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EFÉSIOS
Abril de 2020 - semana 1
Introdução
A Carta aos Efésios busca desafiar a prática de uma fé individualista,
doutrinariamente fraca e separatista. Paulo, nesta carta, espera que as pessoas
de fora da igreja vejam Cristo e o propósito unificador de Deus para o mundo
exatamente na igreja e a partir da igreja, o seu corpo. Há um desafio latente
hoje devido a um protestantismo fragmentado e cada vez mais dividido:
construir pontes, e não campos minados. Além disso, torna-se um desafio para
os que promovem igrejas homogêneas.
Efésios desafia a todos nós a encontrarmos melhores maneiras de fazer nossas
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igrejas locais verdadeiras comunidades de pessoas cuja vida e adoração
como igreja testemunhem da unidade cósmica iniciada em Cristo, e estejam
profundamente imbuídas dessa presença.
Aproximação
No capítulo 2, Paulo continua a chamar a atenção para o extraordinário poder
de Deus. Anteriormente explicou sobre o poder de Deus na igreja como
revelado na ressurreição de Jesus Cristo, neste momento, nos fala sobre o
poder de Deus sendo revelado ao nos tirar da morte e nos dar a vida.
Este trecho também revela o nosso passado, o nosso presente e o nosso futuro.
Paulo nos diz como éramos anteriormente, nos diz quem somos em Cristo e nos
dá a esperança de quem seremos na Glória.
Texto Bíblico
“Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados, nos quais
andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da
potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência; entre
os quais também todos nós andamos outrora, segundo as inclinações da nossa
carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos, por
natureza, filhos da ira, como também os demais.
Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus
de antemão preparou para que andássemos nelas.” (Ef 2.1-10 ARA)
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Mergulhando
“Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados, nos quais
andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da
potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência; entre
os quais também todos nós andamos outrora, segundo as inclinações da nossa
carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos, por
natureza, filhos da ira, como também os demais.” (vr 1-3)
Aqueles que estão presos nos pecados estão condenados à morte, e assim já
pertencem ao domínio da morte. E é exatamente aquilo que eles pensam que
é “vida” não deixa de ser nada menos que um antegosto da morte, pois Deus
não está nisso. O que se acredita como vida, é na realidade, morte. O que se
acredita que é felicidade, é puramente infelicidade e mentira. O estado nos
vossos delitos e pecados é característica e fruto corrupto da “morte” deles. No
vr 2, Paulo atribui essa vida marcada por pecados a dois fatores que se
relacionam: a influência deste mundo (ou seja, a criação presente e caída e as
forças que ela gera na sociedade, e que estão em rebelião contra Deus e em
contraste com a “nova criação” esperada) e a influência do príncipe da
potestade do ar, que se chama Satanás. Paulo nos diz em II Coríntios 10.4-5 que
“as armas da nossa milícia não são carnais, e sim poderosas em Deus, para
destruir fortalezas, anulando nós sofismas e toda altivez que se levante contra o
conhecimento de Deus, e levando cativo todo pensamento à obediência de
Cristo”, ou seja, há forças atuando contra o conhecimento de Deus, há forças
atuando contra nós, existem barreiras que se levantam para que não
conheçamos e nos acheguemos a Deus. Satanás se levanta contra os
pensamentos, pois a batalha espiritual se inicia na mente. Satanás sopra
pensamentos doentios em nossas mentes para que caminhemos por esses
pensamentos. E esses pensamentos, quando caminhamos por eles, viram
sentimentos, para que, assim, caminhemos por esses sentimentos. E quando isso
acontece, há somente vazio, e destruição, e pensamentos de morte.
Éramos filhos da ira, filhos da desobediência, que rejeitávamos a Deus,
afastados de Deus, egoístas e dominados pelos interesses próprios e pelas
nossas próprias vontades, desamparados, descontentes, infelizes e sem vida.
● Pergunta: Você tem vivido o novo de Deus? Ou tem vivido preso a
antigos pensamentos, tem vivido preso ao velho?
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“Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que
nos amou, e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente
com Cristo, — pela graça sois salvos, e, juntamente com ele, nos ressuscitou, e
nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus; para mostrar, nos séculos
vindouros, a suprema riqueza da sua graça, em bondade para conosco, em
Cristo Jesus.” ( vr 4-7)
O que Deus de fato fez no seu amor e misericórdia por nós chega como um
forte e surpreendente contraste à condenação que vimos no verso 3 e revela
de forma dramática a natureza do poder de Deus que opera em nós. Um
poder que transfere cada um de nós, que cremos, da “morte” para a “vida”.
Um poder que restaura nosso relacionamento com nosso Pai Celestial. E, muito
mais, pois não apenas nos dá vida novamente, mas nos dá vida com Cristo,
nos vivificou, nos ressuscitou juntamente com Cristo. E esse poder é tão
maravilhoso e real que podemos, inclusive, como Paulo, afirmar que esse já é
um evento concretizado. Paulo afirma que “nos fez assentar nos lugares
celestiais em Cristo Jesus”. A esperança e a fé são tão intensas em Paulo que
ele afirma algo que acontecerá na gloriosa presença do Pai (seremos
exaltados e estaremos assentados com Cristo à direita de Deus, o Pai), ou seja,
algo futuro, conjugando já no pretérito!
E qual o motivo de Deus fazer tudo isso por nós? Para mostrar “a suprema
riqueza de sua graça” (vr 7). A salvação de homens e mulheres é uma prova
da Graça de Deus expressa em Jesus Cristo. É uma demonstração de Seu favor
divino para todos em toda a história. Sua Graça é ilimitada, e Ele vai a
qualquer extremo para alcançar e redimir os Seus filhos.
A obra da salvação é para a glória de Deus, e ela não pode ser obtida por
meio de obras humanas. Todo o processo de salvação é um ato da bondade
de Deus, e não uma conquista humana. A ênfase nunca está na quantidade
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de fé, e sim, no objeto da fé: Jesus Cristo. A salvação vem pelo favor de Deus,
totalmente imerecido por nós. No texto grego, a construção gramatical da
expressão pela graça… por meio da fé antecede a expressão é dom de Deus,
assim, não podemos dizer que a parte de Deus é a graça e a nossa parte é a
fé, pois a obra salvífica inteira é dom de Deus. A fé é um meio, é um caminho,
mas não é uma “obra” nossa, a fé também é um dom dado por Deus. “Se
respiramos é porque a vida foi soprada em nós” (A.B. Simpson).
Não se trata, então, daquilo que nós fazemos, mas em quem cremos. A sua
salvação foi providenciada por Deus, basta crer em Jesus Cristo como seu
Senhor, como seu Salvador, crer que Jesus Cristo é o Filho de Deus, e se
arrepender de seus antigos caminhos.
● Pergunta: Você crê que Jesus Cristo é o Senhor e Salvador da sua vida, e
quer que Ele te mostre como viver uma vida abundante nEle?
Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus
de antemão preparou para que andássemos nelas.” ( vr 10)
● Pense: Eu, sendo salvo, sou impulsionado a realizar boas obras.
Respirando
Paulo descreve o processo efetivo da salvação como algo que Deus realiza
graciosamente por meio da fé. A graça de Deus realiza a ação em todos os
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aspectos da obra salvífica de Deus. Inclusive a santificação e as boas obras de
um cristão são estabelecidas por Deus de antemão. Oportunidades, força e
vontade de fazer boas obras são subsequentes à decisão de Deus, sendo o
resultado dela. São frutos capacitados por Deus e uma evidência de que a
graça realizou a salvação por meio da fé. Leia também: João 15.8; Filipenses
2.12-13; II Timóteo 3.17; Tito 2.14 e Tiago 2.16-26. E não esqueça essas quatro
palavras-chave: bondade (o ato terno e amoroso de Deus), graça (o livre favor
de Deus para com pessoas que, por sinal, não mereciam - e é um dos termos
preferidos do apóstolo Paulo, tendo usado-o mais de 100 vezes em suas cartas),
fé (o instrumento que nos traz a Deus de mão vazias. Leia Romanos 10) e salvos
(ou também “nova vida”, perdão de pecados, livramentos do estado descrito
nos versos de 1 a 3, libertação e ressurreição.)
Neste momento, medite sobre essa verdade: devo demonstrar gratidão
constantemente ao Senhor por tudo que Ele fez por mim e por tudo que Ele
continua fazendo por mim. Preciso desenvolver e demonstrar um caráter
aprovado diante de Deus e ser proativo na sinalização do Reino de Deus em
todas as minhas atitudes.
Inspire e expire calmamente por algumas vezes. Feche seus olhos. Continue
respirando de forma profunda, porém, calmamente.
Contemple a revelação do Senhor, e ore com sua família.
Faremos no YouTube (IBP Indaiatuba) da igreja às 3as e 5as feiras, com esses
estudos semanais compartilhados nos grupos de WhatsApp da Igreja. A cada
semana, um novo estudo!
Anote suas respostas, e anote suas dúvidas! Participe! Você faz parte desse
povo!
Fraternalmente,
Pr Yuri
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