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São Carlos – SP
Resumo:
O presente artigo visa relatar e analisar uma experiência realizada com uma turma do 4º ano
do Ensino Fundamental de escola pública de São Carlos pelo Programa Institucional de Bolsa
e Iniciação à Docência (PIBID). O projeto foi realizado em torno do livro “O Pequeno
Príncipe” de Antoine de Saint-Exupèry e teve o diálogo como uma de suas principais
características. Além disso, foram realizadas leituras compartilhadas, que possibilitaram
algumas dinâmicas que contribuíram para atingir os objetivos do projeto. Concluiu-se que
essas dinâmicas foram importantes tanto para aguçar o gosto pela leitura dos alunos e
melhorar a convivência dos mesmos, quanto para reconhecer alguns aspectos para a formação
docente.
Palavras-chave: O Pequeno Príncipe, leitura compartilhada, dinâmicas de leitura.
1. Introdução
O presente artigo busca relatar uma experiência que fez parte do Programa
Institucional de Bolsa e Iniciação à Docência (PIBID) da Universidade Federal de São Carlos
(UFSCar) que, entre outras, atua na Escola Estadual Professor João Jorge Marmorato, no
bairro Jardim Dona Francisca, em São Carlos – SP.
É importante ressaltar que dentre os objetivos do PIBID, merece ser destacado aquele
que aponta que os estudantes cursando licenciatura possam ter participação ativa e criativa nas
experiências metodológicas, para assim, desenvolver projetos com o apoio da coordenação e
supervisão do programa e também de professores da escola que cedem espaço aos
graduandos. Considerar-se-á que o objetivo descrito acima, foi alcançado com sucesso, já que
o desenvolvimento do projeto contou com a ajuda concomitante da coordenadora e da
supervisora, que, além de acompanhar de perto o trabalho, deram ao mesmo tempo,
orientações e autonomia para o desenvolvimento do mesmo. Além disso, essa participação
ativa propicia à minha formação, como estudante de pedagogia, avanços imensuráveis à
medida que me permite estar inserido no cotidiano escolar, e mais do que isso, me preparar
para o que hei de encontrar quando já estiver formado. Assim, toda essa articulação
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participativa,
culmina num viés de dois
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Mesmo com os (as) estudantes podendo realizar o andaime para os (as) colegas,
convir-se-á que o professor, por ser o adulto mais experiente, possui tendência a ser o
mediador dessa relação, porém, não se deve perder de vista que,
Ao se examinar o conceito de mediação fica evidente sua complicação e
incompletude para se compreender o papel do professor. Ainda que seja
possível admitir-se o professor como mediador do conhecimento para o
aluno, isso não esgotaria sua função, nem daria conta do que lhe é
primordial. O professor é uma pessoa vulnerável à alteridade do aluno.
Assim, o trabalho pedagógico e zona de desenvolvimento proximal não
significam outra coisa que não ação conjunta. O desenvolvimento
psicológico é resultado de algo que acontece no espaço da relação professor
aluno, como possibilidade de realização futura. “O que caracteriza o
desenvolvimento proximal é a capacidade que emerge e cresce de modo
partilhado” (Góes, 1991, p.20). Portanto são necessárias parcerias nos
espaços pedagógicos para que haja a possibilidade de empreendimento de
novas situações sociais de desenvolvimento. (TUNES; TACCA;
BARTHOLO JÚNIOR, 2005, p. 695-696).
Neste projeto, a forma encontrada para alçar essas parcerias, foi através da brincadeira
e dos relatos dos estudantes. É essencial que essas dinâmicas sejam planejadas, ou seja, “é
preciso traçar e definir os objetivos que se quer alcançar, para aqueles não se constituam em
um momento solto e sem significado dentro da sala de aula” (TEZANI, 2006, p.11). Logo, a
primeira dinâmica diferenciada realizada com a turma foi da seguinte maneira:
Organizamos a sala de forma diferenciada, com as carteiras de canto, formando um
círculo só com as cadeiras, Em seguida, demos início a brincadeira que consistiu numa
espécie de caça ao tesouro pela escola, porém, o tesouro, no caso, eram as partes do livro
caracterizadas por um kit contendo papel picado, para representar as palavras; um objeto
marcante pertencente a algum dos personagens, de origami; e, uma imagem do livro dentro de
um envelope para que as crianças colocassem dentro da pista final, a qual seria protagonista
da mágica em que o livro apareceria da junção das de tudo isso citado acima dentro do balde,
que era a pista final.
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Antes de sair para procurar os kits, li uma carta aos alunos, delimitando o espaço da
brincadeira, além disso, a carta dizia que eles deveriam unir os laços de amizade para
completar essa missão. Desse modo, as buscas foram feitas em três turnos: o primeiro com a
sala inteira amarrada junta por barbante; o segundo com a sala amarrada em quatro grupos; e,
a última deixamos que procurassem individualmente.
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conhecer um
pouco mais seus colegas. Além disso, acredito que eles puderam ter uma boa compreensão do
que lemos e o mais importante que eles aprenderam a se aceitar e se solidarizar.
Essa dinâmica representa o que Tezani (2006) apontava quando disse que,
trabalhar com a dimensão lúdica será, então, muito mais do que brincar com
as crianças, mas proporcionar espaços onde seus desejos e sentimentos, ou
seja, sua afetividade, esteja presente. Isto, sem dúvida, conferiria à
aprendizagem um significado ainda maior (TEZANI, 2006, p.13).
3. Considerações Finais
4. Agradecimentos
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5. Referências
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<http://23reuniao.a
nped.org.br/textos/2019t.PDF>.
Acesso em: 09/07/2016
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