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Faculdade de educação

Emelentos do grupo:
Izaquiel simoes sebastiao madeira
Joaquim Duarte Enaco
Nelito Ernesto Dom Luis
Sebastiano Carlitos Fernando
Sisinio Adelino Amade
Tema: Avaliacao e treino da velocidade
1o Grupo
Sala: 20
1.Introdução

A velocidade é um dos componentes mais


importantes do desempenho esportivo. No entanto,
ela não deve ser vista como uma capacidade
isolada.
A velocidade deve ser considerada como um
componente parcial das exigências complexas
necessárias para o desempenho esportivo. Em
combinação com um alto padrão de movimentos
técnicos e de coordenação, com a especificidade do
desporto, as diversas manifestações da capacidade
física velocidade são de importância primordial para
o sucesso em desportos individuais ou colectivos. 
2. Avaliação de treino da velocidade
A velocidade é uma capacidade do condicionamento
fundamental ao desempenho, sendo conceituada como a
capacidade de atingir maior rapidez de reacção e de
movimento, de acordo com o condicionamento específico,
baseada no processo cognitivo, na força máxima de vontade e
no bom funcionamento do sistema neuromuscular (Grosser,
1992).
A capacidade física velocidade depende de factores tais como:
 aptidão,
 factores de desenvolvimento de aprendizagem,
 factores sensório-cognitivos e psicológicos,
 factores neurais e factores músculo-tediosos (Grosser, 1992)
.
2.1 Classificação da
capacidade velocidade
A capacidade velocidade pode ser classificada em seis
(6) formas diferentes (Grosser, 1992):
Velocidade de reacção: é a capacidade de responder
com uma acção no menor tempo frente a um estímulo;
Velocidade de movimento (acção): é a capacidade de
realizar movimentos acíclicos (movimentos únicos) com
velocidade máxima, frente a resistências baixas;
Velocidade frequencial: é a capacidade de realizar
movimentos cíclicos com velocidade máxima, frente a
resistências baixas;
Força velocidade (força-explosiva): é a capacidade de
proporcionar o máximo impulso de força possível, frente
a uma resistência durante um tempo estabelecido, ou
seja, uma força efetuada no menor tempo possível,
causada pela velocidade de contracção da musculatura.
Cont...
Resistência de força-explosiva: é a capacidade de
resistência frente à diminuição da velocidade causada
pelo cansaço, quando as velocidades de contracção
são máximas em movimentos acíclicos, diante as
resistências maiores; 
Resistência de velocidade máxima: é a capacidade de
resistir frente à diminuição da velocidade causada
pelo cansaço, em caso de movimentos cíclicos de
velocidades de contracções máximas.
 
2.1.1Treinamento da velocidade

Um método universal válido para o treinamento da velocidade


dificilmente poderá ser apresentado, porem existe algumas
orientações que deverão ser consideradas tais como:
 Aquecimento (25 minutos no mínimo);
 Movimentos elementares (geralmente com jovens);
 Tempo ou velocidade Reacção: resposta aos sinais
percebidos ( óptica, acústica e tátil);
 Tempo ou velocidade Acíclica: o nível técnico da
modalidade exerce forte influência;
 Tempo ou Frequência das passadas: técnica do
movimento;
Cont...
Tempo ou Capacidade de velocidade complexa:
desenvolvimento específico para o desporto. Depende da
técnica. Utiliza outras qualidades físicas;
Tempo ou Velocidade de acção complexa: precisão óptima na
maior velocidade possível (velocidade pura/ técnica táctica);
A duração total do aquecimento deve ser de pelo menos 25
minutos e deve envolver a realização da elevação da tensão
muscular, da coordenação específica e da estimulação
neuromuscular concluindo com exercícios de relaxamento e
concentração (Stein, 2000).
2.2 Métodos de treinamento
Segundo Conde (1999), os métodos para o treinamento da velocidade
são:
Método de repetições: Propõem a realização de exercícios de curta
duração (4 a 6 segundos), explosivos, com pausas activas de 60 a 90
segundos. O volume do trabalho não deve exceder os 5 a 10 minutos.
Método intensivo de intervalos: e o Mais indicado no
desenvolvimento da velocidade-resistência. Entre as várias
repetições não existe recuperação total.
Método da melhoria de velocidade integrada no jogo: Este método
não é o mais indicado para a obtenção de bons resultados ao nível da
velocidade frequêncial.
Métodos de super-velocidade e da força reactivam: No primeiro
são utilizados meios que favorecem o trabalho com velocidades
acima da normal (elásticos ou corrida em planos inclinados); o
segundo prevê a realização de exercícios pliométricos (trabalho
de elasticidade e de força reactiva).
2.3Treinamento da velocidade de
reacção
A reacção nos desportos é a resposta comportamental
aos sinais que são percebidos óptica, acústica e
tactilmente.
Geralmente o treinamento da velocidade de reacção é
muito limitado, ocorrendo melhorias de 10% a 30% (Stein,
2000).
De acordo com (Weineck, 2003) a velocidade de reacção
não é treinada isoladamente, mas em conjunto com a
força-explosiva e com a velocidade acíclica, portanto, o
método e normativas para o treinamento destas últimas
também são aplicáveis ao treinamento da velocidade de
reacção.
2.3.1Treinamento da velocidade de
Um treinamento específico da velocidade acíclica deve considerar as
movimento
capacidades e as habilidades que são(acíclica)
responsáveis pelos
movimentos executados em alta velocidade (Matwejew, 1981).
Os procedimentos metodológicos para o treinamento da velocidade
acíclica são:
 Ensinar a técnica do movimento primeiramente com velocidade
média em relação à velocidade de competição (3-6 séries x 6-20
repetições) (Grosser, 1991).
 Escolher as variáveis do exercício e a sua velocidade de execução
para impedir o desenvolvimento de um estereótipo motor que
impediria a melhoria posterior do desempenho (Matwejew, 1981).
 Facilitar as condições externas, apoiando e dando
sustentação ao peso corporal para garantir a realização do
movimento necessário e impedindo o desenvolvimento do
estereótipo motor (Hauptmann e Nordmann, 1993).
Cont...
 Modificar as situações e condições de competição
(diminuir o espaço para a acção e/ou restringir o tempo
de duração, diminuir a altura da rede, o número de
jogadores, etc.) pode levar à melhoria da velocidade
acíclica, se a técnica já for dominada (Schnabel et al.,
1994).
Segundo (Stein, 2000), no treinamento da velocidade
frequêncial as mais altas frequências de passadas devem
sempre ser perseguidas, se necessário com um decréscimo
da resistência externa. A elevação da sobrecarga nesse
treinamento é completamente eliminada e os métodos mais
apropriados são o de repetições e o de super-velocidade e
da força reactiva
2.3.2Importância da Velocidade no
Treinamento Desportivo
 A velocidade de execução das técnicas nos desportos de
combate permite ao executante ser mais eficaz
 Nos desportos colectivos, permite uma maior rapidez da
realização de acções técnicas e tácticas;
 A velocidade de deslocamento do remo (p/ o remador), e do
braço do nadador na água, condiciona a velocidade de
deslocamento destes atletas;
 A velocidade da corrida e dos apoios na ginástica são
determinantes na realização das actividades competitivas;
A velocidade da corrida e das chamadas nos saltos no
 Atletismo são decisivas para o rendimento final;
 A distância final obtida pela bola do golf é determinada pela
velocidade de movimentação do taco.
2.3.3Factores que determinam o
rendimento da Velocidade
 Idade e sexo.
 Velocidade de Propagação dos impulsos nervosos
(alternância rápida da excitação dos músculos agonistas e
da inibição dos antagonistas);
 Elevada quantidade de fibras de contracção rápida;
 Recrutamento optimizado de unidades motoras
• (coordenação intra-muscular)
 Mobilização da vontade (condição emocional/motivação);
 Eficiência dos mecanismos bioquímicos;
 Qualidade Técnica;
 Nível de mobilidade articular
2.3.4 Métodos E Meios De
Treinamento Da Velocidade
Uma melhora da força vem sempre acompanhada de um aumento da
velocidade de movimento, pois o aumento da secção transversal do
músculo proporciona mais ligações de pontes para o deslizamento da
actina e da miosina.
A maioria dos factores que influenciam na velocidade são inatos a
cada pessoa. Porém algumas variáveis podem ser melhoradas
Força
Uma melhoria da força vem sempre acompanhada de um aumento da
velocidade de movimento, pois o aumento da secção transversal do
músculo proporciona mais ligações de pontes para o deslizamento da
actina e da miosina.
Capacidade Coordenativa
Uma alta frequência de movimentos só pode ser alcançada com a
alternância mais rápida entre estimulação e inibição, e respectivas
regulações, do sistema nervo-músculo, aliados a um emprego óptico
de força. (HARRE, 1976; citado por MANSO; VALDIVIELSO, &
CABALLERO, 1996).
Cont..
Elasticidade e a capacidade de alongar e relaxar a musculatura
Quando essas características dos músculos são insuficientes, ocorre
uma diminuição da amplitude de movimento e uma piora da coordenação,
uma vez que a musculatura agonista precisa vencer uma maior
resistência dos antagonistas, durante o movimento.
Condição de aquecimento
Uma óptima condição de aquecimento aumenta a capacidade de
estiramento e a elasticidade melhora a capacidade de reacção
neuromuscular.
Fadiga
Com a fadiga muscular, ocorre uma acidose. Uma velocidade máxima
não pode ser alcançada em condição de fadiga, pois os processos de
controle do SNC estão prejudicados e a alta capacidade de
coordenação, imprescindível para o desenvolvimento da velocidade,
está com seu desempenho prejudicado.
2.3.5 Testes motores para
velocidade

 Tempo de reacção (aparelhos);


 Corrida de 50 metros;
 Corrida de 5 metros lançados;
 Corrida de 30 metros;
 Corrida de 6 segundos;
 Corrida de 4 segundos;
2.3.6Teste Para Avaliação Do
Componente Anaeróbico Láctico
 Teste de corrida 40 segundos;
 Teste de corrida 400 e 600 metros;
 Teste de lactacidemia;
2.3.7Alguns Treinamentos

 Corridas de aceleração: com frequência máxima;


 Corridas lançadas: 10 - 30 m;
 Saídas em pé 5m – 10m em várias direcções;
 Saídas a partir de várias posições 2m – 10m;
 Corridas curtas em velocidade: morro acima ou com
tracção;
 Saltos horizontais, saltos alternados, saltos com uma perna;
 Corridas de perseguição;
 Lançamento do Medicine-Ball;
 Imitação de golpes contra elevada resistência;
 Golpes rápidos em situações específicas;
2.3.8Orientações metodológicas
para o Treinamento de Velocidade
A velocidade é um pressuposto elementar do rendimento desportivo
que depende da qualidade da condução e regulação neuromuscular.
Os treinos de velocidade devem ser orientados para formar
programas temporais que correspondam à velocidade de
competição.
Os diferentes componentes da velocidade devem ser desenvolvidos
de forma diferenciada, sendo que o nível de motivação do atleta é
factor essencial para este tipo de actividade.
O treinamento da velocidade deve ser prioritário em uma fase
precoce da vida. O treino de velocidade deve ser colocado no início
da sessão de treinamento.
O treinamento de velocidade deve estar associado ao
aperfeiçoamento das capacidades técnicas e tácticas, o volume da
carga no treinamento de velocidade deve ser tal que não permita o
aparecimento de fadiga.
2.3.9 Tipos de velocidade

Velocidade acíclica
A velocidade acíclica contém movimentos únicos motores (ex:
arremesso). As ações começam de uma maneira e terminam
de outra.
A velocidade acíclica manifesta-se no desporto na forma de
lançamento, de arremesso, de salto, de chute ou de batida.
Velocidade cíclica
A velocidade cíclica consiste numa sequencia de acções
motoras, ritmicamente repetida, independentemente do fato de
se tratar de movimentos das extremidades superiores ou
inferiores, assim como do tronco”. (WEINECK, 1991).
Cont...
Velocidade da força
Capacidade que o sistema neuromuscular tem de superar
resistências com a maior velocidade de contracção possível.
Resistência De Velocidade
É a capacidade de resistir à instalação da fadiga durante a
aplicação de cargas de intensidade máxima e sub-máxima
consubstanciado por uma produção de energia anaeróbia”
Castelo et al (1996)
Velocidade De Deslocamento
A velocidade de deslocamento representa uma forma especial da
velocidade cíclica e refere-se à capacidade locomotora das
extremidades inferiores, ou seja, a capacidade máxima de um
indivíduo deslocar-se de um ponto para outro.
Cont...
Velocidade Dos Membros
É a capacidade de mover os braços ou pernas tão rápido
quanto possíveis. É uma valência física essencial para os
corredores e nadadores de velocidade, lutadores de Boxe,
ciclistas, esgrimistas, voleibolistas e outras modalidades
desportivas.
Velocidade De Acção (Execução)
É a capacidade do sistema neuromuscular executar um
gesto motor com a velocidade de contracção máxima e
um músculo ou agrupamentos musculares.
2.4 Determinantes para a
Velocidade de Reacção Simples

 Tipo do estímulo (sonoro, visual, táctil);


 Duração da espera do sinal;
 Nível de excitação muscular;
 Estado de Aquecimento;
 Experiência na modalidade desportiva;
 Velocidade de Movimentos.
2.4.1.1Treinamento de resistência
explosiva e resistência de
velocidade máxima
Os movimentos cíclicos em alta frequência, combinados às
contracções musculares intensivas, características da força
rápida, impõem grandes exigências não somente sobre a
activação neuromuscular, mas também sobre o metabolismo
muscular (Stein, 2000).
Portanto este tipo de treinamento é essencial à manutenção
da velocidade máxima assim como da capacidade de realizar
movimentos explosivos sequenciais.
•  
3. Conclusão

Podemos certamente concluir que somente com o


conhecimento de todos que a velocidade é uma capacidade
do condicionamento fundamental ao desempenho, sendo
conceituada como a capacidade de atingir maior rapidez de
reacção e de movimento, sendo baseada no processo
cognitivo, na força máxima de vontade e no bom
funcionamento do sistema neuromuscular, portanto podemos
dizer que existem por detrás alguns componentes distintos
que afectam a velocidade como a capacidade física de
velocidade dependendo de factores tais como:
Aptidão, factores de desenvolvimento de aprendizagem,
factores sensório-cognitivos e psicológicos, factores neurais e
factores músculo-tediosos.
4. Referências bibliográficas

CONDE, M. La organización del entrenamiento para el


desarrollo v la mejora de la velocidad. Cuadernos del
entrenador. Madrid: Editorial Gymnos, 1999.
DOSTÁL, E. Analyse der Reaktionszeiten im Sprint bei den
Europameistersschaften in Prag 1978. In: AUGUSTIN, D;
MULLER, N. Leichtathletiktraining im Spannungsfeld von
Wissenschaft un Praxis. Schors Verlag, Niedernhausen,
1981.
GROSSER, M. Schnelligkeitstraining. Grundlagen, Methoden,
Leistungssteuerung, Programme. BLV Verlagsges, Munique,
1991.
GROSSER, M. Entrenamiento de la velocidad. Barcelona:
Martinez Roca, 1992.
HARRE, D. Ist ein-bis zweimailiges Training in der Woche
wirkungsvoll? Theorie und Praxis der Köperkultur. 24:
271-273, 1975.
Obrigado pela
atenção
dispensada

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