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Manual de Apoio 12ª Informática

CONTEÚDO
Iª PARTE
Capítulo I –CAMPO MAGNÉTICO............................................................................. 1
1. Campo Magnético da Corrente Eléctrica em Regime Estacionário ..........................2
1.1Interacção Magnética e Campo Magnético .............................................................2
1.2Movimento de Carga Eléctrica Num Campo Magnético .........................................2
1.3Movimento de uma Carga Eléctrica Sob Acção de um Campo Electromagnético ..3
1.4Campo Magnético Criado Pela Corrente Eléctrica ..................................................3
1.4.1Condutor Rectilíneo ..............................................................................................3
1.4.2 Condutor Circular .................................................................................................3
1.4.3 Condutor Solenoide ..............................................................................................3
Capítulo II –CAMPOS ELECTROMAGNÉTICOS VARIAVEIS ........................................ 4
2.Indução Electromagnético .........................................................................................2
2.1Fluxo Magnético .......................................................................................................2
2.2 Auto-indução. Indução Mútua .................................................................................3
2.3 Energia do Campo Magnético..................................................................................3
2.4 Transformadores Estáticos ......................................................................................3
Capítulo III – CORRENTE ELÉCTRICA ALTERNADA .................................................... 4
3. Circuitos Eléctricos de Corrente Alternada ................................................................2
3.1 Produção de Corrente Alternada Sinusoidal ...........................................................2
3.2 Intensidade e Diferença de Potencial Eficaz ...........................................................3
3.3 Circuitos em Corrente Alternada (AC) ....................................................................3
3.3.1 Circuito AC Puramente Resistivo (R) ....................................................................3
3.3.2 Circuito AC Puramente Indutivo (L) .....................................................................3
3.3.3 Circuito AC Puramente Capacitivo (C) .................................................................3
3.3.4 Circuito em Série RLC ...........................................................................................3
3.3.5 Potência Média em Circuito de Corrente Alternada Sinusoidal ..........................3
3.4.6 Factor de Potência ...............................................................................................3
IIIª PARTE
Capítulo IV – TERMODINÂMICA ............................................................................. 4
4. Introdução .................................................................................................................2
4.1 ..................................................................................................................................2

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4.2 ..................................................................................................................................2
4.3 ..................................................................................................................................3
4.4 ..................................................................................................................................3
4.4.1 ..............................................................................................................................3
4.5 ..................................................................................................................................3
4.6 ..................................................................................................................................3
Capítulo V – ESTUDO DO SOM ............................................................................... 4
5. Introdução .................................................................................................................2
5.1 ..................................................................................................................................2
5.2 ..................................................................................................................................2
5.3 ..................................................................................................................................3
5.4 ..................................................................................................................................3
5.4.1 ..............................................................................................................................3
5.5 ..................................................................................................................................3
5.6 ..................................................................................................................................3

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CAPÍTULO I – CAMPO MAGNÉTICO

1. Campo Magnético da Corrente Eléctrica em Regime Estacionário


1.1 Interacção Magnética e Campo Magnético

Interacção Magnética

É o nome dado a propriedade de atracção entre pedaços de ferro ou aço e de


se orientar, quando suspensa de um fio, na direcção aproximadamente norte-sul
geográfico.

O Íman é a fonte da interacção magnética. Independentemente da sua forma,


têm dois pólos, um pólo norte e a outro pólo sul, que exercem forças de certa forma
semelhante como se verifica nas cargas eléctricas, com a lei qualitativa que diz:

Pólos magnéticos iguais repelem-se e pólos diferentes atraem-se.

S S
S N

N N N S

Campo Magnético

Em cada ponto de um campo magnético a acção deste é caracterizado por:

- Direcção;

- Sentido;

- Módulo;

- Ponto de aplicação.

Por tanto, é uma grandeza física Vectorial que mede a intensidade da força
magnética exercida sobre uma partícula de carga em movimento.

⃗m
F
⃗ =
B
qv
⃗ sinα

Unidade: Tesla (T) ou (N/C ms-1)

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Força Magnética

É aquela que actua sobre uma partícula de carga q, que se encontra em


⃗.
⃗ , num campo magnético B
movimento com uma velocidadev

Fm = q v B sinα [𝑁]

Nota:

Quando o 𝛼 = 0° ou 180°; a força magnética é nula, isto é, o vector v


⃗ eo
vector ⃗B têm a mesma direcção.

⃗Fm = 0


𝐵 A carga realiza um m.r.u.r

Quando o 𝛼 = 90°; a força magnética é máxima, isto é, o vector v


⃗ é
perpendicular ao vector ⃗B.

⃗m =qv
F ⃗
⃗B


𝐵 A carga realiza um m.c.u

1.2 Movimento de uma carga Eléctrica num Campo Magnético

Seja dada a partícula q que se move com movimento uniforme em torno de


uma circunferência, o raio da trajectória será dado por:

Fm

m u: v = const; 𝑎 = 0
v2
FC aC = R

⃗m−F
F ⃗ C = m . a⃗

⃗ C = ⃗0
⃗m−F
F

Fm = FC

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v2
q v B sinα = m
R
m .v
R= é o raio da curvatura
q B sinα

Período e Frequência de Rotação

Seja dada uma partícula com carga q, em torno de uma circunferência.

A velocidade linear é v = ω . R; e

R q a velocidade angular é

ω=
T

v= .R
T
2π . m
T=
q B sinα

q B sinα
𝑓=
2π . m
Força de Ampère

Considerando que a corrente eléctrica é o movimento ordenado das partículas


carregadas. Determinemos a força com que o campo magnético actua sobre um
condutor com corrente eléctrica.

∆𝑙 ∆s = ∆𝑙
∆S ∆𝑙
𝛼 ⃗B v= ↔v=
t t

q
I= ↔ q = I.t
t
FA = Fm

FA = I . 𝑙 . B sinα [A]

Onde:

𝑙 = é o comprimento do condutor [m]

I = Corrente que passa pelo fio condutor

FA = Força de ampere

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O sentido da corrente de ampere determina-se pela regra da mão esquerda


(RME) que diz: a m.e coloca-se de forma que as linhas de indução magnética entram
na palma da mão, os quatros dedos dirigidos no sentido da corrente, então o polegar
colocado a 90° indica o sentido da força que actua no condutor.

Ex. I

⃗B

⃗FA

Nota: A direcção do campo magnético está dirigido para o plano.

1.3 Movimento de uma Carga Eléctrica Sob Acção de um Campo


Electromagnético

Quando uma partícula com carga q se move num campo electromagnético fica
sujeita a acção de uma força resultante FR, que é igual a soma vectorial das forças
eléctrica Fe, e magnética Fm. a esta força dá-se o nome de força electromagnética ou
simplesmente força de Lorentz.

⃗Fem = ⃗Fe + ⃗Fm

⃗Fem = q (E
⃗ +v
⃗ . ⃗B) [N]

Se a força electromagnética for nula, a velocidade será:

⃗E
⃗ =
v
⃗B

1.3.1 Movimento de uma carga Num Campo Eléctrico Uniforme

+ - Fe = q . E e Fe = m . a
+ -
m .a
+ - E= q
+ -
+ -

O movimento do electrão é acelerado rectilíneo, cujo valor da aceleração


depende apenas da intensidade do campo eléctrico.

1.4 Campo Magnético Criado Pela Corrente Eléctrica

Experimentalmente o físico dinamarquês HANS verificou que as correntes


eléctricas criam ao seu redor campos magnéticos.

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Sentido das Linhas do Campo

O sentido das linhas do campo magnético criado por uma corrente eléctrica foi
estudado pelo Ampere que estabeleceu uma regra para determina-lo, conhecida como
regra da mão direita que diz: segura o condutor com a mão direita, envolve com os
dedos e mantendo o polegar apontando o sentido da corrente. O sentido das linhas do
campo será dado pela indução dos quatros dedos que envolvem o condutor.

São linhas de formato circular e concêntricas ao fio por onde passa a corrente
eléctrica.

Para a representação num plano, das linhas do campo originado por uma
corrente eléctrica, é necessários que se adoptem algumas convenções.

I) Símbolo - representa um fio, uma linha ou um vector perpendicular


ao plano da figura, em posição de saída, isto é, aproximando-se do
observador.
II) Símbolo x - representa um fio, uma linha ou um vector perpendicular
ao plano da figura, em posição de entrada, isto é, afastando-se do
observador.

1.4.1 Condutor Recto

A intensidade do vector de indução magnética em qualquer ponto do campo é


determinante directamente proporcional a intensidade da corrente eléctrica que passa
pelo fio e inversamente proporcional a distância desse ponto ao fio.

I
I B = μ0 2πd

𝑙 onde:

µ0 = Permeabilidade magnética do vácuo

P μ0 = 4π. 10−7 T. m⁄A

d = é a distância do ponto do fio

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1.4.2 Condutor Circular

O campo produzido por um condutor circular é directamente proporcional a


corrente que passa pela espira e inversamente proporcional ao raio da espira.

⃗𝐁

I R
I
B = μ0 2R

onde:

µ0 = Permeabilidade magnética do vácuo

μ0 = 4π. 10−7 T. m⁄A

R = Raio da curvatura [m]

1.4.3 Condutor Solenoide

O campo magnético criado por uma corrente sinusoidal, é directamente


proporcional ao número de espira pela corrente que passa pelo condutor e
inversamente o comprimento do condutor.

N .I
B = μ0
𝑙
onde:

µ0 = Permeabilidade magnética do vácuo

μ0 = 4π. 10−7 T. m⁄A

R = Raio da curvatura [m]

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CAPÍTULO II – CAMPO ELECTROMAGNÉTICO VARIAVEIS

2. Indução Electromagnético – Lei de Faraday

A Indução electromagnética é o aparecimento de uma f.e.m (força


electromotriz) num fio condutor a custa do seu movimento no seio do campo
magnético ou seja em consequência da variação do proprio campo. Esta f.e.m chama-
se força electromotriz de indução electromagnética. A acção desta f.e.m produz no
seio do condutor uma corrente eléctrica denominada corrente de indução.

A lei de indução electromagnética ou lei de Faraday enuncia-se: O fvalor da


f.e.m de indução electromagnética num circuito é igual a velocidade da variação do
fluxo magnético que atravessa a superfície compreendida entre os limites do circuito.

−∆∅𝑚
𝜀𝑖𝑛𝑑 =
∆𝑡
Onde:

𝜀𝑖𝑛𝑑 : Força electromagnética induzida (V)

∆∅𝑚 : Variação do fluxo magnético (Webber: Wb)

∆𝑡 : O intervalo de tempo que demora atravessar a variação do fluxo.

Att: A f.e.m surge atravez da variação da corrente no circuito.

O sinal (-) negativo corresponde a lei lenz que diz: Toda variação do fluxo
magmnético cria uma corrente induzida cujo osentido é tal que os seus efeitos tendem
a se opor a variação do fluxo que lhe deêm origem.

2.1 Fluxo Magnético

Denomina-se como quantidade de linhas de indução magnética que atravessam


um plano de área de secção, dada por:

∅𝑚 = 𝐵 . 𝐴 . 𝑐𝑜𝑠𝛼

Onde:

A : a área de secção (𝑚2 )

⃗ ) e o vector normal (𝑛⃗) ao


𝛼 : o ângulo entre o vector campo magnético (𝐵
plano.

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O vector normal é sempre um vector perpendicular ao plano.

A variação da carga em função do tempo denomina-se corrente de indução no


circuito.

∆Q
𝐼𝑖𝑛𝑑 =
∆𝑡
Para que o fluxo magnético ∅𝑚 atinga o valor máximo, o vector campo
⃗ ) e o vector normal (𝑛⃗) sejam paralelos.
magnético (𝐵

O fluxo magnético ∅𝑚 atinge o valor mínimo, quando o vector campo


⃗ ) e o vector normal (𝑛⃗) forem perpendicular.
magnético (𝐵

Sabendo que o trabalho realizado pelas forças aplicadas é w𝑚 = 𝐹𝑚 . 𝑙 e o


trabalho realizado pelas cargas electricas é w𝐸 = 𝑞 . ∆𝜑 temos:

1 = 2; ∆𝜑 = 𝜀𝑖𝑛𝑑

𝐹𝑚 . 𝑙 = 𝑞 . ∆𝜑𝐴𝐵

𝑞 . 𝐵 . 𝑣 . 𝑠𝑖𝑛𝜃. 𝑙 = 𝑞 . 𝜀𝑖𝑛𝑑

𝜀𝑖𝑛𝑑 = 𝐵 . 𝑣 . 𝑙 . 𝑠𝑖𝑛𝜃

2.2 Energia do Campo Magnético

Para criar uma corrente electrica de intensidade num circuito, é necessário


efectuar um trabalho para superar a f.e.m de auto-indução que se opoem ao
crescimento da intensidade da corrente eléctrica.
L

I2 . 𝐿
𝑊𝑚 =
2

NOTA:

We : Depende da capacidade do condensador

𝐶 . U2
𝑊𝑒 =
2
Wm : Depende da indutância do indutor

I2 . 𝐿
𝑊𝑚 =
2

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2.3 Auto Indução. Indução mútua

Auto Indução: É o aparecimento da f.e.m de indução electromagnético num,


circuito eléctrico por causa da variação nela da corrente eléctrica.

Esta f.e.m tem o nome de Força electromotriz de auto-indução e designa-se


por:

∆∅𝑚
𝜀𝑎𝑖𝑛𝑑 = −N
∆𝑡
Onde:

𝜀𝑎𝑖𝑛𝑑 : força electromotriz de auto-indução (V)

𝑁 : número de espiras

𝛹𝑎 : fluxo total (wb)

O produto entre o número de espiras e o fluxo magnético denomina-se fluxo


total.

𝛹𝑎 = 𝑁. ∅𝑚

Indutância

A indutância do circuito é a razão entre o fluxo magnético total pela


intensidade da corrente electrica deste circuito.

𝛹𝑎 𝑁. ∅𝑚
𝐿= 𝑜𝑢 𝐿 =
I I
∆ (L . I)
𝜀𝑎𝑖𝑛𝑑 = −
∆𝑡
∆∅𝑚
𝜀𝑎𝑖𝑛𝑑 = −N
∆𝑡
Indução Muútua

É o aparecimento de indução de uma corrente num circuito vizinho de outro


circuito. Faraday observou o fenómeno da indução mútua quando colocou dois
circuitos, primário e secundário contendo duas bobinas, uma perto do outro. O circuito
no secundário não linha quarquer gerador sendo apenas constituido por um fio
condutor, uma bobina e um galvanómetro. O circuito primário tem uma bobina e uma
fonte de tensão, que pode ligar ou desligar mediante um interruptor. Verificou-se que
quando ligava-se o circuito primário passava momentaneamente, uma corrente no
secundário.

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Figura 2.1 - Transformadora

O aparecimento de uma corrente no circuito secundário é uma consequência


da lei de Faraday que diz:

Ao ligarmos um circuito primário dá-se uma variação do fluxo magnético qué


acompanhada com o aparecimento de uma f.e.m no secundário. D que ao mesmo
tempo a corrente a corrente induzida no secundário origina um campo magnético, cuja
variação cria uma corrente induzida no primário.

Consideremos uma espira E1, percorrido por uma corrente I1, e uma espira E2
colocada nas proximidades. A corrente I1, ao criar uma campo magnética de auto-
⃗ , origina um fluxo magnético ∅𝑚1 na espira E1 e na espira E2 ∅𝑚2 .
indução 𝐵

A variação da resistência R, além de originar uma variação na corrente I1,


origina uma variação nos fluxos ∅𝑚1 e ∅𝑚2 .
Indicar a figura.

∆∅𝑚2
𝜀2 = −
∆𝑡
A constante de proporcionalidade designa-se por Indução Mútua, representado
por letra M. Então teremos.

∆∅𝑚2 = M . I

∆∅𝑚2
M=
I
Derivando em função do tempo atravez da corrente no primário teremos:

𝑑∅𝑚2 ∆I1
= −M
∆t ∆𝑡
∆I1
𝜀2 = −M
∆𝑡
Quando a espira na f.e.m do secundário é percorrida por uma corrente variavel
I2, surge uma corrente auto-induzida em 𝜀2 e uma corrente induzida em 𝜀1 .

Teremos:

∆I2 ∆I1
𝜀1 = −M 𝑒 𝜀1 = −M
∆𝑡 ∆𝑡

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2.4 Transformadores Estáticos

Os transformadores são aparelhos estáticos (sem peças moveis) que


tranformam tensão eléctrica, aumentando-a ou diminuindo-a.

Um transformador pode reduzir a tensão de 230V para 5,0 V. tensão utilizadas


em alguns aparelhos electrónicos.

Frequentemente, um transformador está associado a um sistema electrónico,


que retifica a tensão, isto é, transforma a corrente alternada (AC) em uma corrente
contínua (CC).

Os transformadores funcionam com base na indução-mútua entre dois


circuitos vizinhos, o primário e o secundário. Estes circuitos bobinas formadas por
enrolamnetos em torno de um núcleo de entre ferro. O núcleo de ferro intensifica
reorienta o campo magnético, facilitando a indução.

O núcleo é formada por lâminas separadas por região isoladas, a fim de evitar a
circulação de pequenas correntes induzidas dentro do próprio núcleo de ferro, as
chamadas de correntes de foucault, que dessipam energia.

“Funcionamento de um transformador”

S1 S2

E U1 N1 N2 U2 R

Núcleo de ferro

O fluxo magnético que atravessa o enrolamento do primário é dado por:

∅𝑚2 = 𝑁1 . ∅𝑚 e ∅𝑚2 = 𝑁2 . ∅𝑚

Relação:

∅𝑚1 𝑁1 𝑁1
= ↔ ∅𝑚1 = . ∅𝑚2
∅𝑚2 𝑁2 𝑁2

De acordo com a lei da indução será:

∆∅𝑚1 𝑁1 ∆∅𝑚2
= . ; 𝜀1 = 𝑈1 𝑒 𝜀2 = 𝑈2
∆𝑡 𝑁2 ∆𝑡
𝜀1 𝑁 𝑈1 𝑁 I1 𝑁
= 𝑁1 𝑡𝑒𝑚𝑜𝑠 = 𝑁1 𝑒 = 𝑁2 ; Ralação de tranformação ou princípio de
𝜀2 2 𝑈2 1 I2 1
funcionamento.

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CAPÍTULO III – CORRENTE ELÉCTRICA ALTERNADA

3. Circuito Eléctricos de Corrente Alternada


3.1 Produções de Corrente Alternada (AC) Sinusoidal

Cinquenta anos após Faraday e Henry terem descoberto a lei de indução, Tesla
e George Westinghause mostraram ao mundo que era possível “gerar” electricidade
em quantidade tais que iluminassem cidades inteiras.

Os geradores de corrente electricas são em geral de dois tipos:

 Geradores de corrente contínua;


 Geradores de corrente Alternada – geradores de força electromotriz
induzida.

Os geradores de indução são máquinas que transformam energia mecânica em


energia eléctrica. A energia de queda de água (centrais hidroeléctricas) ou do vapor de
água sob pressão (gerado nas centrais térmicas e nucleares) que servem para por o
eixo do gerador a rodar.

Um gerador típico é constituído por um sistema rotativo, formado por uma ou


várias bobinas de fio enrolado numa armadura e um ímam. A bobina é posta a rodar
por acção de uma força exterior.

As funções alternada sinusoidal, 𝑥(𝑡), podem ser descrita pela expressão


matemática:

𝑥(𝑡) = 𝐴 sin(𝜔𝑡 + 𝜑0 )

Sendo:

𝑥(𝑡) : o valor instantânio

𝐴 : a sua amplitude máxima

(𝜔𝑡 + 𝜑0 ) : a fase ou desfasamento (𝜑)

𝜔 : frequência angular (rad/s)

𝜑0 : fase inicial (rad)

A frequência angular 𝜔 relaciona-se com a frequência 𝑓, expressa em ciclos por


segundo ou hertz (Hz) através de:

𝜔 = 2𝜋. 𝑓

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A frequência pode ser expressa em função do período T, através de:

1 2𝜋
𝑓= ↔ 𝜔=
T T
Todos esses parametros sinusoidal estão exemplificados na figura seguinte:

φ0

Consideremos uma espira da bobina para simplificar.

1 2

1 – O fluxo magnético é máximo e a taxa de variação do fluxo é nula, sendo


nula também a f.e.m induzida.

2 – O fluxo magnético diminui até zero e taxa temporária da variação do fluxo


aumenta, aumentando também a f.e.m induzida.

Se o capmo magnético for uniforme e as espiras rodarem com grequência


angular 𝜔 constante, o fluxo magnético será:

∅𝑚 = 𝐵 . 𝐴 𝑐𝑜𝑠𝜑 ; 𝑠𝑒 𝜑 = 𝜔𝑡 𝑒 𝜑0 = 0

∅𝑚 = 𝐵 . 𝐴 𝑐𝑜𝑠𝜔𝑡

∅𝑚 = 𝐵 . 𝐴 𝑐𝑜𝑠𝜔𝑡
𝑑∅𝑚
Sabendo que 𝜀𝑖𝑛𝑑 = − ; 𝑠𝑢𝑏𝑠𝑡𝑖𝑡𝑢𝑖𝑛𝑑𝑜 𝑡𝑒𝑟𝑒𝑚𝑜𝑠 𝜀𝑖𝑛𝑑 = 𝐵 𝐴 𝜔 𝑠𝑖𝑛𝜔𝑡
𝑑𝑡

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Se tiver numéro de espira a queda de tensão será:

𝜀𝑖𝑛𝑑 = 𝑁 𝐵 𝐴 𝜔 𝑠𝑖𝑛𝜔𝑡

𝜀𝑚𝑎𝑥 = 𝑁 𝐵 𝐴 𝜔

𝜀𝑖𝑛𝑑 = 𝜀𝑚𝑎𝑥 . 𝑠𝑖𝑛𝜔𝑡

Representação gráfica da variação da f.e.m induzida em função do tempo.

Se consideraemos que a espira tem resistência nula e que se encontra ligado a


um resistor de restência R, a diferença de potencial nos extremos será igual a f.e.m
induzida.

𝑈 = 𝜀𝑖𝑛𝑑
𝜀𝑖𝑛𝑑
I= ; 𝑠𝑒𝑛𝑑𝑜 𝜀𝑖𝑛𝑑 = 𝐵 𝐴 𝜔 𝑠𝑖𝑛𝜔𝑡
𝑅
𝐵𝐴𝜔
I= 𝑠𝑖𝑛𝜔𝑡
𝑅
𝐵𝐴𝜔
I𝑚𝑎𝑥 =
𝑅
I = I𝑚𝑎𝑥 . 𝑠𝑖𝑛𝜔𝑡

3.2 Intensidade e Diferença de Potencial eficaz

A intensidade eficaz, numa corrente alternada, é a intensidade que deve ter


uma corrente estacionária para produzir, na mesma resistência, a mesma energia
térmica, média que produz a corrente alternada.

- O quadrado da intensidade da corrente eficaz é igual ao valor médio do


quadrado da corrente alternada.

1 2
I2 ef = I
2

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I𝑚𝑎𝑥
Ief = (𝐴)
√2

Recordando a lei de ohm, facilmente se deduz que também a expressão que


relaciona a diferença de potencial eficaz com a diferença de potencial máxima.

Considerando um resistor, de resistência R, percorrido por uma


correntealternada.

𝑈 = 𝑈. 𝐼

𝑈 = 𝑈. 𝐼𝑚𝑎𝑥 𝑠𝑖𝑛𝜔𝑡

Ou seja:

𝑈 = 𝑈𝑚𝑎𝑥 𝑠𝑖𝑛𝜔𝑡

Como a intensidade eficaz origina uma tensão eficaz:

𝑈ef = 𝑅. 𝐼ef

𝑅. 𝐼𝑚𝑎𝑥 𝑈𝑚𝑎𝑥
Uef = 𝑜𝑢 𝑠𝑒𝑗𝑎 Uef =
√2 √2

3.3 Circuitos em Corrente Alternada (R)

Neste ponto vamos ver alguns circuitos simples de corrente alternada


sinusoidal para salietntar função de resistências, de condensadores e de indutores
neste tipo de circuitos.

3.3.1 Circuito AC Puramente Resistivo

Num circuito puramente resistivo, a tensão aplicada UR nos terminais da


resistência e a intensidade da corrente IR que nela percorre estão em fase.

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A intensidade da corrente que, em cada instante, percorre o circuito é, de


acordo a lei de ohm.

𝑈
I=
𝑅
𝑈=𝜀
𝜀𝑚𝑎𝑥
I= 𝑠𝑖𝑛𝜔𝑡
𝑅
3.3.2 Circuito AC Puramente Indutivo (L)

Num circuito AC puramente indutivo, a corrente IL está atrasada em relação a


tensão aplicada UL em 90° nos terminais do indutor (isto é, 𝜋/2 rad).

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Num circuito puramente indutivo, a oposição à passagem da corrente alternada


é denominada por reatância indutiva (XL).

X𝐿 = ω𝐿 ; 𝜔 = 2𝜋𝑓

X𝐿 = 2𝜋𝑓𝐿

Onde:

X𝐿 : reatância indutiva (Ω)

ω: frequência angular (rad/s)

𝑓: frequência (Hz)

𝐿: Indutância (Henry; H)

A expressão da reatância indutiva, basea-se na lei de ohm.

𝑈𝐿
X𝐿 =
I𝐿

Onde:

𝑈𝐿 : tensão na bobina

I𝐿 : corrente na bobina

X𝐿 : é proporcional a frequencia 𝑓 como mostra o gráfico.

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3.3.3 Circuito AC Puramente Capacitivo (C)

Num circuito AC puramente capacitivo, a corrente IC está adiantada em relação


à tensão aplicada UC em 90° entre as armaduras do condensador (isto é, 𝜋/2 rad).

Num circuito puramente capacitivo, a oposição à passagem da corrente


alternada é denominada por reatância capacitiva (XC).

1
X𝐶 = ; 𝜔 = 2𝜋𝑓
ω𝐶
1
X𝐶 =
2𝜋𝑓𝐶

Onde:

X𝐶 : reatância indutiva (Ω)

ω: frequência angular (rad/s)

𝑓: frequência (Hz)

𝐶: Capacidade do condensador ou capacitância (Farad; F)

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A expressão da reatância capacitiva, pela lei de ohm.

𝑈𝐶
X𝐶 =
I𝐶

Onde:

𝑈𝐶 : tensão no capacitor

I𝐶 : corrente no capacitor

X𝐶 : varia com a frequencia 𝑓 como mostra o gráfico.

3.3.4 Circuito Série RLC

Um circuito série RLC é constituida por uma resistência, uma bobina e um


condensador.

A intensidade da corrente medida com um amperímetro a intensidade eficaz,


depende de uma grandeza chamada impedância do circuito, que desempenha o
mesmo papel que a resistência nos circuitos de corrente contínua.

A impedância representa-se por Z e a sua unidade no SI é o ohm (Ω), dada pela


expressão:

𝑍 = √𝑅 2 + 𝑋 2

Designado po X a reatância do circuito (reatância indutiva – reatância


capacitiva)

𝑍 = √𝑅 2 + (𝑋𝐿 − 𝑋𝐶 )2

Ou

1 2
𝑍 = √𝑅 2 + (𝜔𝐿 − )
𝜔𝐶

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O conceito da impedância permite generalizar a lei de ohm em corrente


continua para corrente alternada. Assim tem-se:

𝑈𝑒𝑓 = 𝑍 . 𝐼𝑒𝑓

A diferença de fase entre a intensidade da corrente e a tensão é tal que:

𝑅 𝑋
𝑐𝑜𝑠𝜑 = 𝑜𝑢 𝑡𝑎𝑔𝜑 =
𝑍 𝑅
3.3.5 Potência média em circuito de corrente alternada sinusoidal. Factor de
potência

A potência média fornecida a um circuito série RLC é apenas a potência


dissipada, por efeito joule, na resistência.
2
𝑃𝑚𝑒𝑑 = 𝑅 . 𝐼𝑒𝑓

A potência média (potência activa ou potência eficaz) também pode ser


expressa em função da impedância Z do circuito.

Atendendo a que o factor de potência 𝑐𝑜𝑠𝜑 é tal que:

𝑅
𝑐𝑜𝑠𝜑 =
𝑍
Então teremos:
2
𝑃𝑚𝑒𝑑 = 𝐼𝑒𝑓 . 𝑍 𝑐𝑜𝑠𝜑 𝑜𝑢 𝑃𝑚𝑒𝑑 = 𝑈𝑒𝑓 𝐼𝑒𝑓 𝑐𝑜𝑠𝜑

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