Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Paripiranga
2021
IANA LETICIA SANTOS RIBEIRO
Paripiranga
2021
IANA LETICIA SANTOS RIBEIRO
BANCA EXAMINADORA
Prof.
Ages
Dedico a realização dessa conquista aos meus avós,
José Raimundo do Santos (in memoriam) e Josefina Santa Rosa Andrade.
AGRADECIMENTOS
Against the backdrop of the Covid-19 pandemic, public health emerging as a global
concern, needing to conduct a reflection about the physical education professionals
performance with physical exercise for the population benefit, in a safe process, this
work presents itself with focus on physical exercise dissemination on a regular basis,
used as a means for health promotion and maintenance, diseases prevention and
injuries reduction, with an emphasis on the physical education professionals
performance facing the process of continuity or practices initiation during social
distancing period. Thus, as a general objective, the study aims to conduct a reflection
about physical exercise relevance and the professional's performance in times of
distance, specifying the regular exercise relevance with dose-response, about the
inherent challenges to the performance of such professionals in society, with an
emphasis on the benefits of physical activity for physical and mental health, in order to
contribute to the propagation of possibilities for intervention by professionals in the field
of health. The study consists of a descriptive bibliographic research, with the
participation of a scientific collection referring to the years 2020 and 2021. Therefore,
it emphasizes the continuity of the physical exercise practice during the pandemic
period as a relevant factor to physical and mental health, leading to practices carried
out at home or outdoors with the aid of technological devices through streaming and
digital media.
LISTA DE GRÁFICOS
LISTA DE QUADROS
LISTA DE TABELAS
LISTA DE SIGLAS
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 10
3 METODOLOGIA .................................................................................................... 32
3.1 Tipo de Pesquisa ............................................................................................ 32
3.2 Universo e Amostra ......................................................................................... 33
3.3 Instrumento para coleta das informações ....................................................... 34
3.4 Análise das Informações ................................................................................. 34
4 DISCUSSÃO .......................................................................................................... 37
4.1 Exercício físico na pandemia .......................................................................... 37
4.2 Distanciamento social: atividade física e saúde mental .................................. 41
4.3 Tendências fitness para 2021: inovação e tecnologia ..................................... 47
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 52
ANEXOS ................................................................................................................... 60
10
1 INTRODUÇÃO
O exercício físico tem sido alvo de grandes estudos científicos a partir da sua
gama de benefícios interligados à saúde. A prática de exercício foi reconhecida pela
Organização Mundial da Saúde (OMS) como um dos comportamentos primordiais
para promoção de saúde, tendo ênfase para uma participação ativa e contínua por
toda vida (WHO, 2011).
Dessa forma, a atuação dos profissionais de educação física impõe um grande
nível de responsabilidade dentro da orientação, prescrição e supervisão sistematizada
para a prática de exercícios físicos, nas situações que lhes são apresentadas
(ABREU; DIAS, 2017).
Nesse viés, na ocasionalidade dos acontecimentos relacionados ao novo
coronavírus (Covid-19), foram estruturadas novas possibilidades para ênfase e
atuação dos profissionais de educação física dentro e fora das academias,
contribuindo com a propagação e continuidade da vida ativa (MIGUEL et al., 2020).
A prática de atividade e exercícios físicos regulares tem um fator relevante no
papel de promover a saúde física, mental e social. Contudo, mesmo diante de
comprovações sobre os seus inúmeros benefícios, boa parte da população ainda
possui comportamento sedentário. Cerca de 27,5% da população adulta, a partir de
uma estimativa global, não conseguiram atingir a quantidade recomendada pela OMS
(2010) de prática regular de atividade física (WHO, 2020).
Logo, é ressaltado que a propagação do novo coronavírus e a caracterização
do mesmo como um dado emergencial à saúde pública, diante da facilidade de
contaminação, aumento de casos e agressividade dos sintomas, acarretou medidas
de distanciamento social e isolamento, determinantes para diversas áreas
profissionais. Sendo assim, novos formatos de atuação para os profissionais de
educação física e possibilidades de propagar a prática de exercícios físicos de forma
segura desencadearam (MIGUEL et al., 2020).
Diante da situação inerente ao covid-19, que acabou atingindo todo o mundo
com o alastramento da contaminação e as medidas preventivas, a população, de
forma geral, foi instruída a se adaptar a um “novo normal”. Com o distanciamento
social e o fechamento do comércio não essencial e a diminuição temporária da jornada
11
2 MARCO TEÓRICO
de 2007, pela qual se fez uma integração do exercício físico com a medicina e a saúde,
associando a inclusão de atividades e exercícios físicos em intervenções como
participantes ativos nas equipes de saúde.
O objetivo dessa campanha, segundo Queiroga et al. (2019), foi propagar a
atuação dos profissionais de educação física com um padrão de cuidados baseados
em evidências científicas para desempenhar o papel de atuar em equipes de saúde,
a partir de intervenções clínicas com competência para contribuir diretamente na
promoção de saúde, prevenção de doenças, tratamento e reabilitação para a
diminuição de agravos.
Nas concepções de Queiroga et al. (2019), foi a partir das inúmeras evidências
científicas que correlacionaram saúde e exercício físico em sua eficácia, para a
melhora nas condições de saúde, através da realização de práticas de forma regular
e adequada para a obtenção de uma vida mais ativa. Com o poder de promover e
atingir uma gama de benefícios físicos, mentais e sociais, dando ênfase no
reconhecimento da prática por bacharéis em educação física (THOMPSON, 2021).
Shinn, Salgado e Rodrigues (2020) citam que a ponte entre os profissionais de
educação física no desenvolvimento do seu papel em equipes de saúde exposta em
uma campanha de nível mundial exibe ainda mais a literatura sobre a relevância de
um estilo de vida suficientemente ativo. Expondo, assim, uma parte da sociedade em
que a população atribui aos profissionais de saúde uma posição de privilégio em
relação ao conhecimento para identificar os cuidados necessários com a saúde.
A partir desse suporte de recomendações aos profissionais de educação física,
o estímulo de uma vida ativa pode ser fomentado na sociedade enviesando a
necessidade de iniciar ou continuar a realização de práticas de atividades físicas,
exercícios físicos, esportes e ações que aumentem o gasto energético, que auxiliam
na redução de riscos e maximização de saúde e bem-estar. Dispondo de
comprovações na literatura científica, que o exercício regular adequado pode ser uma
prática de tratamento não farmacológico, para a redução de mortalidade através das
diminuições de fatores de riscos para diversas doenças, associando a melhora
significativa no estilo e qualidade de vida de caráter biopsicossocial (SHINN;
SALGADO; RODRIGUES, 2020).
Nesse viés, as pesquisas que relacionam exercício e saúde trazem uma ênfase
diante da relevância das práticas regulares com as intervenções continuadas na
sociedade, enfatizando os profissionais e a educação física como um profissional de
15
A atividade física possui tal relevância que adentra nos setores de saúde e
políticas públicas como um fator modificável de risco à saúde. A mesma relaciona uma
redução de complicações de quadros associadas às doenças que possuem um alto
índice cumulativo de pacientes nos setores de atenção em saúde, como diabetes,
obesidade, doenças cardiovasculares, hipertensão, dislipidemias, tipos de câncer,
distúrbios respiratórios e uma variedade de doenças (PEREIRA et al., 2017; WHO,
2020). Logo, a necessidade de uma vida ativa é recomendada perante os órgãos e
profissionais de saúde para todos os públicos, de acordo com suas necessidades,
especificidades, objetivos e condições de saúde física e sociais.
Nesse viés, a WHO (2020) preparou as diretrizes de recomendações global de
atividades físicas como um estímulo para aumentar os níveis da população global. A
caderneta atinge a população mundial com faixa etária inicial de cinco anos até idosos
acima de sessenta e cinco, de caráter relevante para os determinados tipos de público
independente das suas habilidades ou sexo. Além de recomendações personalizadas
para pessoas com maiores cuidados na prescrição, como gestantes e pós-partos,
doentes crônicos e pessoas com deficiência, atentando-se a necessidade do
acompanhamento profissional a partir da dose-reposta que acomete a individualidade
de cada indivíduo.
A partir das diretrizes da WHO (2020), crianças e adolescentes dos 5 aos 17
devem realizar em média sessenta minutos diários de atividades de moderada a
vigorosa intensidade com mínimo de três dias semanais. Adultos de 18 a 64 devem
realizar entre as opções de 150 a 300 minutos de atividade física aeróbica de
moderada intensidade, ou de 75 a 150 minutos de atividades aeróbicas de vigorosa
intensidade ao longo da semana. Idosos que possuem acima de 65 anos necessitam
de 150 a 300 minutos de atividade física aeróbica de moderada intensidade, ou entre
75 a 150 minutos de atividades aeróbicas de vigorosa intensidade no decorrer da
semana. Todas as atividades devem ser escolhidas e adaptadas de acordo com o
nível de condicionamento e treinabilidade dos indivíduos.
Em continuidade, a WHO (2020) cita que crianças e adolescentes com
deficiências devem realizar em média de 60 minutos diários de atividade física com
intensidade de moderada a vigorosa com uma ênfase aeróbica, pelo menos três dias
na semana. Já adultos com deficiências devem ter entre 150 a 300 minutos de
atividade física aeróbica de moderada intensidade, ou 75 a 150 minutos de atividades
19
A educação física ao longo da sua história teve muitos papéis que corroboraram
para a leitura e formação do profissional da atualidade. Segundo Castellani Filho
(1988), a educação física teve sua grande divulgação a partir do seu surgimento com
23
3 METODOLOGIA
O presente estudo tem como foco apresentar uma análise sobre a relevância
do exercício físico como remédio e a atuação dos profissionais de educação física em
tempos de distanciamento social, por meio de uma pesquisa bibliográfica, de
caracterização descritiva e de abordagem qualitativa (GIL, 2008).
O estudo apresenta como tipo, sua relação quanto aos objetivos, uma pesquisa
de caráter descritivo. Visto o foco na apresentação das características de
determinadas populações ou fenômenos, considerando apresentar o exercício físico
como um meio benéfico durante períodos de distanciamento social, diante da atuação
profissional qualificada, utilizando técnicas de coletas de dados, sem interferência
direta do pesquisador.
Dessa forma, o levantamento das informações ocorre a partir da familiarização
do fenômeno estudado, por meio de uma pesquisa de metodologia bibliográfica com
abordagem qualitativa (GIL, 2008). Logo, a pesquisa bibliográfica tem como
característica principal a utilização de materiais com bases científicas já publicados, a
partir de ideias de diferentes autores para a coleta de informações, através de
documentação indireta que utiliza fontes secundárias, sendo perceptível a utilização
de materiais expostos na comunidade científica, como artigos e livros.
Ademais, a abordagem utilizada é a qualitativa, que não se define como
inquietação central e a partir de representatividade numérica, visando contribuir com
a pesquisa a partir da compreensão do objeto de estudo dentro dos eixos do exercício
físico, distanciamento social, COVID-19 e tendências fitness para 2021 (GIL, 2008).
33
Após o levantamento inicial dos conteúdos nas bases de dados definidas, foram
refinados os livros e artigos diante dos critérios de inclusão e exclusão, de modo que
35
pudessem compor o corpo deste estudo, logo, foram acarretadas exclusões daqueles
que não satisfaziam os critérios. Nesse viés, as informações obtidas nesse estudo
acometeram o percurso através de categorias, que buscaram analisar determinados
fenômenos a partir no nicho atual que envolve exercício físico, períodos de pandemia
e tendências fitness para 2021.
Dessa forma, foram definidas três categorias para análise em uma
compreensão específica a partir da temática central, sendo exposto as categorias
sobre ‘exercício físico e pandemia’, ‘distanciamento social: atividade física e saúde
mental’ e ‘tendências fitness para 2021: inovação e tecnologia’.
A primeira categoria traça o exercício físico e a pandemia expondo a relação
de autores frente a prática de exercícios físicos durante o período de distanciamento
social, utilizada como medida preventiva de saúde durante a pandemia do COVID-19,
expondo o comportamento físico durante o período pandêmico e as possibilidades
diante das recomendações para uma prática responsável.
A segunda categoria retrata através de autores como a atividade e o exercício
físico podem estar sendo retratados durante o processo de distanciamento social, na
saúde física e mental. E a terceira categoria envolvendo as tendências fitness para
2021, com o intuito de expor as condicionantes do mundo do fitness durante a
atualidade, relacionando novas metodologias reinventadas durante o processo de
distanciamento social, bem como a integração da tecnologia no mercado fitness.
Para o desenvolvimento das categorias serão utilizados alguns componentes
gráficos para contribuir com o enriquecimento do estudo. Inicialmente, será exposto
um gráfico (1) apresentando dados de uma pesquisa de comportamento que retrata o
que mudou nos hábitos dos brasileiros durante a pandemia, enfatizando os resultados
para a atividade física, proposta pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG),
Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a Universidade Estadual de Campinas
(Unicamp), encontradas no site oficial da UFMG, disponibilizado através da homepage
(https://ufmg.br/), através do hiperlink (https://ufmg.br/comunicacao/assessoria-de-
imprensa/release/pesquisa-de-comportamento-da-ufmg-mostra-o-que-mudou-nos-
habitos-dos-brasileiros-durante-a-pandemia), direcionando para a pesquisa completa
na íntegra.
O gráfico (2) apresentará outro resultado da pesquisa de comportamento que
retrata o que mudou nos hábitos dos brasileiros durante a pandemia, proposta pela
UFMG, Fiocruz e pela Unicamp, com foco nos resultados relacionados aos fatores
36
4 DISCUSSÃO
PESQUISA DE COMPORTAMENTO DA
UFMG MOSTRA O QUE MUDOU NOS
HÁBITOS DOS BRASILEIROS DURANTE
A PANDEMIA - ATIVIDADE FÍSICA
continuaram praticando algum tipo de atividade física durante a pandemia
Deixaram de praticar atividades físicas durante a pandemia
80,00%
68,00% 67%
70,00%
60,00% 54,00%
46,00%
50,00%
40,00% 32,00% 33%
30,00%
20,00%
10,00%
0,00%
Total de participantes Praticavam algum tipo de Praticavam algum tipo de
exercício 3 a 4 dias por exercício 5 ou mais dias na
semana semana
Gráfico 1: Pesquisa de comportamento da UFMG mostra o que mudou nos hábitos dos brasileiros
durante a pandemia – atividade física.
Fonte: UFMG (2020)1.
redução significativa durante ela. Nesse viés, cabe aos profissionais de educação
física se adaptar à nova rotina e buscar metodologias de desenvolvimento e
acompanhamento dos treinos, mantendo a qualidade e a segurança durante o período
de distanciamento social.
Para Tefere (2020), é possível superar essa queda do nível de atividade física
associada ao COVID-19, buscando alternativas metodológicas para a realização de
algum tipo de treinamento seguro, podendo ser realizado em casa, combinando
exercícios livres a utilização do peso corporal ou exercícios aeróbicos, capazes de
reduzir gradativamente os efeitos da inatividade física durante a pandemia,
ocasionando a continuidade ou uma busca inicial de um estilo de vida mais saudável
em meio ao distanciamento social.
Logo, embora a prática regular de exercícios físicos não impeça a
contaminação do vírus, se manter ativo pode auxiliar na melhora das respostas do
sistema imunológico (MORALES; OLIVEIRA; CALOMENI, 2020), mesmo com o
arcabouço dos estudos recentes, e o desconhecimento acerca das respostas clínicas
do vírus, o que acaba dificultado a relação direta entre proteção, exercício e o COVID-
19 (YAMADA; POLIS, 2020).
Segundo Azzi et al. (2020), estudos citam que em relação ao COVID-19 é
benéfico a realização de treinos com intensidades moderadas. Nessa percepção, o
mesmo expõe que em períodos de distanciamento social ou isolamento, é necessário
preservar a saúde física e mental, com isso a continuidade das práticas de atividades
físicas regulares auxilia o processo. Em relação aos efeitos da própria doença, o
exercício físico prescrito de maneira adequada, respeitando o quadro clínico e os
procedimentos que foram utilizados, pode contribuir na minimização dos efeitos
adversos (JPE; REF, 2020).
Seguindo as diretrizes da ACSM, sugere-se a realização de exercícios físicos
com intensidade de moderada a vigorosa, para indivíduos adultos de 18 a 64 anos
que não estejam infectados, ou assintomáticos, mantendo sempre um alerta aos
sintomas, a partir do diálogo com a equipe médica sobre o quadro clínico atual ou
passado, se ocorreu hospitalização o retorno deve ser leve e gradual com
investigação criteriosa sobre os fatores decorrentes (KENNEDY; SHARMA, 2020).
Desse modo, a prática de atividade física regular recomendada e orientada
pode auxiliar as respostas imunes à infecção, inflamações crônicas de baixo grau,
diminuição de agravos nas doenças crônicas pré-existentes, auxílio do
41
44.062 PARTICIPANTES
Homens Mulheres Geral
Gráfico 2: Pesquisa de comportamento da UFMG mostra o que mudou nos hábitos dos brasileiros
durante a pandemia - estado de ânimo durante a pandemia.
Fonte: UFMG (2020)2.
Para Amatori et al. (2020), a saúde mental fragilizada pode desencadear alguns
fatores de risco, como o desenvolvimento de quadros depressivos e de ansiedade,
que nas concepções de Deng et al. (2020), são estados emocionais correspondentes
às altas manifestações de estresse, além de acarretar a busca em círculos viciosos,
a fim de mediar o estado de humor.
Os estudos sobre a saúde mental mostram uma consistência devido a
quantidade de pesquisas realizadas sobre o eixo, decorrente da preocupação com os
fatores psicológicos associados à pandemia. Field (2020) expõe que diversos
problemas psicológicos vêm sendo observados durante o período de distanciamento
social em todo o mundo, que incluem o maior desenvolvimento de ansiedade,
depressão e distúrbios do sono em amostras coletadas na China, Itália e Áustria.
3KAUR, H. et al. Physical Fitness and Exercise During the COVID-19 Pandemic: A Qualitative Enquiry.
Journal List - Frontiers in Psychology, v.1; 2020. Disponível em:
<https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7673425/>.
45
Nesse viés, Ghram et al. (2020) expõem em um estudo propostas para enfatizar
a continuidade ou a iniciação do estilo de vida ativo, a partir de algumas modalidades
que podem ser desenvolvidas em ambientes domiciliares, com o intuito de auxiliar na
contribuição da redução dos níveis de comportamento sedentário adquiridos durante
a pandemia.
Jogos
de Exercícios
ftness de
EXERCÍCIOS equilíbrio
DOMICILIARES
Exercícios
aeróbicos Exercícios
de
resistência
Exercícios
respiratórios Exercício e Treinamento
Exercícios de
flexibilidade tecnologias intervalado
onlines
Quadro 1: Exemplos de exercício físicos domiciliares que podem neutralizar os efeitos nocivos da
pandemia do COVID-19.
Fonte: Ghram et al. (2020)4.
4GHRAM, Amine. et al. O exercício domiciliar pode ser benéfico para neutralizar o comportamento
sedentário e a inatividade física durante a pandemia de COVID-19 em adultos mais velhos. Taylor e
Francis Online. 2020. [on-line]. Disponível em:
<https://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/00325481.2020.1860394>.
47
17 Treinamento em grupo
18 Remédio para estilo de vida
19 Licença para profissionais de fitness
20 Medidas de resultado
Tabela 2: Vinte principais tendências mundiais de condicionamento físico para 2021.
Fonte: Thompson (2020)5.
Nesse momento, a busca de novas alternativas foi crucial para a atuação dos
profissionais de educação física, pois o mercado fitness precisou reinventar suas
metodologias para desenvolver as práticas de acordo com o ambiente durante e pós
a pandemia.
Disseminar a prática de atividades e exercícios físicos durante o período de
distanciamento social trouxe novas vertentes e modelos de treinamento, pensando
nas medidas preventivas expostas pelos órgãos oficiais de saúde. Foi nesse viés que
a tecnologia se mostrou presente, conseguindo emplacar 4 eixos temáticos entre as
20 principais tendências fitness para o ano de 2021 (TEFERI, 2020; THOMPSON,
2020).
O treinamento on-line subiu da 26º colocação do ano de 2020 para a 1º em
2021, e foi um dos resultados da pandemia do COVID-19, no ramo do fitness. Partindo
como alternativa para continuidade e disseminação das atividades de
condicionamento físico, com a utilização de streamings digitais com aulas ao vivo ou
pré-gravadas, para atender grupos pré-definidos ou clientes individuais, propiciando
práticas com acompanhamento profissional e com segurança, mantendo o
distanciamento social através da realização dos treinos em casa (THOMPSON, 2020).
Em segundo lugar, foi classificada a tecnologia utilizável ou vestível, quando
citada pela primeira vez emplacou o primeiro lugar em 2016, 2017, 2019 e 2020, com
uma estimativa de investimento de US $ 100 bilhões na indústria do fitness. Essa
tecnologia envolve dispositivos que podem monitorar ou contribuir com o desempenho
de exercícios físicos. Os relógios inteligentes buscaram desenvolver maior precisão e
foram fabricados por inúmeras marcas, a fim de disponibilizar serviços digitais de
monitoramento de frequência cardíaca, pressão arterial, saturação, temperatura
5THOMPSON, W.R. Pesquisa mundial de tendências de condicionamento físico para 2021. HEALTH
& FITNESS JOURNAL do ACSM: ½ 2021 – Volume 25 – Edição 1- p.10-19. Disponível em:
<https://journals.lww.com/acsm-
healthfitness/Fulltext/2021/01000/Worldwide_Survey_of_Fitness_Trends_for_2021.6.aspx?context=F
eaturedArticles&collectionId=1>.
50
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A inatividade física é um fator de risco modificável que pode ser evitado. Logo,
o estímulo a continuidade da prática de atividades físicas é considerado um fator
relevante para a saúde em tempos de distanciamento social, a partir de intervenções
personalizadas, com responsabilidade e segurança diante das medidas restritivas, a
fim de evitar a contaminação e a propagação do vírus da COVID-19
As pesquisas mostraram o aumento no comportamento sedentário na
população durante o período da pandemia do novo coronavírus, bem como efeitos
negativos que a mesma acarretou à saúde mental, diante da mudança radical no
processo de convívio social.
Dessa forma, os estudos comprovam a eficiência da realização de exercícios
físicos na produção de benefícios físicos e mentais durante o processo de
distanciamento social, sendo necessário adaptar a atuação dos profissionais de
educação física para as realizações das intervenções práticas. Assim, foi exposto a
utilização de recursos alternativos para conciliar uma vida suficientemente ativa com
respeito as medidas preventivas de saúde recomendadas pelos órgãos públicos em
razão do COVID-19.
Portanto, a atuação dos profissionais de educação física teve como aliado o
uso das tecnologias, que podem interceder na comunicação e intercessão de
informação para se manter ativo em tempos de distanciamento social. A utilização da
internet, aplicativos de vídeos e programas de treinamento on-line como alternativas
para desenvolver práticas saudáveis, em parceria com o acompanhamento
profissional, auxiliando na contribuição para a saúde física e mental de seus
praticantes.
52
REFERÊNCIAS
ABREU, Maria Odília; DIAS, Isabel Simões. Exercício físico, saúde mental e
qualidade de vida na ESECS/IPL. Psicologia, Saúde e Doenças, v. 18, n. 2, p. 512-
526, 2017.
AMATORI, S.; ZEPPA, S. D.; PRETI, A.; GERVAIS, M.; GOBBI, E.; FERRINI, F.;
SISTI, D. Dietary Habits and Psychological States during COVID-19 Home Isolation
in Italian College Students: The Role of Physical Exercise. Nutrients, v. 12, n. 12, p.
3660, 2020.
AZIZI, Guilherme Gomes et al. COVID-19 and physical activity: What is the relation
between exercise immunology and the current pandemic situation?. Revista
Brasileira de Fisiologia do Exercício, v. 19, n. 2, p. 20-29, 2020.
CASTELLANI FILHO, Lino. Educação física no Brasil: A história que não se conta.
Campinas, SP: Papirus, 1988.
53
DENG, J.; HU, C.; NING, Y.; XU, P.; LU, C.; WANG, J.; DUAN, P. Physical exercise
and economic burden associated with anxiety symptoms in pregnant women
during the COVID-19 pandemic. 2020. Disponível em:
<https://europepmc.org/article/ppr/ppr247123>. Acesso em: 24 maio. 2021.
FIELD, T.; POLING, S.; MINES, S.; BENDELL, D.; VEAZEY, C. Exercise improves
psychological and physical well being during a covid 19 lockdown. Journal of
Community Medicine & Public Health, 2020.
GIL, A. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. - São Paulo: Atlas, 2002.
GHRAM, A.; BRAGAZZI, N. L.; BRIKI, W.; JENAB, Y.; KHALED, M.; HADDAD, M.;
CHAMARI, K. COVID-19 pandemic and physical exercise: lessons learnt for confined
communities. Frontiers in Psychology, v. 12, 2021.
GHRAM, A.; BRIKI, W.; MANSOOR, H.; Al-MOHANNADI, A. S.; LAVIE, C. J.;
CHAMARI, K. Home-based exercise can be beneficial for counteracting sedentary
behavior and physical inactivity during the COVID-19 pandemic in older adults.
Postgraduate medicine, 2020.
IDDIR, M.; BRITO, A.; DINGEO, G.; DEL CAMPO, S. S. F.; SAMOUDA, H.; LA
FRANO, M. R.; BOHN, T. Strengthening the immune system and reducing
inflammation and oxidative stress through diet and nutrition: considerations during
the COVID-19 crisis. Nutrients, v. 12, n. 6, p. 1562, 2020.
<https://revistadeeducacaofisica.emnuvens.com.br/revista/article/view/2717>.
Acesso em: 24 maio. 2021.
KAUR, H.; SINGH, T.; ARYA, Y. K.; MITTAL, S. Physical Fitness and Exercise
During the COVID-19 Pandemic: A Qualitative Enquiry. Frontiers in Psychology, v.
11, 2020.
PINTO, S. S.; ANDRADE, L. S.; FONSECA, M. L.; NANINE, L. R.; CALONEGO, C.;
MEIRELES, E. G.; ALBERTON, C. L. Exercício físico remoto e fadiga em
sobreviventes do câncer de mama: uma intervenção em tempos do COVID-19.
Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde, v. 25, p. 1-9, 2020.
SAID, C. M.; BATCHELOR, F.; DUQUE, G. Physical activity and exercise for older
people during and after the coronavirus disease 2019 pandemic: a path to recovery.
Journal of the American Medical Directors Association, v. 21, n. 7, p. 977, 2020.
TEFERI, Getu. Home Based Physical Exercise for Prevention and Management of
COVID-19 Pandemic and for Its Associated Consequences. European Journal of
Preventive Medicine. Vol. 8, No. 6, 2020, pp. 97-105. doi:
10.11648/j.ejpm.20200806.11.
THOMPSON, Walter R. Worldwide Survey of Fitness Trends for 2021. Health &
Fitness Journal do ACSM, v. 25, 2021. Disponível em:
<https://www.acsm.org/read-research/trending-topics-resource-pages/acsm-fitness-
trends>. Acesso em: 12 mar. 2021.
WANG, Junfeng; WU, Feilong; JIANG, Juan. COVID-19 Anxiety and Mental Health:
The Moderating Effect of Family Physical Exercise. Design Engineering, p. 389-
396, 2020.
WASFY, M.M.; BAGGISH, A.L. Exercise dose in clinical practice. Circulation, v. 133,
n. 23, p. 2297-313, 2016