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2.0 TIPOS DE PRECIPITAÇÃO
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São típicas de regiões tropicais e equatoriais.
O aquecimento desigual da superfície terrestre provoca o aparecimento de
camadas de ar com densidades diferentes, o que gera uma estratificação
térmica da atmosfera em equilíbrio instável (ar mais denso sobre ar mais leve).
Se esse equilíbrio for rompido por alguma razão, sejam ventos ou
sobreaquecimento, ocorre uma ascensão brusca e violenta do ar mais leve que
é capaz de atingir grandes altitudes. O turbilhão pode ser observado à
distância, principalmente nas estradas e no campo, em forma de um funil.
O ar ascendente nestas condições condensa de forma rápida e promove a
chuva convectiva.
As principais características destas chuvas são:
● Promovem chuvas de grandes intensidades;
● São concentradas em pequenas áreas;
● São importantes no projeto de pequenas bacias (drenagem urbana, por
exemplo)
Ocorre quando uma nuvem encontra um alto obstáculo em seu caminho como
uma cadeia de morros, serras, etc.
Para a massa de ar transpor o obstáculo, é forçada a subir. À medida que
sobe, a massa de ar se resfria e se expande formando nuvens carregadas de
umidade a qual promove a formação das chuvas, muitas vezes torrenciais.
Estas nuvens podem provocar tempestades elétricas perigosas (raios) pela
proximidade da terra com as nuvens, sobretudo quando ocorre juntamente com
a chuva frontal ou convectiva.
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Os raios são resultantes do acúmulo de cargas elétricas em uma nuvem e a
conseqüente descarga sobre o solo terrestre ou sobre qualquer estrutura que
ofereça condições favoráveis à descarga.
Durante uma tempestade há correntes ascendentes de ar com certa umidade
que se condensam e promovem a queda das gotas de chuva pela ação da
gravidade.
Estas gotas vão aumentando de diâmetro devido à colisão com outras até se
tornarem instáveis, aproximadamente no diâmetro de 5mm.
Então estas gotas se fragmentam e liberam íons negativos que, juntando-se às
partículas existentes na atmosfera, são arrastadas com violência para a parte
superior e bordos da nuvem.
Há também cargas positivas na parte superior das nuvens em virtude da
interferência de pequenos cristais de gelo aí existentes.
Assim, a parte inferior das nuvens fica carregada por cargas
predominantemente negativas e a parte superior por cargas positivas.
Entre a nuvem carregada negativamente em sua parte inferior e a terra
positivamente carregada em sua superfície, formam-se gradientes de tensão,
que variam de 10.000 a 1.000.000kV, referidos aos centros elétricos da nuvem,
isto é, a região onde se inicia a descarga; este centro está entre 300 e 5000
metros de altitude.
Para que a descarga tenha início não é necessário que o gradiente de tensão
seja superior à rigidez dielétrica de toda camada de ar entre a nuvem e o solo e
sim de parte dela, sendo suficiente uns 10.000V/cm.
O fenômeno tem início com a formação de uma descarga piloto, da nuvem para
a terra, com o aspecto de uma árvore invertida. Esta descarga não é contínua e
sim em etapas de 50m com intervalos de aproximadamente 100
microssegundos entre elas e de velocidade da ordem de 1.500km/seg. É de
pouca luminosidade.
Uma vez atingido o solo, forma-se a descarga principal, ou de retorno, da terra
para a nuvem, de grande luminosidade, com velocidade da ordem de
30.000km/seg. Esta descarga segue o caminho da descarga piloto e está
associada a correntes elevadas, variando de 9.000 a 218.000A.
Às duas descargas anteriores, segue-se um terceira de curta duração e
pequena corrente de 100 a 1000A. Estas três descargas constituem uma
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descarga completa. Há raios de várias descargas completas conhecidos como
raios múltiplos.
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Pluviômetro Ville de Paris – Superfície receptora de 400 cm²
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Por exemplo, seja determinar a precipitação de falha P x sendo conhecidas as
precipitações dos postos A, B e C.
Seja:
NA = precipitação média anual do posto A
NB = precipitação média anual do posto B
NC = precipitação média anual do posto C
Nx = precipitação média anual do posto X
Para uma determinada data que se tem PA, PB, PC e não se tem PX, pode-se
calcular a mesma empregando-se a fórmula:
1 N N N
Px x PA x PB x PC
3 NA NB NC
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PO = precipitação observada original a ser corrigida
MO = coeficiente angular da reta no período em que se fizeram as
observações originais.
Quase sempre existem dois ou mais postos pluviométricos numa grande bacia
hidrográfica, daí que a precipitação a ser empregada nos cálculos de vazões
ou em outras análises que envolvam cálculo da precipitação média deve ser
obtida por algum dos seguintes métodos de determinação desta precipitação:
● Método Aritmético
● Método de Thiessen
● Método das Isoietas
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- se a área da bacia for plana ou de relevo suave;
- se houver pouca variação média de um aparelho para outro.
P1 A1 P2 A2 P3 A3 .... Pn An
P
A1 A2 .... An
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é obtida ponderando-se a precipitação média entre isoietas sucessivas
(fazendo-se a média entre 2 isoietas) pela área total entre as isoietas,
totalizando-se esse produto e dividindo-se pela área total.
Pi Pi 1
2
Ai
P
Atotal
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