Frente Parlamentar Têxtil paulista promete lutar pela
valorização do setor
De uma forma geral, a definição de concorrência é uma disputa entre fornecedores
e um mesmo bem ou serviço que, possuem como objetivo, alcançar uma maior parcela do mercado possível no seu segmento. O Brasil assume a 71ª posição em um grupo com 141 países numa competição internacional entre mercados diversos (WEC – World Economic Forum). Nesta competição há diversas variáveis que objetivam este fim, como preço, qualidade do produto, a sua disponibilidade, facilidade de acesso, sua imagem perante o consumidor, entre tantas outras. Estas resumem a forma mais ampla de competição no setor têxtil e neste âmbito se ressalta, também, os custos da mão de obra. O Brasil possui três pontos fortes: tamanho do mercado, capacidade de inovação e o dinamismo dos negócios e, os fracos, mercado de trabalho, a estabilidade macroeconômica e o mercado de produtos. Aumentar a produtividade é de suma importância e um maior progresso na estabilidade macroeconômica deverá vir seguido de uma abertura comercial maior, mais segurança e mais solidez na estabilidade governamental (GAZETA). Mesmo não havendo nenhum sistema tributário perfeito, atualmente, o Brasil possui uma das piores legislações tributárias do mundo e a sua complexidade eleva os impostos (SINDIFISCO). Diante disso, para o mercado de produtos, o Brasil ocupa uma das piores posições - isso se deve a combinação da economia fechada com as dificuldades na concorrência doméstica - e tem como líder Hong Kong que se caracteriza pelo seu comercio livre de barreiras tarifarias e não tarifarias, onde não cobra tarifas de importação e exportação de mercadorias e faz com que essa concorrência traga prejuízos para o mercado brasileiro (MRE/DIC). Produtos importados de países asiáticos não só prejudicam a indústria têxtil, mas trazem consigo mercadorias fabricadas em condições precárias de trabalho. Uma visão dita como ideal seria levar maior conhecimento a toda população sobre o que estão vestindo, questionar não só sua “beleza”, mas, também o impacto que ela causará ao meio ambiente após o seu descarte. Este movimento tem crescido muito nos últimos anos, o slow fashion traz como propósito adquirir peças de maior qualidade, com maior vida útil e uma maior fiscalização durante todo o processo de produção. Neste mesmo conceito, carrega a importância de adquirir peças de produção local. O setor têxtil é muito relevante para a economia, pois gera milhares de empregos, aproximadamente 16,7% e movimentação monetária bastante significativa (FREBRATEX). Para enfrentar essa competição, o Brasil, deve se preparar para os desafios que estão estagnando o mercado neste segmento e os que estão por vir. Buscar qualificação da mão de obra, investimento em novas tecnologias, tanto de produto como de maquinário, adequar-se e aproximar-se de uma produção mais limpa e sustentável, requisito bastante procurado atualmente e, também, para isso, uma simplificação tributária.