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Faculdade Metropolitana de Camaçari-Famec

Curso: Engenharia Ambiental

Docente: Anderson Gomes

Geoprocessamento

Camaçari-Ba

2010
Francinele Duarte de Souza

Este comentário atende as


exigências do Docente Anderson
Gomes, com o objetivo de
promover maior entendimento
sobre a disciplina
Geoprocessamento.

Camaçari-Ba

2010
SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA

Numa tentativa de esclarecer melhor à definição dos termos GIS, SIG ou


SGI, alguns especialistas estrangeiros e brasileiros, apresentam os
argumentos para defenderem seu ponto de vista.

Segundo Burrough & McDonnell(1998), Geographical Information


Systems – GIS é um conjunto poderoso de ferramentas para coletar,
armazenar, recuperar, transformar e visualizar dados sobre o mundo
real para um objetivo específico. Esta definição enfatiza ferramentas de
GIS: hardwares, softwares, bancos de dados e Sistema de Gerência de
Bancos de Dados.

Bonham-Carter (1996) apresenta duas acepções para o termo:

-a tecnologia como um todo: “GIS é um campo que vem crescendo


rapidamente”. Esta definição considera o GIS como o próprio
Geoprocessamento;

-o termo associado a um software específico: “Este GIS opera em


computadores pessoais.”

Aronolf (1989) define GIS como “sistema de captação, armazenamento,


manipulação, análise e apresentação de dados georreferenciados”.

Goodchild (1985) define-o como “um sistema integrado para capturar,


armazenar, manipular, analisar informações referentes às relações em
uma natureza geográfica”.

Traduzindo-se para a língua portuguesa, existem diversos


pesquisadores que defendem o termo Sistema de Informação
Geográfica. Câmara & Medeiros (1998) indicam como principais
características do SIG a capacidade de inserir e integrar, numa única
base de dados informações espaciais provenientes de dados
cartográficos, dados (censitários) e cadastro urbano e rural.
Imagens de satélite, redes e modelos numéricos de terreno; oferecer
mecanismo para combinar as várias informações, através de algoritmos
de manipulação e análise, bem como para consultar, recuperar,
visualizar e plotar o conteúdo da base de dados georreferenciados.

Seguindo esta abordagem, Teixeira et al. (1992) consideram como


informação geográfica o conjunto de dados cujo significado contém
associações ou relações de natureza espacial. Esses dados podem ser
representados em forma gráfica (pontos, linhas, polígono), numérica
(caracteres numéricos) ou alfanumérica (combinação de letras e
números). O Sistema Geográfico de Informação tem a capacidade de
analisar relações taxonômicas e topológicas entre variáveis e entre
localidades constantes da sua base atualizável de dados
georreferenciados comportando estruturas de captura, exibição de
análise associadas ao conjunto territorialmente integrado de dados
ambientais.

Castro (1996) propõe o título Sistema de Informática Geográfico,


segundo o argumento de que o termo informação pouco esclarece. O
termo Sistema de Informática traz o reconhecimento de uma arquitetura,
cujos componentes, também passíveis de se estruturarem como
arquiteturas, simbolizam os ingredientes tecnológicos em jogo na
constituição técnica do SIG: aplicações, dados, tecnologias e serviços.
Sendo assim define-se SIG como um sistema com capacidade para
aquisição, armazenamento, processamento, análise e exibição de
informações digitais georreferenciadas, topologicamente estruturadas,
associadas ou não a um banco de dados alfanuméricos.
Sistemas CAD são sistemas que armazenam dados espaciais como
entidades gráficas. Utilizados também, em cartografia digital, apesar de
terem sido criados para facilitar a criação de projetos de engenharia e
arquitetura. Lidam com os mapas independentemente de continuidade
de uma folha para outra: pode-se colocar uma folha ao lado da outra,
mas não existe a preocupação do sistema de entender os objetos na
divisa como um único objeto. São importantes para o mapeamento
digital, como seus sofisticados recursos de representação gráfica,
edição, exibição em tela e impressão.

A diferença fundamental ente um CAD e um SIG é que o CAD não


incorpora a possibilidade de realização de análise espacial ou funções
geográficas. Como uma parte do SIG, os sistemas CAD são bastante
usados na conversão de dados e impressão de mapas.

Na Estrutura de Dados no SIG tem a Topologia que é definida como o


estudo genérico dos lugares geométricos, com suas propriedades e
relações. Essa estrutura, além de descrever a localidade e a geometria
das entidades de um mapa, define relações de conectividade,
contiguidade e pertinência.

A conectividade permite que arcos estejam ligados a outros por nós. A


adjacência permite que arcos possuam direção e lados: como esquerda
e direita. A direção é importante para modelagem de fluxos, em que
atributos de orientação como de nó e para nós ao armazenados. Para
definir a topologia de um mapa, os Sistemas de Informação Geográfica
utilizam uma estrutura de base de dados especial.

Os Sistemas de Informação Geográfica possuem atributos


alfanuméricos são associados com os elementos gráficos, fornecendo
informações descritivas sobre eles. Os dados alfanuméricos e os dados
gráficos são armazenados, geralmente, em bases separadas.

Perguntas do tipo ‘ Quais lotes da parte leste da cidade são maiores que
um hectare e destinados ao uso industrial?’ podem ser solucionadas
pelo sistema SGI. A resposta pode ser dada através da listagem dos
números dos lotes ou da identificação dos lotes no mapa da cidade.

Os dados utilizados em SGI podem ser divididos em dois grandes


grupos: dados gráficos, espaciais ou geográficos, que descrevem as
características geográficas da superfície (forma e posição) e dadas não
gráficas, alfanuméricas ou descritivas, que descrevem os atributos
destas características.

Os dados espaciais são representados de duas formas distintas como:


Vetorial onde os mapas são compostos de pontos, linhas e polígonos,
tecnicamente falando. Internamente, um SIG representa os pontos,
linhas e áreas, como conjunto de pares de coordenadas (x,y) ou
(longitude, latitude). Os pontos são representados por apenas um par.
Linhas e áreas são representadas por sequências de pares de
coordenadas, sendo que nas áreas o ultimo par coincide exatamente
com primeiro. As entidades do mundo real são armazenadas e
representadas no SIG que são representáveis graficamente, no mundo
vetorial. Outra forma é a Matricial onde se têm uma matriz de células, às
quais estão associados valores, que permitem reconhecer os objetos
sob a forma de imagem digital. Cada uma das células, denominada
pixel, é endereçável por meio de suas coordenadas (linha, coluna).
Cada um dos pixels está associado a valores. Estes valores serão
sempre números inteiros e limitados, geralmente entre 0 e 255. E são
utilizados para definir uma cor para apresentação na tela ou para
impressão. Os valores dos pixels representam uma medição de alguma
grandeza física, correspondente a um fragmento do mundo real. Por
exemplo, em uma imagem obtida por satélite, cada um dos sensores é
capaz de captar a intensidade da reflexão de radiação eletromagnética
sobre a superfície da Terra em uma especifica faixa de frequências.
Quanto mais alta a reflectância, no caso, mais alto será o valor do pixel.

Os dados alfanuméricos podem ser subdivididos em dois tipos como:


Atributos dos Dados Espaciais que são atributos que fornecem
informações descritivas acerca das características de algum dado
espacial. Podem conter informações qualitativas ou quantitativas
associadas às feições espaciais, pontos, linhas ou áreas representadas
na base de dados. Um exemplo da feição de ponto seriam os postes de
uma concessionaria de energia. Da feição de linhas, podemos citar uma
rede de abastecimento de água, que permitiria um arquivo associado
com informações sobre tipo de rede, material, diâmetro, vazão.

Outro tipo são os Atributos Georreferenciados que são dados onde a


preocupação é apenas georreferenciar alguma característica especifica,
sem descrever as sua feições espaciais. Como exemplo têm-se os
relatórios de acidentes de uma estrada, que estão associados à estrada,
ou relatórios de crimes, associados por delegacia ou bairro.

O SIG compreende quatro elementos básicos que operam em um


contexto institucional: hardware, software, dados e profissionais.

O hardware pode ser qualquer tipo de plataforma computacional.

O software de SIG é desenvolvido em níveis sofisticados, constituído de


módulos que executam as mais variadas funções. O dado é o elemento
fundamental para o SIG. Os dados geográficos são muito dispendiosos
para coleta, armazenamento e manipulação, pois são necessários
grandes volumes para solucionar importantes problemas geográficos.
O elemento mais importante do SIG é o profissional, a pessoa
responsável pelo seu projeto, implementação e uso. Sem pessoas
adequadamente treinadas e com visão contexto globais, dificilmente um
projeto de SIG terá sucesso.

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