xo de trabalho.
1. Escolha da atividade humana que gera
impactos ambientais negativos.
2. Levantamento das informações perti-
nentes à atividade escolhida.
3. Redação do texto que irá compor o
livro.
4. Transcrição do texto e elaboração das
ilustrações que irão compor o livro.
5. Montagem do livro.
A montagem do livro pode ser feita do
seguinte modo.
Para fazer a capa do livro, utilize uma fo-
lha de cartolina recortada um pouco maior
que a folha de A4 e dobrada ao meio no
sentido do seu comprimento. Nela deverá
ser feita uma ilustração e escrito o título
do livro. Na parte interna da capa, deverá
constar o nome dos alunos que fazem parte
daquele grupo. Para o miolo, dobre ao meio,
no sentido mais comprido, algumas folhas de
papel A4. Após o grupo ter passado o texto e
os desenhos para as folhas de papel, ajude-os
a grampeá-las à cartolina.
Terminada a montagem dos livros, solici-
te aos alunos que leiam trechos das histórias
elaboradas pelos outros grupos. O ideal é
que cada aluno tenha a oportunidade de
ler ao menos um trecho de cada livro. Se
possível, faça fotocópias dos livros para que
todos os alunos possam levá-los para ler em
suas casas. Uma opção interessante e que
garante que todos tenham acesso aos livros
elaborados é guardar os originais na biblio-
teca da classe ou da escola.
Água límpida é água limpa?
Após a leitura do livro, pode ficar a impres-
são de que a água poluída é sempre turva e
malcheirosa e que a água transparente e sem
cheiro (inodora) é pura. Para ajudar os alunos
a perceber que água límpida não é sinônimo
de água limpa, realize a seguinte atividade.
De antemão, prepare sete copos transpa-
rentes contendo:
1. Água
2. Água + açúcar
3. Água + sal
4. Água + vinagre branco
5. Água + gotas de limão
6. Água + corante alimentício (ou suco
em pó)
7. Água + chocolate em pó
7
Experimente as quantidades de cada in- ja totalmente coberta pela água. Tampe a ao solo e podem ser comparadas à chuva.
grediente a ser misturado com a água antes abertura da garrafa com filme plástico; ele Auxilie-os a perceber que parte da água da
de prepará-los com os alunos. Certifique-se irá representar o limite da atmosfera. Deixe “chuva” fica no solo e parte vai para o sub-
de que as soluções não estejam excessiva- a garrafa em um local que não fique expos- solo. Questione os alunos sobre a água nes-
mente concentradas. Apresente os copos aos ta a luz solar direta por mais de uma hora. se sistema, por exemplo: existe a produção
alunos e pergunte a eles qual dos copos con- Com o passar do tempo, gotículas de de “água nova” (não)? É possível traçar um
tém água potável, isto é, própria para o con- água se formarão na parte interna da pa- paralelo entre o ciclo da água no terrário e o
sumo humano. Provavelmente, a maioria rede da garrafa e do filme plástico. Mostre ciclo da água no planeta Terra (sim)? Sendo
dos alunos escolherá como potáveis os copos esse fenômeno para os alunos e ajude-os a assim, se não há adição de água no sistema
com água transparente. estabelecer a conexão entre a evaporação terrestre, a água que nós bebemos, que cai
Faça com que os alunos experimentem o da água presente no solo e no subsolo e a em forma de chuva e que flui no rio, pode
conteúdo de cada copo com uma colherzinha formação de gotículas no interior da garra- ser a mesma do tempo dos dinossauros (sim,
fa. As gotículas formadas pingam de volta não só pode, como, de fato, é!)?
de chá. Após os alunos terem experimentado
as soluções, explique que a água potável
deve ser, idealmente, insípida, incolor e
inodora, isto é, sem cheiro, sem cor e sem
sabor, respectivamente. No entanto, como é
comum ao mundo natural, existem exceções.
Em alguns locais, devido a características
particulares das rochas, solo, vegetação ri-
beirinha etc., a água pode apresentar gosto,
cheiro e sabor distintos, mas, mesmo assim,
ser potável. De modo análogo, água cristali-
na e sem cheiro pode conter contaminantes
potencialmente perigosos para os seres vivos.
Nossa velha amiga água
Para ajudar os alunos a compreender que
a água presente atualmente na Terra é a
mesma que já existia no tempo dos dinos-
sauros, e, de fato, muito antes deles, cons-
trua um pequeno terrário, como indicado a
seguir. Você vai precisar de:
• 1 garrafa PET transparente de 2 litros
• Pedrinhas de aquário
• Terra de jardim
• Regador
• Filme plástico PVC
Corte a garrafa PET até deixá-la com o
topo aberto em seu maior diâmetro. De-
posite as pedrinhas de aquário até formar
uma camada de mais ou menos sete cen-
tímetros. Elas irão representar o subsolo.
Coloque uma camada de terra sobre as
pedrinhas para fixar pequenas plantas. Elas
irão representar o solo e a mata. Regue até
que a camada de pedras sobre a terra este-
9/28/11 9:02 AM
 aos alunos alguns conceitos básicos rela-
tivos à hidrografia brasileira. Solicite que
as informações obtidas pelos alunos sejam
resumidas em um grande desenho (pode
ser feito em papel kraft) que ilustre um rio
desde sua nascente até sua foz final (quan-
do deságua no mar ou em um lago etc.), in-
cluindo as diferentes paisagens (montanha
com cachoeiras, cidades, mangues etc.) que
o acompanham. Passe à leitura do livro.
ATIVIDADES
PARA DURANTE A LEITURA
Uma estratégia para envolver os alunos
é apresentar questões complementares,
convidando-os a refletir sobre os temas
abordados. Ofereça subsídios para facili-
tar a leitura e contornar dificuldades, por
exemplo: identificar a estrutura do texto,
esclarecer dúvidas de vocabulários e com-
preensão, novos conceitos e concordância
com o autor. Proponha questões e refle-
xões sobre os temas abordados.
• Com base na ilustração que aparece
na página 7, pergunte aos alunos se essa
paisagem é característica de locais mon-
tanhosos ou mais planos. Espera-se que os
alunos percebam que a ilustração deve ser
de um local mais plano, onde a água corre
de modo mais lento do que nos rios mon-
tanhosos.
• Ao fim da página 17, estimule a troca
de ideias entre os alunos questionando-os
se é possível existir uma cidade que não po-
lua. Ajude-os a entender que os impactos
ambientais das atividades humanas, apesar
de quase sempre serem negativos, também
podem ser positivos (reflorestamentos,
criação de áreas e leis de proteção à vida
silvestre, tratamento de esgotos etc.). Tente
deixar clara a ideia de que não causar ne-
nhum impacto é impossível – todos os orga-
nismos, não só os seres humanos, alteram
(causam impactos positivos e negativos)
o ambiente onde vivem –, mas que é im-
portante diminuir ao máximo os impactos
negativos e aumentar os positivos para que
vivamos em um ambiente saudável.
5 6
Encarte_Iara e a poluição das águas_NOVO.indd 2
• Ao final do texto do último parágra-
fo da página 21, pergunte aos alunos se
a cidade deles seria visitada pelos animais
que vivem à beira dos rios, como o frango-
-d’água. Os rios da cidade são limpos ou
malcheirosos? Existem parques com bosques
na cidade? Seria bom se existissem mais
parques e bosques? Por quê? Existem lagoas
como aquela descrita pelo frango-d’água?
Lembre-os de que essas lagoas de tratamen-
to não devem ser visitadas sem a supervisão
de um técnico responsável, muito menos uti-
lizadas como local para banho ou pesca, pois
ainda possuem contaminantes que podem
ser prejudiciais à saúde das pessoas.
• Ao final da página 27, converse com
os alunos sobre a opinião deles a respeito
da proposta de Iara em oposição àquela do
porco-do-mato. O diálogo é sempre a me-
lhor solução? Leve-os a entender que a ideia
do porco surgiu em um momento de revolta
(de “cabeça quente”) com a situação que
ele havia presenciado na cidade poluidora,
e que decisões tomadas assim geralmente
não trazem resultados positivos. Pergunte
aos alunos se algum deles já passou por uma
situação assim e depois se arrependeu?
ATIVIDADES
PARA DEPOIS DA LEITURA
Após a leitura verifique o que os alunos
aprenderam, se são capazes de contar o que
leram, oralmente ou por escrito. Estabeleça
relação entre o que foi estudado e a vida
cotidiana, propondo questões e atividades
como as apresentadas a seguir.
• Pergunte aos alunos se eles conhecem
alguma outra história com seres mágicos
que vivem ou protegem a floresta, como a
Iara e o Curupira. Peça que contem a histó-
ria desses outros personagens por meio de
desenhos, inclusive do ambiente onde vi-
vem. Depois, os desenhos devem ser mostra-
dos aos colegas ao mesmo tempo que cada
um conta sua história.
• Peça aos alunos que citem os nomes de
alguns dos rios da cidade deles (se existir).
Pergunte qual o estado desses rios: estão
limpos e sem cheiro ou malcheirosos, com
lixo e poluídos? Existem animais que vivem
à beira e dentro desses rios? Quais? Existem
canos que despejam esgoto neles? Suas
margens estão florestadas, desmatadas
ou o rio foi canalizado? Um rio sem mata
nas margens deve atrair mais ou menos
animais? A presença de animais no rio in-
dica que ele é limpo? Com relação à última
questão, explique aos alunos que, mesmo
em rios bem poluídos, ainda é possível en-
contrar algumas espécies de animais que são
mais resistentes aos poluentes. No entanto,
mesmo elas são afetadas, pois seus corpos
acabam acumulando quantidades elevadas
dos produtos tóxicos que são despejados nos
rios. O consumo desses animais pode causar
grandes prejuízos à saúde, pois as substân-
cias tóxicas acumuladas em seus corpos são
absorvidas pelas pessoas e por animais como
garças e jacarés, por exemplo. Além disso,
nas nascentes vivem poucos organismos,
pois, com exceção da água que é bem limpa,
não existe muito alimento para os animais
nem solo para as plantas.
• Pergunte aos alunos qual seria a razão
de muitas cidades surgirem à margem de rios
(espera-se que os alunos cheguem à conclu-
são de que a água é um bem essencial para a
manutenção da vida; além disso, a água é o
meio mais utilizado para receber os dejetos
de fábricas e os esgotos domésticos).
• Estimule os alunos a refletir sobre quais
atitudes poderiam ser tomadas pela prefei-
tura e pelas pessoas da cidade para melho-
rar a condição dos rios locais. Após algumas
sugestões dos alunos, questione-os se, para
manter o rio limpo, somente a tomada
de ações na cidade deles seria suficiente.
Ajude-os a perceber que, se na água cor-
rente de cidades acima daquela dos alunos
os habitantes não tiverem cuidado com o
rio, as águas já chegarão poluídas às outras
cidades. De modo análogo, se a cidade dos
alunos não tratar o material que é despeja-
do nos rios, as cidades que ficam mais abai-
xo, seguindo a correnteza, também serão
prejudicadas. Logo, é necessário que sejam
tomadas ações conjuntas entre as cidades
que compartilham rios. Nesse caso, qual se-
ria o melhor modo de obter a colaboração
de todos os envolvidos (espera-se que os alu-
nos respondam: dialogando, negociando)?
Outras histórias: poluição não!
Apesar de o livro tratar especificamente
da poluição das águas de um rio, outros am-
bientes, como o mar, o ar e os solos, também
sofrem com a poluição gerada pelas ativida-
des humanas ou são alvo de outras formas
de atividades que têm impactos negativos
sobre o meio ambiente. Divida a turma em
grupos e solicite que cada um deles levante
informações sobre alguma (ou talvez duas)
atividade humana que gere impactos nega-
tivos (poluição, desflorestamento, erosão,
assoreamento etc.) em outros ambientes
que não o despejo de esgotos doméstico
e industrial em rios. Aproveite o momento
para ensiná-los a como procurar informa-
ção nos sites de jornais e estimule-os a ler
as notícias para obter as informações que
buscam. Faça com que registrem as infor-
mações que considerarem pertinentes em
seus cadernos para que possam utilizá-las na
parte seguinte desta atividade.
Após o levantamento de informações,
solicite aos grupos que criem um livro nos
moldes do Iara e a poluição das águas, isto
é, com personagens folclóricos (ou, ainda,
outros inventados por eles mesmos, mas
cuja história componha parte do livro) que
descobrem uma atividade que gera impac-
tos negativos ao meio ambiente. Eles devem
explicar ao leitor qual é o problema daquela
atividade impactante, apresentando pro-
postas para remediar e atenuar os proble-
mas gerados por aquela atividade.
Os grupos deverão seguir o seguinte flu-
xo de trabalho.
1. Escolha da atividade humana que gera
impactos ambientais negativos.
2. Levantamento das informações perti-
nentes à atividade escolhida.
3. Redação do texto que irá compor o
livro.
4. Transcrição do texto e elaboração das
ilustrações que irão compor o livro.
5. Montagem do livro.
A montagem do livro pode ser feita do
seguinte modo.
Para fazer a capa do livro, utilize uma fo-
lha de cartolina recortada um pouco maior
que a folha de A4 e dobrada ao meio no
sentido do seu comprimento. Nela deverá
ser feita uma ilustração e escrito o título
do livro. Na parte interna da capa, deverá
constar o nome dos alunos que fazem parte
daquele grupo. Para o miolo, dobre ao meio,
no sentido mais comprido, algumas folhas de
papel A4. Após o grupo ter passado o texto e
os desenhos para as folhas de papel, ajude-os
a grampeá-las à cartolina.
Terminada a montagem dos livros, solici-
te aos alunos que leiam trechos das histórias
elaboradas pelos outros grupos. O ideal é
que cada aluno tenha a oportunidade de
ler ao menos um trecho de cada livro. Se
possível, faça fotocópias dos livros para que
todos os alunos possam levá-los para ler em
suas casas. Uma opção interessante e que
garante que todos tenham acesso aos livros
elaborados é guardar os originais na biblio-
teca da classe ou da escola.
Água límpida é água limpa?
Após a leitura do livro, pode ficar a impres-
são de que a água poluída é sempre turva e
malcheirosa e que a água transparente e sem
cheiro (inodora) é pura. Para ajudar os alunos
a perceber que água límpida não é sinônimo
de água limpa, realize a seguinte atividade.
De antemão, prepare sete copos transpa-
rentes contendo:
1. Água
2. Água + açúcar
3. Água + sal
4. Água + vinagre branco
5. Água + gotas de limão
6. Água + corante alimentício (ou suco
em pó)
7. Água + chocolate em pó
7
Experimente as quantidades de cada in- ja totalmente coberta pela água. Tampe a ao solo e podem ser comparadas à chuva.
grediente a ser misturado com a água antes abertura da garrafa com filme plástico; ele Auxilie-os a perceber que parte da água da
de prepará-los com os alunos. Certifique-se irá representar o limite da atmosfera. Deixe “chuva” fica no solo e parte vai para o sub-
de que as soluções não estejam excessiva- a garrafa em um local que não fique expos- solo. Questione os alunos sobre a água nes-
mente concentradas. Apresente os copos aos ta a luz solar direta por mais de uma hora. se sistema, por exemplo: existe a produção
alunos e pergunte a eles qual dos copos con- Com o passar do tempo, gotículas de de “água nova” (não)? É possível traçar um
tém água potável, isto é, própria para o con- água se formarão na parte interna da pa- paralelo entre o ciclo da água no terrário e o
sumo humano. Provavelmente, a maioria rede da garrafa e do filme plástico. Mostre ciclo da água no planeta Terra (sim)? Sendo
dos alunos escolherá como potáveis os copos esse fenômeno para os alunos e ajude-os a assim, se não há adição de água no sistema
com água transparente. estabelecer a conexão entre a evaporação terrestre, a água que nós bebemos, que cai
Faça com que os alunos experimentem o da água presente no solo e no subsolo e a em forma de chuva e que flui no rio, pode
conteúdo de cada copo com uma colherzinha formação de gotículas no interior da garra- ser a mesma do tempo dos dinossauros (sim,
fa. As gotículas formadas pingam de volta não só pode, como, de fato, é!)?
de chá. Após os alunos terem experimentado
as soluções, explique que a água potável
deve ser, idealmente, insípida, incolor e
inodora, isto é, sem cheiro, sem cor e sem
sabor, respectivamente. No entanto, como é
comum ao mundo natural, existem exceções.
Em alguns locais, devido a características
particulares das rochas, solo, vegetação ri-
beirinha etc., a água pode apresentar gosto,
cheiro e sabor distintos, mas, mesmo assim,
ser potável. De modo análogo, água cristali-
na e sem cheiro pode conter contaminantes
potencialmente perigosos para os seres vivos.
Nossa velha amiga água
Para ajudar os alunos a compreender que
a água presente atualmente na Terra é a
mesma que já existia no tempo dos dinos-
sauros, e, de fato, muito antes deles, cons-
trua um pequeno terrário, como indicado a
seguir. Você vai precisar de:
• 1 garrafa PET transparente de 2 litros
• Pedrinhas de aquário
• Terra de jardim
• Regador
• Filme plástico PVC
Corte a garrafa PET até deixá-la com o
topo aberto em seu maior diâmetro. De-
posite as pedrinhas de aquário até formar
uma camada de mais ou menos sete cen-
tímetros. Elas irão representar o subsolo.
Coloque uma camada de terra sobre as
pedrinhas para fixar pequenas plantas. Elas
irão representar o solo e a mata. Regue até
que a camada de pedras sobre a terra este-
9/28/11 9:02 AM